Foto: Juan Mabromata/AFP)
Corinthians viajou para a Argentina com a força de um bicampeão paulista e campeão brasileiro.
Depois da vitória por 1 a 0 contra o Independiente, atual campeão da Sul-Americana e maior campeão da Libertadores (sete títulos), volta ao Brasil mais forte como candidato ao seu bi.
Alguns sinais dão conta do fortalecimento no continente:
Suportar a pressão do Independiente em Avellaneda, onde o Grêmio empatou na Recopa (1 a 1), e o Flamengo perdeu em 2017 (por 2 a 1, na final da Sul-Americana), aumenta a confiança de um time que parece não sentir adversidades fora de casa;
A sincronia das linhas de defesa, meio de campo e ataque no 4-2-4 (variando para o 4-4-2 quando se defende) está ainda mais afinada. O time tem paciência para se defender e raramente tenta ligar defesa com ataque com chutão;
Os mais de mil corintianos presentes, incluindo os cerca de 300 que viajaram mais de 40 horas de ônibus para ver o jogo em Buenos Aires, aumentam a comunhão com os jogadores. Em Avellaneda, por diversas vezes, cantaram mais alto e fizeram os argentinos, surpreendentemente, ficar em silêncio.
Mesmo com elenco limitado, as decisões no Paulistão e a vitória contra os argentinos amadureceram alguns jogadores e aumentaram as opções.
Hoje reservas, Gabriel, Mateus Vital, Emerson Sheik e Renê Júnior podem ser considerados tão titulares quanto os 11 que começaram jogando em Buenos Aires.
A chegada de Roger, centroavante que Carille ainda não tem, é bônus em ótima hora, ainda mais com tempo e paciência para se adaptar ao time. Ele estará disponível a partir das oitavas de final – fase que o Timão tem tudo para disputar, já que lidera o Grupo 7 com sete pontos.
Confirmando a primeira colocação, Corinthians leva vantagem para a próxima fase e começa a repetir a trajetória de 2012, quando se fortaleceu emocionalmente e mentalmente na fase de mata-mata, como costumava dizer Tite, hoje comandante da seleção brasileira.
Foram apenas três jogos, claro, mas a regularidade do Corinthians pode, sim, aumentar a fé da torcida no bicampeonato seis anos depois do primeiro e tão sonhado título de Libertadores.