12. Arquitectura Românica A arquitectura românica recebeu influências da Antiguidade pagã, do Oriente (nomeadamente da arte bizantina), dos povos bárbaros e da Irlanda; Divide-se principalmente em dois tipos: arquitectura civil e militar e arquitectura religiosa. No entanto, a arquitectura românica é basicamente religiosa: edificam-se igrejas, mosteiros e catedrais, cobertos com estruturas curvas de pedra, que substituem as antigas vigas de madeira. A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o tamanho, sempre grandes e sólidas. O portal é outro elemento característico do estilo românico. Trata-se de uma grande porta que dá acesso ao interior, dividida em duas partes por um pilar esculpido. As características mais significativas da arquitectura românica são: • abóbadas em substituição ao telhado das basílicas; • pilares maciços que sustentavam e das paredes espessas; • aberturas raras e estreitas usadas como janelas; • torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; • arcos que são formados por 180 graus.
13. Ermida de Nossa Senhora do Vale A ermida de Nossa Senhora do Vale, situada em Cête, concelho de Paredes, é um pequeno templo de provável construção quatrocentista, mas sofreu várias alterações ao longo dos séculos. Ermida de Nossa Senhora do Vale – Cête, Paredes
14. Ermida de Nossa Senhora do Vale Pequena ermida românica classificada como Imóvel de Interesse Público. É um exemplar de arquitectura religiosa românica, o interior é de planta longitudinal, nave única e capela-mor quadrangular, com tectos de madeira. A fachada principal é antecedida pelo alpendre, tem um portal de entrada de arco quebrado, com duas arquivoltas. Sobre o portal existe uma fresta, encimada superiormente por um pequeno campanário. A colocação do púlpito no exterior da capela deve-se à existência de romarias, nomeadamente a festa de “Nossa Senhora do Vale”, realizada no segundo domingo de Setembro. A afluência de fiéis obriga à celebração ao ar livre.
15. Arte Gótica O estilo Gótico desenvolveu-se, entre os finais do século XX e o século XV na Europa, principalmente em França, a norte de Paris, e a partir daí estendeu-se a toda a Europa. Surgiu num período de grandes transformações sociais e económicas e é identificado como a Arte das Catedrais. Este estilo arquitectónico é caracterizado pela forma ogival das abóbadas e dos arcos. A Arte Gótica reflecte o desenvolvimento das cidades e surge como resposta à austeridade do estilo românico.
16. Arquitectura Gótica A arquitectura foi a principal expressão da Arte Gótica e propagou-se por diversas regiões da Europa, principalmente com as construções de grandiosas igrejas. Apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além disso, eram ensinados ao povo as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras através dos vitrais pintados e decorados por meio da mágica luminosidade de cores. Características da arquitectura gótica: • Verticalismo dos edifícios; • Leveza no interior; • Janelas predominantes, com a introdução de vitrais, que permitiam a iluminação natural das naves; • Torres embelezadas por rosáceas; • Utilização do arco de volta quebrada; • Consolidação dos arcos feita por abóbadas de arcos cruzados ou de ogivas; • Nas torres (principalmente nas torres sineiras) os telhados são em forma de pirâmide.
17. Catedral de Bourges A Catedral de Saint-Étienne de Bourges,foi construída entre o século XIII o século XV. A sua construção foi iniciada em 1195 pelo arcebispo de Bourges, Henri de Sully, que pretendia substituir a antiga catedral românica por ser muito pequena. Foi registada em Dezembro de 1992 como Património Mundial pela UNESCO. Catedral de Bourges – França
18. Catedral de Bourges A Catedral de Saint-Étienne de Bourges contém cinco portas, a porta central e mais duas portas de cada lado. A porta central está protegida por uma série de arcos, em forma triangular, e é impressionantemente decorada com a cena do Juízo Final.A rosácea é preenchida por um vitral. O seu design exclusivo, o tímpano, as esculturas e vitrais são particularmente notáveis. A catedral é admirável pelas suas proporções e a unidade da sua concepção, vai além da sua beleza arquitectónica, e mostra a força do cristianismo na época medieval francês. No tímpano da porta há uma imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo vitorioso, triunfante, rodeado por outras figuras. Porta central da Catedral de Bourges A estrutura das portas laterais é a mesma da porta principal, apenas menos rica. Estas fazem um acompanhamento da porta central.
19. Catedral de Bourges A fachada oeste é a mais ampla de todos os edifícios góticos, com mais de 40 metros. Do ponto de vista arquitectónico, Bourges influenciou a criação de outras catedrais europeias. Uma das inovações técnicas realizada em Bourges foram os contrafortes, que são suportes encostados ao exterior do edifício, sendo, assim, invisíveis do interior, e que ajudam a alcançar altitudes vertiginosas. O gótico é forte e tende ao perene. A catedral é envolvida por vitrais que a iluminam de um colorido diferente da luz normal do dia. Os vitrais representam cenas sagradas e dão a impressão de entrar no céu. O interior da Catedral de Bourges
20. Catedral de Bourges A colunata interna da catedral de Bourges merece ser aclamada. Representa o caminho do céu, alt0, estreito, apertado e difícil, mas que conduz a uma grande solução, grandiosa e metódica. Isto é, a ideia que temos da nossa vida enquanto vivida à luz dos Mandamentos. Vitral da Catedral de Bourges
21. Escultura Gótica A escultura monumental gótica concentra-se no exterior das catedrais. As figuras alongam-se, a cabeça adquire movimento, e a expressão do rosto permite reconhecer a persongem representada. A postura é rígida e as vestes caem em sentido paralelo. O interior das igrejas é decorado com estátuas e retábulos, e com a talha dos assentos e das costas de coro. Os objectos religiosos e de ourivesaria são ricos, como os cálices, relicários, sacrários e cruzes, e embelezam também o interior das igrejas.
22. Tímpano com cena do Juízo Final Data: Século XIII Local: Catedral de Bourges Na época gótica, o tema do Juízo Final já não era representado como uma terrível ameaça para os fiéis. Cristo, em tronco nu, surge rodeado de figuras simbólicas e de anjos. Na faixa imediatamente inferior, o anjo com a balança separa os justos dos pecadores. Na cena do Inferno, as figuras já não aterrorizam: a sua expressão é quase serena, apesar de os demonios serem representados como monstros.
23. Pintura Gótica A pintura teve um papel importante na arte gótica pois pretendeu transmitir não apenas as cenas tradicionais que marcam a religião, mas a leveza e a pureza da religiosidade. Caracterizada pelo naturalismo e pelo simbolismo, utilizavam-se principamente cores claras. Apesar de continuar a existir uma pintura religiosa, a transformação da sociedade propicia a introdução de temas novos, os profanos, encomendados aos pintores pela nobreza e pela nova burguesia das cidades. Tem início o género do retrato, a pormenorização das paisagens e a descrição dos trabalhos do campo e das cidades.
24. Anunciação Autor: SimoneMartini (1284-1344) Data: 1333 Local: Galeria dos Uffizi, Florença Simone Martini difundiu por toda a Europa o estilo de Siena: pintura refinada e aristocrática, de cores lisas como as dos esmaltes, e com os contornos sinuosos e flexíveis das figuras. No painel da Anunciação, o tema central está enquadrado dentro de arcos ogivais sustentados por colunas. Maria recebe, numa atitude reticente, o anjo que, ajoelhado perante ela, lhe anuncia que foi eleita para ser Mãe de Cristo. Mais do que nos rostos idealizados, a expressão centra-se nos gestos. Os olhos amendoados das personagens são característicos da pintura de Martini. O fundo dourado, reminiscência bizantina, é tipicamente gótico.
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