Copa do Mundo comprova crescimento do futebol nos Estados Unidos e motiva jogadores

João de Andrade Neto
Enviado Especial

São Paulo - O futebol americano, o basquete e o beisebol ainda são as preferências nacionais. O hóquei no gelo também tem seus apaixonados. Mas já se foi o tempo em que o soccer era olhado com desdém pelos norte-americanos. Pelo menos é o que a Copa do Mundo no Brasil vem mostrando. Com o lema “uma nação, um time”, a seleção norte-americana vem atraíndo as atenções dos torcedores do país. Tanto nos estádios, quanto na audiência televisiva.

De acordo com números de uma empresa que mede o alcance televisivos de eventos esportivos nos Estados Unidos, a estreia da seleção contra Gana (vitória por 2 a 1) foi assistida por 15,9 milhões de pessoas no país, sendo a segunda com maior audiência na história, perdendo apenas para o duelo entre os ianques e a Inglaterra, na Copa de 2010, que teve um alcance de 17,1 milhões de pessoas.

Além disso, os Estados Unidos foi o país estrangeiro com maior número de ingressos comprados para o Mundial, de acordo com Fifa, com 198.208 bilhetes adquiridos. Segundo o Consulado do País em São Paulo, cerca de 90 mil norte-americanos desembarcaram no Brasil para assistir a Copa. Além disso, a média de público da última Major League Soccer foi de 18 mil pessoas por partida, superior a do último Campeonato Brasileiro, que foi de 14.995 mil pessoas. A atual é de 12.539.

Tanto apoio vem motivando ainda mais os jogadores norte-americanos, que enfrentam domingo Portugal, em Manaus e pode garantir a classificação às oitavas de final em caso de vitória.

“O crescimento do futebol no nosso país vem desde 1994, quando sediamos a Copa. Chegamos em 2014, quando o nosso time se tornou algo grande no país. As pessoas conhecem os jogadores, sabem o que está acontecendo. Como jogador, não poderia querer mais do que isso. Em Natal, antes do jogo conttra Gana, o estádio inteiro cantando o nosso hino. É algo que nós sempre sonhamos. Em Chicago, havia 10 mil pessoas em um parque torcendo por nós. Isso nos motiva. Queremos que todo mundo fique orgulhoso de nós”, afirmou o meia Bradley, nesta sexta-feira, em coletiva de imprensa antes do treinamento realizado no centro de treinamento do São Paulo.