“Aos meus 14 anos sofri a minha primeira crise espiritual - crise de angústia cósmica. Então, eu senti pela primeira vez que a vida de cada homem era uma obra a ser realizada em função de um fim. Olhei abismado para o futuro e chorei apavorado ante a ideia de que talvez não pudesse atingir aquele fim.” Aos 24 anos, era assim que o jovem aspirante a oficial Celso Monteiro Furtado descrevia de forma precoce suas memórias no diário, a bordo do navio General Meigs, que o levava para a guerra na Itália, em 18 de fevereiro de 1945.
Pensamento heterodoxo de Celso Furtado, que completaria 100 anos, permanece atual
Defesa do desenvolvimentismo neste tempo de crise mundial reaquece o pensamento do economista que completaria 100 anos
Por Cristian Klein e Gabriel Vasconcelos — Do Rio