Saúde

Por Por Isadora Moraes


A miíase, conhecida como bicheira, pode ocorrer tanto nos animais, como em humanos — Foto: ( Flickr/ Jon/ CreativeCommons)
A miíase, conhecida como bicheira, pode ocorrer tanto nos animais, como em humanos — Foto: ( Flickr/ Jon/ CreativeCommons)

A miíase, popularmente conhecida como berne ou bicheira, é uma doença que ocorre na pele de humanos e animais, causada por larvas de moscas pertencentes à subordem Brachycera. “Ela ocorre, principalmente, nos cães, mas também pode ocorrer em gatos. Não há diferença nenhuma entre a doença nessas duas espécies”, diz Vitória Pegoraro, médica-veterinária.

A enfermidade, que invade a pele íntegra ou machucada e orifícios naturais, como nariz, olhos e ouvidos, é considerada uma zoodermatose. Ela pode ser facilmente identificada, pois gera coceiras, e, no local da ferida, há a presença de larvas esbranquiçadas, que se movimentam pela área, geralmente, com a presença de secreção, explica Dra. Vitória. Além disso, o ferimento fica com um odor forte.

De acordo com Adalberto Von Ancken, médico-veterinário e especialista em medicina integrativa, os principais sintomas são: muita dor local, sangramento na ferida e a inquietação por parte do pet. “Contudo, isso pode variar de um animal para o outro, alguns apresentam apenas dor e perda de apetite”, ressalta. Além disso, Dra. Vitória completa que ele também pode ter claudicação (mancar) e irritabilidade.

Depois que o cachorro já está com a bicheira, é importante tratar rapidamente. “Recomenda-se levá-lo ao médico-veterinário, onde será realizada a sedação do animal e remoção das larvas, limpeza e tratamento da ferida e o uso de antiparasitários larvicidas”, afirma a médica.

É importante levar o animal no veterinário o quanto antes, para que as larvas não se proliferem — Foto: ( Tima Miroshnichenko/ Pexels/ Creative Commons)
É importante levar o animal no veterinário o quanto antes, para que as larvas não se proliferem — Foto: ( Tima Miroshnichenko/ Pexels/ Creative Commons)

Caso esse processo de limpeza demore a ser feito, as larvas podem se multiplicar rapidamente e levar a uma infecção grave. “Se a situação estiver muito ruim, talvez chegue em um ponto de ter que sacrificar o animal devido ao número de larvas que estão nele, pois elas estão comendo o pet vivo”, completa Dr. Adalberto.

Diante disso, é essencial que os tutores se preocupem com a prevenção da doença. Segundo o especialista, a melhor forma de evitar que o animal pegue miíase é mantendo os lugares que ele frequenta sempre limpos. Deve-se evitar o acúmulo de lixo, pois alimentos em decomposição atraem as moscas, o que pode contribuir para o pet pegar a doença.

Por fim, o médico indica que o tutor repare sempre se o animal está com alguma região machucada. Nesse caso, é preciso limpar e realizar frequentemente a troca do curativo, para que a ferida não fique exposta, facilitando a entrada das larvas.

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