Ricardo Nunes é o novo Celso Pitta, diz Boulos

Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo compara gestão atual com administração marcada por corrupção

Guilherme Boulos
O deputado Guilherme Boulos (foto) lidera corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo
Copyright Sérgio Lima/Poder360 - 28.mar.2023

O deputado federal Guilherme Boulos (Psol) comparou a gestão de seu adversário na corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), com a do ex-prefeito Celso Pitta (PP). Apadrinhado por Paulo Maluf (PP), Pitta administrou a capital paulista de 1997 a 2000. Sua gestão foi marcada por escândalos de corrupção. Ele não concorreu à reeleição.

Nunes é o novo Pitta, que representou abandono, completo caos de gestão e esquemas de corrupção para todo lado”, disse Boulos em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada no sábado (2.set.2023).

Na avaliação do deputado, o desempenho de Nunes nas pesquisas não surpreendeu.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada na 5ª feira (31.ago), Boulos tem 32% das intenções voto. Nunes está em 2º lugar, com 24%.

A gestão dele é tão trágica que, mesmo com as condições desiguais de disputa, estamos na frente”, completou.

Leia outros assuntos abordados na entrevista:

  • apoio – minimizou o posicionamento de petistas contra sua candidatura, apoiada pelo PT e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “O apoio à nossa candidatura foi aprovado por unanimidade no congresso de diretórios zonais”. Disse que tem conversado com o Avante, o PDT e o Solidariedade para a criação de “uma ampla frente progressista”;
  • Nunes e Bolsonaro – “Quando o Nunes abraça [o ex-presidente Jair] Bolsonaro (PL), ele pode trazer os partidos que forem, mas mostra a verdadeira face dele, que tenta se pintar como uma pessoa de centro, mas não é”;
  • construção de imagem – “Acho que ninguém mais cai nessa de ‘o Boulos invade a casa dos outros’. Francamente, ninguém em sã consciência acredita nisso, né?”;
  • CPI do MST – “Está acabando absolutamente desmoralizada. Como mais uma tentativa vã de criminalizar movimento social”;
  • uso da máquina – “Tem político que pensa que a população é besta. Essa história de deixar a cidade 3 anos abandonada e, no ano da eleição, meter obra para gerar um visual, isso não cola”;
  • parcerias público-privadas – “Não sou contra parcerias com a iniciativa privada que sejam boas para a cidade e para os cidadãos”;
  • privatização da Sabesp – reafirmou ser “contra a privatização da Sabesp porque pode trazer aumento da conta de água para a população”, mas disse que não cabe ao prefeito revisar o processo se não houver irregularidades. “Se eu chego lá e revogo algum contrato, e há vários deles com os quais não concordo, o Tribunal de Justiça revoga minha canetada”;
  • 2020 vs. 2024 – “A situação é totalmente diferente. Bolsonaro era presidente. Hoje o Lula é o presidente e me apoia. Em 2020, eu tinha 17 segundos de televisão. Desta vez, vou ter 3 minutos, com uma coligação de 7 ou 8 partidos”;
  • vice – “Não vou discutir vice agora, mas no começo do ano que vem”.

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