As melhores capas de discos nacionais de todos os tempos!

Um passeio pelas belas artes que eternizaram grandes (ou não) discos brasileiros.

Papo Torto
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em 29 de mar. de 2017
1

Milton Nascimento e Lô Borges - Clube da Esquina (1972)

Esta bela capa, escolhida pelo próprio Milton Nascimento, dos dois meninos Cacau e Tonho - Que parece ser uma alusão aos artistas do disco, Milton Nascimento e Lô Borges - trás uma atmosfera que permeia o clássico disco. Dois meninos, fazendo música com uma sonoridade inovadora, livre, cheia de esperança. Quando você verifica os comentários do site gringo da Amazon de quem comprou este disco, é normal ver comentários como: "Este disco salvou a minha vida".
É uma daquelas capas que dá vontade de emoldurar e ter em casa, olhando ela na parede e ouvindo este disco sensacional.

2

Secos & Molhados - Secos & Molhados (1973)

Essa sem dúvida é uma das grandes capas nacionais - E que também aparece, injustamente, em listas de "piores" capas. Imortalizada por Ney Matogrosso & cia na foto de Antônio Carlos Rodrigues, é interpretada por muitos como “o deleite gastronômico servido aos ouvintes”. Premiada e presente em exposições mundo afora, marca a nova fase da música brasileira, executada de maneira mais pesada e mesclada à diversos ritmos como o rock progressivo e psicodélico - fora a vibe Glam Rock de Matogrosso. Um clássico dos tempos da ditadura!!

3

Tom Zé – Todos os Olhos (1973)

Sem dúvidas a capa mais polêmica da história do nosso país e que gera conversa - e controvérsia - até hoje. É uma das capas mais premiadas também. O motivo?! A capa driblou a ditadura, porque mostra uma bola de gude no cu de uma prostituta. Fazendo a expressão "olho do cu" ganhar status de arte. Por um tempo, pensou-se que era uma boca, no entanto, o próprio fotógrafo Chico Andrade, em seu blog, decidiu contar de vez que realmente tratava-se de um cu e ainda conta a história da capa - Apesar de o próprio Tom Zé ter dito que se tratava de uma boca mesmo - Vale a pena passar em seu blog e conferir a história toda: https://chicoandrade.wordpress.com/2011/11/15/inedito-foto-original-da-capa-do-disco-de-tomze/

4

Cartola - Cartola (1976)

Clássico imortal do mestre da mangueira. Cartola teve seus altos e baixos. Cantou o amor e a dor como poucos. Infelizmente não teve tempo de ver o quanto este seu segundo disco entraria para a história do país. A capa, com a sua ilustre Dona Zica, transmite uma serenidade de quem viu muita coisa da vida passando por esta janela e felizmente, tudo isso virou música neste álbum obrigatório aos amantes de música.

5

Barão Vermelho – Maior Abandonado (1984)

Barão Vermelho sempre teve capas fodas, vide "Carne Crua" (1994), "Declare Guerra" (1986) e "Supermercados da Vida" (1992). Mas eu escolhi essa aqui pela vibe de rock band oitentista, a lá The Smiths (Mesmo com o colorido brasileiro) além de ela parecer um mash-up de "Purple Rain" do Prince, com "Ziggy Stardust" de David Bowie. Na foto, a banda foi clicada por Frederico Mendes, em frente ao Hotel Love's House, na Lapa, Rio de Janeiro.

6

Jorge Ben - A tábua de esmeralda (1974)

Alquimia pura! Surrealismo, psicodelia, samba-rock do mais puro, de um Jorge Ben inspiradíssimo. O disco começa com "Os Alquimistas estão chegando" e chegam te pegando pelos ouvidos e levando-o numa viagem sem volta. Tudo isso transmitido por essa bela capa criada pelo artista carioca Aldo Luiz, remetendo a mistérios da alquimia, menções aos deuses astronautas, Paracelso e a própria Tábua de Esmeralda. Clássica!

7

Bezerra da Silva – Eu não sou Santo (1990)

Bicho, o que falar dessa capa animal?! A capa mais periferia de todas, com certeza! O engraçado é que Bezerra da SIlva, após chegar ao Rio de Janeiro e passar fome como mendigo nas ruas da cidade e ser resgatado por um pai de santo da Umbanda, foi para a Igreja Evangélica. Passou a fazer música para não passar fome, e é lembrado como o embaixador do morro - apesar de ser desprezado pela crítica. Um verdadeiro marginal, malandro do Rio. A capa exala isso. Mais carioca e malandra impossível.
Em contradição a tudo isso, a família de Bezerra da Silva, resolveu processar a gravadora EMI, por conta da foto do álbum "Marcelo D2 canta Bezerra da Silva", que reproduz a imagem da capa. No entanto, o processo é por "uso indevido da imagem do cantor" que aparece na TATUAGEM DO BRAÇO ESQUERDO de D2, fã confesso de Bezerra da Silva. Absurdo né?! Pois é, a família do falecido sambista ganhou o processo.

8

Titãs - Cabeça Dinossauro (1986)

Considerado por muitos o disco mais punk da banda - após o disco "Televisão" não ter sido muito bem recebido pelo público e pela prisão de dois integrantes da banda - músicas como "Polícia", "Bichos Escrotos", "Igreja", "AA UU", são pedradas que ao vivo, no duplo "84-94" ganham vida e fazem imaginar a platéia gritando enlouquecidamente como na capa deste disco. A ilustração da capa, foi tirada de um livro de Leonardo da Vinci. E a banda achava que este disco seria um fracasso...

9

Karina Buhr - Selvática (2015)

Vamos dar uma atualizada na lista. Entre as novas caras da música brasileira, Karina Buhr surgiu em 2015 com essa capa matadora, com os seios a mostra e deu o que falar pela censura no facebook, o que gerou polêmica e uma onda de protestos nas redes sociais em apoio a cantora - e muito mimimi da turma do politicamente correto. No fim, é uma belíssima foto. Os seios a mostra nada mais é do que uma abordagem da expressão agressiva e intimidadora da capa e arte gráfica criada pelo designer Mozart Fernandes.

10

Nação Zumbi - Fome de Tudo (2007)

A capa do disco da banda Nação Zumbi, realizada por Valentina Trajano e Jorge du Peixe (vocalista da banda) representa a mudança de ritmo que a banda seguiria, deixando um pouco de lado os instrumentos regionais e incorporando estilos como o Funk e o Rap. A produção de Mario Cadalto Jr. (Beastie Boys) diz muito sobre o som. A capa ainda transmite a miscelânea de ritmos e enfoques que o disco trás. Com músicas que falam sobre cultura, o endeusamento de celebridades, o carnaval, o dia a dia das pessoas.

11

Sepultura - Roots (1996)

Nunca nome de disco, capa e sonoridade fizeram tanto sentido quanto em 1996 quando o Sepultura mudou o mundo do Metal com este álbum que remete as raízes da banda e se tornou uma banda aclamada no mundo todo. Com a foto de um índio xavante (tribo que participou da faixa “Itsari”) o disco se tornou um clássico com seu projeto gráfico de Michael R. Whelan, baseado na ilustração da nota de mil cruzeiros. Belíssima capa!!!

12

Selvagens à Procura da Lei – Praieiro (2016)

Ilustração belíssima essa da arte do terceiro disco da banda de Rock cearense Selvagens a Procura da lei. Banda independente que está ganhando nome e força na divulgação das redes sociais e o disco foi bancado por uma campanha no Catarse. Mostrando que vale demais o confere no som da banda. Ilustração por Amandine Levy.

13

Rashid – A Coragem da Luz

Depois de duas mixtapes bem recebidas pelo público, além de ser nome presente nos principais lançamentos pelo país, a espera pelo primeiro álbum de fato, do Mc Rashid era grande e trazia muita responsabilidade. O disco começa com a frase "Cê já teve um sonho?" e a foto da capa sintetiza o primeiro passo onde esse sonho começou a ser buscado. Não à toa, Rashid voltou ao local com o fotógrafo Eric Ruiz Garcia para fazer a imagem da capa do álbum. Lá foi onde o sonho começou e essa jornada é narrada ao longo de "A Coragem da Luz". Como é informado no próprio site do Mc. Uma bela foto em que o chão de terra amarela encontra os pés do Mc contrasta com o céu cinza no horizonte que podemos entender como a cinzenta e incerta carreira de Mc no Brasil, repleta de desafios e incertezas.

14

Jota Quest - Pancadélico (2015)

Por mais que eu não seja muito fã do pseudo-funk que a banda faz, algo mais para um pop meio descolado, sei lá. Não podemos negar que eles tem talento para capas dos seus discos. Anteriormente com "Oxigênio" (2000) eles já tinham apresentado uma capa bacana com um homem em chamas, num tom meio minimalista. Aqui, porra, Os Gêmeos assinam o trampo, impossível de ser ruim. Os caras da banda queriam algo "Old School psicodélico" e o grafitti dos caras retratou bem isso.

15

Tom Jobim – Wave

O peso do nome Tom Jobim, em qualquer lista que seja, tem um caráter gigantesco por sua importância história. Mas aqui, a capa aparentemente simples e tranquila, como é o tom do disco, gravado em Los Angeles enquanto esperava para gravar um dueto com Frank Sinatra, Jobim estava em apartamento alugado e as músicas foram surgindo conforme a saudade do Rio ia batendo. Daí então surgiu esse encontro entre a bossa-nova e o Jazz. Será que a girafa meio desengonçada e solitária na capa do disco remete a um Tom Jobim solitário nos EUA, pensando em como as coisas estariam acontecendo no Brasil?

16

Curumin – Arrocha (2012)

É difícil de acreditar que este disco tenha sido gravado num estúdio improvisado na casa de Luciano Nakata, o Curumim. A explosão de cores na capa do disco, remete ao caleidoscópio de sons e texturas que compõem este excelente disco. É como se o músico mergulhasse na amazônia e se fundisse com a natureza local. No entanto, a ausência da cor verde deixa claro o tom sintético do disco, e em faixas como "Afoxoque". Dub, Reggae, Axé, Brega, Rap, sintetizadores e batuques tribais completam a obra que resulta numa miscelânea irresistível.

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Created by Tal Garner
On Nov 18, 2021