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José Serra diz que PSDB 'tolerou demais' Bolsonaro, mas que "não existem provas" para impeachment

Senador disse, ainda, que não acredita que Jair Bolsonaro tente um golpe semelhante ao que resultou na ditadura militar de 1964: "as condições são muito diferentes"

José Serra e Bolsonaro (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado | Alan Santos/PR)
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247 - O senador José Serra (PSDB-SP) criticou o próprio partido por ter "tolerado demais” as “atitudes descabidas e desarrazoadas” de Jair Bolsonaro (PL). "Acho que toleramos demais. Ser oposição não significa torcer pelo quanto pior melhor e sair votando contra todas as propostas do governo. Mas fazer oposição é também questionar as atitudes descabidas e desarrazoadas que o presidente toma a todo instante. Devíamos ter sido mais explícitos na nossa discordância", disse o tucano à revista Veja

Apesar da crítica ao partido, do qual é um dos fundadores, e aos desmandos de Bolsonaro e seu governo, Serra diz que ainda “não existem provas concretas” que justifiquem o impeachment do chefe do governo, apesar dos mais de 150 pedidos de afastamento do atual ocupante do Palácio do Planalto. O parlamentar, um dos caciques do PSDB paulista, participou do golpe que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. A derrubada da petista foi operada sem crime de responsabilidade que justificasse seu afastamento.

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“Impeachment se concretiza quando há duas vontades: a das ruas e a política. Bolsonaro pode ter dado motivos, mas isso precisa ser avaliado com cuidado e atenção. Há erros graves que ficaram evidentes, como a condução da pandemia. Outros ainda não têm provas concretas que justifiquem um afastamento do mandato”, disse. 

Na entrevista, Serra disse não acreditar na possibilidade de um golpe aos moldes do que resultou na ditadura militar de 1964. “As condições são muito diferentes das daquela época. O regime militar do passado ensinou muito a todos, inclusive aos membros das Forças Armadas. Após a redemocratização, sempre constatei nas três Forças o comprometimento com a Constituição. Qualquer outra elucubração destoa da realidade e beira o populismo”, afirmou. 

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