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Por Leila Souza Lima


 África Fashion Week Brasil  — Foto: Divulgação
África Fashion Week Brasil — Foto: Divulgação

Apresentar uma moda pensada para corpos negros e ainda atender a quem busca referências do indumentário africano. Esse é um dos objetivos da primeira África Fashion Week Brasil (AFWB), que abre no Dia Mundial da África, nesta quinta-feira, 25 de maio, e segue até sábado (27), no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento chega ao país também para fortalecer as relações comerciais, culturais e institucionais do eixo sul-sul, e contribuir para desenvolvimento econômico e sustentável do setor, com geração de emprego e renda.

A AFWB faz parte do circuito African Fashion Week Londres e African Fashion Week Nigéria, fundado pela rainha nigeriana Ronke Ademiluyi-Ogunwus, em 2011. Mas chega ao Brasil pela iniciativa de Silvana Saraiva, presidente da Câmara de Comércio Brasil-África (Ecowas Brazil) e do Instituto Internacional Feafro — realizador da feira anual Feafro Internacional Business Fair, com a 6ª edição prevista para novembro.

Silvana tem experiência empresarial e ama moda. Como negociante e usuária, já percorreu o difícil caminho tanto de consumir quanto de colocar na rua produtos de DNA étnico, numa economia, segundo observa ela, ainda ditada por padrões europeus. Essa, inclusive, é a razão de a primeira edição do evento no Brasil ter como tema “135 Passos”, numa analogia à evolução da população preta brasileira, nos 135 anos percorridos desde a abolição da escravidão no país, em 1888.

“O que chamamos de moda eurocentrada é aquela que prioriza cores sólidas, muito preto, acinzentados, branco. Mas a discussão vai além da estamparia, o maior problema é que não se pensa num corte para a constituição física dos pretos e das pretas. Nós estamos basicamente falando de modelagem”, define.

A presidente da Ecowas Brazil conheceu a rainha Ronke em 2018, numa roda de conversas entre mulheres pretas, no Rio, o que abriu caminho para selarem a parceria e trazer o evento. A ideia era fazer a primeira edição da AFWB em 2020, plano adiado pela pandemia.

Agora, ao reunir 15 marcas assinadas por designers africanos e brasileiros, além de investidores e mais de 50 empresas africanas em busca de negócios, o evento se propõe, como idealiza Silvana, a ser o facilitador para um “namoro mais sério” entre as cadeias de moda africana e brasileira. “Queremos promover o match”, diz ela, em alusão à linguagem dos aplicativos de encontro. “Somos a maior população negra fora da África, e o Brasil está na 58 posição nas relações comerciais com o continente. Como assim?”, questiona.

O objetivo é aproximar empreendedores e investidores de grandes organizações no Brasil, como Fiesp, Abimaq, entidades ligadas aos agronegócios e outras, cita ela. A AFWB – que por coincidência (e até oportunamente) acontece em paralelo à SP Fashion Week — quer tentar atender ao que os visitantes procuram em insumos, tecnologias, maquinário, com a meta de internacionalização das marcas. Estão programadas cerca de 50 reuniões B2B para dar esse empurrão.

A África Fashion Week Brasil tem patrocínio da Feafro Global Corp. e parceria da Ecowas Brazil e da Universidade Zumbi dos Palmares. Apoiam a iniciativa as organizações Globo, Instituto Luiz Gama, Instituto XP, Quilombo Cafundó, Riachuelo, Senac São Paulo e Convention and Visitors Bureau.

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