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Saúde ruim. Médicos nem olhavam para pacientes. "Senti vontade de peidar na cara dele"


Por Raimundo de Holanda

06/07/2015 0h00 — em
Bastidores da Política




A mexida do governador José  Melo na saúde, mudando o secretário e redefinindo algumas ações, ocorreu porque o governo descobriu que havia muito dinheiro escorrendo pelo ralo, médicos ganhando por dezenas de plantões que na prática não realizavam.  As mudanças não devem atingir pessoas que precisam dos serviços de saúde, mas vão  inibir de certa forma a fraude, a preguiça e  conter o  saque do dinheiro público.
 
Quem procurava  um hospital para atendimento de emergência ou para consulta saia mais  doente. Uma das razões -  e essa é a maior   queixa  -  é que o medico não olhava para o rosto do  paciente.  Há o caso de uma idosa que reclamou que nunca foi examinada e que o “doutor” a atendia de cabeça  baixa e nem olhava para ela. Mas receitava dimeticona  para combater suas dores abdominais.  Numa das consultas, perguntou. “ O  senhor não olha para mim”,  ao que o médico respondeu: “Prá que, a senhora tem gases... e pronto.” Revoltada, disse que teve vontade de peidar na cara do doutor.
 
Não era preciso tanto, mas dá para entender o quanto o serviço de saúde precisa melhorar,  ser humanizado. O paciente não precisa apenas de receita.  Precisa de atenção. É o que Melo diz que quer fazer e a torcida é que ele faça. Por que não apostar na boa intenção do governador ?
 
SABINO NO FIO DA NAVALHA
 
O ex- deputado Sabino Castelo Branco, declarado inelegível porque não  recolheu  multa de  cerca de R$ 400 mil junto à justiça eleitoral, anda procurando advogado da área para tentar reverter a decisão. Mas ainda não conseguiu fechar com nenhum. O  problema é que advogado vive dos honorários  contratados junto aos clientes e a fama do ex-deputado como bom pagador não é das melhores.
 
PREFEITO TOMA MEDIDA RADICAL

A atitude radical do prefeito de Rio Preto da Eva talvez tenha sido o start do efeito cascata da crise que ameaça todos os pequenos municípios do Amazonas. Já não há mais como esconder que a política centralizadora e populista dos governos Lula-Dilma levou os municípios pequenos à falência econômica. Hoje no Amazonas se conta nos dedos de uma única mão os municípios do interior q ue dispõem de alguma fonte de arrecadação própria. Os demais estão à míngua, enquanto o Estado corta mais gastos para sobreviver ‘no limite’.
 
MUITO A SER FEITO
 
A preparação de Manaus para as Olimpíadas de 2016 com a requalificação urbanística do Centro Histórico resulta da colheita plantada nos dois primeiros anos de administração Artur. Mas ainda há muito trabalho a ser feito. 
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.