Acta bot. bras. 19(2): 345-357. 2005
Diatomáceas de rios da bacia hidrográfica Litorânea, PR, Brasil:
Coscinodiscophyceae e Fragilariophyceae
Monaliza Landucci1 e Thelma A. Veiga Ludwig1,2
Recebido em 03/07/2003. Aceito em 08/10/2004
RESUMO – (Diatomáceas de rios da bacia hidrográfica Litorânea, PR, Brasil: Coscinodiscophyceae e Fragilariophyceae). Realizou-se o
inventário florístico das diatomáceas pertencentes às classes Coscinodiscophyceae e Fragilariophyceae de rios da bacia hidrográfica
Litorânea do Paraná. Amostras planctônicas e perifíticas foram coletadas em dezembro/1998, e em fevereiro e julho/2000 em nove rios:
Iporanga, Nhundiaquara, do Nunes, Cachoeira, do Salto, Cambará, da Onça, Cabaraquara e do Engenho. Identificaram-se 20 táxons
infragenéricos, sendo Aulacoseira distans (Ehr.) Sim. var. distans citação pioneira para o Estado do Paraná. Foram de ocorrência exclusiva
em amostras planctônicas Asterionella formosa Hass. var. formosa e Cyclotella stelligera (Cl. & Grun.) V. Heurck var. stelligera. Por
outro lado, Cyclotella pseudostelligera Hust. var. pseudostelligera e Fragilaria capucina var. vaucheriae (Kütz.) Lang.-Bert. foram de
ocorrência exclusiva em amostras perifíticas.
Palavras-chave: Diatomáceas, taxonomia, fitoplâncton, perifíton, ambiente lótico
ABSTRACT – (Diatoms from Litorânea watershed rivers, Paraná State, Brazil: Coscinodiscophyceae and Fragilariophyceae). The
survey is a floristic inventory of Coscinodiscophyceae and Fragilariophyceae diatoms from lotic systems of Litorânea watershed, east
Paraná, Brazil. Diatoms were collected from periphytic and planktonic microhabitats on December 1998, February and July 2000. Nine
rivers were sampled: Iporanga, Nhundiaquara, Nunes, Cachoeira, Salto, Cambará, Onça, Cabaraquara and Engenho. Twenty taxa were
identified. Aulacoseira distans (Ehr.) Sim. var. distans was first recorded in the State. Asterionella formosa Hass. var. formosa and
Cyclotella stelligera (Cl. & Grun.) V. Heurck var. stelligera occurred only at planktonic samples and Cyclotella pseudostelligera Hust. var.
pseudostelligera e Fragilaria capucina var. vaucheriae (Kütz.) Lang.-Bert. were exclusively registered at periphytic ones.
Key words: Diatoms, taxonomy, phytoplancton, periphyton, lotic system
Introdução
A bacia hidrográfica Litorânea, localizada a leste
do Estado do Paraná, abrange área de drenagem de
5.766 km2. Compreende a serra do Mar, a planície
Costeira e as baías de Paranaguá e Guaratuba
(Bigarella 1978). Mesmo constituindo-se em uma vasta
bacia hidrográfica, não há registros de trabalhos sobre
a diatomoflórula de ambientes lóticos dulcícolas nesta
bacia.
O estudo da diatomoflórula de ambientes lóticos
continentais paranaenses iniciou-se na bacia do rio
Iguaçu: Contin (1990) realizou amostragem na região
da barragem de captação d’água deste rio; Ludwig &
Flôres (1995; 1997), em rios a serem represados para
a construção da usina hidrelétrica de Segredo e
Brassac et al. (1999) identificaram as diatomáceas
cêntricas de rios da região de abrangência da usina
1
2
hidrelétrica de Salto Caxias. Bittencourt-Oliveira
(2002), em trabalho sobre a comunidade fitoplanctônica
do rio Tibagi, registrou 52 diatomáceas. Espécies
perifíticas de Navicula foram estudadas por Leandrini
et al. (2002), em amostras do rio Pirapó e córrego
Sarandi, na região de Maringá.
Parte de um amplo projeto que visa o inventário
florístico de ambientes lóticos do Estado do Paraná,
este subprojeto objetiva contribuir com a taxonomia e
distribuição geográfica das diatomáceas pertencentes
às classes Coscinodiscophyceae e Fragilariophyceae
de rios da bacia Litorânea paranaense.
Material e métodos
O litoral do Estado do Paraná estende-se desde a
vila do Ararapira ao norte (25º12’44’’ S - 48º01’15’’ W
Gr) até a barra do Saí-Guaçu, ao sul (25º58’38’’ S -
Universidade Federal do Paraná, UFPR, Departamento de Botânica, Setor de Ciências Biológicas, C. Postal 19031, CEP 81531-990,
Curitiba, PR, Brasil
Autor para correspondência: veiga@ufpr.br
346
Landucci & Ludwig: Diatomáceas de rios da bacia hidrográfica Litorânea, PR, Brasil: Coscinodiscophyceae...
48º35’26’’ W Gr). A bacia hidrográfica Litorânea
localiza-se a leste do Estado, com rios percorrendo a
área serrana e desembocando na planície costeira.
Nove rios foram selecionados de maneira a abranger
os diferentes municípios da região: Iporanga,
Nhundiaquara, do Nunes, Cachoeira, do Salto,
Cambará, da Onça, Cabaraquara e do Engenho.
Amostras perifíticas e planctônicas foram
coletadas em cada rio, totalizando 18 amostras para
estudo. As amostras fitoplanctônicas foram obtidas por
meio de rede de plâncton com 25 µm de abertura de
malha, permitindo-se a passagem de água corrente por
aproximadamente 10 minutos, sendo fixadas com
solução de formol na proporção de 4% v/v.
Substratos disponíveis tais como partes submersas
de macrófitas aquáticas, folhas e seixos soltos no leito
dos rios, foram colocados diretamente em frascos
contendo solução de formol (1 parte para 25 partes de
água), constituindo as amostras perifíticas. Em
laboratório, procedeu-se à raspagem do material
aderido, com auxílio de escovas com cerdas macias e
lâminas cortantes, para posterior montagem de lâminas
e oxidação da matéria orgânica.
O estudo qualitativo baseou-se em duas séries de
lâminas permanentes, uma com material fresco e outra
com amostras submetidas à oxidação (Simonsen 1974,
modificada por Moreira Filho & Valente-Moreira 1981).
O enquadramento taxonômico seguiu Round et al.
(1991).
As amostras líquidas, assim como as respectivas
lâminas permanentes, encontram-se tombadas no
Herbário da Universidade Federal do Paraná (UPCB).
Resultados e discussão
O estudo florístico das diatomáceas Coscinodiscophyceae e Fragilariophyceae da bacia hidrográfica
Litorânea permitiu a identificação de 20 táxons
infragenéricos, citando pela primeira vez Aulacoseira
distans var. distans para o Estado do Paraná. Foram
de ocorrência exclusiva em amostras planctônicas
Asterionella formosa var. formosa e Cyclotella
stelligera var. stelligera. Por outro lado, Cyclotella
pseudostelligera var. pseudostelligera e Fragilaria
capucina var. vaucheriae foram de ocorrência
exclusiva em amostras perifíticas. Dentre os táxons
inventariados, 70% foram registrados tanto em
amostras planctônicas quanto nas perifíticas.
Os 20 táxons infragenéricos identificados estão
distribuídos em nove gêneros e seis famílias, como
segue:
Classe Coscinodiscophyceae Round & Crawford
Ordem Thalassiosirales Glezer & Makorova
Família Stephanodiscaceae Glezer & Makorova
Cyclotella (Kützing) Brëbisson
Chave para os táxons de Cyclotella
1. Área central hialina ou pontuada, sem aréola central isolada ........ 1. C. meneghiniana var. meneghiniana
1. Área central ornamentada, presença de aréola central isolada circundada por estrias radiadas
2. Presença de processos marginais, diâmetro inferior a 6 µm...... 2. C. pseudostelligera var. pseudostelligera
2. Ausência de processos marginais, diâmetro superior a 10 µm ................... 3. C. stelligera var. stelligera
1. Cyclotella meneghiniana Kützing var.
meneghiniana, Bacill., p. 50, pl. 30: 68. 1844.
Fig. 3-5.
Valvas circulares, área central hialina ou
delicadamente pontuada, podendo ou não apresentar
uma ou mais pórtulas; região marginal com estrias
alveoladas, robustas, radiadas. Diâmetro: 6,4-16,2 µm;
estrias: 8 a 12 em 10 µm.
Registrada a ocorrência de espécimes em
amostras planctônicas e perifíticas.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Morretes,
rio Iporanga, perifíton, loc. de América de Cima, próximo
à estação de tratamento de água da SANEPAR,
18/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44533); Antonina, rio do Nunes, perifíton,
rodovia PR-340, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44537); Paranaguá, rio Cambará,
perifíton, rodovia Alexandra-Matinhos (PR-508),
Colônia Cambará, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44543); fitoplâncton, rodovia AlexandraMatinhos (PR-508), Colônia Cambará, 1/IV/2000, M.
Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44544).
2.Cyclotella pseudostelligera Hustedt var.
pseudostelligera, Abh. Nat. Ver. Bremen.: 581, f. 1-2.
1939.
Fig. 8-10.
347
Acta bot. bras. 19(2): 345-357. 2005.
Valvas circulares, área central com aréola isolada,
circundada por estrias radiadas, encurtadas irregularmente formando uma roseta; região marginal com
estrias alveoladas radiadas, regularmente encurtadas
e processos marginais (fultopórtulas) conspícuos.
Diâmetro: 4,1-5 µm; estrias: 14-18 em 10 µm, processos
marginais: 5-6 em 10 µm.
Os espécimes de C. pseudostelligera, registrados em amostra perifítica para a região litorânea do
Estado, apresentaram anel de processos marginais
grosseiros e tamanho diminuto das valvas, concordando
com a circunscrição apresentada por Huber-Pestalozzi
(1942).
Material examinado: BRASIL. Paraná: munic.
Morretes, rio Iporanga, perifíton, loc. de América de
Cima, próximo à estação de tratamento de água da
SANEPAR, 18/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44533); Antonina, rio do Nunes, perifíton,
rodovia PR-340, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44537); Paranaguá, rio Cambará,
perifíton, rodovia Alexandra-Matinhos (PR-508),
Colônia Cambará, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44543).
3. Cyclotella stelligera (Cleve & Grunow) Van
Heurck var. stelligera, Syn. Diat. Beig., pl. 94, fig.
22-26. 1884.
Fig. 7.
Valvas circulares, área central com aréola isolada
circundada por estrias encurtadas irregularmente,
formando uma roseta; região marginal com estrias
alveoladas regularmente encurtadas, radiadas.
Diâmetro: 11,5-18,6 µm; estrias: 7-13 em 10 µm.
A população estudada foi registrada em uma única
amostra, de origem planctônica.
Material examinado: BRASIL. Paraná:
Paranaguá, rio do Salto, fitoplâncton, loc. de Quintilha,
Rodovia PR-508, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44542).
Ordem Orthoseirales Crawford
Família Orthoseiraceae Crawford
Orthoseira Thwaites
Chave para os táxons de Orthoseira
1. Vista pleural com bandas retangulares; estrias areoladas, em fileiras retas a levemente
oblíquas ................................................................................................... 1. O. dendroteres var. dendroteres
1. Vista pleural com bandas espirais; estrias delicadamente areoladas, em fileiras oblíquas
.......................................................................................................................... 2. O. roeseana var. roeseana
1. Orthoseira dendroteres (Ehrenberg) Crawford var.
dendroteres, Phycologia, 20(2): 174-192. 1991.
Fig. 6, 13.
Valvas circulares, superfície plana apresentando
ondulações na margem, área central com carinopórtulas; estrias areoladas formando fileiras radiadas,
regulares. Vista pleural formando bandas espirais,
apresentando estrias delicadamente areoladas,
dispostas obliquamente. Diâmetro: 12,1-13,7 µm; estrias:
13-15 em 10 µm; aréolas: 20-24 em 10 µm; carinopórtulas: 3 em 10 µm.
Krammer & Lange-Bertalot (1991) comentaram
que O. roeseana (Rabenhrost) O’Meara é semelhante
a O. dendroteres, diferindo-as pelos espinhos de
ligação curtos, na primeira, e longos em
O. dendroteres. Porém, os espinhos podem ser
danificados no processo de oxidação e limpeza das
frústulas, havendo necessidade de observar espécimes
que não passaram pelo processo químico. Neste caso,
outras características morfológicas podem não estar
bem evidenciadas. Além disso, a visualização dos
espinhos pode estar dificultada pelo fato das células
serem muito reduzidas ou pela curvatura do manto
valvar. Esse critério não tem se mostrado eficiente
como caráter taxonômico diagnóstico.
Houk (1993) caracterizou o complexo Liparogyra
dendroteres Ehrenberg pela presença de cíngulo
relativamente longo, com mais de 13 bandas,
geralmente onduladas, manto ornado por estrias densas
e presença de espinhos nas margens da superfície
valvar. Sobre O. roeseana, o autor mencionou que
espinhos marginais também podem estar presentes e
que o cíngulo possui de 3 a 5 bandas. Spaulding &
Kociolek (1998) afirmaram que o uso da morfologia
dos espinhos, a plasticidade morfológica da frústula e
a problemática nomenclatural existente no grupo,
impossibilitam a identificação de seus espécimes em
nível infra-genérico. As determinações dos espécimes
348
Landucci & Ludwig: Diatomáceas de rios da bacia hidrográfica Litorânea, PR, Brasil: Coscinodiscophyceae...
da bacia Litorânea foram possíveis utilizando-se os
critérios de Houk (1993), além da razão comprimento/
largura da frústula. Verificou-se uma semelhança entre
os exemplares estudados e os indivíduos da população
da usina hidrelétrica de Salto Caxias (Brassac et al.
1999). Entretanto, ressalta-se a importância de estudos
que visem a elucidação da problemática taxonômica
envolvendo o complexo “Orthoseira Thwaites”.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Morretes,
rio Nhundiaquara, fitoplâncton, Vila Freitas, rodovia
PR-408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44536); Antonina, rio do Nunes, perifíton,
rodovia PR-340, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44537).
2. Orthoseira roeseana (Rabenhrost) O’Meara var.
roeseana, Proc. Roy. Irich. Acad., 2: 255, 1876.
Fig. 1-2.
Valvas circulares, superfície plana apresentando
espinhos marginais conspícuos; área central com
carinopórtulas; estrias areoladas formando fileiras
irregulares, radiadas. Vista pleural formando bandas
retangulares, apresentando estrias areoladas, dispostas
em fileira retas a levemente oblíquas. Diâmetro:
17,8-37,8 µm; estrias: 10-26 em 10 µm; aréolas: 22-26
em 10 µm; carinopórtulas: 3 em 10 µm.
Foram encontrados exemplares em amostras
planctônicas e perifíticas. Ver comentários em
O. dendroteres.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Morretes,
rio Iporanga, perifíton, loc. de América de Cima,
próximo à estação de tratamento de água da
SANEPAR, 18/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44533); fitoplâncton, loc. de América de Cima,
próximo à estação de tratamento de água da
SANEPAR 18/III/2000, coletor: M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44534); rio Nhundiaquara, perifíton,
Vila Freitas, rodovia PR-408, 25/III/2000, M. Landucci
& E.L. Corrêa (UPCB44535); Antonina, rio do Nunes,
fitoplâncton, rodovia PR-340, 25/III/2000, M. Landucci
& E.L. Corrêa (UPCB44538); rio Cachoeira, perifíton,
loc.de Bairro Alto, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44539).
Ordem Melosirales Crawford
Família Melosiraceae Kützing
Melosira C.A. Agardh
Melosira varians Agardh var. varians, Bot. Zeit.,
p. 628, 1827.
Fig. 17-18.
Frústulas cilíndricas em vista pleural, formando
cadeias filamentosas retas, unidas por coroa marginal
de espinhos inconspícuos; sulco ausente, pseudo-sulco
presente; manto ornamentado por aréolas delicadas,
inconspícuas. Altura da célula: 16,2-27,5 µm; diâmetro:
12,1-14,2 µm.
Melosira varians Agardh ocorreu tanto em
amostras planctônicas quanto perifíticas.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Morretes,
rio Nhundiaquara, perifíton, Vila Freitas, rodovia
PR-408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44535); fitoplâncton, Vila Freitas, rodovia PR408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44536); Antonina, rio do Nunes, perifíton,
rodovia PR-340, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44537); fitoplâncton, rodovia PR-340,
25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44538); rio Cachoeira, perifíton, loc.de Bairro
Alto, 25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44539); fitoplâncton, loc.de Bairro Alto,
25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44540); Paranaguá, rio do Salto, perifíton, loc.de
Quintilha, Rodovia PR-508, 1/IV/2000, M. Landucci
& E.L. Corrêa (UPCB44541); fitoplâncton, loc. de
Quintilha, Rodovia PR-508, 1/IV/2000, M. Landucci
& E.L. Corrêa (UPCB44542).
Ordem Biddulphiales Krieger
Família Biddulphiaceae Kützing
Hydrosera G.C. Wallich
Hydrosera whampöensis (Schwartz) Deby var.
whampöensis, J. Microgr., pr. 15, p. 232-240, 1891.
Fig. 24a.
Valvas triangulares apresentando margens
onduladas; ângulos arredondados com distintos campos
de poros apicais, separados internamente por
pseudoseptos; superfície valvar ornamentada por
aréolas irregulares. Diâmetro: 56,7×68-68,8×86,6 µm;
estrias: 5-9 em 10 µm.
Deby (1891) descreveu Hydrosera whampöensis,
mencionando a presença de apêndices valvares
largamente arredondados e mais largos do que longos.
Comentou ainda que H. triquetra Wallich var.
triquetra, espécie semelhante, caracteriza-se pelos
apêndices cônicos e mais longos do que largos, cujos
ângulos valvares são mais fortemente protraídos em
direção ao exterior, conferindo-lhe uma forma mais
triangular. Domitrovic & Maidana (1997) apresentaram
exemplares de H. whampoensis com contorno valvar
triangular e pólos arredondados. Os autores relataram
349
Acta bot. bras. 19(2): 345-357. 2005.
a distribuição geográfica da espécie para a Argentina,
China e Tasmânia, destacando ainda a ocorrência desta
para águas paranaenses, principalmente em ambientes
reófilos, porém sem evidenciar exemplares com plastos.
Os exemplares analisados apresentaram contorno
valvar triangular e pólos arredondados, ocorreram em
amostras planctônicas e perifíticas do rio do Salto
localizado no município de Paranaguá e foi possível
observar plastos no interior das frústulas.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Parana-
guá, rio do Salto, perifíton, loc.de Quintilha, Rodovia
PR-508, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44541); fitoplâncton, loc. de Quintilha, Rodovia
PR-508, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44542); Guaraqueçaba, rio do Engenho,
fitoplâncton, reserva Salto Morato, 2/IV/2000, M.
Landucci & D. Atab (UPCB44550).
Ordem Aulacoseirales Crawford
Família Aulacoseiraceae Crawford
Aulacoseira Thwaithes
Chave para os táxons de Aulacoseira
1. Valvas unidas por um espinho longo, geralmente ocorrendo nas células terminais do filamento, e
por vários espinhos curtos de ligação
2. Diâmetro valvar inferior a 3,5 µm ........................................................4. A. granulata var. angustissima
2. Diâmetro valvar superior a 5,5 µm ............................................................ 5. A. granulata var. granulata
1. Valvas unidas apenas por espinhos curtos de ligação
3. Eixo pervalvar superior a 19,0 µm ............................................. 2. A. ambigua var. ambigua f. ambigua
3. Eixo pervalvar inferior a 12,0 µm
4. Vista valvar com aréolas presente em toda superfície, vista pleural com estrias dispostas
paralelamente em relação ao eixo valvar ...................................................... 3. A. distans var. distans
4. Vista valvar com aréolas presente apenas nas margens, vista pleural com estrias dispostas
de maneira obliqua ou levemente oblíqua em relação ao eixo valvar ...... 1. A. alpigena var. alpigena
1. Aulacoseira alpigena (Grunow) Krammer var.
alpigena, In Pascher, Süssw, FI. Mitteleur., v.2, n.3,
p. 34, fig. 34, fig. 2: 3-7: 1-25, 32: 10-16. 1991.
Fig. 11-12.
Frústulas cilíndricas em vista pleural, formando
cadeias retas, curtas, unidas por espinhos de ligação
curtos, inconspícuos; presença de sulco e pseudosulco
pouco profundos; manto ornamentado por estrias
areoladas delicadas, dispostas de maneira obliqua ou
levemente oblíqua em relação ao eixo pervalvar. Em
vista valvar as aréolas estão presentes apenas na
margem da valva. Eixo pervalvar: 4,4-11,2 µ m;
diâmetro: 4,0-5,6 µm; estrias: 20-24 em 10 µm.
O material determinado é coincidente com os
apresentados por Hustedt (1927-1930), Cleve-Euler
(1951) e Krammer & Lange-Bertalot (1991). De
acordo com Krammer & Lange-Bertalot (1991),
Aulacoseira alpigena apresenta estrias dispostas de
maneira obliqua ou levemente oblíqua e vista valvar
com aréolas apenas na margem da valva. Aulacoseira
distans (Ehrenberg) Simonsen apresenta estrias
dispostas paralelamente e vista valvar com aréolas bem
definidas e distribuídas em toda sua superfície.
Representantes da espécie foram encontrados em
amostras planctônicas e perifíticas.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Paranaguá, rio Cambará, perifíton, rodovia AlexandraMatinhos (PR-508), Colônia Cambará, 1/IV/2000, M.
Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44543); fitoplâncton,
rodovia Alexandra-Matinhos (PR-508), Colônia
Cambará, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44544); Guaratuba, rio Cabaraquara, perifíton,
loc. de Cabaraquara, próximo à PR-412, 2/IV/2000,
M. Landucci & D. Atab (UPCB44547).
2. Aulacoseira ambigua (Grunow) Simonsen var.
ambigua, Bacillaria 2: 56. 1979.
Fig. 19.
Frústulas cilíndricas em vista pleural, formando
cadeias retas, unidas por coroa marginal de espinhos
curtos; presença de sulco profundo em forma de “U”
e pseudosulco distinto; manto ornamentado por estrias
areoladas, dispostas obliquamente em relação ao eixo
pervalvar. Eixo pervalvar: 19,4-35,6 µm; diâmetro:
4-7,2 µm; estrias: 16-28 em 10 µm; aréolas: 22-26 em
10 µm.
350
Landucci & Ludwig: Diatomáceas de rios da bacia hidrográfica Litorânea, PR, Brasil: Coscinodiscophyceae...
A forma típica difere da forma spiralis, que se
apresenta em cadeias helicoidais. Os espécimes de
Aulacoseira ambigua (Grunow) Simonsen foram
encontrados em amostras planctônicas e perifíticas.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Morretes,
rio Nhundiaquara, fitoplâncton, Vila Freitas, rodovia
PR-408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44536); Antonina, rio do Nunes, fitoplâncton,
rodovia PR-340, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44538); Paranaguá, rio Cambará,
perifíton, rodovia Alexandra-Matinhos (PR-508),
Colônia Cambará, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44543); fitoplâncton, rodovia
Alexandra-Matinhos (PR-508), Colônia Cambará,
1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44544); Guaratuba, rio Cabaraquara, perifíton,
loc. de Cabaraquara, próximo à PR-412, 2/IV/2000,
M. Landucci & D. Atab (UPCB44547).
3. Aulacoseira distans (Ehrenberg) Simonsen var.
distans, Bacillaria 2: 57. 1979.
Fig. 14-16.
Frústulas cilíndricas em vista pleural, formando
cadeias retas, curtas, unidas por espinhos de ligação
curtos, inconspícuos; presença de sulco e pseudosulco
pouco profundos; manto ornamentado por estrias areoladas delicadas, dispostas paralelamente em relação
ao eixo pervalvar. Em vista valvar as aréolas estão
presentes em toda superfície da valva. Eixo pervalvar:
6,4-11,8 µm; diâmetro: 4,8-5,6 µm; estrias: 17-20 em
10 µm.
Primeira citação de ocorrência do táxon para o
Estado do Paraná, tendo sido encontrado em amostras
planctônicas e perifíticas. A identificação baseou-se
em Krammer & Lange-Bertalot (1991). Mais
comentários, ver Aulacoseira alpigena.
Material examinado: BRASIL. Paraná:
Paranaguá, rio Cambará, perifíton, rodovia AlexandraMatinhos (PR-508), Colônia Cambará, 1/IV/2000, M.
Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44543); fitoplâncton,
rodovia Alexandra-Matinhos (PR-508), Colônia
Cambará, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44544); Guaratuba, rio Cabaraquara, perifíton,
loc. de Cabaraquara, próximo à PR-412, 2/IV/2000,
M. Landucci & D. Atab (UPCB44547).
4. Aulacoseira granulata var. angustissima (O.
Müller) Simonsen, Bacillaria 2: 58. 1979.
Fig. 23-24.
Frústulas cilíndricas, em vista pleural, formando
cadeias retas, unidas por espinhos de ligação curtos e
um único longo; presença de sulco e pseudosulco pouco
evidentes; manto ornamentado por estrias areoladas,
paralelas a levemente oblíquas em relação ao eixo
pervalvar. Eixo pervalvar: 24,2-36,2 µm; diâmetro:
2,4-3,2 µm ; estrias: 14-20 em 10 µm; aréolas; 20-22
em 10 µm.
Hustedt (1927-1930) e Hubber-Pestalozzi (1942)
difereciam esta variedade da variedade típica da espécie
pelo diâmetro valvar menor e pelas estrias do manto
delicadamente areoladas. Os exemplares estudados
foram encontrados em amostras planctônicas e
perifíticas.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Morretes,
rio Nhundiaquara, fitoplâncton, Vila Freitas, rodovia
PR-408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44536); Paranaguá, rio Cambará, perifíton,
rodovia Alexandra-Matinhos (PR-508), Colônia
Cambará, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44543); fitoplâncton, rodovia AlexandraMatinhos (PR-508), Colônia Cambará, 1/IV/2000, M.
Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44544).
5. Aulacoseira granulata (Ehrenberg) Simonsen var.
granulata, Bacillaria 2: 58. 1979.
Fig. 21-22.
Frústulas cilíndricas em vista pleural, formando
cadeias retas, unidas por espinhos de ligação curtos e
longos; presença de sulco e pseudosulco distintos, em
forma de “V”, manto ornamentado com estrias
areoladas, grosseiras, paralelas a levemente oblíquas
em relação ao eixo pervalvar. Eixo pervalvar:
24,2-51,8 µm; diâmetro: 5,6-17,8 µm; estrias 11-15 em
10 µm; aréolas: 20-22 em 10 µm.
A presença de um longo espinho de ligação,
juntamente com a presença de estrias grosseiras, são
características importantes para a taxonomia deste
grupo em nível específico. A espécie foi registrada em
amostras planctônica e perifítica.
Material examinado: BRASIL. Paraná:
Matinhos, rio da Onça, perifíton, reserva Parque Rio
da Onça (nascente), 1/IV/2000, M. Landucci &
E.L. Corrêa (UPCB44545); Guaratuba, rio
Cabaraquara, fitoplâncton, loc. de Cabaraquara,
próximo à PR-412, 2/IV/2000, M. Landucci & D.
Atab (UPCB44548).
Classe Fragilariophyceae Round
Ordem Fragilariales Silva
Família Fragilariaceae Greville
Asterionella Hassal
Acta bot. bras. 19(2): 345-357. 2005.
351
Figuras 1-24a. Diatomáceas cêntricas da bacia Litorânea paranaense, Paraná, Brasil. 1-2. Orthoseira roeseana O’Meara var. roeseana;
3-5. Cyclotella meneghiniana Kützing var. meneghiniana; 6 e 13. Orthoseira dendroteres (Ehrenberg) Crawford var. dendroteres; 7.
Cyclotella stelligera (Cleve & Grunow) Van Heurck var. stelligera; 8-10. Cyclotella pseudostelligera Hustedt. var. pseudostelligera;
11-12. Aulacoseira alpigena (Grunow) Krammer var. alpigena; 14-16. Aulacoseira distans (Ehrenberg) Simonsen var. distans; 17-18.
Melosira varians Agardh var. varians; 19. Aulacoseira ambigua (Grunow) Simonsen var. ambigua f. ambigua; 20-21. Aulacoseira
granulata Ehrenberg Simonsen var. granulata; 22-23. Aulacoseira granulata var. angustissima (O. Müller) Simonsen; 24a. Hydrosera
whampöensis (Schwartz) Deby var. whampöensis. Escalas = 10 µm.
352
Landucci & Ludwig: Diatomáceas de rios da bacia hidrográfica Litorânea, PR, Brasil: Coscinodiscophyceae...
Asterionella formosa Hassal var. formosa, Micr.
Exam. Water, p. 10, pl. 2, fig. 5. 1855.
Fig. 25-26.
Valvas lineares, iso ou heteropolares, extremidades
capitadas; área axial estreita, linear, inconspícua; área
central ausente; estrias paralelas, pouco visíveis. Eixo
apical: 48,6-86,6 µm; eixo transapical: 2,4-3,2 µm;
estrias: 20-26 em 10 µm.
Krammer & Lange-Bertalot (1991) sinonimizaram
em A. formosa Hassal as espécies A. formosa var.
gracillima (Hantzsch) Grunow e A. gracillima
(Hantzsch) Heiberg. Esta última caracteriza-se pela
heteropolaridade menos perceptível. Deste modo, os
exemplares da bacia Litorânea que apresentaram maior
isopolaridade foram incluídas na espécie típica,
ressaltando-se ser esta, a primeira vez em que formas
isopolares em A. formosa são registradas para o Estado
do Paraná. Os exemplares identificados concordam
com os descritos por Krammer & Lange-Bertalot
(1991), Van Heurck (1980-1981). A. formosa Hassal
ocorreu em amostra fitoplanctônica.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Paranaguá, rio do Salto, fitoplâncton, loc. de Quintilha, Rodovia
PR-508, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44542).
Fragilaria Lyngbye
Chave para os táxons de Fragilaria
1. Valvas não intumescidas na região mediana ....................................................... 5. F. javanica var. javanica
1. Valvas intumescidas na região mediana
2. Valvas intumescidas unilateralmente ........................................................ 4. F. capucina var. vaucheriae
2. Valvas intumescidas bilateralmente
3. Valvas fortemente silicificadas ........................................................ 2. F. capucina var. fragilarioides
3. Valvas pouco silicificadas
4. Extremidades da valva subcapitadas ................................................. 1. F. capucina var. capucina
4. Extremidades da valva capitadas ......................................................... 3. F. capucina var. gracilis
1. Fragilaria capucina Desmazières var. capucina,
Plant. Cryptog. de la France, Fasc. (10), n. 453. 1825.
Fig. 39-41.
Valvas linear a linear-lanceoladas, pouco
silicificada; extremidades subcapitadas; área axial
linear; área central retangular, fortemente intumescida
bilateralmente; estrias paralelas, delicadamente
areoladas, que se intercalam às margens da valva. Eixo
apical: 32,4-55,8 µm; eixo transapical: 2,8-5 µm; estrias:
16-18 em 10 µm.
Ludwig & Flôres (1997) mencionaram que LangeBertalot, em 1980, após analisar o material-tipo de
Synedra rumpens Kützing e de Fragilaria capucina
Desmazières, concluíu que se tratavam de formas
homólogas, enquadrando-as na sua forma mais antiga,
Fragilaria capucina Desmazières.
Ludwig & Flôres (1997) tentaram elucidar a
problemática taxonômica que envolve o grupo
Fragilaria capucina, levando em conta características
como contorno valvar, número de estrias em10 mm e
variações da área central. Krammer & Lange-Bertalot
(1991) realizaram um rearranjo do complexo Synedra
rumpens dentro da espécie Fragilaria capucina,
apresentando os grupos e suas características
específicas, bem com a justificativa de suas variedades.
O complexo Fragilaria capucina é bastante
polimórfico, ressaltando-se assim, a necessidade de
consultar vários autores como: Van Heurck (18801881); Patrick & Reimer (1966), Lange-Bertalot
(1980); Williams & Round (1987); Jensen (1985);
Krammer & Lange-Bertalot (1991) e Germain (1981),
a fim de melhor enquadrar as quatro variedades na
população encontrada. A espécie foi registrada em
amostras planctônica e perifítica.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Paranaguá, rio Cambará, fitoplâncton, rodovia AlexandraMatinhos (PR-508), Colônia Cambará, 1/IV/2000, M.
Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44544); Guaratuba,
rio Cabaraquara, perifíton, loc. de Cabaraquara,
próximo à PR-412, 02/IV/2000, M. Landucci & D.
Atab (UPCB44547).
2. Fragilaria capucina var. fragilarioides (Grunow)
Ludwig & Flores, Hoehnea, 24(1): 55-65. 1997.
Fig. 27-31.
Valvas linear-lanceoladas, fortemente silicificadas;
Acta bot. bras. 19(2): 345-357. 2005.
extremidades capitadas a subcapitadas; área axial
linear, estreita; área central retangular, intumescida
bilateralmente; estrias paralelas, grosseiramente
areoladas, que se intercalam às margens da valva. Eixo
apical: 35,2-66,4 µm; eixo transapical: 3,2-6,4 µm;
estrias: 11-14 em 10 µm.
Com base no descrito por Patrick & Reimer (1966)
e Jensen (1985), para Synedra rumpens var.
fragilarioides Grunow, Ludwig & Flôres (1997),
estabeleceram alguns critérios taxonômicos para
proposição de uma nova combinação: Fragilaria
capucina var. fragilarioides. Estes critérios estavam
relacionados ao contorno valvar, podendo variar de
linear a linear-lanceolado, presença de 9-14 estrias
grosseiras e área central distinta, intumescida
bilateralmente. O material estudado presente em
amostras planctônicas e perifíticas concorda com o
proposto por Ludwig & Flôres (1997), apresentando
pouca variação morfológica no padrão de estrias, mas
destacada variação métrica do eixo apical.
Material examinado: BRASIL. Paraná: Morretes,
rio Iporanga, fitoplâncton, loc. de América de Cima,
próximo à estação de tratamento de água da
SANEPAR 18/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44534); rio Nhundiaquara, perifíton, Vila Freitas,
rodovia PR-408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44535); fitoplâncton, Vila Freitas,
rodovia PR-408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44536); Antonina, rio do Nunes,
fitoplâncton, rodovia PR-340, 25/III/2000, M. Landucci
& E.L. Corrêa (UPCB44538); perifíton, loc.de Bairro
Alto, 25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44539); idem, Paranaguá, rio do Salto, perifíton,
loc.de Quintilha, Rodovia PR-508, 1/IV/2000, M.
Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44541); fitoplâncton,
loc. de Quintilha, Rodovia PR-508, 1/IV/2000, M.
Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44542); Cambará,
perifíton, rodovia Alexandra-Matinhos (PR-508),
Colônia Cambará, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44543); fitoplâncton, rodovia AlexandraMatinhos (PR-508), Colônia Cambará, 1/IV/2000, M.
Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44544).
3. Fragilaria capucina var. gracilis (Oestrup)
Hustedt, Arch. für Hidrobiol., p. 43, pl. 36, fig. 31. 1950.
Fig. 24b.
Valvas lineares a lanceladas, pouco silicificadas;
extremidades capitadas; área axial linear, estreita; área
central retangular, geralmente, intumescida
bilateralmente; estrias paralelas, delicadamente
areoladas, que se intercalam às margens da valva. Eixo
353
apical: 19,4-25,9 µm; eixo transapical: 2,4-3,2 µm;
estrias: 16-18 em 10 µm.
Ludwig & Flôres (1997) incluiram os dois tipos
morfológicos encontrados na população da usina
hidrelétrica de Segredo no mesmo grupo, Fragilaria
capucina Desmazières var. gracilis (Oestrup)
Hustedt, por apresentarem grande semelhança no
padrão delicado das estrias, pequeno intumescimento
na região mediana e contorno valvar linear-lanceolado,
considerando estas características taxonomicamente
importantes para a espécie discutida. A espécie foi
encontrada em amostras planctônicas e perifíticas,
concordando com os apresentados por Patrick &
Reimer (1966), Krammer & Lange-Bertalot (1991) e
Ludwig & Flôres (1997).
Material examinado: BRASIL. Paraná: Morretes,
rio Nhundiaquara, perifíton, Vila Freitas, rodovia
PR-408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44535); fitoplâncton, Vila Freitas, rodovia PR408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44536); Antonina, rio Cachoeira, fitoplâncton,
loc.de Bairro Alto, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44540); Paranaguá, rio do Salto,
perifíton, loc.de Quintilha, Rodovia PR-508, 1/IV/2000,
M. Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44541);
fitoplâncton, loc. de Quintilha, Rodovia PR-508,
1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44542); Cambará, perifíton, rodovia AlexandraMatinhos (PR-508), Colônia Cambará, 1/IV/2000, M.
Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44543).
4. Fragilaria capucina var. vaucheriae (Kützing)
Lange-Bertalot, Hedwigia, 33: 747, pl. 1, fig. 26-38;
pl. 4, fig. 82-94, 97-102; pl. 11, fig. 216, 224; pl. 12, fig.
225, 233. 1980.
Fig. 32-33.
Valvas lanceoladas a linear lanceoladas; extremidades subcapitadas a rostradas; área axial levemente
lanceolada a linear; área central, intumescida
unilateralmente; estrias paralelas, que se intercalam
às margens da valva. Eixo apical: 10,5-25,9 µm; eixo
transapical: 3,2-6,4 µm; estrias: 10-15 em 10 µm.
Os exemplares encontrados apenas em amostras
perifíticas apresentaram pouco polimorfismo com
relação às extremidades e ao contorno valvar,
mantendo-se constante a assimetria na área central,
devido à presença de um intumescimento unilateral.
Este intumescimento, segundo Patrick & Reimer (1966)
é uma característica taxonômica importante para F.
vaucheriae (Kützing) Petersen, assim como para
Jensen (1985), Krammer & Lange-Bertalot (1991) e
354
Landucci & Ludwig: Diatomáceas de rios da bacia hidrográfica Litorânea, PR, Brasil: Coscinodiscophyceae...
Ludwig & Flôres (1997). O material examinado
concorda com as características morfométricas do
material apresentado por Patrick & Reimer (1966);
Jensen (1985) e Krammer & Lange-Bertalot (1991).
Material examinado: BRASIL. Paraná: Morretes,
rio Iporanga, perifíton, loc. de América de Cima,
próximo à estação de tratamento de água da
SANEPAR, 18/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44533); Antonina, rio do Nunes, perifíton,
rodovia PR-340, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44537); rio Cachoeira, perifíton, loc.de
Bairro Alto, 25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44539).
5. Fragilaria javanica Hustedt var. javanica, Arch.
Hydrobiol., 6(1): pl. 1, fig. 59-60. 1938.
Fig. 36-38.
Valvas lineares, linear-lanceoladas a lanceoladas,
podendo ou não apresentar constrição na região
mediana; extremidades capitadas a subcapitadas; áreas
axial e central ausentes; estrias delicadamente
areoladas, paralelas em toda extensão da valva. Eixo
apical: 22,6 a 69,6 µm; eixo transapical: 3,6 a 7,2 µm;
estrias 16 a 28 em 10 µm.
O material analisado, encontrado em amostras
planctônicas e perifíticas, apresentou uma ampla
variação morfológica em relação ao contorno valvar,
desde linear, linear-lanceolado a lanceolado, com e sem
constrição mediana; e estrias delicada a grosseiramente
areoladas. Esta espécie apresenta características que
justificam sua transferência para o gênero
Fragilariforma. Entretanto, Williams & Round (1987),
ao transferirem Synedra strangulata Zanon, 1938,
para o gênero citado, comentaram a estreita relação
entre esta espécie e Fragilaria javanica Hustedt,
1938. Os autores salientaram a necessidade de estudos
taxonômicos adicionais para esclarecer a identidade
das espécies, com verificação de materiais-tipo. Os
exemplares registrados concordam com os
apresentados por Krammer & Lange-Bertalot (1991)
e Metzeltin & Lange-Bertalot (1998).
Material examinado: BRASIL. Paraná: Morretes,
rio Iporanga, perifíton, loc. de América de Cima,
próximo à estação de tratamento de água da
SANEPAR, 18/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44533); fitoplâncton, loc. de América de Cima,
próximo à estação de tratamento de água da
SANEPAR 18/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44534); rio Nhundiaquara, perifíton, Vila
Freitas, rodovia PR-408, 25/III/2000, M. Landucci &
E.L. Corrêa (UPCB44535); fitoplâncton, Vila Freitas,
rodovia PR-408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44536); Antonina, rio Cachoeira,
fitoplâncton, loc.de Bairro Alto, 25/III/2000, M.
Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44540); Paranaguá,
rio do Salto, fitoplâncton, loc. de Quintilha, Rodovia
PR-508, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44542); rio Cambará, fitoplâncton, rodovia
Alexandra-Matinhos (PR-508), Colônia Cambará,
1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44544); Matinhos, rio da Onça, perifíton,
reserva Parque Rio da Onça (nascente), 1/IV/2000,
M. Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44545);
fitoplâncton, reserva Parque Rio da Onça (nascente),
1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44546); Guaratuba, rio Cabaraquara, perifíton,
loc. de Cabaraquara, próximo à PR-412, 2/IV/2000,
M. Landucci & D. Atab (UPCB44547); fitoplâncton,
loc. de Cabaraquara, próximo à PR-412, 2/IV/2000,
M. Landucci & D. Atab (UPCB44548).
Staurosira Ehrenberg
Staurosira construens Ehrenberg var. construens,
Phys. Abh. Wiss. Berl., for: 1841: 424. 1843.
Fig. 34-35.
Valvas linear-lanceoladas, intumescidas bilateralmente; extremidades arredondadas; área axial estreita,
linear; área central ausente; estrias transapicais
indistintamente areoladas, radiadas em toda superfície
valvar. Eixo apical: 4,8-11,9 µm; eixo transapical:
3,2-5,6 µm; estrias 10-12 em 10 µm.
Segundo Patrick & Reimer (1966), Krammer &
Lange-Bertalot (1991) e Germain (1981), Fragilaria
construens, apresenta um acentuado polimorfismo
com relação ao contorno valvar variando de linear,
linear-lanceolado, rômbico-lanceolado a elíptico. No
entanto, no material referente à bacia Litorânea,
constatou-se apenas tipos morfológicos com contorno
valvar linear-lanceolado, apresentando intumescimento
bilateral. Os exemplares estudados foram encontrados
em amostras planctônicas e perifíticas e se enquadram
na circunscrição de Staurosira construens
(Ehrenberg) Williams & Round estudados por Patrick
& Reimer (1966), Krammer & Lange-Bertalot (1991)
e Germain (1981).
Material examinado: BRASIL. Paraná: Antonina,
rio Cachoeira, perifíton, loc.de Bairro Alto, 25/III/2000,
M. Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44539); Matinhos,
rio da Onça, perifíton, reserva Parque Rio da Onça
(nascente), 1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44545); fitoplâncton, reserva Parque Rio da
Acta bot. bras. 19(2): 345-357. 2005.
355
Figuras 24b-45. Diatomáceas da bacia Litorânea paranaense, Paraná, Brasil. 24b. Fragilaria capucina (Oestrup) Husredt var. gracilis.
25-26. Asterionella formosa Hassal var. formosa. 27-31. Fragilaria capucina Desmazières var. fragilarioides. 32-33. Fragilaria capucina
var. vaucheriae (Kützing) Lange-Bertalot. 34-35. Staurosira construens Ehrenberg var. construens. 36-38. Fragilaria javanica Hustedt
var. javanica. 39-41. Fragilaria capucina Desmazières var. capucina. 42-45. Ulnaria ulna (Nitzsch) Compère var. ulna. Escalas = 10 µm.
356
Landucci & Ludwig: Diatomáceas de rios da bacia hidrográfica Litorânea, PR, Brasil: Coscinodiscophyceae...
Onça (nascente), 1/IV/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44546).
Ulnaria (Kützing) Compère
Ulnaria ulna (Nitzsch) Compère var. ulna, in Jahn
et al., Studies on diatoms, 97-101. 2001.
Fig. 42-45.
Valvas lineares a linear-lanceoladas; sem
constrição mediana; extremidades rostradas a
subcapitadas; área axial linear, área central retangular;
estrias paralelas, justapostas a outra margem. Eixo
apical: 73,7-163,6 µm; eixo transapical: 4,8-6,6 µm;
estrias: 10-14 em 10 µm.
Patrick & Reimer (1966) apresentaram nove
variedades, incluindo a variedade típica, diferenciando-as principalmente, pela forma das extremidades,
contorno valvar, presença ou não de área central e a
maneira como esta área central se dispõe. Porém, o
acentuado polimorfismo relacionado ao contorno valvar
e à forma da área central, não justifica as inúmeras
variedades já propostas. A espécie foi observada em
amostras planctônicas e perifíticas.
Material examinado: BRASIL. Paraná:
Morretes, rio Nhundiaquara, perifíton, Vila Freitas,
rodovia PR-408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44535); fitoplâncton, Vila Freitas,
rodovia PR-408, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44536); Antonina, rio do Nunes,
perifíton, rodovia PR-340, 25/III/2000, M. Landucci
& E.L. Corrêa (UPCB44537); fitoplâncton, rodovia
PR-340, 25/III/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44538); rio Cachoeira, perifíton, loc.de
Bairro Alto, 25/III/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44539); Paranaguá, rio do Salto,
perifíton, loc.de Quintilha, Rodovia PR-508,
1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44541); fitoplâncton, loc. de Quintilha,
Rodovia PR-508, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L.
Corrêa (UPCB44542); rio Cambará, perifíton,
rodovia Alexandra-Matinhos (PR-508), Colônia
Cambará, 1/IV/2000, M. Landucci & E.L. Corrêa
(UPCB44543); fitoplâncton, rodovia AlexandraMatinhos (PR-508), Colônia Cambará, 1/IV/2000,
M. Landucci & E.L. Corrêa (UPCB44544);
Matinhos, Rio da Onça, fitoplâncton, reserva Parque
Rio da Onça (nascente), 1/IV/2000, M. Landucci
& E.L. Corrêa (UPCB44546); Guaratuba, rio
Cabaraquara, fitoplâncton, loc. de Cabaraquara,
próximo à PR-412, 2/IV/2000, M. Landucci & D.
Atab (UPCB44548).
Agradecimentos
Os autores agradecem à Coordenadoria de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –
CAPES, pela concessão da bolsa de Mestrado à
primeira Autora.
Referências bibliográficas
Bigarella, J.J. 1978. A Serra do Mar e a porção oriental do
Estado do Paraná. Curitiba, Governo do Paraná Secretaria de Estado do Planejamento/ADEA.
Bittencourt-Oliveira, M.C. 2002. A comunidade fitoplanctônica do rio Tibagi: uma abordagem preliminar de sua
diversidade. Pp. 373-402. In: M.E. Medri (ed.). A bacia do
rio Tibagi. Londrina, M.E. Medri.
Brassac, N.M.; Atab, D.R.; Landucci, M.; Visinoni, N.D. &
Ludwig, T.V. 1999. Diatomáceas cêntricas de rios na
região de abrangência da usina hidrelétrica de Salto
Caxias, Pr (Bacia do Iguaçu). Acta Botanica Brasilica
13(3): 277-289.
Cleve-Euler, A. 1951. Die diatomeen von Scheweden und
Finnland. Kunglika Svenska Vetenskapsakademiens
Handlingar 2(1): 1-163.
Contin, L.F. 1990. Contribuição ao estudo das diatomáceas
(Chrysophyta, Bacillariophyceae) na região de captação
d’água do rio Iguaçu (SANEPAR), em Curitiba, Estado
do Paraná, Brasil. Estudos de Biologia (24): 5-95.
Cox, E.J. 1996. Identification of the freshwater diatoms from
live material. London, Chapmann & Hall.
Deby, J. 1891. Note sur le genre Hydrosera de Wallich.
Journal Micrographie 15: 209-212.
Domitrovic, Y. & Maidana, N.I. 1997. Taxonomic and
ecological studies of the Paraná River diatom flora
(Argentina). Bibliotheca Diatomologica 34: 1-122.
Frenguelli, J. 1953. Diatomeas del territorio nacional de
Missiones. Revista del Museu de La Ciudad Eva Péron,
Botanica 8: 63-86.
Germain, H. 1981. Flore des diatomées. Paris, Boubée.
Houk, V. 1993. Some morphotypes in the “Orthoseira
roeseana” complex. Diatom Research 8(2): 385-402.
Huber-Pestalozzi, G. 1942. Das Phytoplankton dês
Süsswassers. Pp. 1-549. In: A. Thienemann (ed.). Die
Binnengewässer. Stuttgart, E. Schweizerbart’sche
Verlagsbunchhandlung.
Hustedt, F. 1927-1930. Die kieselalgen. In: Rabenhorst, L.
Kryptogamen-Flora. Leipzig, Akademische
Verlagsgesellschaft. v.5, n.2.
Jensen, N. C. 1985. Hustedt’s “Die Kieselalgen, 2. Teil”:
The Pennate Diatoms. Koenigstein, Koeltz Scientific
Books.
Krammer, K. & Lange-Bertalot, H. 1991. Bacillariophyceae:
Achnanthaceae. In: H. Ettl; I. Gerloff; H. Heynig & D.
Mollenhauer (eds.). Süsswasser Flora von
Mittleleuropa. Sttugart, G. Fischer. v.2, n.4.
Lange-Bertalot, H. 1980. Zur systematischen Bewertung der
bandförmigen Kolonien bei Navicula und Fragilaria.
Nova Hedwigia 33: 723-787.
Acta bot. bras. 19(2): 345-357. 2005.
Leandrini, J.A.; Moreira Filho, H. & Rodrigues, L. 2002. Espécies perifíticas de Navicula Bory de dois sistemas
lóticos do município de Maringá, Estado do Paraná,
Brasil. Hoehnea 29(1): 49-56.
Ludwig, T.A.V. & Flôres, T. 1995. Diatomoflórula dos rios
da região a ser inundada para a construção da Usina
Hidrelétrica de Segredo, Paraná; I. Coscinodiscaceae,
Bacillariophyceae (Achnanthales e Eunotiales) e
Fragilariophyceae (Meridion e Asterionella). Arquivos
de Biologia e Tecnologia 38(2): 631-650.
Ludwig, T.A.V. & Flôres, T. 1997. Diatomoflórula dos rios
da região a ser inundada para a construção da Usina
Hidrelétrica de Segredo, Paraná Fragilariophyceae
(Fragilaria e Synedra). Hoehnea 24(1): 55-65.
Metzeltin, D. & Lange-Bertalot, H. 1998. Tropical Diatoms of
the South America I. Iconographia Diatomologica 5: 1-695.
Moreira Filho, H. & Valente-Moreira, I.M. 1981. Avaliação
taxonômica e ecológica das diatomáceas (Bacillariophyceae) epífitas em algas pluricelulares obtidas nos
litorais do estado do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Boletim do Museu Botânico Municipal (47): 1-17.
Versão eletrônica do artigo em www.scielo.br/abb
357
Patrick, R. & Reimer, C.W. 1966. The diatoms of United
States. Monographs of the Academy of Natural Sciences
of Philadelphia 1: 1-688.
Round, F.E.; Crawford, R.M. & Mann, D.G. 1990. The
Diatoms: biology and morphology of the genera.
Cambridge, Cambridge University Press.
Schmidt, A. 1913. Atlas der Diatomaceen-Kunde. Leipzig,
Reisland, O.R. 1874-1959.
Simonsen, R. 1974. The diatom plankton of the Indian Ocean
Expedition of R/V “Meteor”, 1964-65 Meteor
Forschungsergebnisse Reihe D-Biologie 19: 1-66.
Spauling, S.A. & Kociolek, J.P. 1998. The genus Orthoseira:
ultrastructure and morphological variation in two species
from Madagascar with comments on nomenclature in
the genus. Diatom Research 13(1): 133-147.
Van Heurck, H. 1880-1885. Synopsis des diatomées de
Belgique. Anver, L’Auteur.
Williams, D.M. & Round, F.E. 1987. Revision of the genus
Fragilaria. Diatom Research 2(2): 267-288.