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PFRD 1999 Bignoniaceae

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Família com cerca de 850 espécies e 
120 gêneros distribuídos em 8 tribos. 
Predominantemente tropical, especialmente 
abundante nos Neotrópicos, com poucas 
espécies nas regiões temperadas. É a família 
que inclui o maior número de lianas na Região 
Amazônica.
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(Martinella obovata e Memora tanaeciicarpa), 
Sphingidae (Leucocalantha aromatica, 
Arrabidaea triplinervia e Arrabidaea prancei), 
e por borboletas (Tynanthus).
Os frutos são cápsulas secas, com 
formatos variáveis, e as sementes são aladas, 
dispersas pelo vento. Apenas em Schlegelia o 
fruto é uma baga avermelhada e dispersa por 
pássaros.
As folhas apresentam interessantes 
padrões de danificação e as inúmeras 
glândulas presentes em quase todas as 
estruturas vegetativas atraem muitas formigas 
que exercem importante papel na proteção 
contra herbivoria. Em Stizophyllum riparium 
a relação com formigas é ainda mais forte: os 
ramos são ocos e formigas se alojam no interior 
dos ramos.
A família é amplamente utilizada 
na ornamentação e na medicina popular. 
As flores e folhas são também usadas na 
produção de tintas, e a madeira das espécies 
arbóreas, na construção. Casca de Tabebuia 
incana é usada pelos índios como aditivo em 
bebidas alucinogênicas, e Arrabidaea chica 
como protetor solar e na pintura para a pele. 
Todas as espécies cipó de Bignoniaceae são 
popularmente chamadas de "cipó-cruz". 
Bignoniaceae
Gentry, A.H. 1980 e 1992. Bignoniaceae. Flora Neotropica Monograph 25, part 1 
(Crescentieae and Tourrettieae) e 2 (Tecomae).
608
Na Reserva está representada por 
52 espécies e 25 gêneros, incluídos em 3 
tribos: Bignonieae, Tecomeae e Schlegelieae. 
São plantas lenhosas com folhas opostas 
e compostas (com exceção de Schlegelia, 
que apresenta folhas simples). São predomi-
nantemente lianas, com poucas árvores 
e um gênero hemiepífita (Schlegelia), de 
posição taxonômica duvidosa. As espécies 
lianas, com reputação de serem díficeis de 
serem reconhecidas no campo, podem ser 
reconhecidas pelos alargados nós opostos 
(persistentes mesmo após a queda das folhas), 
pelo floema arranjado em formato de cruz e 
pelo folíolo terminal geralmente modificado 
em gavinha simples ou trífida. O formato da 
secção dos ramos, as glândulas e cicatrizes 
presentes entre os pecíolos e o número de 
folíolos são também importantes caracteres 
taxonômicos para a identificação de materiais 
estéreis.
As flores são muito vistosas, com forma, 
cor, tamanho e horário de abertura bastante 
variáveis. São caracterizadas pela presença 
de 4 estames didínamos e um estaminódio, 
pelo estilete alongado e pelo estigma bífido. 
Os principais polinizadores são abelhas 
"de língua comprida", mas várias espécies 
são também polinizadas por beija-flores 
Arrabidaea nigrescens 
Arrabidaea trailii 
Características importantes 
da família: estames 
didínamos, estilete 
alongado e estigma 
bífido (Lundia densiflora).
Tabebuia serratifolia 
Outras:
Adenocalymna impressum
Arrabidaea japurensis
A. prancei
Leucocalantha aromatica
Distictella parkerii
D. magnoliifolia
Stizophyllum riparium
Pleonotoma melioides
Pachyptera kerere
Tynanthus polyanthus
Outras:
Schlegelia paraense
Pyrostegia cinerea
FLORES BRANCAS
FLORES VERMELHAS OU LARANJA
FLORES ROSA, VINHO OU AZUIS
FRUTOS
Jacaranda copaiaArrabidaea trailiiAnemopaegma 
foetidum
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Arrabidaea 
triplinervia 
Stizophyllum 
riparium
Schlegelia spruceamum. Flores e detalhe dos 
nectários extraflorais no cálice.
Arrabidaea trailii 
Pyrostegia venusta 
Tynanthus panurensis
FLORES AMARELAS
Outras: 
Pleonotoma jasminifolia
Anemopaegma robustum 
A. floridum
Memora flavida
M. longilinea
M. bracteosa
Manaosella cordifolia
Mussatia priurei
Tabebuia incana
T. serratifolia
Pararrabidaea 
truncata
Lundia 
densiflora
Pleonotoma albiflora
Arrabidaea 
triplinervia
Cydista aequinoctialisDistictella 
elongata
Outras:
Arrabidaea chica
A. egensis
A. inaequalis
Martinella iquitosensis
M. obovata
Mansoa alliacea
Clytostoma binatum
Arrabidaea 
fanshawei
Distictis pulverulenta
Arrabidaea 
nigrescens
Cuspidaria 
subincana 
Jacaranda copaia
Arrabidaea 
cinnamomea 
Anemopaegma 
foetidum
609
Schlegelia 
spruceana
Anemopaegma 
oligoneuron
Memora 
tanaeciicarpa
Memora 
adenophora
Adenocalymna 
subincanum
Callichlamys latifolia
Memora 
flaviflora
Memora 
moringiifolia
Schlegelia. Escandentes por raízes 
adventícias. Folhas simples.
Folhas compostas e opostas. 
LIANAS
Folhas 2-3-ternadas ou 2-3-pinadas
ÁRVORES HEMIEPÍFITAS
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• Lianas são freqüentemente arbustivas e não escandentes quando jovens.
• Plantas jovens podem ter folhas muito maiores, e com indumento diferente das adultas.
• Pseudoestípulas e glândulas interpeciolares são mais evidentes em ramos jovens, principalmente na porção apical. Como 
estas estruturas podem estar ausentes em algumas porções da planta, deve ser observada em várias áreas interpeciolares.
• As gavinhas podem estar quebradas e gerar confusões na distinção entre gavinhas simples e trífidas.
• A cor do corte pode variar de acordo com a idade (as fotos não são padronizadas pela idade).
• No caso das éspecies com gavinhas simples e com grupos de glândulas interpeciolares, é conveniente checar 
grupos 3 e 4, dado que em alguns (apesar de poucos) dos indivíduos com gavinhas partindo da axila dos ramos 
raramente também apresentam folíolos modificados em gavinhas. Especial atenção deve ser dada a Arrabidaea 
chica. 
CUIDADOS NA IDENTIFICAÇÃO
610
Pseudoestípulas presentes (às vezes apenas visíveis na porção 
terminal dos ramos).
22
• Folíolo terminal modificado em 
gavinha simples. Ramos com grupos 
de glândulas interpeciolares.
• Gavinhas lenhosas partindo da 
axila dos ramos, raro também com 
o folíolo terminal modificado em 
gavinha. 
Ramos sem grupos de glândulas 
interpeciolares.
• Ramos com grupos de glândulas 
interpeciolares.
Cheiro extremamente forte em todas 
as partes da planta, especialmente 
ao corte. (Outros caracteres são os 
mesmos do grupo 8).
Ramos sem grupos de glândulas 
interpeciolares.
Folhas 2-3-folioladas
Gavinhas simples Gavinhas trífidas
33
44
55
66
77
88
99
 • Estes grupos apresentam glândulas interpeciolares
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Jacaranda copaia. (Pará-pará). 
Árvore de dossel ou subdossel. 
Folíolos com margens 
inteiras, freqüentemente 
serreados quando jovens. 
Plantas jovens podem 
ser confusas com Memora 
moringiifolia. Ramos com odor 
"azedo" ao corte. Comum em 
baixio, vertente, platô e capoeira. 
Amazônia.
Árvores com folhas compostas e 
opostas. 
Jacaranda. Folhas bipinadas.
Tabebuia. Folhas digitadas, 5-7 
folioladas. 
Tabebuia incana. (Pau-
d'arco). Árvore de 
dossel. Tronco castanho, 
fendado superficialmente 
e desprendendo-se em 
placas. Base com sapopemas. 
Folíolos fortemente discolores, 
face abaxial amarelo-
pubescente, com nervuras 
vinho, adaxial castanha, margem 
inteira. Ocasional em platô. 
Amazônia Central.
Tabebuia serratifolia. (Pau-
d'arco, ipê). Árvore de dossel. 
Tronco acizentado, fissurado. 
Ramos acinzentados. Folíolos 
com margem serreada, glabros, 
mais raramente pubérulos, 
venação broquidódroma, com 
diminutas domáceas nas axilas. 
Ocasional em vertente e platô. 
Amazônia.
800
11
Região interpeciolar 
de J. copaia 
611
Troncos mais 
antigos de J. copaia 
podem ser menos 
avermelhados 
DICAS SOBRE JACARANDA
Jacaranda é a única espécie de árvore na Reserva 
com folhas bipinadas e opostas. Umas poucas 
Mimosoideae têm folhas às vezes subopostas,raramente opostas.
Folíolos jovens de J. copaia 
podem ser serrilhados. 
120
330
Vitex (Verbenaceae) confunde com Tabebuia. Folhas 
comumente 3-5-folioladas e subopostas. Casca 
desprende facilmente e com oxidação rápida no 
corte.
DICA DE CAMPO
Tabebuia incana
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Schlegelia paraense. Liana 
hemiepífita. Ramos acinzentados, 
com lenticelas creme. Folhas 
coriáceas, até 10(-15) cm, 
secando avermelhadas, venação 
proeminente na face abaxial, 
pouco evidente na adaxial, 
com um grupo de glândulas 
na base; pecíolos espessados. 
Pseudoestípulas lanceoladas, 
bipartidas. Rara. Platô. Amazônia 
brasileira e Guiana Francesa.
Schlegelia spruceana. Liana 
hemiepífita. Ramos angulosos, 
com lenticelas castanho-claras. 
Folhas coriáceas, até 30 cm, 
secando com cor-de-oliva; 
margens suavemente revolutas 
especialmente na base, cobrindo 
um grupo de glândulas; pecíolos 
muito espessados. Ocasional. 
Baixio. Amazônia brasileira e 
Guianas.
100
255
Lianas hemiepífitas, escandentes 
por raízes adventícias. Folhas 
simples.
GAVINHAS EM LIANAS
Os indivíduos jovens das Bignoniaceae lianas 
freqüentemente não apresentam gavinhas. No entanto, 
estas tornam-se evidentes tão logo tais indivíduos 
começam a subir. Tanto a posição quanto a forma 
das gavinhas são variáveis, mas são caracteres úteis 
para a identificação de materiais estéreis. Por isso, é 
muito importante que gavinhas de Bignoniaceae sejam 
sempre coletadas. 
 As gavinhas tipicamente representam uma 
modificação de um folíolo. Assim, um mesmo 
indivíduo pode apresentar tanto folhas 3-folioladas (e 
sem gavinhas) como 2-folioladas com o terceiro folíolo 
modificado em uma gavinha. Menos comumente (como 
é o caso do grupo 3), as gavinhas não são modificações 
dos folíolos mas sim dos ramos. A terminação da 
gavinha pode ser simples (grupos 3-5 e 8), ou trífida 
(grupos 6 e 7). Em Distictis e Distictella as gavinhas 
Gavinha
Folíolo
Pecíolo
Região interpeciolar
Peciólulo
podem terminar em discos adesivos. Em Manaosella 
cordifolia a gavinha pode estar dividida em mais que 
três segmentos (multífida).
SCHLEGELIA
O gênero Schlegelia sempre foi considerado muito 
atípico em Bignoniaceae por apresentar frutos 
tipo baga (dispersos por passáros), folhas simples, 
hábito hemiepifítico e pela ausência do floema 
em cruz presente em todas as outras Bignoniaceae 
liana. Dados moleculares recentes sugerem que 
Schlegelia e genêros afins (Gibsoniothamnus, Exarata 
e Synapsis) realmente formam um grupo evolutivo 
isolado de Bignoniaceae, o qual provavelmente 
será reconhecido como uma família independente: 
Schlegeliaceae. Por apresentar folhas simples e hábito 
hemiepifítico, Schlegelia pode ser mais facilmente 
confundido com Drymonia (Gesneriaceae) do que 
com outras Bignoniaceae.
22
Lianas. Folhas 3-folioladas, 
com gavinhas simples, lenhosas 
partindo da axila dos ramos, 
raro também com o folíolo 
terminal modificado em 
gavinha. Ramos com grupos de 
glândulas interpeciolares.
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"Arrabidaea egensis". (Cipó-
peludo). Talvez uma forma 
jovem de A. cinnamomea, que 
foi anteriormente descrita como 
A.egensis. Difere pelos folíolos 
lanceolados e ramos vilosos (com 
tricomas simples e esbranquiçados 
muito alongados).
Arrabidaea cinnamomea. Liana 
lenhosa. Tronco cilíndrico, castanho-
acinzentado; ao corte creme, não 
oxidando-se. Ramos castanho-
escuros, desprendendo-se 
intensamente. Folhas buladas, 
ásperas, com venação 
reticulada, impressa na face 
adaxial, secando cor-de-oliva. 
Freqüente. Campinarana, capoeira e 
platô. Amazônia.
330
220
613
Arrabidaea chica. (Crajirú). 
Liana lenhosa. Tronco 
quadrangular, acinzentado. 
Ramos cinza-claros, estriados. 
Folíolos glabros, com glândulas 
esparsas, secando vermelhos. 
Ocasional. Campinarana, 
vertente, platô e em capoeiras. 
América Central até Argentina.
235
320
Arrabidaea nigrescens. 
(Guarararana). Liana 
lenhosa. Ramos angulosos 
a quadrangulares, 
acinzentados. Folíolos 
e pecíolos pilosos (pêlos 
amarelos bífidos, negros quando 
secos). Freqüente. Campinarana, 
também em platô, vertente e 
capoeira. Amazônia Ampla.
Tynanthus panurensis Anemopaegma 
oligoneuron 
Trífida
Arrabidaea cinnamomea Arrabidaea prancei
Simples
33
As glândulas 
em A. egensis e 
outras espécies 
podem estar 
escondidas pela 
pubescência.
Natural Pubescência 
raspada
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Arrabidaea trailii. Liana lenhosa. 
Tronco castanho, desprendendo-se 
em placas, casca-viva e alburno 
cremes, oxidando-se a laranja. 
Ramos glabros, lisos, com uma 
costa na região interpeciolar suave. 
Folíolos discolores, face abaxial 
esbranquiçado-pubescente com 
venação castanho-escura. Pecíolos 
e gavinhas lenhosos. Freqüente. 
Baixio e platô. Amazônia.
Pyrostegia cinerea. Liana lenhosa. 
Tronco castanho-acinzentado, 
recoberto por lenticelas. Ramos e 
folíolos esbranquiçado-pubescentes 
quando jovens, glabrescentes 
com a idade, margens revolutas. 
Gavinhas tipo unha-de-gato. 
Freqüente. Campinarana e 
capoeira. Endêmica da região de 
Manaus.
120
614 GLÂNDULAS
Em Bignoniaceae, glândulas estão distribuídas por 
quase todos os órgãos. O agrupamento neste guia 
é em parte baseado nas glândulas interpeciolares. 
Tais glândulas são constantes e geralmente fáceis 
de serem observadas. No entanto, a presença 
de lenticelas pode confundir o usuário. Algumas 
espécies também apresentam glândulas nos folíolos, 
as quais podem estar espalhadas por toda a lâmina 
foliar, concentradas ao longo das nervuras, ou apenas 
nas axilas das nervuras laterais. Em Stizophyllum, 
glândulas pelúcidas estão espalhadas por toda a 
lâmina. Glândulas são também encontradas nas 
pseudoestípulas e ainda, nas pétalas, cálice e às vezes 
na superfície dos frutos. Acredita-se que funcionam 
como nectários (florais ou extra-florais), atraindo 
formigas que recebem uma substância açucarada 
como recompensa enquanto "patrulham" a planta e, 
incidentalmente, a protegem contra herbivoria.
Lianas. Folhas 3-folioladas 
ou 2-folioladas, com folíolo 
terminal modificado em gavinha 
simples. Ramos com grupos de 
glândulas interpeciolares.44
Muitas
Arrabidaea 
nigrescens 
Cuspidaria 
subincana 
Poucas
Lundia 
densiflora 
Sem
Callichlamys 
latifolia 
Glândulas interpeciolares
Stizophyllum riparium Pyrostegia venusta 
Glândulas na lâmina
Cuspidaria subincana. Liana 
lenhosa. Ramos estriados, 
castanho-claros recobertos 
por lenticelas esbranquiçadas. 
Pseudoestípulas inconspícuas. Folhas 
coriáceas, elípticas a suborbiculares, 
com ápice abruptamente cuspidado, 
densamente esbranquiçado-pubescente 
com nervuras enegrescidas na face 
abaxial; peciolos pubérulos. Rara. 
Platô. Venezuela até Amazônia 
Central.
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Arrabidaea fanshawei. (Cipó-careta). Liana 
lenhosa. Tronco quadrangular, acinzentado, 
recoberto por lenticelas, amarelo intenso 
ao corte. Ramos cilíndricos, 
acinzentados, com lenticelas 
castanhas e cicatriz interpeciolar 
superficial. Folíolos glabros, raro 
pubérulo-esbranquiça-dos, secando 
enegrescidos. Ocasional. Vertente e 
platô. Amazônia Central (só conhecida da 
Reserva) e Peru até as Guianas.
Arrabidaea prancei. Liana lenhosa. 
Tronco castanho-acinzentado, 
casca-viva e alburno cremes, 
apenas diferenciados após oxidação. 
Ramos estriados, castanho-
avermelhados, com numerosas 
lenticelas circulares, creme. Folhas 
2-folioladas; folíolos coriáceos, com 
3-4 pares de nervuras secundárias, 
glândulas ao longo das nervuras(face 
abaxial) e domáceas na axila das nervuras 
basais. Ocasional. Platô. Amazônia 
brasileira e peruana.
Arrabidaea triplinervia. Liana lenhosa. 
Tronco castanho-claro, com lenticelas 
esparsas. Ramos castanhos, estriados, 
recoberto por lenticelas esbranquiçadas. 
Folíolos com venação 
broquidódroma, com 4-6 
nervuras secundárias, 
domáceas pilosas nas axilas 
das nervuras secundárias. 
Freqüente. Vertente e platô. 
Colômbia até Paraguai. Atrai 
beija-flores.
215
200
145
615
Mansoa kerere. Liana lenhosa. Ritidoma 
cinza, liso. Ramos subtetragonais, 
longitudinalmente estriados, glabros a 
pubérulos. Muito característica pelas 
pseudoestípulas agudas, organizadas 
em 3-séries verticais (vide foto), e pelas 
conspícuas glândulas interpeciolares. 
Folíolos subcordados, terminal modificado 
em uma gavinha com braços muito 
alongados. Rara. Platô. Belize até 
Amazônia Central e Guianas.
280
Arrabidaea japurensis. Liana 
lenhosa. Ramos glabros enegrescidos, 
recobertos por lenticelas castanho-
claras. Pseudoestípulas diminutas, 
obtusas. Folíolos elípticos, ápice 
acuminado, lepidotos, pubérulos 
ao longo da nervura principal. É a 
única espécie com pecíolos > 1 cm, 
conspicuamente pubérulos na porção 
superior. Rara. Platô. Panamá até 
Bolívia.
Folíolos esbranquiçados na face abaxial 
(densamente pubescentes).
Folíolos glabros a pubérulos
380
Mussatia priurei. Liana lenhosa. 
Ritidoma castanho-claro acinzentado, 
conspicuamente estriado, 
desprendendo-se em placas pequenas. 
Ao corte creme, sem oxidação. 
Caracteríza-se pelos ramos 
evidentemente quadrangulares, 
costado nos ângulos e, pelos 
pecíolos muito alargados no 
ápice. Folíolos elípticos; venação 
broquidódroma. Rara. Baixio. 
Colômbia até Espírito Santo.
Clytostoma binatum. Liana lenhosa. Tronco 
cilíndrico, ritidoma cinza, liso. Ramos 
jovens subtetragonais, glabros ou pubérulos. 
Pseudoestípulas coriáceas, pontiagudas e 
organizadas em várias séries, dando aspecto 
de pequenas bromélias. Folíolos coriáceos, 
enrugados. Rara. Baixio. México até o norte 
da Argentina.
Tynanthus polyanthus. Liana lenhosa. 
Ramos glabros, conspicuamente 
quadrangulares, com cicatrizes 
interpeciolares. Folíolos pubérulos, 
secando cor-de-oliva; pecíolos 
profundamente canaliculados. 
Freqüente. Baixio. Amazônia e 
disjunto no Espírito Santo.
160
105
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350
616
Lianas. Folhas 2-3-folioladas, 
com gavinhas simples. Ramos 
sem grupos de glândulas 
interpeciolares.
Stizophyllum riparium. (Canudo-de-
São-João). Liana. Tronco quadran-
gular, oco. Ramos cilíndricos, 
tomentoso esbranquiçados, com 
cicatriz interpeciolar suave (às 
vezes coberta pelo indumento). 
Folíolos glandular-pontuados, 
glabros, pubescentes nas 
nervuras, um pouco bulados, 
vinho quando jovens, margens 
irregulares. Rara. Capoeira. 
América Central até Bolívia.
Jovem
55
Ramos ocos.
STIZOPHYLLUM E 
FORMIGAS
S. riparium é a única espécie 
de Bignoniaceae que ocorre 
na Reserva que providencia 
duas formas de recompensa 
às formigas: o exsudato 
açucarado típico de várias 
espécies, e também ramos 
ocos que fornecem abrigo à 
formigas. Formigas do gênero 
Crematogaster fazem ninhos no 
interior dos ramos da planta.
Ramos jovens evidentemente quadran-
gulares (às vezes tornando-se cilíndricos 
posteriormente).
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Adenocalymna subincanum. 
Liana lenhosa. Ritidoma 
castanho-acinzentado, 
desprendendo-se em placas; ao 
corte creme, oxidando-se a laranja. 
Folíolos coriáceos, ásperos, com 
venação reticulada e glândulas 
esparsas pela face abaxial; peciólulos 
curvos, mais compridos que o pecíolo; 
pulvínulos proeminentes. Pseudoestípulas 
clavadas. Freqüente. Vertente, platô, baixio e 
campinarana. Amazônia Central e Oriental.
Callichlamys latifolia. Liana lenhosa. 
Tronco castanho-acinzentado com 
lenticelas. Ao corte, casca-viva e 
alburno alaranjados, oxidando à 
avermelhados. Ramos castanhos, 
com muitas lenticelas. Folíolos 
(10)-25-30 cm, elípticos a orbiculares, 
glabros; venação broquidódroma, 
impressa na face adaxial. Pode ser 
confundida com Anemopaegma robustum. 
Freqüente. Platô, vertente e campinarana. 
América Central até Bolívia.
Anemopaegma robustum. Liana 
lenhosa. Tronco cilíndrico, cinza. 
Corte creme. Ramos lisos. Folíolos 
grandes (30 cm), coriáceos, glabros, 
com glândulas na axila das nervuras 
da face abaxial (densamente na 
base); peciólulos alargados nas 
extremidades; região interpeciolar 
achatada; pseudoestípulas foliáceas, 
orbiculares, coriáceas. Freqüente. 
Baixio e vertente. Amazônia Central, 
Venezuela e Guianas.
617
Adenocalymna impressum. 
Liana lenhosa. Tronco 
cilíndrico, castanho-escuro; creme 
ao corte, não oxidando-se. Ramos 
acinzentados, estriados, com cicatriz 
interpeciolar. Folíolos coriáceos, com 
as margens mais espessadas que a lâmina, 
venação reticulada em ambas as faces; 
peciólulos curvos, espessados e vináceos no 
ápice. Rara. Platô. Amazônia.
Cydista aequinoctialis. Liana 
lenhosa. Tronco vinho; casca 
viva vermelha e alburno laranja, 
oxidando-se a vermelho, exsudação 
pegajosa. Ramos angulosos, 
com 6-16 braços de floema, 
ocráceo-pubescentes, com cicatriz 
interpeciolar. Folíolos glabros, com 
glândulas na axila das nervuras 
(face abaxial). Ocasional. Baixio 
e campinarana. México até 
Amazônia.
Ramos circulares.
170
135
400
250
460
130
 • Lundia densiflora. Liana lenhosa. 
ou arbusto escandente. Tronco 
castanho escuro; creme ao corte, 
não oxidando-se. Ramos e folhas 
pubescentes. Folíolos com as 
margens ciliadas, suavemente 
revolutas. Gavinhas lenhosas, 
geralmente enrolando-se muito 
nas extremidades e formando 
um emaranhado. Freqüente. 
Capoeira. Guianas até Bolívia.
Periarrabidaea truncata. Liana 
lenhosa. Tronco anguloso, 
acinzentado; ao corte creme, não 
oxidando-se. Ramos estriados, 
com lenticelas castanhas. Gemas 
foliares muito desenvolvidas. 
Folíolos coriáceos, glabros, 
com venação reticulada, oliva 
quando secos; peciólulo flexível 
e espessado. Ocasional. 
Campinarana e baixio. Amazônia, 
Rondônia até Suriname.
• Anemopaegma oligoneuron. 
Liana lenhosa. Tronco anguloso, 
castanho-acinzentado; ao corte 
creme, oxidando-se a laranja. 
Ramos angulosos, ocráceo-
pubescentes, com lenticelas. 
Folíolos cordados, ásperos, 
fortemente bulados, pubescentes, 
com grupos de glândulas na 
base. Ocasional. Baixio, platô 
e campinarana. Das Guianas até 
a Bolívia.
Leucocalantha aromatica. 
(Cipó-de-peneira). Liana 
lenhosa. Tronco castanho-
acinzentado, estriado. Ramos 
lisos, glabros, vináceos, tornando-
se acinzentados, desprendendo-se 
em placas papiráceas e expondo a 
camada inferior castanha com estrias 
brancas. Folíolos glabros, com venação 
broquidódroma, vinácea. Freqüente. Platô 
e vertente. Amazonas e Rondônia.
Lianas. Folhas 2-3-folioladas, 
com gavinhas trífidas. Ramos 
com grupos de glândulas 
interpeciolares.
330
618
66
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• As glândulas interpeciolares podem ser pouco 
visíveis em espécies com ramos pilosos como 
A. oligoneuron e L. densiflora. Nestes casos, as 
glândulas são mais facilmente visíveis nas regiões 
onde o indumento se apresenta menos espesso.
Lianas. Cheiro extremamente 
forte em todas as partes da 
planta, especialmente ao corte. 
(Outros caracteres são os 
mesmos do grupo 8).
619
Tynanthus panurensis. (Cipó-cravo). 
Liana lenhosa. Tronco castanho-escuro, 
anguloso. Casca viva e alburno laranja, 
oxidando à vermelho; exsuda seiva 
vermelha,pegajosa, com odor forte 
de cravo. Ramos cinza, recobertos 
por lenticelas castanho-escuras. 
Folíolos apiculados, com venação 
broquidódroma, piloso-
esbranquiçados, às vezes com 
domáceas na axila das nervuras 
na face abaxial. Ocasional. Platô. 120
Mansoa alliacea. Liana lenhosa. Tronco 
anguloso, reticulado. Corte com cheiro 
de alho, casca viva branca, com 
muitos septos de floema de coloração 
creme. Ramos glabros, hexagonais, 
acinzentados, com estrias creme 
proeminentes nos ângulos, 
com cicatriz suave na região 
interpeciolar. Folíolos bulados, 
com glândulas esparsas ao longo 
das nervuras, ápice curvado. 
Ocasional. Platô. Amazônia.
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Apenas duas espécias de Bignoniaceae têm cheiros 
fortes na Reserva. Tais cheiros são tão fortes que 
permitem que estas espécies sejam facilmente 
identificadas. O cheiro de Mansoa alliacea é 
característico pelo forte aroma de alho, "carne 
temperada", ou "carne apodrecida". Tal odor, 
é também muito persistente; sendo até mesmo 
detectado em materiais herborizados. Tynanthus 
panurensis, por outro lado, apresenta um forte 
cheiro de cravo. Aparentemente, esses cheiros estão 
relacionados a substâncias químicas que repelem 
insetos e conseqüentemente protegem tais plantas. 
O gênero Tanaecium (não ocorre na Reserva) é o 
único outro gênero de Bignoniaceae que apresenta 
cheiro forte, que é geralmente descrito como como 
"cheiro de amêndoas" ou "marzipan".
CHEIROS EM BIGNONIACEAE
SECÇÃO DO CAULE 
Espécies pertencentes a Bignoniaceae 
podem ser facilmente reconhecidas 
através de secções transversais dos 
ramos ou tronco, pelo floema que 
apresenta vários "braços" (comumente 
4, mas também 6, 8, 12, ou 32), os 
quais geralmente se apresentam em 
forma de cruz. Além do floema, um 
outro caractere importante é o formato 
da secção dos ramos, a qual pode ser 
circular, quadrangular, ou hexagonal 
(como em Distictis). Os ramos podem 
também ser acanalados, ou alados 
(como em Pleonotoma jasminifolia).
Memora 
flavida 
Arrabidaea 
chica 
Cuspidaria 
subincana 
Pleonotoma 
jasminifolia 
Cydista 
aequinoctialis 
Disticus 
pulverulenta 
77
Pyrostegia venusta. (Canudo-de-
São-João). A única outra espécie 
com ramos hexagonais neste 
grupo é D. pulverulenta. P. venusta 
pode ser facilmente reconhecida 
pelas glândulas impressas na face 
inferior dos folíolos, pelos folíolos 
membranáceos e pela ausência de 
pseudoestípulas. Espécie ruderal, 
ocorre por todo a Brasil e países 
vizinhos.
Distictis pulverulenta. Liana 
lenhosa. Ramos hexagonais com 
cicatriz interpeciolar, pilosidade 
ocrácea. Folíolos jovens 
esbranquiçado-pubescentes, 
glabrescentes, com glândulas 
na axila da nervura basal. 
Pseudoestípulas foliáceas. 
Gavinhas formando discos no ápice. 
Ocasional. Vertente. Amazônia.
Distictella parkerii. (Cipó-Cururu). 
Liana lenhosa. Tronco castanho, 
com lenticelas elípticas em linhas 
verticais. Ramos lisos, ocráceo 
pilosos. Folíolos pubérulos, com 
glândulas na face abaxial, venação 
eucampdódroma, impressa na face 
adaxial; pecíolos perpendiculares 
ao ramo; peciólulos muito mais 
longos que pecíolos. Gavinhas 
freqüentemente em forma de disco. 
Platô, vertente e campinarana. Arredores 
de Manaus.
Distictella elongata. Liana 
lenhosa. Tronco cilíndrico, 5-15 
cm DAP, reticulado; ao corte 
textura "esfarelenta", cor creme, 
oxidando-se a laranja e exsudando 
seiva transparente. Ramos ocráceo-
pubescentes, com lenticelas castanhas. 
Folhas coriáceas, ásperas, ocráceo-
pubescentes, com grupos de glândulas na 
axila das nervuras. Ocasional. Vertente e 
campinarana. Colômbia até Argentina.
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Anemopaegma floridum. 
Liana lenhosa. Ramos 
estriados, sem lenticelas. 
Folíolos elípticos, com ápice 
acuminado e glândulas na axila 
das nervuras na face abaxial. 
Pseudoestípulas foliáceas, 
orbiculares. Rara em platô 
e campinarana. Amazônia (Brasil, 
Colômbia e Peru). 
165
 155
170
320
Lianas. Folhas 2-3-folioladas, 
com gavinhas trífidas. Ramos 
sem grupos de glândulas 
interpeciolares.
Ramos cilíndricos ou subcilíndricos.
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Martinella iquitosensis. Liana lenhosa. 
Tronco quadrangular, castanho-
escuro com lenticelas elípticas em 
filas verticais; ao corte casca viva 
e alburno amarelo oxidando-se a 
castanhos. Ramos pubescentes, com 
uma cicatriz na região interpeciolar 
em forma de anel. Folíolos cartáceos 
(coriáceos quando secos), cordiformes, 
viloso-esbranquiçados, com glândulas 
esparsas na face abaxial. Rara. 
Vertente.
Anemopaegma foetidum.
(Cipó-calango). Liana herbácea. 
Ramos delgados, estriados, glabros 
a pubérulos. Folíolos sésseis ou 
sub, nervuras secundárias quase 
perpendiculares às primárias, 
glabros, com glândulas distribuídas 
pela face abaxial, principalmente 
na base. Campinarana. 
Amazônia, em áreas de campina e 
campinarana.
220
Martinella obovata. Liana 
lenhosa. Ramos delgados, 
estriados, glabros, com 
cicatriz interpeciolar. Folíolos 
elípticos, com glândulas 
distribuídas pela face abaxial. 
Pode ser confundida com 
Anemopaegma foetidum mas 
os folíolos são peciolados e 
elípticos e não lanceolados. 
América Central até a Bolívia.
621
Manaosella cordifolia. Liana lenhosa. 
Tronco cilíndrico, castanho-claro, com 
desprendimento abundante em placas 
de cortiça; ao corte casca viva creme 
e alburno laranja, ambos oxidando-se 
a laranja intenso. Folíolos cordados, 
5-nervados na base, discolores, 
esbranquiçado-pubescentes 
em ambas faces. Gavinhas 
também podem ser multífidas. Rara. 180
Distictella magnoliifolia. 
Liana lenhosa. Tronco 
com ritidoma fibroso, 
verticalmente estriado. 
Ramos cilíndricos, 
lisos, achatados nos 
nós. Folíolos elípticos, 
coriáceos, glabros, 
pubérulos nas axilas 
das nervuras, com 
esparsas glândulas ao 
longo da superfície. 
Rara. Baixio (também 
ocorre em igapó). 
Costa Rica até Bolívia e 
Guianas.
Ramos hexagonais ou quadrangulares.
140
170
130
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350
Ramos cilíndricos ou suavemente 
angulosos. 
Ramos evidentemente quadrangulares.
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Pleonotoma albiflora. 
(Cipó-de-quadra). Liana 
lenhosa. Tronco com fissuras 
horizontais a cada +/- 3 cm, 
desprendendo em placas, 
casca-viva creme, oxidando 
a laranja. Ramos glabros, com 
uma cicatriz na região interpeciolar em 
forma de anel. Folíolos elípticos, 
> 9 cm. Gavinhas trífidas, com "braços" 
muito desenvolvidos. Ocasional. Platô e 
vertente. Amazônia até Espírito Santo.
Lianas. Folhas 2-3-ternadas 
ou 2-3-pinadas, articuladas. 
Pseudoestípulas presentes (às 
vezes apenas visíveis na porção 
terminal dos ramos).
Memora moringiifolia. Liana 
lenhosa. Tronco castanho, com 
lenticelas elípticas de até 0,4 
cm; ao corte casca-viva creme 
oxidando-se a laranja escuro. 
Ramos e folhas pubérulos, 
glabrescentes. Pseudoestípulas 
clavadas. Folíolos de 1,0-2,0 cm, 
rombóides, oblíquos na base, apenas 
com nervura principal evidente. 
Freqüente. Platô. Brasil (Amazonas e 
Pará) e Guianas.
Memora flaviflora. Liana lenhosa. 
Tronco cinza, anguloso, com 
lenticelas enfileiradas. Casca viva 
creme oxidando à castanho, alburno 
creme não oxidando. Ramos lisos, 
cinzas, glabros, com uma cicatriz na 
região interpeciolar. Pseudoestípulas 
clavadas. Folíolos agudos nas 
extremidades, ca. 4-8 cm, face adaxial 
com nervuras pouco evidentes, a principal 
impressa. Gavinhas simples. Ocasional. 
Platô e vertente. Amazônia.
622
Pleonotoma jasminifolia. 
(Cipó-cachiado). Liana. 
Ramoscom ângulos 
destacáveis. Folhas 
semelhantes às de Memora 
moringifolia, mas menores 
que 1,0 cm. As duas espécies 
são, no entanto facilmente 
diferenciadas pelos ramos 
cilíndricos vs. quadrangulares. 
Rara. Clareiras. Amazônia Central, 
Venezuela e Colômbia.
Memora adenophora. Liana lenhosa. 
Tronco castanho-acinzentado; ao corte 
casca-viva e alburno cremes, oxidando 
a laranja. Única espécie com ramos 
e folhas glandular-pubescentes, 
às vezes pegajosos, com uma 
cicatriz na região interpeciolar. 
Pseudoestípulas foliáceas, 
orbiculares, de até 2,5 cm. 
Folíolos elípticos, suavemente 
bulados. Freqüente. Platô. 
Amazonia Central.
99
350
Memora flavida. Tronco castanho; 
ao corte casca viva vermelha, 
alburno creme oxidando-
se a laranja; odor suave de 
cravo. Ramos vináceos, 
com lenticelas alongadas; 
ráquis canaliculada. Folhas 
às vezes biternadas como M. 
tanaeciicarpa mas esta é a única 
espécie de Memora com gavinhas 
trífidas. Rara. Vertente. Amazônia, 
Colômbia e Guianas.
340
390
Memora longilinea. Liana lenhosa. 
Corte do tronco creme. Ramos 
angulosos, com cicatriz interpeciolar 
suave. Folíolos glabros, com 
textura de borracha quando jovens, 
discolores (amarelados, com glândulas 
esparsas na face abaxial, verde escuro 
com nervuras impressas na adaxial); 
peciólulos e pecíolos sulcados, 
separados da nervura principal por 
uma cicatriz. Freqüente. Vertente e 
platô. Amazônia Central.
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Pleonotoma melioides. 
Liana lenhosa. Tronco 
não visto. Assim como 
as outras espécies 
de Pleonotoma, é 
característica pelos 
ramos conspicuamente 
quadrangulares, com 
cicatriz interpeciolar. 
Distingue-se das demais 
Pleonotoma pelos folíolos 
de tamanhos intermediários 
às duas espécies, > 1,0 cm 
e < 9,0 cm. Rara. Platô. 
Colômbia até Espírito Santo.
Memora bracteosa. Liana 
lenhosa. Tronco cilíndrico. 
Ramos estriados, com lenticelas 
e cicatriz interpeciolar. Ramos e 
folhas glabros. Pseudoestípulas 
subfoliáceas. Folíolos coriáceos, 
amarelos quando secos. Pode ser 
facilmente distinta pelas folhas 2-3 
ternadas, e freqüentemente apenas 
2-3-folioladas (pode haver variação 
em um mesmo ramo). Rara. Baixio 
(principalmente em igapó). Amazônia.
623
Memora tanaeciicarpa. Liana 
lenhosa. Tronco castanho-claro, 
esfarelando-se; ao corte casca viva e 
alburno amarelo-intensos, oxidando-se 
a alaranjado. Ramos castanho-claros, 
com lenticelas. Folíolos elípticos, com 
ápice apiculado, glabros, com nervuras 
alaranjadas, margem suavemente 
revoluta; raque lenticelada; 
peciólulos alargados em ambas 
extremidades. Gavinhas simples. 
Rara em platô. Amazônia, Venezuela 
e Guianas.
Arrabidaea inaequalis. Liana lenhosa. 
Ramos glabros a pubérulos, enegrescidos 
quando secos. Folhas usualmente bi-
ternadas, com a terna terminal modificada 
em uma gavinha simples, raramente 
apresentando folhas simplesmente 2-3-
folioladas. É a única espécie com folhas 
2-3-ternadas e que apresenta glândulas na 
região interpeciolar. Rara. Platô. México 
até a Bolívia.
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