De acordo com os estágios de gravidade da lesão tecidual | 23 NOV 23

Classificação do infarto do miocárdio

Foi publicado a primeira classificação de quatro etapas do infarto baseada no dano do músculo cardíaco

Classificação da Sociedade Canadense de Cardiologia de infarto aterotrombótico agudo do miocárdio de acordo com os estágios de gravidade da lesão tecidual: uma declaração de consenso de especialistas

 


Os ataques cardíacos ou infarto agudo do miocárdio (IM) são uma das principais causas de morte em todo o mundo. A classificação de infarto agudo do miocárdio que aparece no Canadian Journal of Cardiology apresentou uma classificação de quatro etapas do ataque cardíaco baseado no dano do músculo cardíaco. O trabalho possui o potencial de estratificar o risco com maior precisão em pacientes com ataques cardíacos e estabelece as bases para o desenvolvimento de novas terapias baseadas em patologias teciduais e específicas para o estágio da lesão.

O autor principal, Andreas Kumar, MD, MSc, Northern Ontario School of Medicine University e Department of Cardiovascular Sciences, Health Sciences North, Sudbury, ON, Canadá, explicou: “O IM continua a ser uma das principais causas de morbidade e mortalidade. As ferramentas existentes classificam os IMs usando a apresentação clínica do paciente e/ou a causa do ataque cardíaco, bem como os resultados do ECG. Embora essas sejam muito úteis na orientação do tratamento, elas não consideram os detalhes do dano tecidual subjacente causado pelo ataque cardíaco. Este consenso foi o primeiro sistema de classificação deste tipo já publicado no Canadá e internacionalmente. Oferece uma definição mais diferenciada de ataques cardíacos e melhora a nossa compreensão do enfarte do miocárdio aterotrombótico agudo. A nova classificação CCS-AMI abre caminho para o desenvolvimento de terapias mais refinadas, o que poderá, em última análise, resultar num melhor atendimento clínico ao paciente e em melhores taxas de sobrevivência.”

A classificação da sociedade descreveu o dano do músculo cardíaco depois de um IM em quatro etapas sequenciais e progressivamente graves. Cada etapa refletiu a progressão da patologia tissular da isquemia miocárdica e a lesão por reperfusão da etapa anterior. Foi baseado em uma sólida evidência sobre o efeito que tem um IM no músculo cardíaco. 

À medida que aumenta o dano do coração através de cada etapa progressiva da sociedade, os pacientes apresentam um risco maior de complicações como arritmia, insuficiência cardíaca e morte. A terapia adequada pode potencialmente deter o progresso da lesão e o dano em uma etapa mais precoce. 

Etapa 1: IM abortado (necrose miocárdica mínimo ou nula). Dano mínimo ou nulo ao músculo cardíaco. No melhor dos casos, pode-se salvar toda área do miocárdio em risco.

Etapa 2: IM com necrose significativo de cardiomiócitos, mas sem lesão microvascular. Dano o músculo cardíaco e sem lesão aos pequenos vasos sanguíneos do coração. A terapia de revascularização dará como resultado a restauração do fluxo coronário normal.

Etapa 3: IM com necrose de cardiomiócitos e função microvascular que conduz a obstrução microvascular. Dano ao músculo cardíaco e bloqueio de pequenos vasos sanguíneos no coração. A taxa de eventos cardíacos adversos maiores aumenta de 2 a 4 vezes o seguimento a longo prozo.

Etapa 4: IM com cardiomiócitos e necrose microvascular que conduz a hemorragia por reperfusão. Dano ao músculo cardíaco, obstrução e ruptura de pequenos vasos sanguíneos que provocam sangramento no músculo cardíaco. Esta é uma forma mais grave da lesão microvascular e a forma mais grave de lesão por isquemia-reperfusão. Associa-se com um aumento adicional da taxa de eventos cardíacos adversos de 2 a 6 vezes no seguimento a longo prazo. 

 

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