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    Queimadas na Amazônia mais do que dobraram nos primeiros meses de 2024

    Dados do Inpe mostram aumento expressivo de queimadas em quase todos os biomas, em comparação com 2023

    Foco de incêndio em Roraima
    Foco de incêndio em Roraima Jader Souza/AL Roraima

    Letícia Cassianoda CNN*

    Entre o primeiro dia de janeiro de 2024 e a última segunda-feira (29), a Amazônia somou 8.969 focos de queimadas, um aumento de 153% em comparação com 2023, que contou 3.540 focos. Os dados são do programa de monitoramento de queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e não se limitam ao bioma amazônico.

    Segundo o órgão, o número total de queimadas em todo o país subiu 81%, contabilizando 17.064 ocorrências nos primeiros quatro meses do ano. Os focos de incêndio apenas na área dos nove estados que compõem a região da Amazônia Legal representam mais de 60% das queimadas no Brasil.

    Esse aumento expressivo em comparação aos primeiros meses do ano passado acontece pouco depois da estiagem histórica que assolou a região entre junho e agosto de 2023, e é considerado pelo próprio Inpe como um efeito colateral da seca.

    No Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro e uma das regiões com maior biodiversidade do mundo, os dados do Inpe mostram cerca de 1.300 focos de incêndio a mais do que nos primeiros quatro meses do ano passado, foram 4.506 ao todo.

    Além do norte e nordeste do país, o destaque vai para o Pantanal, que mesmo nos meses considerados mais chuvosos – os primeiros do ano – contabilizou 646 pontos de fogo na vegetação, representando o aumento expressivo de 1.033% em comparação ao mesmo período do ano passado.

    A CNN entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente e aguarda retorno.