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    Como sobreviver a um relâmpago – ou, melhor ainda, evitar ser atingido por um

    Até agora, 14 pessoas morreram por relâmpagos nos EUA em 2022 - acima das 11 mortes registradas em 2021

    A chance de ser atingido é menor que uma em um milhão
    A chance de ser atingido é menor que uma em um milhão Getty Images

    Zoe Sottileda CNN

    Há, sem dúvida, perigos mais urgentes do que ser atingido por um raio: a chance de ser atingido é menor que uma em um milhão, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Relâmpagos, no entanto, ocasionalmente atingem humanos, como alguns casos recentes deixaram claro.

    Na sexta-feira (19), um raio matou uma mãe que buscava seu filho em uma escola na Flórida, nos Estados Unidos. E, no início de agosto, um raio matou três pessoas abrigadas debaixo de uma árvore perto da Casa Branca, em Washington.

    Até agora, 14 pessoas morreram por relâmpagos nos EUA em 2022, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia – acima das 11 mortes em 2021.

    Mas estes são pequenos grupos, considerando os números da população do país acima de 300 milhões e a média de mais de 25 milhões de relâmpagos nos EUA por ano, aponta o serviço meteorológico. Também vale a pena notar que 90% das vítimas de raios sobrevivem.

    Ainda assim, aqui estão algumas coisas que você pode fazer para diminuir as chances de ser atingido por um.

    “Quando ouvir um trovão, vá para dentro de casa”

    O Serviço Nacional de Meteorologia tem um slogan simples, mas eficaz: “Quando o trovão rugir, vá para dentro de casa”.

    Assim que você ouvir um trovão, ver um relâmpago ou o céu parecer ameaçador, você deve entrar em casa o mais rápido possível.

    “A coisa mais importante é que você estará seguro dentro de um grande e substancial edifício ou de um veículo de metal totalmente fechado”, afirmou Ron Holle, meteorologista e especialista em segurança contra raios do Conselho Nacional de Segurança contra Raios, à CNN.

    “Qualquer lugar fora desses dois locais não é seguro.”

    Um edifício substancial significa uma estrutura com fiação e encanamento adequados, explicou Holle. Barracas, galpões, abrigos e abrigos para piquenique não estão a salvo de raios.

    Isso ocorre porque quando um raio atinge uma casa ou outro prédio, ele viaja através do encanamento e da fiação até as hastes aterradas que canalizam com segurança toda essa eletricidade para a terra. Uma barraca ou abrigo menor não oferece essa proteção.

    Se você ouvir um trovão enquanto estiver acampando ou na praia, sem acesso a um grande prédio, procure abrigo em seu veículo imediatamente.

    Você deve esperar 30 minutos a partir da última vez que ouviu um trovão para sair do veículo, segundo o serviço meteorológico.

    Motociclistas ou ciclista que ouvirem trovões devem parar em um prédio seguro e também esperar até 30 minutos desde o último estrondo.

    Evitando raios dentro de casa

    Ok, então você ouviu um trovão e entrou em um prédio adequado. Boas notícias: “Você está infinitamente mais seguro por dentro do que por fora”, tranquiliza Holle.

    O próximo passo é fechar as janelas e evitar o uso de dispositivos elétricos com fio, conforme instrução do Serviço Nacional de Meteorologia.

    “Você não quer ficar preso à fiação e encanamento, como quando segura um telefone com fio ou segura um eletrodoméstico no momento em que um raio atinge a casa”, explicou Holle. “Ter as mãos presas à água corrente na pia ou na banheira” também representa um risco, acrescentou.

    Você também deve ficar longe de varandas, alpendres, garagens, janelas e portas para o exterior, diz o serviço meteorológico.

    E se o exterior não é seguro para humanos durante uma tempestade, também não é seguro para animais de estimação. Leve seus animais de estimação para dentro o mais rápido possível quando ouvir um trovão.

    Casas de cães não oferecem proteção contra raios e cães amarrados a árvores correm um perigo particular, reforça a agência.

    Remarque a viagem de barco para outro dia

    A maioria dos barcos grandes com cabines são bastante seguros durante uma tempestade, de acordo com o serviço meteorológico. Barcos pequenos sem cabine são outra história.

    “A grande maioria dos ferimentos causados ​​por raios e mortes em barcos ocorre em pequenos barcos sem cabine”, esclarece a instituição. “É crucial ouvir as informações meteorológicas quando você está navegando.”

    O serviço aconselha as pessoas a não andar de barco quando houver previsão de trovoadas. Se você ouvir um trovão enquanto estiver na água, deve retornar à costa o mais rápido possível – e, idealmente, ficar a pelo menos 100 metros dela.

    Se você não puder ir para a costa, você deve ancorar, descer o mais baixo possível e ficar dentro da cabine – e ficar longe de superfícies metálicas, como o rádio que você pode estar usando para rastrear o clima em primeiro lugar.

    Mas se você não estiver no barco – ou o barco não tiver cabine – é melhor ficar em águas profundas durante a tempestade do que retornar a bordo, segundo a agência meteorológica.

    Um último recurso: manter-se seguro ao ar livre

    Uma estratégia chave para evitar raios é a conscientização e o planejamento.

    Leia a previsão do tempo e saiba se há previsão de trovoadas nos lugares que você vai estar. Programe sua agenda para evitar ficar ao ar livre quando houver previsão de trovoadas. Equipamentos profissionais de detecção de raios também podem ser usados ​​para alertar quando um raio está se aproximando.

    “Se você está do lado de fora, é altamente vulnerável a raios”, afirma Holle.

    Se ficar dentro de casa não for possível, ainda há algumas coisas que podem diminuir um pouco o risco.

    Em uma tempestade, evite campos abertos, o topo de uma colina ou o topo de um cume. Da mesma forma, você deve ficar longe de objetos altos e isolados, como árvores, e deixar imediatamente qualquer corpo de água. Obviamente, você também deve evitar itens molhados ou metálicos que possam conduzir eletricidade.

    Áreas baixas como vales e ravinas são uma aposta mais segura. Se você estiver em um grupo, espalhe-se para evitar que qualquer corrente circule entre as pessoas, alerta o serviço meteorológico. E não deite no chão.

    Ainda assim, Holle observou que a evidência para muitas dessas estratégias de prevenção de raios ainda não está clara.

    O mais importante é entrar: quase todas as mortes por raios nos EUA nas últimas décadas ocorreram do lado de fora, reforça ele.

    Relâmpagos ao redor do mundo

    “A maioria das pessoas nos EUA tem um prédio ou veículo à prova de raios muito perto, e eles simplesmente precisam ir até lá”, disse Holle. “Este não é o caso de milhões de pessoas em todo o mundo.”

    A partir de 2016, o principal hotspot de raios do mundo era o Lago Maracaibo, na Venezuela. Mas a África é o continente com o maior número desses hotspots, segundo a NASA, com seis dos 10 lugares mais prováveis que um raio caía do mundo encontrados lá. A maioria são lagos, incluindo o Lago Vitória, que se sobrepõe ao Quênia, Uganda e Tanzânia.

    Holle está trabalhando com uma organização chamada ACLENet que visa diminuir mortes, ferimentos e danos materiais causados ​​por raios em toda a África. A organização está sediada em Uganda, onde as mortes ainda ocorrem regularmente para pessoas que moram em casas sem fiação ou encanamento.

    Eles defendem uma melhor educação sobre segurança contra raios e a instalação de sistemas funcionais de proteção em escolas e outros edifícios.

    Sobrevivendo a um relâmpago

    Embora a grande maioria das vítimas de relâmpagos sobreviva, os efeitos podem ser graves e duradouros.

    Os sobreviventes sofreram lesões debilitantes, queimaduras e incapacidade contínua, incluindo sintomas como convulsões e perda de memória.

    Se alguém ao seu redor for atingido por um raio, ligue imediatamente para a emergência.

    As pessoas que foram atingidas por um raio não carregam uma carga elétrica, de acordo com o CDC – por isso é seguro tocá-las e movê-las. Leve-os para dentro de casa, se possível. O coração ou a respiração da vítima pode ter parado e ela pode precisar de uma reanimação cardiorrespiratória.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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