PCB manifesta solidariedade à Débora Nunes do MST

Na última quarta-feira (27/09/2023) ocorreu o “enterro definitivo” da CPI do MST, após 130 dias de funcionamento. O colegiado, comandado pelos deputados bolsonaristas Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP), respectivamente presidente e relator da CPI, acabou após ter seu prazo de funcionamento esgotado e sem a votação de relatório.

O relatório não aprovado de Ricardo Salles buscava incriminar lutadoras(es) pela Reforma Agrária, entre as/os quais, Débora Nunes dirigente nacional e estadual do MST em Alagoas.

No dia anterior ao enterro da CPI, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) em Alagoas denunciou a CPI farsesca e defendeu Débora Nunes “como uma liderança fundamental na organização e defesa de vários assentamentos e acampamentos, articulando demandas do campo democrático e popular, com a educação popular para assentados, em atos políticos, feiras agroecológicas e atividades culturais na capital e no interior do estado”. Também ressaltando que “Débora Nunes é do povo, vive plantando alegria e força solidária por onde passa, e neste começo de primavera o PCB-Alagoas vem se somar com esta nota em defesa de sua imagem pública, de sua integridade física e moral!”

Sobre o MST, o PCB defende que é “um dos mais importantes movimentos agrários do mundo, que está prestes a completar 40 anos de trabalho e luta por Reforma Agrária e por um Brasil livre, soberano e popular!”.

A nota finaliza com as palavras de ordem: “Prisão aos que envenenam o povo brasileiro! / Liberdade aos quem planta um mundo novo! Toda apoio e toda força para Débora Nunes! Viva o MST!”

 

Leia a íntegra da nota abaixo:

Débora Nunes, brava guerreira e militante da esquerda alagoana, é uma das 11 pessoas indiciadas pelo relatório produzido pelo deputado Ricardo Salles (PL de São Paulo) na CPI farsesca que, sob o pretexto de investigar o MST, tenta incriminar os movimentos agrários e a luta pela terra no Brasil, país dos latifúndios.

Esta CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), sob o disfarce legal de um mecanismo regular do parlamento brasileiro, utiliza-se de artifícios político-ideológicos vinculados aos interesses do agronegócio, que transforma alimento em mercadoria. Portanto, é urgente e necessário denunciar com toda força esta manobra espúria de incriminar movimentos sociais no país!

Salles, relator da CPI e defensor de golpistas, além de ser réu em denúncia do MPF que investiga contrabando de madeiras ilegais da floresta amazônica, atua para que haja cada vez mais agrotóxicos na comida dos brasileiros. Deste ponto de vista, Salles revela-se coerente com sua trajetória direitista. Autoritário e contrário aos interesses populares, o deputado bolsonarista tenta atingir lideranças do MST em todo o Brasil, para dificultar mais ainda o acesso da população à comida de qualidade, livre de agrotóxicos e vendida a preço justo!

Débora Nunes, que é injustamente acusada neste relatório de cometer crimes, é uma das integrantes da democrática e combativa Direção Nacional do MST, um dos mais importantes movimentos agrários do mundo, que está prestes a completar 40 anos de trabalho e luta por Reforma Agrária e por um Brasil livre, soberano e popular! 

Aqui em Alagoas, Débora destaca-se como uma liderança fundamental na organização e defesa de vários assentamentos e acampamentos, articulando demandas do campo democrático e popular, com a educação popular para assentados, em atos políticos, feiras agroecológicas e atividades culturais na capital e no interior do estado.

Débora Nunes é do povo, vive plantando alegria e força solidária por onde passa, e neste começo de primavera o PCB-Alagoas vem se somar com esta nota em defesa de sua imagem pública, de sua integridade física e moral!

Prisão aos que envenenam o povo brasileiro!

Liberdade aos que plantam um mundo novo!

Toda apoio e toda força para Débora Nunes!

Viva o MST!

Reprodução: PCB Alagoas

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