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    Perícia encontra fragmentos de projétil no corpo da menina de cinco anos morta no RJ

    Material será analisado e comparado com munição de policiais militares que estavam no local

    Marcia BarrosNaira Ziteida CNN

    em São Paulo

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou, na terça-feira (15), que encontrou fragmentos de projéteis no corpo da menina Eloá, de cinco anos, que foi morta no Morro do Dendê, na Ilha do Governador. De acordo com a corporação, ela foi atingida no peito enquanto brincava dentro de casa.

    A suspeita é que o tiro tenha vindo de policiais militares que estavam no local quando abordaram dois homens em uma moto e começaram o confronto, atingindo a criança. O material será analisado e comparado com a munição dos agentes.

    Eloá morreu no último sábado (12) ao ser atingida por uma bala perdida durante uma operação da Polícia Militar. Além da criança, um jovem de 17 anos também morreu.

    Após a morte da criança, moradores protestaram e queimaram dois ônibus no bairro. Os bombeiros foram acionados.

    Em nota, a PM disse que foi informada “sobre uma criança baleada no interior da comunidade do Dendê e que foi socorrida por familiares”. “Segundo informações colhidas por testemunhas, a vítima teria sido atingida no interior de sua residência. Ressaltamos que não havia operação policial no interior da comunidade”.

    Ainda de acordo com a corporação, foi instaurado “um procedimento apuratório para averiguar a conjuntura das ações e a corregedoria da corporação acompanha os trâmites. As imagens das câmeras corporais dos policiais serão disponibilizadas para auxiliar as investigações”.

    Apesar do atendimento, a criança já chegou morta ao hospital. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, “a direção do Hospital Municipal Evandro Freire informa que uma criança e um homem sem identificação deram entrada já em óbito na unidade”.

    A Policia Militar informou que abordou dois homens em uma moto, sendo que o ocupante da garupa estaria armado e teria disparado contra a equipe, quando houve revide. O motorista foi preso.

    A Secretaria de Estado de Polícia Militar afirmou que o comandante do 17° BPM (Ilha do Governador) “foi afastado da administração da unidade a fim de dar uma maior lisura e transparência à averiguação dos fatos”.

    A ONG Rio de Paz, por meio das redes sociais, afirmou que passou de cem o número de crianças e adolescentes mortos por armas de fogo com o caso do último sábado.

    “Com o caso de Eloá, sobe para 101 casos de crianças e adolescentes mortos por armas de fogo, a maioria balas perdidas, de 0 a 14 anos, desde que começamos a contabilizar estes casos, em 2007”, escreveu a organização.