Carol Castro faz Luma de Oliveira em filme e usa 'coleira' icônica

Se atriz eu fosse, só de pensar em vestir a pele de Luma de Oliveira já estaria me tremendo toda. Afinal, a mulher é um furacão. Mas Carol Castro não teve medo desse "fenômeno da natureza" e está lá no filme "Eike - Tudo ou Nada" como a mulher do protagonista, vivido por Nelson Freitas. A atriz conta que é apenas uma participação, já que o longa é todo em cima daquele que já foi um dos homens mais ricos do mundo. E não esconde que ficou envaidecida com o convite para personifica-la no filme.

Eu me senti lisonjeada e até pega de surpresa por ter sido chamada para vivê-la no cinema. Luma é uma mulher exuberante e eu nem me sinto assim (risos). Precisei encarar, vestir um personagem mesmo, e descobrir essa exuberância em mim, para eu me sentir o mulherão que ela é. Tentei fazer jus e, claro, o figurino e a caracterização ajudaram muito", afirma a atriz.

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Carol sabe a responsabilidade que tem nas mãos. Apesar de ela aparecer em apenas uma cena, dá vida a uma mulher que existe e que faz parte do nosso imaginário. Tanto é que quando veio a público que ela seria Luma, a atriz sentiu uma curiosidade imediata das pessoas.

Ela é uma presença forte, principalmente, no Carnaval. A primeira coisa que me perguntaram, sejam amigas ou pessoas da família, foi: 'Vai ter a coleira?'. Vai ter, é uma aparição rápida, mas está lá (risos). Impressionante que tudo que se refere a ela marca muito", constata Carol, que ficou admirada ao se ver com a fantasia icônica de Luma:

Fiquei surpresa: 'Nossa, que loucura, estou realmente parecida com Luma', pensei. Foi bem curioso. Mas é o poder da caraterização. E eu fui vendo ela nascer a cada prova de figurino. Eu uso quatro roupas, sendo que todas foram ajustadas no corpo ou sob medida mesmo."

No filme de Andradina Azevedo e Dida Andrade, baseado na biografia de Eike Batista, Luma aparece em "uma cena bem lúdica, de forma cuidadosa e poética", segundo Carol.

É como se ele estivesse em uma sessão de psicanálise, de regressão, onde conta sua história com Luma. Faz uma espécie de resumo da vida deles, desde que se conheceram, se apaixonaram, casaram, tiveram filhos. Foi interessante, bem felliniano, diria, porque retrataram tudo de forma teatral, lúdica, tanto que esta cena foi filmada no palco de um teatro", conta a artista.

Carol não teve um encontro com Luma, mas segue com a esperança de que a mãe Thor e Olin aprecie o seu trabalho.

Torço para que ela goste, mas a ente nunca tem essa certeza. Foi tudo feito com o maior respeito. E a história que a gente retratou é nada que ninguém não saiba. Por mais que seja baseada em fatos reais, é uma obra de ficção, tem licença poética, uma maneira de se contar a história", analisa.

Peruca e 'Maldivas'

Quando "Eike - Tudo ou Nada" chegar aos cinemas, em 2022, a gente vai ver Carol usando peruca para viver Luma. A atriz ainda estava gravando "Maldivas", da Netflix, e não podia mexer nos fios louros. Aliás, a série escrita por Natália Klein, que também atua na história, foi um ponto de respiro para a atriz, que vinha mergulhada no drama psicológico "Insânia", exibido no Star+.

Foi interessante sair de uma personagem sem qualquer vaidade, para uma extremamente vaidosa. Além de ser outro gênero, é uma dramédia. Faço a Kat, uma das moradoras do condomínio Maldivas. Ela é casada com um cara que usa tornozeleira eletrônica. Tem dois filhos, é toda atrapalhada, mas divertida", adianta a atriz, que tem como companheiros de cena Manu Gavassi, Bruna Marquezine, Sheron Menezzes, Klebber Toledo, Guilherme Winter.

Carol não sabe quando volta para a TV aberta. Conta que alguns convites rolaram, mas estava ocupada com os projetos no cinema e streaming. Atualmente, está rodando o longa "Ninguém é de Ninguém", inspirando na obra de Zíbia Gasparetto. Esse ano, a artista também já tinha lançado o filme "Dois + Dois". E já está com a agenda cheia assim que virar o ano.

Já no primeiro semestre, gravo a segunda temporada de "Natureza Morta" (CinebrasilTV), com Erom Cordeiro. Tem surgido coisas muito bacanas, vejo que minha colheita profissional está ocorrendo agora. Por mais que a gente esteja passando por um momento muito difícil, me sinto privilegiada por estar trabalhando com que gosto, direcionando melhor minhas escolhas, aprendendo a acreditar mais em mim", analisa.