11/03/2011 11h03 – Atualizado em 11/03/2011 11h03
Nayara Rodrigues também foi mantida refém por ele em outubro de 2008
R7
Nayara Rodrigues, amiga da adolescente assassinada Eloá Pimentel, pediu que o acusado do crime, Lindemberg Alves, deixasse a sala no Fórum de Santo André, no ABC paulista, onde ela presta depoimento na manhã desta sexta-feira (11). A estudante também foi mantida refém por ele, em outubro de 2008.
Nesta sexta, a Justiça paulista refaz a audiência de instrução por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ao final da sessão, o juiz deve decidir se arquiva o caso ou manda o réu a júri popular. Nayara é a primeira de cinco testemunhas de acusação que devem ser ouvidas. A audiência começou por volta de 10h10
Lindemberg chegou ao local por volta das 9h40, segundo informações do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Ele está preso há dois anos na Penitenciária de Tremembé, a 147 km de São Paulo. O juiz também deve interrogá-lo durante a audiência.
A defesa do acusado sustenta a tese de que o tiro que matou a jovem partiu de um policial e pediu para ter direito de contestar as provas posteriormente juntadas aos autos, bem como apresentar novas testemunhas.
Crime
Eloá, na época com 15 anos, foi assassinada em outubro de 2008, no bairro de Jardim Santo André, em Santo André, após ter sido mantida refém por Lindemberg por quase cem horas. Ela foi morta com dois tiros. Nayara Rodrigues da Silva, que juntamente com outros dois colegas também foi feita refém, ficou ferida.
Integrantes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) da Polícia Militar alegam que invadiram o apartamento após terem ouvido um tiro. Eloá teve morte cerebral confirmada dois dias depois do crime. Nayara levou um tiro no rosto e se recuperou completamente.
