A Tanzânia instalou internet de alta velocidade no Monte Kilimanjaro nesta semana como parte de um plano para triplicar as viagens turísticas ao país em dois anos.
A nova conectividade na montanha mais alta da África beneficiará inicialmente até 1.000 visitantes em várias etapas da trilha todos os dias, de acordo com Nape Nnauye, ministro de Tecnologia da nação africana. A cobertura chegará ao cume do Kilimanjaro até o final do ano e milhares de pessoas poderão se conectar, afirmou Nnauye.
A instalação pela estatal Tanzania Telecommunications permitirá que “os turistas acessem serviços de transmissão ao vivo, façam chamadas e publiquem suas aventuras em plataformas de mídia social, ajudando a promover nosso setor de turismo”, disse Nnauye.
Até esta semana, os turistas dependiam de telefones via satélite para comunicação, o que tornava a escalada mais cara e fazia alguns visitantes se sentirem inseguros, segundo guias turísticos locais.
Turismo se recupera
O turismo na Tanzânia, lar da reserva natural do Serengeti e das praias imaculadas de Zanzibar, está se recuperando depois de cair para menos de um terço do 1,5 milhão de visitantes de antes da pandemia. O número de chegadas saltou quase 63%, para 742.133, nos sete meses encerrados em julho, segundo dados do escritório nacional de estatísticas.
Projetos como esse fazem parte de um plano não apenas para acelerar a recuperação do turismo na Tanzânia, mas também para aumentar as chegadas para 5 milhões por ano até 2025. A presidente Samia Suluhu Hassan foi destaque no programa Royal Tour do canal americano PBS sobre os destinos turísticos da Tanzânia.
A todo momento, há cerca de 6.000 visitantes no Monte Kilimanjaro, um vulcão adormecido, e um melhor serviço de conectividade provavelmente aumentará esse número, acredita o governo.
De acordo com Nnauye, as receitas com esse ponto turístico devem crescer e aumentar ainda mais a importância do turismo, que já responde pela maior parte das entradas de moeda estrangeira no país depois das exportações de ouro.