Dalai Lama no Brasil: repúdio a todo tipo de preconceito

-
Por Bruno M.
Imagem de capa para Dalai Lama no Brasil: repúdio a todo tipo de preconceito
Dalai_Lama_2
“Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver. “
O 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, líder espiritual do Tibete e prêmio nobel da Paz, esteve no Brasil e mandou um recado aos jornalistas: “Vocês devem ter um nariz tão longo quanto a tromba de um elefante. Vocês precisam farejar tudo”.
Disse isso em relação aos casos de corrupção e ainda completou: Como nós sabemos, muitas vezes, o que a imprensa divulga são fatos negativos, as pessoas se interessam por isso.
Dalai Lama reforçou que as tradições religiosas têm na essência a mesma mensagem e que é preciso respeitar as diferenças. “Meu primeiro compromisso é buscar criar uma consciência sobre essa igualdade entre todos os seres humanos, que compartilham um só país, azul, que é nossa casa, que devemos cuidar.”
O tibetano repudiou o preconceito entre as religiões. “Há pessoas que não podem ouvir que um outro é muçulmano, por exemplo. Você precisa, antes, pegar o Corão (livro sagrado islâmico) e lê-lo, pode até compará-lo com a Bíblia para ver como eles trazem a mesma mensagem”, declarou.
Em palestra com empresários, Dalai Lama exaltou o Brasil e sugeriu um plano econômico holístico e sustentável.
Tenzin Gyatso é monge e doutor em filosofia budista. Ele luta pelos direitos dos tibetanos desde que partiu para o exílio na Índia em 1959, quando fracassou uma revolta contra o domínio chinês, exercido desde o início daquela década.
Trinta anos depois do início da luta, em 1989, o monge recebeu o Prêmio Nobel da Paz por suas tentativas de chegar a um acordo sobre o futuro do Tibete.
O Dalai Lama é um ser iluminado que adiou sua entrada no nirvana e escolheu renascer para servir à humanidade.
Atualmente, cerca de 140 mil tibetanos vivem no exílio, a maioria deles na Índia. O governo tibetano no exílio não é reconhecido formalmente por nenhum país.