Retrato falado
De corpo, alma e coração
Débora Nascimento era o "patinho feio" da escola. Até os 15 anos, a atriz, que vive a exuberante Andréia Bijou de "Duas Caras", era tímida, pouco paquerada e foi a última entre suas amigas a namorar.
Mas não demorou muito para que ela "desabrochasse" e, ao se tornar uma linda mulher, iniciasse uma bem-sucedida carreira de modelo, que durou até os 19 anos. "Ganhei autoconfiança.
Viajei muito, fiz várias campanhas publicitárias. Mas sempre quis atuar", pondera. Determinada, ela resolveu deixar a moda de lado e aprofundar-se na interpretação. Fez cursos de teatro e entrou na Oficina de Atores da Globo, o que lhe rendeu participações em "Pé na Jaca" e "Paraíso Tropical".
"Logo em seguida veio o teste para a Andréia. O melhor é que, do início para cá, só me surpreendi com a história dela", comemora. Dá para entender. Afinal, depois de esbanjar sensualidade e arrancar suspiros como Madrinha de Bateria da Portelinha, Andréia teve sua carreira no samba abreviada pela fé.
Após a morte de Dona Setembrina, sua tia e mãe-de-santo vivida por Chica Xavier, a passista passou a receber constantes "visitas". Nelas, Setembrina lhe delega a função de substituí-la e tornar-se a nova guia espiritual de seu terreiro de candomblé.
Contratada pela Globo até o final de "Duas Caras", Débora ainda não tem previsão de quando será seu próximo trabalho na tevê. Mas já aguarda ansiosa o lançamento de "O Incrível Hulk 2", filme previsto para estrear em junho e para o qual ela fez o teste. "Foi incrível, serviu para desmitificar aquela idéia grandiosa de Hollywood", jura ela, que também participou de "Budapeste", longa de Walter Carvalho.
---
Em tempos de desinformação e pandemia, o jornal O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Continue nos apoiando. Assine O TEMPO.