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Relembre as caminhadas de França e Croácia para chegar à final

Qual caminho foi mais 'fácil' e qual foi mais complicado? Veja a seguir

postado em 11/07/2018 18:19 / atualizado em 11/07/2018 18:48

AFP
Foram 62 jogos para chegar à decisão dos finalistas da Copa do Mundo 2018: França x Croácia. A final inédita será às 12h (horário de Brasília), em Moscou, no estádio Lujniki. Os dois times tiveram caminhos diversos para chegar até aqui. A França contou com adversários mais duros, mas passou sem sustos, enquanto a Croácia já pode ser considerada a seleção mais guerreira desta edição.

O jogo de estreia da seleção francesa contra a Austrália marcou, também a primeira vez que o VAR foi utilizado na competição. O árbitro de vídeo marcou o pênalti que abriu o placar do jogo, com a cobrança de Griezmann. Outra penalidade colocou os Aussies em igualdade no placar, mas Behich fez gol contra que deu a vitória aos franceses na primeira rodada, por 2 x 1.

A segunda partida da França terminou com a diferença mínima de 1 x 0 em cima da seleção de Paolo Guerrero, o Peru, que acabou eliminado da Copa. Com o resultado, os europeus garantiram a vaga na fase mata-mata. O último jogo da fase de grupos foi o primeiro 0 x 0 do Mundial, entre os Bleus e os dinamarqueses.

Nas oitavas de final, o confronto ocorreu entre europeus e latinos: França x Argentina. Antoine Griezmann abriu o placar na cobrança de pênalti, aos 13 minutos de jogo. Di María e Mercado viraram para 2 x 1, mas nove minutos depois os franceses marcaram três gols na sequência, abrindo a vantagem para 4 x 2. Já nos acréscimos, Aguero, atacante do Manchester City, fez mais um para os argentinos que acabaram eliminados por 4 x 3.

Na próxima fase, os franceses fizeram uma partida confortável diante de outra seleção sul-americana, o Uruguai. Com gols de Griezmann e Varane, o time de Suárez, Cavani e companhia voltou mais cedo para casa.

Latinos devidamente despachados da Rússia, na semifinal, o adversário foi um vizinho europeu. A talentosa geração belga — que havia eliminado o Brasil nas quartas de final — também não conseguiu ser boa o suficiente para deter a seleção comandada pelo campeão mundial Didier Deschamps. Resultado: 1 x 0 para os Bleus, com gol de Umtiti, zagueiro do Barcelona. 

A França volta a disputar uma final de Copa do Mundo após 12 anos. Na última ocasião, perdeu nos pênaltis para a Itália, em 2006, na Alemanha.

Adversário raçudo

Do outro lado está a Croácia, que caminhou tranquilamente na primeira fase e lutou bravamente no mata-mata até chegar na disputa final. Na estreia, venceu a Nigéria por 2 x 0, com gols de Modric e um contra de Etebo, em jogo apitado pelo árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci.

O primeiro adversário não foi dos mais complicados, mas na partida seguinte os croatas mostraram que não foram à Rússia a passeio e atropelaram a Argentina de Lionel Messi. Com gols de Modric, Rakitic e Rebic, fizeram 3 x 0 em cima dos argentinos. 

Para fechar o aproveitamento de 100% na fase de grupos, bateu a Islândia, estreante na competição, por 2 x 1. Badelj e Perisic fizeram os gols croatas. Estrela do time islandês, Sigurdsson, jogador do Everton da Inglaterra, diminuiu a diferença na cobrança da penalidade máxima.

A vida boa da Croácia terminou com a fase de grupos. Nas oitavas de final, o time encontrou a Dinamarca. No tempo normal, o placar terminou 1 x 1 e assim permaneceu até o fim da prorrogação. Na disputa de pênaltis, o goleiro croata, Subasic, defendeu três cobranças dos dinamarqueses. Dos pés do capitão Rakitic, a Croácia garantiu a classificação na última cobrança.

Nas quartas, o duelo foi contra os donos da casa. Nos 90 minutos, o placar terminou 1 x 1. Na prorrogação, as duas equipes correram atrás do resultado, começando pela Croácia, que avançou com gol do zagueiro Vida. No fim do segundo tempo extra, Mário Fernandes, o brasileiro naturalizado russo, marcou o gol de empate, levando a disputa para os pênaltis, a segunda das duas equipes. O herói improvável da Rússia, acabou se tornando o vilão: Mário Fernando errou a cobrança do pênalti. Já Rakitic não pipocou e levou a Croácia para a semifinal.

Contra a Inglaterra, os croatas tomaram o primeiro gol logo aos cinco minutos de jogo, em uma bela cobrança de falta de Tripper. A partir daí, começaram a correr atrás do empate, como se a partida estivesse no fim. O gol veio aos 23 do segundo tempo. Após cruzamento, Perisic colocou a bola para o fundo da meta do goleiro Pickford: 1 x 1, placar que permaneceu até o apito final.

Era a terceira prorrogação seguida da equipe da Croácia. Nenhum time jogou mais do que eles na competição — somando todas, é como se tivessem jogado uma partida completa a mais que as outras seleções. Aos quatro minutos do segundo tempo extra, Mandzukic marcou o gol da suada classificação croata.

A final da Copa do Mundo de 2018 repete o confronto da semifinal de 1998, em que a França venceu por 2 x 1. Na disputa do terceiro lugar, a Croácia bateu a Holanda pelo mesmo placar. E não, não foi na prorrogação. 
 
* Estagiária sob a supervisão de Leonardo Meireles