A Nokia marcou a história dos celulares em diferentes momentos. Líder do mercado móvel no começo do milênio, a fabricante finlandesa emplacou o modelo que mais vendeu em todos os tempos: o Nokia 1100. 250 milhões de unidades do celular foram distribuídas no mundo inteiro, ao longo de seis anos de comercialização. Um 1100, comprado na Nigéria, em 2005, foi o dispositivo que, por coincidência, marcou 1 bilhão de unidades vendidas pela Nokia.

O 1100 foi anunciado em 27 de agosto de 2003. Entre os atrativos do modelo estavam funções como alarme, cronômetro, lembrete, lanterna, jogos (incluindo o famoso Snake) e calculadora. O usuário também tinha à disposição wallpapers e 36 ringtones para escolher. Ou podia compor os seus próprios, podendo armazenar até sete produções. O 1100 e o 1101 foram os últimos lançamentos da Nokia a terem ringtones monofônicos.

Com peso de 93 gramas e tela monocromática, o celular tinha uma bateria que podia durar de duas a quatro horas e meia de ligação contínua – ou 400 horas em standby. A carcaça do 1100, chamada de Xpress-On, podia ser trocada. Além das cores padrão azul claro, laranja e preto, havia também azul escuro, amarelo, vermelho, verde e rosa, assim como carcaças não-oficiais vendidas por terceiros.

Ele não era um dos celulares mais avançados para a época, havia modelos mais modernos, com câmera, ringtones polifônicos e tela colorida. Por isso, ele tinha como principal alvo consumidores de mercado emergentes, como Rússia, Índia e China, bem como outros novos mercados em crescimento na Europa, África, Oriente Médio e Ásia-Pacífico.

Ele atendia bem ao que se propunha. Era durável, dispunha de recursos essenciais, e tinha um preço acessível. O 1100 era o celular mais barato do portfólio da Nokia, quando foi lançado. Seus recursos eram similares a modelos lançados previamente, como 5110, 3210 e 3310. Tinha apelo para usuários que estavam comprando o seu primeiro celular, pois era confiável, simples e com bom custo-benefício.

O 1100 ficou conhecido também por sua durabilidade e resistência a quedas, assim como outros modelos da Nokia. Foi desenvolvido pelo designer búlgaro-americano Dimitre Mehandjiysky. O teclado e a parte frontal do celular foram desenhados para serem à prova de poeira e chuva. As laterais emborrachadas davam ainda um qualidade antiderrapante ao celular.