Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Strigiformes |
Família: | Strigidae |
Leach, 1820 | |
Espécie: | M. sanctaecatarinae |
A corujinha-do-sul é uma ave strigiforme da família strigidae.
Seu nome científico significa: do (grego) megas = grande, e de scops = gênero Scops (Brünnich, 1772), coruja; referência a um gênero de corujas do Velho Mundo, geralmente orelhudas; e de sanctaecatarinae = referente ou originário do estado de Santa Catarina na região sul do Brasil.⇒ Grande coruja Scops de Santa Catarina.
Mede entre 22,5 e 27,6 cm (macho) e 26,4 e 28 cm (fêmea) de comprimento e pesa entre 155 e 194 g (macho) e 174 e 211 g (fêmea).
Apresenta as partes superiores de coloração marrom escuro e as partes inferiores, peito e ventre, marrom claros com fino barrado e características estrias escuras. Sua face apresenta disco facial com bordas mais escuras, a íris é amarela ou castanha. Espécie meridional de grande porte, é a maior espécie do gênero Megascops e é simpátrica com a corujinha-do-mato e com a corujinha-sapo, apresentando como estas; três fases distintas de coloração de plumagem (marrom, cinza e ruiva).
Muito semelhante a M. atricapilla. Sendo reconhecida seguramente apenas pela vocalização da fêmea.
Voz: A voz da fêmea é uma sequencia de notas graves, roucas, regulares “ba…ba…ba…ba…”.
Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
Os machos começam a vocalizar no crepúsculo, durante o período reprodutivo, entre agosto e setembro. Nidifica em ocos de árvores ou em ninhos de pica-pau de grande porte. Reutiliza o local de postura em anos sucessivos. Apenas a fêmea incuba os ovos, sendo alimentada por seu parceiro nesse período.
Possui hábitos estritamente noturnos e ocasionalmente crepusculares. Durante o dia, dorme em meio à densa folhagem nas árvores e até mesmo em eucaliptais. Vive em áreas semi-abertas, matas de araucária e capoeiras entre 300 e 1700 m de altitude.
América do Sul, do nordeste da Argentina e norte do Uruguai até o sudeste do Brasil, onde ocorre do Rio Grande do Sul até os Estados do Paraná e São Paulo, nestes dois últimos em simpatria com M. atricapilla. do nível do mar até 1000 m de altitude.