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Asteraceae (=Compositae) Edicotiledôneas - Asterales campo em frutificação: aquênios (cipsela) Capítulo Distribuição: cosmopolita A maior família de Eudicotiledônea Cerca 1.700 gêneros e 24.000- 30.000 espécies Brasil: 260 gên. e 2.000 espécies ocorrência : especialmente áreas abertas (raro mata) Senecio brasiliensis (maria-mole) - Campos de Lages/SC invasoras de cultura ou pastagens Picão - preto carquejas (Bidens pilosa) Reconhecida como invasora em + de 40 países. crisântemos tagetes dálias Muitas espécies são ornamentais Gérberas Gerbera hybrida Muitas espécies são ornamentais O gênero Gerbera ocorre naturalmente na América do Sul (2 spp.), África, Madagáscar e na Ásia tropical Guaco (Mikania laevigata) Carqueja (Baccharis trimera) EXEMPLOS: asteráceas de uso medicinal Camomila (Matricaria recutita) marcela/macela (Achyrocline satureoides) PLANTAS MELÍFERAS • mel silvestre • mel do campo • mel de vassoura GIRASSOL (Helianthus annuus) Semente com cerca de 50% de óleo • alimentação • cosméticos • biodiesel ALCACHOFRA (Cynara scolymus) Batata yacon (Smallanthus sonchifolius) Originária da Cordilheira dos Andes É usado no controle da diabetes Origem: norte da África, mediterrâneo Comestível Medicinais (males do fígado) Principais tribos e gêneros nos campos do Sul do Brasil: Astereae Baccharis Conyza Noticastrum Podocoma Solidago Symphyotrichum Heliantheae Aspilia Calea Acmella Mutisieae Chaptalia Trichocline Eupatorieae Eupatorium (sensu lato) Stevia Lactuceae Hypochaeris Vernonieae Vernonia (sensu lato) Senecioneae Senecio Inulae Pterocaulon Stenachaenium Gnaphalieae Achyrocline Chevreulia Gamochaeta Lucilia Senecio crassiflorus Calea uniflora Vernonia chamaedrys Vernonia brevifolia Vernonia hypochaeris Trichocline catharinensis Trichocline macrocephala Eupatorium perfoliatum Eupatorium sp. Mikania scandens Hypochaeris catharinensis Papus plumoso Dente-de-leão Hieracium commersonii Sonchus oleraceus serralha Baccharis uncinella Noticastrum decumbens Noticastrum calvatum Gamochaeta americana Achyrocline satureioides Chevreulia sarmentosa Lucilia acutifolia Stenachaenium campestre Hábito das Asteraceae ERVAS, SUBARBUSTOS, ARBUSTOS, ÀS VEZES LIANAS (RARAMENTE ÁRVORES) FOLHAS: rosuladas (= em roseta) Frequente: Folhas: em geral simples – alternas ou opostas (às vezes áfila como na carqueja) Muitas vezes folhas pinatífitas ou pinatiséctas (Látex às vezes presentes – Ex. na alface) Inflorescência em Asteraceae: CAPITULO Inflorescência geralmente com várias a numerosas flores sésseis sobre um receptáculo mais ou menos dilatado (que pode ser convexo, cônico ou plano). O receptáculo encontra-se, em geral, rodeado por numerosas brácteas (brácteas involucrais do capítulo = filárias) BRÁCTEAS INVOLUCRAIS BRÁCTEA DA FLOR = PÁLEA RECEPTÁCULO ___ pedúnculo FLOR FLOR Pálea Páleas AS ASTERACEAE APRESENTAM TRÊS TIPOS DE CAPÍTULO: 1) CAPÍTULO RADIADO 2 tipos de flores Flores do raio Flores do disco (liguladas, neutras ou femininas) tubulosas hermafroditas 2) CAPÍTULO DISCÓIDE flores todas tubulosas unissexuais ♀ ou ♂ ou hermafroditas 3) CAPÍTULO LIGULADO – flores todas liguladas hermafroditas Gazania Zinia Gérbera Margarida Exemplos : CAPÍTULO RADIADO 2) CAPÍTULO DISCÓIDE – com todas as flores tubulosas Assa-peixe Vernonia Vassouras do campo (Baccharis) Carquejas (Baccharis) Eupatorium 3) CAPÍTULO LIGULADO - Exemplos Todas as flores liguladas, hermafroditas dente – de – leão Taraxacum officinale Alface Lactuca sativa CHICÓRIA (Cichorium intybus) Invólucro É constituído de brácteas involucrais, também chamadas de filárias, as quais podem variar quanto ao número, arranjo, forma, tamanho e cor. Fruto em Asteraceae: Aquênio * fruto seco, indeiscente, com uma semente aderida a parede do fruto em um único ponto *Cipsela Cálice modificado = papus ou papilho Cipsela (=aquênio) FRUTO Papus PLUMOSO Dispersão ANEMOCÓRICA anemo = vento coria = levar de cá para lá papus aristado Exemplo: picão Dirpersão: ZOOCÓRICA → aristas com ganchos Androceu: com anteras conatas = sinânteras anteras conatas (5 anteras) grãos de pólen estígma bífido (saturado de pólen) Androceu sinântero antera filete pólen Sistema de êmbolo Trata-se de um sistema de apresentação secundária dos grãos de pólen. Resumindo... ASTERACEAE Corola gamopétala (pentâmera) Pápus = cálice modificado Ovário ínfero (bicarpelar) Estígma bífido Anteras conatas (= sinânteras) (Número de 5) Fruto AQUÊNIO Geralmente Com o pápus persistente Capítulo ervas, raro lianas, arvoretas, arbustos; Folhas alternas, opostas, verticiladas; simples; sem estípulas; Flores pequenas, e agrupadas em inflorescência do tipo capítulo; actino ou zigomorfas; Cálice diali ou gamossépalo, corola gamo; pentâmera; Androceu 5 estames sinânteros; epipétalos; antera rimosa; ovário ínfero, 2-carpelar, 1- locular; uniovulados; com placentação ereta; fruto: cipsela (ou aquênio) SOLANACEAE (Solanales – Eudicotiledônea) • Distribuição ampla no planeta • maior número de espécies nas áreas tropicais e subtropicais da América do Sul e Central (150 gêneros e 3000 spp.) Brasil: 30 gen./450 espécies Capsicum frutescens pimenta malagueta Pimentões/ pimentas doces Capsicum annum CAPSICUM (alcalóide Capsaicina) Ca. 25 espécies, com muitas variedades cultivadas. Ex: Pimentões, jalapeño, dedo-de- moça, malagueta, chapéu-de-bispo, pimenta-biquinho pimenta-biquinho Origem: Américas Levadas à Europa: 1493 Gênero SOLANUM Solanum tuberosum Solanum melongena beringela Batata (=batatinha-inglesa) Solanum tuberosum Batata • Até início do século 16 essa espécie somente era conhecida na América Andina; Foi introduzida na Europa em 1533 por exploradores espanhóis; • Acredita-se que a batata tenha sido levada à Inglaterra independente da introdução na Espanha, por volta de 1590; • Planta domesticada exclusivamente na América do Sul; • A domesticação aconteceu por volta de 6-20 mil anos atrás, no sul do Peru e norte da Bolívia; Gênero: SOLANUM Lycopersicum esculentum tomate alcalóide: Solanina Flores rotadas (=em forma de roda) Fruto: Baga Espécie: Solanum lycopersicum (=Lycopersicon esculentum) Origem: Peru (noroeste da Am. do Sul) Uso: planta utilizada na culinária, é muito versátil, podendo ser usado in natura ou cozido. Largamente cultivada no Brasil Fonte de Licopeno (carotenoide) Derivou da sp. silvestre S. cerasiforme (tomate cereja) Domesticação: ocorreu no México pelos povos nativos Chegou à Europa em 1523 Pomato (or tomtato) As plantas são produzidas por enxertia. A batata funciona como porta enxerto e o tomate como enxerto. O resultado da enxertia é uma quimera que produz batata e tomate na mesma planta. Foi lançada comercialmente em 2013 pela UK e New Zeland Gênero SOLANUM Solanum melongena berinjela Solanum gilo (= Solanum aethiopicum) jiló Origem: África Uso: planta utilizada na culinária, muita conhecida pelo gosto amargo. No Brasil é cultivada principalmente nos estados do Sudeste Origem: Índia Uso: planta utilizada na culinária, servindo de base para diferentes pratos. É uma planta muito sensível ao frio. Apresenta sabor levemente amargo. Outros exemplos em Solanum Invasoras de pastagens: Solanum capsicoides Solanum sisymbrifoliumSolanum pseudocapsicum Solanum paniculatum “arrebenta – cavalo” “mata-cavalo” “arrebenta –boi” Frutos e sementes tóxicas (devido a presença de solanina) Gênero NICOTIANA Nicotiana tabacum - fumo alcalóide Nicotina O fumo chegou à Europa em1560 por João Nicot Flores campanuladas Origem: Argentina e Bolívia Nicotiana tabacum - fumo Três tipos são os mais cultivados no mundo: Burley – fumo curado em galpão, com circulação de ar (13% da produção). Virgínia – curado em estufa (62% da produção). Oriental – a colheita é feita semelhante ao Virgínia, mas a cura é feita ao sol (10% da produção. Não é cultivado no Brasil. É mais aromático. Boa parte das marcas dos cigarros vendidos apresenta uma mistura dos 3 tipos, o que confere sabores diferentes. Outro exemplo de Solanaceae Em Physalis o cálice é persistente e acrescente, envolvendo o fruto (baga) Physalis angulata –“fisális” SOLANÁCEAS ORNAMENTAIS Brugmansia suaveolens Brugmansia arborea Trombeteiras/cartucheiras México Petunia spp. Brugmansia arborea trombeteira Brunfelsia pauciflora Manacá-graúdo; primavera COM RAMIFICAÇÃO EXTRA AXILAR ervas, raro arbustos ou árvore, às vezes com espinhos; folhas alternas; simples (ou pinatissectas); sem estípulas; Flores vistosas, actinomorfas; Cálice gamossépalo, corola gamo; pentâmero; Androceu isostêmone; ovário súpero, 2-carpelar, 2-locular; pluriovulados; estilete terminal; com placentação axial; fruto: baga ou cápsula. SOLANACEAE Características... Resumo CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS DE SOLANÁCEAS Flores ROTADAS - Gamopétalas - Pentâmeras (5 sépalas, 5 pétalas, 5 estames) - Ovário súpero em forma de roda * ou % K(5) C(5) A5 G(2) Lycopersicon 5 ANTERAS GRANDES - JUSTAPOSTAS em alguns gêneros poricida Ex. Solanum FLORES CAMPANULADAS Trombeteira Fumo Petúnia de campânula = sino FRUTO em SOLANÁCEAS Baga cápsula As SOLANÁCEAS são ricas em alcalóides O que são os alcalóides? Alcalóide ( de álcali, básico, com o sufixo -oide, "- semelhante a" ) é uma substância de caráter básico derivada de plantas que contêm, em sua fórmula, basicamente nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e carbono. Estrutura química do alcalóide codeína, um derivado do ópio. Seus nomes comuns e que estamos mais habituados a ver, geralmente terminam com o sufixo ina: cafeína (do café), cocaína (da coca), papaverina/morfina/heroína/codeína (da papoula), papaina (do mamão), solanina/atropina (solanáceas), etc. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ed/Codeine.png http://pt.wikipedia.org/wiki/Planta http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3rmula http://pt.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%AAnio http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono http://pt.wikipedia.org/wiki/Code%C3%ADna http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93pio http://pt.wikipedia.org/wiki/Cafe%C3%ADna http://pt.wikipedia.org/wiki/Caf%C3%A9 http://pt.wikipedia.org/wiki/Coca%C3%ADna http://pt.wikipedia.org/wiki/Coca http://pt.wikipedia.org/wiki/Papaverina http://pt.wikipedia.org/wiki/Morfina http://pt.wikipedia.org/wiki/Hero%C3%ADna http://pt.wikipedia.org/wiki/Code%C3%ADna http://pt.wikipedia.org/wiki/Papoula http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Papaina&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Mam%C3%A3o Solanina O tubérculo da batatinha exposto ao sol pode sintetizar Solanina A intoxicação por solanina se caracteriza por alterações gastrointestinais (diarréia, vômito e dor abdominal) e neurológicas (alucinações, dor de cabeça, etc.) A dose tóxica é de 2-5 mg por kilograma de peso corporal. (Os sintomas se manifiestam de 8 a 12 horas após a ingestão) • Jogue fora batatas guardadas por muito tempo, principalmente aquelas que brotaram, porque os brotos são ricos em solanina, especialmente quando começam a ficar verdes; • As batatas conservam-se melhor num local escuro, seco e fresco, mas não frio demais; • Na temperatura da geladeira, elas tendem a fabricar a solanina, além de converter parte do seu amido em açúcar, o que as deixa marrons ao serem fritas; • Nas tradicionais intoxicações coletivas a maionese sempre é a culpada, porém algumas vezes, as batatas são as culpadas. Atenção! Brugmansia suaveolens Brugmansia arborea Trombeteiras/cartucheiras México Gênero Brugmansia (tb. Datura) Planta jovem predomina escopolamina (efeito sedação) Planta + velha predomina hiosciamina (efeito atropinizante: secura na boca/ dilatação de pupilas/dificuldade de visão) Atropa belladona (Europa e Ásia – não ocorre naturalmente no Brasil) Nome científico: Atropa belladonna L. Família: Solanaceae Outros nomes populares: bela-dama, erva-envenenada; tollkirsche (alemão); belladona (espanhol, inglês); belladone (francês); deadly nightshade, dwale (inglês); belladonna (italiano). Constituintes químicos: atropina, ácido atrópico, beladonina, escopolamina, hiosciamina. Propriedades medicinais: antiespasmódica (suprime contração músculo liso), calmante, diaforética (faz suar), diurética. Indicações: asma, bronquite, coqueluche, cólica intestinal e renal. Notas: - extratos e tinturas obtidas pela indústria farmacêutica, bem como remédios feitos à base de alcalóides isolados, servem para relaxar os músculos lisos, reduzir dores de cólicas urinárias e da vesícula biliar, aliviar crises de asma e reduzir os suores noturnos dos tuberculosos, epilepsia, palpitações nervosas do coração, tosses, asma, hidrofobia; - emprega-se para dilatar a pupila, durante os exames oftalmológicos, e para curar as inflamações da gota e do reumatismo, as dores gástricas, as cólicas hepáticas, nefríticas, uterinas e intestinais, as nevralgias profundas e superficiais, as dores de erupções cutâneas de origem cancerosas. Parte utilizada: flores, folhas. Contra-indicações/cuidados: a atropina (alcalóide) é de uso perigoso, pois torna toda a planta extremamente venenosa. Essa planta nunca deve ser usada em preparados caseiros. Utilize somente medicamentos industrializados, seguindo rigorosamente as indicações dos profissionais de saúde. São conhecidos casos de envenenamentos mortais em crianças e em adultos, que confundem as bagas da beladona com as do murtilho; não se deve lançar mão dela, nem em quantidades pequenas, sem a supervisão de um médico. O simples fato de manipulá-la pode ser perigoso. Tem efeitos psicoativos, provocando alucinações, náuseas, cegueira; a ingestão de 5 ou + bagas ou apenas uma folha pode ser mortal! Curiosidade: o epíteto “belladonna” faz referência ao uso que as mulheres faziam no século 16 ao pingar gotas de colírios com extrato da planta para dilatar as pupilas e parecer mais sedutoras. Nome científico: Datura stramonium L. Família: Solanaceae. Mediterrâneo – cultivada como ornamental ou expontânea no Brasil. Nome científico: Datura stramonium L. Família: Solanaceae Outros nomes populares: estramônio, figueira-brava, erva-do- diabo, saia-branca, figueira-do-inferno, mamoninho-bravo, zabumba, zambumba. Propriedades medicinais: anestésica, espasmolítico, expectorante. Indicações: dor. Contra-indicações/cuidados: CUIDADO: alucinógena, causando “viagem” que freqüentemente não tem retorno. Efeitos colaterais: sintomas da intoxicação: vertigens, espasmos, delírio, alucinações, insônia, vômitos, problemas cardiológicos. É UMA PLANTA INTEIRAMENTE TÓXICA!
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