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Escala de Qualidade Vet Domus

Por:

Dr. Victor Soares

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31/05/2023

Uma das frases que mais escutamos quando cuidamos de pacientes graves é “Dr, ele está sofrendo?”
O sofrimento pode ser muito subjetivo. Muitas vezes associamos sofrimento com dor, mas  também pode estar relacionado com fraqueza, desconforto ou mal estar.
É normal que fiquemos confusos, com muitas dúvidas se chegou a hora de deixar nosso melhor amigo descansar ou se ele ainda aguenta mais um tempo de tratamento.

Hoje em dia é mais comum que os animais vivam mais de 15 ou até 18 anos, mas o ônus desse aumento de expectativa de vida são as doenças que acometem os animais mais velhinhos.
Quanto mais velho o animal, seja cão ou gato, maior a chance de ter insuficiência renal ou  cardíaca, câncer, artrose, entre outros problemas.
Quando essas doenças chegam e o animal precisa de cuidados especiais, intervenções, tratamentos ou cirurgias também chegam as dúvidas:
“Será que estamos indo longe demais? Será que vale a pena? Será que ele aguenta? Será que está sofrendo?”
Nossa função como veterinários, além de cuidar do paciente promovendo um bom tratamento, é também conseguir guiar a família e ajudar no processo de cuidados no final de vida do paciente.
A eutanásia é o recurso que utilizamos para interromper o sofrimento e deixar o animalzinho descansar.
É um procedimento rápido, indolor, que faz uma anestesia profunda e depois induz a parada cardíaca quando o animal não está sentindo mais nada.
Porque a eutanásia é cada vez mais comum?
Por que dificilmente os animais morrem subitamente. O processo ativo de morte, sozinho, pode ser demorado, sofrido e doloroso de testemunhar.
Tirando casos específicos de acidentes como atropelamento ou quedas, dificilmente alguém perde um animalzinho sem passar pelo processo do adoecimento.
Diante desse cenário, quisemos ajudar as famílias a melhorar a percepção sobre a situação do seu bichinho. Para isso, adaptamos duas tabelas que permitem mensurar a qualidade de vida deles. 

São recursos que ajudam a compreender a situação e avaliar o bem estar (ou mal estar) de cada pet, individualmente, para que seja possível a escolha do melhor tratamento, e auxiliar na tomada de decisão sobre continuidade do tratamento ou opção pela eutanásia. 
Nas duas escalas analisamos a qualidade de vida usando parâmetros fisiológicos como apetite, mobilidade, hidratação e evacuação, e também psicológicos e emocionais como realização de atividades preferidas ou demonstração de felicidade.
É importante ressaltar que as escalas de qualidade de vida são recursos que auxiliam no cuidado com o animal, mas a avaliação e a conversa com o veterinário para direcionamento são essenciais.

Conforto e bem estar são assuntos fundamentais para quem tem um animal idoso, em tratamento de doenças críticas ou cuidados paliativos, e nós do Vet Domus acreditamos tanto na importância dos cuidados médicos como no auxílio emocional nessas etapas  difíceis. 

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