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    Ministério Público instaura inquérito para apurar desmoronamento em obra do metrô

    Acidente fez com que uma parte da pista da Marginal Tietê cedesse no sentido rodovia Ayrton Senna; não há vítimas no caso

    Imagens aéreas mostram obra da Linha 6 - Laranja do metrô de São Paulo inundadas após desabamento
    Imagens aéreas mostram obra da Linha 6 - Laranja do metrô de São Paulo inundadas após desabamento Reprodução/CNN Brasil (1.fev.2022)

    Douglas PortoGiulia Alecrimda CNN*

    em São Paulo

    O Ministério Público de São Paulo (MP-SP), por meio da Promotoria de Justiça de Habitação da Capital, instaurou, nesta terça-feira (1º), inquérito para apurar as causas do acidente em uma obra da Linha 6 – Laranja do metrô, na Marginal Tietê.

    Parte da pista no sentido da rodovia Ayrton Senna desmoronou. Não houve vítimas. Todos os funcionários conseguiram sair do local. Quatro pessoas que tiveram contato com a água contaminada passaram por atendimento médico.

    Será analisado a extensão dos danos urbanísticos e ambientais no canteiro de obras e na via, que segundo o MP-SP, prejudicou a mobilidade urbana do município.

    Já foram solicitadas informações para a Acciona, responsável pela construção da linha, contratada pelo governo estadual. Segundo a concessionária, o acidente ocorreu por um “rompimento de uma coletora de esgoto próximo ao VSE Aquinos (Poço de Ventilação e Saída de Emergência)”.

    A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos deve apresentar a cópia do contrato da parceria público privada (PPP) com a Acciona, a cópia do projeto do trecho do acidente, os relatórios de fiscalização do contrato, o que está sendo feito para apurar as causas do desmoronamento e as medidas adotadas à concessionária.

    Paulo Galli, secretário da pasta, afirmou que não aconteceu perfuração por parte do “tatuzão”, escavadeira que abre o caminho para o túnel em que o trem passará, conforme havia sido anunciado anteriormente pelo Corpo de Bombeiros.

    “Houve rompimento de esgoto que passa no sentido da Marginal Tietê, no final na embocadura do túnel da linha 6. Foi a galeria de esgoto, não é o rio, não foi um choque do tatuzão com a rede, não é isso”, ratificou Galli.

    A Secretaria Municipal de Obras deve informar as medidas que estão sendo realizadas para recuperação da pista da Marginal Tietê e o ressarcimento aos cofres públicos caso a prefeitura se responsabilize inicialmente pelas obras de reparo.

    A Defesa Civil foi questionada sobre a possível existência de risco aos imóveis residenciais e empresariais da região. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) terão que prestar esclarecimentos sobre a rede de esgoto e a situação do trânsito na região, respectivamente.

    Segundo Benedito Braga, presidente da Sabesp, a empresa trabalha na recuperação do coletor de esgoto rompido. “Estamos usando um coletor antigo substituto, e nesse momento a quantidade de esgoto que chega aqui é muito menor do que a que chegava pela manhã. A situação não representa grande problema neste momento, e até o final do dia essa situação vai estar resolvida”, declarou.

    O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que o “trabalho conjunto” entre órgãos públicos e privados possibilitará mais informações sobre a liberação da Marginal, que só operava integralmente pela via expressa até o fim da tarde desta terça.

    “O trabalho está conjunto: Prefeitura, Sabesp, Metrô, Acciona, nossa Secretaria de Transporte, a CET. Lembrando que a CET já elaborou um plano de ação com relação ao trânsito”, afirmou.

    “O que a gente tem agora de consenso é que é necessário fazer tudo o quanto antes para minimizar os estragos e as obras serem retomadas. A gente tem que trabalhar para a cidade voltar ao normal, porque o transtorno em uma uma via onde passam 450 mil veículos por dia é gigantesco”, declarou.

    (*Com informações de Julyanne Jucá, Carolina Figueiredo, Álvaro Gadelha e Giovanna Galvani, da CNN)