corujinha-do-sul

Corujinha-do-sul

A corujinha-do-sul é uma ave strigiforme da família strigidae.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) megas = grande, e de scops = gênero Scops (Brünnich, 1772), coruja; referência a um gênero de corujas do Velho Mundo, geralmente orelhudas; e de sanctaecatarinae = referente ou originário do estado de Santa Catarina na região sul do Brasil.⇒ Grande coruja Scops de Santa Catarina.

Características

Mede entre 22,5 e 27,6 cm (macho) e 26,4 e 28 cm (fêmea) de comprimento e pesa entre 155 e 194 g (macho) e 174 e 211 g (fêmea).
Apresenta as partes superiores de coloração marrom escuro e as partes inferiores, peito e ventre, marrom claros com fino barrado e características estrias escuras. Sua face apresenta disco facial com bordas mais escuras, a íris é amarela ou castanha. Espécie meridional de grande porte, é a maior espécie do gênero Megascops e é simpátrica com a corujinha-do-mato e com a corujinha-sapo, apresentando como estas; três fases distintas de coloração de plumagem (marrom, cinza e ruiva). Muito semelhante a M. atricapilla. Sendo reconhecida seguramente apenas pela vocalização da fêmea.

Voz: A voz da fêmea é uma sequencia de notas graves, roucas, regulares “ba…ba…ba…ba…”.

Subespécies

Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).

Alimentação

Captura insetos, aranhas e pequenos vertebrados.

Reprodução

Os machos começam a vocalizar no crepúsculo, durante o período reprodutivo, entre agosto e setembro. Nidifica em ocos de árvores ou em ninhos de pica-pau de grande porte. Reutiliza o local de postura em anos sucessivos. Apenas a fêmea incuba os ovos, sendo alimentada por seu parceiro nesse período.

Hábitos

Possui hábitos estritamente noturnos e ocasionalmente crepusculares. Durante o dia, dorme em meio à densa folhagem nas árvores e até mesmo em eucaliptais. Vive em áreas semi-abertas, matas de araucária e capoeiras entre 300 e 1700 m de altitude.

Distribuição Geográfica

América do Sul, do nordeste da Argentina e norte do Uruguai até o sudeste do Brasil, onde ocorre do Rio Grande do Sul até os Estados do Paraná e São Paulo, nestes dois últimos em simpatria com M. atricapilla. do nível do mar até 1000 m de altitude.

Referências

  • SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009.
  • Reportagem sobre a Corujinha-do-sul, realizada pela RPC TV Globo Paraná: http://web.me.com/sobania/Site/Corujinha.html
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.
  • Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona.
  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • SILVA, J., RIBENBOIM, L. C. da C., SANTOS, N. Corujas do Brasil. Taubaté, SP: Dica de Turismo Publicações, 2017.

Galeria de Fotos

corujinha-do-sul.txt · Última modificação: 2018/12/15 22:55 (edição externa)