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Atualizado às: 08 de agosto, 2008 - 12h43 GMT (09h43 Brasília)
 
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'Superpotência' China dá início à Olimpíada de Pequim
 
Cerimônia de abertura
Abertura dos Jogos é assistida por 90 mil pessoas no Estádio Nacional.

Após anos de crescimento econômico robusto, a China deu início nesta sexta-feira aos Jogos Olímpicos de Pequim, vistos pelo governo do país e por muitos chineses como uma forma de consolidar a imagem do país de superpotência emergente – um novo país moderno e vibrante.

Os organizadores gastaram mais de US$ 42 bilhões no evento – quase três vezes o que foi investido há quatro anos na Olimpíada de Atenas para construir as modernas instalações e infra-estrutura de Pequim.

"O momento histórico que aguardamos por tanto tempo está chegando", disse o presidente Hu Jintao em um jantar a líderes de todo o mundo na quinta-feira.

Apesar do esforço do governo de mostrar ao mundo uma "nova" China, algumas questões – como falta de democracia, respeito aos direitos humanos e preocupação com o ambiente – continuam a comprometer a imagem de país dinâmico que a China tenta projetar.

Abertura da Olimpíada de Pequim
Abertura da Olimpíada de Pequim conta a história da China

Nova Pequim

A luxuosa cerimônia de abertura dos Jogos acontece no novo Estádio Olímpico Nacional em Pequim, com mais de 90 mil espectadores e uma estimativa de 4 bilhões de telespectadores em todo o mundo.

Após passar os últimos sete anos como um canteiro de obras, a capital chinesa começou a receber nesta semana os mais de meio milhão de visitantes de todo o mundo, além dos atletas, chefes de Estado e jornalistas.

Alguns dos centenários cartões postais de Pequim – como a Praça da Paz Celestial, o Templo da Terra e a Cidade Proibida – agora dividem espaço com construções futuristas, como o Estádio Olímpico Nacional (ou Ninho de Pássaro, como é conhecido), o Centro Aquático Cubo d'Água e o Estádio dos Trabalhadores.

As competições esportivas começam neste sábado (com exceção do futebol, que começou na quarta-feira) e vão até o dia 24 de agosto.

Abertura da Olimpíada

Liberdade

O regime comunista chinês é conhecido pela sua rigidez com liberdade de expressão e forte controle sob o trabalho da imprensa. A internet e os órgãos de imprensa são censurados pelo governo na China.

Um dos desafios será conciliar esse rígido controle com a chegada de quase 30 mil jornalistas de órgãos de imprensa de mais de 200 países para o evento esportivo.

Nas vésperas dos Jogos, alguns incidentes já expuseram alguns desses desafios.

Na segunda-feira, jornalistas japoneses foram agredidos por tentarem cobrir um atentado provocado por separatistas na província de Xinjiang. Na quarta-feira, ativistas britânicos e americanos foram presos e expulsos do país por pendurarem uma faixa próxima ao Estádio Olímpico Nacional em favor de separatistas da província chinesa do Tibete.

Abertura da Olimpíada

Outro tema que recebe bastante atenção internacional é a nuvem de poluição que cobre Pequim na véspera dos Jogos.

Os organizadores da Olimpíada tomaram diversas medidas para conter a poluição – como um rodízio de carros e a suspensão de atividades de fábricas, mas a cortina cinzenta continua sob a cidade.

A poluição é uma preocupação da China não só em tempos de Olimpíada. O forte crescimento econômico recente do país levou muitos ambientalistas a culparem a China pelo aquecimento global.

Esporte

Em meio a tantos desejos políticos e econômicos, a China também tenta consolidar nos Jogos de Pequim a sua imagem de superpotência esportiva.

Abertura da Olimpíada

Na Olimpíada de Atenas de 2004, a China foi a segunda colocada no quadro de medalhas com 32 medalhas de ouro, 17 de prata e 14 de bronze. O país recebeu quatro ouros a menos do que os Estados Unidos, mas conseguiu superar outras potências esportivas, como Rússia, Austrália e Japão.

Há 20 anos, nos Jogos de Seul, a China não figurava nem entre os dez primeiros colocados.

O Brasil também tenta bater seu recorde de dez medalhas em Atenas (cinco ouros, duas pratas e três bronzes). O país mandou 277 atletas para participar de 32 modalidades – a maior delegação brasileira em uma Olimpíada – para tentar superar o 16º lugar no quadro geral, obtido na Grécia.

Os Jogos também têm uma importância política para o Brasil. O país tenta sediar no Rio de Janeiro a Olimpíada de 2016.

Em Pequim, além de acompanhar os atletas brasileiros, os dirigentes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fizeram campanha para que, após Londres 2012, os Jogos Olímpicos de 2016 voltem a ser realizados em um país emergente.

Abertura da Olimpíada

 
 
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