Bioma Amazônia: principais características, clima, solo, vegetação, fauna e mais!
Publicado em 18/01/2021 às 14:01, escrito por Talita, Redação Aulática | Tempo de leitura:
A Amazônia é a maior floresta tropical do planeta, abrigando 50% das florestas tropicais existentes no mundo.
É o maior bioma do Brasil e ocupa o território de mais 8 países: Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
60% da sua extensão está no Brasil, ocupando todos os estados da região Norte, parte do Mato Grosso e do Maranhão.
Hoje, já considerando as áreas desmatadas, a Amazônia ocupa pouco mais de 45% do território brasileiro.
As chuvas torrenciais que ocorrem na Amazônia são uma forte característica do bioma.
Há um período mais chuvoso e um período menos chuvoso, em que o índice pluviométrico fica 3x menor do que o habitual, em média.
Temperatura Média Anual: 25 ºC.
Índice Pluviométrico: 2300 mm/ano a 3600 mm.
Clima Equatorial: extremamente quente e úmido.
Muita gente não sabe, mas a vazão dos rios voadores da Amazônia é igual ou superior à vazão do Rio Amazonas, que é o maior do mundo e transporta 200.00m³ de água por segundo.
Parte das massas de ar carregadas de vapor de água, que são formadas pela evaporação dos rios e evapotranspiração das plantas, se deslocam por toda América do Sul.
Esse processo ocorre porque a floresta devolve quase metade da água da chuva recebida para a atmosfera.
Essas nuvens se juntam com as nuvens de chuvas que vêm do Oceano Atlântico e movimentam-se no sentido Leste-Oeste, até baterem na Cordilheira dos Andes, que muito alta, impede a travessia dessas nuvens.
Os rios voadores batem nas montanhas e ganham sentido Sul, voltando e ajudando na distribuição de chuva para toda a América do Sul.
A evaporação da água dos rios e a alta taxa de transpiração vegetal, que libera a água no estado gasoso pelos estômatos das plantas, são os principais fatores para a formação de chuvas densas e frequentes, e que são distribuídas por todo Brasil.
A maior bacia hidrográfica do mundo é a Bacia Amazônica, contendo cerca de 20% da água doce do planeta e 80% da água existente no Brasil.
Alguns dos rios mais importantes: Rio Xingu, Rio Solimões, Rio Negro, Rio Juruá, e o maior de todos, que é o Rio Amazonas, formado pelo encontro das águas do Rio Negro com o Rio Solimões.
A cor dos rios varia e também determina o tipo de vegetação que é encontrada à beira deles.
A variação ocorre por diferenças na composição química das águas, densidade, temperatura, velocidade, quantidade de sedimentos que carregam, entre outros fatores.
O relevo do bioma Amazônia é formado por planícies, e o escoamento da água é lento, o que contribuiu para que os rios subam. Também há áreas com depressões e planaltos.
O solo amazônico, no geral, é profundo e de composição areno-argilosa, ou seja, possui areia e argila ao mesmo tempo.
Ao contrário do que muitos pensam, também não é fértil por natureza, mas é extremamente nutritivo por ser rico em húmus, devido a decomposição da serapilheira pelos fungos e bactérias.
O processo de formação do húmus é rápido, por haver uma alta quantidade de matéria para ser decomposta e, também, de agentes decompositores, além da alta temperatura e presença de muita água, que juntos, aceleram as reações químicas.
Calor, umidade e húmus no solo como fonte de nutrientes permitem que a Amazônia tenha a maior biodiversidade vegetal do planeta, são mais 40 mil espécies catalogadas.
A Amazônia Legal foi criada em 1953, durante o governo de Getúlio Vargas, para planejar o desenvolvimento econômico integrado de todos os estados ocupados por alguma parte do bioma.
A extensão da demarcação política não corresponde ao território da floresta e também engloba áreas do Cerrado e do Pantanal. No total, o território corresponde a 60% das terras brasileiras.
Não se pode generalizar a vegetação amazônica, justamente pela grande quantidade de espécies existentes, mas há predomínio de 3 tipos específicos:
Vegetação mais densa e predomínio de plantas arbóreas, docéis, arbustos e herbáceas. Há muitas plantas epífetas, que são aquelas que se desenvolvem sobre outro organismo, mas sem o parasitar; e plantas hidrófitas, que são as que se adaptaram à vida em ambientes aquáticos.
Planícies inundadas sazonalmente, sempre quando o rio sobe. A vegetação da várzea é adaptada ao vai e vem da água, então há desde plantas aquáticas às pequenas matas que podem ficar totalmente submersas.
Áreas que ficam inundadas permanentemente. Possuem a maior variedade de plantas aquáticas, além de pequenos arbustos, algumas árvores de pequeno porte e muitos musgos.
O bioma amazônico concentra a maior biodiversidade de animais do planeta, são mais de 30 milhões de espécies catalogadas. Dá pra acreditar?
Além disso, a Amazônia tem um alto índice de espécies endêmicas, ou seja, espécies que só existem em seu local de origem.
A especiação é um fenômeno que auxilia nesse alto desenvolvimento de espécies diferentes, muito também pela abundância de rios, que no processo evolutivo, funcionam como barreira geográfica, dividindo as florestas e gerando maior biodiversidade.
O símbolo da fauna amazônica é o boto cor-de-rosa, o maior golfinho de água doce do mundo, também endêmico do bioma.
Foto: chem7 – Flickr | CC BY 2.0 br
A Amazônia compreende uma altíssima biodiversidade de animais invertebrados, principalmente de mosquitos e insetos.
Os peixes têm uma importância histórica para o desenvolvimento das sociedades dos povos amazônicos. São mais de 1300 espécies catalogadas e mais de 70% das espécies existentes na América do Sul se concentram no bioma.
São mais de 200 espécies catalogas. Entre as mais conhecidas, estão: araras, tucanos, papagaios, águias, urubus, beija-flores, corujas e muitas outras espécies exóticas.
São cerca de 350 espécies catalogadas, destas, 2/3 das são endêmicas. Há uma enorme variedade de jacarés, cobras, lagartos, lagartixas, jabotis e cágados.
São mais de 400 espécies entre sapos, rãs e pererecas. Muitas, também, endêmicas.
São mais de 350 espécies conhecidas, entre felinos, bichos-preguiça, macacos, antas, morcegos, o boto cor-de-rosa, capivaras e outros roedores.
Comércio ilegal e tráfico envolvendo os animais da Amazônia é um grande problema enfrentado há décadas; cerca de 180 espécies já estão sob risco de extinção.
O arco do desmatamento, região que concentra os maiores índices de desmatamento da Amazônia, engloba outro conjunto de problemas, todos acerca do avanço do agronegócio, como o desmatamento para o plantio de soja e criação de gado.
Além de impactar na natureza local, todos os povos amazônicos também enfrentam problemas em suas terras, não só pelo avanço do agronegócio, mas também dos garimpos ilegais.
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