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Papa Francisco

Fiéis no Vaticano esperam um papa que governe de forma global

13 mar 2013 - 12h04
(atualizado às 12h40)
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<p>Padre brasileiro segura bandeira do País na Praça São Pedro, na Cidade do Vaticano</p>
Padre brasileiro segura bandeira do País na Praça São Pedro, na Cidade do Vaticano
Foto: AFP

As duas primeiras fumaças negras que apareceram na chaminé da Capela Sistina aumentaram a expectativa na Praça de São Pedro, que recebeu nesta quarta-feira milhares de fiéis e curiosos, que em um ambiente festivo esperam a fumaça branca, que indica que o mundo tem um novo papa.

Com seus guarda-chuvas, os presentes encheram a praça com cores e a esperança de conhecer quem será o novo pontífice. Apesar de existirem bandeiras de todo o mundo no local, o ambiente da praça é universal e a ideia geral é que o novo papa governe a Igreja de forma global, sem levar em conta sua nacionalidade.

"De onde proceda o papa, se for rico ou humilde, franciscano ou capuchino, africano ou europeu, só esperamos que seja um papa para toda a Igreja, que governe a Igreja de Pedro", afirmou o seminarista brasileiro Renaldo da Silva, da cidade de Abaetetuba, no Pará.

O seminarista está acompanhando de amigos e em um clima descontraído o grupo se cobre com bandeiras brasileiras para se proteger da chuva, que para ele é "sinônimo de bênção, a origem da vida".

<p>Sob guarda-chuvas, para se proteger da precipitação intermitente no Vaticano, devotos aguardam fumaça</p>
Sob guarda-chuvas, para se proteger da precipitação intermitente no Vaticano, devotos aguardam fumaça
Foto: AFP

Assim como no interior da Capela Sistina, os fiéis também discutem entres eles sobre a figura do próximo Bispo de Roma.

Três integrantes da ordem Missionárias Eucarísticas de Nazaré, a mexicana María Elena e as argentinas María de los Milagros e Laura María também têm a mesma opinião do paraense.

"O país de onde vier não é importante, o novo papa deve continuar a linha e o projeto pastoral de Bento XVI, e não só do ponto de vista de seu Ministério espiritual, mas também precisa continuar sua obra política e econômica no seio da Santa Sé", afirmou uma das freiras.

Laura María lembrou que a Igreja é dirigida por Cristo, que é comandado pelo papa, por isso, segundo suas palavras, "Bento XVI deixou um legado muito importante porque demonstrou que não se deve fixar unicamente na figura do papa, mas é preciso colocar Deus no centro".

De repente, às 11h40 locais (7h40 de Brasília) alguém grita e aponta o céu: da chaminé instalada na Capela Sistina sai uma espessa fumaça preta, que conta ao mundo que os cardeais ainda não tomaram uma decisão, algo que produz um grito de assombro conjunto entre os presentes.

Quando a chaminé deixou de fumegar, o debate prosseguiu na imponente praça. Um grupo de mulheres procedentes dos Estados Unidos, Argentina e Espanha residentes em Roma discutiam sobre o futuro da Igreja.

Quando o debate começa a girar em torno de um papa latino-americano, a argentina Alejandra Bingas defendeu a região: "Que país ou região está preparado para oferecer um pastor para a Igreja? Europa? O cardeal Jorge Bergoglio (argentino) seria um bom papa, a comunidade católica latino-americana é a mais numerosa do mundo".

Apesar dos especialistas no Vaticano afirmarem que a identidade do futuro papa é incerta, pois como diz o ditado "quem entra no conclave papa sai cardeal, existe uma suspeita geral que aponta para o arcebispo de Milão, o cardeal Angelo Scola.

"Eu acho que vencerá o Scola, mas espero que, seja quem for, trate-se de um papa forte, talvez menos filósofo que Ratzinger, que enfrente com determinação os desafios que a Igreja tem em um futuro próximo", opinou a espanhola Eloísa López de Silanes, que foi para a praça junto com duas amigas.

EFE   
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