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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS PROCESSO 1.02.00 ABORDAGEM POLICIAL COM VIATURA 4 RODAS PROFESSOR EDUARDO GALANTE AULA I NÃO VÁ PARA A PROVA SEM SABER: DICAS TOPS! PROCESSO 1.02.00 ABORDAGEM POLICIAL COM VIATURA 4 RODAS ETAPAS - 1. Abordagem de pessoa(s) em automóvel. - 2. Abordagem de pessoa(s) em motocicleta 1. ABORDAGEM DE PESSOA(S) EM AUTOMÓVEL - 01) ATIVIDADES CRÍTICAS ▪ Definição correta das características da ocorrência, possibilitando a adoção do escalonamento do uso da força proporcional ao grau de periculosidade real que a situação impõe. ▪ Observância das condições de segurança do local, em relação aos policiais militares de serviço, à(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s) e ao público presente. ▪ Realização da verbalização para a retirada da(s) pessoa(s) de dentro do veículo e sua condução para o local da busca pessoal. ▪ Posicionamento do(s) abordado(s) para a busca pessoal. ▪ Aproximação da guarnição com relação à(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem. ▪ Atenção a fatos novos que possam modificar a avaliação inicial da situação. ▪ Atentar para a Área de Segurança. ▪ Atentar para a Área de Perigo. - 02) SEQUÊNCIA DE AÇÕES ▪ Inspecionar visualmente o(s) veículo(s) e, havendo possibilidade, verificar a quantidade de pessoa(s) no seu interior. ▪ Verificar as condições gerais do local onde a abordagem será realizada, a fim de identificar a possibilidade de riscos à guarnição e a outras pessoas, evitando locais de grande circulação de veículos e de pessoas ou com muitas alternativas de fuga, atentando para manter-se na Área de Segurança e não adentrar na Área de Perigo. ▪ Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam dando cobertura ao veículo que será submetido à abordagem policial. ▪ Cientificar o COPOM/CAD, sempre que possível e antecedendo à abordagem, e fornecer a placa do veículo e local em que se encontram. INÍCIO DA ABORDAGEM: ▪ Determinar a parada do veículo, por meio de toque de sirene e sinal de farol; ▪ O motorista deverá estacionar a viatura logo atrás do veículo a ser vistoriado, a uma distância de no mínimo 5m (metros), aproximadamente, de modo que o farol dianteiro direito da viatura fique alinhado com o centro da traseira do veículo (em direção à placa) TIPOS DE ABORDAGEM: EQUIPE COMPOSTA POR DOIS INTEGRANTES: ABORDAGEM DE PESSOA(S) SOB FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA: ▪ Os policiais militares se posicionarão de maneira “semi-desembarcada”, com as portas da viatura abertas, o motor ligado, e as armas no coldre; TIPOS DE ABORDAGEM: EQUIPE COM TRÊS INTEGRANTES: ABORDAGEM DE PESSOA(S) SOB FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA: ▪ Os policiais militares se posicionarão de maneira “semi-desembarcada”, com as portas da viatura abertas, o motor ligado, e as armas no coldre. O 3º homem será o responsável pela segurança da retaguarda da equipe; ▪ A aproximação dos policiais, após a retirada das pessoas para a Área de Segurança, deve ser realizada pelo Cmt da Equipe e 3º Homem. Enquanto isso, o motorista deverá dar a volta por trás da viatura e passará a ser o responsável pela segurança da retaguarda de toda equipe, atento ao rádio e às determinações do Cmt de Equipe; TIPOS DE ABORDAGEM: EQUIPE COM TRÊS INTEGRANTES: ABORDAGEM DE PESSOA(S) EM ATITUDE SOB FUNDADA SUSPEITA: ▪ Os policiais militares se posicionarão de maneira “semi-desembarcada”, com as portas da viatura abertas, o motor ligado, e as armas na posição “Sul”. O 3º homem será o responsável pela segurança da retaguarda da equipe. TIPOS DE ABORDAGEM: EQUIPE COM TRÊS INTEGRANTES: PESSOA(S) COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA: ▪ Identificado que o condutor do veículo trata-se de pessoa com deficiência auditiva (através de adesivos identificadores no veículo), adotar a mesma sequência de ação descrita neste procedimento, com as seguintes adaptações: ▪ Para determinar a parada do veículo, o policial militar deverá dar sinal de farol e sirene (a deficiência poderá ser parcial). TIPOS DE ABORDAGEM: EQUIPE COM TRÊS INTEGRANTES: ABORDAGEM POLICIAL A VEÍCULO DE TRANSPORTE DE VALORES: ▪ Havendo fundada suspeita que justifique uma ação de abordagem policial bem como o risco inerente a ela, o policial militar deverá manter contato com o COPOM/CAD, fornecendo o número do veículo bem como suas placas de identificação, solicitando que o Centro de Operações entre em contato com a empresa prestadora de serviço, buscando confrontar informações que confirme a situação de anormalidade; ▪ Não sendo afastada a hipótese de suspeição, acionar o CFP para coordenar a ação; ▪ Verificar as condições gerais do local onde a abordagem será realizada, a fim de identificar a possibilidade de riscos à guarnição e a outras pessoas, evitando locais de grande circulação de veículos e de pessoas ou com muitas alternativas de fuga, atentando para manter-se na Área de Segurança e não adentrar na Área de Perigo; TIPOS DE ABORDAGEM: EQUIPE COM TRÊS INTEGRANTES: ABORDAGEM A INFRATOR DA LEI: ▪ Os policiais militares se posicionarão de maneira “semi-desembarcada”, com as portas da viatura abertas, o motor ligado, e as armas na posição “3º Olho”. O 3º homem será o responsável pela segurança da retaguarda da equipe com sua arma na posição “Sul”; - 03) RESULTADOS ESPERADOS ▪ Que as ações dos policiais sejam em todos os momentos pautadas pela lei, pelas normas e pela ética policial-militar. ▪ Que todas as pessoas infratoras da lei envolvidas na ocorrência sejam capturadas e presas pelos policiais militares. ▪ Que todas as armas, objetos e materiais que possuam vínculo probatório com ações ilícitas relacionadas à ocorrência sejam apreendidos. ▪ Que a cada momento os policiais estejam atuando em condição de máxima segurança com relação a uma possível agressão por parte dos abordados ou de terceiros, não adentrando na Área de Perigo. ▪ Que a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) abordada(s) seja reduzida ao mínimo possível. ▪ Que a ação policial resulte em atitude favorável à PMESP por parte dos cidadãos envolvidos na ocorrência. ▪ Na abordagem de pessoa(s) com deficiência em veículo, que o policial atue conforme a necessidade do(s) abordado(s). “O VERDADEIRO HERÓI É AQUELE QUE FAZ O QUE PODE. OS OUTROS NÃO O FAZEM”. ROMAIN ROLLAND POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS PROCESSO 1.02.00 ABORDAGEM POLICIAL COM VIATURA PROFESSOR EDUARDO GALANTE AULA II NÃO VÁ PARA A PROVA SEM SABER: DICAS TOPS! PROCESSO 1.02.00 ABORDAGEM POLICIAL COM VIATURA 4 RODAS ETAPAS - 1. Abordagem de pessoa(s) em automóvel. - 2. Abordagem de pessoa(s) em motocicleta 1. ABORDAGEM DE PESSOA(S) EM AUTOMÓVEL - 04) AÇÕES CORRETIVAS ▪ Se a(s) pessoa(s) demorar(em) a responder ou a acatar as determinações mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de se tratar de pessoa(s) com algum tipo de deficiência (auditiva, visual, intelectual ou ainda, não compreender o idioma português). ▪ Se ao abordar veículo com adesivo indicando que o motorista é portador de deficiência auditiva, este não obedecer à ordem de parada (farol e sirene), os policiais militares deverão emparelhar a viatura com o veículo, com atenção redobrada (segurança e fluxo de trânsito) e através de gestos, indicar para que o condutor estacione o veículo. ▪ Se o veículo tiver película nos vidros (ex.: insulfilme), os policiais militares deverão redobrar a atenção e utilizar as técnicas de tomada de ângulo (fatiamento), quando forem se aproximar do veículo para verificar a existência ou não de pessoas no seu interior. ▪ Se durante a visualização interna do veículo, o policial militar for surpreendido pela presença de outra(s) pessoa(s), deverá retornar à Área de Segurança e iniciar a conversação desde o início para retirá-la(s) do veículo. ▪ Se não houver o cumprimento das determinações emitidas pelo policial militar (ex: os abordados não saírem do veículo) utilizar o escalonamento do uso da força, solicitando apoio; havendo disponibilidade doescudo balístico, utilizá-lo para a aproximação. ▪ Caso o policial militar não identifique uma Área de Segurança, deverá criar uma, com base no conceito de Área de Segurança. ▪ Na ação corretiva, ao parar a viatura a menos de 5 metros o policial deve aumentar a atenção durante a abordagem, lembrando de se abrigar, caso necessário, nos anteparos da própria viatura policial-militar, principalmente colunas, bloco do motor e caixas de rodas ou abrigos e coberturas disponíveis no ambiente. ▪ Se algum policial atravessar inadvertidamente a linha de tiro, o policial militar que tem sua arma apontada deverá adotar a posição “Sul ” ,alertando-o, dizendo: “Mesma Linha”. ▪ Se a(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem apresentar(em) nervosismo (inconformismo) com o procedimento, o policial militar deverá acalmá-la(s) com o seguinte escalonamento de atitudes: ▪ Reduzir a tonalidade de voz para minimizar os ânimos; ▪ Solicitar calma ao(s) abordado(s); ▪ Manter equilíbrio independente da alteração da(s) pessoa(s) abordada(s); ▪ Informar quais foram as atitudes que levaram à abordagem e que todas as dúvidas serão esclarecidas ao final do procedimento. ▪ Se o ânimo do(s) abordado(s) estiver alterado, tentar acalmá-lo(s) para que a situação se normalize rapidamente, não revidando possíveis agressões verbais. ▪ Se a(s) pessoa(s) abordada(s) reagir(em) de forma agressiva (sem o emprego de arma de fogo e/ou branca) e houver necessidade da utilização de força física, o policial militar deverá adotar as técnicas existentes sobre o uso de equipamentos de baixa letalidade (gás pimenta, bastão tonfa, arma de incapacitação neuromuscular) com o objetivo de imobilizá-lo, bem como técnicas de defesa pessoal. ▪ Se alguma pessoa abordada afirmar ser autoridade pública (Militar, Policial, membro da Magistratura ou do Ministério Público, Diplomata, Parlamentar, Integrantes do SIPOM, Integrantes de Corregedorias em serviço etc.), deve ser identificado imediatamente, adotando-se, a seguir, os procedimentos previstos nos POP do Processo de Ocorrência envolvendo Autoridade(s) (nº 3.02.00). ▪ Se o local não for adequado para a abordagem, adiar o início da ação (desde que possível), procedendo-se ao acompanhamento do veículo até que seja possível agir com segurança. ▪ Se no decorrer da abordagem algum policial constatar fato que modifique a percepção inicial das características da ocorrência, deverá alertar seu(s) companheiro(s) para a necessidade de adaptar os procedimentos (posição da arma “Sul” ou “3º olho” e tratamento do(s) envolvido(s), adotando postura mais rígida ou mais branda, conforme o caso exigir. ▪ Se o local for de alto risco, o policial militar poderá utilizar-se da posição 3º olho, independente do tipo da ocorrência. ▪ Se o número de pessoas a serem submetidas à abordagem policial sob fundada suspeita for igual ou superior em relação aos policiais militares, solicitar apoio e esperar a chegada para o início da ação; se, por razões de segurança, não houver condições de aguardar a chegada do apoio, neste caso, adotar a força máxima, posicionando seus armamentos na posição 3º Olho. ▪ Caso haja fuga de algum dos abordados, determinar que o(s) indivíduo(s) que permaneceu(ram) no local se ajoelhe(m), para que se proceda à busca pessoal, utilizando-se a sequência de ação voltada para as pessoas infratoras da lei. Em nenhuma hipótese, os policiais militares poderão se separar. Após, informar ao COPOM/CAD o ocorrido, fornecendo os dados necessários para a busca do(s) indivíduo(s) que empreendeu(ram) fuga. ▪ Se durante a abordagem a veículos de transporte de valores seus ocupantes recusarem-se a descer, o Cmt Força Patrulha deverá reforçar a segurança e isolar o local, impedindo que civis transitem na área de atuação, além de adotar as ações de gerenciamento de crise. ▪ Se a distância adotada no momento da abordagem dificultar a comunicação dos policiais para com os abordados, devem-se buscar outras posições de cobertura e abrigo no ambiente que permitam o entendimento. - 05) POSSIBILIDADES DE ERRO ▪ O policial militar deixar de realizar a busca em pessoa ou veículo, quando existirem indicativos para tal. ▪ O policial militar escolher local impróprio para a abordagem, colocando pessoas em risco desnecessariamente. ▪ O policial militar não sinalizar corretamente a parada do veículo a ser abordado. ▪ O policial militar posicionar incorretamente a viatura atrás do veículo a ser abordado. ▪ O policial militar deixar de observar as regras de segurança na sua ação e adentrar na Área de Perigo (aproximar-se do veículo antes da retirada das pessoas ou permanecer na linha de tiro, por exemplo). ▪ O policial militar utilizar escalonamento do uso da força desproporcional à situação. ▪ Os policiais militares agirem descoordenadamente, sem a observância do padrão ou com mais de um policial determinando à mesma pessoa o que deve fazer, causando confusão e embaraço. ▪ O policial militar, nos diálogos, agredir verbalmente as pessoas, praticar discriminação atentatória aos direitos e liberdades fundamentais, em especial à condição social, de raça, cor, crença religiosa, convicção filosófica, convicção política ou outra qualquer de caráter pessoal. ▪ O policial militar realizar procedimentos com o dedo no gatilho da arma, exceto no momento em que necessite repelir injusta agressão proporcional. ▪ O policial militar sacar a arma e apontá-la desnecessariamente para as pessoas. ▪ Ao perceber tratar-se de pessoa(s) idônea(s), deixar o policial militar de amenizar o rigor das ações, conforme o previsto no procedimento. ▪ O policial militar retirar do veículo a pessoa com deficiência que não tenha possibilidade de se levantar sozinho do veículo. ▪ O policial militar deixar de agradecer a colaboração pela abordagem, bem como deixar de esclarecer algum questionamento da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem ao final da ação. - 06) ESCLARECIMENTOS ▪ Abordagem sob fiscalização de polícia: Abordagem realizada para fiscalização administrativa, fundamentada no poder de polícia, a que alude o artigo 78 do Código Tributário Nacional. ▪ Abordagem sob fundada suspeita: Abordagem que antecede o procedimento de busca pessoal, realizada toda vez que houver uma fundada suspeita (artigo 240 - §2º do CPP) de que alguém oculte consigo arma proibida e munição; coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; instrumentos de falsificação ou contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; objetos necessários à prova de infração ou a defesa de réu; cartas, abertas ou não, destinadas a acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento de seu conteúdo possa ser útil a elucidação do fato. ▪ Abordagem de infrator da lei: Abordagem realizada quando houver a certeza de que o indivíduo cometeu um crime ou contravenção penal. ▪ Infrator da lei: Pessoa sobre a qual se tem a certeza ou forte suspeita de que tenha cometido qualquer crime e/ou contravenção penal, ou seja procurada pela Justiça, ou ainda que seja encontrada no local de crime ou próximo dele com objetos ou vestígios que indiquem que tenha cometido uma ação delituosa. ▪ Busca pessoal: procedimento que consiste na revista de um indivíduo, quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou de objetos ou de papéis que constituam corpo de delito. ▪ Escalonamento do uso da força: Emprego do mínimo de força possível para o máximo possível, utilizando-se proporcionalmente dos meios disponíveis de acordo com o fato ou situação. ▪ Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e posicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de modo a possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional. A Área de Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, segura e própria para a verbalização, até queo criminoso se entregue. ▪ Uso de algemas O emprego de algemas far-se--á mediante a constatação de uma das situações previstas na Súmula Vinculante nº 11 do STF, ou do Decreto Estadual nº 19.903, de 30OUT50. ▪ Poder de Polícia: conforme artigo 78, do Código Tributário Nacional, é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. O poder de polícia tem atributos específicos e peculiares ao seu exercício, e tais são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. ▪ Posição sul da arma: arma empunhada pela mão forte, na altura do peito, posicionada com o cano perpendicularmente voltado para o solo, dedo fora do gatilho, cotovelo flexionado e projetado para cima, mão fraca estendida com a palma da mão voltada para o peito, podendo estar sob a arma (posição descoberta) ou sobre a arma (posição coberta), cotovelo flexionado próximo à linha da cintura. ▪ Posição 3º olho: arma empunhada com as duas mãos (dupla empunhadura), mão forte empurra a arma e a mão fraca puxa a arma, dedo fora do gatilho, erguida na altura dos olhos, abertos, braços semiestendidos, posição do corpo frontal ou lateral, em pé, ajoelhado, agachado ou deitado. A posição 3º olho também pode ser empregada com os cotovelos flexionados, quando o ambiente assim necessitar, o cano da arma sempre será direcionado para o local onde se vistoria, a direção do cano acompanha o olhar. ▪ Linha de tiro: É o estabelecimento de uma linha imaginária que parte da alça de mira até a massa de mira com a finalidade, a princípio de se atingir-se um alvo. É o ponto que, sob hipótese nenhuma, o policial que realiza a revista deverá cruzar para não ser atingido no caso de uma reação de quem está sendo submetido a este procedimento. ▪ Técnica de tomada de ângulo ou Fatiamento: Técnica utilizada para aproximação de um local onde haja perigo, de modo a permitir que o Policial Militar, esteja sempre abrigado ou coberto, a fim de evitar sua fácil visualização por parte dos agressores ou infratores da lei”, conforme previsto no M-19-PM “O VERDADEIRO HERÓI É AQUELE QUE FAZ O QUE PODE. OS OUTROS NÃO O FAZEM”. ROMAIN ROLLAND POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS PROCESSO 1.02.00 ABORDAGEM POLICIAL COM VIATURA 4 RODAS PROFESSOR EDUARDO GALANTE AULA III NÃO VÁ PARA A PROVA SEM SABER: DICAS TOPS! PROCESSO 1.02.00 - ABORDAGEM POLICIAL DE PESSOA(S) EM MOTOCICLETA ETAPAS - 1. Abordagem de pessoa(s) em automóvel. - 2. Abordagem de pessoa(s) em motocicleta 2. ABORDAGEM POLICIAL DE PESSOA(S) EM MOTOCICLETA - 01) ATIVIDADES CRÍTICAS ▪ Definição correta das características da ocorrência, possibilitando a adoção do escalonamento do uso da força proporcional ao grau de periculosidade real que a situação impõe. ▪ Observância das condições de segurança do local, em relação aos policiais militares de serviço, à(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s) e ao público presente. ▪ Realização da verbalização para a retirada da(s) pessoa(s) em cima da motocicleta e sua condução para o local da busca pessoal. ▪ Posicionamento do(s) abordado(s) para a busca pessoal atentando para a Área de Segurança e Área de Perigo. ▪ Aproximação da guarnição com relação à(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem. ▪ Atenção a fatos novos que possam modificar a avaliação inicial da situação. - 02) SEQUÊNCIA DE AÇÕES INÍCIO DA ABORDAGEM: ▪ Verificar as condições gerais do local onde a abordagem será realizada, a fim de identificar a possibilidade de riscos à guarnição e a outras pessoas, evitando locais de grande circulação de veículos e de pessoas ou com muitas alternativas de fuga; ▪ Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam dando cobertura ao veículo que será submetido à abordagem policial; ▪ Cientificar o COPOM/CAD, fornecendo os dados da placa da motocicleta e do local que se encontra. ▪ Após o retorno da informação, determinar ao motorista que pare a motocicleta, por meio de toque de sirene e sinal de farol; ▪ Determinar a parada do veículo, por meio de toque de sirene e sinal de farol; ▪ O motorista deverá estacionar a viatura logo atrás da motocicleta a ser vistoriada, a uma distância de no mínimo 5m (metros), aproximadamente, de modo que o farol dianteiro direito da viatura fique alinhado com a lanterna traseira da motocicleta (na direção da placa). - 03) RESULTADOS ESPERADOS ▪ Que as ações dos policiais sejam em todos os momentos pautadas pela lei, pelas normas e pela ética policial-militar. ▪ Que todas as pessoas infratoras da lei envolvidas na ocorrência sejam capturadas e presas pelos policiais militares. ▪ Que todas as armas, objetos e materiais que possuam vínculo probatório com ações ilícitas relacionadas à ocorrência sejam apreendidos; ▪ Que a cada momento os policiais estejam atuando em condição de máxima segurança com relação a uma possível agressão por parte dos abordados ou de terceiros, não adentrando na Área de Perigo. ▪ Que a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) abordada(s) seja reduzida ao mínimo possível. ▪ Que a ação policial resulte em atitude favorável à PMESP por parte das pessoas não infratoras da lei envolvidas na ocorrência. ▪ Que sejam utilizados os meios moderados para a ação policial. - 04) AÇÕES CORRETIVAS ▪ Se a(s) pessoa(s) demorar(em) a responder ou acatar as determinações, mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de se tratar de pessoa(s) com algum tipo de deficiência (auditiva, visual, intelectual, etc.) ou, ainda, não compreender o idioma português. ▪ Se o local não for adequado para a abordagem, adiar o início da ação (desde que possível), procedendo-se ao acompanhamento da motocicleta até que seja possível agir com segurança. ▪ Se não houver o cumprimento das determinações emitidas pelo policial militar (ex: descer da motocicleta, etc) utilizar o escalonamento do uso da força, solicitando apoio; havendo disponibilidade do escudo balístico, utilizá-lo para a aproximação. ▪ Se algum policial atravessar inadvertidamente a linha de tiro, o policial militar que tem sua arma apontada deverá adotar a posição “Sul”, alertando-o, dizendo: Mesma Linha”. ▪ Se a(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem apresentar(em) nervosismo (inconformismo) com o procedimento, o policial militar deverá acalmá-la(s) com o seguinte escalonamento de atitudes: ❖ reduzir a tonalidade de voz para minimizar os ânimos; ❖ solicitar calma ao(s) abordado(s); ❖manter equilíbrio independente da alteração da(s) pessoa(s) abordada(s); ❖ informar quais foram às atitudes que levaram à abordagem e que todas as dúvidas serão esclarecidas ao final do procedimento. ❖ Se durante a abordagem observar que o(s) outro(s) policial(is) militar(es) não perceber(am) que se trata(m) de pessoa(s) idônea(s), deverá tomar a frente da ação e alertar os demais; ❖ Se o ânimo do(s) abordado(s) estiver alterado, tentar acalmá-lo(s) para que a situação se normalize rapidamente, não revidando possíveis agressões verbais. ❖ Se a(s) pessoa(s) abordada(s) reagir(em) de forma agressiva (sem o emprego de arma de fogo e/ou branca) e houver necessidade da utilização de força física, o policial militar deverá adotar as técnicas existentes sobre o uso de equipamentos de baixa letalidade (gás pimenta, bastão tonfa, arma de incapacitação neuromuscular) com o objetivo de imobilizá-lo, bem como técnicas de defesa pessoal. ❖ Se no decorrer da abordagem algum policial constatar fato que modifique a percepção inicial das características da ocorrência, deverá alertar seu(s) companheiro(s) para a necessidade de adaptar os procedimentos (arma na posição “Sul” ou “3º olho” e tratamento dos envolvidos), adotando postura mais rígida ou mais branda, conforme o caso exigir. ❖ Se o local for de alto risco, o policial militar poderá utilizar-se da posição 3º olho, independente do tipo da ocorrência. ❖ Caso o policial militar nãoidentifique uma Área de Segurança, deverá criar uma, com base no conceito de Área de Segurança. ❖ Se a pessoa(s) abordada(s) estiver(em) sob influência de álcool ou drogas e não compreender(em) a ordem emanada, o policial militar deverá repetir as determinações, adotando o escalonamento no uso da força. ❖ Se alguma pessoa abordada afirmar ser autoridade pública (Militar, Policial, membro da Magistratura ou do Ministério Público, Diplomata, Parlamentar, Integrantes do SIPOM, Integrantes de Corregedorias em serviço etc.), deve ser identificada imediatamente, adotando-se, a seguir, os procedimentos previstos no Processo Específico (Ocorrência envolvendo Autoridade). ❖ Caso haja fuga de algum dos abordados, determinar que o indivíduo que permaneceu no local se ajoelhe, para que se proceda à busca pessoal, utilizando-se a sequência de ação voltada para as pessoas infratoras da lei. Em nenhuma hipótese, os policiais militares poderão se separar. Após, informar ao COPOM/CAD o ocorrido, fornecendo os dados necessários para a busca do indivíduo que empreendeu fuga. - 05) POSSIBILIDADES DE ERRO ▪ O policial militar escolher local impróprio para a abordagem, colocando pessoas em risco desnecessariamente. ▪ O policial militar não sinalizar corretamente para a parada da motocicleta a ser abordada. ▪ O policial militar utilizar escalonamento do uso da força desproporcional à situação, para mais ou para menos. ▪ Os policiais militares agirem descoordenadamente, sem a observância do padrão ou com mais de um policial determinando à mesma pessoa o que deve fazer, causando confusão e embaraço. ▪ O policial militar adentrar na Área de Perigo. ▪ O policial militar, nos diálogos, agredir verbalmente as pessoas, praticar discriminação atentatória aos direitos e liberdades fundamentais, em especial à condição social, de raça, cor, crença religiosa, convicção filosófica, convicção política ou outra qualquer de caráter pessoal. ▪ O policial militar realizar procedimentos com o dedo no gatilho da arma, exceto no momento em que necessite revidar injusta agressão proporcional. ▪ O policial militar sacar a arma e apontá-la desnecessariamente para as pessoas. ▪ Ao perceber tratar-se de pessoa(s) idônea(s), deixar o policial militar de amenizar o rigor das ações, conforme o previsto no procedimento. - 06) ESCLARECIMENTOS ▪ Abordagem sob fiscalização de polícia: Abordagem realizada para fiscalização administrativa, fundamentada no poder de polícia, a que alude o artigo 78 do Código Tributário Nacional. ▪ Abordagem sob fundada suspeita: Abordagem que antecede o procedimento de busca pessoal, realizada toda vez que houver uma fundada suspeita (artigo - 240 §2º do CPP) de que alguém oculte consigo arma proibida e munição; coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; instrumentos de falsificação ou contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; objetos necessários à prova de infração ou a defesa de réu; cartas, abertas ou não, destinadas a acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento de seu conteúdo possa ser útil a elucidação do fato. ▪ Abordagem de infrator da lei: Abordagem realizada quando houver a certeza de que o indivíduo cometeu um crime ou contravenção penal. ▪ Infrator da lei: Pessoa sobre a qual se tem a certeza ou forte suspeita de que tenha cometido qualquer crime e/ou contravenção penal, ou seja procurada pela Justiça, ou ainda que seja encontrada no local de crime ou próximo dele com objetos ou vestígios que indiquem que tenha cometido uma ação delituosa. ▪ Busca pessoal: procedimento que consiste na revista de um indivíduo, quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida, objetos ou papéis que constituam corpo de delito. ▪ Escalonamento do uso da força: Emprego do mínimo de força possível para o máximo possível, utilizando-se proporcionalmente dos meios disponíveis de acordo com o fato ou situação. ▪ Semi-desembarcado: É a posição que o policial militar adota no início da abordagem, utilizando-se da viatura como cobertura inicial, podendo estar na posição sentado, em pé ou abaixado atrás da porta da viatura, de acordo com a situação tática exigida. ▪ Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e posicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de modo a possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional. ▪ A Área de Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, segura e própria para a verbalização, até que o criminoso se entregue. “O VERDADEIRO HERÓI É AQUELE QUE FAZ O QUE PODE. OS OUTROS NÃO O FAZEM”. ROMAIN ROLLAND
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