Arraste para o lado e reflita sobre os ensinamentos deixados pelo mestre Schiavon.

Atuando como tecladista, compositor e arranjador do RPM, Luiz Schiavon trouxe para o rock brasileiro alguns timbres até então inimagináveis.

Com muita sagacidade, soube unir suas habilidades com rock progressivo e música erudita às sonoridades que estavam rolando na música pop internacional. O resultado foi o som que ajudou a ressignificar o pop rock nacional dos anos 80.

Para aprender a manejar sintetizadores, passou um ano sem tocar em banda e ficou estudando sobre o assunto. "Tem que ter um conhecimento de música e de engenharia de som", disse à revista Bizz, em 1985. 

Em 1985, no comecinho do auge do RPM, foi o primeiro músico brasileiro a colocar um computador no palco. Era um Apple II Plus (para simular condições de estúdio) acoplado a uma Interface MPV 401.

Compositor versátil, produtor inventivo e músico com feeling de sobra, assinou a trilha de várias novelas campeãs de audiência na TV Globo, incluindo O Rei do Gado (1996), Terra Nostra (1999) e Esperança (2002).

Depois do primeiro fim do RPM, em 1988, Luiz integrou a banda Projeto S. Foi lançado apenas um álbum independente, em 1990, que vendeu 15 mil cópias. Dessa forma, ele viveu os altos e baixos da carreira como poucos, pois, anos antes, o RPM quebrou recordes de vendas de discos no Brasil.

Luiz Schiavon foi um exemplo de como ser um músico dedicado, inovador, visionário, multifacetado e resiliente. Que o legado dele possa ecoar em gerações futuras de talentos da música brasileira...