Com campeã olímpica, Londrina retoma time de vôlei adulto feminino

O time de vôlei adulto feminino de Londrina foi apresentado nesta manhã de sexta-feira (12), no gabinete do prefeito Marcelo Belinati (PP). Ao todo, doze jogadoras da cidade e de outros estados compõem o Vôlei Londrina, que começou a treinar há duas semanas com o objetivo de competir a Superliga C, no mês de novembro.

O time conta com patrocinadores e o apoio da Prefeitura Municipal, por meio da FEL (Fundação de Esportes de Londrina), com investimentos de R$ 420 mil via Feipe (Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos). “O vôlei é um projeto que nós acreditamos e é a segunda modalidade mais vista no nosso país. Esse projeto começou há cerca de um ano e acredito que estamos construindo uma nova história com o Vôlei Londrina”, afirma o presidente da FEL, Marcelo Oguido.

As atletas estão sob o comando do técnico Juliano Trindade, que possui experiência de 25 anos na modalidade, tendo passagens nos times paranaenses de Cascavel e Maringá, e Campo Grande, no Mato Grosso. “A equipe já está treinando, pensando na competição da Superliga C. Nossa meta para o ano que vem é chegar à Superliga B e aí vamos nos estruturando, dando passo a passo para, quem sabe, no futuro próximo estar na Superliga A”, comenta o técnico, adiantando que é desejo do comando do time sediar a Superliga C no final do ano. “Vamos entrar com um pedido na CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) para trazer essa competição para Londrina”.

CAMPEÃ OLÍMPICA

O Vôlei Londrina conta com 12 jogadoras, sendo cinco de Londrina, com experiências em times de outros estados e também fora do País. “Também temos jogadoras que aceitaram o nosso convite, como é o caso da Sassá, que está aqui para contribuir bastante, não somente na parte técnica, mas como pessoa, transmitindo suas experiências e valores para outras jogadoras e as crianças que participam dos projetos sociais. Todas estão acreditando muito no projeto”, afirma Trindade.

Welissa de Souza Gonzaga, 39, mais conhecida como Sassá, jogou com atletas como Fernanda Venturini e Márcia Fu. “Elas foram grandes referências no início da minha carreira e me ajudaram bastante”, comenta a atleta, que nasceu em Barbacena (MG) e teve o primeiro contato com o esporte em uma escola da cidade natal. Anos depois, passou a integrar a Seleção Brasileira Juvenil. Sassá jogou em grandes times como o Rexona, Osasco e Sesi-SP.

Com a Seleção Brasileira, Sassá foi campeã olímpica em Pequim, no ano de 2008, e também é tetracampeã na Superliga e pentacampeã do Gran Prix. Para a jogadora, estar em Londrina é um novo desafio. “Esse é o meu terceiro ano integrando novos projetos. Já estive em Itajaí e Brusque (SC) e agora tenho mais um objetivo. A gente sabe que o corpo já está pouco cansado, um pouco calejado, mas a mente não. Poder passar essa experiência para as atletas mais novas e conquistar novos objetivos dentro de uma cidade como Londrina, que é apaixonada pelo vôlei, me motiva ainda mais a estar nessa caminhada”, ressalta.

A jogadora Luana Luciano, 34, de Londrina, também tem experiência no esporte há muitos anos. Ela começou no vôlei de praia e foi para a quadra assim que ingressou no curso de Educação Física na UEL (Universidade Estadual de Londrina). “Estou muito feliz porque Londrina vem lutando faz tempo para ter um time, um time bom. A expectativa é grande e acredito que podemos colher bons frutos se trabalharmos bem. Estamos treinando em três períodos, entre quadra com bola e academia”, comenta a atleta, que também já atuou em times no Peru e Portugal.

TENTATIVA DE RETOMADA

Essa retomada do vôlei feminino adulto de Londrina ocorre três anos depois de a cidade ter disputado a Superliga B de 2019, tendo como destaque outra jogadora de seleção brasileira, a londrinense Elisângela, que era a dirigente da equipe. Na ocasião, o time foi vice-campeão, assegurando vaga na Superliga Nacional. No entanto, o projeto acabou sendo desfeito porque não houve a captação de patrocinadores depois que o então patrocinador máster encerrou o investimento na modalidade. Londrina, assim, perdeu a chance de disputar a principal divisão do voleibol nacional.

PROJETO SOCIAL

Os investimentos da FEL devem seguir impactando crianças e adolescentes através de projetos sociais, articulados com o Vôlei Londrina. “Na época em que o vôlei de Londrina trabalhava aqui na prefeitura, tínhamos cerca de duas mil crianças envolvidas. Com esse novo projeto, a questão social foi novamente levantada como uma contrapartida. Sou do esporte e sei que isso faz a diferença. Com um bom trabalho de base e projetos sociais, conseguimos captar muitos talentos”, diz Oguido.

Atualmente, o projeto conta com 210 alunos entre 6 e 17 anos, tanto em quadra quanto na modalidade de areia. No ano de 2022, com o fortalecimento e apoio das atividades no adulto, a meta é atender mais de 300 crianças. Ao todo, os alunos são envolvidos com o esporte em 220 horas mensais, por meio das aulas que acontecem no Colégio Estadual Marcelino Champagnat (região central) e no Lar Anália Franco de Londrina (zona leste).

O projeto conta com parcerias de empresas para beneficiar gratuitamente os alunos que se destacam em assiduidade, disciplina e performance durantes as aulas de vôlei, com aulas em escolas particulares, vagas para aulas de inglês e academia esportiva.

Londrina Vôlei

Comissão Técnica:

Juliano Trindade - Técnico

Ivomary Ramos - Assistente técnica

João Alexandre - Assistente técnico

Jogadoras:

Welissa (Sassá)

Flávia

Marusa

Luana Luciano

Luana Magalhães

Letícia

Luísa

Júlia

Giovanna

Maria Clara

Paloma

Milla

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