Grupo se declara culpado em caso de modificação corporal extrema que 'fabricava eunucos'

Vídeos das mutilações genitais eram vistos por assinantes de site

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  • Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 20:08

Grupo se declara culpado em caso de modificação corporal que 'fabricava eunucos': venda de vídeos em site
Grupo se declara culpado em caso de modificação corporal que 'fabricava eunucos' Crédito: Reprodução

Três homens admitiram fazer parte de um grupo que atuava no ramo das modificações corporais extremas "fabricando eunucos". As informações foram divulgadas pelo jornal Extra.

O primeiro a fazer acordo com a Justiça do Reino Unido foi o norueguês Marius Gustavson, 46 anos, radicado em Londres (Inglaterra) e conhecido como "criador de eunucos". Marius era o líder do grupo e teve ele mesmo o pênis extirpado diante de uma câmera.

O grupo cobrava de assinantes o acesso aos vídeos, veiculados por streaming no site "Eunuch Maker", em que adeptos de modificações corporais eram submetidos voluntariamente a castrações.

Marius contou ao jornal "Irish Independent", em entrevista de fevereiro de 2022, que ele voluntariamente teve uma perna, o pênis e parte de um mamilo removidos pelo grupo porque queria "parecer um boneco Ken lá embaixo".

Ele também declarou que havia realizado "anulações" semelhantes em outros 58 homens e que armazenou os órgãos genitais extirpados em um freezer ou preservados em álcool.

Nathan Arnold, de 48 anos, enfermeiro que admitiu ter removido uma parte de um dos mamilos do norueguês, roubado anestésico do hospital onde trabalhava para o procedimento e "possuir pornografia extrema", também foi indiciado, de acordo com o jornal "The Guardian".

Damien Byrnes, de 35 anos, que removeu o pênis de Marius, também responde a acusação na Justiça britânica. Jacob Crimi-Appleby, de 22 anos, está sendo acusado de congelar uma das pernas de Marius até que a amputação se tornasse necessária.

Mais confissões

Nesta semana, outros dois membros do grupo, David Carruthers, de 61 anos, e Janus Atkin, de 37, de Newport (Inglaterra), confessaram participação no "comércio fetichista". O grupo atuou entre 2016 e 2022, com dezenas de procedimentos extremos realizados.

Um outro acusado, Stefan Scharf, de 61 anos, ainda terá o seu caso analisado pela Justiça, contou o "Metro".

A operação policial contra o grupo envolvido na série de mutilações teve ações em Londres, Escócia e País de Gales. Apesar do consentimento dos envolvidos, a prática é considerada ilegal por exercício ilegal da medicina e lesão corporal grave.

Os voluntários estão ligados a um movimento de subcultura no qual os homens se tornam "nulos" (abreviação de anulação genital) ao ter o seu pênis e os testículos removidos.

As sentenças dos três que já se declararam culpados está prevista para 4 ou 5 de março.