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"Pitbull" chileno deve ser duro com Neymar em duelo contra Brasil

25 jun 2014 - 19h47
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Se Neymar e seus colegas na seleção brasileira quiserem avançar para as quartas de final da Copa do Mundo, primeiro terão de passar por um cão-de-guarda que fica no coração da defesa chilena.

Jogador chileno Gary Medel (esquerda) briga pela bola com jogador da Holanda Jeremain Lens durante jogo na Arena Corinthians, em São Paulo. 23/6/2014
Jogador chileno Gary Medel (esquerda) briga pela bola com jogador da Holanda Jeremain Lens durante jogo na Arena Corinthians, em São Paulo. 23/6/2014
Foto: Kai Pfaffenbach / Reuters

Gary Medel é conhecido por seus compatriotas como "pitbull". Ele conquistou sua reputação com uma série de performances sem comprometer a defesa ou o meio-campo da seleção de seu país.

Medel tem sido possivelmente o melhor defensor do Chile na Copa até aqui e parece ter deixado para trás um histórico de problemas disciplinares, que lhe rendeu 13 cartões vermelhos nos primeiros anos de sua carreira.

Ele inviabilizou o jogo do atacante Diego Costa, da seleção espanhola, na vitória por 2 x 0 sobre os atuais campeões do mundo na primeira fase e será fundamental para as chances do Chile derrotar o Brasil no duelo pelas oitavas de final em Belo Horizonte.

O jogo é uma reedição do duelo entre os dois países na mesma fase na última Copa do Mundo, quando o Brasil esmagou o Chile por 3 x 0 e se classificou.

"Essa equipe é muito mais madura, especialmente eu", disse o jogador de 26 anos a jornalistas recentemente na concentração do Chile. "Eu já estou há mais de um ano sem receber um cartão vermelho."

Medel cresceu em um dos bairros mais violentos de Santiago e acredita que o futebol salvou sua vida. "Para o meu próprio bem, é um bom trabalho que eu tenha escolhido o futebol", disse ele certa vez. "Caso contrário, provavelmente eu estaria roubando ou traficando drogas."

Ele tornou-se famoso no Mundial sub-20 de 2007, quando o Chile ficou em terceiro lugar. No ano seguinte ele estreou na seleção principal nas eliminatórias para a Copa do Mundo, marcando os dois gols na vitória por 2 x 0 sobre a Bolívia.

Mas em 2009 sua vida virou do avesso quando ele se envolveu em um grave acidente de carro.

Lembrando o incidente mais tarde, Medel disse que enquanto estava nos destroços de seu carro não conseguia sentir suas pernas e temeu estar paraplégico.

Um mês depois uma adolescente caiu da varanda do apartamento de nono andar de Medel e morreu. Uma investigação o isentou de responsabilidade no episódio, mas o incidente deixou uma nuvem sobre o jogador.

Com sabedoria, ele se mudou para a Argentina, escrevendo um capítulo com seu nome na história do Boca Juniors, ao marcar os dois gols de uma vitória por 2 x 0 sobre o arquirrival River Plate.

Daí em diante ele se transferiu para o Sevilla e depois para o Cardiff City, na primeira divisão do Campeonato Inglês. O rebaixamento do Cardiff gerou especulações de que ele trocará de clube após o Mundial.

Como o próprio Medel admite, o pitbull chileno é um falastrão. Um vídeo mostra ele em uma guerra de palavras com Arjen Robben, da seleção da Holanda, durante a partida entre as duas equipes na primeira fase do Mundial, vencida pelos holandeses por 2 x 0.

Assim como vários outros jogadores da seleção chilena, Medel tem o corpo coberto por tatuagens, entre elas a de um pitbull no ombro esquerdo.

Uma das tatuagens, em seu pescoço, diz apenas "Destino". Medel e seus colegas de seleção esperam escrever o seu próprio contra o Brasil no sábado.

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