A atriz Alessandra Negrini já vive uma grande polêmica durante o Carnaval, após aparecer com acessórios e pinturas com referência aos povos indígenas em 2020. Musa do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, ela foi acusada de apropriação cultural.
Na ocasião, a atriz realizava uma manifestação a favor dos direitos dos povos indígenas ao lado de figuras como Sônia Guajajara - atualmente ministra dos Povos Indígenas do Brasil. Criticada por pessoas que questionavam o uso das indumentárias indígenas como fantasia, ela foi defendida por líderes do movimento.
“Alessandra Negrini colocou seu corpo e sua voz a serviço de uma das causas mais urgentes. Fez uso de uma pintura feita por um artista indígena para visibilizar o nosso movimento”, disse nota da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).
"É preciso que façamos a discussão sobre apropriação cultural com responsabilidade, diferenciando quem quer se apropriar de fato das nossas culturas, ou ridiculariza-las, daqueles que colocam seu legado artístico e político à disposição da luta”, destacaram representantes da articulação.
“Alessandra Negrini é ativista, além de artista, e faz parte do Movimento 342 Artes, que muito vem contribuindo com o movimento indígena. Esteve conosco em momentos fundamentais. Portanto, ela conta com o nosso respeito e agradecimento. E assim será, sempre quem estiver ao nosso lado”, encerra a nota que foi republicada pela artista.
Um ano depois, em entrevista ao podcast Novela das 9, a atriz relembrou a experiência e criticou a ação precipitada dos críticos. “O cancelamento surgiu como uma ferramenta importante de balizar as pessoas e falar: “Não, você não pode fazer isso, isso é horrível”. Ele tem seu valor nesse sentido. Mas virou algo impositivo, virou um instrumento de violência”, afirmou.
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