O alerta da OMS sobre riscos de adoçante artificial à saúde

Mão de homem colocando adoçante no café

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Legenda da foto, A sacarina é um dos substitutos mais comuns do açúcar
  • Author, Redação
  • Role, BBC News Mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselha o uso de adoçantes sem açúcar para perda de peso.

A diretriz publicada pela organização, divulgada nesta na terça-feira (16/05), afirma que o consumo destes produtos não oferece benefícios significativos a longo prazo para reduzir a gordura corporal em adultos ou crianças.

Os adoçantes que substituem o açúcar tampouco ajudariam a reduzir o risco de doenças não transmissíveis (DNTs), como câncer ou diabetes, segundo o relatório.

A OMS alerta que, na verdade, o uso prolongado de adoçantes aumentaria o risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e morte prematura em adultos.

Isso se aplicaria a todos os adoçantes sem açúcar, da sacarina e sucralose à stevia, incluindo aqueles usados em alimentos e bebidas, como os refrigerantes "light" ou "zero".

Lata de refrigerante escrito 'zero calorias'

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os refrigerantes 'zero' não ajudariam a perder peso ou prevenir doenças, de acordo com a OMS

Sem valor nutricional

Os adoçantes sem açúcar "não são fatores dietéticos essenciais e carecem de valor nutricional", disse Francesco Branca, diretor de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS, em comunicado.

A organização recomenda, em vez de substituir o açúcar por outros produtos, eliminar totalmente e desde cedo o consumo de bebidas e alimentos com sabores doces, com exceção de frutas.

Essas recomendações são dirigidas a todas as pessoas, exceto aquelas com diabetes pré-existente, segundo a OMS.

Não se aplicam, no entanto, aos adoçantes contidos em alguns medicamentos e produtos de cuidado e higiene pessoal, como pastas de dente e cremes para a pele, nem aos açúcares de baixo teor calórico e aos álcoois de açúcar (polióis).

A OMS incluiu essa recomendação em um conjunto de diretrizes para "estabelecer hábitos alimentares saudáveis ​​ao longo da vida, melhorar a qualidade da dieta e diminuir o risco de doenças não transmissíveis em todo o mundo", afirma o comunicado.