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    Cerimônia abre Jogos de Inverno; veja os atletas do Brasil e possíveis estrelas

    Pequim, capital da China, recebe 3 mil atletas em meio a boicotes e à pandemia

    Área de competição dos Jogos de Pequim, que também aproveitarão palcos da Olimpíada de 2008
    Área de competição dos Jogos de Pequim, que também aproveitarão palcos da Olimpíada de 2008 Pawel Kopczynski/Reuters

    Luana Franzãoda CNN*

    Em São Paulo

    Em meio a boicotes, polêmicas e à pandemia de Covid-19, os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 foram oficialmente abertos na manhã (horário de Brasília) desta sexta-feira (4) em Pequim. Mais de 3 mil atletas estão na capital chinesa para competir em 15 modalidades diferentes.

    A cerimônia de abertura será realizada no estádio Ninho de Pássaro, que foi palco da Olimpíada de 2008, também disputada na capital chinesa.

    O Brasil levou 11 atletas para o outro lado do mundo. Em comparação como os mais de 300 atletas classificados para a Olimpíada de Tóquio, no ano passado, o número pode parecer pequeno, mas ele representa um aumento em relação a outras edições de inverno.

    Para um país majoritariamente de clima tropical, é difícil construir tradição em esportes de neve e gelo. Na Olimpíada de Inverno de 2018, em PyeongChang (Coreia do Sul), o Brasil levou nove atletas, dois a menos que na atual.

    Em Pequim, atletas brasileiros competirão em cinco modalidades: os esquis cross country, alpino e estilo livre moguls, o bobsled e o skeleton.

    As disputas começaram na quinta-feira (3), antes da abertura oficial, com classificatórias do curling, do esqui, do hóquei de gelo e da patinação artística. A estreia brasileira veio com Sabrina Cass, de apenas 19 anos. Ela compete no esqui estilo livre moguls, ficou em 21º lugar e disputa a segunda classificatória no domingo (6).

    Os Jogos vão até o dia 20 de fevereiro. Confira abaixo as modalidades com atletas do Brasil e atletas candidatos a estrelas da Olimpíada de Inverno de Pequim.

    Modalidades em que competem os brasileiros

    • Bobsled
    Equipe brasileira no bobsled, na Olimpíada de Inverno de PyeongChang em 2018 / Getty Images

    Popularizado no Brasil pelo filme “Jamaica Abaixo de Zero” (1993), o esporte consiste em atravessar uma pista em um trenó em alta velocidade. Após um empurrão na largada, os atletas devem entrar no trenó e chegar no menor tempo possível ao final. A modalidade pode ser disputada em quartetos, duplas ou solo (também conhecido como Monosled).

    No Brasil, o esporte é representado por Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna, Jefferson Sabino e Rafael Souza. Esta será a quinta edição das Olimpíadas de Inverno disputada por Bindilatti, um brasileiros com mais longevidade na competição.

    Data: 14 de fevereiro, às 9h (horário de Brasília)

    • Esqui Cross Country
    Jaqueline Mourão, atleta brasileira do esqui cross country / Comitê Olímpico Brasileiro

    O esqui é um dos esportes de neve mais conhecidos globalmente e possui diversos formatos. O cross country é um dos mais clássicos: consiste em percorrer uma distância com obstáculos no menor tempo possível. Ele pode variar entre os formatos “sprint” e “distance”: o primeiro com largadas individuais, distâncias pequenas e baterias de competidores; e o segundo com largadas coletivas e percursos de até 50 quilômetros.

    Duas mulheres e um homem compõem a equipe brasileira do esporte. Jaqueline Mourão, de 48 anos, possui muita experiência em torneios olímpicos, tendo participado de quatro Olimpíadas de Inverno e três de Verão, em disputas do ciclismo. Ela se tornará a atletas brasileira com mais participações em Jogos Olímpicos, superando veteranos como o velejador Robert Scheidt e a jogadora de futebol Formiga.

    Os outros dois atletas são jovens estreantes: Eduarda Ribera tem 17 anos; e Manex Silva, 19.

    Data: 8 de fevereiro, às 5h (horário de Brasília)

    • Esqui estilo livre moguls
    Sabrina Cass, atleta que representa o Brasil no esqui estilo livre moguls em Pequim / Alexandre Castello Branco/COB

    No estilo livre moguls, os atletas devem descer a montanha no menor tempo possível e fazer ao menos duas acrobacias. Os moguls são ondulações feitas na neve para estimular as acrobacias e criar obstáculos. A classificação dos competidores é calculada através de uma nota atribuída por um júri, que avalia a complexidade das manobras e o tempo.

    Sabrina Cass já estreou nos Jogos representando o Brasil e deve participar da segunda classificatória, que determinará as atletas que competirão na final pelo pódio.

    Próxima competição: 6 de fevereiro, às 7h (horário de Brasília)

    • Esqui alpino
    Michel Macedo, representante brasileiro do esqui alpino em Pequim 2022 / Comitê Olímpico Brasileiro

    No esqui alpino, os atletas devem atravessar “portões” para chegar até a base da montanha. Na descida, em alta velocidade, eles não podem deixar de atravessar nenhum dos obstáculos estabelecidos e precisam fazer o menor tempo que conseguirem.

    O país será representado por Michel Macedo, de 23 anos. Ela participa de sua segunda edição dos Jogos de Inverno.

    Data: 12 de fevereiro, às 23h15 (horário de Brasília)

    • Skeleton
    Nicole Silveira é a única atleta brasileira no skeleton em Pequim 2022 / Comitê Olímpico Internacional

    Um dos esportes mais radicais das Olimpíadas de Inverno, o skeleton consiste em descer uma montanha em um trenó: de cabeça, quase literalmente. Usando um trenó plano, os atletas deitam-se e devem chegar à base da encosta no menor tempo, podendo fazer de duas a quatro descidas.

    A gaúcha Nicole Silveira, de 27 anos, irá se arriscar nas descidas em Pequim, representando o Brasil. Ela vive no Canadá, trabalha como enfermeira e obteve bons resultados no skeleton nos últimos anos. Se ficar entre as oito melhores em Pequim, será o melhor resultado da história do esporte brasileiro em uma competição dos Jogos de Inverno — ela superaria o nono lugar de Isabel Clark no snowboard das Olimpíadas de Turim, em 2006.

    Data: 10 de fevereiro, às 22h30 (horário de Brasília)

    Sem a participação de brasileiros, outros esportes que costumam chamar a atenção nas Olimpíadas de Inverno são o hóquei no gelo, a patinação artística, o snowboard e o curling.

    Atletas de destaque nos Jogos de Inverno

    Os esportes da neve e do gelo costumam ser dominados por atletas de países com climas mais frios. Veja alguns dos candidatos a protagonistas em Pequim.

    • Yuzuru Hanyu – Patinação Artística

    O atleta japonês tornou-se um dos maiores nomes da patinação artística, com duas medalhas de ouro na categoria solo nas últimas edições dos Jogos. A expectativa é pela terceira vitória dele em 2022.

    Hanyu Yuzur, um dos nomes mais proeminentes na patinação artística em Pequim 2022 / Comitê Olímpico Internacional
    • Mikaela Shiffrin – Esqui Alpino

    A norte-americana conquistou resultados impressionantes nas últimas competições mundiais do esqui alpino e deve representar uma adversária difícil para as outras competidoras. Ela foi a campeã olímpica do esqui alpino mais jovem da história, e, assim como Yuzuru, busca o tricampeonato.

    Mikaela Shiffrin, representante dos EUA no esqui alpino / Getty Images
    • Suzanne Schulting – Patinação de Velocidade

    A holandesa de 24 anos conquistou um ouro e um bronze em sua participação na Olimpíada de PyeongChang, em 2018, e teve destaque em diversos campeonatos da modalidade nos quatro anos de intervalo até Pequim 2022. Ela participa da patinação de velocidade em pista curta.

    Suzanne Schulting, patinadora holandesa / Comitê Ol[impico Internacional
    • Mikaël Kingsbury – Esqui Estilo Livre

    O canadense, especialista na modalidade moguls, já participou de duas Olimpíadas de Inverno (Sochi-2014 e PyeongChang-2018) e conquistou uma prata e um ouro. Ele ganhou destaque a partir dessas competições e de torneios internacionais.

    Mikaël Kingsbury, atleta canadense do esqui / Comitê Olímpico Internacional

    *Sob supervisão de Wellington Ramalhoso