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Sem "plano B" de 2010, Espanha tem poucas opções para mudar

16 jun 2014 - 08h58
(atualizado às 09h05)
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<p>Sempre saindo do banco para mudar o jogo para a Espanha, Jesús Navas ficou fora da Copa após não se recuperar de lesão</p>
Sempre saindo do banco para mudar o jogo para a Espanha, Jesús Navas ficou fora da Copa após não se recuperar de lesão
Foto: Getty Images

Xabi Alonso e Cesc Fabregas pediram que a Espanha mudasse seu estilo para encarar o Chile, na próxima quarta-feira, partida na qual os atuais campeões precisam vencer de qualquer forma – de preferência, por uma boa margem de gols. Há a necessidade de mais urgência no ataque e de combatividade no meio-campo, fatores que faltaram na goleada por 5 a 1 sofrida para a Holanda na estreia em Salvador. Mas o problema é que Vicente del Bosque tem poucas opções para alterar esse quadro.

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As lesões tiraram da Espanha o principal "plano B" usado pelo técnico nos últimos anos: Jesús Navas, ponta direita rápido e incisivo, que tem estilo bem diferente dos cadenciados meio-campistas espanhóis, e desde 2010 é usado para mudar o andamento das partidas no segundo tempo. Desta vez, ele não está no elenco, e Del Bosque tem apenas Pedro com essa característica de abrir o jogo pelas pontas.

Outro jogador que faz falta por lesão é Thiago Alcântara. O meio-campista foi formado no Barcelona e vem da mesma escola de toque de bola, mas sua juventude e dinamismo injetariam uma bem-vinda dose de energia no time da Espanha, principalmente na hora da marcação. Del Bosque ainda tem as opções de Koke ou Javi Martínez para rejuvenescer o setor, mas os veteranos Xavi e Xabi Alonso dificilmente perderão posição.

As opções que a Espanha perdeu
Quem Por que ficou fora O que faz Quem pode fazer
Jesús Navas Lesão no tornozelo Abre o jogo pela ponta e oferece penetração na defesa adversária Pedro
Fernando Llorente Opção técnica Segura a bola no pivô e serve como alvo para o jogo aéreo Ninguém. Em uma emergência, Piqué
Thiago Alcântara Lesão no joelho Aumenta a combatividade do meio sem perder qualidade técnica e toque de bola Koke

Já o centroavante Fernando Llorente, especialista no pivô e no jogo aéreo, ficou de fora por opção de Del Bosque, que resolveu levar Diego Costa, David Villa e Fernando Torres – todos jogadores que preferem receber lançamentos ao invés jogar de costas para o gol. Na Copa de 2010, Llorente foi importantíssimo nas oitavas de final contra Portugal, quando sua presença de área foi útil para abrir a fechada defesa rival.

A maioria dos reservas da Espanha, do meio-campo para frente, tem características similares às dos titulares. Cazorla e Mata, por exemplo, são armadores cadenciados, que quase sempre preferem o passe ao gol, no estilo de Xavi, Iniesta e David Silva. Fabregas é um pouco mais direto, entra mais na área e pode até jogar como centroavante, mas não há a variedade de estilos presente na conquista da última Copa do Mundo.

A presença de Koke no meio-campo ajudaria o time a se tornar mais combativo sem perder qualidade técnica, enquanto Pedro, no ataque, daria as infiltrações e as opções de passe que faltaram diante da Holanda, quando só Diego Costa se movimentou em direção ao gol rival. A crença geral, porém, é que Del Bosque fará mexidas bem mais conservadoras – uma delas, praticamente certa, é a troca de Azpilicueta por Juanfran na lateral direita. Sem as opções de quatro anos atrás, o treinador confia mais em uma mudança de mentalidade do que em uma troca de nomes.

Fonte: Terra
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