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Por Da Redação


Luiza Almeida (Foto: Reprodução) — Foto: Vogue
Luiza Almeida (Foto: Reprodução) — Foto: Vogue

O Brasil é o país do futebol, não do hipismo. Os cavalos mais bem quistos nas competições são os alemães e holandeses, não os lusitanos. E em times de quatro cavaleiros, ela costuma ser a única menina. Mas, contrariando as estatísticas e preconceitos, Luiza Almeida é prova viva, ereta (olha a sua postura!) e bonita (ela já ganhou a alcunha de musa) de que disciplina e determinação são capazes de burlar qualquer adversidade.

Sim, é verdade que ela já nasceu em baia esplêndida – seu avô materno é criador de cavalos Mangalarga e a paixão impregnou toda a família. “Minha mãe amarrava eu e meus irmãos aos cavalos, quando ainda éramos bebês”, conta Luiza. “Aprendemos a cavalgar antes de aprendermos a andar.”

Mas nenhuma história de superação se resume a estar no lugar certo na hora certa, não é mesmo? Aos cincos anos, Luiza já competia no salto. Aos 13, foi para o adestramento para corrigir a postura, e nunca mais abandonou a modalidade, considerada praticamente um balé tal sua precisão.

E, quem poderia imaginar, aos 16, já estava participando da sua primeira Olimpíada, em Pequim, 2008, firmando-se como a atleta mais jovem a disputar medalhas nessa categoria.

“Sou um ser competitivo. Mas, se você deu tudo que poderia dar, a verdade é que seu resultado final não importa.”

Conheça sua trajetória:

Levantar é preciso
“Foi aos 13 anos que entrei em contato com o adestramento. Praticava até então o salto, por influência da minha mãe, mas estava caindo muito, estava indo mal. E o adestramento é a base do hipismo, ele ensina a montar, a controlar o animal, é um esporte muito técnico. A ideia na época era corrigir a minha postura e melhorar meu desempenho na categoria, mas a verdade é que nunca mais voltei a saltar. Aos 14 anos, já estava focada em tentar uma vaga na equipe brasileira de adestramento que competiria nos Jogos Pan-americanos do Rio, de 2007. Consegui, e ganhei a medalha de bronze. O passo seguinte foi disputar a Olimpíada de Pequim.”

Luiza Almeida Foto: Reprodução) — Foto: Vogue
Luiza Almeida Foto: Reprodução) — Foto: Vogue

Dê o seu melhor
“Tive que morar fora do país, longe da minha família e dos meus amigos a maior parte da minha trajetória profissional – já são 11 anos competindo em alta performance e vivendo na Alemanha, onde estão os melhores técnicos, juízes e cavaleiros, dando a cara para bater, como se diz. Foi um sacrifício enorme, não vou negar: tive que trancar a faculdade, deixei de ir a muitas festas, a viagens, abri mão da vida social em prol do treino, da concentração. Mas sempre tive um objetivo, uma meta. E, graças a Deus, sempre alcancei essas metas que me impus. Então, no final, prevalece aquele sentimento de que valeu a pena.”

Quem planta, colhe
“Foi esse sentimento que me fez levantar a cabeça e continuar buscando o que queria depois da minha primeira derrota. Antes de conseguir uma vaga na equipe brasileira que competiria em Pequim, fui preterida pelo técnico, que achou que eu era muito nova e não conseguiria (Luiza foi a atleta mais jovem a disputar os jogos, com 16 anos). Tinha 15 anos e o outro atleta, que disputava a vaga comigo, 26. E, claro, teve um preconceito, é difícil quebrar estereótipos. Mas, no dia seguinte, já estava de volta aos treinos, com a cabeça erguida. Dois meses depois, o cavalo de outro atleta se machucou e acabei sendo chamada para a equipe. E só estava pronta porque me mantive focada, me dediquei. Meu pai sempre me disse que, se eu desse tudo de mim, o resultado final não importaria. Levo essa frase para a minha vida.”

O poder da mente
“Além de treinar muito, todos os dias, a relação emotiva entre cavalo e cavaleiro é fundamental neste esporte, nós trabalhamos juntos e praticamente por telepatia, pois não é permitido falar com o cavalo durante as provas, usar chicote ou espora - ele tem que fazer tudo sozinho, por livre e espontânea vontade. E, se eu trato um cavalo mal nos treinos, pode ter certeza de que ele não vai ser honesto comigo na pista, na hora de uma prova. É uma conexão muito forte que se estabelece, o cavalo é um animal desconfiado, é preciso tempo, carinho e paciência para que ele fique ao seu lado. É preciso ter amor e confiança um no outro. E, claro, o esporte requer muita concentração e serenidade: antes de uma prova, por exemplo, repasso todos os movimentos dos treinos durante o banho, me visualizo executando eles com perfeição. Quando entro na pista, nem escuto os sons ao meu redor.”

Luiza Almeida (Foto: Reprodução) — Foto: Vogue
Luiza Almeida (Foto: Reprodução) — Foto: Vogue

As vitórias
“Conseguir uma vaga na equipe de Pequim, sem dúvida, foi uma das maiores conquistas da minha vida. Além de entrar para o Guinness como a atleta mais jovem, foi minha primeira Olimpíada, uma sensação única, indescritível. Mas, confesso, que a de Londres, disputada na sequência (em 2012), foi ainda mais especial. O Brasil não tinha direito a vaga por equipe, só individual. E, para conseguir uma individual, ainda tinha que ser a melhor atleta da América Latina, não só do país. A disputa, claro, foi muito grande e quando consegui chegar lá me senti muito honrada em representar o continente inteiro (Luiza acabou na 47a. posição).”

Velozes e furiosos
“Ganhar uma Olimpíada é praticamente um sonho inalcançável, porque chega um momento em que a história fica parecida com a Fórmula 1, onde a máquina acaba fazendo a diferença. Meu pai e eu estamos criando cavalos lusitanos e uma das nossas metas é tentar transformar um deles em um medalhista olímpico, vamos ver. Essa é uma raça que não tem tradição no esporte, ou seja, mais um preconceito a ser quebrado. O Baluarte, que é meu cavalo principal, está quase pronto para uma Olimpíada. É com ele que tentarei uma vaga para o Japão.”

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