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Daniela Leite, Luana Faro, Tayane Mantovanelli, Luisa Matsuo, Marcela Menezes e Nicole Müller competem na quinta-feira que vem. | Jonathan Campos, enviado especial/ Gazeta do Povo
Daniela Leite, Luana Faro, Tayane Mantovanelli, Luisa Matsuo, Marcela Menezes e Nicole Müller competem na quinta-feira que vem.| Foto: Jonathan Campos, enviado especial/ Gazeta do Povo

8º lugar

Foi a melhor posição já alcançada pela ginástica rítmica brasileira em Jogos Olímpicos – resultado obtido em duas oportunidades.

A primeira, em Sydney-2000; a segunda, quatro anos mais tarde, em Atenas-2004.

A seleção de ginástica rítmica do Brasil chegou a Pequim na terça-feira à noite. Passou a quarta inteira treinando. Somente ontem as atletas conseguiram tempo livre para conhecer um pouco mais da Vila Olímpica, novidade para cinco das seis integrantes do grupo.

No passeio, as meninas descobriram que não será nada fácil ficar batendo perna pela casa dos atletas. O assédio é grande. Os homens, especialmente, param para admirar as ginastas passarem. As cantadas são variadas. Há quem seja inconveniente. Já outros, como o senhor polonês que mudou o caminho apenas para observar melhor as brasileiras serem clicadas pela reportagem da Gazeta do Povo, preferem a sutileza. "Ulalá!", disse ele, arrancando tímidos sorrisos das moças.

"O pessoal chega mesmo. Eles vêem seis meninas sozinhas, lêem o nome do Brasil no uniforme e já puxam conversa", conta a mineira Daniela Leite, de 20 anos, filha do ex-goleiro João Leite, que jogou no Atlético Mineiro. A resposta para os mais atrevidos sai de bate-pronto: "Temos namorado", falam, acabando com a tentativa de flerte.

De tudo o que viram, a loja oficial com lembranças de Pequim-2008 se tornou parada obrigatória. No caminho para o apartamento ou para o refeitório, elas dão sempre um jeitinho de esticar o percurso. "Tem de levar uma lembrancinha para os pais, irmãos, amigos, namorados...", enumera Daniela, passando o olho pelas diversas camisetas que fazem referência aos Jogos.

Da capital chinesa, as ginastas pouco sabem. "Vimos algumas coisas através da janela do ônibus", revela a paranaense Nicole Müller, de Toledo, no Oeste do estado. O conjunto faz planos de aproveitar os dois dias que ficará em Pequim sem competir para visitar ao menos a Muralha e a Cidade Proibida. "Dizem que são muito bonitos", fala Nicole, de 19 anos.

Antes de se dedicarem ao turismo, porém, as ginastas precisam sacramentar a missão que vieram fazer no Oriente: colocar a GR brasileira entre as oito finalistas olímpicas.

Não será fácil. O país ainda engatinha na modalidade. Tanto que apenas uma atleta, Tayanne Mantovaneli, de 21 anos, não é debutante na mais importante competição esportiva do planeta. A paulista foi a única que permaneceu da equipe dirigida pela londrinense Bárbara Lafranchi, oitava colocada em Atenas-04 – o melhor resultado da GR nacional, igualando o feito de quatro anos antes, em Sydney-2000.

"Sabemos que medalha é impossível. Mas estamos trabalhando para tentar ir o mais longe que pudermos. Chegar à decisão já deixaria todas aqui bem satisfeitas", comenta Tayanne.

A competição começa na quinta-feira, dia 21, com a disputa da categoria 5 cordas. No dia seguinte, a briga será nas maças e fitas. A final está marcada para o domingo, 24, juntamente com o encerramento da Olimpíada.

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