PUBLICIDADE

Sheron Menezzes sai da zona de conforto em 'Além do Horizonte'

14 nov 2013 - 08h51
(atualizado às 08h54)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Sheron está no ar como a contagiante Keila, de <em>Além do Horizonte</em></p>
Sheron está no ar como a contagiante Keila, de Além do Horizonte
Foto: Jorge Rodrigues Jorge / Carta Z Notícias

Fugir da padronização de personagens imposta pela tevê é uma meta para Sheron Menezzes. No ar como a contagiante Keila, de Além do Horizonte, a atriz admite que, apesar de sempre buscar outras possibilidades em novelas, enfileirou tipos bem parecidos. E, consequentemente, acabou repetindo referências e inspirações em alguns trabalhos ao longo da carreira. "Trabalhar em novelas é testar sua capacidade de se reinventar a partir de situações muito parecidas. São anos fazendo a mesma coisa. E, infelizmente, em alguns momentos, o ator se repete. É preciso ter oportunidade de sair do óbvio", analisa. Em seus dois últimos trabalhos, Sheron viu a chance de sair do lugar-comum das mocinhas sensuais ou heroínas decididas, perfis encarnados em tramas como Duas Caras, de 2007, e Aquele Beijo, de 2011, ao trabalhar com escritores estreantes no posto de autores-titulares. "Fazer novelas de nomes já consagrados é uma delícia. Pois você identifica a assinatura de quem está por trás dos personagens. No entanto, autores novos agregam frescor e boas doses de ousadia à trama", compara.

Na tevê desde 2002, a primeira experiência da atriz gaúcha com novelistas "novatos" foi em Lado a Lado, bela e injustiçada novela das seis, escrita por João Ximenes Braga e Claudia Lage e exibida no ano passado. Na pele da espevitada Berenice, Sheron optou por uma atuação que beirava a vilania. Apostando nas atitudes pouco ortodoxas da personagem e na ironia imposta pelo texto, ela conseguiu sair de sua zona de conforto. "Eram cenas muito difíceis em uma novela de época recheada de cuidados. Mas o resultado não poderia ter sido mais gratificante", garante.

A atriz degusta da mesma ansiedade diante do "novo" em Além do Horizonte. "Não me lembro de ter visto uma trama tão diferente no horário", valoriza. Escrita por Marcos Bernstein e Carlos Gregório, a novela abusa de cenas de aventura e suspense e tem no núcleo de Tapiré – localidade fictícia ambientada em algum lugar do interior do Amazonas – um ponto importante. É na região que a personagem de Sheron, Keila, mora com o marido, o grande vilão da história, Kléber, interpretado por Marcello Novaes. "O local guarda os grandes segredos da novela. Kléber comete várias atrocidades e Keila não sabe de nada. Aos poucos, ela vai se inteirando sobre o assunto. O que ninguém sabe é que o casal também tem seus mistérios", adianta.

<p>Na novela a atriz faz par com Marcello Novaes, que interpreta Kléber</p><p> </p>
Na novela a atriz faz par com Marcello Novaes, que interpreta Kléber
Foto: Jorge Rodrigues Jorge / Carta Z Notícias

Para Sheron, o grande diferencial da dupla é que, apesar do marido mandar e desmandar em Tapiré, é Keila quem comanda a casa. "As cenas são divertidíssimas. Ele mete medo em todo mundo, mas fica bem quietinho quando está perto dela. Acaba que a personagem me dá a oportunidade de fazer humor, algo que sempre quis desenvolver na tevê", admite. Entre as inúmeras cenas de brigas, risadas e reconciliações, Sheron destaca que nunca passou por sua cabeça fazer comédia, apesar das insistências de sua mãe. "Ela sempre achou que eu poderia fazer algo mais engraçado. Não sei se isso é real, mas tomara que sim", conta. Os risos, inclusive, surgiram para a atriz de forma simultânea, dentro e fora do vídeo. Atualmente, ela concilia as gravações de Além do Horizonte com a peça Adão, Eva e Mais uns Caras, de Romeu di Sessa, que cumpre temporada em São Paulo. "A peça conta a história de um grupo de náufragos que encalha em uma ilha deserta. O 'timing' de humor ainda é uma dificuldade para mim. É bom que agora posso exercitar nos estúdios e nos palcos", destaca.

Vaidade de raiz

Os cabelos crespos são motivo de orgulho para Sheron Menezzes. Mas, a cada trabalho, sempre fica a apreensão de ter ou não de mudar seu estilo para uma nova personagem. "Meu corpo é meu instrumento de trabalho. Topo mudar por um bom papel, mas acho que meu cabelo também combina com qualquer tipo", explica. Para a atriz, sua beleza natural e brejeira foi importante, inclusive, para sua estreia na tevê, ocorrida em 2002, em Esperança, de Benedito Ruy Barbosa.

Ao longo da carreira de pouco mais de uma década, Sheron chegou a alisar as madeixas para Duas Caras. Mas, na maioria de seus trabalhos, exibiu variações de seu visual "black power" em produções como Belíssima, Caras & Bocas e Como Uma Onda. "É claro que dá muito trabalho cuidar do meu cabelo, mas é bacana mostrar que fios crespos são lindos e estilosos também", ressalta.

Fonte: TV Press
Compartilhar
Publicidade
Publicidade