LITERATURA
Poesia/risco: análise dos
manuscritos de "Poetamentos",
de Augusto de Campos
Anderson Mezzarano Lucarezi
Bolsista CNPQ-PIBIC , graduando em Letras Português/Inglês na Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
"paraíso pudendo"
"por suposto"
"nossos dias com cimento"
"dias dias dias"
"lygia fingers"
"eis os amantes"
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INTRODUÇÃO
Como o chamejar enigmático de um jack-o-lantern
imantado pela luminosidade fosca passível de existência dentro do limite opaco do papel, sai do processo de
escritura de Augusto de Campos - após a experiência
expansiva de “os sentidos sentidos” e de “poeta ex pulmões”, de 1951/52 - uma sedutoras série da poesia brasileira: “Poetamenos”, grupo de 6 poemas cromáticos
confeccionados em 53 e publicados dois anos depois, em
Noigandres I, feitos – com base na melodia de timbres
do compositor Anton Webern – àquela que se tornaria
esposa de Augusto: Lygia de Azeredo.
Após o, àquela época, difícil processo de confecção
dos poemas - manuscrito > datiloscrito > datiloscrito digitado sobre papel carbono colorido > versão final publicada – o chamejar se intensificou e explodiu em cores em
página de livro; vivacidade de gás neón.
Hoje, época em que há luminosos, filmletras e além,
“Poetamenos” ganhou, por trabalho de Audrei Aparecida Franco de Carvalho, versão digital, bem envolvente,
impactante. E ainda há o que criar.
*
Magnitude do livro: é em “Poetamenos” – daí, parte
da relevância do livro – que os pressupostos concretistas
ortodoxos se revelam pela primeira vez: concepção ideogramática (em detrimento da lógica analítico-discursiva,
inadequada para uma maior funcionalidade que visava
a intervir no mundo de então), aspiração cosmopolita
(pluralidade de idiomas), movement (texto vivo, dinâmico), Gestalt (boa forma, equilíbrio, geometricidade);
em suma, elementos para uma configuração verbi-vocovisual. Por outro lado – daí, outra parte da relevância do
livro – “Poetamenos” é precisamente a transição de uma
poética primeira de Augusto, de um concreto ainda poroso, para a poética do concreto mais sólido, dureza de
rochedo; para usar termos musicais, trata-se de uma experiência pré-serial, ou, melhor, atonal, sem um princípio
dominante que conduza, de forma imperativa, a leitura.
*
Em nota introdutória, longe de função decorativa, a
razão de ser das cores dos poemas:
“leitura oral – vozes reais agindo em (aproximadamente)
timbre para o poema como os instrumentos na klangfarbenmelodie de WEBERN”.
Webern: intertexto anunciado; poemas à la opus 22,
quarteto para saxofone, clarinete, violino e piano; concerto, de Augusto, para vozes, como as do grupo musical
Ars Nova, nos 50’s, como a de Caetano, nos 70’s; concerto, de Augusto, para o papel, para leitura mental, com
os instrumentos-cores e com as pausas-espaços (maneira
notável de como a poesia concreta consegue transformar
tempo em espaço).
O que, no entanto, exatamente, é melodia de timbres? O próprio Augusto, em seu trabalho de musicólogo, tece a resposta:
- ‘a melodia de timbres’, do alemão Klangfarbenmelodie, foi empregada pela primeira vez por Arnold Schoenberg (1874-1951), o criador do dodecafonismo, em seu
livro teórico Harmonielehre (Tratado de Harmonia), redigido entre 1909 e 1911 e publicado neste último ano.
Designa a fragmentação e distribuição da frase musical
por instrumentos de diferentes timbres. Em seu tratado, Schoenberg observara que, dentre as propriedades
fundamentais do som (altura, duração, intensidade,
timbre), este [o timbre] era o menos sistematicamente explorado e se propunha dar-lhe o devido relevo.
(...) foi indubitavelmente seu discípulo Anton Webern
(1883-1945) o primeiro e o mais radical praticante dessa
nova espécie de melodia. (...) É em Webern que a ‘melodia de timbres’ adquire os contornos nítidos com que
veio a se definir: uma melodia contínua, deslocada de
um instrumento para o outro, mudando continuamente
sua cor. Em outras palavras: os instrumentos se revezam
tocando fragmentos da melodia, a qual, no entanto, não
deve soar fragmentariamente, mas como um contínuo
melódico. (CAMPOS, A. 1998. p.p. 253-4)
Outro eco de Webern em “Poetamenos”: a espacialização. Como na opus nº 28 – Quarteto de Cordas – em que
o espaço, por mais complexo que isso pareça, revela-se na
música; num momento ouvimos um som; noutro momento, imediatamente seguinte, ouvimos um outro som que parece mais próximo; em seguida, outro que parece estar muitíssimo próximo, daí um som distante, e assim por diante;
efeito, este, conseguido através de um jogo com a intensidade musical (por exemplo: piano, forte, fortíssimo).
A espacialização, no entanto, tem outro intertexto:
o Mallarmé de “Un Coup de Dés” - poema que por abolir a sintaxe lógico-discursiva, lançar mão da variedade
tipográfica para imprimir efeitos específicos e explorar a
espacialidade da página, enquadrava-se nos pressupostos do concretismo e muito interessou ao grupo; lembremos da produção inicial deles; lembremos de “o âmago
do ômega”, de Haroldo, de “Adieu, Mallaimé (Autoportraîte)”, de Décio e, claro, de “Poetamenos”, de Augusto.
*
Além da música e da literatura, as artes plásticas
fazem, também, parte de “Poetamenos”. Na “Teoria da
Poesia Concreta” os autores explicitam a importância de
pintores como Mondrian e os concretos brasileiros como
parte do contexto da poesia concreta. Haroldo de Campos, por exemplo, comenta que “(...) Mallarmé, Mondrian
e Webern pertencem a uma única família de inventores
de formas e se estará no miolo da questão” (CAMPOS, A;
CAMPOS, H; PIGNATARI. 2006. p. 150)
Pignatari, por sua vez, elenca, em um manifesto, entre as referências concretistas, “a técnica de manchetes e
§un coup de dés§. calder e §un coup de dés§. mondrian,
a arquitetura, e João Cabral de Melo Neto. (...)” (CAMPOS, A.; CAMPOS, H.; PIGNATARI, p.69).
Sobre os pintores concretos brasileiros, mais especificamente Waldemar Cordeiro, Pignatari comenta que
“(...)os concretistas, que – empenhados justamente na
fundação de uma tradição do rigor para a cultura brasileira, foram os primeiros (Waldemar Cordeiro à frente) a
chamar a atenção para o “caso” Volpi (...)” (Idem. p. 93)
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ângulo 123, out./dez., 2010.
p. 14-19.
LITERATURA
Antes da publicação desses escritos, no entanto, o Mondrian
dos últimos trabalhos, como o de “Broadway Woogie Boogie”, já
se fazia presente em “Poetamenos”; na pintura imersa na dimensão temporal - cores que sugerem carros se locomovendo pelas
ruas, sendo que a diversidade cromática causa uma tensão visual
que além de sugerir locomoção, sugere passagem de tempo (que é
característica de qualquer movimento). Como - porém às avessas
- a música de Webern, que é imersa na dimensão espacial.
Augusto e Cid em vocalização do poema
Broadway Boogie Woogie (1943) – Piet Mondrian
Telão em destaque
Se Mondrian, por um lado trabalhou apenas com cores primárias (azul, vermelho e amarelo) – sendo que em “Poetamenos” Augusto usa também as secundárias (verde, roxo e laranja) - os pintores
concretos trabalharam com uma paleta mais variada, , o que indica
um diálogo de maior com o grupo Ruptura do que com Mondrian.
A seguir, comparação de uma tela de Waldemar Cordeiro com versão digitalizada de “Lygia Fingers” feita por Walter
Silveira para a apresentação multimídia “Poesia é Risco”, que
Augusto realizou em 1996 juntamente com Cid Campos:
A vídeo-versão, no momento congelado acima, faz
a transformação das palavras em blocos cromáticos muito similares aos da tela “Movimento”. Creio, assim, que
o neoplasticismo de Mondrian e a pintura concreta brasileira componham um intertexto significativo de “Poetamenos”, já que estavam no horizonte dos poetas concretos desde o início de suas ponderações sobre arte.
*
Para que, no entanto, falar de intertextos? Entomologia literária? N-Ã-O, definitivamente. Antes, poder
lançar-se de maneira frutífera nos meandros das dimensões verbi-voco-visuais que os poemas proporcionam;
mallarmé-verbi, webern-voco, mondrian-visual / mallarmé-voco, webern-visual, mondrian-verbi / mallarmévisual, webern-verbi, mondrian-voco / mallarméwebernmondrian-verbivocovisual.
UM INTERMEZZO TEÓRICO
“Movimento” (1951)
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A magnitude de “Poetamenos”, além de na originalidade do uso de cores ou no diálogo com a música
weberniana, com a poesia mallarmaica e com a pintura
concreta, está na tensão que se dá, na leitura, entre esses
elementos intertextuais. Tal tensão, por sua vez, pode
ser entendida como uma imbricação de oralidade com
escrita, relação que, em boa medida, se fez presente – de
forma conflituosa - ao longo da história da América Latina e, em especial, para nosso caso, da história do Brasil.
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Começo por lembrar que a literatura brasileira (e latinoamericana, e mundial) atinge um de seus pontos culminantes no espantoso exercício perspectivista que é
“Meu tio, o Iauretê”, de Guimarães Rosa, a descrição
minuciosa, clínica, microscópica, do devir-animal de
um índio. CASTRO, 2002. p.128)
Bem antes de Viveiros de Castro, Oswald de Andrade
já trabalhava a antropofagia, e através de literatura. Interessante, talvez, seja repensar a relação das obras Oswald
/ Guimarães Rosa com a de Augusto de Campos e com a
dos demais concretistas. Oswald e Rosa, juntamente com
João Cabral de Melo Neto, constituíram a frente nacional
do paideuma concretista.
Em suma, nas letras brasileiras, de Gregório de Matos
a Augusto de Campos, e além, ainda que de modos diversos, e dadas as diferenças de época e de práticas de escrita, a
tensão entre oralidade e escrita se fez/faz presente.
*
Longe, porém, de uma dicotomização limitante, proponho uma leitura da tensão supracitada através dos princípios do estudioso francês Henri Meschonnic (1932-2009),
que apresentou uma tripartição entre “oral” / “escrito” /
“falado”. Segundo ele, a dicotomia “oral” vs. “escrito” é
falsa, uma vez que o oral seria um “primado do ritmo e da
prosódia, com sua semântica própria, organização subjetiva e cultural de um discurso, que pode se realizar tanto no
escrito como no falado.” (MESCHONNIC, 2006. p.8)
Especificando mais, o autor elucida que “a entonação é um modo da oralidade do falado”, assim como, no
âmbito do escrito, “a historicidade da pontuação dos textos é uma questão da oralidade” (Idem.)
ângulo 123, out./dez., 2010.
A proposição meschonniquiana da tripartição tem
base na crítica à teoria do signo. Segundo o autor, o signo – proveniente das correntes formalistas / estruturalistas – não é sensível a uma suposta “relação entre rima e
vida”, já que tende a dicotomizar as questões, geralmente falhando. Exemplo disso é a errônea dicotomia entre
“oral” e “escrito”, contra a qual Meschonnic apresenta
sua tripartição.
A partir dessa crítica, o autor aponta a necessidade
de mudança de pensamento, uma vez que o signo permeia praticamente toda a cultura ocidental. Por fim, ele
diz que a mudança é viável através de uma nova poética,
que, segundo suas convicções, deve ser centrada no poema, que seria o ponto fraco das teorias da linguagem e –
sendo o homem um produto da linguagem – das teorias
da sociedade. Se encararmos o poema – forma presente
em qualquer língua – sob a ótica da função poética da linguagem – veremos que se trata de linguagem chamando
atenção para si mesma. Assim sendo, e lembrando que o
homem é produto da linguagem, o poema, se encarado
e estudado de forma inovadora, renova a concepção de
sujeito. Qual, no entanto, seria essa forma nova de estudo? Meschonnic propõe uma poética baseada no ritmo.
Não no ritmo estudado até então, meramente métrico,
mas num ritmo associado à oralidade.
A importância da oralidade está em se tratar de um
elemento que engloba historicidade (a linguagem é imersa na história; passa de boca a boca), subjetividade (cada
um tem a sua e lê a do outro de dada forma) e corporacidade (linguagem associada ao corpo; exemplos: gestos;
expressões; criança ainda na barriga da mãe acostuma-se
às vozes externas).
Esse ritmo ligado à oralidade seria, então, o ritmo
real, dinâmico, pertinente à historicidade do sujeito que
o sente e vive pelo corpo.
*
Esmiuçando mais: o poeta francês Paul Valery, em
seu livro de ensaios “Variedades”, afirma que “um poema é uma espécie de máquina de produzir o estado
poético através das palavras”. (VALERY, 1991, Pág. 297)
O trabalho do escritor, então, seria o de “construir” tal
máquina. Valery, no entanto, alerta que “O efeito dessa
máquina é incerto pois nada é garantido em matéria de
ação sobre nossos espíritos”.
Assim, o poeta não tem pleno controle sobre que
tipo de reações seu poema vai despertar no leitor. O que
acontece é o impacto do poema e sua absorção pelo leitor
através dos parâmetros orais de tal leitor, isto é, através
de seu background de historicidade, subjetividade e corporacidade. Em outras palavras, a “máquina de produzir
estado poético através das palavras” produz esse estado
em alguém, isto é, em um corpo vivo. Desta maneira, o
receptor vive o poema.
No entanto, para que o poema seja “vivido”, ele
deve ser – usando novamente termos valeryanos – uma
“máquina de produzir estado poético” construída de
maneira apurada para possibilitar tal “vivência”. Daí, no
caso concretista – e no de toda a poesia de “concreção”
(que atenta para a materialidade da linguagem) - a pre-
LITERATURA
Caso-Brasil - bem estudado por Alfredo Bosi na
sua “Dialética da Colonização”: força de uma cultura
escrita se impondo sobre uma massa mergulhada no
universo da oralidade. Caso-Brasil – em apreensão valiosa de Eduardo Viveiros de Castro: como a colonização
portuguesa não conseguiu que seus valores europeus se
cristalizassem na mente indígena conforme o planejado,
o que certamente abrange a relação entre escrita e fala;
a “inconstância da alma selvagem”, ancorada na prática antropofágica, isto é, na absorção da cultura do outro
(ou, antes, a deglutição da perspectiva do outro) de um
modo próprio, visando a melhorias. Daí o cristianismo
não ter sido absorvido de forma puramente europeia pelos indígenas, já que era captado “à moda nativa” e, geralmente, deixado de lado depois de algum tempo. Isso
por que, em geral, o indígena que habitava o “Brasil” da
época era um sujeito cuja identidade estava atrelada à
alteridade, isto é, definia-se a partir do outro (um devir/
outro); para ter mais reconhecimento precisava ganhar
a perspectiva de homens de valor - o que, na época, se
dava pelo canibalismo.
Precioso depoimento de Viveiros de Castro a respeito do “perspectivismo” – teoria a respeito das diversas perspectivas almejadas pelos indígenas – no campo
da chamada literatura:
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LITERATURA
ocupação estrutural desde o menor detalhe até o arcabouço geral.
Os poemas concretos, em especial, podem ser vistos como poemas performáticos, no sentido de poderem
ser “vividos” pelo leitor. Haroldo de Campos expôs
bem tal intenção, em 1956, no seu manifesto “Olho por
Olho a Olho Nu”: “uma arte — não q apresente, mas q
presentifique” (CAMPOS, A.; CAMPOS, H.; PIGNATARI, 2006. p. 73)
DA GÊNESE DOS POEMAS
*
Falar de Intertextos, como fiz anteriormente, certamente já é falar da gênese dos poemas. Entretanto, a
análise dos manuscritos e datiloscritos pode ser interessante para sondar como a relação entre oralidade e escrita se dá até mesmo na gênese poética, na confecção de
ritmos que seriam acionados e vivenciados pelo sujeito
na medida em que ele ler os poemas.
É curioso notar como a estruturação dos poemas
de “Poetamenos” se assemelha àquela oralidade que
Meschonnic diz ser presente na escrita na forma da pontuação.
A respeito do trabalho de “modernização da pontuação” de textos antigos, Meschonnic diz que
todo um passado de racionalidade do escrito, e de racionalismo, leva ao desconhecimento a pontuação — a
rítmica — dos textos anteriores às normas ou hábitos
culturais de nossa pontuação moderna. Sem falar de
uma poética dos manuscritos.” (MESCHONNIC, 2006,
pág. 19), e leva sua crítica mais adiante dizendo que
“os editores não sabem ainda hoje que a pontuação
na poética de um texto é seu gestual, sua oralidade. E
mesmo que ela seja apenas o feito dos tipógrafos da
época, ela pertence à sua historicidade. (MESCHONNIC, 2006, p.p. 23-4)
manuscrito
primeiro datiloscrito
A chamada “poética dos manuscritos” se adequa
de forma muito interessante a este trabalho se tivermos
em mente um paralelo da pontuação – por exemplo a
vírgula – com a organização visual das palavras num
poema de Poetamenos.
Se considerarmos alguns documentos de “Lygia
Fingers”, podemos perceber que durante a elaboração
do poema Augusto hesitou, algumas vezes, no que diz
respeito à posição exata das palavras no papel:
primeira versão publicada
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REFERÊNCIAS
BOSI, Alfredo. 1992. Dialética da Colonização. Companhia das
Letras. São Paulo.
CAMPOS, Augusto de. 1979. Viva Vaia. Perspectiva. São Paulo.
CAMPOS, Augusto de. 1998. Música de Invenção. Perspectiva.
São Paulo.
LITERATURA
Na primeira versão – manuscrita – o “rs” está logo
abaixo da primeira “lygia”. No datiloscrito o “rs” fica
mais à direita. Por fim, na versão publicada, os espaços
entre as palavras em questão são maiores ainda. Essa e
outras pequenas alterações (como a distância entre “lynx
lynx” e “assim”) caracterizam a importância da disposição da palavra no papel como um elemento rítmico. Daí
o paralelo com a pontuação modernizada pelos editores
pós século XVIII: A correspondência de cummings com
Augusto, publicada no livro que este dedica à tradução
do poeta norte-americano, revela a preocupação com a
exatidão na espacialização. Ignorar esse rigor é como ignorar a pontuação original do XVIII; desrespeitar o ritmo
daquele texto, sua oralidade.
É exatamente nesse resgate, nessa defesa, nesse
respeito, que a proposta concreta revela sua vivacidade.
Ainda mais nessa fase pré-concreta de “Poetamenos”,
menos dura, mais orgânica, mais dada ao oral.
CAMPOS, Augusto; CAMPOS, Haroldo; PIGNATARI, Décio.
2006. Teoria da Poesia Concreta. Ateliê. São Paulo.
CASTRO, Eduardo Viveiros de. 2002. A Inconstância da Alma
Selvagem. Cosac Naify.
CASTRO, Eduardo Viveiros de; SZUTMAN, Renato (org.) 2007.
Encontros - Viveiros de Castro. Ed. Azougue. Rio de Janeiro.
MESCHONNIC, Henri; FLORENTINO, Cristiano (trad.) 2006.
Linguagem, Ritmo e Vida. FALE/UFMG. Belo Horizonte.
VALERY, Paul. 1991. Variedades. Iluminuras.
ângulo 123, out./dez., 2010.
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