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Como está a epidemia de sífilis no Brasil?

Nos últimos anos, o Brasil enfrenta uma epidemia de sífilis, doença bacteriana que pode ser tratada e prevenida. Dados completos de 2022 não foram divulgados

24 fev 2023 - 12h10
(atualizado às 16h28)
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Nos últimos anos, o Brasil enfrentou (ou ainda enfrenta) uma epidemia de sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum. Os dados oficiais sobre a infecção sexualmente transmissível (IST) vão até junho de 2022, o que deixa médicos e especialistas no escuro sobre o avanço da doença.

Em 2021, foram diagnosticados mais de 167 mil novos casos de sífilis adquirida, 74 mil casos em gestantes e 27 mil ocorrências de sífilis congênita (quando a mãe transmite a doença para o filho, de forma acidental), segundo o Ministério da Saúde. Até onde se sabe, este foi o pior ano da doença no Brasil.

Nos dados parciais de 2022, são contabilizados 79,5 mil casos de sífilis adquirida, 31 mil de sífilis em gestantes e 12 mil ocorrências de sífilis congênita, totalizando mais de 122 mil novos casos da doença. Embora os números ainda sejam altos, já é possível vislumbrar uma queda na intensidade da epidemia.

Foto: CDC / Canaltech

Primeiros sintomas da sífilis e exames

A primeira manifestação da sífilis costuma ser uma ferida no pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus ou boca. Segundo a Saúde, ". essa ferida não causa dor, coceira, ardência ou pus e pode estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha". O problema é que, mesmo se não for tratada, vai desaparecer sozinha e a pessoa continuará infectada.

Isso prova que, diferente do senso comum, as ISTs nem sempre são facilmente identificadas, especialmente na hora H, o que reforça a necessidade dos preservativos. No pós-carnaval, é importante se atentar para possíveis sintomas e sinais da doença, e buscar ajuda quando necessário.

Para além da época de festejos, quem tem vida sexual ativa deve se testar regularmente para doenças que podem ser transmitidas através do sexo, incluindo a sífilis. A janela imunológica (tempo que leva para um exame dar positivo) pode variar de duas semanas a dois meses, dependendo do estágio. Por isso, às vezes, é necessário repetir a análise.

Onde fazer o teste para sífilis?

Para a testagem da sífilis, as Unidades Básicas de Saúde (UBS), do Sistema Único de Saúde (SUS), contam com testes rápidos, que ficam prontos em 30 minutos — antes de ir até o local, vale checar a disponibilidade do exame pelo telefone do estabelecimento.

Caso o teste dê positivo, o tratamento já é iniciado imediatamente, após consulta com o médico. Como a doença é causada por uma bactéria, o paciente é medicado com antibióticos, como a penicilina. É sempre necessário realizar o tratamento completo.

Aqui, vale destacar que, embora a fase primária da sífilis seja "facilmente tratável", a doença continua a evoluir e se espalhar pelo corpo. Quando chega na fase terciária, o indivíduo pode desenvolver graves consequências neurológicas e cardíacas, onde há até risco de óbito.

Fonte: Ministério da Saúde (1) e (2)

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