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6 2 Protozoários Sporozoa (esporozoários - Toxoplasmose)

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Protozoários: Sporozoa (esporozoários – 
Toxoplasmose)
APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade de Aprendizagem estudaremos a Toxoplasmose, que é causada por um 
protozoário do grupo dos esporozoários, o Toxoplasma gondii. Veremos suas principais 
características, seu ciclo de vida, seus achados clínicos, seu diagnóstico, seu tratamento e sua 
prevenção.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as principais características e o ciclo de vida da toxoplasmose.•
Identificar os achados clínicos da toxoplasmose.•
Definir diagnóstico, tratamento e prevenção da toxoplasmose.•
DESAFIO
A toxoplasmose ocorre em vários lugares em todo o mundo, mostrando uma prevalência de até 
95% de infectados com Toxoplasma gondii, principalmente em áreas com clima quente e úmido 
e de baixas altitudes. As pessoas geralmente se infectam por três principais vias de transmissão, 
mas também existem formas mais raras.
Pesquise sobre o assunto e descreva:
1) As três principais vias de transmissão. 
2) As vias mais raras de transmissão.
INFOGRÁFICO
A seguir, podemos identificar as situações envolvidas com a toxoplasmose, que será estudada 
nesta Unidade de Aprendizagem:
CONTEÚDO DO LIVRO
O conteúdo selecionado servirá de base para o estudo sobre a toxoplasmose, uma doença 
causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Serão abordadas as características do ciclo de 
vida, achados clínicos, diagnóstico, tratamento e prevenção. Segue um trecho da obra 
Microbiologia Médica e Imunologia, de Levinson Warren, que está em sua 12a edição.
Boa leitura.
Revisão técnica desta edição
Flávio Guimarães da Fonseca
Professor adjunto do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Subcoordenador do Curso de Pós-graduação em Microbiologia da UFMG. 
Doutor em Microbiologia pela UFMG.
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
L665m Levinson, Warren. 
 Microbiologia médica e imunologia [recurso eletrônico] 
 / Warren Levinson ; [tradução: Bárbara Resende Quinan ... 
 et al.] ; revisão técnica: Flávio Guimarães da Fonseca. – 12. 
 ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2014.
 Editado também como livro impresso em 2014.
 ISBN 978-85-8055-390-1
 1. Microbiologia médica. 2. Imunologia. I. Título. 
CDU 579.61
Bárbara Resende Quinan (Capítulos 38 a 40, 42 e 46)
Pesquisadora P.D. do Centro de Pesquisas René Rachou – FIOCRUZ.
Doutora em Microbiologia pela Universidade Federal de 
Minas Gerais (UFMG).
Edel Figueiredo Barbosa Stancioli (Capítulos 37, 41, 43 a 45)
Professora associada do Departamento de Microbiologia da UFMG.
Doutora em Microbiologia pela UFMG.
Flaviano dos Santos Martins (Capítulos 14 a 27)
Professor adjunto do Departamento de Microbiologia da UFMG.
Doutor em Microbiologia pela UFMG.
Flávio Guimarães da Fonseca (Iniciais, Capítulos 57 a 68, Parte IX)
Professor adjunto do Departamento de Microbiologia da UFMG.
Subcoordenador do Curso de Pós-graduação em Microbiologia 
da UFMG. 
Doutor em Microbiologia pela UFMG.
Gabriel Magno de Freitas Almeida (Capítulos 28 a 36 e 69, 
Partes XII, XIII)
Pesquisador P.D. do Departamento de Microbiologia da UFMG.
Doutor em Microbiologia pela UFMG.
Jônatas Santos Abrahão (Capítulos 1 a 13)
Professor adjunto do Departamento de Microbiologia da UFMG.
Doutor em Microbiologia pela UFMG.
Luiz Henrique Rosa (Capítulos 47 a 56, Partes X, XI)
Professor adjunto do Departamento de Microbiologia da UFMG.
Doutor em Microbiologia pela UFMG.
 
Tânia Murta Apolinário (Índice)
Pesquisadora P.D. do Departamento de Microbiologia da UFMG.
Doutora em Microbiologia pela UFMG.
Equipe de tradução
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412 PARTE VI Parasitologia
Fora dos Estados Unidos, as artemisininas, como artesunato 
ou arteméter, são amplamente utilizadas em combinação com ou-
tros fármacos antimaláricos. Nos Estados Unidos, uma combinação 
de arteméter e lumefantrina (Coartem) está disponível para o tra-
tamento para malária causada por P. falciparum. As artemisininas 
não são caras, têm poucos efeitos colaterais, e a maioria dos plas-
módios não desenvolveu resistência a esses fármacos. A resistência 
ao artesunato vem surgindo em algumas linhagens de P. falciparum 
no Sudeste Asiático (p. ex., Camboja, Mianmar e Tailândia).
Prevenção
A quimioprofilaxia da malária para viajantes a áreas onde o P. 
falciparum resistente à cloroquina é endêmico consiste na meflo-
quina e doxiciclina. Uma combinação de atovaquona e proguanil 
(Malarone), em doses fixas, também pode ser administrada. A 
cloroquina deve ser utilizada em áreas onde o P. falciparum é sen-
sível ao fármaco. Indivíduos que viajam a áreas onde os outros 
três plasmódios são encontrados devem iniciar a administração 
de cloroquina duas semanas antes da chegada à área endêmica e 
continuar o tratamento seis semanas após a partida do local, o 
que deve ser seguido por duas semanas com o uso de primaquina 
se a exposição tiver sido alta. A primaquina matará os hipnozoí-
tos de P. vivax e P. ovale.
Outras medidas preventivas incluem o uso de redes do tipo 
“mosquiteiro”, telas nas janelas, roupas protetoras e repelentes de 
insetos. Os mosquitos alimentam-se do fim do dia ao amanhecer, 
assim, a proteção é particularmente importante durante a noi-
te. Medidas preventivas comuns são direcionadas à redução da 
população de mosquitos. Muitos aerossóis inseticidas, como o 
DDT, não são duradouros, pois os mosquitos desenvolveram re-
sistência. A drenagem de água parada em pântanos e valas reduz 
as áreas de reprodução. Não há vacina disponível.
TOXOPLASMA
Doença
Toxoplasma gondii causa a toxoplasmose, incluindo a toxoplas-
mose congênita.
Características importantes
O ciclo de vida do Toxoplasma gondii é apresentado na Figura 
52-5. O hospedeiro definitivo é o gato doméstico e outros fe-
linos; humanos e outros mamíferos são hospedeiros interme-
diários. A infecção em humanos inicia com a ingestão de cistos 
presentes em carne malpassada ou pelo contato com as fezes de 
gatos. No intestino delgado, a ruptura dos cistos libera formas 
que invadem a parede do intestino, onde eles são ingeridos pelos 
macrófagos e diferenciam-se em trofozoítos com multiplicação 
rápida (taquizoítos), os quais matam as células e infectam outras 
células (Figuras 52-2G e 52-6). A imunidade mediada por célu-
las geralmente limita a dispersão dos taquizoítos e os parasitas 
entram nas células dos hospedeiros no encéfalo, no músculo e 
em outros tecidos, onde eles se desenvolvem em cistos em que 
o parasita multiplica-se lentamente. Essas formas são chamadas 
bradizoítos. Esses cistos teciduais são uma característica impor-
tante para o diagnóstico e uma fonte de organismos quando o 
cisto do tecido se rompe em um paciente imunocomprometido.
O ciclo no interior do gato inicia com a ingestão dos cistos na 
carne crua (p. ex., ratos). Os bradizoítos são liberados dos cistos no 
intestino delgado, infectam as células mucosas e diferenciam-se em 
gametócitos masculinos e femininos, cujos gametas se fundem para 
formar os oocistos que são excretados nas fezes do gato. O ciclo é 
completado quando o solo contaminado com fezes de gato é aci-
dentalmente ingerido. A infecção humana geralmente ocorre por 
meio da alimentação de carne malpassada (p. ex., cordeiro e porco) 
de animais que pastaram em solo contaminado com fezes de gatos.
FIGURA 52-3 Plasmodium falciparum – trofozoíto em forma de anel. A 
seta longa indica uma hemácia contendo um trofozoíto em forma de anel. 
A cabeça de seta indica uma hemácia contendo quatro trofozoítos em for-
ma de anel. Observa-se a alta porcentagem de hemácias contendo forma 
de anel. Esse alto nível de parasitemia é mais frequentemente observado 
em infecções de Plasmodium falciparum que em outras infecções de plas-
módios. (Figura cortesia do Dr. S. Glenn, Public Health Image Library, CDC.)
FIGURA 52-4 Plasmodiumfalciparum – gametócito. A seta indica 
um gametócito de Plasmodium falciparum “em forma de banana”. (Fi-
gura cortesia do Dr. S. Glenn, Public Health Image Library, CDC.)
 Imagens das lesões realçadas em cor de laranja podem ser visualizadas na 
Galeria de Imagem disponível em http://www.langetextbooks.com/levinson/
gallery/.
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CAPÍTULO 52 Protozoários do Sangue e do Tecido 413
Patogênese e epidemiologia
T. gondii é geralmente contraído pela ingestão de cistos em carne 
malpassada ou em fezes de gatos.
A transmissão transplacentária de uma mãe infectada para 
o feto também ocorre. A transmissão de um humano para hu-
mano, com exceção da transmissão transplacentária, não ocorre. 
Após a infecção do epitélio intestinal, os organismos espalham-se 
Toxoplasmose 
(Toxoplasma gondii)
Oocistos
fecais
Soro,
LCS
Estágio de diagnóstico
1. Diagnóstico sorológico
ou
2. Identificação direta do parasita do sangue 
periférico, líquido amniótico ou cortes 
dos tecidos
Cistos
no tecido
Oocistos e cistos teciduais 
transformam-se em taquizoítos 
rapidamente após a ingestão. Os 
taquizoítos localizam-se nos tecidos 
nervoso e muscular e desenvolvem-se 
em cistos teciduais do tipo bradizoítos. 
Se uma mulher grávida for infectada, os 
taquizoítos podem infectar o feto via 
corrente saguínea.
LEGENDA
Estágio infectante
Estágio de diagnóstico
FIGURA 52-5 Toxoplasma gondii. Ciclo de vida. As setas vermelhas na parte superior mostram o ciclo de vida natural da circulação de T. gondii 
entre os gatos (#1), os quais excretam oocistos nas fezes que são comidas pelo rato, mas também por animais domésticos como porcos e ovelhas. 
Os cistos formam-se em tecidos, como músculo e encéfalo. O ciclo natural é completado quando gatos comem ratos. Os humanos são hospe-
deiros acidentais, pois podem ser infectados pela ingestão de carne de porco e carneiro malpassada (seta roxa #2) contendo cistos no tecido 
muscular ou pela ingestão de alimento contaminado com fezes de gatos contendo oocistos (seta roxa #3). LCS, líquido cerebrospinal. (Fonte: 
CDC/Dr. Alexander J. da Silva e Melanie Moser.)
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414 PARTE VI Parasitologia
para outros órgãos, especialmente para o encéfalo, os pulmões, o 
fígado e os olhos. A progressão da infecção é geralmente limitada 
pelo sistema imune competente. A imunidade mediada por cé-
lulas exerce o principal papel, mas os anticorpos circulantes au-
mentam a chance de eliminação do organismo. A maioria das in-
fecções iniciais é assintomática. Quando contidos, os organismos 
persistem como cistos no interior dos tecidos. Não há inflamação 
e o indivíduo permanece bem, a menos que uma imunossupres-
são permita a ativação dos organismos no interior dos cistos.
A infecção congênita do feto ocorre somente quando a mãe é 
infectada na gravidez. Se ela for infectada antes da gravidez, o or-
ganismo estará na forma de cisto e não haverá nenhum trofozoíto 
para passar através da placenta. A mãe que é reinfectada durante 
a gravidez, mas que tem imunidade devida a uma infecção prévia, 
não irá transmitir o organismo para seu filho. Cerca de um terço 
das mães infectadas durante a gravidez dá à luz a crianças infecta-
das, mas somente 10% dessas crianças são sintomáticas.
A infecção por T. gondii ocorre mundialmente. Pesquisas soro-
lógicas revelam que nos Estados Unidos anticorpos são encontra-
dos em 5 a 50% das pessoas em várias regiões. A infecção é geral-
mente esporádica, mas surtos associados à ingestão de carne crua 
ou água contaminada ocorrem. Aproximadamente 1% dos gatos 
domésticos nos Estados Unidos dissemina cistos de Toxoplasma.
Achados clínicos
A maioria das infecções primárias em adultos imunocompeten-
tes é assintomática, mas algumas se assemelham à mononucleose 
infecciosa, com a exceção de que o teste do anticorpo heterófilo é 
negativo. A infecção congênita pode resultar em aborto, natimor-
to ou doença neonatal com encefalite, coriorretinite e hepatos-
plenomegalia. Febre, icterícia e calcificações intracraniais tam-
bém são observadas. A maioria dos recém-nascidos infectados é 
assintomática, mas coriorretinite ou retardo mental se desenvol-
verá em algumas crianças após meses ou anos. A infecção con-
gênita com Toxoplasma é uma das principais causas de cegueira 
em crianças. Em pacientes com imunidade celular reduzida (p. 
ex., pacientes com Aids), ocorre a doença disseminada (princi-
palmente encefalite) com risco de morte.
Diagnóstico laboratorial
Para o diagnóstico das infecções agudas congênitas, um ensaio 
de imunofluorescência para anticorpos IgM é realizado. A IgM 
é utilizada para diagnosticar a infecção congênita, pois IgG pode 
ter uma origem materna. Testes de anticorpo IgG podem ser utili-
zados para o diagnóstico de infecções agudas se um aumento sig-
nificativo do título de anticorpos for observado no soro pareado.
O exame microscópico de preparações com corante de 
Giemsa mostra trofozoítos em forma de quarto-crescente duran-
te as infecções agudas. Os cistos podem ser observados no tecido. 
O organismo pode ser cultivado em cultura de célula. A inocula-
ção em camundongos pode confirmar o diagnóstico.
Tratamento
A toxoplasmose congênita, sintomática ou assintomática, deve 
ser tratada com a combinação de sulfadiazina e pirimetamina. 
Esses fármacos também representam o tratamento de escolha 
para a doença disseminada em pacientes imunocomprometidos. 
A toxoplasmose aguda em um indivíduo imunocompetente é ge-
ralmente autolimitada, mas qualquer paciente com coriorretinite 
deve ser tratado.
Prevenção
A forma mais efetiva de prevenir a toxoplasmose é cozinhar bem 
as carnes para matar os cistos. As mulheres grávidas devem ser 
especialmente cuidadosas, evitando carnes malpassadas e conta-
to com gatos. Elas devem evitar o manuseio de caixas de areia de 
gatos, e os animais não devem ser alimentados com carne crua.
PNEUMOCYSTIS
Doença
Pneumocystis jiroveci é uma importante causa de pneumonia em 
indivíduos imunocomprometidos. Em 2002, taxonomistas reno-
mearam a espécie de Pneumocystis que acomete humanos como P. 
jiroveci e recomendaram que P. carinii seja utilizado somente para 
descrever as espécies de Pneumocystis que acometem ratos.
Características importantes
A classificação e o ciclo de vida do Pneumocystis não são claros. Mui-
tos aspectos da sua bioquímica indica que o organismo é uma leve-
dura, mas ele também possui várias características de um protozoá-
rio. Uma análise de sequências do rRNA, publicada em 1988, indica 
que Pneumocystis deve ser classificado como um fungo relacionado 
a leveduras como Saccharomyces cerevisiae. Uma análise subsequen-
te do DNA mitocondrial e de várias enzimas suporta a ideia de que 
Pneumocystis é um fungo. No entanto, ele não apresenta ergosterol 
em suas membranas, como os fungos. Ele apresenta colesterol.
Clinicamente, o organismo é tratado como um protozoário. 
No tecido, ele aparece como um cisto que se assemelha a cistos 
FIGURA 52-6 Toxoplasma gondii – taquizoítos. A seta indica um ta-
quizoíto de Toxoplasma gondii no músculo cardíaco. (Figura cortesia do 
Dr. E. Ewing, Jr., Public Health Imagem Library, CDC.)
 Imagens das lesões realçadas em cor de laranja podem ser visualizadas na 
Galeria de Imagem disponível em http://www.langetextbooks.com/levinson/
gallery/.
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DICA DO PROFESSOR
Nesta Unidade de Aprendizagem falaremos sobre a toxoplasmose, que é causada pelo parasita 
Toxoplasma gondii. Serão abordados o ciclo de vida, os achados clínicos, os métodos de 
diagnóstico, o tratamento e a prevenção.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Em relação à Toxoplasma gondii, qual das seguintes opções é a mais CORRETA?
A) a) Uma maneira de prevenir a infecção é aconselhar mulheres grávidas a não beber leite 
pausterizado.
B)b) A forma de Toxoplasma encontrada nos cistos de tecidos em humanos é o trofozoíto, 
que se multiplica rapidamente.
C) c) O hospedeiro definitivo mais importante (o hospedeiro no qual o ciclo sexuado ocorre) 
para o Toxoplasma é o gato doméstico.
D) d) A maioria das infecções primárias em adultos imunocompetentes é caracterizada por 
diarreia.
E) e) Se a paciente é uma mulher grávida que tem anticorpos IgM para Toxoplasma no 
sangue, então você pode dizer a ela que é improvável que o feto corra risco de infecção.
2) Com relação às formas de prevenção da toxoplasmose, marque a alternativa 
INCORRETA:
A) a) Cozinhar bem as carnes.
B) b) Congelar a carne por ao menos 48 horas.
C) c) Grávidas devem evitar contato com gatos.
D) d) Lavar bem as mãos após contato com caixas de areia ou após fazer carinho em gatos.
E) e) Não andar descalço, principalmente na areia.
3) No ciclo de vida do Toxoplasma gondii:
A) a) O hospedeiro definitivo é apenas o homem.
B) b) A infecção em humanos inicia-se com a ingestão de cistos.
C) c) O ciclo de vida natural do Toxoplasma gondii entre gatos ocorre com a excreção de 
cistos nas fezes, que são comidas por ratos.
D) d) Após a ingestão de cistos, esses são rompidos no estômago.
E) e) Os taquizoítos multiplicam-se lentamente, formando cistos teciduais.
4) A infecção congênita da toxoplasmose ocorre somente quando a mãe é infectada na 
gravidez. Com relação a esse tipo de infecção, é INCORRETO afirmar:
A) a) A incidência da infecção congênita em gestantes é maior naquelas que adquirem a 
toxoplasmose durante o primeiro trimestre.
B) b) Pode ocasionar a Tríade de Sabin.
C) c) A infecção no início da gestação está associada a sequelas mais severas.
D) d) As manifestações da toxoplasmose congênita podem surgir em momentos distintos.
E) e) Pode ocorrer aborto espontâneo, nascimento prematuro e morte neonatal.
5) O diagnóstico de uma infecção aguda congênita por Toxoplasma gondii é realizado 
por:
A) a) Técnica de Elisa, observando presença positiva para cistos de Toxoplasma gondii.
B) b) Exame parasitológico de fezes, observando ao microscópico a presença de cistos 
corados por Giemsa.
C) c) Biópsia da lesão cutânea confirmando a presença de trofozoítos.
D) d) Ensaio de imunofluorescência positivo para anticorpos IgM.
E) e) Técnica de Elisa positivo para anticorpos IgG.
NA PRÁTICA
 
Com relação à incidência da infecção congênita, gestantes que adquirem a toxoplasmose durante 
o primeiro trimestre representam 4,5% e essa incidência aumenta nos últimos dois trimestres 
(segundo trimestre, 17,3%; e terceiro trimestre, 75%). A severidade da forma congênita vai 
depender da idade do feto. A infecção no início da gestação tende a estar associada ao aborto ou 
a sequelas mais severas, enquanto que a infecção tardia, embora seja mais frequente, leva a 
sequelas relativamente menos severas.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
WARREN, Levinson. Microbiologia Médica e Imunologia. 13a Ed. Porto Alegre: AMGH, 
2016.
BROOKS, Geo F et al. Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick & Adelberg. 26a Ed. 
Porto Alegre: AMGH, 2014. Cap. 46
Uma breve revisão sobre toxoplasmose na gestação
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