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Na chegada dos 45 anos, Sheila Mello diz que se sente gata e está há seis meses solteira

Extra | 22/07/23 - 10h32
Sheila Melo | Verner Brenan / Divulgação

Há 25 anos, o Brasil conhecia a nova loira do É o Tchan, grupo musical que foi fenômeno nos anos 1990. Na ocasião, Sheila Mello foi a escolhida num concurso promovido pelo “Domingão do Faustão” para substituir Carla Perez, que a antecedeu. A partir daquele dia, sua vida se transformou. A dançarina, que morava na periferia de São Paulo, ficou conhecida no país inteiro, ganhou uma legião de fãs, assinou contratos publicitários e se tornou uma das musas do Brasil.

Sheila permaneceu na trupe por cinco anos, e muita gente até hoje se diverte dançando ao som dos hits que o grupo apresentava. Muito em breve, a bela, que completa 45 anos amanhã, volta aos palcos em turnê com os colegas da época. No Rio, o show acontece na Fundição Progresso, na Lapa, no dia 19 de agosto.

Outra novidade da carreira da artista é a imersão que prepara para o público, que será realizado entre 22 e 24 de setembro: "É buscar um corpo conectivo. Eu e mais um psicólogo vamos conduzir essa meditação no caminho de conexão com o corpo. Estou com muita expectativa, muito mais com a imersão do que com o show do É o Tchan (risos). "

Na entrevista abaixo, a loira recorda a época do auge, fala de vaidades, maternidade e da solteirice. Confira!

Como é voltar aos palcos com É o Tchan? Imaginava toda essa expectativa em relação à turnê do grupo? - "Essa turnê significa revisitar um lugar de honra e falar diretamente da minha história. Depois de 25 anos, as pessoas entendem que minha conexão com a dança não foi só uma fase. O É o Tchan me deu oportunidades que seria difícil eu ter. Foi um divisor de águas. Quando me chamaram para voltar aos palcos, aceitei na hora, independentemente do cachê. É um presente para o público e para mim".

Sente diferença em dançar no palco aos 45 anos? - "Meu estilo de vida me traz um bom condicionamento físico, com a musculatura necessária para eu performar. Sei que os 45 anos trazem alguma mudança. Mas cuido do meu corpo, invisto em fisioterapia, medicina ortomolecular e endocrinologista. Subo no palco preenchida com a minha história incrível, sem problemas com a idade. Eu tô muito bem. Me olho no espelho e me acho muito gata. Pra dançar e ser feliz, não tem idade".

A vitalidade é a mesma? - "Dá um cansaço maior. Às vezes, tenho que parar para tomar água, é essa a diferença. Não vou negar que o corpo tem esse gap (quebra de continuidade) de cansaço".

Você tem arrependimentos na vida? - "Estou num caminho de busca há muito tempo. Já procurei respostas na bioenergética, nas artes cênicas, no ayahuasca... Eu já falhei, já perdi dinheiro, abri empresa que não deu certo, errei por ego, fui orgulhosa. Mas foram coisas que, certamente, me deram a maturidade que tenho agora. Não mudaria nada na minha vida".

Quais foram os momentos mais difíceis? - "Aos 27 anos, tive crise de pânico e foi bem difícil de lidar. Busquei um psiquiatra, que me passou remédio. Antes, busquei a bioenergética, para que eu não precisasse me medicar. A demanda e pressão ganham lente de aumento quando se é uma pessoa pública. Isso me afetou. Nessa época, não conseguia encarar os palcos. Já dancei para um milhão de pessoas no carnaval, e não conseguia me apresentar para 30. Hoje está tudo normalizado".

E como você encarou a maternidade? - "Brenda (sua filha de 10 anos) foi um grande aprendizado, me transformou. Ela nasceu com personalidade forte, tive que me educar para me comunicar de forma mais suave com ela. Abri a mente. A gente passou um período traumático (o divórcio de Fernando Scherer, o Xuxa, pai da menina). Lambemos uma a ferida da outra".

Como é sua relação com o Scherer hoje? - "É de muito respeito. A gente se fala todos os dias. Tenho por ele gratidão por ter realizado meu sonho de constituir uma família. Quando vimos que não dava pra seguir, tivemos inteligência emocional".

Você está solteira? - "(A solteirice) ainda é um lugar onde preciso me encontrar. Sempre tive alguém. Não namorei muitas pessoas, mas sempre foram relações longas. Pela primeira vez, estou seis meses sem ninguém. É estranho, mas estou achando bom. Sempre fui carente, acabava delegando parte da minha felicidade para o outro. Nos últimos meses, rolaram uns beijinhos, mas estou sabendo diferenciar os encontros. Não estou aberta para namoros, não".