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Arborização - Prefeitura de Goiânia

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<strong>Arborização</strong><br />

REALIZAÇÃO<br />

PATROCÍNIO


Plano Diretor <strong>de</strong><br />

<strong>Arborização</strong><br />

Urbana <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>


Capital ver<strong>de</strong> do<br />

Brasil


É com gran<strong>de</strong> satisfação que entregamos à <strong>Goiânia</strong> seu<br />

primeiro Plano Diretor <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana (PDAU).<br />

Trata-se <strong>de</strong> um documento <strong>de</strong> fundamental importância<br />

para a preservação da vegetação da capital e da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida, na medida em que traça as diretrizes e normas para a<br />

escolha das espécies, plantio, poda e extirpação <strong>de</strong> árvores. A partir<br />

<strong>de</strong> agora, <strong>Goiânia</strong> conta com um mecanismo concreto para balizar<br />

as ações <strong>de</strong> arborização e para tornar-se, <strong>de</strong>finitivamente, a<br />

capital ambiental do Brasil.<br />

O PDAU coroa com êxito uma série <strong>de</strong> projetos<br />

<strong>de</strong>senvolvidos pela Agência Municipal do Meio Ambiente<br />

(AMMA) no que se refere à preservação da biodiversida<strong>de</strong><br />

urbana. Um exemplo é o Programa Plante a Vida,<br />

<strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2005, e que já distribuiu<br />

mais <strong>de</strong> 700 mil mudas <strong>de</strong> espécies nativas do cerrado para a<br />

população. É o maior programa <strong>de</strong> plantio voluntário do mundo,<br />

cujo sucesso e caráter inovador levaram a direção executiva do Programa das Nações<br />

Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) a recomendá-lo como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ação para<br />

outras cida<strong>de</strong>s.<br />

No caso do Plante a Vida, ao receber a muda o cidadão assina um termo <strong>de</strong><br />

compromisso, on<strong>de</strong> garante que plantará o exemplar seguindo as normas técnicas dadas<br />

pela AMMA, através <strong>de</strong> um folheto explicativo. Em pesquisa realizada com 3 mil pessoas<br />

que receberam mudas, constatou-se que em 81% dos casos os exemplares <strong>de</strong>senvolveramse<br />

<strong>de</strong> forma satisfatória e as recomendações foram obe<strong>de</strong>cidas. Além disso, a AMMA<br />

também vem recuperando uma série <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas pelo <strong>de</strong>smatamento, através do<br />

plantio <strong>de</strong> mudas em fundos <strong>de</strong> vale, margens <strong>de</strong> rios e córregos e outros locais<br />

estratégicos para a manutenção do equilíbrio ecológico da capital.<br />

Por meio <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> educação ambiental, da valorização da diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies<br />

do Cerrado e <strong>de</strong> muita responsabilida<strong>de</strong> e dinamismo, estamos transformando <strong>Goiânia</strong><br />

em referência nacional. Conforme um estudo realizado pela AMMA em maio <strong>de</strong> 2007,<br />

<strong>Goiânia</strong> possui cerca <strong>de</strong> 950 mil árvores plantadas em vias públicas, superando Curitiba<br />

(cerca <strong>de</strong> 300 mil árvores) e João Pessoa (cerca <strong>de</strong> 40 mil), que eram, até então,<br />

referências nacionais em termos <strong>de</strong> arborização. Somos, sem sombra <strong>de</strong> dúvida, a capital<br />

ver<strong>de</strong> do Brasil.<br />

Clarismino Luiz Pereira Junior<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Agência Municipal do Meio Ambiente <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> (AMMA)


Vivo e<br />

Sustentabilida<strong>de</strong>


Vivo e a Agência Municipal do Meio Ambiente <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> unem-se para apresentar à socieda<strong>de</strong> o Plano<br />

Diretor <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, um levantamento<br />

<strong>de</strong>talhado sobre as árvores da cida<strong>de</strong>, o histórico da<br />

arborização e as normas para o plantio <strong>de</strong> árvores na capital<br />

<strong>de</strong> Goiás. Trata-se <strong>de</strong> um importante documento, que contribui<br />

significativamente para o conhecimento, a compreensão e a<br />

preservação do Meio Ambiente da região. Somente gerenciamos<br />

aquilo que conhecemos.<br />

Para a Vivo participar <strong>de</strong>ste projeto é um exercício <strong>de</strong><br />

cidadania. Acreditamos ser preciso somar à<br />

rentabilida<strong>de</strong> dos negócios ética, comprometimento,<br />

compromisso com o cliente, humanização,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento integrado, inovação e Responsabilida<strong>de</strong><br />

Socioambiental. Esses valores e princípios solidificam nossa<br />

missão.<br />

A Vivo constrói com alicerces firmes o caminho da sustentabilida<strong>de</strong>. Para edificá-lo, a<br />

empresa cumpre uma agenda extensa dividida em duas frentes: a Responsabilida<strong>de</strong><br />

Socioambiental - voltada para tornar os produtos e serviços da companhia inclusivos,<br />

ambientalmente conscientes e socialmente responsáveis - e o Instituto Vivo -<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ador <strong>de</strong> contribuições e fomento <strong>de</strong> projetos voltados para a inclusão social e<br />

econômica do jovem, principalmente o <strong>de</strong>ficiente visual.<br />

Nas ativida<strong>de</strong>s ambientais, o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque é o Programa Vivo Recicle seu Celular, que<br />

promove a coleta e reciclagem <strong>de</strong> aparelhos, baterias e acessórios usados. O projeto está<br />

presente em 3.200 lojas próprias e revendas exclusivas da Vivo <strong>de</strong> todo o país, on<strong>de</strong> há<br />

urnas especiais para o recolhimento do material.<br />

A ação reduz a disposição <strong>de</strong> lixo eletrônico em aterros sanitários e lixo comum, assim<br />

como promove a sensibilizaçao socioambiental, ajudando na construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong><br />

mais consciente. E a receita gerada é aplicada em projetos socioambientais apoiados pelo<br />

Instituto Vivo. Aliás um <strong>de</strong>les é este levantamento. Boa leitura.<br />

João Truran Neto<br />

Diretor Regional Vivo/ Centro-Oeste e Norte


PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIÂNIA<br />

IRIS REZENDE<br />

Prefeito <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong><br />

THIAGO PEIXOTO<br />

Secretário do Governo Municipal<br />

CLARISMINO LUIZ PEREIRA JUNIOR<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Agência Municipal <strong>de</strong> Meio Ambiente<br />

RONALDO VIEIRA<br />

Diretor <strong>de</strong> Áreas Ver<strong>de</strong>s e Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação<br />

ANTONIO ESTEVES DOS REIS<br />

Gerente <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana<br />

Coor<strong>de</strong>nação Geral<br />

ANTONIO ESTEVES DOS REIS – Engº Florestal<br />

Equipe Técnica Executiva do Plano<br />

ANTONIO ESTEVES DOS REIS - Engº Florestal<br />

ELIZABETE FERNANDES GOMES OLIVEIRA – Engª Ambiental<br />

KÊNIA GONÇALVES COSTA - Geógrafa<br />

MARIANA NASCIMENTO SIQUEIRA – Bióloga<br />

FERNANDO AUGUSTO LEMOS SALES – Engº Agrônomo<br />

SANDRA MARIA DE OLIVEIRA – Engª Agronoma<br />

PATRÍCIA BARBOSA RODRIGUES CARETA – Estagiária <strong>de</strong> Biologia<br />

ISABELA SILVA LIMA – Estagiária <strong>de</strong> Tecnólogo em Gestão Ambiental<br />

Assessoria Jurídica<br />

TATIANE OLIVEIRA SILVA - Advogada<br />

SIMONE CARVALHO DE MENDONÇA – Advogada<br />

Assessoria <strong>de</strong> Comunicação<br />

FABRÍCIA HAMU – Jornalista<br />

MAURO JÚNIO RODRIGUES SILVA - Jornalista<br />

NATÁLIA COUTO - Estagiária <strong>de</strong> Jornalismo<br />

THAÍS ALVES DA SILVA ROMÃO – Estagiária <strong>de</strong> Jornalismo<br />

FREDERICO AURÉLIO DE CARVALHO – Estagiário <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong> e Propaganda<br />

Cia <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Dados do Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> - COMDATA<br />

FLÁVIO YUAÇA – Especialista em Geoprocessamento<br />

FREDERICO DA SILVA SANTOS – Analista <strong>de</strong> Sistemas<br />

MARCILENE DA SILVA SANTOS – Técnica em Geoprocessamento<br />

SÉRGIO EDWARD WIEDEHECKER – Arquiteto<br />

EMÍLIA DA SILVA – Técnica em Geoprocessamento<br />

ROSANE CHAVES DE OLIVEIRA ALBUQUERQUE – Administratora <strong>de</strong> Empresas<br />

Redação e Revisão<br />

FABRÍCIA HAMU – Jornalista<br />

Design<br />

Alessandro Carrijo<br />

Luciana Fernan<strong>de</strong>s


sumário<br />

APRESENTAÇÃO 10<br />

INTRODUÇÃO 11<br />

CAPÍTULO I - HISTÓRICO DA ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA 13<br />

1. HISTÓRICO 13<br />

1.1. O Início da arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> 13<br />

1.2. Depoimentos <strong>de</strong> pioneiros em <strong>Goiânia</strong> 16<br />

CAPÍTULO II - GOIÂNIA, CAPITAL VERDE DO BRASIL 29<br />

1. A ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA NA ATUALIDADE 29<br />

1.1. Mais Parques e áreas <strong>de</strong> conservação ambiental. 29<br />

1.2. Programa Plante a Vida, o sucesso da arborização voluntária. 30<br />

1.3. Imagens fotográficas da arborização atual <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> 31<br />

CAPÍTULO III - CADASTRAMENTO E DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA 44<br />

1. CONCEITUAÇÃO 44<br />

2. OBJETIVOS 44<br />

2.1- Objetivo geral 44<br />

2.2- Objetivos específicos 45<br />

3. JUSTIFICATIVA 46<br />

4. METODOLOGIA 46<br />

4.1. Convênio 047/97 47<br />

4.2. Ativida<strong>de</strong>s do Convênio 047/97 47<br />

4.3. Podas 53<br />

4.4. Remoções <strong>de</strong> árvores 54<br />

4.5. Remoções <strong>de</strong> tocos 54<br />

4.6. Novos plantios 54<br />

4.7. Inventário Florestal 54<br />

Inventário Florestal Urbano - IFU 54<br />

Inventário Florestal Urbano Total – IFUT 54<br />

Inventário Florestal Urbano por Amostragem – IFUA 54<br />

5. RESULTADOS 56<br />

5.1. Pontos Cadastrados 56<br />

5.2. Espécies encontradas 57<br />

5.3. Espécies mais ocorrentes 64<br />

5.4. Remoções imediatas <strong>de</strong> árvores 68<br />

5.5. Ida<strong>de</strong> 69<br />

5.6. Porte 70<br />

5.7. Condições Fitossanitárias 70<br />

5.8. Copa 71<br />

5.8.1. Interferências 71<br />

5.8.2. Diâmetro da copa 71<br />

5.9. DAP – Diâmetro à altura <strong>de</strong> 1,30 metro 71<br />

CAPÍTULO IV – PLANEJAMENTO - Programa <strong>de</strong> ampliação e re-qualificação<br />

da cobertura vegetal do município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> 72<br />

1. APRESENTAÇÃO 72<br />

2. INTRODUÇÃO 72<br />

3. IMPACTOS AMBIENTAIS DA ARBORIZAÇÃO URBANA 73<br />

3.1. Impactos Positivos 73<br />

3.2. Impactos Negativos 74<br />

3.3. Medidas Mitigadoras 80<br />

4. ESCOLHA DAS ESPÉCIES ARBÓREAS A SEREM PLANTADAS 80<br />

4.1. Quanto ao <strong>de</strong>senvolvimento da espécie 80<br />

4.2. Quanto ao comportamento da copa x clima 80<br />

4.3. Quanto ao comportamento da copa x espaço físico 80<br />

4.4. Formas <strong>de</strong> copas 81<br />

4.5. Características a serem observadas 81<br />

4.6. On<strong>de</strong> plantar 81<br />

5. ESPÉCIES NÃO RECOMENDADAS PARA A ARBORIZAÇÃO URBANA 81<br />

6. CONDIÇÕES ESTRESSANTES PARA AS ÁRVORES EM VIAS PÚBLICAS 84<br />

8


7. AÇÕES PARA MELHORARIA DAS CONDIÇÕES E QUALIDADE DE VIDA DAS ÁRVORES URBANAS, 84<br />

8. PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO REFERENTE A 16 SETORES DE GOIÂNIA 85<br />

CAPÍTULO V – PLANEJAMENTO - Diretrizes gerais para implantação da arborização nas vias<br />

públicas do município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> 94<br />

1. PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO– ARÂMETROS PARA A IMPLANTAÇÃO ARBÓREA 94<br />

1.1- Da implantação da arborização 95<br />

1.1.1- Programa <strong>de</strong> Educação Ambiental 97<br />

a) Sub-Programa <strong>de</strong> Informação Coletiva 97<br />

b) Sub-Programa <strong>de</strong> Educação Formal 97<br />

c) Sub-Programa <strong>de</strong> Educação Informal e Participação Comunitária 97<br />

1.1.2- Programa <strong>de</strong> substituição gradativa das mongubas 97<br />

1.1.3- Programa Anual <strong>de</strong> Plantios 98<br />

1.1.3.1- Característica da(s) muda(s) a ser(em) plantada(s): 101<br />

1.1.3.2- Preparo do Solo: 101<br />

1.1.3.3- Tamanho da Cova: 102<br />

1.1.3.4- Plantio propriamente dito: 102<br />

1.1.3.5- Proteção da(s) muda(s): 102<br />

1.1.3.6- Manutenção das mudas plantadas: 104<br />

1.1.4- Metas 104<br />

1.1.5- Sub-programa <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mudas nativas e exóticas 104<br />

2. AÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA 106<br />

2.1- Programa <strong>de</strong> Manutenção 107<br />

2.2- Podas 107<br />

2.3- Replantio 110<br />

2.4- Controle fitossanitário 110<br />

2.5- Tutoramento 110<br />

2.6- A<strong>de</strong>quação da área permeável 110<br />

2.7- Remoção <strong>de</strong> árvores 111<br />

2.8- Destinação dos resíduos <strong>de</strong> poda e extirpação <strong>de</strong> árvores 113<br />

2.9- Dendrocirurgia 113<br />

2.10- Transplante 113<br />

2.11- Programa <strong>de</strong> Monitoramento 114<br />

2.12- Programa <strong>de</strong> Cadastramento da <strong>Arborização</strong> 114<br />

CAPÍTULO VI - REGIMENTO LEGAL DA ARBORIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA 115<br />

1. FUNDAMENTAÇÃO 115<br />

Árvores – Bens Públicos 115<br />

Bem difuso 115<br />

2. LEGISLAÇÃO FEDEREAL 115<br />

2.1. Lei 9.605, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998. 115<br />

2.2. Decreto nº 3.179, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1999. 115<br />

3. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL 116<br />

3.1. Lei nº 8.537, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007. 116<br />

3.2. Lei nº 7009, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1991. 116<br />

3.3. Lei Complementar nº 014, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1992. 117<br />

3.4. Decreto nº 767, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1996. 118<br />

3.5. Lei nº 7004, <strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1991. 119<br />

3.6. Lei nº 8451 <strong>de</strong> 07 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006. 119<br />

3.7. Instrução normativa nº 005 <strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006 <strong>de</strong> 1991. 119<br />

3.8. Instrução normativa nº 017 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006 122<br />

3.9. Instrução normativa que regulamenta os procedimentos <strong>de</strong> substituição <strong>de</strong> árvores localizadas<br />

nas vias públicas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. 124<br />

3.10. Instrução normativa que institui os procecimentos necessário para a retirada <strong>de</strong><br />

árvores em áreas particulares e as <strong>de</strong>vidas compensações ambientais. 127<br />

3.11. Portaria que autoriza a Companhia Energética <strong>de</strong> Goiás S/A – CELG a realizar podas <strong>de</strong> árvores<br />

localizadas sob as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia elétrica <strong>de</strong> baixa tensão e <strong>de</strong>rivações. 128<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 130<br />

9


apresentação<br />

Enten<strong>de</strong>-se por Plano Diretor <strong>de</strong><br />

<strong>Arborização</strong> Urbana o conjunto <strong>de</strong><br />

métodos e medidas adotados para a<br />

preservação, manejo e expansão das<br />

árvores nas cida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> acordo com<br />

as <strong>de</strong>mandas técnicas pertinentes e<br />

as manifestações <strong>de</strong> interesse das<br />

comunida<strong>de</strong>s locais.<br />

A arborização urbana consiste em toda<br />

cobertura vegetal <strong>de</strong> porte arbóreo existente nas<br />

cida<strong>de</strong>s, permitindo que o espaço construído se<br />

integre com o jardim e o parque, principalmente<br />

nas regiões <strong>de</strong> climas tropicais e subtropicais<br />

úmidos. Para constituir a paisagem da cida<strong>de</strong>, a<br />

vegetação urbana ocupa, fundamentalmente, três<br />

espaços distintos: as áreas livres <strong>de</strong> uso público e<br />

potencialmente coletivas, as áreas livres<br />

particulares, e aquelas que acompanham o<br />

sistema viário.<br />

Este Plano Diretor <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana trata<br />

especificamente da arborização urbana que<br />

acompanha as ruas e avenidas da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>. São as árvores encontradas ao longo das<br />

calçadas <strong>de</strong> ruas e avenidas, canteiros centrais,<br />

rotatórias e nas praças.<br />

<strong>Goiânia</strong> é consi<strong>de</strong>rada uma cida<strong>de</strong> muito<br />

arborizada. Para conhecermos a arborização que<br />

compõe a cida<strong>de</strong>, foi necessário promover um<br />

diagnóstico das árvores, realizado por meio do<br />

cadastramento <strong>de</strong> vários bairros. Esse diagnóstico,<br />

além <strong>de</strong> verificar a situação atual <strong>de</strong> nossa<br />

arborização, possibilitará quantificar as ativida<strong>de</strong>s<br />

subseqüentes, como: remoções <strong>de</strong> árvores,<br />

remoções <strong>de</strong> tocos, podas e novos plantios.<br />

Visando compatibilizar e maximizar os efeitos<br />

da arborização com os equipamentos públicos,<br />

mantendo a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus serviços e<br />

segurança da população, no ano <strong>de</strong> 1997 foi<br />

firmado o Convênio 097/97 – Projeto <strong>de</strong><br />

Substituição Parcial, Manejo/Manutenção da<br />

<strong>Arborização</strong> Urbana <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. O convênio foi<br />

firmado entre <strong>Prefeitura</strong> Municipal <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

tendo como interveniente a Secretaria Municipal<br />

do Meio Ambiente – SEMMA, hoje Agência<br />

Municipal <strong>de</strong> Meio Ambiente – AMMA, e<br />

executora a Companhia <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> – COMURG; Centrais Energéticas <strong>de</strong> Goiás<br />

S.A. – CELG; Saneamento <strong>de</strong> Goiás S.A. –<br />

SANEAGO; Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás – UFG;<br />

Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás – UCG e Ministério<br />

Público do Estado <strong>de</strong> Goiás.<br />

O Convênio 047/97 prevê, como ativida<strong>de</strong><br />

inicial e <strong>de</strong> fundamental importância, o<br />

Cadastramento e Mapeamento da <strong>Arborização</strong><br />

Urbana, que tem como objetivo cadastrar e<br />

diagnosticar todas as árvores <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

verificando a situação atual <strong>de</strong> cada árvore<br />

localizada nos logradouros públicos <strong>de</strong> nossa<br />

cida<strong>de</strong>. Após a assinatura <strong>de</strong>ste convênio, teve<br />

início o Cadastramento e Mapeamento da<br />

<strong>Arborização</strong> Urbana, pelos setores centrais <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>, on<strong>de</strong> se tem a arborização mais antiga e<br />

mais problemática <strong>de</strong> nossa cida<strong>de</strong>.<br />

Inicialmente, realizou-se esse diagnóstico<br />

pelos setores Central, Aeroporto,<br />

Universitário e Oeste, e posteriormente em<br />

outros bairros da capital, totalizando 70<br />

setores <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Estima-se que <strong>Goiânia</strong><br />

possua, hoje, um total <strong>de</strong> 950.000 (seiscentas<br />

e cinqüenta mil) árvores em vias públicas,<br />

conforme estudo realizado pela Agência<br />

Municipal do Meio Ambiente – AMMA no<br />

ano <strong>de</strong> 2007. No Inventário Florestal<br />

cadastrou-se 133.061 mil espécimes arbóreos,<br />

perfazendo um percentual <strong>de</strong> árvores<br />

inventariadas <strong>de</strong> 14%.<br />

Preten<strong>de</strong>mos, com as diretrizes e<br />

procedimentos apontados neste Plano, assegurar<br />

que cada árvore existente e aquelas que serão<br />

plantadas tenham condições a<strong>de</strong>quadas para<br />

<strong>de</strong>senvolver plenamente o seu ciclo <strong>de</strong> vida.<br />

O ponto <strong>de</strong> partida para orientar a ação <strong>de</strong><br />

todos <strong>de</strong>ve ser o entendimento <strong>de</strong> que a<br />

arborização é um serviço público tão essencial<br />

quanto o abastecimento <strong>de</strong> água, o sistema <strong>de</strong><br />

esgotos, a distribuição <strong>de</strong> energia elétrica, e outros,<br />

com a diferença <strong>de</strong> que se trata <strong>de</strong> um ser vivo.<br />

Preten<strong>de</strong>mos, com este trabalho expandir a<br />

arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> <strong>de</strong> forma planejada para<br />

qualificar o manejo da mesma.<br />

10


introdução<br />

Segundo dados <strong>de</strong> 2006 do MUBDG –<br />

Mapa Urbano Básico Digital <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong><br />

da COMDATA – Companhia <strong>de</strong><br />

Processamento <strong>de</strong> Dados do Município<br />

<strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, a cida<strong>de</strong> conta hoje, com<br />

uma área total edificada <strong>de</strong><br />

444.158,851 km², com<br />

aproximadamente 627 bairros e 12.247<br />

logradouros públicos.<br />

Neste cenário está inserida a arborização<br />

viária da cida<strong>de</strong>, com mais <strong>de</strong> 950.000 árvores <strong>de</strong><br />

328 diferentes espécies arbóreas, fato este que<br />

faz <strong>Goiânia</strong> <strong>de</strong>stacar-se como a cida<strong>de</strong> mais<br />

arborizada do Brasil, com um índice <strong>de</strong> 0,79<br />

árvore por habitante. As Áreas Ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> são compostas por 187 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

conservação, perfazendo um total <strong>de</strong><br />

16.567.685,17 m². Há 16 (<strong>de</strong>zesseis) parques<br />

implantados: Parque Sulivan Sivestre (Vaca<br />

Brava), Parque Areião, Parque Botafogo, Bosque<br />

dos Buritis, Lago das Rosas, Gentil Meireles,<br />

Parque Municipal Taquaral, Bosque Deputado<br />

José Eduardo Nascimento, Bosque do Café,<br />

Bosque Boa Vista, Parque Municipal Liberda<strong>de</strong>,<br />

Parque Municipal Beija-Flor, Parque Municipal<br />

Sabiá, Parque Flamboyant, Parque Fonte Nova e<br />

Bosque Bougainville; 06 (seis) parcialmente<br />

implantados: Parque Municipal Macambira,<br />

Parque Municipal Curitiba, Parque Municipal<br />

Carmo Bernar<strong>de</strong>s, Jardim Botânico, Bosque<br />

Bougainville A, Parque Municipal Otávio Lúcio e<br />

cerca <strong>de</strong> 401 praças, totalizando um Índice <strong>de</strong><br />

Áreas Ver<strong>de</strong>s - IAV <strong>de</strong> 94,0 m² <strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s<br />

por habitante, conforme estudo realizado pela<br />

Agência Municipal do Meio Ambiente – AMMA<br />

em 2007.<br />

O Plano Diretor <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana é o<br />

conjunto <strong>de</strong> métodos e medidas adotados para<br />

a preservação, o manejo e a expansão das<br />

árvores nas cida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> acordo com as<br />

<strong>de</strong>mandas técnicas e as manifestações <strong>de</strong><br />

interesse das comunida<strong>de</strong>s locais.<br />

Para se fazer um Plano Diretor <strong>de</strong><br />

<strong>Arborização</strong> Urbana é necessário conhecer a<br />

arborização existente nas vias públicas, a partir<br />

<strong>de</strong> um inventário das árvores da cida<strong>de</strong>, para,<br />

posteriormente, traçar diretrizes <strong>de</strong><br />

planejamento, produção, implantação,<br />

conservação e administração das árvores<br />

públicas, constituindo-se no Plano Diretor <strong>de</strong><br />

<strong>Arborização</strong> Urbana.<br />

Estima-se que <strong>Goiânia</strong> possua 950.000<br />

árvores em vias públicas, cuja distribuição<br />

beneficia um número <strong>de</strong> pessoas ainda maior<br />

que o atingido pelos parques e praças. Por essa<br />

razão, <strong>de</strong>ve-se ter um planejamento a<strong>de</strong>quado<br />

com as árvores <strong>de</strong> calçadas e canteiros centrais<br />

<strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

Foi realizado o inventário florestal amostral<br />

<strong>de</strong> 15,15% da área total <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, 25,61% do<br />

total <strong>de</strong> logradouros públicos, 11,16% do total <strong>de</strong><br />

bairros cadastrados e 14% do total <strong>de</strong> árvores<br />

existentes nas vias públicas da cida<strong>de</strong>.<br />

O Plano Diretor <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana<br />

contemplará todos os métodos, diretrizes e<br />

políticas a serem <strong>de</strong>senvolvidas pela<br />

<strong>Prefeitura</strong> Municipal <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, através<br />

da AMMA e da Companhia <strong>de</strong> Urbanização<br />

<strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> – COMURG, visando uma<br />

arborização planejada e a<strong>de</strong>quada para as<br />

vias públicas, <strong>de</strong> forma essa arborização<br />

traga benefícios diretos no meio urbano. O<br />

Plano Diretor <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> conterá as espécies arbóreas mais<br />

freqüentes em nossa cida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong><br />

orientações técnicas sobre plantios, podas<br />

e extirpações seguido das diretrizes e<br />

normas para os novos plantios a serem<br />

realizados na cida<strong>de</strong>.<br />

Esses novos plantios serão realizados <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> uma nova concepção, <strong>de</strong> se fazer uma<br />

arborização planejada, colocando espécies<br />

a<strong>de</strong>quadas a cada local, verificando a largura <strong>de</strong><br />

rua e calçada, existência <strong>de</strong> fiação aérea <strong>de</strong><br />

distribuição <strong>de</strong> energia elétrica, <strong>de</strong> telefonia e<br />

multi-serviços, re<strong>de</strong> subterrânea <strong>de</strong> água e<br />

esgoto e existência <strong>de</strong> outros equipamentos<br />

públicos, como: semáforos, iluminação pública,<br />

postes, pontos <strong>de</strong> ônibus, totem, entrada <strong>de</strong><br />

garagem, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

11


Da mesma forma que a arborização<br />

encontrada nas áreas livres públicas e privadas,<br />

as árvores que acompanham o sistema viário<br />

exercem função ecológica, no sentido <strong>de</strong><br />

melhoria do ambiente urbano e da estética,<br />

embelezando as vias públicas,<br />

conseqüentemente, da cida<strong>de</strong>.<br />

Trata-se <strong>de</strong> contribuições significativas na<br />

melhoria da qualida<strong>de</strong> do ambiente urbano,<br />

promovendo a purificação do ar pela fixação <strong>de</strong><br />

poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem <strong>de</strong><br />

gases através dos mecanismos fotossintéticos; a<br />

melhoria do microclima da cida<strong>de</strong>, pela<br />

retenção <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> do solo e do ar e pela<br />

geração <strong>de</strong> sombra, evitando que os raios<br />

solares incidam diretamente sobre as pessoas; a<br />

redução na velocida<strong>de</strong> do vento; a influência no<br />

balanço hídrico, favorecendo infiltração da água<br />

no solo e provocando evapo-transpiração mais<br />

lenta; o abrigo à fauna, propiciando uma<br />

varieda<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> espécies,<br />

conseqüentemente influenciando positivamente<br />

para um maior equilíbrio das ca<strong>de</strong>ias<br />

alimentares e diminuição <strong>de</strong> pragas e agentes<br />

vetores <strong>de</strong> doenças; o amortecimento <strong>de</strong> ventos<br />

e ruídos; <strong>de</strong>ntre outros.<br />

Outra função importante da<br />

arborização que acompanha o sistema<br />

viário é seu préstimo como corredor<br />

ecológico, interligando as áreas livres<br />

vegetadas da cida<strong>de</strong>, a exemplos das<br />

praças e parques. Além disso, em muitas<br />

ocasiões, a árvore em frente à residência<br />

confere a ela uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> particular e<br />

propicia o contato direto dos moradores<br />

com um elemento natural significativo,<br />

consi<strong>de</strong>rando todos os seus benefícios.<br />

No entanto, muitos são os problemas<br />

causados pelo confronto <strong>de</strong> árvores<br />

ina<strong>de</strong>quadas com equipamentos urbanos, como<br />

fiações elétricas, encanamentos, calhas,<br />

calçamentos, muros, postes <strong>de</strong> iluminação, etc.<br />

Estes problemas são muito comuns <strong>de</strong> serem<br />

visualizados e provocam, na gran<strong>de</strong> maioria das<br />

vezes, um manejo ina<strong>de</strong>quado e prejudicial às<br />

árvores. É comum vermos árvores podadas<br />

drasticamente e com muitos problemas<br />

fitossanitários, como presença <strong>de</strong> cupins,<br />

brocas, outros tipos <strong>de</strong> patógenos, injúrias<br />

físicas como anelamentos, envenenamento,<br />

caules ocos e podres, galhos lascados, etc.<br />

Frente a esta situação comum nas cida<strong>de</strong>s<br />

brasileiras, soma-se o fato da escassez <strong>de</strong><br />

árvores ao longo das ruas e avenidas. Neste<br />

sentido, é fundamental consi<strong>de</strong>rarmos a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um manejo constante e<br />

a<strong>de</strong>quado voltado especificamente para a<br />

arborização <strong>de</strong> ruas. Este manejo envolve<br />

etapas concomitantes <strong>de</strong> plantio, condução das<br />

mudas, podas e remoções necessárias. Para que<br />

seja implementado um sistema municipal que<br />

atenda toda essa <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> serviços, é<br />

necessário consi<strong>de</strong>rar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

legislação municipal específica, medidas<br />

administrativas voltadas a estruturar o setor<br />

competente para executar os trabalhos,<br />

consi<strong>de</strong>rando, fundamentalmente, mão-<strong>de</strong>-obra<br />

qualificada e equipamentos apropriados, bem<br />

como o envolvimento com empresas que<br />

aju<strong>de</strong>m a sustentar os projetos e ações<br />

i<strong>de</strong>alizadas, e com a população em geral. Este<br />

último po<strong>de</strong>rá acontecer, preferencialmente,<br />

através <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> educação ambiental<br />

voltados para o tema, procurando envolver <strong>de</strong><br />

fato os moradores no processo <strong>de</strong> arborização<br />

ou rearborização da cida<strong>de</strong>.<br />

A escolha da espécie a plantada na frente da<br />

residência é o aspecto mais importante a ser<br />

consi<strong>de</strong>rado. Para isso, é extremamente<br />

importante que seja levado em conta o espaço<br />

disponível que se dispõe <strong>de</strong>fronte à residência,<br />

consi<strong>de</strong>rando a presença ou ausência <strong>de</strong> fiação<br />

aérea e <strong>de</strong> outros equipamentos urbanos citados<br />

anteriormente, assim como a largura da calçada<br />

e recúo predial. Depen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>sse espaço, a<br />

escolha ficará vinculada ao conhecimento do<br />

porte da espécie a ser utilizada.<br />

Para facilitar o levantamento, as árvores<br />

usadas na arborização <strong>de</strong> ruas e avenidas foram<br />

classificadas em pequeno, médio e gran<strong>de</strong><br />

porte. Neste trabalho seguem as <strong>de</strong>finições <strong>de</strong><br />

cada um dos portes, com indicação <strong>de</strong> nomes<br />

<strong>de</strong> algumas espécies mais comuns encontradas<br />

no cadastramento.<br />

12


capítuloI<br />

HISTÓRICO DA ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA<br />

HISTÓRICO<br />

1.1. O Início da arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong><br />

Nas décadas <strong>de</strong> 30 e 40, praticamente não<br />

havia arborização em <strong>Goiânia</strong>. Nessa época, até<br />

mesmo o arruamento era precário. O que havia<br />

eram as matas às margens dos córregos.<br />

Quando se iniciou o arruamento <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> e a<br />

criação dos primeiros setores, pensou-se na<br />

arborização das ruas. Mas nesse perído o<br />

cerrado era <strong>de</strong>svalorizado, portanto, utilizou-se<br />

espécies exóticas, como os flamboyants (Delonix<br />

regia) nas Avenidas Tocantins e Araguaia, e o<br />

fícus (Ficus microcarpa) na Av. Goiás.<br />

Figura 02. Av. Tocantins com arborização<br />

composta por flamboyant - Delonix regia na<br />

década <strong>de</strong> 40. Fonte: SEPLAM - 2007<br />

Figura 01. Av. Goiás na década <strong>de</strong><br />

40. Fonte: Secretaria Municipal <strong>de</strong><br />

Planejamento - SEPLAM - 2007<br />

A <strong>Prefeitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, nessa época, não era<br />

a responsável pela arborização da cida<strong>de</strong>. Esse<br />

trabalho ficava a cargo do Governo do Estado,<br />

através da Secretaria <strong>de</strong> Ação e Obras. Ela<br />

possuía um viveiro pequeno e um <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong><br />

plantas – tecnicamente bem preparado, mas<br />

que limitava-se a reproduzir as espécies já<br />

introduzidas na cida<strong>de</strong> (fícus – Ficus microcarpa,<br />

flamboyant – Delonix regia, espató<strong>de</strong>a –<br />

Sphatho<strong>de</strong>a campanulata, alfeneiro – Ligustrum<br />

japonicum, e dilênia – Dilenia indica). Não havia<br />

profissionais especializados em arborização,<br />

motivação para a preservação nem nenhuma<br />

preocupação ambiental. Quase tudo era<br />

importado, inclusive os hábitos, costumes e as<br />

espécies para a arborização. Como no Brasil<br />

existiam poucos viveiros, pouco também se<br />

sabia sobre as espécies com potencial para se<br />

utilizar na arborização <strong>de</strong> calçadas e praças.<br />

13<br />

O projeto original <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, elaborado pelo<br />

Arquiteto Atílio Correia Lima, não mencionava<br />

nada sobre a arborização, fornecendo apenas as<br />

diretrizes macro da cida<strong>de</strong>. A proposta do Atílio<br />

para as áreas ver<strong>de</strong>s seria um único e gran<strong>de</strong><br />

parque, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a cabeceira até a saída da cida<strong>de</strong>,<br />

contornando os setores centrais, fazendo um<br />

anel ao redor <strong>de</strong>sses setores resi<strong>de</strong>nciais.


a<br />

Figura 03. Praça cívica - Centro Administrativo.<br />

Rua 84 . Início da década <strong>de</strong> 60.<br />

Fonte: SEPLAM - 2007<br />

Figura 04. Av. universitária, antiga Rua 10.<br />

Construção da catedral na década <strong>de</strong> 50 e início<br />

da arborização. Fonte: SEPLAM-2007<br />

Este projeto foi todo modificado, pois<br />

<strong>Goiânia</strong> foi projetada para 50.000 habitantes e<br />

hoje tem mais <strong>de</strong> 1.200.000. Essas áreas ver<strong>de</strong>s<br />

foram <strong>de</strong>struídas, loteadas para abrigar a<br />

população que chegava a <strong>Goiânia</strong>.<br />

Na década <strong>de</strong> 30, na construção <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

houve <strong>de</strong>smatamento do cerrado para abertura<br />

<strong>de</strong> ruas, quadra e lotes. Segundo relato <strong>de</strong><br />

pessoas que viram todo esse processo <strong>de</strong><br />

transformação <strong>de</strong> nossa capital, a arborização<br />

urbana teve início entre as décadas <strong>de</strong> 40 e 50,<br />

quando começou o arruamento da cida<strong>de</strong> e a<br />

criação dos primeiros setores. Mas, nesta época,<br />

o cerrado era <strong>de</strong>svalorizado, e, portanto,<br />

utilizou-se espécies exóticas, os flamboyants -<br />

Delonix regia, com floração vermelha e amarela<br />

– nas Avenidas Araguaia e Tocantins, e,<br />

posteriormente, nas Ruas 3, 16, 18, 20 e<br />

Paranaíba. Na década <strong>de</strong> 50 começa a ser<br />

utilizada a sibipiruna – Caesalpinia pluviosa<br />

var. peltophoroi<strong>de</strong>s e cássias (Cassia javanica)<br />

nas ruas da cida<strong>de</strong>.<br />

O plantio <strong>de</strong> árvores nos Setores<br />

Centrais teve gran<strong>de</strong> avanço a partir do<br />

Prefeito Venerando <strong>de</strong> Freitas Borges, que<br />

num esforço <strong>de</strong> arborização nossa capital,<br />

trouxe mudas <strong>de</strong> outras localida<strong>de</strong>s, como,<br />

por exemplo, do Triângulo mineiro, <strong>de</strong><br />

Belo Horizonte e São Paulo. Nas Ruas 20,<br />

16 e outras plantou-se o ligustro -<br />

Ligustrum japonicum, na Rua 24 plantou-se<br />

o saboneteiro - Sapindus saponaria e na<br />

Praça Cívica (Av. Goiás) plantou-se o ficus<br />

- Ficus microcarpa.<br />

14


Foto: José Henrique da Veiga Jardim<br />

Figura 05. Av. Goiás esquina com Rua 03. Início<br />

da década <strong>de</strong> 40. Fonte: SEPLAM - 2007.<br />

Foto: Hélio <strong>de</strong> Oliveira<br />

Figura 07. Av. Goiás. Ano <strong>de</strong> 1980<br />

Fonte: SEPLAM - 2007<br />

Figura 06. Av. Goiás com Rua 04. Ao fundo<br />

estação Ferroviária. Ano <strong>de</strong> 1960. Fonte: SEPLAM<br />

- 2007.<br />

Devido à carência <strong>de</strong> estudos e informações sobre espécies a utilizar na arborização urbana, até<br />

meados da década <strong>de</strong> 90 plantaram-se praticamente espécies exóticas que eram utilizadas em outras<br />

cida<strong>de</strong>s brasileiras, como, por exemplo: flamboyant, ficus, saboneteiro, sibipiruna, espató<strong>de</strong>a, dilênea<br />

e, numa escala muito gran<strong>de</strong>, a monguba – Pachira aquatica, que atualmente representa em torno<br />

<strong>de</strong> 19% <strong>de</strong> todas as árvores plantadas em <strong>Goiânia</strong>.<br />

15


Waldomiro Bariani Ortêncio<br />

1.2. Depoimentos <strong>de</strong> pioneiros em <strong>Goiânia</strong><br />

Apresentamos, a seguir, uma coletânea <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>poimentos sobre os primeiros anos <strong>de</strong><br />

implantação da nova capital do Estado <strong>de</strong><br />

Goiás. Esses <strong>de</strong>poimentos, dados por pessoas<br />

que participaram ativamente do momento<br />

político e social, afloram a memória do ponto<br />

<strong>de</strong> vista da arborização da nova capital e das<br />

circunstâncias em que esta foi executada.<br />

Hoje, mais <strong>de</strong> 60 anos, estes expoentes<br />

analisam e ilustram com riqueza <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes<br />

a situação, o momento e as soluções<br />

encontradas pelas primeiras administrações<br />

da capital, que mais tar<strong>de</strong> se transformaram<br />

em <strong>Goiânia</strong> em um marco ecológico entre as<br />

cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todo a mundo.<br />

Mais que um relato histórico, esta<br />

coletânea <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos é um documento<br />

vivo do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> em<br />

perfeita harmonia com a natureza resultando<br />

em uma vida melhor para todos os cidadãos.<br />

Nascido nas Usinas<br />

Junqueira (Fazenda<br />

São Geraldo), em<br />

Igarapava, São Paulo,<br />

em 24 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><br />

1923. É filho <strong>de</strong><br />

Antônio Ortêncio e<br />

Josefina Bariani. Em<br />

1938 transferiu-se para<br />

<strong>Goiânia</strong>. Estudou no<br />

Lyceu <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> e na<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia<br />

e Odontologia <strong>de</strong> Goiás. Em 1945 fundou o Bazar<br />

Paulistinha. Foi alfaiate, goleiro do Atlético<br />

Clube Goianiense, professor <strong>de</strong> matemática,<br />

comerciante, fazen<strong>de</strong>iro, industrial e minerador.<br />

Pesquisador e folclorista, Bariani Ortêncio é<br />

um dos gran<strong>de</strong>s escritores do Brasil. Publicou 31<br />

livros, <strong>de</strong>ntre os quais Sertão sem fim, Vão dos<br />

Angicos, Trilogia da Cozinha Goiana, Dicionário<br />

do Brasil Central e Medicina Popular do Centro-<br />

Oeste. Uma das figuras mais queridas <strong>de</strong> Goiás,<br />

Bariani Ortêncio é nome <strong>de</strong> rua e <strong>de</strong> bibliotecas,<br />

e recebeu centenas <strong>de</strong> prêmios, medalhas,<br />

placas, diplomas, títulos e comendas.<br />

“Eu me chamo Waldomiro Bariani Ortêncio,<br />

nasci no ano <strong>de</strong> 1923, em Igarapava, Estado <strong>de</strong><br />

São Paulo. Viemos para <strong>Goiânia</strong> em 1938, com<br />

meu avô, Fioravante Bariani, chefe do clã da<br />

família. Nosso ramo <strong>de</strong> trabalho no Estado <strong>de</strong><br />

São Paulo era serraria, <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira. Viemos para colaborar na construção<br />

da nova capital, sendo a Serraria Bariani a<br />

primeira indústria urbana no bairro <strong>de</strong><br />

Campinas. Aqui era apenas um imenso canteiro<br />

<strong>de</strong> obras, com muito vento fazendo muita<br />

poeira, que afugentava os falsos pioneiros.<br />

O que pretendo falar aqui não é da<br />

arborização, e sim da <strong>de</strong>sarborização, da<br />

<strong>de</strong>struição das árvores. Todos os bosques do<br />

perímetro urbano foram semi-<strong>de</strong>struídos. Em<br />

frente à Rodoviária antiga, que hoje é o Corpo<br />

<strong>de</strong> Bombeiros, o bosque era <strong>de</strong> árvores<br />

frondosas. O Dr. Eurico Viana, administrador das<br />

obras do Estado, negociou com o meu avô a<br />

ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> todas as árvores do bosque à meia,<br />

16


quer dizer, meta<strong>de</strong> para o Estado e meta<strong>de</strong> para<br />

a Serraria. Como o meu pai, genro, era o<br />

<strong>de</strong>sdobrador das toras na gran<strong>de</strong> serra vertical<br />

da serraria, foi ele quem serrou todas as toras<br />

daquelas árvores que medissem mais <strong>de</strong> 30<br />

centímetros <strong>de</strong> diâmetro.<br />

Naquele tempo, não se tinha noção do que<br />

fosse ecologia. O que restou foi um ipê amarelo em<br />

frente ao Corpo <strong>de</strong> Bombeiros, e um jatobazeiro<br />

em frente à agência da Celg, ainda produzindo<br />

frutos. Estas duas árvores são o atestado, a<br />

certidão, <strong>de</strong> que ali houve uma floresta.<br />

Posteriormente, o prefeito Manoel dos Reis<br />

abriu uma estrada <strong>de</strong> 50,00 m <strong>de</strong> largura, <strong>de</strong>ntro<br />

do bosque, que hoje é o Jardim Botânico, para a<br />

saída sul da cida<strong>de</strong>, para ficar mais perto do<br />

Country Clube. Do lado direito, acabaram com<br />

tudo, está cheio <strong>de</strong> casas. E do lado esquerdo a<br />

mata vai até a rodovia BR-153. Ninguém<br />

acreditava na expansão da cida<strong>de</strong>, achando que<br />

ela ficaria limitada <strong>de</strong>ntro dos 50 alqueires<br />

doados pela família Morais, <strong>de</strong> Campinas<br />

(Campininha das Flores <strong>de</strong> Nossa Senhora da<br />

Conceição). O Dr. Manoel dos Reis, médico e<br />

fazen<strong>de</strong>iro, era (e é), um homem prático e<br />

inteligente. Quando foi construir as passarelas<br />

do Centro Administrativo, explicou: ‘O povo é<br />

igual gado quando vai pra aguada – faz um<br />

trilheiro, passando sempre naquele mesmo<br />

lugar. Eu vou <strong>de</strong>ixar o povo fazer os trilheiros,<br />

marcar os lugares, e <strong>de</strong>pois eu faço o<br />

calçamento. Se eu fizer o calçamento antes, vou<br />

per<strong>de</strong>r porque o povo vai fazer atalhos’.<br />

E <strong>de</strong>u certo. Vamos falar dos Bosques dos Buritis.<br />

Eu fun<strong>de</strong>i, com o Leonardo Rizzo, a Associação<br />

<strong>de</strong> Protetores do Bosque dos Buritis, e fui seu<br />

presi<strong>de</strong>nte por 6 anos. Depois o presi<strong>de</strong>nte foi o<br />

Leonardo, e eu o vice-presi<strong>de</strong>nte, por mais 4<br />

anos. O Bosque dos Buritis está a 300m do<br />

Palácio do Governo. Toda festa junina que havia<br />

na Praça Cívica, iam buscar as folhas dos buritis<br />

<strong>de</strong> lá, “<strong>de</strong>scabelando-os”. O povo levava pra casa<br />

até a água das minas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do Bosque, que,<br />

<strong>de</strong>pois ficou provado, eram poluídas.<br />

Anteriormente, construíram o Ateneu e a Igreja<br />

Dom Bosco <strong>de</strong>ntro do Bosque. Depois veio o<br />

presi<strong>de</strong>nte da Assembléia Legislativa e<br />

construiu a Assembléia lá <strong>de</strong>ntro. Isso fez com<br />

que o Bosque fosse sendo <strong>de</strong>struído.<br />

À época, as pessoas pioneiras recebiam<br />

terrenos urbanos para colocar uma casa<br />

comercial, um colégio, no nosso caso, a serraria.<br />

O encarregado da distribuição gratuita dos lotes<br />

era o Dr. Sólon A. <strong>de</strong> Almeida, que tem seu busto<br />

fixado frente à Estação Rodoviária. Pela Feira<br />

Hippie iriam construir um sanitário ao lado do<br />

busto. Fiz protesto público e o lugar foi mudado.<br />

Depois, fizeram o Hospital do Município, do<br />

Sindicato dos Empregados da <strong>Prefeitura</strong>, on<strong>de</strong><br />

está o MAG-Museu. Depois construiu-se uma<br />

agência da CAIXEGO, ao lado da Assembléia,<br />

<strong>de</strong>ntro do Bosque, a menos <strong>de</strong> 50 metros das<br />

minas d’água.<br />

Quando o Dr. Leolídio Caiado foi eleito<br />

governador, teve início a construção da Casa da<br />

Cultura, <strong>de</strong>struindo parte do Bosque. Fez apenas<br />

a fundação, ficando a estrutura <strong>de</strong> aço. No<br />

governo municipal do Senhor Índio Artiaga,<br />

seguindo sugestão nossa, da AAPBB, arrancaram<br />

o que pô<strong>de</strong> daquelas estruturas <strong>de</strong> ferro,<br />

colocaram água e ficou o lago on<strong>de</strong> está a fonte<br />

<strong>de</strong> jato <strong>de</strong> 60 metros. Como o povo não perdoa,<br />

antes do lago o local se chamava ‘Buraco da<br />

Cultura’. Há anos atrás o prefeito planejou<br />

construir, novamente, a Casa da Cultura no<br />

mesmo lugar. No projeto, o estacionamento<br />

ficaria <strong>de</strong>ntro do Bosque. Nós, da Associação,<br />

batemos o pé e não <strong>de</strong>ixamos fazer. Quando o<br />

Fórum, também estava sendo construído, estava<br />

prevista uma passarela aérea na Avenida Assis<br />

Chateaubriand, porque o estacionamento seria<br />

<strong>de</strong>ntro do Bosque. Nós, junto com a Imprensa,<br />

fomos em cima e não <strong>de</strong>ixamos fazer.<br />

As autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> antes <strong>de</strong>struíram as<br />

reservas, as essências ambientais, porque, como<br />

disse, <strong>de</strong>sconheciam o que fosse ecologia. Não<br />

tinham uma visão do futuro, não sabiam que as<br />

árvores são necessárias, são o pulmão ver<strong>de</strong> da<br />

cida<strong>de</strong>, principalmente dos bosques, pois existe<br />

diferença entre praça e bosque. A praça é<br />

construída e as árvores plantadas pelo homem.<br />

Bosque são uma ilha <strong>de</strong> mata natural, espécie<br />

<strong>de</strong> capão-<strong>de</strong>-mato. Vamos remediar, construir<br />

praças, arborizá-las e reflorestar os bosques,<br />

enquanto é tempo. Vamos torcer para que<br />

parem <strong>de</strong> agredir a natureza.”<br />

17


El<strong>de</strong>r Rocha Lima<br />

Nascido na Cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Goiás, graduou-se<br />

em arquitetura pela<br />

Faculda<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong><br />

Arquitetura da<br />

Universida<strong>de</strong> do Brasil<br />

(atual UFRJ). Exerce<br />

ativida<strong>de</strong>s profissionais<br />

<strong>de</strong> arquiteto e artista<br />

plástico em <strong>Goiânia</strong> e<br />

Brasília.<br />

“A mudança da<br />

capital do Estado para <strong>Goiânia</strong> obe<strong>de</strong>ceu, sem<br />

sombras <strong>de</strong> dúvidas, a um ímpeto mo<strong>de</strong>rnizador<br />

necessário. Esse sentimento levou a alguns<br />

excessos, no afã <strong>de</strong> fazer algo diferente do<br />

passado.<br />

Com relação ao novo paisagismo urbano,<br />

alguns erros foram cometidos, os quais estamos<br />

pagando até hoje. De maneira geral, a cida<strong>de</strong> é<br />

bem arborizada, tanto no que se refere à<br />

arborização das ruas, como das residências.<br />

Infelizmente, a substituição <strong>de</strong> residências<br />

isoladas por edifícios <strong>de</strong> apartamentos tem<br />

eliminado os quintais e seus jardins e árvores.<br />

No começo da construção da cida<strong>de</strong>, os<br />

responsáveis pela sua arborização tiveram<br />

algumas preferências que se mostraram<br />

inconvenientes - uma <strong>de</strong>las adveio do uso <strong>de</strong><br />

espécies exóticas, como Flamboyant e Ficus -,<br />

pois suas raízes superficiais são danosas às<br />

calçadas e tubulações <strong>de</strong> esgoto. Mesmo algumas<br />

espécies nativas não foram bem escolhidas por se<br />

mostrarem possuidoras <strong>de</strong> frutos ou botões <strong>de</strong><br />

tamanhos avultados, danificando os carros. Além<br />

das espécies exóticas apontadas, tivemos o<br />

emprego da espatódia, o alfeneiro, a dillênia etc.<br />

Com essa política, per<strong>de</strong>mos a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> utilizar na arborização <strong>de</strong> ruas espécies<br />

comuns do bioma do cerrado, como o ipê e a<br />

caraíba, cuja floração é um regozijo para os olhos.<br />

Além <strong>de</strong>ssas, também o pau-ferro, a sibipiruna,<br />

belíssima, o pau-mulato com seu fuste <strong>de</strong> bela<br />

textura e coloração, o babaçú, a aroeira, o paubrasil,<br />

o jacarandá com sua inigualável floração<br />

roxa, a quaresmeira, além <strong>de</strong> árvores frutíferas<br />

que po<strong>de</strong>riam ajudar a fixação dos pássaros no<br />

ambiente urbano.<br />

Com essa política <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> espécies<br />

próprias do nosso ecossistema, estaríamos<br />

assumindo nossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> geográfica, além <strong>de</strong><br />

colaborarmos para preservação <strong>de</strong> nossas<br />

espécies ameaçadas pelas lavouras predatórias e<br />

seu absurdo sistema <strong>de</strong> irrigação <strong>de</strong> pivô central<br />

que obriga a eliminação <strong>de</strong> toda árvore.<br />

O exemplo <strong>de</strong> Brasília, on<strong>de</strong> se preferiu<br />

espécies regionais e fez-se o possível para<br />

preservar a natureza do sitio, está presente e<br />

oferece oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudos.<br />

Quando lembrarmos das palmeiras,<br />

verificaremos que temos um enorme estoque<br />

natural à nossa disposição, começando pelo buriti,<br />

cujos cuidados especiais <strong>de</strong> manutenção são<br />

justificados pela sua beleza, o babaçu, a<br />

guariroba, o bacuri, a juçara, o macaúba e tantos<br />

outros.<br />

Infelizmente, há um problema grave e<br />

praticamente insolúvel em <strong>Goiânia</strong>, que dificulta<br />

a especificação e o trato das árvores que adornam<br />

as ruas: a fiação aérea. Os dois estão em guerra<br />

permanente e a vegetação está sempre per<strong>de</strong>ndo<br />

com sua poda ina<strong>de</strong>quada para satisfazer o<br />

festival <strong>de</strong> fios que passa sobre nossas cabeças. Já<br />

era tempo, pelo menos nos bairros centrais, <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>rnizar essa fiação tornando-a subterrânea,<br />

em nome da praticida<strong>de</strong> e da estética urbana.<br />

Como encarar, pesquisar e encontrar soluções<br />

para essa problemática toda que só po<strong>de</strong> ser<br />

resolvida a longo prazo? Em primeiro lugar, é<br />

preciso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> encarar o ver<strong>de</strong> na Cida<strong>de</strong> como<br />

simples ajardinamento e adorno. O assunto é <strong>de</strong><br />

paisagismo, com a amplitu<strong>de</strong> e serieda<strong>de</strong> que<br />

merece. Equipes <strong>de</strong> arquitetos, engenheiros<br />

florestais, botânicos e outros profissionais<br />

necessitam congregar-se para um estudo<br />

profundo e amplo do problema e,<br />

conseqüentemente, propor um Plano Diretor <strong>de</strong><br />

<strong>Arborização</strong> e ajardinamento da cida<strong>de</strong>, com o<br />

conseqüente viveiro e laboratório <strong>de</strong> pesquisas<br />

que, aliás, seria um dos locais aprazíveis para<br />

nossa população. Aí se preservaria e se<br />

construiria, ao invés <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir para aten<strong>de</strong>r aos<br />

interesses econômicos mesquinhos dos países<br />

materialmente <strong>de</strong>senvolvidos.”<br />

18


Nize <strong>de</strong> Freitas<br />

Pioneira da cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Filha do<br />

primeiro prefeito <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>, professor<br />

Venerando <strong>de</strong> Freitas<br />

Borges.<br />

“O meu pai,<br />

Venerando <strong>de</strong> Freitas<br />

Borges, era muito<br />

entusiasmado com<br />

<strong>Goiânia</strong> e, em especial,<br />

com a arborização da<br />

cida<strong>de</strong>. Ele trouxe um jardineiro <strong>de</strong> Belo<br />

Horizonte, que era muito <strong>de</strong>dicado. Ele podava os<br />

Fícus na Praça Cívica em frente ao Palácio em<br />

forma <strong>de</strong> animais. Vinha gente <strong>de</strong> fora que<br />

achava isso uma maravilha, mas <strong>de</strong>pois, com o<br />

tempo, isso foi se <strong>de</strong>sgastando e mudando.<br />

Posteriormente, houve a Acácia, que eles<br />

plantaram na antiga Rua 10, hoje Avenida<br />

Universitária. Não sei se foi benéfico para a<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, porque chamou a atenção dos<br />

pardais. Ao mesmo tempo, quando eles foram<br />

embora, fizeram certa falta.<br />

Os pardais não foram benéficos porque<br />

sujavam <strong>de</strong>mais a cida<strong>de</strong> e havia problema<br />

também <strong>de</strong> doenças que eles transmitiam. A Rua<br />

10 passou a ser quase intransitável <strong>de</strong>vido à<br />

sujeira. Eram muitos pardais e eles se aninhavam<br />

nas árvores. Isso não era prático nem bom para a<br />

cida<strong>de</strong>, no que se refere à estética das calçadas.<br />

Depois houve um problema com os<br />

Flamboyants. A beleza contrastava: em cima,<br />

muita flor e muito colorido e embaixo, as raízes<br />

arrebentavam as calçadas. O Flamboyant tornouse<br />

a flor símbolo <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, e é até hoje. Mas,<br />

infelizmente, por prejudicar os calçamentos da<br />

cida<strong>de</strong>, ela não pô<strong>de</strong> permanecer.<br />

Eu acredito que se possa fazer uma<br />

comparação entre a <strong>Goiânia</strong> <strong>de</strong> hoje e a <strong>de</strong><br />

ontem. A <strong>de</strong> ontem era a cida<strong>de</strong> coração. A <strong>de</strong><br />

hoje, a cida<strong>de</strong> do cérebro. Antes, havia mais<br />

poesia, colorido, mas ninguém estava preocupado<br />

se isso era bom ou não para a cida<strong>de</strong>. Nós<br />

tínhamos flores no final do ano. A partir <strong>de</strong><br />

setembro, <strong>de</strong> outubro, os flamboyants<br />

começavam a florir. Era uma paisagem belíssima,<br />

que dá ate sauda<strong>de</strong>... dá aquela sensação<br />

nostálgica <strong>de</strong> pensar na <strong>Goiânia</strong> daquela época.<br />

Mas <strong>Goiânia</strong> cresceu e essa beleza toda não é<br />

prática mesmo. Acho que a cida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria ser<br />

arborizada com árvores do cerrado, porque é o<br />

nosso clima, não precisa <strong>de</strong> adaptação. Se jogar<br />

isso pra frente, acho que será muito bom, até na<br />

parte estética: estaremos usando a roupa própria<br />

e a<strong>de</strong>quada.<br />

Papai era muito entusiasmado. Ele entrava no<br />

carro e saía pelas ruas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> para ver as<br />

necessida<strong>de</strong>s, principalmente na arborização. Eu me<br />

lembro bem <strong>de</strong> que havia a sugestão <strong>de</strong> se plantar<br />

árvores frutíferas, mangueiras, etc.. Havia essa idéia<br />

<strong>de</strong> transformar <strong>Goiânia</strong> numa cida<strong>de</strong> pomar, mas<br />

não tinha condições. Houve até alguém que disse<br />

que havia um bairro no Rio <strong>de</strong> Janeiro, o Grajaú,<br />

que tinha ruas que eram arborizadas com árvores<br />

frutíferas. Mas papai disse: ‘Isso é no Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

e nós não po<strong>de</strong>mos trazer isso pra cá. Os frutos<br />

caem no chão e isso não é uma coisa prática.’ No<br />

início havia também o problema <strong>de</strong> verbas. Papai<br />

queria trazer muitas coisas interessantes pra<br />

<strong>Goiânia</strong>, mas não tinha dinheiro. Era uma cida<strong>de</strong><br />

toda em formação, lutava-se com o pouco dinheiro<br />

que havia, com a pouca disponibilida<strong>de</strong>. Havia<br />

dificulda<strong>de</strong> até no transporte pra cá – não havia<br />

meios <strong>de</strong> transporte disponíveis.<br />

Nós não tínhamos uma arborização<br />

maravilhosa. E o Flamboyant, na época, era uma<br />

árvore que dava muita sombra. Então, era mais<br />

prático plantar uma árvore que produzisse<br />

sombra do que beleza estética. Papai uniu o útil<br />

ao agradável. A situação era muito precária, não<br />

havia muitas condições, mas ele lutou com muita<br />

dificulda<strong>de</strong> no começo <strong>de</strong> sua administração.<br />

Disso eu me lembro bem: <strong>Goiânia</strong> não tinha<br />

dinheiro mesmo. Papai lutava com todas as<br />

garras, i<strong>de</strong>alismo, porque não havia estas<br />

facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> verbas que existem hoje pra todo<br />

mundo. Ele tirava dinheiro do próprio bolso pra<br />

jogar na cida<strong>de</strong>. Quando a fonte luminosa da<br />

Praça Cívica estragou, disse: ‘Eu fico sem receber<br />

uns três meses do meu or<strong>de</strong>nado, mas tenho eu<br />

que arrumar’. Isso era i<strong>de</strong>alismo, pois ele era<br />

jovem e não queria nem saber se a família ia<br />

passar necessida<strong>de</strong>s com a falta do or<strong>de</strong>nado <strong>de</strong>le.<br />

19


Não existia uma equipe técnica responsável<br />

pela arborização, na época. Como se dizia, era a<br />

Legião da Boa Vonta<strong>de</strong>. Não havia equipe formada,<br />

mas voluntários. Ele mandava vir pessoas <strong>de</strong><br />

lugares como Belo Horizonte e São Paulo. O<br />

urbanista que projetou as ruas e praças <strong>de</strong> Belo<br />

Horizonte projetou as praças <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> e, em<br />

reuniões com papai, chegaram à conclusão <strong>de</strong> que<br />

a arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> tinha que ser <strong>de</strong><br />

Flamboyant e Acácias. A Sibipiruna veio bem<br />

<strong>de</strong>pois, nos anos 50.<br />

Eu me lembro do Pedro Ludovico falando para o<br />

papai: ‘Venerando, nós precisamos arborizar<br />

<strong>Goiânia</strong>, porque <strong>Goiânia</strong> é <strong>de</strong>scampada’. Essa foi a<br />

expressão do Pedro Ludovico: ‘temos que botar<br />

sombra nessa cida<strong>de</strong>’.<br />

Houve um Congresso <strong>de</strong> Intelectuais, aqui em<br />

<strong>Goiânia</strong>, em julho <strong>de</strong> 1942. O pessoal que veio<br />

sentiu uma diferença enorme, o seco <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, a<br />

garganta seca. E verificaram que <strong>Goiânia</strong> não tinha<br />

árvores. Isso foi reclamado.<br />

A idéia dos Flamboyants foi para fazer sombra,<br />

por causa da copa gran<strong>de</strong>. Essa foi a união do útil<br />

ao agradável: o Flamboyant é uma árvore muito<br />

bonita e dá uma boa sombra.”<br />

Amaury Menezes<br />

José Amaury <strong>de</strong><br />

Menezes nasceu em 25<br />

<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1930, na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Luziânia, e<br />

mudou-se para <strong>Goiânia</strong><br />

em 1936. Artista<br />

plástico, foi professor na<br />

Escola <strong>de</strong> Belas Artes e<br />

na Escola <strong>de</strong><br />

Arquitetura da<br />

Universida<strong>de</strong> Católica<br />

<strong>de</strong> Goiás entre 1962 e<br />

1986. Como diretor do<br />

Departamento <strong>de</strong> Cultura da <strong>Prefeitura</strong>, em 1970,<br />

fundou o Museu <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. É membro<br />

efetivo do Instituto Histórico e Geográfico <strong>de</strong> Goiás<br />

e da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Letras e Artes do Planalto.<br />

“Quando chegamos a <strong>Goiânia</strong>, eu com menos<br />

<strong>de</strong> seis anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, residimos inicialmente em<br />

Campinas enquanto nossa casa, uma das primeiras<br />

residências da cida<strong>de</strong>, era construída na Avenida<br />

Araguaia, entre as ruas 1 e 2.<br />

A cida<strong>de</strong> praticamente não existia e as<br />

construções sob a responsabilida<strong>de</strong> do Estado eram<br />

edificadas, em obediência ao plano urbanístico,<br />

separadas por gran<strong>de</strong>s distâncias. Habituados às<br />

cida<strong>de</strong>s que cresciam espontaneamente e sem<br />

planejamento, não entendíamos o porquê das<br />

distâncias entre os prédios <strong>de</strong> repartições públicas<br />

da Praça Cívica e outros como o Mercado<br />

Municipal, o Lyceu <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, o Gran<strong>de</strong> Hotel, o<br />

Cine Teatro <strong>Goiânia</strong>, o Automóvel Clube (hoje<br />

Jóquei) e o Lago das Rosas.<br />

As primeiras ruas foram abertas e revestidas<br />

<strong>de</strong> cascalho, mas, como praticamente não existia<br />

tráfego <strong>de</strong> veículos, os pe<strong>de</strong>stres criavam <strong>de</strong>ntro<br />

do cerrado rasteiro os seus atalhos, que na época<br />

<strong>de</strong>nominávamos trilheiros. <strong>Goiânia</strong> era uma<br />

cida<strong>de</strong> que se caracterizava pelos trilheiros. As<br />

frutas típicas do cerrado, como gabiroba, fruta <strong>de</strong><br />

ema e guapeva podiam ser colhias e saboreadas<br />

pelos pe<strong>de</strong>stres que transitavam pelas trilhas, e só<br />

encontrávamos pequenas manchas <strong>de</strong> matas nas<br />

nascentes e nas margens dos córregos. O Bosque<br />

dos Buritis, que na época chamávamos <strong>de</strong><br />

buritizal, tinha uma nascente no atual Clube dos<br />

Oficiais e se estendia no sentido norte, passando<br />

pelo Ateneu Dom Bosco e Jóquei Clube, até a<br />

Santa Casa, on<strong>de</strong> hoje fica o Centro <strong>de</strong> Cultura e<br />

Convenções. Naquela nascente, a formação<br />

natural <strong>de</strong> um pequeno lago proporcionava, para<br />

os jovens e adolescentes da época, os momentos<br />

<strong>de</strong> lazer e exercícios <strong>de</strong> natação. Isso antes da<br />

conclusão do Lago das Rosas.<br />

O plano urbanístico da cida<strong>de</strong> não permitia a<br />

construção <strong>de</strong> muros para separar as residências.<br />

Apenas na parte frontal dos lotes podiam ser<br />

construídas muretas baixas, mas como havia, na<br />

população oriunda <strong>de</strong> pequenas cida<strong>de</strong>s o hábito já<br />

arraigado <strong>de</strong> <strong>de</strong>marcar suas proprieda<strong>de</strong>s, e<br />

também para evitar o trânsito <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres nos<br />

seus quintais, os moradores passaram a levantar<br />

cercas <strong>de</strong> arame farpado, criando uma solução<br />

esteticamente pior. Por esse motivo, mais tar<strong>de</strong>, o<br />

código <strong>de</strong> edificações passou a autorizar a<br />

construção dos muros divisórios.<br />

Como o cerrado rasteiro não oferecia espécies<br />

20


vegetais apropriadas para a arborização da cida<strong>de</strong>,<br />

o prefeito Venerando <strong>de</strong> Freitas Borges criou um<br />

viveiro municipal com várias espécies <strong>de</strong> mudas<br />

importadas e distribuídas <strong>de</strong> forma a diferenciar as<br />

avenidas e ruas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Essa iniciativa dava<br />

características distintas para as principais artérias<br />

da cida<strong>de</strong>. A Avenida Goiás, com seus largos<br />

canteiros centrais, era toda arborizada com Fícus<br />

que, podados cuidadosamente, apresentavam<br />

diferentes formas geométricas. As avenidas<br />

resi<strong>de</strong>nciais Araguaia e Tocantins eram<br />

caracterizadas como as avenidas dos Flamboyants,<br />

que na primavera formavam um gran<strong>de</strong> tapete<br />

colorido nas calçadas, para <strong>de</strong>leite e orgulho dos<br />

seus moradores. Nas estreitas ilhas centrais da<br />

Avenida Anhanguera foram plantadas Palmeiras<br />

Imperiais.<br />

Como aqui não são bem <strong>de</strong>finidas as quatro<br />

estações do ano, <strong>Goiânia</strong> é uma cida<strong>de</strong> privilegiada<br />

com relação às flores. Des<strong>de</strong> o início da Capital, as<br />

muretas frontais baixas e os jardins das residências<br />

contribuíam para o embelezamento urbano. Hoje as<br />

floridas e bem cuidadas praças e jardins mostram<br />

ser verda<strong>de</strong>iras a frase que criei quando era diretor<br />

do Departamento <strong>de</strong> Cultura da <strong>Prefeitura</strong>: ‘Em<br />

<strong>Goiânia</strong> a primavera tem doze meses’.<br />

Nos primeiros anos, a vida da cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pendia comercialmente <strong>de</strong> Campinas e era<br />

intenso o movimento do transporte coletivo<br />

com aquela cida<strong>de</strong>, hoje bairro da Capital.<br />

Lembro-me <strong>de</strong>, durante vários anos, buscarmos<br />

ali o leite para o consumo diário da nossa<br />

família. Antes <strong>de</strong> ficar concluído o Mercado<br />

Central os pioneiros pontos comerciais e<br />

armazéns localizavam-se no Botafogo, hoje<br />

Praça do Botafogo, no Setor Leste Universitário.<br />

Também as datas festivas eram inicialmente<br />

realizadas em Campinas e a Avenida 24 <strong>de</strong><br />

Outubro era palco das competições esportivas<br />

do aniversário <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> e do carnaval <strong>de</strong> rua,<br />

com <strong>de</strong>sfile dos seus poucos automóveis.<br />

Mesmo os mais otimistas pioneiros não<br />

acreditavam na utópica previsão que as duas<br />

cida<strong>de</strong>s seriam ligadas e que Campinas seria<br />

transformada num bairro <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Assim<br />

como também jamais esperavam que<br />

chegássemos à população <strong>de</strong> cinqüenta mil<br />

habitantes prevista pelos urbanistas.<br />

Esse é um pequeno retrato da infância <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>, quando todos ansiavam pelo seu<br />

rápido crescimento para se equiparar às<br />

gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s do País. Hoje, ao contrário,<br />

torcemos para ela parar <strong>de</strong> crescer para<br />

continuar jovem, bonita, acolhedora e sem os<br />

problemas insolúveis dos gran<strong>de</strong>s centros<br />

urbanos.”<br />

Belkiss Spencieri<br />

(in memorian)<br />

Foi pianista,<br />

musicista,<br />

pesquisadora,<br />

professora titular<br />

aposentada da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Goiás e ex-Diretora<br />

do Conservatório <strong>de</strong><br />

Música da UFG (<strong>de</strong>pois<br />

Instituto <strong>de</strong> Artes). Expresi<strong>de</strong>nte<br />

da<br />

Fundação Cultural <strong>de</strong><br />

Goiás e ex-presi<strong>de</strong>nte<br />

da Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Música Contemporânea.<br />

“O que me lembro, quando nós viemos para<br />

<strong>Goiânia</strong>, é <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terra vermelha, solta,<br />

on<strong>de</strong> o vento brincava à vonta<strong>de</strong>... aquela poeira<br />

erguendo e fazendo re<strong>de</strong>moinhos. Esta é imagem<br />

que eu tenho da época em que nós chegamos, por<br />

volta <strong>de</strong> 1940. Depois, foi sendo cuidada e, na<br />

Praça Cívica, havia um circuito, acompanhando o<br />

formato curvo da praça, <strong>de</strong> Fícus, que se<br />

emendavam uns nos outros, numa forma bonita,<br />

acho que baseada nos jardins da Praça Sete <strong>de</strong><br />

Belo Horizonte. Os canteiros centrais da Avenida<br />

Goiás estão marcados em minha memória, com<br />

buxinhos entremeados <strong>de</strong> flores. Uma coisa que<br />

me marcou muito foi a arborização das avenidas<br />

Tocantins e Araguaia. Na Tocantins, os<br />

Flamboyants eram muito gran<strong>de</strong>s e floriam<br />

vermelhos; na Araguaia eram amarelos. Quando<br />

aqui esteve a <strong>de</strong>clamadora Margarida Lopes <strong>de</strong><br />

Almeida, que foi recepcionada no Conservatório<br />

Goiano <strong>de</strong> Musica, as copas do Flamboyants<br />

vermelhos atingiam as janelas do sobrado, que<br />

eram redondas.<br />

21


Ela ficou <strong>de</strong>slumbrada com a beleza das flores,<br />

que pareciam verda<strong>de</strong>iras labaredas.<br />

Lembro-me do Bosque dos Buritis, bem cerrado,<br />

dos grupos <strong>de</strong> casas isoladas, 14 casas na Rua 4, no<br />

quarteirão entre a Praça Cívica e o Parthenon<br />

Center. Sete sobradinhos iguais na Rua 7 e outros<br />

agrupamentos pequenos e habitados, assim mesmo<br />

com poucas casas. E, ali em frente, <strong>de</strong>scia para o<br />

Córrego do Botafogo sem ter nenhuma construção.<br />

Quando eu cheguei do Rio <strong>de</strong> Janeiro, em 1945,<br />

havia rompido a represa do Jaó. Nesta época, eu<br />

morava na Rua 24. Ficava sentada no alpendre,<br />

vendo o entar<strong>de</strong>cer, porque nós não tínhamos<br />

iluminação, e, <strong>de</strong>sta hora em diante, a gente tinha<br />

<strong>de</strong> se valer dos aladins e das velas. O trabalho<br />

noturno nesta época ficava muito prejudicado.”<br />

Jacira Brandão Veiga Jardim<br />

Nascida em 15 <strong>de</strong><br />

março <strong>de</strong> 1918, na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São João Del<br />

Rei, em Minas Gerais.<br />

Filha <strong>de</strong> Manoel<br />

Augusto da Silva<br />

Brandão e Francisca<br />

Monclar. Casou-se no<br />

dia 26 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong><br />

1936, com Joaquim<br />

Veiga Jardim e, um ano<br />

após, mudou-se para<br />

<strong>Goiânia</strong>. Foi diplomada no dia 8 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

1935. Pioneira <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, professora e poetisa.<br />

“Eu vou mencionar as coisas que passei no<br />

início <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, há 68 anos atrás. Quando<br />

chegamos em Goiás, por motivo da transferência da<br />

capital para a Goiana, mudamos para cá. Meu<br />

marido era funcionário público e tivemos que vir<br />

com o governo. Não existia nada aqui. Estavam<br />

abrindo as ruas e começando a construção do<br />

Palácio, Correio e Telégrafo, Secretarias e aquelas<br />

repartições públicas, na Praça Cívica. Estavam<br />

sendo abertas as avenidas como se fossem estradas.<br />

As avenidas Araguaia, Tocantins e Anhanguera e<br />

umas ruas mais próximas, que eram a Rua 20 e a<br />

Rua 4, foram as mais focalizadas e on<strong>de</strong> fizeram<br />

também as residências <strong>de</strong> uns funcionários <strong>de</strong><br />

posição mais elevada, que eram umas casas<br />

melhores. Na Rua 4, fizeram 13 casas populares,<br />

mas eram todas entacadas, com estuque <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira, tinham água, e eram todas arrumadas.<br />

Naquela época, a moeda era contos <strong>de</strong> réis.<br />

Cada casa <strong>de</strong> dois dormitórios custava 13 mil réis e<br />

alguns quebrados que eu não lembro. As maiores,<br />

que tinham 3 dormitórios, custavam 15 mil réis.<br />

Cada funcionário, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 15 anos, se tivesse<br />

pago todas as prestações, recebia o título <strong>de</strong>finitivo<br />

da casa, e mais 4 mil contos <strong>de</strong> réis das mãos do<br />

governo, que foi uma ajuda fantástica. Nesse<br />

tempo, o governo foi maravilhoso para os<br />

funcionários. E aqui, em <strong>Goiânia</strong>, não existia casa e<br />

era muito difícil <strong>de</strong> arrumar, então nós fomos<br />

morar em Campinas, com muito favor, em uma<br />

casa com uma porta e uma janela, igual casa <strong>de</strong><br />

caboclo, <strong>de</strong> chão batido.<br />

Depois, quando eu estava grávida, mudamos<br />

para um quartinho <strong>de</strong> uma casa antiga, <strong>de</strong> uma<br />

viúva, mas era uma casinha melhor. Era <strong>de</strong> uma<br />

senhora, muito amiga da minha mãe, que tinha<br />

muito carinho com a gente. Nós ficamos nesta<br />

moradia até a nossa casa, na Rua 4, ficar pronta. Na<br />

Rua 4 não tinha asfalto, faltava luz e havia poeira<br />

em quantida<strong>de</strong>, porque ainda estavam abrindo<br />

canaletas <strong>de</strong> esgoto. Uma vez ficamos 3 anos sem<br />

energia. Lembro que romperam uma barragem,<br />

acho que para o lago do Jaó.<br />

Água também não tinha. Quando faltava, nós<br />

íamos ao Bosque do Mutirama pegar água com o<br />

bal<strong>de</strong>. Quando faltava luz era aquela luta... ferro a<br />

brasa, fogão caipira, não tinha conforto. Mas <strong>de</strong>pois<br />

tudo foi logo se ajeitando, a cida<strong>de</strong> melhorou e até<br />

hoje está maravilhosa. Sou apaixonada por <strong>Goiânia</strong>.<br />

E agora, a parte <strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s está fantástica,<br />

porque não tinha nada. Eles fizeram essas<br />

arborizações nas principais avenidas, Praça Cívica e<br />

pedaço da Rua 20 e da Rua 4.<br />

Depois a cida<strong>de</strong> foi se abrindo, as ruas se<br />

formando e eles arborizando. Acabou a cida<strong>de</strong><br />

ficando muito gran<strong>de</strong>, toda linda e arborizada com<br />

uma varieda<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> plantas, muitas que eu<br />

nem conheço. Mas <strong>Goiânia</strong> está muito bonita e os<br />

visitantes e todo mundo é encantado com as<br />

varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> flores. Eu me orgulho muito <strong>de</strong> ser<br />

uma pioneira. Passei pedaços horríveis, mas hoje,<br />

graças a Deus, a cida<strong>de</strong> está lindíssima, muito<br />

bonita e muito boa.”<br />

22


Horieste Gomes<br />

Nasceu na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Igarapava – São<br />

Paulo, cursou ginásio e<br />

científico no tradicional<br />

Lyceu <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

Atualmente é professor<br />

e pesquisador do<br />

Instituto do Trópico<br />

Subúmido (ITS) da<br />

Universida<strong>de</strong> Católica<br />

<strong>de</strong> Goiás, geógrafo,<br />

historiador,<br />

ambientalista, membro da Associação dos<br />

Geógrafos Brasileiros (AGB), do Instituto Histórico<br />

Brasil Central da UCG, do Instituto Histórico e<br />

Geográfico <strong>de</strong> Goiás e <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s<br />

culturais.<br />

“Cheguei a <strong>Goiânia</strong> em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1939,<br />

junto com meus pais, seguindo as pegadas dos<br />

meus avós do lado materno, imigrantes <strong>de</strong><br />

linhagem italiana.<br />

Em Campinas, bairro on<strong>de</strong> fui educado e me<br />

tornei cidadão comunitário, terminei a escola<br />

primária no Grupo Escolar Pedro Ludovico<br />

Teixeira, em 1946, por sinal, <strong>de</strong> excelente<br />

qualida<strong>de</strong>. O secundário, ginasial e científico<br />

concluí em 1954, no tradicional Lyceu <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

instituição <strong>de</strong> ensino on<strong>de</strong> exerci o magistério por<br />

10 anos consecutivos. Na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia<br />

da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás fiz o curso<br />

superior <strong>de</strong> História e <strong>de</strong> Geografia (1955-63).<br />

Tornei-me professor no ano <strong>de</strong> 1957 e continuo,<br />

até os dias atuais, <strong>de</strong>dicando-me ao ensino e a<br />

pesquisa no âmbito das ciências humanas e<br />

ambientais. Aposentei-me, em 1992, após 32 anos<br />

<strong>de</strong> serviços prestados a universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Goiás.<br />

Na Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás trabalho<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 1968, ativida<strong>de</strong> laboral<br />

interrompida em 1972, <strong>de</strong>vido ao exclu<strong>de</strong>nte<br />

Decreto-Lei 477 do regime militar.<br />

O período da repressão advindo do golpe<br />

político/militar <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1964, foi muito<br />

difícil para mim e para a socieda<strong>de</strong> brasileira. O<br />

governo <strong>de</strong> Garrastazu Médici correspon<strong>de</strong>u à fase<br />

mais penosa que me obrigou, inclusive, a optar<br />

pelo exílio político em terra distante. Depois <strong>de</strong><br />

passar por prisões militares, <strong>de</strong> cumprir pena e ser<br />

liberto, mas sob liberda<strong>de</strong> vigiada, <strong>de</strong>ixei o Brasil<br />

em 1975 e passei a residir na Suécia, Estado<br />

Nacional que me conce<strong>de</strong>u asílo político. Nele,<br />

permaneci durante 5 anos, retornando ao Brasil e<br />

à cátedra universitária na UFG em 1980,<br />

amparado pela Lei da Anistia <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong><br />

1979.<br />

Fui agraciado com muitos títulos e honrarias,<br />

entre eles, o <strong>de</strong> Professor Emérito pela UFG, em<br />

1995; o <strong>de</strong> Cidadão Goianiense pela Câmara<br />

Municipal, em 2000; a comenda dos Ipês, pela<br />

Assembléia Legislativa <strong>de</strong> Goiás, em 2003.<br />

Atualmente, trabalho no Instituto do Trópico<br />

Subúmido, unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisa e ensino da UCG<br />

que investiga o bioma cerrado como sistema<br />

biogeográfico.<br />

A vegetação como arborização natural,<br />

existente nos primórdios <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, na sua<br />

essência, revelava uma natureza viva na plenitu<strong>de</strong><br />

do seu valor fitogeográfico. Ela era <strong>de</strong> uma beleza<br />

cênica em todos os seus ambientes,<br />

preferencialmente seguia à disposição da re<strong>de</strong><br />

hidrográfica da cida<strong>de</strong>, representada pelo Rio Meia<br />

Ponte e seus tributários (afluentes e sub-afluentes),<br />

a exemplo do ribeirão Anicuns, do João Leite e do<br />

Cascavel, além dos <strong>de</strong>mais cursos d`água, citando<br />

o córrego Botafogo, o ribeirão Dourados, os<br />

córregos dos Buritis, o Capim Puba, o Caveirinhas,<br />

o Vaca Brava, o Palmito, entre outros, e suas<br />

respectivas drenagens.<br />

Como cobertura artificial, a vegetação<br />

arborizava o traçado das principais avenidas e<br />

ruas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, além das praças e jardins, em<br />

plena concordância com a proposta <strong>de</strong> Atílio<br />

Corrêa Lima, <strong>de</strong> malha ver<strong>de</strong>, para <strong>Goiânia</strong>. As<br />

avenidas, tendo como pólo <strong>de</strong> irradiação a Praça<br />

Cívica – Goiás (antiga, Pedro Ludovico Teixeira),<br />

Araguaia e Tocantins -, assim como as avenidas,<br />

24 <strong>de</strong> Outubro e Amazonas (hoje, Anhanguera) no<br />

bairro <strong>de</strong> Campinas, são exemplos <strong>de</strong> arborização<br />

planejada.<br />

O outro momento <strong>de</strong> minha lembrança, é<br />

quando a gente verifica que a partir do final da<br />

década <strong>de</strong> 1940 e início <strong>de</strong> 1950 se assiste a um<br />

violento processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação ambiental<br />

motivado pela retirada abusiva da cobertura vegetal<br />

23


em gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>vido às ações <strong>de</strong><br />

administradores inconseqüentes, acrescida da<br />

acelerada especulação imobiliária, ocorrendo<br />

patente redução dos caudais hídricos pelo<br />

<strong>de</strong>smatamento e assoreamento <strong>de</strong> cabeceiras,<br />

vales e fundos <strong>de</strong> vales. Havia, nos diversos<br />

ambientes naturais <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, uma rica<br />

vegetação que cobria o relevo plano-ondulado do<br />

planalto goianiense, mencionando a cobertura<br />

<strong>de</strong> mata tropical das encostas e dos vales, que<br />

possuíam valiosas espécies <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> lei,<br />

exemplificando com o cedro, o tamboril, o jatobá,<br />

o angico, a garapa, a sucupira e outras mais, e<br />

que foram dizimadas com a expansão da cida<strong>de</strong><br />

e uso ina<strong>de</strong>quado do solo.<br />

No presente, há que se fazer um trabalho<br />

contínuo e crescente <strong>de</strong> recomposição <strong>de</strong>ssa<br />

rica flora que foi <strong>de</strong>vastada. Eu dou como<br />

exemplo as cabeceiras do Vaca Brava, local que<br />

conheço <strong>de</strong> perto e <strong>de</strong> longa data, por ser um<br />

dos lugares on<strong>de</strong> a gente tomava banho<br />

quando criança e adolescente. Da pujança da<br />

vegetação nativa que havia no Vaca Brava, o<br />

que se conseguiu preservar e recompor da mata<br />

do córrego são apenas resquícios, alguns<br />

testemunhos da antiga cobertura vegetal. O<br />

que <strong>de</strong>veria fazer se fazer não foi feito, apenas<br />

construíram um mini-parque.<br />

Pelas suas próprias condições topográficas,<br />

a região oferecia todas as condições naturais<br />

favoráveis, apropriadas para se implantar uma<br />

cobertura hídrica, tipo Pampulha, que <strong>de</strong>veria<br />

chegar no mínimo ao limite do Clube Oásis.<br />

Assim teríamos uma recomposição vegetal<br />

muito maior e a administração municipal<br />

ganharia muito mais com o setor <strong>de</strong> prestação<br />

<strong>de</strong> serviços. Teria que se fazer investimentos,<br />

mas haveria compensações e a comunida<strong>de</strong><br />

seria a gran<strong>de</strong> beneficiada, não só como amplo<br />

lugar <strong>de</strong> lazer, mas, também, pelo aumento do<br />

teor <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> que <strong>Goiânia</strong> tanto necessita,<br />

principal mente na época da estação seca, da<br />

canícula, quando a perda da água é muito<br />

elevada.<br />

Não me lembro quem plantou as Mongubas<br />

e Flamboyants aqui em <strong>Goiânia</strong>. O que eu<br />

tenho em mente é um gran<strong>de</strong> quadro do que<br />

existia em <strong>Goiânia</strong> como cobertura vegetal<br />

natural. Lembro-me, também, da primeira<br />

floricultura no bairro <strong>de</strong> Campinas, que era <strong>de</strong><br />

um armênio chamado Carlos Sarkis Kichichian.<br />

A floricultura era belíssima e dava um colorido<br />

singular na paisagem. Mas, <strong>Goiânia</strong> estava com<br />

outra busca, que era <strong>de</strong> construção e progresso,<br />

não era a busca <strong>de</strong> viver e sentir o belo. Por<br />

isso, ela foi à falência.<br />

Eu não sei respon<strong>de</strong>r quem foram os<br />

primeiros que iniciaram a arborização urbana<br />

com Flamboyants e Mongubas, mas elas se<br />

faziam presentes. É um fato que eu tenho<br />

presente em minha memória”.<br />

Pedro Ludovico Teixeira Júnior<br />

Nasceu em 27 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1922.<br />

Pioneiro da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>. Filho do<br />

fundador <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

Dr. Pedro Ludovico<br />

Teixeira.<br />

“Sobre a<br />

arborização <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>, da parte<br />

ecológica do projeto da<br />

cida<strong>de</strong>, nós <strong>de</strong>vemos<br />

principalmente a duas pessoas: o fundador da<br />

cida<strong>de</strong>, Pedro Ludovico Teixeira, meu pai, e ao<br />

urbanista e arquiteto que projetou a cida<strong>de</strong>, Dr.<br />

Atílio Correia Lima, que era professor <strong>de</strong><br />

Arquitetura e <strong>de</strong> Belas Artes no Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

um homem <strong>de</strong> projeção nacional e internacional.<br />

Nesse ponto, Pedro Ludovico foi muito feliz na<br />

escolha, tinha muito entusiasmo com <strong>Goiânia</strong>.<br />

Vou contar essa passagem porque o enaltece<br />

muito e realmente ele foi muito importante.<br />

Quando pegou o projeto da cida<strong>de</strong>, todos aqueles<br />

prédios da Praça Cívica, hoje, Praça Pedro<br />

Ludovico, e as primeiras casas para as<br />

autorida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>veriam mudar-se da antiga<br />

capital para <strong>Goiânia</strong>, foram localizadas na Rua<br />

20 e logo no início da construção <strong>de</strong>stas casas,<br />

tratou <strong>de</strong> arborizar aquela parte. Ao verificar o<br />

projeto <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> na parte resi<strong>de</strong>ncial da<br />

cida<strong>de</strong>, percebe-se que havia um dispositivo<br />

legal que obrigava todas as<br />

24


esidências a terem pelo menos 5 metros <strong>de</strong><br />

recuo em relação ao passeio da rua, justamente<br />

para serem feitos os jardins. Verifica-se, portanto,<br />

que sempre houve essa preocupação <strong>de</strong> dotar<br />

<strong>Goiânia</strong> <strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s. Atílio Correia Lima e o<br />

Pedro Ludovico fizeram muita questão <strong>de</strong><br />

aproveitar os bosques naturais que tinham em<br />

<strong>Goiânia</strong>, eles aproveitaram aquele bosque que<br />

hoje é o Mutirama, no fim da Avenida Araguaia,<br />

o da Alameda dos Buritis, aproveitaram também<br />

o maior dos bosques naturais <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, lá<br />

perto do Setor Pedro Ludovico, hoje, Jardim<br />

Botânico <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. O que teve <strong>de</strong> bosque<br />

natural aqui foi aproveitado e conservado,<br />

<strong>Goiânia</strong> foi muito feliz por ter conseguido trazer<br />

Atílio Correia Lima para projetar a cida<strong>de</strong>,<br />

porque ele era muito citado – isso quem me disse<br />

um arquiteto uruguaio, que se formou em Nova<br />

York. Ele era muito citado na universida<strong>de</strong><br />

daquela cida<strong>de</strong>, pelo seu trabalho arquitetônico,<br />

realmente era o Niemeyer da época.<br />

A parte <strong>de</strong> plantas, <strong>de</strong> escolha <strong>de</strong> espécies<br />

para a arborização foi contratada por uma pessoa<br />

que conhecia do assunto, mas não me recordo o<br />

seu nome completo. Lembro que seria Wal<strong>de</strong>mar,<br />

um homem muito entusiasmado, que começou a<br />

organizar o horto para fornecimento <strong>de</strong> mudas, lá<br />

no Lago da Rosas, principalmente as primeiras<br />

árvores. As primeiras plantadas foram o Ficus, os<br />

Flamboyants, que floriam intensamente na época<br />

certa, e a Monguba. Po<strong>de</strong> ser que estas espécies<br />

não <strong>de</strong>ram muito certo, mas, para o<br />

embelezamento, foram i<strong>de</strong>ais. Infelizmente os<br />

Flamboyants contribuíram para a <strong>Prefeitura</strong>, que<br />

era dirigida pelo primeiro prefeito <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, o<br />

Dr. Venerando <strong>de</strong> Freitas Borges, um dos maiores<br />

pioneiros <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>. Ele como primeiro<br />

prefeito também estimulou muito a arborização,<br />

e realmente <strong>Goiânia</strong> é uma cida<strong>de</strong> com<br />

arborização intensa. Ela foi consi<strong>de</strong>rada, acho<br />

que no ano passado, a cida<strong>de</strong> Ecológica do Brasil,<br />

graças à boa arborização. Mas evi<strong>de</strong>ntemente<br />

que a arborização, hoje, precisa ser aperfeiçoada.<br />

<strong>Goiânia</strong> precisa <strong>de</strong> uma boa arborização, prática,<br />

não <strong>de</strong> só beleza, pois há espécies que sujam<br />

muito as ruas e arrebentam os passeios. Mas isso<br />

com o tempo vai se aperfeiçoando.<br />

As mudas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> vieram <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Vieram mudas pequenas, trazidas <strong>de</strong> caminhão.<br />

Era difícil, porque as estradas daquela época<br />

eram muito ruins, nem <strong>de</strong>ntro do Estado <strong>de</strong> São<br />

Paulo era asfaltado, nem a estrada mais<br />

importante do país, que era a Rio – São Paulo, era<br />

asfaltada. O progresso do Brasil naquele período,<br />

era quase só no litoral. Desse modo, teve-se<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> trazer essas mudas para cá.<br />

Primeiro foram plantadas mudas no Horto<br />

para a aclimatação. Eram mudas pequenas<br />

ainda. Depois passaram para as ruas e a primeira<br />

avenida a ser arborizada foi a Avenida Goiás. Ela<br />

tinha nas laterais os Flamboyants que eram<br />

muito bonitos, não sei se por problema <strong>de</strong> clima<br />

ou natural da planta, não duravam muito.<br />

Durariam uns 30 anos.<br />

<strong>Goiânia</strong> ficava com muita tonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cor,<br />

cada árvore dava uma tonalida<strong>de</strong> diferente. Na<br />

parte central da Avenida Goiás se plantou o<br />

Fícus, ficaram ali por muitos anos, mas <strong>de</strong>pois<br />

envelheceram e então foram substituídos. Aliás,<br />

não gostei da substituição por guarirobas,<br />

porque elas não dão sombra. Acho que eles<br />

plantaram algumas árvores <strong>de</strong> mogno, que é<br />

muito bonita. Na Rua 20 tem um pé <strong>de</strong> mogno<br />

muito gran<strong>de</strong>. Tem uma história sobre o mogno.<br />

Houve uma firma <strong>de</strong> São Paulo ou estrangeira<br />

que começou a explorar o mogno no norte <strong>de</strong><br />

Goiás, que hoje, é o Tocantins. O mogno é uma<br />

ma<strong>de</strong>ira muito cara e muito interessante para a<br />

arborização, pois é muito bonita, as raízes, não<br />

arrebentam o passeio, dá uma copa muito<br />

bonita, e não cai muita folha. Nesta época os<br />

estudantes aqui <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> se rebelaram contra<br />

a <strong>de</strong>rrubada do mogno e fizeram o movimento ‘O<br />

mogno é nosso’. Então eles plantaram uma<br />

árvore na Rua 20, em frente on<strong>de</strong> é hoje, a<br />

Justiça Fe<strong>de</strong>ral. Aquela casa tem um valor<br />

histórico muito importante, pois foi a primeira<br />

casa on<strong>de</strong> residiu Pedro Ludovico aqui em<br />

<strong>Goiânia</strong>. Ela e a casa do lado, após a sua<br />

mudança para o Palácio, foram aproveitadas<br />

para a primeira Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

Acho que foi o primeiro curso superior <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>, esta é a razão porque os alunos da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito plantaram esta muda <strong>de</strong><br />

mogno, que hoje, está muito bonita, pois é uma<br />

árvore que cresce muito e da uma boa sombra.<br />

25


Ao se comparar a arborização e as áreas<br />

ver<strong>de</strong>s da <strong>Goiânia</strong> <strong>de</strong> ontem com a <strong>Goiânia</strong> <strong>de</strong><br />

hoje, é preciso lembrar que a <strong>Goiânia</strong> <strong>de</strong><br />

antigamente era uma cida<strong>de</strong> feita apenas com a<br />

iniciativa do governo. Existiam somente os<br />

setores principais, o Setor Central e Norte, on<strong>de</strong> se<br />

começou primeiro a construir, <strong>de</strong>pois vieram os<br />

setores Oeste e Aeroporto. Chama-se Aeroporto<br />

porque no início <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> o aeroporto era lá.<br />

Todos estes setores foram loteados pelo governo.<br />

Depois veio o Setor Universitário, o Setor Sul e o<br />

Setor Pedro Ludovico. Esses setores foram todos<br />

planejados e arborizados. Logicamente que os<br />

primeiros a serem arborizados foram os Setores<br />

Central e Norte, pois foram os primeiros a serem<br />

construídos. Os primeiros lugares arborizados<br />

foram as Avenidas Goiás, Tocantins, Araguaia e<br />

Paranaíba. Depois foi ampliando. Isto foi feito por<br />

etapas, porque o Estado <strong>de</strong> Goiás era muito<br />

pobre. Naquela época não tinha arrecadação<br />

nenhuma, tudo era feito com muito sacrifício.<br />

Começar tudo <strong>de</strong> uma vez não dava conta, tinha<br />

que colocar água e esgoto. À medida em que<br />

estes setores foram sendo abertos, foram sendo<br />

arborizados.<br />

Pedro Ludovico, enquanto foi governador, não<br />

permitia loteamento, porque havia um Plano<br />

Diretor da cida<strong>de</strong>. A ampliação seria gradativa,<br />

segundo as normas do seu projeto original, feito<br />

pelo Atílio Correia Lima e também pelo Armando<br />

<strong>de</strong> Godói, que foi um gran<strong>de</strong> urbanista, professor <strong>de</strong><br />

uma faculda<strong>de</strong> em São Paulo. Com a saída do Pedro<br />

Ludovico, começaram a lotear <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nadamente.<br />

<strong>Goiânia</strong> virou uma verda<strong>de</strong>ira colcha <strong>de</strong> retalhos,<br />

teve mais <strong>de</strong> 400 loteamentos. Foi uma perda, pois<br />

estragou o Plano Diretor da cida<strong>de</strong>. Quem loteia<br />

quer dinheiro, não esta preocupado em investir em<br />

coisas que não dêem lucro. Depois que estes<br />

loteamentos foram crescendo, a própria prefeitura<br />

passou a arborizar e o Professor Venerando <strong>de</strong><br />

Freitas, que era um entusiasta da arborização, fez<br />

isso da melhor maneira possível. No início, não se<br />

plantou árvores muito apropriadas, mas <strong>Goiânia</strong> é<br />

uma cida<strong>de</strong> em que tudo era difícil. Foi construída a<br />

mais <strong>de</strong> 1.000 km dos centros civilizados da época.<br />

Tudo era difícil, tudo serviu <strong>de</strong> escola. De agora em<br />

diante, se cometerá menos erros, pois se apren<strong>de</strong><br />

com os erros do passado.”<br />

José Ângelo Rizzo<br />

Professor Emérito e<br />

doutor em Botânica da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Goiás, com 37 livros<br />

publicados em âmbito<br />

nacional e<br />

internacional,<br />

<strong>de</strong>stacando-se A Flora<br />

dos Estados <strong>de</strong> Goiás e<br />

Tocantins e Sobre a<br />

<strong>Arborização</strong>. Membro<br />

do Conselho Estadual<br />

do Meio Ambiente, presi<strong>de</strong>nte do Conselho<br />

Municipal <strong>de</strong> Preservação do Patrimônio Histórico,<br />

Cultural e Ambiental da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

“É <strong>de</strong> extrema importância para toda a<br />

socieda<strong>de</strong> o planejamento, para se ter uma boa<br />

arborização e conservação das áreas ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma<br />

cida<strong>de</strong>.<br />

<strong>Goiânia</strong> é consi<strong>de</strong>rada bem arborizada,<br />

notadamente nos Setores Central, Oeste, Sul e<br />

Universitário. Entretanto, para a periferia, po<strong>de</strong>mos<br />

dizer que se torna necessário um estudo mais<br />

<strong>de</strong>talhado. A <strong>Prefeitura</strong>, através da Secretaria<br />

Municipal do Meio Ambiente, está <strong>de</strong>senvolvendo<br />

estudos em parceria com outros órgãos visando a<br />

uma melhor a<strong>de</strong>quação da arborização da capital.<br />

Voltando ao início da instalação <strong>de</strong> nossa capital,<br />

as Ruas do Setor Central, tais como as Ruas 3, 18, 20<br />

e as Avenidas Goiás, Tocantins e Paranaíba, foram<br />

as que receberam as primeiras árvores. O primeiro<br />

prefeito, Venerando <strong>de</strong> Freitas Borges, e os <strong>de</strong>mais,<br />

num gran<strong>de</strong> esforço para dotar a nossa capital <strong>de</strong><br />

uma arborização, trouxeram mudas <strong>de</strong> árvores <strong>de</strong><br />

outras localida<strong>de</strong>s, como, por exemplo, do Triangulo<br />

Mineiro, que, com muito sacrifício, foram<br />

transportadas para <strong>Goiânia</strong>. Nas Avenidas Goiás,<br />

Tocantins e Araguaia foram plantados Flamboyants,<br />

árvores conhecidas cientificamente como Delonix<br />

regia Rafin, originárias <strong>de</strong> Madagascar e <strong>de</strong> belo<br />

efeito ornamental. Nas Ruas 20, 16 e outras plantouse<br />

Ligustro, conhecido como Ligustrum japonicum<br />

Thunb e na Rua 24 o Saboneteiro, Sapindus<br />

saponaria L.. Essas são algumas das espécies<br />

históricas <strong>de</strong> nossa capital. Mais recentemente,<br />

plantou-se a conhecida Monguba ou Manguba,<br />

26


<strong>de</strong>nominada cientificamente como Pachira<br />

aquatica Aubl. Ela existe na Avenida Paranaíba e<br />

em outros locais.<br />

A importância da arborização em uma cida<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong> ser avaliada sobre os diversos aspectos:<br />

<strong>de</strong>spertar o interesse dos habitantes para a beleza<br />

das árvores e sua floração; contribuir para a<br />

diminuição dos efeitos estressantes do concreto, do<br />

asfalto e outros fatores; e favorecer o sombreamento<br />

amenizando a temperatura. Sabemos que há uma<br />

diferença <strong>de</strong> 3º a 4º C entre a sombra e a incidência<br />

solar direta, gerando um <strong>de</strong>sconforto muito gran<strong>de</strong><br />

às pessoas.<br />

Em um sentido social, a arborização e as áreas<br />

ver<strong>de</strong>s, os parques e as praças concorrem muito<br />

para evitar a <strong>de</strong>linqüência juvenil, permitindo que a<br />

juventu<strong>de</strong> extravase as suas energias, além <strong>de</strong><br />

manter um convívio harmonioso entre as pessoas e<br />

o meio ambiente, justificando-se assim todos os<br />

esforços para uma boa arborização.<br />

A arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> requer cuidados e<br />

ações, porque inúmeras espécies plantadas já<br />

atingiram o seu ciclo biológico, e, em muitos casos,<br />

houve o plantio <strong>de</strong> espécies não a<strong>de</strong>quadas com<br />

relação ao porte e ao sistema radicular. Isso<br />

provocou conflitos com os sistemas da re<strong>de</strong> elétrica,<br />

telefônica e <strong>de</strong> esgoto e os luminosos do comércio,<br />

gerando, então, podas drásticas.<br />

Os órgãos públicos e a socieda<strong>de</strong> têm a<br />

obrigação <strong>de</strong> participar ativamente <strong>de</strong> quaisquer<br />

medidas, visando uma boa arborização compatível<br />

com os interesses <strong>de</strong> nossa capital e <strong>de</strong> seus<br />

habitantes.”<br />

Washington Novaes<br />

Jornalista e exsecretário<br />

do<br />

Meio Ambiente do<br />

Distrito Fe<strong>de</strong>ral.<br />

“As árvores são<br />

importantes para a<br />

cida<strong>de</strong> por vários<br />

motivos. Elas<br />

respon<strong>de</strong>m pelo nível<br />

<strong>de</strong> umida<strong>de</strong> do ar.<br />

Então, quando nós<br />

eliminamos a<br />

vegetação <strong>de</strong> um lugar que tem a estação seca<br />

tão pronunciada, como a nossa, contribuímos<br />

para a redução do nível <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> do ar, que<br />

aqui já é pequeno. É por isso que os projetos e<br />

planos <strong>de</strong> substituição da arborização por<br />

espécies menores precisam ser muito<br />

cuidadosos, porque se vão colocar árvores<br />

menores, menos <strong>de</strong>nsas, com menos folhas, vão<br />

reduzir a biomassa que produz a umida<strong>de</strong> do ar.<br />

Então, se as árvores menores vão ser plantadas,<br />

tem-se que plantar mais ainda, para não haver<br />

uma perda da biomassa.<br />

Alem disso, é preciso notar que a árvore é<br />

tida sempre como problema, porque interfere<br />

na fiação, atrapalha a visão comercial, quebra<br />

os canteiros, quebra a rua... Ora, por que o<br />

problema é a árvore e não a fiação? Por que o<br />

problema é a árvore e não a propaganda? Por<br />

que não se consi<strong>de</strong>ra que é o asfaltamento é<br />

responsável pelo problema da diminuição do<br />

espaço para a árvore? Uma árvore cai sobre um<br />

carro e o danifica. Quem disse que o carro tem<br />

o direito <strong>de</strong> ficar parado num espaço público<br />

embaixo <strong>de</strong>la? Qual a legislação que lhe atribui<br />

esse direito? No entanto, a responsável é a<br />

árvore. Parte-se <strong>de</strong> um pressuposto, que não é<br />

necessariamente válido. Estamos vivendo<br />

formatos muito antigos e muito atrasados. No<br />

mundo inteiro já não se usa mais fiação aérea,<br />

exatamente por isso: para que não haja<br />

interferência em <strong>de</strong>corrência da arborização.<br />

Será que o problema é a arvore, quando suas<br />

raízes vão se infiltrando e prejudicando as re<strong>de</strong>s<br />

subterrâneas <strong>de</strong> água e esgoto? Ou nós não<br />

estamos fechando os canteiros e obrigando as<br />

suas raízes a mergulharem mais fundo em<br />

busca <strong>de</strong> água?<br />

É preciso mudar <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong>. A árvore<br />

não é um problema, é uma solução. Ela<br />

contribui para a nossa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e não<br />

só por esta questão da biomassa. A árvore<br />

proporciona sombra, paisagem, relações que<br />

são muito importantes com as pessoas. Vamos<br />

pensar, por exemplo, na criança que apren<strong>de</strong> a<br />

ser uma pessoa brincando, ali, <strong>de</strong>baixo da<br />

árvore, com seus amigos. É uma perda muito<br />

gran<strong>de</strong> quando esta criança fica sem esta<br />

árvore. A pessoa que se senta na porta da sua<br />

27


casa, <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> uma árvore, vai per<strong>de</strong>r a sombra. É<br />

no plano da personalida<strong>de</strong> que vai haver também<br />

essa perda. Portanto, a árvore é um fator<br />

<strong>de</strong>terminante para a nossa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida.<br />

Mu<strong>de</strong>i para <strong>Goiânia</strong> em 1982,<br />

exatamente porque eu havia me<br />

encantado com a cida<strong>de</strong>. Eu sou paulista,<br />

do interior <strong>de</strong> São Paulo, mas morei 13<br />

anos na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Saí <strong>de</strong> lá<br />

justamente porque não queria viver numa<br />

cida<strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong>, cheia <strong>de</strong> problemas. Mu<strong>de</strong>ime<br />

para o Rio <strong>de</strong> Janeiro e morei lá durante 17<br />

anos, e aconteceu a mesma coisa. Então, em 1982,<br />

me <strong>de</strong>cidi mudar para <strong>Goiânia</strong>, porque era uma<br />

linda cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> 600 mil habitantes e não tinha<br />

nenhum dos problemas <strong>de</strong> segurança. Era uma<br />

cida<strong>de</strong> toda arborizada, florida e pacata. Ao longo<br />

<strong>de</strong>stes 25 anos, eu tenho visto <strong>Goiânia</strong><br />

caminhar exatamente em direção aos<br />

mesmos problemas <strong>de</strong> São Paulo, Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro e outras metrópoles. Penso que<br />

está havendo uma perda muito gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. O <strong>de</strong>smatamento<br />

do entorno da cida<strong>de</strong> foi brutal nestes<br />

25 anos. Hoje só <strong>de</strong>vem restar uns 5%<br />

da vegetação nativa e nas próprias ruas<br />

e praças, a vegetação tem diminuído. Há<br />

um processo <strong>de</strong> perda que <strong>de</strong>veria ser mais<br />

refletido e estancado.”<br />

28


capítulo II<br />

<strong>Goiânia</strong>,<br />

capital ver<strong>de</strong> do Brasil<br />

A ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA NA ATUALIDADE<br />

<strong>Goiânia</strong> é a capital <strong>de</strong> Estado com a maior<br />

extensão <strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s por habitantes e o<br />

maior número <strong>de</strong> árvores em vias públicas do<br />

País, em proporção ao número <strong>de</strong> habitantes.<br />

Essa condição foi comprovada por estudos<br />

realizados pelos técnicos da Agência Municipal<br />

do Meio Ambiente – AMMA, com base em<br />

metodologia amplamente utilizada e o apoio <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>rnas técnicas <strong>de</strong> georreferenciamento.<br />

1.1. Mais Parques e áreas <strong>de</strong> conservação<br />

ambiental<br />

<strong>Goiânia</strong> possui hoje 94 metros quadrados <strong>de</strong><br />

áreas ver<strong>de</strong>s por habitante, índice quase 8 vezes<br />

superior ao recomendado pela Organização das<br />

Nações Unidas, que é <strong>de</strong> 12m²/habitante. Esse<br />

índice é superior também aos 51 m²/habitante<br />

<strong>de</strong> Curitiba, a capital estadual consi<strong>de</strong>rada<br />

anteriormente lí<strong>de</strong>r nesse ranking.<br />

De 2005 a 2007, a ação da <strong>Prefeitura</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> na i<strong>de</strong>ntificação e proteção <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> conservação nas regiões <strong>de</strong> parcelamento<br />

urbano resultou no aumento <strong>de</strong> 80 para 187<br />

áreas <strong>de</strong>stinadas a parques e bosques.<br />

Em fevereiro <strong>de</strong> 2008 praticamente triplicou<br />

na capital o número <strong>de</strong> parques implantados,<br />

com vegetação recomposta e dotados <strong>de</strong> infraestrutura<br />

<strong>de</strong> lazer e contemplação, saltando <strong>de</strong> 6<br />

para 16. Outros 5 parques já existentes<br />

passaram ou estão passando por obras <strong>de</strong><br />

revitalização.<br />

Figura 08. Vista Panorâmica do Parque Flamboyant<br />

Lourival Louza, local on<strong>de</strong> houve recomposição<br />

florística das áreas <strong>de</strong>gradadas.<br />

Figura 09. Vista Panorâmica do Parque Botafogo<br />

revitalizado em 2005.<br />

29


1.2. Programa Plante a Vida, o sucesso da<br />

arborização voluntária<br />

O Programa Plante a Vida consiste na<br />

distribuição gratuita <strong>de</strong> mudas para a<br />

população, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um amplo programa<br />

institucional <strong>de</strong> rearborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

Estimula plantios voluntários nas calçadas das<br />

vias públicas, ilhas e rotatórias, fundos <strong>de</strong> vale,<br />

parques, bosques e praças <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, além <strong>de</strong><br />

plantios em quintais, chácaras e outras áreas<br />

particulares. Inicia-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a coleta <strong>de</strong><br />

sementes e produção e distribuição das mudas,<br />

indo até o monitoramento. Esse programa<br />

prevê a distribuição <strong>de</strong> 1.200.000 mudas <strong>de</strong><br />

espécies nativas do cerrado à população num<br />

prazo <strong>de</strong> quatro anos, para, com isso, resgatar a<br />

valorização do cerrado através da produção e<br />

distribuição <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong>ste ecossistema,<br />

além <strong>de</strong> atuar na melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida <strong>de</strong> nossa população através da<br />

distribuição <strong>de</strong> mudas.<br />

Um estudo realizado pela AMMA mostrou<br />

que <strong>Goiânia</strong> possui hoje um índice <strong>de</strong> 0,79<br />

árvore plantada em vias públicas por<br />

habitante. Curitiba e João Pessoa, as capitais<br />

estaduais antes citadas como referências<br />

nacionais, têm índices estimados em 0,17 e 0,06<br />

árvore por habitante, respectivamente. Uma<br />

das ações da <strong>Prefeitura</strong> que contribuíram para<br />

<strong>Goiânia</strong> assumir essa posição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança foi o<br />

Programa Plante a Vida. Esse programa,<br />

executado pela AMMA, distribui mudas <strong>de</strong><br />

espécies nativas do Cerrado aos moradores, que<br />

assumem o compromisso <strong>de</strong> plantar e cuidar<br />

das árvores. Mais <strong>de</strong> 700 mil mudas já foram<br />

plantadas nas calçadas das vias públicas, além<br />

<strong>de</strong> parques, bosques, praças, fundos <strong>de</strong> vale,<br />

chácaras e outras áreas. O Plante a Vida<br />

contribui <strong>de</strong>cisivamente para que <strong>Goiânia</strong> seja<br />

hoje a capital estadual com maior volume <strong>de</strong><br />

áreas ver<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> arborização em vias públicas<br />

por habitante.<br />

Figura 10. Distribuição <strong>de</strong> mudas no evento em<br />

comemoração ao aniversário <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

Figura 11. Vista Panorâmica da Região Norte da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> <strong>de</strong>monstrando a arborização da<br />

cida<strong>de</strong>.<br />

30


1.3. Imagens fotográficas da arborização<br />

atual <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong><br />

Figura 12. Imagem do canteiro central duplo da<br />

Av. Pedro Ludovico arborizado com Ipê-rosa –<br />

Tabebuia rosea no Setor Parque Oeste Industrial –<br />

Região Oeste.<br />

Figura 14. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> canteiro central com<br />

árvores jovens da espécie <strong>de</strong> jamelão e/ou<br />

jambolão - Syzygium cumini, na Avenida Alexandre<br />

<strong>de</strong> Morais, no Parque Amazônia. O jameloeiro é<br />

uma frutífera originária da Índia e Siri Lanka,<br />

amplamente cultivada no Brasil como árvore<br />

ornamental e <strong>de</strong> sombra. Os frutos oblongos, com<br />

polpa suculenta, <strong>de</strong> sabor adocicado e<br />

adstringente, contendo uma única semente com<br />

frutificação em janeiro a fevereiro. Os frutos são<br />

consumidos in natura e apreciados em algumas<br />

regiões do Brasil, principalmente por crianças.<br />

Figura 13. Imagem <strong>de</strong> parte do canteiro central<br />

da Av. Pedro Ludovico arborizado com Ipê-rosa –<br />

Tabebuia rosea, em período <strong>de</strong> floração no Setor<br />

Parque Oeste Industrial – Região Oeste.<br />

Figura 15. Canteiro central com espécies adultas<br />

<strong>de</strong> palmeiras-imperiais - Roystonea borinqueana,<br />

na Alameda Xavier <strong>de</strong> Almeida no Setor Pedro<br />

Ludovico – Região Sul.<br />

31


Figura 16. Imagem do canteiro central no Jardim<br />

Novo Mundo arborizado com árvores adultas da<br />

espécie flamboyant – Delonix regia – Região<br />

Leste. Árvore <strong>de</strong>cídua <strong>de</strong> 10-12m <strong>de</strong> altura,<br />

originária <strong>de</strong> Madagascar, <strong>de</strong> tronco volumoso,<br />

com raízes gran<strong>de</strong>s tabulares. Sua florescência é<br />

exuberante e ornamental, variável quanto ao<br />

colorido das flores, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> vermelho-sanguíneo a<br />

alaranjado-claro e alaranjado-escuro. Ocorre<br />

também varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> flores amarelas.<br />

Figura 18. A Imagem apresenta canteiro central<br />

arborizado com espécies <strong>de</strong> palmeira-imperial -<br />

Roystonea borinqueana, e do lado esquerdo, o<br />

passeio público com árvores da espécie monguba<br />

– Pachira aquatica no Setor Vila Nova - Região<br />

Central. Palmeira bastante rústica, com estipe<br />

única, que po<strong>de</strong> chegar até 30 m <strong>de</strong> altura.<br />

Desenvolve-se em climas tropical e sub tropical<br />

sendo bastante utilizada para fins ornamentais<br />

em praças, parques e avenidas.<br />

Figura 17. Logradouro público arborizado com<br />

árvores adultas da espécie sete-copas –<br />

Terminalia catappa, no Setor Pedro Ludovico –<br />

Região Sul. Árvore caducifólia, <strong>de</strong> 12-15m <strong>de</strong><br />

altura, originária da Ásia e Madagascar.<br />

Florescência branca pequenas, formada na<br />

primavera. Árvore <strong>de</strong> copa <strong>de</strong>nsa e magnífico<br />

sombreamento. Adapta-se muito bem em solos<br />

arenosos e com taxas regulares <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong>,<br />

sendo muito comum em restingas (Formações<br />

Pioneiras <strong>de</strong> Influência Marinha).<br />

32<br />

Figura 19. Logradouro público com árvores em<br />

excelentes condições biológicas da espécie oiti –<br />

Licania tomentosa na 1ª Avenida no Setor Leste<br />

Universitário – Região Central. Árvore <strong>de</strong> copa<br />

frondosa com altura <strong>de</strong> 8-15 m, muito utilizada<br />

para sombra <strong>de</strong> ruas, avenidas, praças, parques e<br />

jardins, sendo bastante plantadas em cida<strong>de</strong>s do<br />

norte do Brasil e regiões litorâneas. Produz gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> frutos muito procurados pela fauna<br />

em geral. É ótima para plantios mistos em áreas<br />

<strong>de</strong>gradadas <strong>de</strong> preservação permanente. Floresce<br />

nos meses <strong>de</strong> junho-agosto e seus frutos<br />

amadurecem em janeiro-março.


Figura 20. Canteiro central com árvores adultas da<br />

espécie flamboyant – Delonix regia, plantadas em<br />

fila dupla na Avenida Goiás Norte no Setor Central –<br />

Região Central. Árvore exótica, muito freqüente na<br />

arborização <strong>de</strong> parques e jardins <strong>de</strong> todo o Brasil,<br />

sendo, contudo ina<strong>de</strong>quada para ruas e avenidas<br />

estreitas. Extremamente florífera e ornamental, é<br />

a<strong>de</strong>quada para uso paisagístico em geral on<strong>de</strong> haja<br />

espaço suficiente para o seu <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Figura 22. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> canteiro central com<br />

Cássia-<strong>de</strong>-java – Cassia javanica na 11ª avenida<br />

no Setor Leste Universitário. Árvore frondosa <strong>de</strong><br />

10-12m <strong>de</strong> altura, originária da Malaia formando<br />

copa <strong>de</strong>nsa e arrendondada. Muito florífera <strong>de</strong><br />

beleza notável, possui atributos que a<br />

recomendam para o uso paisagístico. É a<strong>de</strong>quada<br />

para a composição <strong>de</strong> parques e gran<strong>de</strong>s jardins,<br />

em cultivo isolado ou formando maciços em áreas<br />

amplas. Planta tipicamente tropical, apresenta<br />

florescimento mais exuberante nas regiões<br />

nor<strong>de</strong>ste, norte e centro-oeste do Brasil, contudo<br />

tolera as condições <strong>de</strong> inverno ameno do<br />

Sudoeste e do Sul.<br />

Figura 21. Ilha nas proximida<strong>de</strong>s da Marginal<br />

Botafogo – ao fundo do Parque Mutirama. A<br />

imagem apresenta o exemplo <strong>de</strong> preservação <strong>de</strong><br />

espécies do cerrado como o ipê-amarelo -<br />

Tabebuia serratifolia, e ao lado nota-se a<br />

recomposição florística com espécies nativas do<br />

cerrado. O Tabebuia serratifolia com altura <strong>de</strong> 8-<br />

20 metros, é uma árvore brasileira, muito<br />

freqüente na região Amazônica, é excelente para<br />

o paisagismo <strong>de</strong>vido a sua beleza, vem sendo<br />

largamente utilizado nas cida<strong>de</strong>s do norte do<br />

país. A árvore é extramente bela quando em flor,<br />

é excelente para o paisagismo em geral, o que<br />

felizmente já vem sendo largamente feito nas<br />

cida<strong>de</strong>s do norte do país. Floresce durante os<br />

meses <strong>de</strong> agosto a novembro, com a planta<br />

<strong>de</strong>spida <strong>de</strong> folhagem, os frutos amadurecem em<br />

outubro a <strong>de</strong>zembro.<br />

Figura 23. Calçada com uma extensa faixa<br />

permeável com plantio <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> Pata-<strong>de</strong>-vaca<br />

- Bauhinia variegata na Rua Elvaldo Lodi no setor<br />

Negrão <strong>de</strong> Lima. Árvore <strong>de</strong> médio porte <strong>de</strong> 5-9m <strong>de</strong><br />

altura, suas flores lilás contrastando com o ver<strong>de</strong><br />

intenso das folhas tornam essa planta bastante<br />

ornamental e recomendada para o paisagismo,<br />

principalmente <strong>de</strong> ruas estreitas e sob re<strong>de</strong> elétrica.<br />

Possui crescimento rápido sendo recomendada para<br />

plantios mistos em áreas <strong>de</strong>gradadas <strong>de</strong>stinadas a<br />

recomposição da vegetação arbórea.<br />

33


Figura 24. Neste canteiro central da Av. Prof.<br />

Venerando <strong>de</strong> Freitas Borges no setor Jaó<br />

predomina a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies arbóreas<br />

como a Monguba – Pachira aquatica, a Cássia-<strong>de</strong>java<br />

– Cassia javanica, o ficus – Ficus benjamina e<br />

o arbusto da espécie Alamanda-roxa – Allamanda<br />

blachetti. A Alamanda é a<strong>de</strong>quada como planta<br />

isolada ou em grupos on<strong>de</strong> se obtem melhor<br />

resultado paisagístico.<br />

Figura 26. Calçada ecológica com uma extensa<br />

faixa <strong>de</strong> área permeável na Rua J-57 no Setor Jaó<br />

arborizada com chuva-<strong>de</strong>-ouro – Cassia fistula.<br />

Árvore <strong>de</strong> 10-15m <strong>de</strong> altura originária da Índia,<br />

suas flores <strong>de</strong> cor amarelo-ouro são formadas em<br />

setembro e outubro. Sua multiplicação se dá<br />

exclusivamente por sementes, as quais são<br />

produzidas em gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>. Árvore muito<br />

utilizada em praças e parques e também utilizada<br />

na arborização.<br />

Figura 25. Canteiro central da Av. Universitária no<br />

setor Leste Universitário com arborização<br />

predominantemente feita por mongubas – Pachira<br />

aquatica, local on<strong>de</strong> está sendo realizado o<br />

manejo <strong>de</strong>stas espécies substituindo-a por<br />

espécies como a saboneteira – Sapindus<br />

saponaria e a Sibipiruna – Caesalpinia pluviosa<br />

var. peltophoroi<strong>de</strong>s. A sibipiruna é uma espécie<br />

amplamente utilizada na arborização <strong>de</strong> ruas no<br />

centro-sul. A saboneteira é bastante ornamental<br />

po<strong>de</strong>ndo ser empregada no paisagismo em geral,<br />

sendo muito cultivada para a arborização <strong>de</strong> ruas<br />

das cida<strong>de</strong>s brasileiras.<br />

Figura 27. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com a espécie<br />

Cássia-gran<strong>de</strong> - Cassia grandis. Árvore<br />

extremamente ornamental, com alutra <strong>de</strong> 15-20<br />

m. Adaptada à região centro-sul do Brasil, sendo<br />

muito empregada na arborização urbana <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s avenidas praças e parques. Seu único<br />

inconveniente para cultivo em lugares públicos é<br />

o tamanho <strong>de</strong> suas vagens lenhosas, que chegam<br />

a pesar quase 1 kg. Floresce a partir do final <strong>de</strong><br />

agosto com a planta quase totalmente <strong>de</strong>spida <strong>de</strong><br />

sua folhagem, prolongando-se até novembro. Os<br />

frutos amardurecem em agosto-setembro,<br />

entretanto permanecem na árvore por mais<br />

alguns meses.<br />

34


Figura 28. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com<br />

Escumilha-africana – Lagerstroemia speciosa e<br />

Bálsamo - Myroxylon peruiferum na Av. C-18 no<br />

Setor Sudoeste. Árvore muito florífera <strong>de</strong> 7-10m<br />

<strong>de</strong> altura com floração lilás formadas <strong>de</strong><br />

novembro a janeiro. Muito florífera <strong>de</strong> beleza<br />

notável, é apropriada para uso paisagístico,<br />

sendo a<strong>de</strong>quada para parques e jardins e<br />

utilizada com freqüência na arborização <strong>de</strong> ruas.<br />

Planta <strong>de</strong> origem tropical, muito rústica e <strong>de</strong><br />

rápido crescimento, é mais a<strong>de</strong>quada para cultivo<br />

em regiões <strong>de</strong> clima com inverno brando.<br />

Figura 30. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> canteiro central com<br />

espécies <strong>de</strong> Guariroba – Syagrus oleracea e a<br />

Caliandra – Calliandra brevipes na Av.<br />

In<strong>de</strong>pendência no Setor Norte Ferroviário. O plantio<br />

da Caliandra tem sido bastante utilizado<br />

juntamente com as guarirobas que melhora o efeito<br />

paisagístico e ambiental no meio on<strong>de</strong> está<br />

plantada. A Caliandra é uma espécie brasileira <strong>de</strong><br />

1-2 m <strong>de</strong> altura, suas flores são pequenas e<br />

exuberantes <strong>de</strong> cor rosa. O florescimento ocorre<br />

durante a primavea-verão. É cultivada como planta<br />

isolada ou formando conjuntos, mas o efeito<br />

ornamental mais notável é quanda é plantada em<br />

gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s. Multiplica-se por estacas,<br />

mas com maior facilida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> sementes.<br />

Figura 29. Canteiro central duplo estreito, on<strong>de</strong> é<br />

utilizado espécies nativas como a guariroba –<br />

Syagrus oleracea ao longo a Via 90 no setor Sul. A<br />

espécie varia <strong>de</strong> 10-20m com ocorrência na região<br />

nor<strong>de</strong>ste até a Bahia, Minas Gerais, Goiás Mato<br />

Grosso do Sul e São Paulo. A ma<strong>de</strong>ira é<br />

empregada para estacas e moirões, a polpa do<br />

fruto é comestível, a amêndoa além fornecer óleo<br />

é também comestível, sendo comercializada em<br />

muitas feiras nos Estados nor<strong>de</strong>stinos. A Palmeira<br />

é bastante ornamental, sendo uma das mais<br />

cultivadas para arborização urbana nas cida<strong>de</strong>s<br />

do Brasil. Floresce durante um longo período do<br />

ano, iniciando-se na primavera e prolongando-se<br />

até o fim do outono.<br />

Figura 31. Canteiro central na Av. 85 no Setor<br />

Bueno arborizado com espécies <strong>de</strong> Ipê-rosa -<br />

Tabebuia rosea e outras espécies ornamentais.<br />

35


Figura 32. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com espécies<br />

<strong>de</strong> médio porte, Aroeira-salsa – Schinus molle –<br />

árvore bastante utlizada para locais com fiação<br />

aérea, a espécie se a<strong>de</strong>qua com facilida<strong>de</strong> a<br />

podas. Possui altura <strong>de</strong> 4-8 metros. Á árvore é<br />

muito ornamental, sendo amplamente empregada<br />

na arborização <strong>de</strong> ruas e no paisagismo em geral.<br />

Po<strong>de</strong> também ser empregada em reflorestamentos<br />

heterogêneos com fins ecológicos. É altamente<br />

tolerante a seca, sendo encontrada em áreas<br />

urbanas, beira <strong>de</strong> córregos e matas, áreas <strong>de</strong><br />

campo e outras.<br />

Figura 34. Canteiro central com arborização nativa <strong>de</strong><br />

Paineira-rosa – Chorisia speciosa na Av. circular no<br />

setor Pedro Ludovico. Árvore <strong>de</strong> 15-30 m <strong>de</strong> altura<br />

com copa globosa e ampla. Sua ocorrência é maior<br />

em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Norte<br />

do Paraná e São Paulo. A ma<strong>de</strong>ira po<strong>de</strong> ser<br />

empregada na confecção <strong>de</strong> canoas, cochos,<br />

gamelas, cepas <strong>de</strong> tamanco, caixotaria. A paina que<br />

é liberada após a florescência foi muito utilizada para<br />

enchimento <strong>de</strong> colchões e travesseiros. A árvore é<br />

extremamente ornamental quando em plena floração,<br />

prestando-se admiravelmente bem para o<br />

paisagismo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s canteiros, jardins e praças.<br />

Figura 33. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada realizada com<br />

Ipê-<strong>de</strong>-jardim – Tecoma stans na Rua 75 no Setor<br />

Central. Esta espécie atinge <strong>de</strong> 5 a 7 m <strong>de</strong> altura,<br />

nativa nas Américas e Antilhas com floração<br />

amarela formadas <strong>de</strong> abril a setembro. Produz<br />

anualmente gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sementes, o<br />

que facilita sua multiplicação. Árvore florífera e<br />

ornamental é a<strong>de</strong>quada para o plantio em<br />

parques e jardins e bastante utilizada na<br />

arborização urbana.<br />

Figura 35. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada realizada com nativa<br />

da espécie nó-<strong>de</strong>-porco – Physocalymma scaberrimum.<br />

Árvore extremamente ornamental quando em flor, com<br />

altura <strong>de</strong> 5-10 m. Recomendada para uso paisagístico e<br />

arborização urbana. Ocorre no nor<strong>de</strong>ste Brasileiro e nos<br />

estados <strong>de</strong> Goiás e Mato Grosso. Floresce <strong>de</strong> maneira<br />

exuberante durante os meses <strong>de</strong> agosto e setembro.<br />

Os frutos amadurecem logo em seguida em setembro e<br />

outubro. A árvore é extramente ornamental quando em<br />

flor, igualando a beleza dos ipês, características esta<br />

que a recomenda para uso paisagístico, principalmente<br />

para arborização urbana. Também recomendada para<br />

reflorestamentos.<br />

36


Figura 36. Canteiro central arborizado com<br />

espécies <strong>de</strong> pau-brasil – Caesalpinia echinata na<br />

Avenida A no setor Jardim Goiás. Espécie<br />

ornamental usada em paisagismo <strong>de</strong> parques,<br />

praças, jardins e em arborização urbana, muito<br />

utilizada em Brasília - DF. A Lei Fe<strong>de</strong>ral 6.607, <strong>de</strong><br />

7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1978, <strong>de</strong>lcara o pau-brasil como<br />

árvore nacional do Brasil. Possui floração<br />

amarelo-dourada e perfumada, ocorrendo <strong>de</strong><br />

setembro a <strong>de</strong>zembro e atualmente se encontra<br />

na lista oficial <strong>de</strong> espécies da flora brasileira<br />

ameaçadas <strong>de</strong> extinção.<br />

Figura 38. Exemplar arbóreo nativo da espécie Ipêroxo<br />

– Tabebuia impetiginosa. Árvore com 8-12 m.<br />

Ocorre em Piauí e Ceará até Minas Gerais, Goiás e<br />

São Paulo. A árvore é extremamente ornamental<br />

quando em floração, prestando-se admiravelmente<br />

bem para o paisagismo em geral. É uma das<br />

espécies <strong>de</strong> ipê-roxo mais cultivada para arboziação<br />

urbana nas cida<strong>de</strong>s do centro oeste do país. É<br />

também ótima para compor reflorestamentos<br />

<strong>de</strong>tinados à recomponsição vegetal <strong>de</strong> áreas<br />

<strong>de</strong>gradas <strong>de</strong> preservação permanente. Floresce<br />

durante os meses <strong>de</strong> maio-agosto com a árvore<br />

totamente <strong>de</strong>spida <strong>de</strong> folhagem.<br />

Figura 37. <strong>Arborização</strong> ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> calçada<br />

com espécie Ficus – Ficus benjamina na Alameda<br />

Ricardo Paranhos no setor Marista. Árvore exótica<br />

<strong>de</strong> 10-15m <strong>de</strong> altura. Possui características<br />

ornamentais notáveis, é amplamente cultivada<br />

em parques, jardins e na arborização urbana.<br />

Muito tolerante a podas, porém possui um<br />

excessivo vigor do sistema radicular. Em <strong>Goiânia</strong><br />

esta espécie não indicada para calçadas <strong>de</strong>vida o<br />

seu sistema radicular trazer sérios problemas em<br />

equipamentos públicos e/ou particulares, hoje a<br />

retirada <strong>de</strong>sta espécie é autorizada legalmente<br />

pela Instrução Normativa 005 <strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong><br />

2006 que dispões sobre a substituição <strong>de</strong> árvores<br />

da espécie Fícus benjamina nas vias públicas do<br />

município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

Figura 39. <strong>Arborização</strong> do canteiro central com<br />

espécie Pinheiro – Pinus sp. na Alameda Ricardo<br />

Paranhos no Setor Marista. Espécie <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

porte não muito comum em <strong>Goiânia</strong> plantada em<br />

local a<strong>de</strong>quado com boas condições <strong>de</strong><br />

crescimento. Atualmente não é indicado o plantio<br />

<strong>de</strong>stas espécies nas vias públicas da cida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>vido o planejamento arbóreo direcionar os<br />

novos plantios com espécies nativas do cerrado.<br />

37


Figura 40. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com o Jambodo-Pará<br />

– Syzygium malaccense na Rua 1129 no<br />

setor Marista. Árvore exótica com 7-12m <strong>de</strong><br />

altura, é uma frutífera amplamente utilizada nas<br />

regiões tropicias do Brasil, possui a copa <strong>de</strong>nsa e<br />

ornamental, muito utilizada para sobreamento <strong>de</strong><br />

ruas, sendo a<strong>de</strong>quada para plantio em parques e<br />

eventualmente utilizada na arborização <strong>de</strong> ruas.<br />

Muito rústica e <strong>de</strong> rápido crescimento. As flores<br />

geralmente são formadas <strong>de</strong> abril a junho e com<br />

maturação <strong>de</strong> janeiro a março. Os frutos, muito<br />

apreciádos são consumidos principalmente in<br />

natura. Sua propagação se dá por sementes.<br />

Figura 42. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada na Rua 1127 no<br />

setor Marista com Sibipiruna – Caesalpinia<br />

pluviosa var. peltophoroi<strong>de</strong>s. Neste local obervase<br />

um tipo <strong>de</strong> calçada ecológica com o plantio<br />

das árvores em uma extensa abertura permeável<br />

ao longo <strong>de</strong> todo o passeio público. Apresenta<br />

copa bastante ornamental, sendo atualmente<br />

uma das essências nativas mais cultivadas para<br />

arborização <strong>de</strong> ruas no centro-sul do país. Possui<br />

médio a rápido crescimento, sendo indicada para<br />

plantios mistos em áreas <strong>de</strong>gradadas <strong>de</strong><br />

preservação permanente.<br />

Figura 41. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> canteiro com espécie<br />

quaresmeira – Tibouchina granulosa no setor<br />

Leste Universitário. Árvore <strong>de</strong> ocorrência na<br />

Bahia, Rio <strong>de</strong> Janeiro, São Paulo e Minas Gerais,<br />

com 8-12m <strong>de</strong> altura. A árvore é bastante<br />

ornamental, principalmente quando em floração.<br />

Essencial em projetos paisagísticos, e ótima para<br />

arborização <strong>de</strong> ruas estreitas e sob re<strong>de</strong>s<br />

elétricas. Possui varieda<strong>de</strong> com floração rosas e<br />

rochas. Floresce geralmente duas vezes ao ano,<br />

em junho-agosto e <strong>de</strong>zembro-março sendo<br />

entretanto nesta época mais abundante.<br />

Figura 43. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com a espécie<br />

Sibipiruna – Caesalpinia pluviosa var.<br />

peltophoroi<strong>de</strong>s na Rua 1126, esquina com a Rua<br />

1130 no setor Marista. Ocorrência na mata<br />

atlântica do Rio <strong>de</strong> Janeiro, sul da Bahia e<br />

pantanal Matogrossense, com 8-16m <strong>de</strong> altura.<br />

Possui ma<strong>de</strong>ira pesada, dura e <strong>de</strong> média<br />

durabilida<strong>de</strong>.<br />

38


Figura 44. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada na Rua 1128 no<br />

setor Marista com a espécie Resedá -<br />

Lagerstroemia indica com floração rosa escuro.<br />

Árvore ornamental <strong>de</strong>vido à intensa floração. É<br />

a<strong>de</strong>quada para uso paisagístico, na composição<br />

<strong>de</strong> parques e jardins e para arborização <strong>de</strong> ruas.<br />

Muito rústica e <strong>de</strong> bom crescimento. O efeito<br />

outonal <strong>de</strong> sua folhagem é também significativo.<br />

É a principal espécie da arborização urbana das<br />

cida<strong>de</strong>s do Sul do Brasil. Neste local observa-se<br />

que o plantio da resedá foi realizado na calçada<br />

com abertura permeável a<strong>de</strong>quada.<br />

Figura 46. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com a espécie<br />

Resedá – Lagerstroemia indica com floração rosa<br />

escuro na Rua 1129 no Setor Marista. Árvore<br />

exótica com 3-5m <strong>de</strong> altura. Possui uma ramagem<br />

ereta formando uma copa aberta. Árvore muito<br />

ornamental, principalmente pela intensa floração.<br />

Espécie muito utilizada para a arborização<br />

urbana em diversas cida<strong>de</strong>s brasileiras.<br />

Figura 45. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada na Rua 1128 no<br />

setor Marista com a espécie Resedá -<br />

Lagerstroemia indica com floração rosa claro.<br />

Árvore plantada em calçada estreita e com fiação<br />

<strong>de</strong> energia elétrica. Esta espécie po<strong>de</strong> ser cultiva<br />

em toda as regiões subtropicais do país, tolerando<br />

os invernos mais rigorosos, sua multiplicação se<br />

dá principalmente por estacas preparadas durante<br />

o inverno, as brotações numerosas entouceiradas,<br />

que sugem na base do tronco a partir das raízes,<br />

também são fonte <strong>de</strong> mudas.<br />

Figura 47. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com resedá –<br />

Lagertroemia indica com floração arroxeada na<br />

Rua J-7 no setor Jaó, espécie bastante<br />

recomendada pela prefeitura <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> <strong>de</strong>vido<br />

ao seu porte e a sua a<strong>de</strong>quadação em calçadas<br />

estreitas e com re<strong>de</strong> elétrica. Árvore <strong>de</strong> 3-5 m <strong>de</strong><br />

altura originária da Índia, inflorescências <strong>de</strong>nsas,<br />

formadas <strong>de</strong> novembro a fevereiro, com flores <strong>de</strong><br />

cores variadas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> branco, rosa-claro ou<br />

escuro a arroxeado.<br />

39


Figura 48. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada na rua 207 no setor<br />

Leste Vila Nova com a árvore <strong>de</strong> pequeno porta da<br />

espécie murta – Murraya paniculata. Árvore perenifólia<br />

<strong>de</strong> 5-7m <strong>de</strong> altura, originária da Índia. Árvore <strong>de</strong> copa<br />

<strong>de</strong>nsa e muito ornamental, é freqüente na arborização<br />

<strong>de</strong> ruas e utilizada para formação <strong>de</strong> cercas-vivas e<br />

bastante tolerável a podas. Planta <strong>de</strong> lento<br />

crescimento, contudo, muito resistente à condições<br />

adversas <strong>de</strong> solo clima, utilizada em todo o território<br />

brasileiro. Em <strong>Goiânia</strong> esta espécie é bastante<br />

indicada para arborização <strong>de</strong> calçadas estreitas com<br />

fiação <strong>de</strong> energia elétrica <strong>de</strong>vido ao seu porte.<br />

Figura 50. <strong>Arborização</strong> do canteiro central na Avenida<br />

do Cerrado, no setor Parques Lozan<strong>de</strong>s com árvores da<br />

espécie Ipê-tabaco – Tabebuia chrysotricha. Árvore<br />

ornamental, <strong>de</strong> copa globosa e <strong>de</strong>nsa, com 4-10m <strong>de</strong><br />

altura. É a espécie <strong>de</strong> ipê-amarelo mais cultivada em<br />

praças e ruas, sendo muito utilizada para a arborização<br />

<strong>de</strong> ruas estreitas e sob re<strong>de</strong>s elétricas em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

seu pequeno porte. Floresce durante os meses <strong>de</strong><br />

agosto-setembro, geralmente com a planta totalmente<br />

<strong>de</strong>spida <strong>de</strong> folhagem. Os frutos amadurecem a partir<br />

do final <strong>de</strong> setembro a meados <strong>de</strong> outubro.<br />

Figura 49. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com espécies <strong>de</strong><br />

oiti – Licania tomentosa. Essa espécie é bastante<br />

utilizada na arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Observa-se na<br />

imagem o exemplo <strong>de</strong> plantio correto on<strong>de</strong> as mudas<br />

plantadas possuem abertura permeável a<strong>de</strong>quada. O<br />

oiti é uma planta perenifólia, heliófita, característica<br />

da mata pluvial atlântica. Ocorre tanto no interior da<br />

floresta primária <strong>de</strong>nsa como em formações abertas e<br />

secundárias. Produz anualmente gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sementes viáveis.<br />

Figura 51. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com a espécie<br />

Chapéu-<strong>de</strong>-Napoleão – Thevetia peruviana na rua 12<br />

no setor Moraes. Arbusto ornamental originário da<br />

América Central com 2-4m <strong>de</strong> altura. Possui folhas<br />

estreitas e flores amarelas, tubulosas. O fruto é uma<br />

cápsula subglobosa, ver<strong>de</strong>, com aspecto e<br />

consistência atrativos. Toda a planta é tóxica. A<br />

ingestão das sementes induz irritação gastrointestinal<br />

e problemas cardíacos. A ingestão das partes florais<br />

induz ao vômito, diarréia, dor intestinal e bradicardia.<br />

A Agência Municipal do Meio Ambiente-AMMA não<br />

recomenda está espécie para a arborização <strong>de</strong><br />

parques, praças e calçadas na cida<strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

40


Figura 52. <strong>Arborização</strong> em praça no setor Sul com<br />

nativa da espécie Jacarandá – Jacaranda<br />

cuspidifolia. Árvore com altura <strong>de</strong> 05-10 m.<br />

Ocorrência em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso<br />

do Sul, Mato Grosso, São Paulo até o Paraná. A<br />

árvore é extremamente ornamental, principalmente<br />

quando em flor, po<strong>de</strong> ser empregada no paisagismo<br />

e na arborização urbana. Floresce a partir do mês<br />

<strong>de</strong> setembro com a planta totalmente <strong>de</strong>spida <strong>de</strong><br />

sua folhagem, prolongando-se até outubro. Os<br />

frutos amadurecem durante os meses <strong>de</strong> agostosetembro.<br />

Figura 54. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com espécie <strong>de</strong><br />

aroeira-salsa – Schinus molle. Esta espécie possui<br />

características ornamentais notáveis<br />

principalmente por sua copa constituída <strong>de</strong> ramos<br />

longos e pen<strong>de</strong>ntes que chegam a encostar no<br />

chão, sua multiplicação se dá por estacas e por<br />

alporques. Planta muito rústica e <strong>de</strong> rápido<br />

crescimento, prefere o clima temperado da região<br />

sul e su<strong>de</strong>ste do Brasil. Espécie bastante utilizada<br />

em parques, praças e na arborização <strong>de</strong> ruas.<br />

Figura 53. Canteiro central com arborização da<br />

espécie saboneteiro – Sapindus saponaria na<br />

Avenida Horácio Costa e Silva no setor Balneário.<br />

Árvore com ocorrência na região amazônica até<br />

Goiás e Mato Grosso, com 5-9m <strong>de</strong> altura.<br />

Ornamental por sua copa globosa e perenifólia,<br />

po<strong>de</strong>ndo ser empregada no paisagismo em geral.<br />

Planta rústica e <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rado crescimento, é<br />

indispensável para a composição <strong>de</strong><br />

reflorestamentos heterogêneos <strong>de</strong>stinados a áreas<br />

<strong>de</strong>gradadas <strong>de</strong> preservação permanente.<br />

41<br />

Figura 55. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com a espécie<br />

Cássia-gran<strong>de</strong> – Cassia grandis. Árvore originária<br />

da região amazônica. Floresce a partir do final <strong>de</strong><br />

agosto com a planta quase totalmente <strong>de</strong>spida <strong>de</strong><br />

sua folhagem, prolongando-se até novembro. Os<br />

frutos amadurecem em agosto e setembro,<br />

entretanto permanecem na árvore por mais<br />

alguns meses. Produz anualmente gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sementes viáveis. Planta <strong>de</strong>cídua,<br />

indiferente às condições físicas do solo,<br />

característica da mata secundária e da floresta<br />

primária aberta <strong>de</strong> terra firme.


Figura 56. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com espécies<br />

<strong>de</strong> monguba – Pachira aquatica. Árvore po<strong>de</strong>ndo<br />

atingir <strong>de</strong> 6-14 m.<br />

Figura 58. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com a espécie<br />

espató<strong>de</strong>a – Spatho<strong>de</strong>a nilotica. Árvore ornamental<br />

<strong>de</strong> 15-20 m <strong>de</strong> altura originária da África Central. É<br />

a<strong>de</strong>quada para parques e também po<strong>de</strong> ser<br />

utilizada na arborização urbana. Floresce nos<br />

meses <strong>de</strong> novembro a abril, existindo ainda uma<br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> flores amarelas.<br />

Figura 57. Exemplar arbóreo da espécie ipêamarelo<br />

– Tabebuia serratifolia preservada em<br />

área interna <strong>de</strong> um estacionamento <strong>de</strong> um<br />

supermercado. Árvore com 8-20 m <strong>de</strong> altura.<br />

Floresce durante dos meses <strong>de</strong> agosto-novembro<br />

e os frutos amadurecem em outubro-<strong>de</strong>zembro.<br />

Figura 59. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com a espécie<br />

lanterneiro - Lophanthera lactescens. Árvore<br />

ornamental com 10-20 metros <strong>de</strong> alutra. Nativa da<br />

região amazônica. Muito utilizada para parques e<br />

jardins. O florescimento ocorre durante os meses<br />

<strong>de</strong> fevereiro-maio e a maturação dos frutos em<br />

setembro-outubro.<br />

42


Figura 60. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com a espécie<br />

palmeira washingtonia – Washingtonia robusta,<br />

na Rua 69, Jardim Goiás. Palmeira exótica, com<br />

15-30 metros <strong>de</strong> altura. Floresce durante os<br />

meses <strong>de</strong> agosto e setembro. Possui fruta<br />

comestível. Não é recomendada em locais com<br />

fiação, <strong>de</strong>vido seu porte.<br />

Figura 62. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> canteiro central com a<br />

espécie canafístula – Peltophorum dubium, na<br />

Avenida Rio Ver<strong>de</strong>, Setor Faiçalville. Árvore<br />

ornamental, com altura <strong>de</strong> 15-25 metros. Planta<br />

rústica e <strong>de</strong> rápido crescimento, sendo ótima para<br />

reflorestamentos <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas. Ocorre na<br />

Bahia, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato<br />

Grosso do Sul até o Paraná. Floresce<br />

abundantemente durante os meses <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembrofevereiro<br />

e a maturação dos frutos acontece nos<br />

meses <strong>de</strong> março e abril.<br />

Figura 61. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada com a espécie<br />

cássia-são-joão - Senna macranthera. Árvore com<br />

altura <strong>de</strong> 6-8 metros. Ocorre do Ceará até São<br />

Paulo e Minas Gerais. A cássia-são-joão é<br />

ornamental e i<strong>de</strong>al para arborização urbana,<br />

<strong>de</strong>vido seu pequeno porte. Floresce nos meses <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro à abril, e a maturação dos frutos<br />

acontece nos meses <strong>de</strong> julho e agosto.<br />

Figura 63. <strong>Arborização</strong> <strong>de</strong> calçada na Avenida T-<br />

08 no Setor Marista realizada com árvores da<br />

espécie escova-<strong>de</strong>-garrafa – Callistemon viminalis.<br />

A escova-<strong>de</strong>-garrafa é uma árvore <strong>de</strong> médio porte<br />

po<strong>de</strong>ndo atingir <strong>de</strong> 5-7 m <strong>de</strong> altura, originária da<br />

Austrália. Suas flores, com numerosos estames<br />

longos, livres, vermelhos, são formadas<br />

principalmente <strong>de</strong> junho a setembro. Árvore com<br />

características ornamentais notáveis,<br />

principalmente pela leveza e colorido <strong>de</strong> sua<br />

copa. É utilizada para plantio em jardins e<br />

parques e bastante utilizada na arborização <strong>de</strong><br />

ruas. Planta muito rústica e <strong>de</strong> bom crescimento<br />

sob as mais variadas condições, po<strong>de</strong> ser<br />

cultivada em todo o território brasileiro.<br />

43


capítulo III<br />

CADASTRAMENTO E DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO DE GOIÂNIA<br />

CONCEITUAÇÃO<br />

Enten<strong>de</strong>-se por Plano Diretor <strong>de</strong><br />

<strong>Arborização</strong> o conjunto <strong>de</strong> métodos e<br />

medidas adotados para a preservação,<br />

manejo e expansão das árvores nas<br />

cida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> acordo com as <strong>de</strong>mandas<br />

técnicas pertinentes e as manifestações <strong>de</strong><br />

interesse das comunida<strong>de</strong>s locais.<br />

Para se planejar a arborização é necessário<br />

conhecer a arborização existente. Para tanto, no<br />

ano <strong>de</strong> 1997 foi firmado o Convênio 047/97 –<br />

Projeto <strong>de</strong> Substituição Parcial,<br />

Manejo/Manutenção da <strong>Arborização</strong> Urbana <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>, entre a <strong>Prefeitura</strong> Municipal <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>, tendo como interveniente a Secretaria<br />

Municipal do Meio Ambiente – SEMMA, hoje<br />

Agência Municipal do Meio Ambiente – AMMA<br />

e executora, a Companhia <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> – COMURG; Centrais Energéticas <strong>de</strong><br />

Goiás S.A. – CELG; Saneamento <strong>de</strong> Goiás S.A. –<br />

SANEAGO, Telecomunicações <strong>de</strong> Goiás S/A -<br />

TELEGOIÁS; Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás –<br />

UFG; Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás – UCG e<br />

Ministério Público do Estado <strong>de</strong> Goiás. O<br />

convênio possibiltou o cadastramento e<br />

mapeamento da arborização urbana <strong>de</strong> 70<br />

(setenta) setores <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

OBJETIVOS<br />

2.1- Objetivo geral<br />

Planejar e replanejar a arborização <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>, a partir do diagnóstico da situação<br />

atual, com posterior implantação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong><br />

monitoramento informatizado da arborização<br />

viária urbana, o SIGGO–<strong>Arborização</strong> – Sistema<br />

<strong>de</strong> Informações Geográficas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> da<br />

<strong>Arborização</strong>, cadastrado e controlado pela<br />

COMDATA – Companhia <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong><br />

Dados do Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> pelo<br />

Departamento <strong>de</strong> Geoprocessamento.<br />

O monitoramento da arborização é<br />

realizado por técnicos e estagiários da<br />

AMMA, on<strong>de</strong> voluntariamente e por meio<br />

<strong>de</strong> solicitações via processo <strong>de</strong><br />

contribuintes são realizadas vistorias<br />

técnicas em diversos exemplares arbóreos<br />

na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, a fim <strong>de</strong> verificar as<br />

condições fitossanitárias do espécime, bem<br />

como a indicação do possível tratamento a<br />

ser realizado na árvore.<br />

44


2.2- Objetivos específicos<br />

Inventariar quali-quantitativamente, por meio <strong>de</strong> Inventário Florestal Urbano Total e Amostral, a arborização <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> localizada nos Logradouros Públicos em calçadas <strong>de</strong> Ruas e Avenidas, Praças e Canteiros Centrais;<br />

Diagnosticar a arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> <strong>de</strong> 70 bairros por meio <strong>de</strong> Inventário Florestal Urbano;<br />

Diagnosticar, no mínimo, 10% da arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> por meio <strong>de</strong> Inventário Florestal Urbano por<br />

Amostragem com base em dados estimados do total <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s arbóreas da cida<strong>de</strong>;<br />

Informatizar todas as ações, dados e documentos do diagnóstico arbóreo <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> em programa SIGGO-<br />

<strong>Arborização</strong>;<br />

I<strong>de</strong>ntificar logradouros on<strong>de</strong> as árvores públicas, face às condições fitossanitárias apresentadas, necessitem<br />

providências imediatas <strong>de</strong> conservação;<br />

Buscar informações sobre as comunida<strong>de</strong>s locais visando o apoio da mesma no plantio e manutenção <strong>de</strong> novas<br />

mudas a serem plantadas <strong>de</strong>fronte seus imóveis, a fim <strong>de</strong> compatibilizar e harmonizar a implementação da<br />

arborização;<br />

Integrar os órgãos das esferas municipal, estadual e fe<strong>de</strong>ral cujas ativida<strong>de</strong>s que exercem têm reflexos na<br />

arborização urbana, com vistas a <strong>de</strong>senvolver um trabalho tecnicamente correto e a<strong>de</strong>quado à realida<strong>de</strong> da<br />

cida<strong>de</strong>, evitando o <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> recursos e promovendo a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população;<br />

Reativar o convênio 047/97, a fim <strong>de</strong> integrar os órgãos envolvidos cujas ativida<strong>de</strong>s têm reflexos diretos na<br />

arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, com vistas a promover a melhoria contínua no <strong>de</strong>senvolvimento da arborização <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>;<br />

Definir as diretrizes <strong>de</strong> manejo e expansão da arborização pública no município;<br />

Realizar o levantamento das características físicas dos bairros a serem arborizados;<br />

Definir a forma <strong>de</strong> arborização <strong>de</strong> novos parcelamentos realizados no município;<br />

Treinar e capacitar a mão-<strong>de</strong>-obra especializada responsável pela execução das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> poda e/ou<br />

extirpação <strong>de</strong> árvores do município;<br />

Implantar a arborização <strong>de</strong> ruas <strong>de</strong> acordo com normas técnicas a<strong>de</strong>quadas, <strong>de</strong> forma a assegurar o pleno<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das mudas;<br />

Estabelecer um ambiente agradável do ponto <strong>de</strong> vista ecológico e paisagístico;<br />

Determinar as espécies a<strong>de</strong>quadas para plantio e <strong>de</strong>finir cronograma <strong>de</strong> ação, estabelecendo metas anuais a<br />

serem cumpridas;<br />

Estabelecer um programa <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mudas compatível com as diretrizes e expansão da arborização<br />

urbana;<br />

Revisar e/ou reestruturar a legislação municipal <strong>de</strong> proteção à vegetação urbana;<br />

Desenvolver programas e/ou projetos em parcerias com Universida<strong>de</strong>s, ONG’s, Escolas, e similares, com vistas<br />

na coleta <strong>de</strong> semente à produção <strong>de</strong> mudas, plantio, manutenção, proteção, monitoramento, cadastramento<br />

<strong>de</strong>ntre outros;<br />

Criar equipe especializada pelo monitoramento contínuo <strong>de</strong> plantios realizados pela <strong>Prefeitura</strong> Municipal e a<br />

elaboração <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Educação Ambiental a fim conscientizar a comunida<strong>de</strong> em geral da importância da<br />

arborização no meio urbano.<br />

45


JUSTIFICATIVA<br />

Faz-se necessária a implementação <strong>de</strong> um<br />

Plano Diretor <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

visto que o mesmo é valioso instrumento <strong>de</strong><br />

gestão ambiental, o qual consiste no conjunto<br />

<strong>de</strong> métodos e medidas adotadas para a<br />

preservação, expansão, planejamento, manejo e<br />

gerenciamento <strong>de</strong> árvores urbanas, <strong>de</strong> acordo<br />

com as características físicas, ambientais,<br />

sociais, econômicas, históricas e culturais em<br />

que ocorrem ou po<strong>de</strong>rão vir a ocorrer em<br />

consonância com a distribuição da população na<br />

cida<strong>de</strong>.<br />

É preciso avaliar a arborização urbana<br />

da cida<strong>de</strong> para potencializar as suas<br />

qualida<strong>de</strong>s e corrigir os seus aspectos<br />

negativos. Essa avaliação po<strong>de</strong> ser feita sob<br />

diferentes pontos <strong>de</strong> vista. É necessário um<br />

cadastro com informações objetivas das<br />

árvores existentes e suas condições<br />

fitossanitárias gerais, assim como uma<br />

i<strong>de</strong>ntificação das necessida<strong>de</strong>s presentes,<br />

levando em consi<strong>de</strong>ração não somente os<br />

aspectos técnicos, mas também a<br />

percepção das comunida<strong>de</strong>s.<br />

A avaliação da arborização urbana e a<br />

discussão dos seus resultados <strong>de</strong>vem levar a<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação,<br />

proporcionando a elaboração <strong>de</strong> cronograma <strong>de</strong><br />

plantio e <strong>de</strong> manutenção. Análises das<br />

<strong>de</strong>mandas e das potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada local<br />

po<strong>de</strong>rão indicar a categoria <strong>de</strong> arborização mais<br />

a<strong>de</strong>quada para cada ambiente.<br />

METODOLOGIA<br />

Para orientar esse trabalho <strong>de</strong> maneira<br />

correta técnica e administrativamente, se faz<br />

necessário realizar o diagnóstico da arborização<br />

existente através do mapeamento das árvores<br />

existentes nas calçadas, canteiros centrais e<br />

praças das vias públicas <strong>de</strong> todos os setores <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>.<br />

Em cida<strong>de</strong>s pequenas, o diagnóstico po<strong>de</strong> ser<br />

censitário, ou seja, po<strong>de</strong> ser feito percorrendo<br />

todas as ruas e avaliando todas as árvores.<br />

Cida<strong>de</strong>s maiores, como <strong>Goiânia</strong>, exigem o uso <strong>de</strong><br />

processos amostrais. Com as amostras e cálculos<br />

estatísticos, po<strong>de</strong>-se ter estimativas gerais<br />

baseadas em avaliações feitas em partes da<br />

população, utilizando parcelas amostrais.<br />

Cada rua visitada (ou trechos e quarteirões,<br />

no caso <strong>de</strong> uma amostra) <strong>de</strong>ve ter seu nome e<br />

localização anotados e suas árvores listadas,<br />

registrando-se a espécie, o número do imóvel <strong>de</strong><br />

referência e as características que expressem<br />

seu estado atual (vitalida<strong>de</strong>, danos físicos,<br />

interferências com fiação, etc...). Todos os dados<br />

<strong>de</strong>vem constar em uma ficha objetiva e<br />

especialmente elaborada pela equipe técnica,<br />

em função dos dados <strong>de</strong>sejados.<br />

No entanto, torna-se difícil inventariar 100%<br />

<strong>de</strong> todas as árvores da capital Goiana, tendo em<br />

vista o tamanho da cida<strong>de</strong>, tornando-se um<br />

trabalho oneroso e <strong>de</strong>morado. Nesse sentido,<br />

para que o Plano Diretor <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana<br />

– PDAU contemple toda a capital, foi realizado o<br />

Inventário Florestal Urbano e todas as árvores<br />

localizadas em 70 setores e posteriormente<br />

aplicando seus resultados para as <strong>de</strong>mais áreas<br />

na qual não foram inventariadas. O PDAU foi<br />

<strong>de</strong>senvolvido observando as seguintes etapas:<br />

46


4.1. Convênio 047/97<br />

Visando compatibilizar e maximizar os<br />

efeitos da arborização com os equipamentos<br />

públicos, mantendo a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus serviços<br />

e segurança da população, no ano <strong>de</strong> 1997, foi<br />

firmado o Convênio 047/97 – Projeto <strong>de</strong><br />

Substituição Parcial, Manejo/Manutenção da<br />

<strong>Arborização</strong> Urbana <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, entre: <strong>Prefeitura</strong><br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, tendo como interveniente<br />

a Secretaria Municipal do Meio Ambiente –<br />

SEMMA, hoje Agência Municipal do Meio<br />

Ambiente – AMMA e executora, a Companhia<br />

<strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> – COMURG; Centrais<br />

Energéticas <strong>de</strong> Goiás S.A. – CELG; Saneamento<br />

<strong>de</strong> Goiás S.A. – SANEAGO, Telecomunicações <strong>de</strong><br />

Goiás S/A - TELEGOIÁS; Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Goiás – UFG; Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás<br />

– UCG e Ministério Público do Estado <strong>de</strong> Goiás.<br />

O Convênio 047/97 prevê como ativida<strong>de</strong><br />

inicial e <strong>de</strong> fundamental importância o<br />

Cadastramento e Mapeamento da <strong>Arborização</strong><br />

Urbana, que tem como objetivo cadastrar e<br />

diagnosticar todas as árvores <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

verificando a situação atual <strong>de</strong> cada árvore<br />

localizada nos logradouros públicos <strong>de</strong> nossa<br />

cida<strong>de</strong>. Este diagnóstico, além <strong>de</strong> verificar a<br />

situação atual <strong>de</strong> nossa arborização, irá<br />

possibilitar e quantificar as ativida<strong>de</strong>s<br />

subseqüentes, como: remoções <strong>de</strong> árvores,<br />

remoções <strong>de</strong> tocos, podas e novos plantios.<br />

Os novos plantios serão realizados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma nova concepção, por meio <strong>de</strong> um<br />

planejamento, colocando espécies a<strong>de</strong>quadas a<br />

cada local, verificando a largura <strong>de</strong> rua e<br />

calçada, existência <strong>de</strong> fiação aérea <strong>de</strong> energia<br />

elétrica, telefônica e multi-serviços, re<strong>de</strong><br />

subterrânea <strong>de</strong> água e esgoto e existência <strong>de</strong><br />

outros equipamentos públicos, como: semáforos,<br />

iluminação pública, postes, pontos <strong>de</strong> ônibus,<br />

<strong>de</strong>ntre outros.<br />

Após a assinatura <strong>de</strong>ste convênio, iniciou-se<br />

o Cadastramento e Mapeamento da <strong>Arborização</strong><br />

Urbana pelos setores centrais <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, on<strong>de</strong><br />

há a arborização mais antiga e problemática <strong>de</strong><br />

nossa cida<strong>de</strong>. Posteriormente, ampliou-se o<br />

cadastramento para <strong>de</strong>mais setores totalizando<br />

70 bairros.<br />

4.2. Ativida<strong>de</strong>s do Convênio 047/97<br />

A primeira ativida<strong>de</strong> do Convênio 047/97 foi o<br />

Cadastramento e Mapeamento da <strong>Arborização</strong><br />

Urbana, que tinha a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer a<br />

arborização existente, como também <strong>de</strong><br />

quantificar as operações subseqüentes. O<br />

cadastramento foi realizado em 70 (setenta)<br />

setores, observando os dados e as informações<br />

contidas na Tabela 01 - Planilha <strong>de</strong><br />

Levantamento <strong>de</strong> Campo, on<strong>de</strong> foram<br />

diagnosticadas todas as árvores existentes<br />

nestes setores.<br />

47


Tabela 01. Planilha <strong>de</strong> Levantamento <strong>de</strong> Campo - Cadastramento<br />

Código Lote Espécie Ida<strong>de</strong><br />

I<strong>de</strong>ntificador da árvore, toco<br />

ou plantio a ser fornecido pela<br />

COMDATA<br />

Lote mais próximo<br />

da árvore<br />

Código <strong>de</strong> referência<br />

da espécie<br />

J – Jovem<br />

A – Adulta<br />

PORTE<br />

- Baixo (B) – não atingiu a baixa tensão – até 4 metros <strong>de</strong> altura;<br />

- Médio (M) – envolveu a baixa tensão – <strong>de</strong> 5 a 7 metros <strong>de</strong> altura;<br />

- Alto (A) – próximo ou acima a alta tensão – acima <strong>de</strong> 7 metros <strong>de</strong> altura.<br />

PORTE<br />

- Baixo (B) – não atingiu a baixa tensão – até 4 metros <strong>de</strong> altura;<br />

- Médio (M) – envolveu a baixa tensão – <strong>de</strong> 5 a 7 metros <strong>de</strong> altura;<br />

- Alto (A) – próximo ou acima a alta tensão – acima <strong>de</strong> 7 metros <strong>de</strong> altura.<br />

CONDIÇÕES FÍSICAS/SANITÁRIAS<br />

Árvore boa, vigorosa, que não apresenta sinais <strong>de</strong> pragas, doenças ou injúrias mecânicas, que apresenta a forma característica da<br />

espécie e não requer trabalhos <strong>de</strong> correção;<br />

Árvore satisfatória, apresenta condições e vigor médios para o local, po<strong>de</strong> apresentar pequenos problemas <strong>de</strong> pragas, doenças ou<br />

danos físicos e/ou controle <strong>de</strong> pragas e doenças;<br />

Árvore ruim, apresenta estado geral <strong>de</strong> <strong>de</strong>clínio e po<strong>de</strong> apresentar severos danos <strong>de</strong> pragas, doenças ou danos físicos e , embora não<br />

aparente morte iminente, po<strong>de</strong> requerer muito trabalho <strong>de</strong> recuperação;<br />

4. Árvore morta ou que, <strong>de</strong>vido a danos causados por pragas, doenças ou físico, aparenta morte iminente (senescência).<br />

Diâmetro (DC)<br />

Dado em metros, no sentido paralelo ao meio-fio.<br />

COPA<br />

Poda Existente<br />

LP - Poda <strong>de</strong> Limpeza;<br />

LC - Levantamento <strong>de</strong> Copa;<br />

PU - Poda em U;<br />

PL - Poda em L;<br />

RC - Rebaixamento <strong>de</strong> Copa;<br />

SP - Sem Poda.<br />

PL – quando estiver interferindo no 1-trânsito, ou galhos secos, doenças e<br />

pragas (cupins, parasitas)<br />

PM – quando as interferências estiverem pegando nas fiações <strong>de</strong> AT, BT, TL,<br />

IL, e no 14-ramal do cliente TELEGOIÁS, 15-ramal do cliente CELG e<br />

TELEGOIÁS, 8-poste <strong>de</strong> energia elétrica, 9-poste com transformador, 16-re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> assinante <strong>de</strong> TV a cabo, 13-ramal do cliente CELG, 4-placas <strong>de</strong> orientação,<br />

6-totem, 7-quiosque e telefonia ou iluminação.<br />

RD – colocar sempre quando a calçada, meio fio e asfalto estiverem dando<br />

gran<strong>de</strong>s e médias interferências. Nas pequenas interferências e fissuras não<br />

colocar RD, mesmo colocando “sim” para calçada, meio-fio e asfalto.<br />

IDENTIFICAÇÃO<br />

ASPECTOS PAISAGÍSTICOS<br />

Bom (BO) – boa distribuição <strong>de</strong> copa, vigor exuberante, com pequenas interferências;<br />

Regular (RE) – apresenta boa distribuição e copa, porém com sinais <strong>de</strong> podas, porém com gran<strong>de</strong>s interferências;<br />

Ruim (RU) – forma <strong>de</strong>scaracterizada, sofreu várias podas <strong>de</strong>vido a severas interferências.<br />

INTERFERÊNCIAS POSSÍVEIS<br />

Alta Tensão – Sim (S), Não (N);<br />

Baixa tensão – Sim (S), Não (N);<br />

Telefone – Sim (S), Não (N);<br />

Iluminação Pública – Sim (S);<br />

1- Trânsito – TR;<br />

2- Garagem – GR;<br />

3- Ponto <strong>de</strong> Ônibus – PO;<br />

4- Placas <strong>de</strong> Orientação – PL;<br />

5- Caixa <strong>de</strong> Lixo – CL;<br />

6- Totem – TO;<br />

7- Quiosque – QU;<br />

8- Poste <strong>de</strong> Energia Elétrica – PE;<br />

OUTRAS<br />

9- Poste com Transformador – PT;<br />

10- Esquina – ES;<br />

11- Fachadas Comerciais – FC;<br />

12- Caixas Telefônicas – CT;<br />

13- Ramal do Cliente Celg – RA;<br />

14- Ramal do Cliente Telegoiás – RT;<br />

15- Ramal do Cliente Celg e Telegoiás – RCT;<br />

16- Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Assinante <strong>de</strong> TV a cabo – RMS.<br />

48


1- Trânsito – TR;<br />

2- Garagem – GR;<br />

3- Ponto <strong>de</strong> Ônibus – PO;<br />

4- Placas <strong>de</strong> Orientação – PL;<br />

5- Caixa <strong>de</strong> Lixo – CL;<br />

6- Totem – TO;<br />

OUTRAS<br />

7- Quiosque – QU;<br />

8- Poste <strong>de</strong> Energia Elétrica – PE;<br />

9- Poste com Transformador – PT;<br />

10- Esquina – ES;<br />

11- Fachadas Comerciais – FC;<br />

12- Caixas Telefônicas – CT;<br />

13- Ramal do Cliente Celg – RA;<br />

14- Ramal do Cliente Telegoiás – RT;<br />

15- Ramal do Cliente Celg e<br />

Telegoiás – RCT;<br />

16- Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Assinante <strong>de</strong> TV a cabo<br />

– RMS.<br />

FUSTE<br />

CIRCUNFERÊNCIA A<br />

1,30 METROS DE<br />

ALTURA (CAP)<br />

Circunferência do<br />

tronco, em metros.<br />

CONDIÇÕES FÍSICO-SANITÁRIAS<br />

- Bom (BO) – Fuste ereto, sem sinal <strong>de</strong> podas e<br />

necroses;<br />

- Regular (RE) – pequenos <strong>de</strong>feitos no<br />

tutoramento, alguns sinais <strong>de</strong> podas e<br />

necroses;<br />

- Ruim (RU) – inclinação acentuada, necroses<br />

bem <strong>de</strong>finidas, sinais <strong>de</strong> podas não<br />

cicatrizadas.<br />

DISTÂNCIA<br />

Colocada em metros a distância da árvore<br />

ao Lote, Edificação, Meio-Fio.<br />

Na coluna <strong>de</strong> Calçada, colocar a largura da<br />

mesma.<br />

OBS: No caso <strong>de</strong> ilhas e praças, não será<br />

necessário coletar as distâncias acima<br />

mencionadas.<br />

CONDIÇÕES FÍSICO-SANITÁRIAS<br />

Boa (BO) – sem sinal <strong>de</strong> pragas, doenças e<br />

rebaixamento;<br />

- Regular (RE) – apresenta pequenos sinais <strong>de</strong><br />

necroses e algumas raízes rebaixada;<br />

- Ruim (RU) – gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> raízes<br />

necrosadas e rebaixadas.<br />

RAÍZES<br />

INTERFERÊNCIAS POSSÍVEIS<br />

Caixa TELEGOIÁS – Sim (S), Não (N);<br />

Caixa SANEAGO – Sim (S), Não (N);<br />

Calçada – Sim (S), Não (N);<br />

Asfalto – Sim (S), Não (N);<br />

Meio-fio – Sim (S), Não (N);<br />

OUTRAS:<br />

Hidrante – HI<br />

Boca <strong>de</strong> Lobo - BL<br />

ALINHAMENTO<br />

Sim – S<br />

Não – N<br />

NECESSIDADE DE TRATAMENTOS<br />

- RT - Remoção <strong>de</strong> Toco;<br />

- RI - Remoção Imediata <strong>de</strong> Árvore;<br />

- PT - Plantio;<br />

- PM - Poda <strong>de</strong> Manutenção;<br />

- PF - Poda <strong>de</strong> Formação;<br />

- PL - Poda <strong>de</strong> Limpeza;<br />

- RD - Reparo <strong>de</strong> danos físicos à<br />

Calçada;<br />

- AF - Afastamento <strong>de</strong> Calçada;<br />

- CP - Controle <strong>de</strong> Pragas;<br />

- CD - Controle <strong>de</strong> Doenças;<br />

- TU - Tutoramento;<br />

- ST - Sem Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tratamento.<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Árvore <strong>de</strong>formada com poda drástica;<br />

Árvore atacada por fungo;<br />

Árvore com cochonilha;<br />

Árvore com problemas <strong>de</strong> tutoramento;<br />

Árvore apresentando severos danos<br />

físicos;<br />

Árvore com homópteros nas folhas<br />

(pulgão e cigarrinha);<br />

Árvore apresentando pequenos danos<br />

físicos;<br />

Árvore plantada irregularmente,<br />

espécie não utilizada na arborização<br />

urbana;<br />

Árvore apresentando necroses nas<br />

folhas, por <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> nutrientes ou<br />

doenças;<br />

Árvore com folhas danificadas por<br />

insetos;<br />

Árvore com tronco danificado por<br />

insetos (brocas);<br />

Árvore a menos <strong>de</strong> 5 metros da<br />

esquina;<br />

Árvore com cupim;<br />

Árvore com sintoma <strong>de</strong> ácaros;<br />

Árvore com tripes;<br />

Árvore atacada por formiga corta<strong>de</strong>ira;<br />

Árvore apresentando bifurcações;<br />

Árvore apresentando raízes<br />

superficiais;<br />

Calçada e/ou meio-fio inexistentes;<br />

Árvore morta por envenenamento ou<br />

anelamento;<br />

Remoção imediata 2 árvores na mesma<br />

cova;<br />

Remoção imediata – danos físicos nas<br />

raízes;<br />

Poda topiaria ou condução;<br />

25. Lote e/ou Quadra no campo<br />

diferente do mapa.<br />

O cadastramento previa um banco <strong>de</strong> dados interligado<br />

ao MUBDG – Mapa Urbano Básico Digital <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, on<strong>de</strong><br />

todas as árvores teriam um código e, através <strong>de</strong>sse código,<br />

qualquer cidadão po<strong>de</strong>ria acessar e saber da situação <strong>de</strong>sta<br />

árvore, tendo as informações das ativida<strong>de</strong>s que estas<br />

árvores necessitavam.<br />

Este diagnóstico quantificou as espécies ocorrentes, porte,<br />

ida<strong>de</strong>, situação fitossanitária, tratamentos necessários (poda,<br />

controle <strong>de</strong> pragas e doenças, <strong>de</strong>ntre outros), e interferências<br />

com equipamentos públicos. Através do cadastramento, foi<br />

possível quantificar o número <strong>de</strong> árvores ocorrentes por<br />

espécies, número <strong>de</strong> podas, número <strong>de</strong> árvores a serem<br />

removidas, número <strong>de</strong> tocos a serem removidos e número <strong>de</strong><br />

novos plantios a serem realizados nas vias públicas. Cada<br />

espécie cadastrada recebeu um código i<strong>de</strong>ntificador e suas<br />

condições fitossanitárias conforme <strong>de</strong>mostra a Tabela 02 -<br />

Planilha <strong>de</strong> Campo. Como exemplo, é apresentada, abaixo, a<br />

planilha com todos os dados das árvores cadastradas da<br />

quadra 65 compreendida entre as Ruas 29, 13, 16 e Av.<br />

Tocantins do setor central.<br />

49


Os dados mencionados po<strong>de</strong>m ser melhor visualizados na<br />

Figura 64, a seguir, referente à coleta <strong>de</strong> dados da quadra 65 no<br />

setor central. A planilha referente à tabela 02 da quadra 65 do<br />

Setor Central foi inserida neste trabalho como <strong>de</strong>monstração do<br />

cadastramento arbóreo. Ressaltamos que esta mesma planilha<br />

foi utilizada para os <strong>de</strong>mais logradouros públicos dos 70 bairros<br />

cadastrados.<br />

Após o cadastramento foi realizado o Planejamento<br />

Paisagístico <strong>de</strong> cada setor, com a indicação <strong>de</strong> espécies<br />

a<strong>de</strong>quadas a cada logradouro público.<br />

Os custos do cadastramento eram rateados em partes iguais<br />

entre a <strong>Prefeitura</strong> Municipal, CELG, SANEAGO e TELEGOÍAS.<br />

Tabela 02. Planilha com todos os dados das árvores cadastradas da quadra 65 compreendida entre as Ruas 29, 13, 16 e Av. Tocantins do setor central.<br />

Código Lote I<strong>de</strong>nt. Port. Cond. Fitos. Copa Fuste<br />

Esp.<br />

ID<br />

DC Poda Asp. Pais. Interf. Possiv.<br />

CAP Cond. Fitos. Distância<br />

AT BT TL IL Outras<br />

Lote Ed. MF Calçada<br />

Rua 29<br />

7241 9/11/50 55 A A 2 9,6 PU BO N S S N - 1 BO 1,2 8 0,6 1,8<br />

7242 9/11/50 55 A A 2 11,8 PU BO N S S N - 1,1 BO 1,2 8 0,6 1,8<br />

7243 9/11/50 55 A A 2 9,6 PU RE N S S N - 0,9 RE 1,2 8 0,6 1,8<br />

7244 7 55 A A 2 10,5 LC RE N S S N - 1 RU 1,2 8 0,6 1,8<br />

7245 5 - - - - 0 - - - - - - - - - 1,2 8 0,6 1,8<br />

7246 1/3/51 55 A A 2 12,2 LC BO N S S N - 1,3 RE 1,2 8 0,6 1,8<br />

7247 1/3/51 55 A A 2 8,3 LC RE N S S N - 1,2 RE 1,2 8 0,6 1,8<br />

7248 1/3/51 53 A A 2 11,8 LC RE N S S N - 1,209 RE 1,2 4,2 0,6 1,8<br />

Rua 13<br />

7236 6/8/10+ 7 A A 2 11 LC RE N N N N - 1,8 BO 2,9 2,9 0,6 3,5<br />

7237 6/8/10+ 7 A A 1 10,5 LC BO N N N N TR 1,8 BO 2,9 2,9 0,6 3,5<br />

7238 6/8/10+ 7 A A 2 3,2 LC RU N N N N - 0,8 RE 2,9 2,9 0,6 3,5<br />

7239 8/10/12+ - - - - 0 - - - - - - - - - 2,9 2,9 0,6 3,5<br />

7240 8/10/12+ - - - - 0 - - - - - - - - - 2,9 2,9 0,6 3,5<br />

Rua 16<br />

7306 8/10/12+ - - - - 0 - - - - - - - - - 1,2 6,2 0,6 1,8<br />

7307 8/10/12+ 4 A A 3 7,4 LC RU N N N N - 1,2 RE 1,2 6,2 0,6 1,8<br />

7308 8/10/12+ 4 A A 3 5,2 LC RE N N N N - 0,8 RE 1,2 6,2 0,6 1,8<br />

7309 8/10/12+ 4 A A 2 9,6 LC RE N N N N - 1,3 RE 1,2 6,2 0,6 1,8<br />

7310 50 4 A A 2 7,8 LC RE N N N N - 1,2 RE 1,2 6,2 0,6 1,8<br />

7311 48 4 A A 2 10,9 LC RE N N N N - 1,6 RU 1,2 6,2 0,6 1,8<br />

7312 46 - - - - 0 - - - - - - - - - 1,2 6,2 0,6 1,8<br />

7313 48 61 B J 2 4,2 SP RE N N N N - 0,8 BO 1,2 6,2 0,6 1,8<br />

7314 9/11/50 - - - - 0 - - - - - - - - - 1,2 6,2 0,6 1,8<br />

Av. Tocantins<br />

7249 1/3/51. 8 A A 2 11,4 LC RE N S S N - 1 RE 4,4 4,2 0,8 5,2<br />

7250 1/3/51. 10 A A 2 13,6 RC RE N S S N - 1,4 BO 4,4 4,2 0,8 5,2<br />

7251 1/3/51. 60 J B 2 3,8 SP BO N N N N - 0,4 BO 4,4 4,2 0,8 5,2<br />

7252 47 50 J B 2 1,8 SP RE N N N N - 0,15 BO 4,4 4,2 0,8 5,2<br />

7253 45 10 A A 2 10,9 RC RE N S S N - 1,8 BO 4,4 4,2 0,8 5,2<br />

7254 43 1 A A 2 4,8 RC RE N S S N - 1,5 RE 4,4 4,2 0,8 5,2<br />

7255 41 50 J B 2 1,4 SP BO N N N N - 0,1 BO 4,4 4,2 0,8 5,2<br />

7256 39 50 J B 2 1 SP BO N N N N - 0,1 BO 4,4 4,2 0,8 5,2<br />

7257 6/8/10+ 50 J B 2 0,8 SP RE N N N N - 0,1 BO 4,4 4,2 0,8 5,2<br />

7258 6/8/10+ 8 J M 2 9,2 RC RE N S S N - 0,8 RE 4,4 4,2 0,8 5,2<br />

50


Raízes Al. Necessida<strong>de</strong> Tratamento Observação<br />

Cond. Fitos.<br />

Interf./Possíveis<br />

CS CT Calçada Asfalto MF Outras<br />

Rua 29<br />

BO N N S N S - S RD -<br />

BO N N S N S - S RD -<br />

RE N N S N S - S PL/RD/CP 11<br />

RE N N S S S - S RD/AF 5<br />

- - - - - - - - PT -<br />

RE N N S S S - S PM/RD/AF/CD 11<br />

RE S S S S S - S PM -<br />

BO N N S N S - S PM<br />

Rua 13<br />

BO N N S N N - S PL/RD -<br />

BO N N N N S - S RD -<br />

RE N N N N N - S ST -<br />

- - - - - - - - PT -<br />

- - - - - - - - PT -<br />

Rua 16<br />

- - - - - - - - PT -<br />

RE N N N N N - S CP 1/14.<br />

RE N N N N N - S ST 1/5.<br />

RE N N N N N - S CP 7/11.<br />

RU N N N N N - S CP 11/5.<br />

RE N N S N N - S CP 5/11.<br />

- - - - - - - - PT -<br />

BO N N S N N - S CP/CD 2/6.<br />

- - - - - - - - PT -<br />

Av. Tocantins<br />

BO S N S N S - S PM/PL -<br />

BO N N S N S - S PM/CP 14<br />

BO N N N N N - S CP 14<br />

BO N N N N N - S CP/CD 2/6.<br />

BO N S S N S - S PM/RD/AF -<br />

RE N N S N S - S PL/AF -<br />

BO N N N N N - S CP/CD 2/6.<br />

BO N N N N N - S CP 6/4.<br />

BO N S N N N - S CP 6<br />

BO S S S N S - S PL/AF -<br />

51


Figura 64 - Imagem com dados das árvores cadastradas da quadra 65,<br />

compreendida entre as Ruas 29, 13, 16 e Av. Tocantins no Setor Central<br />

Fonte: COMDATA – 2008.<br />

52


4.3. Podas<br />

A poda tem a função <strong>de</strong> adaptar a árvore e seu<br />

<strong>de</strong>senvolvimento ao espaço que ela ocupa. O<br />

conhecimento das características das espécies mais<br />

utilizadas na arborização <strong>de</strong> ruas, das técnicas <strong>de</strong><br />

poda e das ferramentas corretas para a execução da<br />

poda permitem que esta prática seja feita <strong>de</strong> forma<br />

a não danificar a árvore. Entretanto, a poda sempre<br />

será uma agressão à árvore e <strong>de</strong>verá ser feita <strong>de</strong><br />

modo a facilitar a cicatrização do corte. Caso<br />

contrário, a exposição do lenho permitirá a entrada<br />

<strong>de</strong> fungos e bactérias, responsáveis pelo<br />

apodrecimento <strong>de</strong> galhos e tronco, e pelo<br />

aparecimento das conhecidas cavida<strong>de</strong>s (ocos).<br />

O planejamento da poda é realizado a partir do<br />

cadastramento e <strong>de</strong> pedidos da população, através<br />

<strong>de</strong> processo das espécies predominantes na<br />

arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> poda é<br />

<strong>de</strong>terminada através do acompanhamento do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das espécies.<br />

No Cadastramento foi possível quantificar as<br />

podas que <strong>de</strong>veriam ser implementadas, como<br />

também o tipo. Para facilitar o diagnóstico <strong>de</strong> campo<br />

foram diferenciados 03 (três) tipos <strong>de</strong> podas, sendo:<br />

Poda <strong>de</strong> Formação - PF: é realizada nas árvores<br />

jovens, visando à condução e direcionamento da<br />

copa com o objetivo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quá-las às condições do<br />

local on<strong>de</strong> se encontram plantadas, adquirindo<br />

tronco em haste única, livres <strong>de</strong> brotos e copa<br />

elevada, acima <strong>de</strong> 1,80 metro;<br />

Poda <strong>de</strong> Limpeza - PL: realizada para a<br />

remoção <strong>de</strong> galhos mortos ou secos;<br />

Poda <strong>de</strong> Manutenção - PM: adotada nas<br />

árvores jovens e adultas, visando à manutenção da<br />

re<strong>de</strong> viária. Divi<strong>de</strong>-se em:<br />

Poda <strong>de</strong> conformação: poda leve em galhos e<br />

ramos que interferem em edificações, telhados,<br />

iluminação pública, <strong>de</strong>rivações <strong>de</strong> re<strong>de</strong> elétrica ou<br />

telefônica, sinalização <strong>de</strong> trânsito, levando-se em<br />

consi<strong>de</strong>ração o equilíbrio e a estética da árvore;<br />

Poda <strong>de</strong> <strong>de</strong>sobstrução <strong>de</strong> fiação aérea:<br />

adotada em árvores <strong>de</strong> médio e gran<strong>de</strong> portes sob<br />

fiação, visando evitar a interferência dos galhos com<br />

a mesma. O i<strong>de</strong>al é o preparo da árvore <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

jovem. Po<strong>de</strong> ser efetuada <strong>de</strong> quatro maneiras<br />

diferentes, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> cada situação e da<br />

espécie que será podada;<br />

Poda em “V”: é a remoção dos galhos internos<br />

da copa, que atingem a fiação secundária<br />

energizada ou telefônica, dando aos ramos<br />

principais a forma <strong>de</strong> V, permitindo assim o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da copa acima e ao redor da re<strong>de</strong><br />

elétrica;<br />

Poda em “furo”: consiste na manutenção da<br />

poda em “V”, com o <strong>de</strong>senvolvimento da copa<br />

acima e ao redor da fiação. É necessária remoção<br />

constante das brotações <strong>de</strong>senvolvidas ao redor<br />

dos fios;<br />

Poda <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> copa alta: a copa é<br />

direcionada a se formar acima da re<strong>de</strong> elétrica.<br />

Consiste na remoção dos ramos principais e/ou<br />

secundários que atingem a fiação. Quando existe<br />

fiação primária energizada, a formação <strong>de</strong> copa alta<br />

não é possível;<br />

Poda <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> copa: é a redução da<br />

altura da copa, com o objetivo <strong>de</strong> mantê-la abaixo<br />

da fiação aérea. É utilizada principalmente em<br />

árvores plantadas sob fiação primária energizada;<br />

Poda drástica: é consi<strong>de</strong>rada poda drástica<br />

aquela que apresenta uma das seguintes<br />

características: - remoção total da copa,<br />

permanecendo acima do tronco os ramos<br />

principais com menos <strong>de</strong> 1,0 metro <strong>de</strong><br />

comprimento nas árvores adultas; - remoção total<br />

<strong>de</strong> um ou mais ramos principais, resultando no<br />

<strong>de</strong>sequilíbrio irreversível da árvore e; - remoção<br />

total da copa <strong>de</strong> árvores jovens e adultas,<br />

resultando apenas o tronco.<br />

As podas drásticas <strong>de</strong>verão ser evitadas, sendo a<br />

sua utilização permitida apenas em situações<br />

emergenciais ou quando precedida <strong>de</strong> parecer<br />

técnico <strong>de</strong> profissional habilitado.<br />

As ferramentas e equipamentos principais para<br />

os serviços <strong>de</strong> poda são: tesoura <strong>de</strong> poda, serras<br />

manuais ou moto-serras. Deverão ser evitadas as<br />

seguintes ferramentas: machado, facão e foice.<br />

Os equipamentos acessórios são as escadas,<br />

cordas e plataformas elevatórias ou cestos.<br />

Os equipamentos <strong>de</strong> segurança são: capacete<br />

com fixação no queixo, óculos para evitar serragem<br />

nos olhos, protetores auriculares para os operadores<br />

<strong>de</strong> moto-serra, luvas <strong>de</strong> couro, sapatos com solado<br />

reforçado e cinto <strong>de</strong> segurança.<br />

53


4.4. Remoções <strong>de</strong> árvores<br />

No caso das árvores on<strong>de</strong>, após a avaliação<br />

da equipe técnica, forem constatados<br />

problemas <strong>de</strong> fitossanida<strong>de</strong>, mortas ou com<br />

risco <strong>de</strong> queda natural, é recomendada a<br />

remoção imediata, visando evitar as suas<br />

quedas naturais, principalmente no período <strong>de</strong><br />

chuvas. Os trantornos causados à população<br />

goianiense são muitos, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong><br />

quedas <strong>de</strong> árvores sob veículos, muros,<br />

residências, ou provocando o <strong>de</strong>sabastecimento<br />

no fornecimento <strong>de</strong> energia elétrica, <strong>de</strong><br />

telefonia e/ou <strong>de</strong> multi-serviços.<br />

Atualmente, a <strong>Prefeitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, através<br />

da AMMA e da COMURG – Companhia <strong>de</strong><br />

Urbanização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> – COMURG, faz a<br />

extirpação <strong>de</strong> árvores somente em casos <strong>de</strong><br />

substituição, após a avaliação técnica<br />

verificanco as condições biológicas <strong>de</strong>bilitadas<br />

das mesmas. A autorização para a extirpação é<br />

concedida somente após a assinatura <strong>de</strong> um<br />

Termo <strong>de</strong> Compromisso Ambiental feito com a<br />

AMMA e o requerente, que visa o<br />

comprometimento pelo plantio <strong>de</strong> uma nova<br />

muda no local da árvore a ser extirpada, essa<br />

medida é realizada em virtu<strong>de</strong> da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> arborização do município e também da<br />

função ambiental das árvores no meio urbano.<br />

4.5. Remoções <strong>de</strong> tocos<br />

Os tocos existentes foram quantificados e no<br />

diagnóstico era verificado se neste local havia<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novo plantio <strong>de</strong> árvores.<br />

4.6. Novos plantios<br />

Nos espaços vazios existentes, nos locais<br />

on<strong>de</strong> havia tocos ou árvores a serem removidas<br />

e que possuem condições <strong>de</strong> receber novos<br />

plantios <strong>de</strong> espécies arbóreas, são i<strong>de</strong>ntificados<br />

como um ponto a ser realizado novo plantio que<br />

posteriormente será contemplado com o<br />

planejamento <strong>de</strong> arborização.<br />

4.7. Inventário Florestal<br />

Inventário Florestal Urbano - IFU<br />

O inventário levantou dados específicos<br />

sobre as árvores urbanas como espécie, ida<strong>de</strong>,<br />

porte, condições fitossanitárias, copa, ativida<strong>de</strong><br />

a ser recomendada nos espécimes, aspectos<br />

paisagísticos (bom, regular, ruim), fuste, raízes,<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tratamentos, características<br />

fenológicas, bem como as relações com as re<strong>de</strong>s<br />

telefônicas, semáforos, placas <strong>de</strong> sinalização,<br />

luminárias e prédios, re<strong>de</strong>s subterrâneas <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> esgoto,<br />

pavimentações, <strong>de</strong>ntre outras.<br />

Inventário Florestal Urbano Total – IFUT<br />

Consistiu no cadastramento qualiquantitativo<br />

da arborização <strong>de</strong> ruas e avenidas<br />

em calçadas e canteiros centrais e praças,<br />

através do levantamento <strong>de</strong> informações<br />

próprias do espécime, bem como da infraestrutura<br />

urbana que o cerca. Foi realizado o<br />

inventário total da arborização dos 70 Setores<br />

da cida<strong>de</strong>, compreen<strong>de</strong>ndo uma área <strong>de</strong><br />

67.310,38 km², perfazendo um total <strong>de</strong> 3.137<br />

logradouros. O Inventário Florestal Total tem<br />

por finalida<strong>de</strong> manter a arborização<br />

monitorada, facilitando as intervenções<br />

necessárias e permitindo o estabelecimento do<br />

tratamento técnico a<strong>de</strong>quado à arborização na<br />

área central, a qual se caracteriza por<br />

apresentar conflitos diversos entre árvores e<br />

equipamentos urbanos.<br />

Inventário Florestal Urbano por<br />

Amostragem – IFUA<br />

Cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte como <strong>Goiânia</strong>, que<br />

possui hoje aproximadamente 1.200.000<br />

habitantes (IBGE - 2007), são inventariadas por<br />

amostragem, ou seja, não há condições <strong>de</strong><br />

realizar um levantamento quali-quantitativo <strong>de</strong><br />

toda a cida<strong>de</strong>. No entanto, por meio do próprio<br />

cadastramento, estimou-se que <strong>Goiânia</strong> possua<br />

hoje um total estimado <strong>de</strong> 950.000 árvores,<br />

amostrando-se <strong>de</strong>ste total, 14% da população<br />

arbórea <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> correspon<strong>de</strong>nte ao inventário<br />

<strong>de</strong> 70 bairros. O mapa a seguir <strong>de</strong>monstra toda a<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, i<strong>de</strong>ntificando os setores on<strong>de</strong><br />

foi realizado o cadastramento e mapeamento da<br />

arborização existente.<br />

54


Mapa 01. Mapa da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, em <strong>de</strong>staque (ver<strong>de</strong>) os<br />

70 bairros que tiveram suas árvores cadastradas<br />

Fonte: COMDATA – 2008.<br />

55


RESULTADOS<br />

Realizou-se o cruzamento com todas as informações obtidas do cadastramento, a fim <strong>de</strong> visualizar<br />

aquelas <strong>de</strong> maior relevância. Os resultados foram agrupados, quantificados e analisados baseados em<br />

estatística básica, <strong>de</strong> forma a elaborar tabelas e gráficos tornando-os passíveis <strong>de</strong> interpretação e<br />

posterior discussão. A prefeitura <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, em parceria com a CELG, SANEAGO, TELEGOIÁS, UFG,<br />

UCG e Ministério Público, realizou o diagnóstico da arborização em 70 setores, chegando aos<br />

seguintes resultados:<br />

No cadastramento <strong>de</strong>stes 70 setores foram diagnosticados 178.230 pontos. Os pontos são<br />

diferenciados em: árvores, tocos e novos plantios, caracterizando-se em: 133.061 árvores (74,65%),<br />

6.295 tocos a serem removidos (3,53%) e 38.874 novos plantios (21,81%). Do número <strong>de</strong> árvores<br />

levantadas, foi recomendada a remoção <strong>de</strong> 7.079 árvores por possuírem problemas <strong>de</strong> fitossanida<strong>de</strong>,<br />

representando 5,32% do total <strong>de</strong> árvores encontradas.<br />

5.1 Pontos Cadastrados<br />

Tabela 03. Descrição <strong>de</strong> todos os pontos cadastrados.<br />

DADOS QUANTIDADES PERCENTUAL<br />

Pontos cadastrados 178.230 100<br />

Árvores 131.061 74,65<br />

Remoções 7.079 5,32<br />

Remoção <strong>de</strong> Tocos 6.295 3,53<br />

Plantios 38.874 21,81<br />

Nestes setores diagnosticados, existem 178.230 pontos cadastrados, assim<br />

distribuídos: 133.061 árvores, 6.295 remoções <strong>de</strong> tocos e 38.874 novos plantios.<br />

Dentro do número <strong>de</strong> árvores encontradas, verificamos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

remover imediatamente 7.079 árvores, o que perfaz um percentual <strong>de</strong> 5,32% das<br />

árvores existentes.<br />

Essas remoções se justificam pela situação que as mesmas se encontram,<br />

po<strong>de</strong>ndo cair naturalmente, trazendo riscos aos pe<strong>de</strong>stres e veículos que circulam<br />

por estes locais.<br />

56


5.2 Espécies encontradas<br />

Nos setores cadastrados foram catalogadas 133.061 árvores, totalizando 328 diversas espécies arbóreas (Tabela 04).<br />

Tabela 04. Relação <strong>de</strong> todas as espécies arbóreas encontradas nos 70 setores diagnosticados em <strong>Goiânia</strong>, com as<br />

respectivas quantida<strong>de</strong>s e freqüências, classificadas por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> freqüência.<br />

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT. FREQ.%<br />

Monguba Pachira aquatica Aubl. Bombacaceae 25.481 19,150<br />

Sibipiruna Caesalpinia pluviosa var. peltophoroi<strong>de</strong>s Benth. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 22.687 17,050<br />

Guariroba Syagrus oleracea (Mart.) Becc. Arecaceae 10.432 7,840<br />

Ficus-benjamina Ficus benjamina L Moraceae 6.481 4,871<br />

Sete-copas Terminalia catappa L. Combretaceae 6.467 4,860<br />

Ipê-<strong>de</strong>-jardim, Cedrinho Tecoma stans (L.) Juss. Ex Kunth Bignoniaceae 4.059 3,050<br />

Quaresmeira-roxa Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. Melastomataceae 3.979 2,990<br />

Palmeira-imperial Roystonea borinqueana O.F. Cook Arecaceae 3.447 2,590<br />

Bauhinia-lilás, Pata-<strong>de</strong>-vaca Bauhinia variegata L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 2.289 1,720<br />

Mangueira Mangifera indica L. Anacardiaceae 2.276 1,710<br />

Oiti Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae 2.010 1,510<br />

Flamboyant Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 1.983 1,490<br />

Palmeira-areca Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beetje & J. Dransf. Arecaceae 1.810 1,360<br />

Bauhinia-rosa Bauhinia blakeana Dunn Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 1.424 1,070<br />

Jambo-do-pará, Jambo-vermelho Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. PerryMyrtaceae 1.291 0,970<br />

Jambolão, Jamelão Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae 1.257 0,944<br />

Paineira, Barriguda Chorisia speciosa A. St.-Hil. Bombacaceae 1.187 0,892<br />

Espató<strong>de</strong>a Sphato<strong>de</strong>a nilotica Seem Bignoniaceae 1.171 0,880<br />

Albisia Albizia lebbeck (L.) Benth. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 1.155 0,868<br />

Ipê-roxo Tabebuia impetiginosa (Mart. Ex DC.) Standl Bignoniaceae 1.044 0,784<br />

Saboneteiro Sapindus saponaria L. Sapindaceae 926 0,696<br />

Álamo Populus tremuloi<strong>de</strong>s Michx. Salicaceae 872 0,656<br />

Goiabeira Psidium guajava L. Myrtaceae 825 0,620<br />

Chuva-<strong>de</strong>-ouro Cassia fistula L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 825 0,620<br />

Bauhinia-branca, Pata-<strong>de</strong>-vaca Bauhinia variegata L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 813 0,611<br />

Palmeira-rabo-<strong>de</strong>-peixe Caryota urens L. Arecaceae 775 0,583<br />

Espirra<strong>de</strong>ira Nerium olean<strong>de</strong>r L. Apocynaceae 771 0,579<br />

Ipê-rosa Tabebuia rosea (Bert.) DC. Bignoniaceae 766 0,576<br />

Bougainvilea-rosa Bougainvillea glabra Choisy Nyctagninaceae 728 0,547<br />

Extremosa, Resedá Lagerstroemia indica L. Lythraceae 719 0,540<br />

Aroeira-salsa Schinus molle L. Anacardiaceae 694 0,522<br />

Murta Murraya paniculata L. Rutaceae 657 0,494<br />

Cássia-<strong>de</strong>-java, cássia-javânica Cassia javanica L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 647 0,486<br />

Ipê-amarelo Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson Bignoniaceae 623 0,468<br />

Flamboyant-mirim Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 609 0,457<br />

Leucena Leucaena leucocephala (Lam.) <strong>de</strong> Wit Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 582 0,437<br />

Cássia-sena-café Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 543 0,408<br />

Palmeira-bacuri Attalea phalerata Mart. Ex Spreng. Arecaceae 539 0,405<br />

Bálsamo Myroxylon peruiferum L. f. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 531 0,399<br />

Cássia-São-João Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 522 0,392<br />

Ficus-variegata Ficus variegata Blume Moraceae 515 0,387<br />

Cinamomo, Santa-barbara Melia azedarach L. Meliaceae 515 0,387<br />

Palmeira-fenix, tamareira-anã, Phoenix roebelenii O’Brien Arecaceae 508 0,382<br />

Palmeira-seafórtea Archontophoenix cunninghamii H. Wendl. & Dru<strong>de</strong> 504 0,379<br />

Pau-ferro Caesalpinia ferrea Mart. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 484 0,363<br />

Urucum Bixa orellana L. Bixaceae 480 0,361<br />

Abacateiro Persea americana Mill. Lauraceae 472 0,355<br />

57


NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT. FREQ.%<br />

Neve-da-montanha, Cabeleira-<strong>de</strong>-velho Euphorbia leucocephala Lotsy Euphorbiaceae 465 0,350<br />

Caliandra-vermelha, Esponjinha-vermelha Calliandra tweedii Benth. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 445 0,335<br />

Ipê-amarelo Tabebuia vellosoi Toledo Bignoniaceae 442 0,332<br />

Cássia-rosa, Cássia-gran<strong>de</strong> Cassia grandis L. f. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 432 0,324<br />

Tamarin<strong>de</strong>iro Tamarindus indica L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 428 0,322<br />

Caliandra-rosa, Esponjinha-rosa, Escumilha Calliandra brevipes Benth. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 428 0,322<br />

Pau-ferro, Juçá Caesalpinia ferrea Mart.ex Tul. var. ferrea Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 428 0,322<br />

Pinus, Pinheiro Pinus elliottii Engel. Pinaceae 424 0,318<br />

Flor-<strong>de</strong>-abril Dillenia indica Blanco Dilleniaceae 420 0,316<br />

Ficus-benjamina-variegata Ficus benjamina L. Moraceae 417 0,313<br />

Ipê-amarelo-do-cerrado, Taipoca Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. Bignoniaceae 415 0,312<br />

Amoreira Morus nigra L. Moraceae 401 0,302<br />

Ficus-lirata Ficus lyrata Warb. Moraceae 398 0,299<br />

Pau-brasil Caesalpinia echinata Lam. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 396 0,297<br />

Hibisco-vermelho Malvaviscus rosa-sinensis L. Malvaceae 391 0,294<br />

Pinheiro-do-paraná Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucariaceae 388 0,291<br />

Alfeneiro, Ligustro Ligustrum japonicum Thunb. Oleaceae 382 0,287<br />

Chapéu-<strong>de</strong>-napoleão Thevetia peruviana (Pers.) K. Schum. Apocynaceae 379 0,285<br />

Ficus-microcarpa Ficus microcarpa L. f. Moraceae 373 0,280<br />

Cajueiro Anacardium occi<strong>de</strong>ntale L. Anacardiaceae 372 0,280<br />

Magnólia-amarela Michelia champaca L. Magnoliaceae 371 0,279<br />

Jaca Artocarpus heterophylla L.f. Moraceae 365 0,274<br />

Limão Citrus lemon (L.) Burm. f. Rutaceae 364 0,274<br />

Palmeira-macaúba Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. Arecaceae 82 0,062<br />

Palmeira-leque-cubana Coccothrinax fragrans Burret Arecaceae 79 0,059<br />

Ata, Pinha, Fruta-<strong>de</strong>-Con<strong>de</strong> Annona squamosa L. Annonaceae 79 0,059<br />

Duranta Duranta repens L. Verbenaceae 73 0,055<br />

Angico Ana<strong>de</strong>nanthera peregrina (L.) Speg. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 71 0,053<br />

Mogno Swietenia macrophylla King Meliaceae 63 0,047<br />

Jacarandá-mimoso Jacaranda cuspidifolia Mart. Bignoniaceae 62 0,047<br />

Jasmin-manga Plumeria rubra L. Apocynaceae 60 0,045<br />

Calistemon Callistemon citrinus (Curtis) Skeels Myrtaceae 56 0,042<br />

Ingá Inga sp. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 53 0,040<br />

Palmeira-rabo-<strong>de</strong>-peixe-pequena Caryota mitis Lour. Arecaceae 52 0,039<br />

Canela Nectandra sp. Lauraceae 52 0,039<br />

Tuia-piramidal Thuja pyramidalis Ten. Cupressaceae 47 0,036<br />

Ingá Inga cylindrica (Vell.) Mart. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 47 0,036<br />

Coco-da-Bahia, Coqueiro, Coqueiro-da-Bahia Cocos nucifera L. Arecaceae 46 0,035<br />

Jambo-amarelo Syzygium jambos L. Myrtaceae 46 0,035<br />

Calistemon Callistemon viminalis (Sol. ex Gaertn.) G. Don ex Loud. Myrtaceae 46 0,035<br />

Magnólia Magnolia grandiflora L. Magnoliaceae 44 0,033<br />

Pitangueira Eugenia uniflora L. Myrtaceae 44 0,033<br />

Gameleira, Ficus-gigante Ficus elastica Roxb. Moraceae 43 0,032<br />

Lanterneiro Lophanthera lactescens Ducke Malpighiaceae 43 0,032<br />

Palmeira-leque-do-ceará Pritchardia pacifica Seem. & H. Wendl. Arecaceae 43 0,032<br />

Castanha-do-Maranhão Bombacopsis glabra (Pasq.) Robyns Bombacaceae 42 0,031<br />

Ingá-banana Inga uraguensis Hook. & Arn. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 42 0,031<br />

Grevilea-vermelha Grevillea banksii R. Br. Proteaceae 41 0,030<br />

Mutamba Guazuma ulmifolia Lam. Sterculiaceae 41 0,030<br />

Cipreste Cupressus sp. Cupressaceae 41 0,030<br />

Iuca Yucca elephantipes Regel Liliaceae 41 0,030<br />

Aalecrim-<strong>de</strong>-campinas Holocalyx balansae Micheli Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 41 0,030<br />

Eucalipto Eucalyptus sp. Myrtaceae 39 0,030<br />

Eucalipto-ornamental Eucalyptus cinerea F. Muell. ex Benth. Myrtaceae 39 0,030<br />

Ipê-Branco Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand. Bignoniaceae 38 0,029<br />

Pau-tento, Tento A<strong>de</strong>nanthera pavonina L. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 37 0,028<br />

Ameixa Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. Rosaceae 36 0,027<br />

Neen-indiano Melia indica (A. Juss.) Brandis Meliaceae 36 0,027<br />

Ciriguela Spondias purpurea L. Anacardiaceae 36 0,027<br />

Pau-formiga Triplaris brasiliana Cham. Polygonaceae 35 0,026<br />

Cedro Cedrela fissilis Vell. Meliaceae 35 0,026<br />

Bougainvilea-dobrada Bougainvillea spectabilis Willd. Nyctaginaceae 35 0,026<br />

Ipê-roxo-<strong>de</strong>-sete-folhas Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo Bignoniaceae 35 0,026<br />

Tuia-maçã Thuja sp. Cupressaceae 34 0,025<br />

Laranjeira Citrus aurantium L. Rutaceae 34 0,025<br />

Pinus sp. Pinus sp. Pinaceae 34 0,025<br />

Cajá-manga Spondias cytherea Sonn. Anacardiaceae 34 0,025<br />

Algaroba Prosopis algarobilla Griseb. Fabaceae 33 0,025<br />

Genipapo Genipa americana L. Rubiaceae 33 0,025<br />

58


NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT. FREQ.%<br />

Polyscia, Árvore-da-felicida<strong>de</strong>-macho Polyscias guilfoylei (W. Bull) L.H. Bailey Araliaceae 33 0,025<br />

Acerola Malpighia glabra L. Malpighiaceae 32 0,024<br />

Jacarandá Machaerium acutifolium Vogel Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 32 0,024<br />

Gameleira-folha-miúda Ficus sp. Moraceae 30 0,023<br />

Boldo Vernonia con<strong>de</strong>nsata Baker Asteraceae 30 0,023<br />

Gameleira Ficus insipida Willd. Moraceae 30 0,023<br />

Mussaenda Mussaenda erythrophylla Schumach. & Thonn. Rubiaceae 30 0,023<br />

Clusia Clusia sp. Clusiaceae 29 0,022<br />

Erithrina-variegata Erythrina sp. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 29 0,022<br />

Feijão-guandu Cajanus indicus Spreng. Fabaceae 29 0,022<br />

Palmeira-jerivá Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Arecaceae 28 0,021<br />

Polyscia, Árvore-da-felicida<strong>de</strong>-fêmea Polyscias fruticosa (L.) Harms Araliaceae 28 0,021<br />

Romã Punica granatum L. Punicaceae 27 0,020<br />

Quaresmeira-arbustiva Tibouchina moricandiana Baill. Melastomaceae 26 0,019<br />

Pitombeira, Olho-<strong>de</strong>-Boi Talisia esculenta (A. St.-Hil.) Radlk. Sapindaceae 26 0,019<br />

Quaresmeira-orelha-<strong>de</strong>-onça, Orelha-<strong>de</strong>-burro Tibouchina grandifolia Cogn. Melastomataceae 25 0,019<br />

Dracena-gigante Dracaena arborea (Willd.) Link Liliaceae 25 0,019<br />

Grevilea-robusta Grevillea robusta A. Cunn. ex R. Br. Proteaceae 24 0,018<br />

Cerejeira-do-mato Eugenia involucrata DC. Myrtaceae 24 0,018<br />

Figueira-da-Índia Ficus auriculata Lour. Moraceae 24 0,018<br />

Lea-ver<strong>de</strong> Leea coccinea Bojer Vitaceae 24 0,018<br />

Graviola Annoma muricata Annonaceae 24 0,018<br />

Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake Fabaceae 24 0,018<br />

Guatambu Aspidosperma subincanum Mart. Apocynaceae 24 0,018<br />

Tamboril, Orelha-<strong>de</strong>-negro Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 24 0,018<br />

Clusia-rosa Clusia rosea Jacq. Clusiaceae 23 0,017<br />

Cica Cycas circinalis L. Cycadaceae 23 0,017<br />

Embaúba Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae 21 0,016<br />

Cheflera-gigante Schefflera actinophylla (Endl.) Harms Araliaceae 21 0,016<br />

Jacarandá-canzil, Canzileiro Platypodium elegans Vogel Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 20 0,015<br />

Manacá-<strong>de</strong>-cheiro, Manacá-<strong>de</strong>-jardim Brunfelsia uniflora (Pohl) D. Don Solanaceae 20 0,015<br />

Jacarandá-bico-<strong>de</strong>-pato Machaerium aculeatum Raddi Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 19 0,014<br />

Escumilha-africana Lagerstroemia speciosa Pers. Lythraceae 19 0,014<br />

Chorão Salix babylonica L. Salicaceae 18 0,014<br />

Farinha-seca Albizia niopoi<strong>de</strong>s (Spruce ex Benth.) Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 18 0,014<br />

Mamoeiro Carica papaya L. Caricaceae 18 0,014<br />

Cheflera Schefflera arboricola (Hayata) Merr. Araliaceae 18 0,014<br />

Jatobá-da-mata Hymenaea courbaril L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 18 0,014<br />

Bananeira Musa paradisiaca L. Musaceae 18 0,014<br />

Eritrina Erythrina coralloi<strong>de</strong>s DC. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 17 0,013<br />

Bico-<strong>de</strong>-pato Euphorbia pulcherrima Willd. ex Klotzsch Euphorbiaceae 17 0,013<br />

Ligustrum Ligustrum ovalifolium Hassk. Oleaceae 17 0,013<br />

Jatobá-do-cerrado Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 17 0,013<br />

Aroeira-falsa, Aroeira-pimenteira Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae 17 0,013<br />

Casuarina Casuarina cunninghamiana Miq. Casuarinaceae 16 0,012<br />

Orgulho-da-Índia Lagerstroemia speciosa Pers. Lythraceae 16 0,012<br />

Melaleuca Melaleuca leuca<strong>de</strong>ndron (L.) L. Muyrtaceae 16 0,012<br />

Palmeira-triângula Dypsis <strong>de</strong>cary (Jum.) Beentje & J. Dransf. Arecaceae 16 0,012<br />

Canafístula Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 16 0,012<br />

Guapeva, Curiola, Cabo-<strong>de</strong>-machado Pouteria torta (Mart.) Radlk. Sapotaceae 16 0,012<br />

Ingá-<strong>de</strong>-quatro-quinas Inga vera Willd. subsp. affinis (DC.) T.D. Penn. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 15 0,011<br />

Algodoeiro Heliocarpus americanus L. Tiliaceae 15 0,011<br />

Palmeira-silvestre Syagrus flexuosa (Mart.) Becc. Arecaceae 15 0,011<br />

Hibisco-da-China Malvaviscus syriacus L. Malvaceae 15 0,011<br />

Bambu Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C. Wendl. Poaceae 15 0,011<br />

Ouratia Ouratea sp. Ochnaceae 15 0,011<br />

Babaçu Attalea speciosa Mart. ex Spreng. Arecaceae 15 0,011<br />

Algodão-<strong>de</strong>-praia Malvaviscus sp. Malvaceae 15 0,011<br />

Dracena-rajada Dracaena fragrans (L.) Ker-Gawl. Liliaceae 15 0,011<br />

Amendoim-bravo, Pau-<strong>de</strong>-fava, Madiera-nova Pterogyne nitens Tul. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 14 0,010<br />

Mirindiba , Maria Preta Terminalia glabrescens Mart. Combretaceae 14 0,010<br />

Imbiruçu Pseudobombax longiflorum (Mart. & Zucc.) A. Robyns Bombacaceae 14 0,010<br />

Ligustro-chinês Ligustrum sinense Lour. Oleaceae 14 0,010<br />

Carambola Averrhoa carambola L. Oxalidaceae 14 0,010<br />

Jacarandá Não i<strong>de</strong>ntificada 14 0,010<br />

Palmeira-latânia Livistona chinensis (Jacq.) R. Br. Ex Mart. Arecaceae 14 0,010<br />

Cacau Theobroma cacao L. Sterculiaceae 14 0,010<br />

Chichá Sterculia chicha A. St.-Hil. ex Turpin Sterculiaceae 14 0,010<br />

59


NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT. FREQ.%<br />

Gonçalo-alves Astronium fraxinifolium Schott ex Spreng. Anacardiaceae 12 0,009<br />

Burdão-<strong>de</strong>-velho, Sete-cascas Não i<strong>de</strong>ntificada 12 0,009<br />

Ficus-branco Ficus rubiginosa Desf. ex Vent. Moraceae 12 0,009<br />

Hibisco-colibri, Malva Malvaviscus arboreus Cav. Malvaceae 12 0,009<br />

Manacá-da-serra Tibouchina mutabilis (Vell.) Cogn. Melastomataceae 12 0,009<br />

Dama-da-noite Cestrum aff. nocturnum Solanaceae 12 0,009<br />

Astrapéia Dombeya wallichii (Lindl.) K. Schum. Sterculiaceae 12 0,009<br />

Aroeira-do-Cerrado Myracrodruon urun<strong>de</strong>uva Allemão Anacardiaceae 12 0,009<br />

Feijão-cru Platymiscium pubescens Micheli Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 12 0,009<br />

Guatambu-do-cerrado Aspidosperma macrocarpon Mart. Apocynaceae 12 0,009<br />

Amburan, Cerejeira Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 11 0,008<br />

Angico-<strong>de</strong>-bezerro Pipta<strong>de</strong>nia moniliformes Benth. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 11 0,008<br />

Álamo-da-folha-estreita Salix chilensis Molina Salicaceae 11 0,008<br />

Feijão-cru Platymiscium pubescens Micheli Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 11 0,008<br />

Croton Cordiaeum variegatum (L.) A. Juss. Euphorbiaceae 11 0,008<br />

Mulungu-do-litoral Erythrina speciosa Andrews Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 11 0,008<br />

Sombreiro Clitoria fairchildiana R.A. Howard Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 11 0,008<br />

Pau-dóleo Copaifera langsdorffii Desf. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 11 0,008<br />

Algodão-<strong>de</strong>-praia, Tespésia (Flor amarela) Thespesia populnea (L.) Sol. ex Corrêa Malvaceae 11 0,008<br />

Pinhão, Pinhão-roxo-do-cerrado Cnidoscolus pubescens Pohl Euphorbiaceae 11 0,008<br />

Carvoeiro Sclerolobium paniculatum Vogel Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 11 0,008<br />

Imbú, Umbú Spondias tuberosa Arruda Anacardiaceae 11 0,008<br />

Cássia-silvestre Cassia sp. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 11 0,008<br />

Jaboticabeira Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg Myrtaceae 11 0,008<br />

Caliandra-branca Calliandra inaequilatera Rusby Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 11 0,008<br />

Figueira-branca Ficus guaranitica Chodat Moraceae 10 0,008<br />

Canelinha Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Lauraceae 10 0,008<br />

Palmeirinha-bambú Chamaedorea erumpens H.E. Moore Arecaceae 10 0,008<br />

Cássia-negra Cassia aff. nigricans Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 10 0,008<br />

Cedrela Cedrela sp. Meliaceae 10 0,008<br />

Pau-branco-falso Dipteronia sinensis Oliv. Aceraceae 10 0,008<br />

Sucupira-branca Pterodon emarginatus Vogel Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 10 0,008<br />

Abricó-<strong>de</strong>-macaco Couroupita guianensis Aubl. Lecythidaceae 10 0,008<br />

Mandioca Manihot esculenta Crantz Euphorbiaceae 9 0,007<br />

Ixora Ixora sp. Rubiaceae 9 0,007<br />

Perobinha-do-campo Sweetia elegans Benth. Meliaceae 9 0,007<br />

Palmeira-bacaba Oenocarpus bacaba Mart. Arecaceae 9 0,007<br />

Sabal-<strong>de</strong>-cuba Sabal maritima (Kunth) Burret Arecaceae 9 0,007<br />

Baru Dipteryx alata Vogel Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 9 0,007<br />

Mexerica Citrus <strong>de</strong>liciosa Ten. Rutaceae 8 0,006<br />

Assa-peixe Magonia pubescens A. St.-Hil. Sapindaceae 8 0,006<br />

Paineira-ceiba, Paineira-vermelha-da-Índia Bombax malabaricum DC. Bombacaceae 8 0,006<br />

Mama-ca<strong>de</strong>la, Inharé Brosimum gaudichaudii Trécul Moraceae 8 0,006<br />

Ingá-dulce Pithecellobium dulce (Roxb.) Benth. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 8 0,006<br />

Dombéia-rosa Dombeya naiorobensis Engler Sterculiaceae 8 0,006<br />

Jacarandá-do-campo Machaerium opacum Vogel Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 8 0,006<br />

Angelim-branco, Morcegueiro Andira inermis (W. Wright) Kunth ex DC. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 7 0,005<br />

Marinheiro Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 7 0,005<br />

Fruta-pão Artocarpus altilis (Parkinson) Fosverg Moraceae 7 0,005<br />

Limão-japonês Averrhoa bilimbi L. Oxalidaceae 7 0,005<br />

Pequi Caryocar brasiliense Cambess. Caryocaraceae 7 0,005<br />

Araçá Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae 7 0,005<br />

Cássia-ferrugínea Cassia ferruginea (SCHRADER) Schra<strong>de</strong>r ex DC. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 7 0,005<br />

Espécie-chinesa Não i<strong>de</strong>ntificada 7 0,005<br />

Capitão-do-campo Terminalia argentea Mart. Combretaceae 7 0,005<br />

Cajá-mirim, Cajá-da-mata Spondias mombin L. Anacardiaceae 7 0,005<br />

Coité Crescentia cujete L. Bignoniaceae 7 0,005<br />

Palmeira-pitcosperma Ptychosperma elegans (R. Br.) Blume Arecaceae 7 0,005<br />

Seringueira Hevea brasiliensis (Willd. ex A. Juss.) Müll. Arg. Euphorbiaceae 7 0,005<br />

Mulungu-<strong>de</strong>-jardim Erythrina crista-galli L. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 7 0,005<br />

Lea-rubra Leea rubra Blume ex Spreng. Vitaceae 6 0,004<br />

Joazeiro Ziziphus joazeiro Mart. Rhamnaceae 6 0,004<br />

Palmeira-rubra Dictyosperma aureum (hort.) H. Wendl. & Dru<strong>de</strong> Arecaceae 6 0,004<br />

Mamica-<strong>de</strong>-porca Zanthoxyllum rie<strong>de</strong>lianum Engl. Rutaceae 6 0,004<br />

Babosa-branca, Manacá-branco Cordia superba Cham. Boraginaceae 5 0,003<br />

Alecrim-<strong>de</strong>-campinas Holocalyx glaziovii Taub. ex Glaz. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 5 0,003<br />

Jequitibá Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze Lecythidaceae 5 0,003<br />

Cutieira, Fruta-<strong>de</strong>-cotia, Purga-<strong>de</strong>-cavalo Joannesia sp. Euphorbiaceae 5 0,003<br />

Tingui, Tingui-do-cerrado Magonia pubescens A. St.-Hil. Sapindaceae 5 0,003<br />

Castanha-da-Índia Brachychiton sp. Sterculiaceae 5 0,003<br />

Mata-pasto Senna alata (L.) Roxb. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 5 0,003<br />

Jasmim-da-noite Cestrum nocturnum L. Solanaceae 5 0,003<br />

60


NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT. FREQ.%<br />

Acácia-australiana Acacia mangium Willd. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 5 0,003<br />

Capim-palmeira Curculigo capitulata (Lour.) Kuntze Amaryllidaceae 5 0,003<br />

Pingo-<strong>de</strong>-ouro Duranta repens L. Verbenaceae 5 0,003<br />

Nóz-macadâmia, Macadâmia Macadamia tetraphylla L.A.S. Johnson Proteaceae 5 0,003<br />

Sapoti Manilkara zapota (L.) P. Royen Sapotaceae 5 0,003<br />

Amendoim-do-campo Platypodium elegans Vogel Fabaceae 5 0,003<br />

Mata-Fome, Louro-mole Cordia sellowiana Cham. Boraginaceae 5 0,003<br />

Barbatimão-caubi Stryphno<strong>de</strong>ndron pulcherrimum (Willd.) Hochr. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 5 0,003<br />

Árvore-dos-viajantes Ravenala madagascariensis Sonn. Strelitziaceae 5 0,003<br />

Cactus Opuntia sp. Cactaceae 5 0,003<br />

Tarumã Vitex megapotamica (Spreng.) Mol<strong>de</strong>nke Verbenaceae 3 0,003<br />

Tipuana Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 3 0,003<br />

Lobeira Solanum lycocarpum A. St.-Hil. Solanaceae 3 0,003<br />

Lima-doce Citrus aurantifolia (Christm.) Swingle Rutaceae 3 0,003<br />

Pau-terra-da-folha-larga Qualea grandiflora Mart. Vochysiaceae 3 0,003<br />

Cupuaçu Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K. Schum. Sterculiaceae 3 0,003<br />

Pau-cigarra, Aleluia Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 3 0,003<br />

Bignoniaceae Não i<strong>de</strong>ntificada Bignoniaceae 3 0,003<br />

Congea Congea tomentosa Roxb. Verbenaceae 3 0,003<br />

Ficus-máxima Ficus maxima Mill. Moraceae 3 0,003<br />

Amargoso Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 3 0,003<br />

Embireira, Embira-<strong>de</strong>-sapo Duguetia sp. Annonaceae 3 0,003<br />

Mil-cores Breynia nivosa (W. Bull ex W.G. Sm.) Small Euphorbiaceae 3 0,003<br />

Sangra-d´água Croton urucurana Baill. Euphorbiaceae 3 0,003<br />

Periquiteira, Crindiúva Trema micrantha (L.) Blume Ulmaceae 3 0,003<br />

Falso-jaborandi Piper aduncum L. Piperaceae 3 0,003<br />

Espinhosa Caesalpinia spinosa (Molina) Kuntze Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 3 0,003<br />

Laranhinha-do-campo Styrax ferrugineus Nees & Mart. Styracaceae 3 0,003<br />

Ficus Coccoloba uvifera (L.) L. Polygonaceae 3 0,003<br />

Pau-sobre-pau Euphorbia tirucalli L. Euphorbiaceae 3 0,003<br />

Quaresmeira Tibouchina sp. Melastomataceae 3 0,003<br />

Jacarandá-da-Bahia Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 3 0,003<br />

Acácia-mimosa Acacia podalyraefolia A. Cunn. Ex G. Don Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 3 0,003<br />

Espinhpo-<strong>de</strong>-jerusalém Parkinsonia aculeata L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 3 0,003<br />

Mangaba Hancornia speciosa Gomes Apocynaceae 3 0,003<br />

Viuvinha Não i<strong>de</strong>ntificada 3 0,003<br />

Garapa Apuleia molaris Spruce ex Benth. Fabaceae 3 0,003<br />

Freijó, Córdia-preta Cordia goeldiana Huber Boraginaceae 3 0,003<br />

Ora-pró-nobis Pereskia grandiflora Pfeiff. Cactaceae 2 0,002<br />

Louro-branco Cordia glabrata (Mart.) A. DC. Boraginaceae 2 0,002<br />

Cagaita Eugenia dysenterica DC. Myrtaceae 2 0,002<br />

Emburana Bursera leptophloeos Mart. Burseraceae 2 0,002<br />

Tapirira, Pau-pombo Tapirira guianenses Aubl. Anacardiaceae 2 0,002<br />

Faveira-do-cerrado Dimorphandra mollis Benth. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 2 0,002<br />

Jaca-dura Artocarpus sp. Moraceae 2 0,002<br />

Teca Tectona grandis L. f. Verbenaceae 2 0,002<br />

Araticum, Articum Annona coriacea Mart. Annonaceae 2 0,002<br />

Vinhático Plathymenia reticulata Benth. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 2 0,002<br />

Mirindiba-rosa Lafoensia glyptocarpa Koehne Lythraceae 2 0,002<br />

Pau-terra-da-folha-miúda Qualea parviflora Mart.L Vochysiaceae 2 0,002<br />

Pau-perdiz, Pé-<strong>de</strong>-perdiz, Perdiz Simarouba versicolor A. St.-Hil. Simaroubaceae 2 0,002<br />

Café Coffea arabica L. Rubiaceae 2 0,002<br />

Falsa-cássia Robinia sp. Fabaceae 2 0,002<br />

Pó-<strong>de</strong>-mico Não i<strong>de</strong>ntificada 2 0,002<br />

Erithrina-mulungu, Mulungu Erythrina mulungu Mart. ex Benth. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 2 0,002<br />

Murici Byrsonima sp. Malpighiaceae 2 0,002<br />

Uva-do-pará Hovenia dulcis Thunb. Rhamnaceae 2 0,002<br />

Alfarroba Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & J.W. Grimes Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 2 0,002<br />

Pau-<strong>de</strong>-jangada, Pente-<strong>de</strong>-macaco Apeiba tibourbou Aubl. Tiliaceae 2 0,002<br />

Peroba-rosa Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. Apocynaceae 2 0,002<br />

Ipê-caraíba Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook. f. ex S. Moore Bignoniaceae 2 0,002<br />

Angico-<strong>de</strong>-minas Enterolobium gummiferum (Mart.) J.F. Macbr. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 2 0,002<br />

Saco-<strong>de</strong>-viado Não i<strong>de</strong>ntificada 2 0,002<br />

Amescla Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand Burseraceae 2 0,002<br />

Bacuri Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi Clusiaceae 2 0,002<br />

Jurubeba Solanum paniculatum L. Solanaceae 2 0,002<br />

Tarumã-do-mato Vitex montevi<strong>de</strong>nsis Cham. Verbenaceae 2 0,002<br />

Ipê Tabebuia sp. Bignoniaceae 2 0,002<br />

Palmeira (Setor Coimbra) Não i<strong>de</strong>ntificada Arecaceae 2 0,002<br />

Bauhínia Bauhinia sp. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 2 0,002<br />

Molungu-do-alto Erythrina poeppigiana (Walp.) O.F. Cook Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 2 0,002<br />

Rabo-<strong>de</strong>-cutia Stifftia chrysantha Mikan Asteraceae 2 0,002<br />

TOTAL 133.061 100%<br />

Obs: O Material vegetativo das espécies não i<strong>de</strong>ntificadas foi encaminhado para o Herbário da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás –<br />

UFG para i<strong>de</strong>ntificação da espécie e família botânica.


A tabela 05 apresenta a relação dos 70 setores cadastrados e a quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> árvores<br />

existentes para cada um dos bairros cadastrados<br />

Tabela 05 – Total <strong>de</strong> árvores encontradas nas vias públicas classificadas por setores<br />

cadastrados<br />

Nº SETOR TOTAL DE ÁRVORES Nº SETOR TOTAL DE ÁRVORES<br />

1 Aeroporto 5.946<br />

2 Aerovários 1.096<br />

3 Bairro Feliz 1.110<br />

4 Bairro Nossa S. <strong>de</strong> Fátima 860<br />

5 Bairro Operário 385<br />

6 Bela Vista 2.073<br />

7 Bueno 5.287<br />

8 Cacara Elísio Campos 323<br />

9 Campinas 4.117<br />

10 Central 6.856<br />

11 Centro-Oeste 2.632<br />

12 Cida<strong>de</strong> Jardim 5.719<br />

13 Coimbra 4.197<br />

14 Conjunto Castelo Branco 487<br />

15 Conjunto Guadalajara 756<br />

16 Conjunto Rodoviário 472<br />

17 Conjunto Santos Drumont 685<br />

18 ConjuntoYara 597<br />

19 Criméia Leste 1.530<br />

20 Criméia Oeste 1.377<br />

21 Esplanada do Anicuns 531<br />

22 Funcionários 3.112<br />

23 Industrial Mooca 616<br />

24 Jaó 2.117<br />

25 Jardim América 9.915<br />

26 Jardim das Esmeraldas 860<br />

27 Leste Universitário 6.195<br />

28 Leste Vila Nova 4.361<br />

29 Loteamento Manso Pereira 359<br />

30 Marechal Rondon 1.047<br />

31 Marista 5.211<br />

32 Morada Nova 810<br />

33 Morais 583<br />

34 Negrão <strong>de</strong> Lima 2.887<br />

35 Norte Ferroviário 1.239<br />

36 Norte Ferroviário II 469<br />

37 Nova Suiça 2.291<br />

38 Nova Vila 2.640<br />

39 Oeste 5.949<br />

40 Padre Pelágio 407<br />

41 Parque Industrial <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> 579<br />

42 Pedro Ludovico 8.502<br />

43 Rodoviário 1.831<br />

44 Santa Genoveva 1.736<br />

45 São José 490<br />

46 Serrinha 690<br />

47 Sudoeste 3.389<br />

48 Sul 5.727<br />

49 Vila Abajá 385<br />

50 Vila Aguiar 405<br />

51 Vila Americano do Brasil 758<br />

52 Vila Aurora 979<br />

53 Vila Aurora Oeste 758<br />

54 Vila Colemar Natal e Silva 484<br />

55 Vila Froes 647<br />

56 Vila Jaraguá 704<br />

57 Vila Megale 579<br />

58 Vila Monticelli 762<br />

59 Vila Mooca 396<br />

60 Vila Nova Canaã 664<br />

61 Vila Oswaldo Rosa 397<br />

62 Vila Paraíso 404<br />

63 Vila Santa Isabel 443<br />

64 Vila Santa Rita 636<br />

65 Vila Santa Tereza 455<br />

66 Vila Santo Afonso 421<br />

67 Vila São Luiz 410<br />

68 Vila São Paulo 431<br />

69 Vila Teófilo Neto 449<br />

70 Vila Viana 446<br />

TOTAL:<br />

133.061 ÁRVORES<br />

62


Os setenta setores cadastrados perfazem,<br />

aproximadamente 11,16% dos bairros da cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, on<strong>de</strong> foram encontrados um total <strong>de</strong><br />

133.061 árvores. Nos outros setores <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

que perfazem em torno <strong>de</strong> 89% da cida<strong>de</strong>, foram<br />

realizadas amostragens, on<strong>de</strong> foram estimadas<br />

516.939 árvores em toda a cida<strong>de</strong>. Dessa forma,<br />

estima-se que <strong>Goiânia</strong> tinha até o ano <strong>de</strong> 2004,<br />

650.000 árvores nas vias públicas.<br />

A partir do ano <strong>de</strong> 2005, a <strong>Prefeitura</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> plantou aproximadamente mais 300.000<br />

mudas nas vias públicas (figura 65), através <strong>de</strong><br />

plantios voluntários <strong>de</strong>ntro do Programa Plante a<br />

Vida e <strong>de</strong> plantios realizados pela própria<br />

administração, através da Companhia <strong>de</strong><br />

Urbanização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> - COMURG. Portanto,<br />

estima-se que <strong>Goiânia</strong> tenha atualmente 950.000<br />

árvores nas vias públicas (calçadas, praças e<br />

canteiros centrais). Neste quantitativo não foi<br />

computado as árvores existentes nas Unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Conservação, fundos <strong>de</strong> vale e outras áreas<br />

ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

Figura 65 - Demonstrativo do Número <strong>de</strong> árvores em <strong>Goiânia</strong>, até o ano <strong>de</strong><br />

2004 e a partir do ano <strong>de</strong> 2005<br />

Comparativo <strong>de</strong> plantios realizados em <strong>Goiânia</strong><br />

Número <strong>de</strong> Árvores<br />

1.000.000<br />

800.000<br />

600.000<br />

400.000<br />

200.000<br />

0<br />

Total<br />

Até 2004 A partir <strong>de</strong> 2005<br />

A Tabela 06 faz a diferenciação da origem <strong>de</strong>stas espécies, sendo 53,7% <strong>de</strong> origem nativa e 46,3% <strong>de</strong><br />

origem exótica. Entretanto se consi<strong>de</strong>rarmos apenas como <strong>de</strong> origem nativa as espécies florestais do<br />

nosso Cerrado, verificaremos que esse percentual reduz significativamente.<br />

Tabela 06. Relação quantitativa da origem<br />

das espécies existentes em <strong>Goiânia</strong><br />

ORIGEM PERCENTUAL (%)<br />

Nativa 53,7<br />

Cerrado 39,1<br />

Brasil 60,9<br />

Exótica 46,3<br />

63


Analisando a relação <strong>de</strong>stas espécies,<br />

verificamos que 21,8% servem <strong>de</strong> alimento à<br />

fauna local (Tabela 07). Como exemplos, po<strong>de</strong>m<br />

ser citados: Mangueira – Mangifera indica,<br />

Jambolão – Syzygium cumini, Goiabeira –<br />

Psidium guajava, Abacateiro – Persea gratissima,<br />

Caju – Anacardium occi<strong>de</strong>ntale, Jaca –<br />

Antocarpus integrifolia, Ata – Annona squamosa,<br />

Ingá – Inga cylindrica, Ameixa – Eriobotrya<br />

japonica, Romã – Punica granatum, <strong>de</strong>ntre<br />

outras.<br />

Com relação às espécies frutíferas que servem<br />

<strong>de</strong> alimento ao homem, po<strong>de</strong>mos citar: Pitanga -<br />

Eugenia uniflora, Ciriguela – Spondias purpurea,<br />

Cajá-manga – Spondias dulcis, Graviola –<br />

Annona muricata, Guapeva – Pouteria torta,<br />

Jaboticabeira – Myrciaria cauliflora, Carambola –<br />

Averrhoa carambola, <strong>de</strong>ntre outras.<br />

Tabela 07. Relação <strong>de</strong> espécies frutíferas<br />

<strong>de</strong>stinadas para uso da fauna e do homem<br />

FRUTÍFERAS PERCENTUAL (%)<br />

Fauna 21,8<br />

Homem 17,1<br />

5.3 Espécies mais ocorrentes<br />

Dentre as 328 espécies encontradas na arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, verificamos que a espécie mais<br />

ocorrente é a Monguba – Pachira aquatica, originária da região amazônica, <strong>de</strong> áreas úmidas. Esta espécie<br />

apresentou um percentual <strong>de</strong> 19,15%. Entretanto, se forem consi<strong>de</strong>rados apenas os 04 (quatro) setores<br />

centrais on<strong>de</strong> se encontra a arborização mais antiga, o percentual <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong>sta espécie sobe para<br />

26%. A segunda espécie mais ocorrente foi a Sibipiruna - Caesalpinia pluviosa var. peltophoroi<strong>de</strong>s, com<br />

17,05%. A tabela 08 relaciona as 15 (quinze) espécies que mais ocorrem na arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, on<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>mos verificar que estas perfazem 72,23% do quantitativo <strong>de</strong> árvores existentes, e as outras 313<br />

espécies contribuem com apenas 27,76% do número <strong>de</strong> árvores existentes.<br />

Tabela 08. Relação das 15 espécies com maior freqüência no município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong><br />

QUANT. ESPÉCIE NOME CIENTÍFICO QUANTIDADE %<br />

1 Monguba Pachira aquatica Aubl. 25.481 19,15<br />

2 Sibipiruna Caesalpinia pluviosa var. peltophoroi<strong>de</strong>s Benth. 22.687 17,05<br />

3 Guariroba Syagrus oleracea (Mart.) Becc. 10.432 7,84<br />

4 Fícus-benjamina Ficus benjamina L. 6.481 6,37<br />

5 Sete-copas Terminalia catappa L. 6.467 4,86<br />

6 Ipê-<strong>de</strong>-jardim Tecoma stans Griseb. 4.059 3,05<br />

7 Quaresmeira-roxa Tibouchina granulosa Cogn. 3.979 2,99<br />

8 Palmeira-imperial Roystonea borinqueana (N.J.Jacquin) O.F. Cook 3.447 2,59<br />

9 Bauhínia-lilás Bauhinia variegata L. 2.289 1,72<br />

10 Mangueira Mangifera indica L. 2.276 1,71<br />

11 Oiti Licania tomentosa (Benth.) Fritsch. 2.010 1,51<br />

12 Flamboyant Delonix regia Rafin 1.983 1,49<br />

13 Areca-bambu Dypsis lutescens H. Wendl. 1.810 1,36<br />

14 Bauhínia-rosa Bauhinia blakeana Dunn. 1.424 1,07<br />

15 Jambo-do-Pará Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. Perry 1.291 0,97<br />

Sub-total 96.116 72,23<br />

Outras 313 Espécies 36.945 27,76<br />

Total 133.061 100%<br />

Observa-se que a maioria das espécies mais freqüentes é exótica, havendo baixa incidência <strong>de</strong> espécies nativas<br />

do cerrado. A Figura 66 ilustra graficamente as espécies com maior ocorrência no município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

64


Figura 66. Gráfico ilustrando as espécies com maior freqüência no município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong><br />

Relação das 15 espécies arbóreas mais frequêntes<br />

20<br />

18<br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

Manguba<br />

Sibipiruna<br />

Guariroba<br />

Ficus-benjamina<br />

Sete-copas<br />

Ipê-<strong>de</strong>-jardim<br />

Quaresmeira-roxa<br />

Palmeira-imperial<br />

Pata-<strong>de</strong>-vaca<br />

Mangueira<br />

Oiti<br />

Flamboyant<br />

Palmeira-areca<br />

Bauhinia-Rosa<br />

Jambo-do-pará<br />

Espécies<br />

As 15 espécies mais freqüentes encontradas em Goiância foram estudadas quanto às suas<br />

características fenológicas. Abordou-se os aspectos <strong>de</strong> caráter qualitativo on<strong>de</strong> foram levantadas as<br />

épocas on<strong>de</strong> ocorrem as fenofases. Estudou-se a fenologia através da floração, cor da flor,<br />

frutificação e cor dos frutos das espécies citadas na tabela 09.<br />

Tabela 09. Características Fenológicas das 15 (quinze) espécies arbóreas <strong>de</strong> maior ocorrência em <strong>Goiânia</strong><br />

ESPÉCIE<br />

ÉPOCA FLORAÇÃO COR DA FLOR ÉPOCA DE MATURAÇÃO DOS FRUTOS COR DO FRUTO<br />

Monguga - Pachira aquatica SET. – NOV Branco-avermelhada ABR. – JUN. Castanho<br />

Sibipiruna – Caesalpinapluviosa<br />

var. peltophoroi<strong>de</strong>s<br />

AGO. – NOV. Amarelo e marrom JUL. – SET. Castanho<br />

Guariroba - Syagrus oleracea SET. – MAR. Bege OUT. – FEV. Ver<strong>de</strong>-amarelado<br />

Ficus - Ficus benjamina – – OUT. – DEZ.<br />

Avermelhado<br />

Sete-copas - Terminalia catappa – Branca<br />

Ipê-<strong>de</strong>-jardim - Tecoma stans ABR. – SET Amarela<br />

–<br />

–<br />

Amarelo-esver<strong>de</strong>ado<br />

–<br />

Quaresmeira-roxa -<br />

Tibouchina granulosa<br />

JUN. – AGO.<br />

DEZ. – MAR<br />

Roxa<br />

ABR. – MAI.<br />

Castanho<br />

Palmeira-imperial - Roystonea<br />

borinquena<br />

– –<br />

– Frutos arroxeados<br />

Bauhínia-roxa - Bauhinia<br />

variegata<br />

JUL. – SET.<br />

Lilás<br />

OUT. – FEV.<br />

Marrom-claro<br />

Mangueira- Mangifera indica JUN. – SET. Róseas ou<br />

esver<strong>de</strong>adas<br />

Oiti - Licania tomentosa JUL. - AGO Amarelo-rosada<br />

Flamboyant - Delonix regia OUT. – JAN. Vermelho-alaranjada<br />

NOV. – FEV<br />

JAN. – MAR.<br />

AGO. – OUT.<br />

Ver<strong>de</strong><br />

Amarelo<br />

Marrom-escuro<br />

Areca-bambu - Dypsis lutescens – Amarela<br />

– Amarelado<br />

Bauhínia-rosa - Bauhinia<br />

blakeana<br />

ABR. – AGO.<br />

Rosa<br />

– –<br />

Jambo-do-pará - Syzygium<br />

malaccense<br />

ABR. – JUN.<br />

Vermelho-púrpura<br />

JAN. – MAR.<br />

Vermelho<br />

65


As imagens abaixo apresentam as quinze espécies mais freqüentes,<br />

mencionadas anteriormente, encontradas na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

Figura 67. Monguba - Pachira aquatica Aubl.<br />

(espécie brasileira)<br />

Figura 70. Guariroba - Syagrus oleracea<br />

(Mart.) Becc. (espécie nativa)<br />

Figura 68. Sibipiruna – Caesalpinia pluviosa var.<br />

peltophoroi<strong>de</strong>s Benth. (espécie brasileira)<br />

Figura 71. Sete-copas - Terminalia<br />

catappa L. (espécie exótica)<br />

Figura 69. Ficus - Ficus benjamina L (espécie<br />

exótica)<br />

Figura 72. Cedrinho - Tecoma stans<br />

(L.) Juss. Ex Kunth. (espécie exótica)<br />

66


Figura 73. Quaresmeira-roxa - Tibouchina<br />

granulosa (Desr.) Cogn. (espécie brasileira)<br />

Figura 76. Mangueira - Mangifera indica L.<br />

(espécie exótica)<br />

Figura 74. Palmeira-imperial - Roystonea<br />

borinqueana O.F. Cook. (espécie exótica)<br />

Figura 77. Oiti - Licania tomentosa (Benth.)<br />

Fritsch. (espécie brasileira)<br />

Figura 75. Bauhinia-lilás - Bauhinia variegata L.<br />

(espécie exótica)<br />

Figura 78. Flamboyant - Delonix regia (Bojer ex<br />

Hook.) Raf. (espécie exótica)<br />

67


Figura 79. Palmeira-areca-bambu -<br />

Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beetje &<br />

J. Dransf. (espécie exótica)<br />

Figura 80. Bauhinia-rosa - Bauhinia<br />

blakeana Dunn. (espécie exótica)<br />

5.4 Remoções imediatas<br />

<strong>de</strong> árvores<br />

Com o cadastramento, constatou-se a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> remover 7.079 árvores, que<br />

apresentavam condições biológicas <strong>de</strong>bilitadas.<br />

Verificou-se que 54,56%, ou 3.862 árvores, são da<br />

espécie Monguba – Pachira aquatica Aubl.. Uma<br />

característica <strong>de</strong>sta espécie é <strong>de</strong> ocorrer em seu<br />

ambiente natural em áreas úmidas da Região<br />

Amazônica, e esta foi trazida para <strong>Goiânia</strong> on<strong>de</strong><br />

o clima é adverso à sua situação natural. A<br />

espécie foi plantada nas vias públicas, on<strong>de</strong> as<br />

condições são muitos estressantes ao seu<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, apresentando: solos pobres,<br />

compactados e, em geral, composto por entulhos<br />

e/ou restos <strong>de</strong> construção, alto índice <strong>de</strong><br />

impermeabilização, concreto e asfalto, poluição<br />

atmosférica, gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> podas,<br />

<strong>de</strong>vido a mesma ter sido plantada em vários<br />

logradouros <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> fiação aérea <strong>de</strong> energia<br />

elétrica. Verificou-se também a gran<strong>de</strong><br />

incidência do coleóptero Serra-pau – Euchroma<br />

gigantea, que ataca o seu sistema radicular e o<br />

tronco, causando podridões nas Mongubas.<br />

Na tabela 10, estão relacionadas às 11 (onze)<br />

espécies com maior percentual <strong>de</strong> remoções,<br />

sendo estas responsáveis por 84,50% das<br />

remoções imediatas <strong>de</strong> árvores em nossa<br />

arborização.<br />

Figura 81. Jambo-do-pará -<br />

Syzygium malaccense (L.) Merr. &<br />

L.M. Perry (espécie brasileira)<br />

68


Tabela 10. Relação das 11 espécies arbóreas que necessitam <strong>de</strong> remoção imediata<br />

ESPÉCIE NOME CIENTÍFICO QUANTIDADE %<br />

01 Monguba Pachira aquatica Aubl. 3.862 54,56<br />

02 Sibipiruna Caesalpinia pluviosa var. peltophoroi<strong>de</strong>s Benth. 1.016 14,35<br />

03 Espató<strong>de</strong>a Spatho<strong>de</strong>a nilotica Beauv. 229 3,23<br />

04 Mangueira Mangifera indica L. 172 2,43<br />

05 Goiabeira Psidium guajava L. 121 1,71<br />

06 Alfeneiro Ligustrum japonicum Thunb. 109 1,54<br />

07 Guariroba Syagrus oleracea (Mart.) Becc. 107 1,51<br />

08 Flamboyant Delonix regia Rafin 100 1,41<br />

09 Sete-copas Terminalia catappa L. 96 1,36<br />

10 Ipê-<strong>de</strong>-jardim Tecoma stans Griseb. 86 1,21<br />

11 Fícus-benjamina Ficus benjamina L. 84 1,19<br />

Sub-total 5.982 84,50<br />

Outras 130 Espécies 1.097 15,50<br />

Total 7.079 100%<br />

5.5 Ida<strong>de</strong><br />

A Tabela 11 relaciona a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todas as árvores encontradas na arborização. Para este<br />

levantamento, classificou-se os exemplares como Jovens ou Adultas. Nesta tabela foram relacionadas<br />

as 15 espécies da arborização mais ocorrentes, além das <strong>de</strong>mais espécies encontradas, on<strong>de</strong> se<br />

verifica que a maioria das árvores existentes nas vias públicas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> são adultas.<br />

Tabela 11. Classificação das espécies arbóreas contidas em <strong>Goiânia</strong> quanto a ida<strong>de</strong><br />

ARBORIZAÇÃO<br />

15 ESPÉCIES<br />

IDADE<br />

Jovem<br />

Adulta<br />

Percentual Percentual<br />

26,90 22,18<br />

73,10 77,82<br />

69


5.6 Porte<br />

Para a classificação das árvores quanto ao<br />

porte, consi<strong>de</strong>rou-se como referência a altura<br />

das fiações aéreas <strong>de</strong> energia elétrica, sendo as<br />

árvores <strong>de</strong> Baixo Porte aquelas com altura<br />

máxima <strong>de</strong> 4 metros, que não atingiram a<br />

altura que possa interferir na re<strong>de</strong> elétrica <strong>de</strong><br />

baixa tensão. Para o Porte Médio, consi<strong>de</strong>rou-se<br />

a altura entre 5 e 7 metros <strong>de</strong> altura, sendo<br />

aquelas que po<strong>de</strong>m atingir a re<strong>de</strong> elétrica <strong>de</strong><br />

baixa tensão, mas que ainda não atingem a<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> alta tensão. Para o Porte Alto,<br />

consi<strong>de</strong>rou-se a altura acima <strong>de</strong> 7 metros,<br />

altura esta em que a árvore está próxima ou<br />

acima da re<strong>de</strong> aérea <strong>de</strong> alta tensão.<br />

Na tabela 12 foram relacionados os dados<br />

para toda a arborização e para as 15 (quinze)<br />

espécies mais ocorrentes, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos<br />

verificar que a maioria <strong>de</strong> nossas árvores é <strong>de</strong><br />

porte alto, seguido pelos portes médio e baixo,<br />

para ambas as situações.<br />

Tabela 12. Relação <strong>de</strong> todas as espécies<br />

arbóreas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> classificadas quanto ao<br />

seu porte<br />

Porte <strong>Arborização</strong> 15 Espécies<br />

Percentual Percentual<br />

Baixo 19,14 14,81<br />

Médio 26,49 26,22<br />

Alto 54,37 58,97<br />

5.7 Condições Fitossanitárias<br />

Para classificarmos as árvores quanto às<br />

Condições Fitossanitárias, as mesmas foram<br />

classificadas em or<strong>de</strong>m numérica, sendo:<br />

1 – árvore boa, vigorosa, que não apresenta<br />

sinais <strong>de</strong> pragas, doenças ou injúrias mecânicas<br />

e não requer trabalhos <strong>de</strong> correção;<br />

2 – árvore satisfatória, po<strong>de</strong>ndo apresentar<br />

pequenos problemas <strong>de</strong> praga, doenças ou<br />

danos físicos;<br />

3 – árvore ruim, que apresenta estado geral<br />

em <strong>de</strong>clínio e po<strong>de</strong> apresentar severos danos por<br />

pragas, doenças ou danos físicos e;<br />

4 – árvore morta ou que, <strong>de</strong>vido a danos<br />

causados por pragas, doenças ou danos físicos,<br />

apresenta morte iminente (senescência).<br />

Na tabela 13, relacionaram-se os dados para<br />

toda a arborização e também para as 15 (quinze)<br />

espécies mais ocorrentes, on<strong>de</strong> se verifica que a<br />

maioria das árvores são classificadas como<br />

Condição Fitossanitária 1, seguida pelas 2, 3 e 4,<br />

respectivamente, para ambas as situações.<br />

As árvores cujas remoções imediatas foram<br />

recomendadas estão classificadas como 3 e 4.<br />

Entretanto, po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong> uma árvore ser<br />

classificada como Condição Fitossanitária 3 e<br />

não ter sido indicada a sua remoção. Dessa<br />

forma, a classificação nos dá um indicativo <strong>de</strong><br />

um monitoramento freqüente na árvore a fim <strong>de</strong><br />

verificar a sua situação e necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

qualquer tipo <strong>de</strong> intervenção.<br />

Tabela 13. Relação <strong>de</strong> todas as espécies arbóreas<br />

<strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> classificadas quanto as suas<br />

condições fitossanitárias<br />

Condições fitossanitárias <strong>Arborização</strong> 15 Espécies<br />

Percentual Percentual<br />

1 71,51 68,45<br />

2 22,50 23,62<br />

3 5,99 7,26<br />

4 0,91 0,67<br />

70


5.8 Copa<br />

5.8.1 Interferências<br />

Verificou-se que o maior percentual <strong>de</strong><br />

interferências com a re<strong>de</strong> aérea <strong>de</strong> fiação<br />

elétrica encontra-se na fiação <strong>de</strong> Baixa Tensão<br />

(tabela 14), seguida pela interferência<br />

simultaneamente nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Alta e Baixa<br />

Tensão e por último na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alta Tensão.<br />

Este levantamento é <strong>de</strong> fundamental<br />

importância para estimativas dos quantitativos<br />

<strong>de</strong> podas, em especial a poda <strong>de</strong> manutenção.<br />

Tabela 14. Relação das árvores que possuem<br />

interferências com re<strong>de</strong> área <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong><br />

energia elétrica<br />

5.8.2 Diâmetro da copa<br />

Neste diagnóstico verificou-se a ocorrência<br />

<strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> variação no diâmetro <strong>de</strong> copa,<br />

variando entre 1,0 a 45,0 metros, tendo o<br />

diâmetro médio <strong>de</strong> copa <strong>de</strong> 6,49 metros.<br />

Através <strong>de</strong> análise estatística, encontramos<br />

um <strong>de</strong>svio padrão em torno da média <strong>de</strong> ± 3,78<br />

metros e verificamos que 73,06% das árvores<br />

encontram-se com diâmetro <strong>de</strong> copa entre 2,71 a<br />

10,27 metros, 13,57% abaixo <strong>de</strong> 2,70 metros e<br />

13,37% acima <strong>de</strong> 10,28 metros.<br />

A espécie que tem os maiores diâmetros <strong>de</strong><br />

copa foi a Gameleira – Ficus elastica Roxb.,<br />

tendo 20 exemplares com diâmetro variando<br />

entre 20 a 45 metros.<br />

FIAÇÃO ELÉTRICA PERCENTUAL<br />

Alta Tensão 0,77<br />

Baixa Tensão 10,28<br />

Alta + Baixa 1,00<br />

5.9 DAP – Diâmetro<br />

à altura <strong>de</strong> 1,30 metro<br />

Neste levantamento houve uma gran<strong>de</strong><br />

variação diamétrica, variando <strong>de</strong> 0,03 a 2,86<br />

metros, tendo como diâmetro médio 0,32 m.<br />

Através <strong>de</strong> análise estatística, encontramos<br />

um <strong>de</strong>svio padrão em torno da média <strong>de</strong> ± 0,22<br />

metro. Verificou-se que 71,73% das árvores<br />

encontram-se com diâmetro entre 0,10 a 0,54<br />

metro, 14,54% abaixo <strong>de</strong> 0,09 metro e 13,73%<br />

acima <strong>de</strong> 0,55 metro.<br />

A espécie que tem os maiores diâmetros foi a<br />

Gameleira – Ficus elastica Roxb., tendo 16<br />

exemplares com diâmetro variando entre 1,06 a<br />

2,86 metros.<br />

71


capítulo IV<br />

PLANEJAMENTO<br />

Programa <strong>de</strong> ampliação e requalificação<br />

da cobertura vegetal do município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong><br />

1. APRESENTAÇÃO<br />

A arborização <strong>de</strong> vias públicas da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> iniciou na década <strong>de</strong> 30, com a<br />

implantação da nova capital pelas Avenidas<br />

Goiás, Tocantins e Araguaia, através do plantio<br />

dos flamboyants – Delonix regia, e da Praça Cívica<br />

com o plantio do fícus – Ficus microcarpa.<br />

Posteriormente, houve o plantio do alfeneiro –<br />

Ligustrum japonicum em algumas ruas do centro<br />

da cida<strong>de</strong>.<br />

Os bairros mais antigos são i<strong>de</strong>ntificados pelo<br />

predomínio <strong>de</strong> poucas espécies arbóreas<br />

prevalecendo a monguba - Pachira aquatica, a<br />

sibipiruna - Caesalpinia pluviosa var.<br />

peltophoroi<strong>de</strong>s, o fícus - Ficus sp. e o flamboyant<br />

– Delonix regia, que são observados no Centro,<br />

nos Setores Aeroporto, Universitário, Oeste,<br />

Bueno, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

Posteriormente, com a arborização em todos<br />

os setores <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, observou-se que a<br />

arborização continuou com a implantação das<br />

espécies acima mencionadas e também com a<br />

introdução <strong>de</strong> outras espécies, sendo muitas <strong>de</strong>las<br />

exóticas, não havendo valorização <strong>de</strong> espécies<br />

típicas do bioma cerrado.<br />

A arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> é antiga, com<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> árvores adultas e em final <strong>de</strong><br />

ciclo biológico, com espécies ina<strong>de</strong>quadas, mas<br />

que não po<strong>de</strong>m ser removidas imediatamente,<br />

pois haveria gran<strong>de</strong> impacto ambiental negativo,<br />

havendo, entretanto, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ter uma<br />

política <strong>de</strong>finida para resolver tais problemas em<br />

médio prazo objetivando uma arborização<br />

planejada e com a utilização <strong>de</strong> espécies<br />

a<strong>de</strong>quadas a cada via pública.<br />

2. INTRODUÇÃO<br />

A paisagem urbana é composta por árvores e<br />

áreas ver<strong>de</strong>s, casas comerciais, indústrias,<br />

residências, sistema viário e as estruturas e<br />

equipamentos das empresas <strong>de</strong> energia elétrica,<br />

<strong>de</strong> água e saneamentos e <strong>de</strong> telecomunicações.<br />

Devido à sua complexida<strong>de</strong>, ela vem sofrendo<br />

diversas alterações, como o <strong>de</strong>saparecimento das<br />

áreas livres, em <strong>de</strong>corrência do <strong>de</strong>senvolvimento e<br />

crescimento das cida<strong>de</strong>s. Assim, torna-se<br />

fundamental um planejamento urbano a<strong>de</strong>quado<br />

e tecnicamente bem executado, que resulte em<br />

conservação paisagística, convivência harmoniosa<br />

dos habitantes com os componentes urbanos e<br />

melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

A importância da arborização em uma cida<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong> ser avaliada sobre diversos aspectos:<br />

<strong>de</strong>spertar o interesse dos habitantes para a beleza<br />

das árvores e sua floração; contribuir para a<br />

diminuição dos efeitos estressantes do concreto,<br />

asfalto, podas e outros equipamentos urbanos;<br />

favorecer o sombreamento amenizando a<br />

temperatura; diminuição <strong>de</strong> ruídos e poeiras.<br />

É <strong>de</strong> extrema importância para toda a<br />

socieda<strong>de</strong> o planejamento paisagístico para se ter<br />

uma boa arborização e conservação das áreas<br />

ver<strong>de</strong>s em <strong>Goiânia</strong>, o que requer cuidados e<br />

ações, pois inúmeras espécies plantadas já<br />

atingiram o ciclo biológico, e em muitos casos<br />

houve o plantio <strong>de</strong> espécies não a<strong>de</strong>quadas com<br />

relação ao porte e ao sistema radicular. Isso<br />

provoca conflitos com os sistemas <strong>de</strong> distribuição<br />

72


da re<strong>de</strong> elétrica, telefônica e <strong>de</strong> esgoto, gerando<br />

então podas drásticas.<br />

A arborização requer cuidados, ações e<br />

planejamento com a utilização <strong>de</strong> espécies<br />

nativas do nosso cerrado e <strong>de</strong> espécies exóticas<br />

adaptadas ao nosso clima, solo e às situações<br />

estressantes em que se encontra a arborização:<br />

solo pobre e em geral com gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

entulhos, concreto, asfalto e podas drásticas para<br />

<strong>de</strong>sobstrução das fiações aéreas <strong>de</strong> energia<br />

elétrica, telefônica e outros serviços.<br />

Os órgãos públicos e a socieda<strong>de</strong> têm o <strong>de</strong>ver<br />

<strong>de</strong> participarem ativamente <strong>de</strong> quaisquer<br />

medidas, visando uma arborização compatível<br />

com os interesses <strong>de</strong> nossa capital e <strong>de</strong> seus<br />

habitantes.<br />

<strong>Goiânia</strong> é consi<strong>de</strong>rada bem arborizada,<br />

notadamente nos Setores Central, Oeste, Sul,<br />

Universitário e Aeroporto. Entretanto, nestes<br />

setores é encontrada a arborização mais antiga e<br />

problemática da capital. Para a periferia existe<br />

uma arborização mais nova, pois estes são os<br />

setores implantados mais recentemente. Na<br />

periferia existem alguns setores com arborização<br />

<strong>de</strong>ficitária, tornando-se necessário um estudo<br />

mais <strong>de</strong>talhado, visando a ampliação da<br />

arborização nestes locais. A <strong>Prefeitura</strong>, através<br />

da AMMA, está <strong>de</strong>senvolvendo uma parceria<br />

com outros órgãos, visando uma melhor<br />

a<strong>de</strong>quação da arborização <strong>de</strong> nossa cida<strong>de</strong>.<br />

A Instrução Normativa nº 017 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> agosto<br />

<strong>de</strong> 2006, da Secretaria Municipal do Meio<br />

Ambiente – SEMMA, hoje Agência Municipal do<br />

Meio Ambiente – AMMA, dispõe sobre as<br />

diretrizes ambientais para licenciamento <strong>de</strong><br />

parcelamento do Solo Urbano no Município <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>. No Item VII do Artigo 5º é mencionada<br />

a necessida<strong>de</strong> para licenciamento ambiental dos<br />

novos parcelamentos a exigência da<br />

apresentação do Projeto <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong>, para<br />

análise e aprovação, sendo que o mesmo<br />

<strong>de</strong>vendo ser implantado pelo empreen<strong>de</strong>dor.<br />

Neste capítulo será tratada a geometria da<br />

vegetação urbana, cujos critérios <strong>de</strong> projeto<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da combinação da morfologia das<br />

espécies com os aspectos funcionais, ambientais<br />

e estéticos dos recintos urbanos e <strong>de</strong> seu<br />

mobiliário, equipamentos e infra-estrutura<br />

urbana. O planejamento da vegetação <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> será dividido em arborização <strong>de</strong> vias<br />

públicas (calçadas e canteiros centrais) e<br />

quintais.<br />

3. IMPACTOS AMBIENTAIS DA<br />

ARBORIZAÇÃO URBANA<br />

3.1. Impactos Positivos<br />

A arborização é essencial na composição do<br />

ver<strong>de</strong> urbano, <strong>de</strong>sempenhando importante papel<br />

na manutenção da qualida<strong>de</strong> ambiental das<br />

cida<strong>de</strong>s e, portanto, da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos<br />

cidadãos. Dentre os impactos ambientais<br />

positivos <strong>de</strong>correntes da implantação a<strong>de</strong>quada<br />

arborização no meio urbano, po<strong>de</strong>-se citar:<br />

•Estabilização microclimática e redução das<br />

ilhas <strong>de</strong> calor;<br />

•Redução da poluição atmosférica, através da<br />

retenção <strong>de</strong> material particulado em suspensão<br />

- ruas bem arborizadas po<strong>de</strong>m reter até 70% da<br />

poeira em suspensão (SATTLER, 1992);<br />

•Redução da poluição sonora;<br />

•Sombreamento;<br />

•Proteção contra a ação dos ventos;<br />

•Criação <strong>de</strong> alimento, abrigo e local <strong>de</strong><br />

nidificação para as diversas espécies da fauna<br />

silvestre;<br />

•Criação <strong>de</strong> corredores ecológicos para a<br />

avifauna em geral;<br />

•Aprimoramento a paisagem urbana;<br />

•Contribuição para o controle <strong>de</strong> enchentes e<br />

inundações à medida que melhora as<br />

condições <strong>de</strong> drenagem das águas pluviais por<br />

meio da aberturas <strong>de</strong> áreas permeáveis<br />

a<strong>de</strong>quadas;<br />

•Redução dos problemas <strong>de</strong> erosão e<br />

assoreamento;<br />

•Valorização <strong>de</strong> imóveis, através da sua<br />

qualificação ambiental e paisagística;<br />

•Contribuição para o equilíbrio mental e físico<br />

do homem, através da aproximação e contato<br />

com o meio natural;<br />

•Melhoria do ciclo hidrológico;<br />

73


O plantio <strong>de</strong> árvores para a criação <strong>de</strong> florestas e<br />

bosques urbanos, em áreas livres e/ou<br />

<strong>de</strong>gradadas, contribui ainda para o seqüestro <strong>de</strong><br />

carbono, consistindo em medida mitigadora do<br />

aquecimento global. Além disso, a composição<br />

das espécies utilizadas para arborização urbana<br />

também é <strong>de</strong>cisiva para a atração e o<br />

estabelecimento <strong>de</strong> uma fauna diversificada, e<br />

<strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada como uma estratégia para<br />

o aumento da biodiversida<strong>de</strong>.<br />

3.2 Impactos Negativos<br />

Uma árvore concorre pelo espaço da calçada<br />

po<strong>de</strong>ndo causar conflitos com os equipamentos<br />

urbanos: no subsolo, com as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

distribuição <strong>de</strong> água, gás e coleta <strong>de</strong> esgoto; na<br />

superfície com os postes, placas e guias<br />

rebaixadas e no nível da copa, com a fiação<br />

telefônica, elétrica, edificações, etc. Isso limita as<br />

possibilida<strong>de</strong>s na escolha <strong>de</strong> espécies,<br />

dificultando a arborização urbana e provocando<br />

interferências diversas.<br />

O plantio <strong>de</strong> espécies com características<br />

ina<strong>de</strong>quadas ao espaço existente, ou a mudança<br />

<strong>de</strong> uso ocorrida nesse espaço ao longo do tempo,<br />

fazem com que muitas vezes a árvore seja<br />

percebida como um elemento negativo na<br />

cida<strong>de</strong>, uma vez que causa danos às edificações,<br />

atrapalha o trânsito <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres e/ou veículos,<br />

interfere na extensa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços públicos,<br />

entre outros.<br />

De qualquer forma, alguns impactos<br />

negativos po<strong>de</strong>m ser relacionados com a<br />

presença da arborização urbana. Todavia, eles<br />

<strong>de</strong>correm principalmente da implantação e do<br />

manejo ina<strong>de</strong>quados e da mudança <strong>de</strong> uso<br />

ocorrida no espaço urbano, como o caso da nossa<br />

arborização, que antigamente foi implantada<br />

com espécies ina<strong>de</strong>quadas em relação ao local<br />

on<strong>de</strong> as árvores foram plantadas, como os<br />

flamboyants – Delonix regia, as mongubas –<br />

Pachira aquatica, os fícus – Ficus benjamina,<br />

<strong>de</strong>ntre outras. A maioria <strong>de</strong>ssas espécies ainda<br />

existe em alguns logradouros públicos. Dentre<br />

alguns impactos negativos, po<strong>de</strong>-se citar:<br />

Danos físicos e financeiros causados pela<br />

quedas naturais <strong>de</strong> árvores;<br />

Interferências com a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong><br />

energia elétrica, causando prejuízos à população;<br />

Interferências com iluminação <strong>de</strong><br />

logradouros, causando problemas <strong>de</strong> segurança<br />

pública;<br />

•Danos às edificações comerciais e resi<strong>de</strong>nciais<br />

provocados pela queda <strong>de</strong> galhos e folhas<br />

causando entupimento <strong>de</strong> calhas e outros;<br />

•Disseminação <strong>de</strong> pragas urbanas (cupins e<br />

brocas);<br />

•Aspecto visual negativo, com <strong>de</strong>formação <strong>de</strong><br />

suas copas, em função das podas realizadas<br />

para <strong>de</strong>sobstrução da fiação aérea <strong>de</strong> energia<br />

elétrica, <strong>de</strong> telefonia e <strong>de</strong> multi-serviços;<br />

•Aumentos dos custos <strong>de</strong> manutenção da<br />

arborização, em virtu<strong>de</strong> do gran<strong>de</strong> quantitativo<br />

<strong>de</strong> podas a serem executadas para<br />

<strong>de</strong>sobstrução da fiação aérea <strong>de</strong> energia<br />

elétrica e <strong>de</strong> outros serviços.<br />

A seguir, é apresentada uma relação <strong>de</strong><br />

imagens com os diversos problemas encontrados<br />

<strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> planejamento vivenciados<br />

diariamente pela população e também pelos<br />

técnicos da Gerência <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana –<br />

GEARB da AMMA, que realizam vistorias para<br />

verificar as condições fitossanitárias <strong>de</strong><br />

espécimes arbóreos da gran<strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

74


Figura 82. Plantio <strong>de</strong> árvore <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte da<br />

espécie sete-copas – Terminalia catappa realizado<br />

em calçada estreita e <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> re<strong>de</strong> aérea <strong>de</strong><br />

transmissão <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> baixa tensão e<br />

telefonia.<br />

Figura 84. A imagem apresenta um plantio<br />

totalmente ina<strong>de</strong>quado, on<strong>de</strong> o tronco <strong>de</strong> uma<br />

árvore <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte se encontra próxima ao<br />

muro da edificação, causando rachaduras no<br />

muro, conflito com o hidrômetro e problemas na<br />

calçada <strong>de</strong>vido ao crescimento <strong>de</strong> raízes<br />

superficiais.<br />

Figura 83. Figura ilustrando a abertura permeável<br />

insuficiente e apresentando algumas <strong>de</strong> suas<br />

áreas impermeabilizadas com cimento.<br />

Figura 85. A imagem mostra o erguimento da<br />

calçada ocasionado <strong>de</strong>vido ao plantio da espécie<br />

ina<strong>de</strong>quada e também pela insuficiência da<br />

abertura permeável on<strong>de</strong> está plantada a árvore.<br />

75


Figura 86. Árvores plantadas sob a re<strong>de</strong> elétrica<br />

<strong>de</strong> baixa e alta tensão apresentando copa em<br />

conflito com a fiação.<br />

Figura 88. Imagem mostrando uma árvore da<br />

espécie monguba – Pachira aquatica plantada a<br />

menos <strong>de</strong> 1,00 metro do poste <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong><br />

energia e iluminação pública, on<strong>de</strong> nota-se o<br />

conflito entre a copa e a fiação.<br />

Figura 87. A imagem apresenta uma árvore <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> porte da espécie angico-branco - Albizia<br />

niopoi<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> existe um poste com fiações em<br />

conflito com os galhos do angico.<br />

Figura 89. Problemas <strong>de</strong> danificação <strong>de</strong> calçada e<br />

conflitos com o muro e o hidrômetro provocados<br />

pelo plantio ina<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> árvore da espécie<br />

saboneteira - Sapindus saponaria em calçada<br />

inferior a 1,00 metro.<br />

76


Figura 90. Conflito da copa <strong>de</strong> um ficus – Ficus<br />

benjamina com o poste <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia<br />

e iluminação pública.<br />

Figura 92. A imagem mostra o levantamento <strong>de</strong><br />

calçada provocado pela falta <strong>de</strong> abertura<br />

permeável a<strong>de</strong>quada para a palmeira.<br />

Figura 91. Imagem mostrando a inexistência total<br />

<strong>de</strong> abertura permeável <strong>de</strong>sta palmeira. Nota-se<br />

que a calçada começa a apresentar sinais <strong>de</strong><br />

rachaduras.<br />

Figura 93. Imagem mostrando a lixeira junto ao<br />

caule da árvore.<br />

77


Figura 94. Plantio realizado muito próximo do<br />

poste. Além disso, a espécie possui sistema<br />

radicular do tipo tabular, sendo imprópria para<br />

calçada.<br />

Figura 96. Figura mostrando o poste em contato<br />

com os galhos <strong>de</strong> um angico-branco - Albizia<br />

niopoi<strong>de</strong>s.<br />

Figura 95. Plantio ina<strong>de</strong>quado, realizado <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> uma manilha que possui espaço insuficiente<br />

para o crescimento do sistema radicular.<br />

Observa-se o início <strong>de</strong> rachaduras na calçada<br />

Figura 97. Nesta imagem, nota-se a instalação<br />

totalmente ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> uma lixeira junto ao<br />

tronco da árvore.<br />

78


Figura 98. Porte arbóreo<br />

incompatível com a calçada e o<br />

plantio ina<strong>de</strong>quado junto ao<br />

muro da edificação.<br />

Figura 100. No caso <strong>de</strong>sta<br />

imagem, a abertura permeável<br />

está a<strong>de</strong>quada, no entanto a<br />

espécie arbórea é incompatível<br />

para o tamanho da calçada e a<br />

altura da edificação, po<strong>de</strong>ndo<br />

com isto trazer danos a copa<br />

da árvore.<br />

Figura 99. Plantio<br />

ina<strong>de</strong>quado realizado<br />

junto aos bueiros.<br />

79


3.3. Medidas Mitigadoras<br />

O plantio em conformida<strong>de</strong> com as normas<br />

contidas neste Plano Diretor <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong><br />

Urbana – PDAU do Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong><br />

preten<strong>de</strong> evitar a concorrência da árvore com<br />

os equipamentos urbanos públicos e/ou<br />

privados, <strong>de</strong> maneira a racionalizar a ocupação<br />

do espaço e diminuir as ações <strong>de</strong> manejo<br />

necessárias para a manutenção da árvore ao<br />

longo <strong>de</strong> sua existência. As ações em conjunto<br />

com os <strong>de</strong>mais órgãos citados no Convênio<br />

047/97, responsáveis pelos serviços públicos,<br />

po<strong>de</strong>m mitigar situações <strong>de</strong> conflito. Além disso,<br />

a instrumentação dos setores responsáveis pelo<br />

manejo da arborização é fundamental para o<br />

planejamento e estabelecimento <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> ações <strong>de</strong> uso dos recursos disponíveis,<br />

visando evitar aci<strong>de</strong>ntes previsíveis que as<br />

árvores possam provocar.<br />

O aumento da biodiversida<strong>de</strong> e o a<strong>de</strong>quado<br />

manejo da arborização concorrem para<br />

estabelecer o equilíbrio na ocorrência <strong>de</strong> pragas<br />

urbanas.<br />

A conscientização da população a respeito<br />

da importância da arborização e sua<br />

participação como co-responsável no processo é<br />

instrumento fundamental para o sucesso e o<br />

estabelecimento dos indivíduos arbóreos, uma<br />

vez que o índice <strong>de</strong> árvores que atingem a<br />

ida<strong>de</strong> adulta é baixo, <strong>de</strong>vido, principalmente, à<br />

<strong>de</strong>predação e à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção.<br />

Assim, para que se alcancem os benefícios<br />

ambientais gerados pela arborização urbana,<br />

minimizando os eventuais impactos negativos,<br />

é fundamental o conhecimento da vegetação já<br />

implantada, o a<strong>de</strong>quado planejamento e a<br />

a<strong>de</strong>quada manutenção da arborização, visando<br />

não só prevenir distorções causadas pela falta<br />

<strong>de</strong> planejamento, como também a efetiva<br />

ampliação e requalificação da cobertura vegetal<br />

da cida<strong>de</strong>.<br />

4.0 ESCOLHA DAS<br />

ESPÉCIES ARBÓREAS<br />

A SEREM PLANTADAS<br />

A escolha da espécie é <strong>de</strong> fundamental<br />

importância no planejamento da arborização<br />

urbana. O primeiro passo é conhecer as<br />

características locais e, em seguida, escolher as<br />

espécies a serem plantadas. Para cada local,<br />

existe uma espécie mais a<strong>de</strong>quada, não<br />

po<strong>de</strong>ndo ser generalizado, correndo o risco <strong>de</strong><br />

cometer erros, caso não seja observado esta<br />

premissa.<br />

4.1. Quanto ao <strong>de</strong>senvolvimento da espécie<br />

É recomendável a escolha <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong><br />

crescimento lento, que normalmente<br />

apresentam folhas persistentes, boa formação<br />

<strong>de</strong> copas e suas raízes são profundas. As<br />

árvores <strong>de</strong> crescimento rápido normalmente<br />

apresentam constituição frágil e com má<br />

formação anatômica, quebrando facilmente<br />

com a ação do vento. Devem ser observadas<br />

as exigências específicas, como clima,<br />

umida<strong>de</strong> e solo.<br />

80


4.2. Quanto ao comportamento da copa x clima<br />

•Para clima tropical: copas que dêem boa sombra, não dificultem o arejamento local e possuem<br />

folhagem perene.<br />

•Para clima frio: copas ralas, que per<strong>de</strong>m ou não as folhas.<br />

•Para locais <strong>de</strong> inverno rigoroso: as melhores são as que per<strong>de</strong>m as folhas, pois possibilitam a<br />

insolação direta na superfície do solo, atenuando a temperatura.<br />

4.3. Quanto ao comportamento da copa x espaço físico<br />

O formato da copa <strong>de</strong>ve ser a<strong>de</strong>quado ao espaço físico <strong>de</strong>terminado a ela, não interferindo na<br />

iluminação, ofuscando ou ocultando prédios ou fachadas que apresentam valor artístico ou cultural.<br />

4.4. Formas <strong>de</strong> copas<br />

•Colunar<br />

•Cônica<br />

•Elíptica<br />

•Umbeliforme<br />

•Globosa<br />

•Flabeliforme<br />

•Caliciforme<br />

•Pen<strong>de</strong>nte<br />

•Irregular<br />

4.5. Características a serem observadas<br />

•Porte: gran<strong>de</strong>, médio e pequeno<br />

•Sistema radicular profundo ou pivotante<br />

•Quanto ao caducifolismo - caducifólias, semi-caducifólias ou perenes<br />

•Tamanho <strong>de</strong> folhas<br />

•Textura das folhas<br />

•Presença ou não <strong>de</strong> pêlos<br />

•Princípios tóxicos<br />

•Existência <strong>de</strong> espinhos ou acúleos<br />

•Rusticida<strong>de</strong> da planta-ataque <strong>de</strong> pragas ou doenças, podas, déficit hídrico, tipos <strong>de</strong> solos, etc<br />

•Ramos e troncos resistentes, principalmente à ação dos ventos<br />

•Princípios alérgicos<br />

•Cor <strong>de</strong> florada e época da florada<br />

•Tamanho das flores e tamanho dos frutos<br />

•Tipo <strong>de</strong> abertura dos frutos (<strong>de</strong>iscentes ou in<strong>de</strong>iscentes)<br />

•Tipo <strong>de</strong> arquitetura da galhada<br />

4.6. On<strong>de</strong> plantar<br />

•Nas calçadas em vias públicas;<br />

•Praças;<br />

•Ilhas;<br />

•Parques;<br />

•Áreas ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> preservação permanentes (matas ciliares, fundos <strong>de</strong> vales);<br />

•Áreas particulares através <strong>de</strong> incentivos à população.<br />

81


5. ESPÉCIES NÃO RECOMENDADAS<br />

PARA A ARBORIZAÇÃO URBANA<br />

A tabela 15 ilustra algumas espécies arbóreas que não são<br />

recomendadas os seus plantios em logradouros públicos<br />

(calçadas e canteiros centrais), como espécies que possuem<br />

frutos gran<strong>de</strong>s e carnosos, com raízes superficiais e agressivas e<br />

espécies com princípios tóxicos.<br />

Tabela 15. Descrição das espécies arbóreas que não <strong>de</strong>vem ser recomendadas o plantio nos<br />

logradouros públicos <strong>de</strong>vido às características <strong>de</strong> seus frutos, raízes e por possuírem princípios tóxicos<br />

ESPÉCIES ARBÓREAS COM PRINCÍPIOS TÓXICOS<br />

Nome popular Nome científico Princípio tóxico Parte tóxica<br />

Árvore-<strong>de</strong>-tungue Aleurites fardii Toxoalbumina curcina Embrião<br />

Nogueira-brasileira Aleuritis moluccona Toxoalbumina curcina Semente<br />

Flamboyanzinho Caesalpinea pulcherrima Alcalói<strong>de</strong>s Semente<br />

Ficus Ficus sp. Glicosí<strong>de</strong>o doliarina Látex<br />

Alecrim-<strong>de</strong>-Campinas Holocalyx glaziovii Glicosí<strong>de</strong>o cianogenético Toda planta<br />

Pinhão-paraguaio Jatropha curcas Toxoalbumina curcina Sementes e frutos<br />

Espirra<strong>de</strong>ira Nerium olean<strong>de</strong>r Glicosí<strong>de</strong>os Toda planta<br />

Jasmim-manga Pluvia larcifolia Alcalói<strong>de</strong>s Flor e látex<br />

Aroeira-mansa Schinus terebentifolius Toxico<strong>de</strong>ndrol Folha<br />

Espató<strong>de</strong>a Spatho<strong>de</strong>a nilotica Alcalói<strong>de</strong> Flor<br />

Bico-<strong>de</strong>-papagaio Euphorbia sp. Toxoalbumina Látex<br />

Chapéu-<strong>de</strong>-Napoleão Thevetia peruviana Glicosí<strong>de</strong>o Toda planta<br />

OBS: Alcalói<strong>de</strong>s: afetam o sistema nervoso<br />

Glicosí<strong>de</strong>os: atuam como veneno<br />

ESPÉCIES ARBÓREAS COM<br />

FRUTOS GRANDES E CARNOSOS<br />

ESPÉCIES ARBÓREAS COM SISTEMA<br />

RADICULAR SUPERFICIAL E AGRESSIVO<br />

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO<br />

Dilênia Dilenia indica Ficus-benjamina Ficus benjamina<br />

Abacateiro Persea americana Cadamba Anthocephalus cadamba<br />

Mangueira Mangifera indica Orelha-<strong>de</strong>-macaco Enterolobium contortisiliquum<br />

Sapucaia Lecytis pisonis Sete-copas Terminalia catappa<br />

Coqueiros Cocos nucifera Paineira Chorisia speciosa<br />

Jaqueira Artocarpus frondosus Castanha-do-Maranhão Bombacopsis glabra<br />

Genipapo Genipa americana Sombreiro Clitoria racemosa<br />

Ata Annona sp. Cássia-rósea Cassia grandis<br />

Caju Anacardium occi<strong>de</strong>ntale Tipuana Tipuana tipu<br />

Goiabeira Psidium guajava Astrapéla Dombeya wallichii<br />

Guapeva Pouteria torta Cinamomo Melia azedarach<br />

Jatobá Hymenaea courbaril Flamboyant Delonix regia<br />

82


No Cadastramento da <strong>Arborização</strong> Urbana <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> foram<br />

encontradas algumas espécies que não são recomendadas para<br />

a sua utilização nos novos plantios, em virtu<strong>de</strong> da não<br />

adaptação, pela fragilida<strong>de</strong> quanto ao ataque <strong>de</strong> pragas e pelo<br />

sistema radicular agressivo. A seguir, será apresentada uma<br />

listagem (tabela 16) com as referidas espécies e para as quais<br />

recomenda-se um maior rigor e critérios na sua utilização.<br />

Tabela 16. Descrição das espécies arbóreas encontradas na arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> e que não<br />

<strong>de</strong>vem ser recomendadam o plantio nos logradouros públicos<br />

ESPÉCIES ARBÓREAS<br />

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO MOTIVOS<br />

Monguba Pachira aquatica Gran<strong>de</strong> percentual <strong>de</strong> árvores nas vias públicas e susceptível<br />

ao ataque do coleóptero Euchroma gigantea.<br />

Ficus Ficus sp. Sistema radicular agressivo e invasor danificando calçadas,<br />

muros e edificações.<br />

Sibipiruna<br />

Caesalpinia pluviosa var.<br />

peltophoroi<strong>de</strong>s<br />

Gran<strong>de</strong> susceptibilida<strong>de</strong> ao ataque <strong>de</strong> cupins.<br />

Flamboyant Delonix regia Sistema radicular superficial e agressivo.<br />

Dilênia Dilenia indica Frutos gran<strong>de</strong>s e carnosos.<br />

Mangueira Mangifera indica Frutos gran<strong>de</strong>s e carnosos.<br />

Espató<strong>de</strong>a Spatho<strong>de</strong>a nilotica Fragilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus galhos.<br />

Com exceção da Monguba e do Fícus, as outras espécies po<strong>de</strong>rão ser utilizadas em canteiros centrais largos e em praças.<br />

83


6. CONDIÇÕES ESTRESSANTES PARA<br />

AS ÁRVORES EM VIAS PÚBLICAS<br />

•Falta <strong>de</strong> espaços para <strong>de</strong>senvolvimento do sistema radicular - limitações por alicerces, dutos,<br />

asfalto e compactação do solo;<br />

•Normalmente solos urbanos são excessivamente compactados, o que impe<strong>de</strong> a existência <strong>de</strong><br />

poros, consequentemente falta <strong>de</strong> ar e água;<br />

•Extensas superfícies impermeabilizadas, o que impe<strong>de</strong> aeração e infiltração d’água;<br />

•A vida <strong>de</strong> microrganismos dos solos é dificultada, há pouca disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nutrientes e o pH<br />

do solo é mais elevado que em ambientes naturais;<br />

•Devido à falta <strong>de</strong> controle com planejamento urbano, existência <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada <strong>de</strong> fiação, postes,<br />

canalização, etc;<br />

•Danos causados por veículos (atritos e colisões), <strong>de</strong>rramamento <strong>de</strong> óleo, gasolina, emissões<br />

gasosas;<br />

•Influência nociva das emissões sólidas e líquidas do ambiente urbano;<br />

•A excessiva reflexão <strong>de</strong> energia pelas casas e pavimentos;<br />

•Diminuição da vitalida<strong>de</strong> da árvore <strong>de</strong>vido a escavações, anelações, movimento <strong>de</strong> veículos<br />

sobre o sistema radicular, etc.<br />

7. AÇÕES PARA MELHORIA DAS CONDIÇÕES E<br />

QUALIDADE DE VIDA DAS ÁRVORES URBANAS<br />

•Escolha <strong>de</strong> espécies arbóreas mais rústicas e resistentes às condições urbanas;<br />

•Fazer boa cova e adubação a<strong>de</strong>quada;<br />

•Observar a largura e uso dos passeios, em calçadas muito estreitas e em locais <strong>de</strong> uso comercial<br />

intenso, o melhor é evitar o plantio;<br />

•Plantar árvores compatíveis com os espaços físicos <strong>de</strong>terminados a elas;<br />

•Dar preferências a espécies nativas da região;<br />

•Um bom plano <strong>de</strong> manejo<br />

84


8. PLANEJAMENTO DA<br />

ARBORIZAÇÃO REFERENTE<br />

A 16 SETORES DE GOIÂNIA<br />

O planejamento da arborização urbana é um<br />

fator <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para a recuperação<br />

do meio ambiente, que se encontra bastante<br />

antropizado. Um bom planejamento antecipa os<br />

ganhos paisagísticos e há uma compensação<br />

ambiental, evitando assim os problemas <strong>de</strong><br />

conflitos futuros. Planejar a arborização numa<br />

cida<strong>de</strong> é garantir um crescimento or<strong>de</strong>nado,<br />

on<strong>de</strong> o ver<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolve <strong>de</strong> forma integrada<br />

aos outros elementos urbanísticos formadores<br />

da paisagem.<br />

Com os dados levantados em campo, com os<br />

mapas do diagnóstico contendo a existência e o<br />

tipo <strong>de</strong> fiação aérea <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia<br />

elétrica existente foi possível realizar o<br />

planejamento paisagístico <strong>de</strong> cada um dos<br />

setores cadastrados e, posteriormente,<br />

expandindo-lo para os <strong>de</strong>mais setores.<br />

O Planejamento Paisagístico foi realizado por<br />

uma equipe multidisciplinar, formada por:<br />

engenheiros florestais, agrônomos, biólogos e<br />

arquitetos, tendo como objetivo a indicação <strong>de</strong><br />

espécies a<strong>de</strong>quadas para cada logradouro<br />

público.<br />

Esse trabalho tem como objetivo diminuir os<br />

conflitos da arborização urbana com os<br />

equipamentos públicos, em especial a fiação<br />

aérea <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia elétrica,<br />

reduzindo ou eliminando, <strong>de</strong>ssa forma, os<br />

custos da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> podas. Ele também<br />

ajuda a evitar a <strong>de</strong>formida<strong>de</strong> da copa das<br />

árvores e a morte antecipada das mesmas.<br />

Dessa maneira, a arborização po<strong>de</strong>ria trazer<br />

todos os benefícios à população <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

como também a manutenção da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida.<br />

No Planejamento Paisagístico procurou-se<br />

indicar espécies a<strong>de</strong>quadas a cada ambiente,<br />

verificando a largura <strong>de</strong> rua e calçada, a<br />

existência <strong>de</strong> fiação aérea <strong>de</strong> energia elétrica,<br />

telefônica e/ou multi-serviços, tubulação<br />

subterrânea <strong>de</strong> água e esgoto e outros<br />

equipamentos públicos, como: semáforos,<br />

postes, iluminação pública, tótem, ponto <strong>de</strong><br />

ônibus, garagens, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

O planejamento propiciará uma melhor<br />

convivência entre os equipamentos públicos e a<br />

arborização urbana. Com isso, po<strong>de</strong>-se evitar<br />

futuras podas drásticas, o que propiciará uma<br />

melhor forma estética das copas <strong>de</strong>stas árvores,<br />

além <strong>de</strong> evitar pontos <strong>de</strong> necroses e doenças<br />

causados pelas injúrias mecânicas <strong>de</strong>sta<br />

ativida<strong>de</strong>. Conseqüentemente, a vida útil dos<br />

exemplares na arborização urbana po<strong>de</strong>rá ser<br />

elevada.<br />

No planejamento paisagístico <strong>de</strong> 16 setores<br />

foi recomendado o plantio <strong>de</strong> 24.415 árvores <strong>de</strong><br />

151 (cento e cinqüenta e uma) espécies<br />

diferentes, priorizando as espécies nativas do<br />

cerrado (64,56%) e a diversificação <strong>de</strong> espécies.<br />

Um dos problemas existentes com a<br />

arborização urbana atual é a baixa diversida<strong>de</strong>,<br />

on<strong>de</strong> a monguba <strong>de</strong>tém quase 19% do número<br />

total <strong>de</strong> indivíduos existentes nas vias públicas<br />

<strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, e a proliferação <strong>de</strong> pragas e<br />

doenças. Uma das causas <strong>de</strong> queda <strong>de</strong> árvores<br />

<strong>de</strong> monguba no período <strong>de</strong> chuvas é o ataque<br />

pelo coleóptero serra-pau – Euchroma gigantea<br />

que ataca o sistema radicular das mongubas<br />

(coleobroca), <strong>de</strong>positando larvas que se<br />

alimentam do tecido vegetativo <strong>de</strong>stas árvores,<br />

comprometendo totalmente a sustentação das<br />

mesmas. Caso houvesse um menor plantio <strong>de</strong><br />

mudas <strong>de</strong>ssa espécie, a proliferação <strong>de</strong>sta praga<br />

seria dificultada.<br />

Este planejamento priorizou a valorização <strong>de</strong><br />

espécies nativas do cerrado, espécies frutíferas<br />

(<strong>de</strong> frutos pequenos e não carnosos) para<br />

servirem <strong>de</strong> alimento à fauna local,<br />

principalmente a avifauna e também as<br />

espécies exóticas que adaptaram bem ao clima<br />

e solo do cerrado. Não foi recomendado o<br />

plantio <strong>de</strong> monguba (pelo alto índice <strong>de</strong><br />

ocorrência e não adaptação ao nosso clima e<br />

solo e a fragilida<strong>de</strong> ao ataque da coleobroca), do<br />

Fícus-benjamnia (sistema radicular agressivo e<br />

invasor, que danifica edificações e tubulações<br />

subterrâneas <strong>de</strong> água e esgoto), da Espirra<strong>de</strong>ira<br />

e Chapéu-<strong>de</strong>-napoleão (princípio tóxico), da<br />

Dilênia e Sapucaia (frutos gran<strong>de</strong>s), Alecrim-<strong>de</strong>capinas<br />

(espinhos no caule), <strong>de</strong>ntre outros.<br />

85


Na Tabela 17 é apresentada a relação <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> pequeno, médio e gran<strong>de</strong> portes, que são<br />

recomendadas para plantios em calçadas e canteiros centrais das vias públicas dos setores on<strong>de</strong><br />

foram realizadas o planejamento paisagístico (16 setores).<br />

ESPÉCIES DE PEQUENO PORTE – 4,0 A 6,0 METROS<br />

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA<br />

QUANTIDADE<br />

Acerola Malpighia glabra L. Malpighiaceae 36<br />

Algodão-do-brejo Malvaviscus pernambucensis Arruda Malvaceae 27<br />

Araçá Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae 9<br />

Cagaita Eugenia dysenterica DC. Myrtaceae 40<br />

Caliandra-rosa Calliandra brevipes Benth. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 388<br />

Caliandra-vermelha Calliandra tweedii Benth. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 178<br />

Cássia-São-João Senna macranthera (Collad.) Irwin et Barn. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 599<br />

Cedrinho Tecoma stans (L.) H. B. K. Bignoniaceae 873<br />

Duranta Duranta repens L. Verbenaceae 536<br />

Eritrina-coral Erythrina corallo<strong>de</strong>ndron L. Leguminoseae-papilionoi<strong>de</strong>ae 10<br />

Eritrina-variegata Erythrina indica Lam. Var. picta Hort. Leguminoseae-papilionoi<strong>de</strong>ae 4<br />

Escova-<strong>de</strong>-garrafa Callistemon citrinus (Curtis) Skeels Myrtaceae 460<br />

Escova-<strong>de</strong>-garrafa Callistemon viminalis (Sol. ex Gaertn.) G. Don Myrtaceae 547<br />

Extremosa Lagerstroemia indica L. Lythraceae 557<br />

Extremosa-branca Lagerstroemia indica L. Lythraceae 221<br />

Extremosa-rosa Lagerstroemia indica L. Lythraceae 363<br />

Flamboyant-mirim Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 328<br />

Goiaba-serrana Acca sellowiana (O. Berg) Burret Myrtaceae 100<br />

Goiabeira Psidium guajava L. Myrtaceae 53<br />

Grevilea-anã Grevillea banksii R. Br. Proteaceae 465<br />

Hibisco-crespo Malvaviscus schizopetalus (Dyer) Hook. f. Malvaceae 10<br />

Hibisco-da-China Malvaviscus syriacus L. Malvaceae 42<br />

Hibisco-rosa Malvaviscus rosa-sinensis L. Malvaceae 459<br />

Hibisco-vermelho Malvaviscus rosa-sinensis L. Malvaceae 247<br />

Ipê-branco-do-cerrado Tabebuia dura (Bur. & K.Schum.) Spreng. & Sand. Bignoniaceae 79<br />

Jacarandá Machaerium opacum Vog. Leguminoseae-papilionoi<strong>de</strong>ae 3<br />

Jasmim-manga Plumeria rubra (L.) Woodson Apocynaceae 7<br />

Manacá-<strong>de</strong>-cheiro Brunfelsia calycina Benth. Melastomatateae 155<br />

Mulungu-<strong>de</strong>-jardim Erythrina crista-galli L. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 620<br />

Mulungu-do-litoral Erythrina speciosa Andrews Leguminoseae-papilionoi<strong>de</strong>ae 41<br />

Murta Murraya paniculata L. Rutaceae 1112<br />

Neve-da-montanha Euphorbia leucocephala Lotsy Euphorbiaceae 83<br />

Pau-formiga-ver<strong>de</strong> Triplaris gardneriana Wedd. Polygonaceae 11<br />

Pitanga Eugenia uniflora L. Myrtaceae 245<br />

Quaresmeira-do-brejo Tibouchina candolleana Cogn Melastomataceae 44<br />

Quaresmeiraorelha-<strong>de</strong>-onça<br />

Tibouchina grandifolia Cogn. Melastomataceae 6<br />

Romã Punica granatum L. Punicaceae 68<br />

Urucum Bixa orellana L. Bixaceae 100<br />

86


ESPÉCIES DE MÉDIO PORTE – 6,0 A 8,0 METROS<br />

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT.<br />

Angelim-amargoso Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 84<br />

Aroeira-pimenteira Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae 172<br />

Aroeira-salsa Schinus molle L. Sapindaceae 670<br />

Bauhínia-branca Bauhinia variegata L. var. candida Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 108<br />

Bauhinia-lilás Bauhinia variegata L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 316<br />

Bauhinia-rosa Bauhinia blakeana Dunn Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 432<br />

Chorão Salix babylonica L. Salicaceae 1<br />

Chuva-<strong>de</strong>-ouro Cassia fistula L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 675<br />

Dedaleiro Lafoensia pacari St. Hil. Lythraceae 16<br />

Escumilha-africana Lagerstroemia speciosa Pers. Lythraceae 709<br />

Espinho-<strong>de</strong>-Jerusalém Parkinsonia aculeata L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 124<br />

Espinhosa Caesalpinia spinosa (Molina) Kuntze Fabaceae 7<br />

Falso-pau-brasil Colubrina glandulosa Perkins Rhamnaceae 4<br />

Feijão-cru Platymiscium pubescens Micheli Fabaceae 236<br />

Gonçalo-alves Astronium fraxinifolium Schott ex Spreng. Anacardiaeceae 30<br />

Ingá-banana Inga vera Willd. Subsp. Affinis (DC) T.D. Penn. Leguminosae-Mimosoi<strong>de</strong>ae 261<br />

Ipê-amarelo-do-cerrado Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. Bignoniaceae 78<br />

Ipê-branco Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand. Bignoniaceae 438<br />

Ipê-rosa Tabebuia rosea (Bertol.) DC. Bignoniaceae 213<br />

Ipê-tabaco Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. Bignoniaceae 719<br />

Jacarandá-canzil Platypodium elegans Vog. Fabaceae 122<br />

Jacarandá-mimoso Jacaranda cuspidifolia Mart. Bignoneaceae 402<br />

Jatobá-do-cerrado Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 1<br />

Lanterneiro Lophantera lactescens Ducke Malpighiaceae 247<br />

Ligustrinho Ligustrum ovalifolium Hassk. Oleaceae 19<br />

Louro-branco Cordia glabrata (Mart.) A. DC. Boraginaceae 153<br />

Magnólia-amarela Michelia champaca L. Magnoliaceae 158<br />

Manacá-da-serra Tibouchina mutabilis Cogn. MelastomataceaeL 22<br />

Mutamba Guazuma ulmifolia Lam. Sterculieaceae 55<br />

Nó-<strong>de</strong>-porco Physocalymma scaberrimum Pohl Lythraceae 406<br />

Pau-pombo Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 21<br />

Pau-terra-da-folha-larga Qualea grandiflora Mart. Vochysiaceae 38<br />

Pau-terra-da-folha-miúda Qualea parviflora Mart. Vochysiaceae 5<br />

Pequi Caryocar brasiliense Cambess. Caryocaraceae 4<br />

Perobinha-do-campo Sweetia elegans Benth. Meliaceae 9<br />

Quaresmeira-roxa Tibouchina granulosa Cogn. Melastomataceae 734<br />

Saboneteiro Sapindus saponaria L. Sapindaceae 243<br />

Tarumã-do-cerrado Vitex polygama Cham. Verbenaceae 175<br />

Tingui-do-cerrado Magonia pubescens St. Hil. Sapindaceae 4<br />

Vinhático Plathymenia reticulata Benth. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 5<br />

87


ESPÉCIES DE GRANDE PORTE – A PARTIR DE 8,0 METROS<br />

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT.<br />

Alfeneiro Ligustrum japonicum Thunb. Oleaceae 153<br />

Algaroba Prosopis algarobilla Griseb. Fabaceae 11<br />

Algodão-da-praia Malvaviscus tiliaceus L. Malvaceae 97<br />

Amburana Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 67<br />

Ameixa Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. Rosaceae 20<br />

Amendoim-bravo Pterogyne nitens Tul. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 175<br />

Amescla Protium heptaphyllum (Aubl.) March. Burseraceae 28<br />

Amoreira Morus nigra L. Moraceae 60<br />

Angico-branco Albizia niopoi<strong>de</strong>s (Spruce ex Benth.) Burkart Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 243<br />

Angico-<strong>de</strong>-minas Enterolobium gummiferum (Mart.) J.F. Macbr. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 1<br />

Bálsamo Myroxylon peruiferum L.f. Leguminosae-papilionoe<strong>de</strong>ae 255<br />

Baru Dipteryx alata Vogel Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 118<br />

Canelinha Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Lauraceae 30<br />

Capitão-do-campo Terminalia argentea Mart. et Succ. Combretaceae 76<br />

Carne-<strong>de</strong>-vaca Roupala brasiliensis Klotz. Proteaceae 3<br />

Cascudo Qualea dichotoma (Warm.) Stafl. Vochysiaceae 3<br />

Cássia-<strong>de</strong>-Java Cassia javanica L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 303<br />

Cássia-rosa Cassia grandis L. f. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 35<br />

Cássia-sena-café Senna siamea Lam. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 45<br />

Cedro Cedrela fissilis Vell. Meliaceae 9<br />

Cinamomo Melia azedarach L. Meliaceae 15<br />

Ficus-lirata Ficus lyrata Warb. Moraceae 18<br />

Flamboyant Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. Fabaceae 29<br />

Folha-<strong>de</strong>-bolo Platycyamus regnellii Benth. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 114<br />

Garapa Apuleia molaris Spruce ex Benth. Leguminoseae 164<br />

Gariroba Syagrus oleracea (Mart.) Beccari Palmae 390<br />

Grevilea-robusta Grevillea robusta A. Cunn. ex R. Br. Proteaceae 1<br />

Guapeva Pouteria torta (Mart.) Radlk. Sapotaceae 41<br />

Guatambu Aspidosperma subincanum Mart. Apocynaceae 62<br />

Ingá-cilíndrica Inga cylindrica Mart. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 52<br />

Ipê-amarelo Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. Bignoniaceae 365<br />

Ipê-amarelo Tabebuia vellosoi Tol. Bignoniaceae 44<br />

Ipê-caraíba Tabebuia aurea (Manso) Bentham & Hooker f. ex S. Moore Bignoniaceae 104<br />

Ipê-rosa Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae 40<br />

Ipê-roxo Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. Bignoniaceae 522<br />

Jacarandá-do-campo Machaerium acutifolium Vog. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 34<br />

Jambo-amarelo Syzygium jambos (L.) Alston Myrtaceae 142<br />

Jambo-do-Pará Syzygium malaccense L. (L.) Merr. & L.M. Perry Myrtaceae 238<br />

Jambolão Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae 109<br />

Jatobá-da-mata Hymenaea courbaril L. var. stilbocarpa (Hayne) Lee et Lang. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 26<br />

Jequitibá Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze Lecythidaceae 15<br />

Jequitibá Cariniana rubra Gardner ex Miers Lecythidaceae 11<br />

Jerivá Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Palmae 10<br />

Jucá Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. ferrea Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 124<br />

Magnólia Magnolia grandiflora L. Magnoliaceae 3<br />

Maria-preta Terminalia glabrescens Mart. Combretaceae 41<br />

Marinheiro Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 22<br />

Melaleuca Melaleuca leuca<strong>de</strong>ndron L. Myrtaceae 228<br />

88


ESPÉCIES DE GRANDE PORTE – A PARTIR DE 8,0 METROS<br />

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA QUANT.<br />

Mogno Swietenia macrophylla King. Meliaceae 153<br />

Moreira Maclura tinctoria D. Don ex Steud. Moraceae 15<br />

Mulungu Erythrina mulungu Mart. ex Benth. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 16<br />

Neen-indiano Melia indica L. Meliaceae 4<br />

Oiti Licania tomentosa (Benth.) Fritsch. Chrysobalanaceae 729<br />

Paineira Chorisia speciosa A. St.-Hil. Bombacaceae 5<br />

Palmeira-bacaba Oenocarpus distichus Mart. Palmae 8<br />

Palmeira-imperial Roystonea borinqueana O.F. Cook Palmae 39<br />

Palmeira-imperial Roystonea regia (H.B.K.) O.F. Cook Palmae 33<br />

Pau-branco-falso Dipteronia sinensis Oliv. Aceraceae 5<br />

Pau-brasil Caesalpinia echinata Lam. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 393<br />

Pau-d’óleo Copaifera langsdorffii Desf. Fabaceae 26<br />

Pau-ferro Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. leiostachya Benth. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 191<br />

Pau-formiga Triplaris brasiliana Cham. Polygonaceae 98<br />

Pau-formiga-vermelho Triplaris surinamensis Cham. Polygonaceae 17<br />

Pau-tento A<strong>de</strong>nanthera pavonina L. Leguminosae-mimosoi<strong>de</strong>ae 210<br />

Peroba-rosa Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. Apocynaceae 11<br />

Sete-copas Terminalia catappa L. Combretaceae 21<br />

Sibipiruna Caesalpinia pluviosa var.peltophoroi<strong>de</strong>s Benth. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 307<br />

Sucupira-branca Pterodon emarginatus Vog. Leguminosae-papilionoi<strong>de</strong>ae 17<br />

Sucupira-preta Bowdichia virgilioi<strong>de</strong>s Kunth Leguminoseae-papilionoi<strong>de</strong>ae 28<br />

Tamarin<strong>de</strong>iro Tamarindus indica L. Leguminosae-caesalpinioi<strong>de</strong>ae 148<br />

Tuia piramidal Thuya orientalis L. Cupressaceae 3<br />

Do montante <strong>de</strong> 70 setores cadastrados, foi<br />

realizado o planejamento <strong>de</strong> 16 bairros, resultando<br />

em 22% do total <strong>de</strong> bairros cadastrados. São eles:<br />

Aeroporto, Bela Vista, Bueno, Campinas, Centro,<br />

Centro Oeste, Coimbra, Funcionários, Jardim<br />

América, Marista, Nova Suíça, Oeste, Pedro<br />

Ludovico, Serrinha, Sul e Universitário.<br />

Objetivou-se no planejamento dos 16 setores a<br />

arborização <strong>de</strong> cada uma das ruas e avenidas<br />

consi<strong>de</strong>rando a situação atual, os equipamentos<br />

urbanos e a arborização existente. O planejamento<br />

visa a substituição parcial <strong>de</strong> espécies existentes<br />

que estiverem necessitando ser substituída por<br />

estarem com condições biológicas impróprias e<br />

com risco <strong>de</strong> queda natural, e também para locais<br />

que ainda não possuem arborização.<br />

Para os <strong>de</strong>mais bairros on<strong>de</strong> não foi realizado o<br />

planejamento, a indicação das espécies é realizada<br />

<strong>de</strong> forma genérica conforme as características <strong>de</strong><br />

cada local, calçada e canteiro central. Definiu-se<br />

uma lista com 151 espécies classificadas em<br />

pequeno, médio e gran<strong>de</strong> portes a serem<br />

distribuídas ao longo <strong>de</strong> calçadas e canteiros<br />

centrais.<br />

Para Mascaro (2005), cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte<br />

como <strong>Goiânia</strong> são inventariadas por amostragem,<br />

ou seja, não há condições e necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

inventariar quantitativamente toda a cida<strong>de</strong>,.<br />

Consequentemente, o planejamento arbóreo não<br />

seria diferente. No entanto, é possível planejar <strong>de</strong><br />

maneira genérica. Para cada calçada ou canteiro<br />

central os critérios <strong>de</strong> localização da vegetação são<br />

diferentes, <strong>de</strong>vendo ser integrados ao <strong>de</strong>senho<br />

urbano. Nos limites <strong>de</strong> ambos os tipos <strong>de</strong> calçadas<br />

e canteiros, é on<strong>de</strong> acontecem gran<strong>de</strong>s<br />

quantida<strong>de</strong>s e variadas formas <strong>de</strong> interferências<br />

entre a vegetação e os outros elementos<br />

componentes do espaço urbano.<br />

Mascaro (2005) orienta que no planejamento<br />

<strong>de</strong>ve ser diferenciada sua função: - calçadas<br />

localizadas em áreas comerciais, resi<strong>de</strong>nciais e<br />

industriais – pois suas características são<br />

diferentes. Em todos os casos, a escolha da<br />

localização das árvores <strong>de</strong>ve priorizar os usuários<br />

do recinto urbano, obe<strong>de</strong>cendo a outros critérios<br />

complementares <strong>de</strong> projeto, como:<br />

89


A facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimentação evitando a<br />

criação <strong>de</strong> barreiras ou obstáculos;<br />

A acessibilida<strong>de</strong> aos recintos;<br />

O conforto e a segurança tanto para o trânsito<br />

como para a permanência dos mesmos.<br />

Da uma amostra (22%) representativa dos 70<br />

bairros cadastrados foi escolhido o Setor Aeroporto<br />

como exemplo. Para todos os setores o<br />

planejamento foi baseado nos resultados obtidos<br />

pelo cadastramento e as planilhas foram divididas<br />

por “Ruas e Avenidas” e “Ilhas” (canteiros centrais e<br />

praças). A tabela 18 ilustra a indicação <strong>de</strong> espécies<br />

arbóreas <strong>de</strong> “Ruas e Avenidas” da Avenidas Dr.<br />

Ismerino Soares Carvalho e L e da Rua 11 A.<br />

Tabela 18. Indicação <strong>de</strong> espécies arbóreas <strong>de</strong> Ruas e Avenidas do Setor Aeroporto<br />

{<br />

AV. DR. ISMERINO SOARES CARVALHO LARGURA: 11,5 M CALÇADA: 7 M<br />

QUADRA FIAÇÃO QDADE. INDICAÇÃO OBS.<br />

- BT 5 Myroxylon peruiferum L.f. (Bálsamo) Em frente a Q. 4 A<br />

4 A AT/BT 4 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-tabaco)<br />

5 A AT/BT 4 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-tabaco)<br />

6 A AT/BT 5 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-tabaco)<br />

7 A AT/BT 4 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-tabaco)<br />

8 A AT/BT 3 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)<br />

9 A AT/BT 5 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)<br />

10 A AT/BT 4 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)<br />

11 A AT/BT 4 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)<br />

12 A AT/BT 8 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)<br />

13 A AT/BT 4 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)<br />

14 A AT/BT 4 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana)<br />

15 A BT 5 Myroxylon peruiferum L.f. (Bálsamo)<br />

16 A BT 7 Myroxylon peruiferum L.f. (Bálsamo)<br />

17 A BT 7 Platypodium elegans Vog. (Jacarandá-canzil) Plantar meio calçada<br />

18 A BT 4 Platypodium elegans Vog. (Jacarandá-canzil) Plantar meio calçada<br />

19 A BT 1 Erythrina crista-galli L. (Mulungu-<strong>de</strong>-jardim)<br />

20 A SF 6 Myroxylon peruiferum L.f. (Bálsamo)<br />

{<br />

AV. L LARGURA: 19 M CALÇADA: 6 M<br />

QUADRA FIAÇÃO QDADE. INDICAÇÃO OBS.<br />

2 A SF 16 Pterogyne nitens Tul. (Amendoim-bravo)<br />

3 A SF 17 Platycyamus regnellii Benth. (Folha-<strong>de</strong>-bolo)<br />

8 A AT/BT 2 Cordia glabrata (Mart.) DC. (Louro-branco) Plantar meio calçada<br />

9 A AT/BT 1 Cordia glabrata (Mart.) DC. (Louro-branco) Plantar meio calçada<br />

10 A AT/BT 3 Cordia glabrata (Mart.) DC. (Louro-branco) Plantar meio calçada<br />

11 A BT 1 Cordia glabrata (Mart.) DC. (Louro-branco) Plantar meio calçada<br />

12 A AT/BT 4 Tapirira guianensis Aubl. (Pau-pombo) Plantar meio calçada<br />

13 A AT/BT 3 Tapirira guianensis Aubl. (Pau-pombo) Plantar meio calçada<br />

14 A AT/BT 4 Tapirira guianensis Aubl. (Pau-pombo) Plantar meio calçada<br />

{<br />

RUA 11 A LARGURA: 10 M CALÇADA: 3,5 M<br />

QUADRA FIAÇÃO QDADE. INDICAÇÃO OBS.<br />

- SF 6 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga) Em frente a Qd. 21 A<br />

15 A SF 1 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga)<br />

20 A SF 1 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga)<br />

21 A BT 3 Callistemon viminalis Cheel (Escova-<strong>de</strong>-garrafa)<br />

22 A AT/BT, BT 6 Callistemon viminalis Cheel (Escova-<strong>de</strong>-garrafa)<br />

23 A SF 4 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga)<br />

28 A AT/BT, BT 2 Callistemon viminalis Cheel (Escova-<strong>de</strong>-garrafa)<br />

{<br />

QUADRA FIAÇÃO QDADE. INDICAÇÃO OBS.<br />

29 A AT/BT, BT 7 Callistemon viminalis Cheel (Escova-<strong>de</strong>-garrafa)<br />

30 A SF 3 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga)<br />

39 A BT 7 Callistemon viminalis Cheel (Escova-<strong>de</strong>-garrafa)<br />

40 A SF 1 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga)<br />

90


A tabela 19 ilustra o planejamento das ilhas da Rua 27 A e Av. In<strong>de</strong>pendência, e da Praça<br />

Dr. Sílvio Gomes <strong>de</strong> Melo e Praça Lions Clube Internacional do Setor Aeroporto.<br />

PÇA. LIONS CLUBE INTERNACIONAL<br />

QUADRA LOTE INDICAÇÃO LOCALIZAÇÃO OBSERVAÇÕES<br />

Ilha - Dipteryx alata Vog. (Baru)<br />

Ilha - Dipteryx alata Vog. (Baru)<br />

Ilha - Dipteryx alata Vog. (Baru)<br />

Ilha - Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. (Ipê-amarelo)<br />

91


Na tabela 20 consta a indicação quantitativa <strong>de</strong> cada uma das 66 espécies do planejamento das respectivas Ruas e Avenidas,<br />

ilhas e praças para o Setor Aeroporto.<br />

N° INDICAÇÃO QUANTIDADE<br />

1 A<strong>de</strong>nanthera pavonina L. (Pau-tento) 14<br />

2 Apuleia molaris Spruce (Garapa) 4<br />

3 Aspidosperma polyneuron M. Arg. (Peroba-rosa) 2<br />

4 Aspidosperma subincanum Mart. (Guatambu) 47<br />

5 Bauhinia blakeana Dunn (Bauhinia-rosa) 35<br />

6 Brunfelsia calycina Benth. (Manacá-<strong>de</strong>-cheiro) 25<br />

7 Caesalpinia echinata Lam. (Pau-brasil) 55<br />

8 Caesalpinia pluviosa var. peltophoroi<strong>de</strong>s Benth. (Sibipiruna) 14<br />

9 Caesapinia ferrea Mart. ex Tul. var. leiostachya Benth. 11<br />

10 Calliandra brevipes Benth. (Caliandra-rosa) 70<br />

11 Calliandra tweedii Benth. (Caliandra-vermelha) 8<br />

12 Callistemon citrinus Stapf. (Escova-<strong>de</strong>-garrafa) 88<br />

13 Callistemon viminalis Cheel (Escova-<strong>de</strong>-garrafa) 45<br />

14 Caryocar brasiliense Camb. (Pequi) 4<br />

15 Cassia javanica L. (Cássia-<strong>de</strong>-Java) 53<br />

16 Copaifera langsdorffii Desf. (Pau-d’óleo) 3<br />

17 Cordia glabrata (Mart.) DC. (Louro-branco) 20<br />

18 Dipteryx alata Vog. (Baru) 7<br />

19 Duranta repens L. (Duranta) 32<br />

20 Erythrina crista-galli L. (Mulungu-<strong>de</strong>-jardim) 55<br />

21 Eugenia jambos L. (Jambo-amarelo) 11<br />

22 Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. Perry (Jambo-do-Pará) 6<br />

23 Eugenia uniflora L. (Pitanga) 21<br />

24 Grevillea banksii R. Br. (Grevilea-anã) 63<br />

25 Guazuma ulmifolia Lam. (Mutamba) 3<br />

26 Malvaviscus rosa-sinensis L. (Hibisco-rosa) 40<br />

27 Inga uraguensis Hook. & Arn. (Ingá-banana) 5<br />

28 Lagerstroemia indica L. (Extremosa) 118<br />

29 Lagerstroemia speciosa Pers. (Escumilha-africana) 209<br />

30 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch. (Oiti) 90<br />

31 Ligustrum japonicum Thunb. (Alfeneiro) 33<br />

32 Lophantera lactescens Ducke (Lanterneiro) 33<br />

33 Machaerium acutifolium Vog. (Jacarandá-do-campo) 8<br />

34 Michelia champaca L. (Magnólia) 43<br />

35 Morus nigra L. (Amoreira) 31<br />

36 Murraya paniculata L. (Murta) 113<br />

37 Myroxylon peruiferum L.f. (Bálsamo) 25<br />

38 Physocalymma scaberrimum Pohl (Nó-<strong>de</strong>-porco) 51<br />

39 Platycyamus regnellii Benth. (Folha-<strong>de</strong>-bolo) 33<br />

92


N° INDICAÇÃO QUANTIDADE<br />

40 Platymiscium pubescens Micheli (Feijão-cru) 34<br />

41 Platypodium elegans Vog. (Jacarandá-canzil) 11<br />

42 Prosopis algarobilla Griseb. (Algaroba) 7<br />

43 Psidium guajava L. (Goiabeira) 3<br />

44 Pterogyne nitens Tul. (Amendoim-bravo) 16<br />

45 Roystonea regia (H.B.K.) O.F. Cook (Palmeira-imperial) 5<br />

46 Sapindus saponaria L. (Saboneteiro) 13<br />

47 Schinus molle L. (Aroeira-salsa) 33<br />

48 Schinus terebinthifolius Raddi (Aroeira-pimenteira) 22<br />

49 Cassia fistula L. (Chuva-<strong>de</strong>-ouro) 81<br />

50 Senna macranthera (Collad.) Irwin et Barneby (Cássia-São-João) 34<br />

51 Swietenia macrophylla King. (Mogno) 19<br />

52 Syagrus oleracea (Mart.) Beccari (Guariroba) 57<br />

53 Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman (Jerivá) 10<br />

54 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-tabaco) 122<br />

55 Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. (Ipê-roxo) 18<br />

56 Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand. (Ipê-branco) 9<br />

57 Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. (Ipê-amarelo) 70<br />

58 Tabebuia rosea (Ipê-rosa) 31<br />

59 Tamarindus indica L. (Tamarin<strong>de</strong>iro) 22<br />

60 Tapirira guianensis Aubl. (Pau-pombo) 11<br />

61 Tecoma stans (L.) H.B.K. (Ipê-<strong>de</strong>-jardim) 70<br />

62 Terminalia argentea Mart. et Succ. (Capitão-do-campo) 19<br />

63 Tibouchina candolleana Cogn. (Quaresmeira-da-serra) 20<br />

64 Tibouchina granulosa Cogn. (Quaresmeira-roxa) 30<br />

65 Triplaris brasiliana Cham. (Pau-formiga) 15<br />

66 Vitex polygama Cham. (Tarumã-do-cerrado) 19<br />

TOTAL 2.329<br />

Esse planejamento visa melhorar a distribuição espacial <strong>de</strong> árvores na malha urbana <strong>de</strong> acordo<br />

com o porte, arquitetura <strong>de</strong> copa, a composição das espécies quanto ao tipo, cor e época <strong>de</strong> floração,<br />

tamanho do fruto, sombreamento, tipo <strong>de</strong> raízes, processo <strong>de</strong> crescimento, adaptação ao clima e solo,<br />

resistência às pragas, doenças e poluição, bem como ausência <strong>de</strong> princípios tóxicos e/ou alérgicos.<br />

Esse Planejamento serve para que, no futuro, as árvores não venham a apresentar problemas e sofrer<br />

podas drásticas ou mesmo serem eliminadas.<br />

93


capítulo V<br />

PLANEJAMENTO<br />

Diretrizes gerais para implantação da arborização<br />

nas vias públicas do município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong><br />

1. PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO – PARÂMETROS PARA A IMPLANTAÇÃO ARBÓREA<br />

Para que um Planejamento <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong><br />

dê certo e atenda às expectativas da<br />

comunida<strong>de</strong> é preciso consi<strong>de</strong>rar algumas<br />

questões básicas como a legislação, estrutura<br />

da cida<strong>de</strong> (ruas, avenidas, praças), tipo <strong>de</strong><br />

árvores e espécies a serem plantadas e a<br />

cultura do povo.<br />

A estrutura urbana apresenta ruas e<br />

calçadas <strong>de</strong> diferentes tipos. Quando a rua for<br />

suficientemente larga po<strong>de</strong> receber um canteiro<br />

ver<strong>de</strong> central ou uma faixa com grama na<br />

calçada (abertura permeável), alguns autores<br />

caracterizam como calçada ecológica, o que é<br />

muito importante do ponto <strong>de</strong> vista da absorção<br />

<strong>de</strong> água e respiração do solo. Acredita-se que<br />

seja realmente um diferencial. Essa<br />

característica permite que haja maior absorção<br />

e penetração da água da chuva e por<br />

conseqüência maior recarga do lençol freático e<br />

respiração do solo.<br />

A implantação das calçadas ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong>verá<br />

ser incentivada. A faixa gramada <strong>de</strong>verá ser<br />

próxima ao meio-fio e/ou próximo ao muro <strong>de</strong><br />

divisa da calçada com a área do lote.<br />

Deverá ser <strong>de</strong>ixada uma faixa mínima <strong>de</strong><br />

1,20 metro para circulação <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres.<br />

Na faixa gramada próxima ao meio-fio será<br />

<strong>de</strong>stinada também para a implantação da<br />

arborização urbana.<br />

Em <strong>Goiânia</strong> e, também na maioria das<br />

cida<strong>de</strong>s brasileiras, as calçadas arborizadas<br />

possuem abertura permeável insuficiente ou<br />

ina<strong>de</strong>quada. Esse aspecto fechado <strong>de</strong> calçada<br />

ocasiona uma série <strong>de</strong> problemas nas árvores,<br />

rachaduras <strong>de</strong> calçadas, tais como perda <strong>de</strong><br />

vigor, aparecimento <strong>de</strong> cupins nas raízes e<br />

troncos, doenças <strong>de</strong>generativas e<br />

envelhecimento precoce.<br />

Figura 101. Exemplo <strong>de</strong> calçada<br />

ecológica. Nota-se a adaptação<br />

das raízes na calçada com a<br />

abertura permeável.<br />

94


1.1 Da implantação<br />

da arborização<br />

A Agência Municipal do Meio Ambiente –<br />

AMMA através da Gerência <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong><br />

Urbana – GEARB irá <strong>de</strong>senvolver alguns<br />

programas visando a implantação <strong>de</strong> uma<br />

arborização planejada para <strong>Goiânia</strong>, po<strong>de</strong>ndo ser<br />

citados:<br />

•Constituição <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> trabalho<br />

interdisciplinar permanente <strong>de</strong>dicado a planejar<br />

e a acompanhar a implantação da arborização<br />

em toda cida<strong>de</strong>. Este grupo terá técnicos das<br />

seguintes áreas: Engenharia Florestal,<br />

Engenharia Agronômica, Engenharia<br />

Ambiental, Biologia e Arquitetura;<br />

•Constituir um grupo <strong>de</strong> trabalho com<br />

representantes dos órgãos municipais para<br />

disciplinar o uso a<strong>de</strong>quado do passeio público,<br />

com vistas a implantação <strong>de</strong> uma arborização<br />

planejada para <strong>Goiânia</strong>. Este grupo terá a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discutir e propor ações<br />

concretas visando a implantação planejada da<br />

arborização urbana, como: Agência Municipal<br />

do Meio Ambiente – AMMA, Companhia <strong>de</strong><br />

Urbanização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> – COMURG, Secretaria<br />

Municipal <strong>de</strong> Planejamento – SEPLAM,<br />

Superintendência Municipal <strong>de</strong> Trânsito – SMT,<br />

Companhia Municipal <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong><br />

Dados do Município – COMDATA;<br />

•Constituir um grupo <strong>de</strong> trabalho com<br />

representantes dos órgãos municipais, instuições<br />

<strong>de</strong> ensino, entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classes e outros, visando<br />

discutir assuntos polêmicos relacionados com a<br />

arborização urbana, po<strong>de</strong>ndo ser citado as<br />

espécies que não são a<strong>de</strong>quadas à arborização<br />

urbana, mas que se encontram presentes nas<br />

vias públicas, como por exemplo, as frondosas<br />

gameleiras – Ficus elastica;<br />

•Implantar Projeto <strong>de</strong> Rearborização <strong>de</strong> ruas e<br />

avenidas do Setor Central, em conformida<strong>de</strong><br />

com o Programa <strong>de</strong> Revitalização do Setor<br />

Central <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>;<br />

•Compartilhar ações público-privadas para<br />

viabilizar a implantação e manutenção da<br />

arborização, através <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> parceria com<br />

a socieda<strong>de</strong>;<br />

Figura 102. Exemplo <strong>de</strong> calçada ver<strong>de</strong>. Rua C-117<br />

no Setor Jardim América.<br />

Figura 103. Exemplo <strong>de</strong> calçada com plantio em<br />

abertura permeável insuficiente. Nota-se o início<br />

<strong>de</strong> rachaduras na calçada.<br />

95


•Desenvolver programas sistemáticos <strong>de</strong><br />

capacitação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra para serviços <strong>de</strong><br />

arborização, através <strong>de</strong> cursos e palestras;<br />

•Desenvolver ações visando o cumprimento da<br />

legislação municipal com relação aos plantios <strong>de</strong><br />

árvores nos processos <strong>de</strong> liberação <strong>de</strong> alvarás <strong>de</strong><br />

reforma, modificação com ou sem acréscimo e<br />

Habite-se;<br />

•Desenvolver um Programa <strong>de</strong> Educação<br />

Ambiental, através <strong>de</strong> cartilhas, fol<strong>de</strong>rs, banners,<br />

visando conscientizar a população sobre os<br />

benefícios da arborização e a parceria para a<br />

implantação, manutenção e conservação da<br />

arborização urbana;<br />

•Informatizar todos os dados e documentos<br />

pertinentes à arborização urbana, com vistas a<br />

facilitar o encaminhamento <strong>de</strong> rotinas e a dar<br />

respostas mais rápidas à comunida<strong>de</strong>;<br />

•Desenvolver parcerias com as instituições <strong>de</strong><br />

ensino locais, visando fomentar pesquisas na<br />

área <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mudas e <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong><br />

espécies nativas do cerrado na arborização<br />

urbana;<br />

•Criar convênios com empresas públicas e<br />

privadas envolvidas diretamente com a<br />

arborização urbana, ONG’s, instituições <strong>de</strong> ensino<br />

e Ministério Público, visando a execução <strong>de</strong> ações<br />

concretas para a implantação, manutenção e<br />

conservação da arvorização urbana;<br />

•Desenvolver um Programa <strong>de</strong> Substituição<br />

Gradativa das árvores da espécie Monguba –<br />

Pachira aquatica, existente nas vias públicas <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>;<br />

•Orientar a população quanto aos procedimentos<br />

corretos para a solicitação <strong>de</strong> serviços<br />

relacionados com a arborização urbana, para a<br />

<strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> vandalismos com a arborização<br />

urbana através do Telefone Ver<strong>de</strong> 161;<br />

•Orientar a população quanto à execução <strong>de</strong><br />

serviços com a arborização urbana, esclarecendo<br />

que todas as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> podas e remoções <strong>de</strong><br />

árvores são <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> da <strong>Prefeitura</strong><br />

Municipal;<br />

•Orientar a população quanto à execução <strong>de</strong><br />

serviços com a arborização em áreas particulares,<br />

são efetuados por particulares, após prévia<br />

autorização da AMMA;<br />

•A AMMA po<strong>de</strong>rá exigir, para execução <strong>de</strong><br />

serviços em arborização urbana em áreas<br />

particulares, a contratação <strong>de</strong> responsável<br />

técnico em situações especiais, que possam<br />

colocar em risco a segurança as edificações e<br />

moradores vizinhos;<br />

•Desenvolver programas visando a substituição<br />

gradativa das atuais re<strong>de</strong>s aéreas <strong>de</strong> distribuição<br />

<strong>de</strong> energia elétrica para re<strong>de</strong>s que propiciem uma<br />

melhor convivência entre a re<strong>de</strong> com a<br />

arborização urbana, principalmente nos<br />

logradouros públicos mais movimentados e nos<br />

setores mais a<strong>de</strong>nsados populacionalmente;<br />

•Desenvolver Programa <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> Mudas<br />

para a arborização urbana, <strong>de</strong>vendo ser <strong>de</strong><br />

espécies a<strong>de</strong>quadas, com tamanho mínimo <strong>de</strong><br />

1,50 metro e manejo a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

mudas;<br />

•Dar continuida<strong>de</strong> ao Programa Plante a Vida,<br />

com maior ênfase à distribuição <strong>de</strong> mudas<br />

<strong>de</strong>stinadas à arborização urbana;<br />

•Promover cursos, palestras, congressos e<br />

simpósios sobre a arborização urbana <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>;<br />

•Criar o cargo <strong>de</strong> arborista para serviços <strong>de</strong><br />

execução direta no que se refere ao tratamento<br />

da <strong>Arborização</strong> Urbana;<br />

•Oportunizar aos técnicos o aprimoramento dos<br />

conhecimentos e a qualificação da execução <strong>de</strong><br />

serviços pertinentes ao tratamento da<br />

arborização urbana, investindo na participação<br />

dos mesmos em treinamentos, cursos e eventos<br />

sobre arborização urbana;<br />

•Exigir o cre<strong>de</strong>nciamento junto à Agência<br />

Municipal do Meio Ambiente – AMMA <strong>de</strong><br />

empresas que executam serviços <strong>de</strong> arborização;<br />

•Desenvolver procedimentos para os órgãos que<br />

lidam com a arborização, no que se refere aos<br />

formulários, a fim <strong>de</strong> facilitar os trâmites dos<br />

processos abertos por contribuintes com relação<br />

à arborização urbana;<br />

Incentivar a implantação da calçada ver<strong>de</strong>;<br />

Orientar a população com relação à indicação da<br />

espécie correta a ser plantada em cada logradouro<br />

público, nos plantios voluntários;<br />

Analisar a legislação municipal vigente com<br />

relação à arborização urbana e propor alterações<br />

nas legislações existentes e na criação <strong>de</strong> novas<br />

leis, visando subsidiar a adminsitração pública com<br />

este assunto.<br />

96


1.1.1 Programa <strong>de</strong><br />

Educação Ambiental<br />

Serão implantados programas <strong>de</strong> educação<br />

ambiental para <strong>de</strong>senvolver práticas <strong>de</strong> ações<br />

públicas esclarecedoras sobre a importância da<br />

arborização. O trabalho <strong>de</strong>verá ser feito<br />

especialmente através <strong>de</strong> enfoques específicos,<br />

capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar o interesse <strong>de</strong> diferentes<br />

segmentos da comunida<strong>de</strong> para participar <strong>de</strong><br />

plantios voluntários e/ou comunitários, e também<br />

<strong>de</strong> estimular a participação da comunida<strong>de</strong> no<br />

processo <strong>de</strong> manutenção das árvores existentes<br />

nas vias públicas. O Programa visa aten<strong>de</strong>r a todas<br />

as particularida<strong>de</strong>s inerentes ao PDAU, no que<br />

tange à educação ambiental. Serão <strong>de</strong>senvolvidos<br />

03 (três) sub-programas específicos, sendo:<br />

a) Sub-Programa <strong>de</strong><br />

Informação Coletiva<br />

Serve para divulgar o PDAU, seus objetivos e<br />

legislação correspon<strong>de</strong>nte para a socieda<strong>de</strong>. Para<br />

tanto, serão <strong>de</strong>senvolvidos projetos específicos <strong>de</strong><br />

comunicação para veiculação nos diferentes meios<br />

<strong>de</strong> comunicação. Inclui fol<strong>de</strong>rs, cartilhas e banners<br />

para distribuição à população goianiense e para<br />

divulgação em eventos, congressos, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

b) Sub-Programa <strong>de</strong><br />

Educação Formal<br />

Visa abordar a arborização urbana junto à re<strong>de</strong><br />

escolar (pública e privada), para formação <strong>de</strong><br />

consciência crítico-responsável quanto à<br />

arborização urbana e ao meio ambiente, bem como<br />

a participação ativa <strong>de</strong>ste componente da<br />

socieda<strong>de</strong> na implementação do PDAU. Inclui<br />

palestras ou apresentação <strong>de</strong> material audio-visual,<br />

além <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> material educativo.<br />

c) Sub-Programa <strong>de</strong> Educação<br />

Informal e Participação<br />

Comunitária<br />

Trata a questão da arborização urbana em um<br />

caráter mais amplo que o informativo. A meta é<br />

não apenas informar, mas também conscientizar a<br />

comunida<strong>de</strong>. Inclui projetos específicos que<br />

contemplem as características sócio-culturais e<br />

econômicas dos diferentes segmentos da<br />

socieda<strong>de</strong>, bem como as peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada<br />

setor <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Abrange o Programa Plante a<br />

Vida, que contempla os plantios voluntários<br />

<strong>de</strong>senvolvidos numa parceria entre o po<strong>de</strong>r<br />

público, que distribui as mudas <strong>de</strong> espécies nativas<br />

do cerrado, e a comunida<strong>de</strong>, que faz os plantios e<br />

cuida das mudas.<br />

1.1.2 Programa <strong>de</strong> substituição<br />

gradativa das mongubas<br />

Estudos realizados pela AMMA apontam que<br />

cerca <strong>de</strong> 19% das árvores existentes nas vias<br />

públicas são da espécie Monguba – Pachira<br />

aquatica. Essa espécie é oriunda <strong>de</strong> áreas úmidas<br />

da Região Amazônica, mas foi trazida para<br />

<strong>Goiânia</strong>, on<strong>de</strong> o clima é adverso à sua situação<br />

natural. A Monguba foi plantada nas vias públicas,<br />

on<strong>de</strong> as condições são estressantes ao seu<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, apresentando fatores como: solos<br />

pobres, compactados e em geral composto por<br />

entulhos e/ou restos <strong>de</strong> construção, alto índice <strong>de</strong><br />

impermeabilização, concreto e asfalto, poluição<br />

atmosférica, gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> podas – já que<br />

a espécie foi plantada em vários logradouros<br />

<strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> fiação aérea <strong>de</strong> energia elétrica.<br />

Verificou-se também a gran<strong>de</strong> incidência do<br />

coleóptero Serra-pau – Euchroma gigantea, que<br />

ataca o sistema radicular e o tronco da Monguba,<br />

causando podridões e a conseqüente queda natural<br />

da árvore. No período chuvoso, em torno <strong>de</strong> 95%<br />

das árvores que caem naturalmente em <strong>Goiânia</strong><br />

são <strong>de</strong>ssa espécie, o que causa sérios transtornos à<br />

população, como falta <strong>de</strong> energia elétrica,<br />

transtornos no trânsito, danos em veículos, muros,<br />

calçadas e edificações, etc. Para diminuir esses<br />

problemas, será implementado um programa para<br />

a substiuição <strong>de</strong> todas as Mongubas existentes nas<br />

vias públicas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Entretanto, esse processo<br />

<strong>de</strong>verá ser gradativo, a fim <strong>de</strong> evitar um gran<strong>de</strong><br />

impacto visual e ambiental negativo. No ato da<br />

substituição das Mongubas serão plantadas mudas<br />

<strong>de</strong> espécies a<strong>de</strong>quadas a cada logradouro público.<br />

97


1.1.3 Programa<br />

Anual <strong>de</strong> Plantios<br />

<strong>Goiânia</strong> é a capital <strong>de</strong> Estado com a maior<br />

extensão <strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s por habitantes e o<br />

maior número <strong>de</strong> árvores em vias públicas do<br />

País, em proporção ao número <strong>de</strong> habitantes.<br />

Essa condição foi comprovada por estudos<br />

realizados pelos técnicos da Agência Municipal<br />

do Meio Ambiente – AMMA, com base em<br />

metodologia amplamente utilizada e com o<br />

apoio <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnas técnicas <strong>de</strong><br />

georreferenciamento.<br />

Para a manutenção <strong>de</strong>ste índice e da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população goianiense,<br />

será apresentado anualmente um programa <strong>de</strong><br />

plantios que <strong>de</strong>verá ser executado no próximo<br />

período chuvoso. Para tanto, será constituído<br />

um grupo <strong>de</strong> trabalho interdisciplinar com<br />

técnicos da AMMA e da COMURG, visando<br />

planejar e a acompanhar a implantação da<br />

arborização em toda cida<strong>de</strong>. Este grupo contará<br />

com técnicos das seguintes áreas: Engenharia<br />

Florestal, Engenharia Agronômica, Engenharia<br />

Ambiental, Biologia e Arquitetura. A equipe<br />

terá a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir os<br />

logradouros a serem arborizados, o quantitativo<br />

<strong>de</strong> plantios a serem executados anualmente, os<br />

locais <strong>de</strong> plantios e a especificação das espécies<br />

a serem utilizadas.<br />

Esses novos plantios serão realizados <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> uma nova concepção, <strong>de</strong> se fazer uma<br />

arborização planejada, colocando espécies<br />

a<strong>de</strong>quadas a cada local, verificando a largura<br />

<strong>de</strong> rua e calçada, a existência <strong>de</strong> fiação aérea<br />

<strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia elétrica, <strong>de</strong> telefonia<br />

e multi-serviços, re<strong>de</strong> subterrânea <strong>de</strong> água e<br />

esgoto, e a existência <strong>de</strong> outros equipamentos<br />

públicos, como semáforos, iluminação pública,<br />

postes, pontos <strong>de</strong> ônibus, totem, entrada <strong>de</strong><br />

garagem, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

Na <strong>de</strong>finição dos novos plantios, <strong>de</strong>verão ser<br />

seguidas as seguintes diretrizes:<br />

•Os plantios <strong>de</strong>verão ser realizados no período<br />

chuvoso;<br />

•Efetuar os plantios apenas em ruas com<br />

passeio público <strong>de</strong>finido;<br />

•Proibir o plantio a menos <strong>de</strong> 2 metros <strong>de</strong> bocas<br />

<strong>de</strong> lobo e caixas <strong>de</strong> inspeção;<br />

•Evitar o plantio a menos <strong>de</strong> 2 metros <strong>de</strong><br />

acessos <strong>de</strong> veículos;<br />

•Evitar o plantio a menos <strong>de</strong> 4 e 6 metros <strong>de</strong><br />

postes e transformadores, quando se tratar <strong>de</strong><br />

espécies <strong>de</strong> pequeno e médio portes,<br />

respectivamente;<br />

•Proibir o plantio a menos <strong>de</strong> 5 metros <strong>de</strong><br />

esquinas;<br />

•Plantar as mudas no mínimo a 0,60 metro do<br />

meio-fio;<br />

•Utilizar o espaçamento entre árvores variando<br />

<strong>de</strong> 7 a 14 metros, conforme as caraceterísticas<br />

<strong>de</strong> porte da espécie. Outros fatores <strong>de</strong>vem ser<br />

consi<strong>de</strong>rados, como a posição da re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

distibuição, a existência <strong>de</strong> equipamentos<br />

públicos (semáforos, placas <strong>de</strong> sinalização,<br />

pontos <strong>de</strong> ônibus, <strong>de</strong>ntre outros). Nessas<br />

circunstâncias, po<strong>de</strong>rá ocorrer variação do<br />

espaçamento entre árvores, entretanto, sem<br />

prejuízo do espaçamento médio estabelecido<br />

por espécie;<br />

•Prever covas com dimensões <strong>de</strong> 0,60m X<br />

0,60m X 0,60m (respectivamente:<br />

comprimento, largura e profunida<strong>de</strong>).<br />

Reaproveitar o material retirado da cova,<br />

sempre que o mesmo for <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>,<br />

adicionando composto orgânico e adubação<br />

química. Essas dimensões po<strong>de</strong>rão ser<br />

aumentadas quanto piores forem as condições<br />

físicas e químicas do solo. Para o enchimento<br />

das covas torna-se necessário acrescentar em<br />

cada cova 10 litros <strong>de</strong> esterco bovino curtido<br />

(adubação orgânica), 200g <strong>de</strong> NPK 6-30-6 ou 4-<br />

14-8 e mais 300g <strong>de</strong> calcário dolomítico.<br />

•A posição da muda na cova <strong>de</strong>ve ser tal que<br />

permaneça na mesma profundida<strong>de</strong> que<br />

estava no viveiro. Assim, no preenchimento<br />

da cova <strong>de</strong>ve-se levar em consi<strong>de</strong>ração que o<br />

colo da muda permaneça ao nível do solo, e<br />

que as bordas fiquem mais elevadas formando<br />

uma bacia para a captação da água;<br />

•Tutorar as mudas plantadas, evitando<br />

danificar o torrão;<br />

•Utilizar amarrilhos que não provoquem<br />

injúrias ao caule e ramos da muda;<br />

98


•Utilizar gradis <strong>de</strong> proteção das mudas nos<br />

logradouros públicos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circulação <strong>de</strong><br />

veículos e pe<strong>de</strong>stres, pois trata-se <strong>de</strong> um<br />

equipamento <strong>de</strong> proteção temporário, que<br />

visa proteger a muda contra o vandalismo;<br />

•Irrigar as mudas a cada 02 (dois) dias até o<br />

completo pegamento da muda, que em média<br />

leva 01 (um) mês. Essa irrigação <strong>de</strong>verá ser<br />

realizada caso o plantio seja realizado no<br />

período seco ou caso ocorra um veranico no<br />

período chuvoso;<br />

•Realizar um monitoramento visando substituir<br />

as mudas que não sobreviverem, seja por<br />

vandalismo ou por outros motivos;<br />

•Desenvolver tecnologias para a retirada <strong>de</strong><br />

tocos, visando o plantio <strong>de</strong> novas mudas<br />

nestes locais;<br />

•Na indicação das espécies a serem utilizadas<br />

<strong>de</strong>verão ser observadas as larguras das<br />

calçadas e o tipo <strong>de</strong> fiação aérea <strong>de</strong><br />

distribuição <strong>de</strong> energia elétrica, como a<br />

seguir:<br />

Nos setores on<strong>de</strong> não foi feito o<br />

planejamento paisagístico <strong>de</strong>verá ser realizado<br />

um inventário pré-plantio, <strong>de</strong> modo a <strong>de</strong>finir<br />

quais as espécies serão utilizadas, quais ruas<br />

po<strong>de</strong>rão ser arborizadas em ambos os lados, em<br />

um lado apenas ou que não <strong>de</strong>verão ser<br />

aborizadas, e qual o número <strong>de</strong> mudas a serem<br />

plantadas. A especificação das espécies a serem<br />

utilizadas será em função das características<br />

físicas <strong>de</strong> cada setor, como largura das vias<br />

públicas e das calçadas, a existência ou não <strong>de</strong><br />

fiação aérea <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia elétrica,<br />

e a existência e localização <strong>de</strong> equipamentos<br />

públicos. Esse inventário será realizado por<br />

técnicos e estagiários da Gerência <strong>de</strong><br />

<strong>Arborização</strong> Urbana – GEARB da Agência<br />

Municipal do Meio Ambiente – AMMA.<br />

No inventário pré-plantio será preenchido<br />

uma ficha <strong>de</strong> campo, especialmente elaborada<br />

para este fim, contendo as seguintes<br />

informações: nome do setor, nome da via<br />

pública, largura da calçada, existência e tipo <strong>de</strong><br />

fiação aérea <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia elétrica,<br />

presença <strong>de</strong> outros equipamentos públicos,<br />

espaçamento entre as árvores existentes,<br />

espaços para novos plantios, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

remoção <strong>de</strong> árvores e <strong>de</strong> tocos, e outras<br />

informações que os técnicos no momento da<br />

vistoria julgar necessário para a indicação da<br />

espécie correta a ser utilizada.<br />

Tanto as árvores existentes como os futuros<br />

plantios <strong>de</strong>verão ser plotados em um mapa do<br />

setor, fornecido pela Companhia <strong>de</strong><br />

Processamento <strong>de</strong> Dados do Município <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> – COMDATA. Dessa maneira, po<strong>de</strong>-se<br />

ter uma idéia da distribuição <strong>de</strong> plantios das<br />

diferentes espécies, como também a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> plantio. Essas informações e as <strong>de</strong>mais<br />

referentes à arborização <strong>de</strong> outros setores serão<br />

armazenadas em um banco <strong>de</strong> dados, <strong>de</strong> modo<br />

a facilitar o monitoramento dos plantios.<br />

Algumas características biológicas <strong>de</strong> cada<br />

espécie <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas no<br />

planejamento paisagístico <strong>de</strong> cada setor. Dentre<br />

essas, a mais relevante é o porte das árvores,<br />

que necessariamente <strong>de</strong>verá estar em sintonia<br />

com o espaço físico disponível. Para espécies <strong>de</strong><br />

menor porte recomenda-se o plantio em ruas<br />

estreitas e sob a fiação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia<br />

elétrica. As espécies <strong>de</strong> portes mediano e<br />

gran<strong>de</strong> são indicadas para as ruas e calçadas<br />

largas ou avenidas que tenham um canteiro<br />

central. Dessa forma, evita-se o contato da<br />

árvore com a fiação e conseqüentemente a<br />

interrupção no fornecimento <strong>de</strong> energia.<br />

Com relação à largura das ruas e calçadas,<br />

<strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar alguns pontos importantes.<br />

A rua estreita é aquela que tem até 8 metros <strong>de</strong><br />

largura.<br />

As árvores <strong>de</strong> pequeno porte são aquelas<br />

cuja altura permite o plantio sob a re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

energia elétrica. Deve ser observada a altura<br />

livre <strong>de</strong> ramos para a passagem <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres.<br />

Na fase adulta ela po<strong>de</strong> atingir <strong>de</strong> 4 a 6 metros<br />

<strong>de</strong> altura total, sendo que sua copa fica em<br />

torno <strong>de</strong> 2,5 metros aproximadamente. Esse<br />

tipo <strong>de</strong> árvore é apropriado para plantio em<br />

calçadas estreitas (


São apropriadas para calçadas largas (>2,0m), com presença <strong>de</strong> recuo predial e ausência <strong>de</strong> fiação<br />

elétrica.<br />

As árvores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte são aquelas que, na fase adulta, ultrapassam 8 metros <strong>de</strong> altura e o<br />

raio da copa é superior a 5 metros. Essas espécies, <strong>de</strong>vido ao porte e ao sistema radicular, são<br />

recomendadas para plantio em locais como praças, parques, calçadas largas e avenidas.<br />

Tabela 21. Parâmetros referênciais para a implantação<br />

da arborização urbana em calçadas e canteiros centrais<br />

ARBORIZAÇÃO DE CALÇADAS<br />

LARGURA (m)<br />

RECUO / JARDIM OU<br />

ESTACIONAMENTO<br />

REDE AÉREA<br />

PORTE ARBÓREO INDICADO<br />

Inferior a 1,00 - - Não arborizar<br />

1,00 a 3,00 Sim Sim pequeno<br />

1,00 a 3,00 Sim Não Pequeno e médio<br />

1,00 a 3,00 Não Sim pequeno<br />

1,00 a 3,00 Não Não Pequeno e médio<br />

3,00 a 5,00 Sim Sim Pequeno e médio<br />

3,00 a 5,00 Sim Não Médio e gran<strong>de</strong><br />

3,00 a 5,00 Não Sim Pequeno e médio<br />

3,00 a 5,00 Não Não Médio e gran<strong>de</strong><br />

A partir <strong>de</strong> 5,00 Sim Sim Pequeno e médio<br />

A partir <strong>de</strong> 5,00 Sim Não Médio e gran<strong>de</strong><br />

A partir <strong>de</strong> 5,00 Não Sim Pequeno e médio<br />

A partir <strong>de</strong> 5,00 Não Não Médio e gran<strong>de</strong><br />

Inferior a 1,00 Sim Pequeno Pivotante<br />

Inferior a 1,00 Não Pequeno e médio Pivotante / fasciculado<br />

1,00 a 2,00 Sim Pequeno Pivotante<br />

1,00 a 2,00 Não Pequeno e médio Pivotante / fasciculado<br />

2,00 a 3,00 Sim Pequeno pivotante<br />

2,00 a 3,00 Não Pequeno e médio Pivotante / fasciculado<br />

3,00 a 4,00 Sim Pequeno pivotante<br />

3,00 a 4,00 Não Médio e gran<strong>de</strong> Pivotante / fasciculado<br />

A partir <strong>de</strong> 4,00 Sim Pequeno pivotante<br />

A partir <strong>de</strong> 4,00 Não Médio e gran<strong>de</strong> Pivotante / fasciculado<br />

100


O Programa Anual <strong>de</strong> Plantios <strong>de</strong>verá<br />

diversificar o quantitativo <strong>de</strong> espécies a serem<br />

utilizadas, não <strong>de</strong>vendo ser superior a 30 (trinta)<br />

espécies diferentes, como também o plantio<br />

máximo <strong>de</strong> 15% <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada espécie<br />

em relação ao número total <strong>de</strong> plantios a serem<br />

executados anualmente, a fim <strong>de</strong> obter uma<br />

maior diversida<strong>de</strong> possível, po<strong>de</strong>ndo atrair<br />

espécies da fauna. Além disso, é importante a<br />

utilização <strong>de</strong> espécies nativas do cerrado, por<br />

serem adaptadas ao clima e solo <strong>de</strong> nossa<br />

região. A Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong><br />

Urbana – SBAU recomenda limitar em 15% a<br />

participação <strong>de</strong> cada espécie nos plantios <strong>de</strong><br />

árvores nas vias públicas.<br />

A fixação do número máximo <strong>de</strong> 30 (trinta)<br />

espécies diferentes a serem utilizadas<br />

anualmente, visa uma homogeneização dos<br />

plantios dos tratos culturais necessários,<br />

facilitando as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mudas,<br />

plantio e manutenção.<br />

Nesse contexto, é essencial dinamizar o<br />

estudo <strong>de</strong> novas espécies, tendo em vista o<br />

potencial inexplorado das espécies nativas do<br />

cerrado com potencial para serem utilizadas na<br />

arborização urbana. É preciso estabelecer<br />

parcerias com instituições <strong>de</strong> ensino, visando<br />

pesquisar espécies arbóreas que têm portencial<br />

para serem plantadas nas vias públicas <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o fator paisgístico/estético<br />

como um dos objetivos da arborização <strong>de</strong> vias<br />

públicas, <strong>de</strong>ve-se atentar para a utilização <strong>de</strong><br />

espécies que floresçam em diferentes épocas do<br />

ano, contribuindo para a constante<br />

manutenção <strong>de</strong> uma paisagem agradável.<br />

As árvores plantadas em vias públicas ou<br />

bosques <strong>de</strong>vem ser substituídas quando<br />

estiverem ina<strong>de</strong>quadas ao local, <strong>de</strong>formadas<br />

e/ou enfraquecidas por doenças, ataques <strong>de</strong><br />

pragas, podas sucessivas e aci<strong>de</strong>ntes.<br />

A renovação <strong>de</strong> plantio <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar as<br />

normas <strong>de</strong> arborização urbana, a solução dos<br />

problemas que possam ter ocorrido na<br />

arborização anterior e as espécies<br />

tradicionalmente utilizadas na região. Os<br />

plantios <strong>de</strong>vem ser feitos preferencialmente nos<br />

períodos <strong>de</strong> chuvas, que coinci<strong>de</strong>m com o fim<br />

da primavera e início do verão.<br />

Os plantios promovidos pela prefeitura, por<br />

contribuintes que solicitam informações a cerca<br />

<strong>de</strong> plantio <strong>de</strong> árvores e também as<br />

substituições <strong>de</strong> árvores doentes são realizados<br />

geralmente seguindo as recomendações<br />

técnicas <strong>de</strong> plantio mencionadas a seguir.<br />

1.1.3.1- Característica da(s) muda(s)<br />

a ser(em) plantada(s):<br />

•Ter boa formação e estar rustificada;<br />

•Porte <strong>de</strong>, no mínimo 1,5 m <strong>de</strong> altura <strong>de</strong> fuste,<br />

sem bifurcações;<br />

•Ser isenta <strong>de</strong> pragas e doenças;<br />

•Ter tronco reto e bem formado;<br />

•A copa <strong>de</strong>verá ser formada <strong>de</strong>, pelo menos,<br />

três ramos;<br />

•Ter sistema radicular bem formado e<br />

consolidado na embalagem <strong>de</strong> entrega,<br />

rejeitando-se aqueles cujos sistemas<br />

radiculares tenham sofrido quaisquer danos;<br />

1.1.3.2- Preparo do Solo:<br />

•O solo <strong>de</strong> preenchimento da cova <strong>de</strong>ve estar<br />

livre <strong>de</strong> pedras, entulho e lixo. O solo<br />

ina<strong>de</strong>quado ou seja, compactado ou com<br />

entulho e pedra, <strong>de</strong>ve ser substituído por<br />

outro com constituição, porosida<strong>de</strong>, estrutura<br />

e permeabilida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quados ao bom<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da espécie plantada.<br />

Observar também que:<br />

•Todo entulho <strong>de</strong>corrente da quebra do passeio<br />

para abertura da cova <strong>de</strong>ve ser recolhido no<br />

mesmo dia;<br />

•Para complementação da adubação na cova,<br />

consi<strong>de</strong>rando a aci<strong>de</strong>z e <strong>de</strong>ficiência mineral<br />

dos solos locais e a freqüente mistura com<br />

materiais <strong>de</strong> construção, torna necessário<br />

acrescentar em cada cova 10 litros <strong>de</strong> esterco<br />

bovino curtido (adubação orgânica), 200g <strong>de</strong><br />

NPK 6–30–6, 300g <strong>de</strong> calcário dolomítico.<br />

101


1.1.3.3- Tamanho da Cova:<br />

•A cova <strong>de</strong>verá ter as dimensões mínimas <strong>de</strong> 60<br />

centímetros <strong>de</strong> largura, 60 centímetros <strong>de</strong><br />

comprimento por 60 centímetros <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong>;<br />

•A muda <strong>de</strong>verá ser plantada no centro <strong>de</strong>sta<br />

cova e para que a não fique soterrada, parte<br />

da cova <strong>de</strong>verá ser preenchida com terra +<br />

adubo + esterco;<br />

•Ao redor da muda <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>ixada uma<br />

área permeável <strong>de</strong> 60 X 60 centímetros.<br />

1.1.3.4- Plantio propriamente dito:<br />

•A muda <strong>de</strong>ve ser retirada da embalagem com<br />

cuidado e apenas no momento do plantio, a<br />

fim <strong>de</strong> evitar o estresse e evapotranspiração;<br />

•O colo da muda <strong>de</strong>ve ficar ao nível da<br />

superfície do solo;<br />

•O solo ao redor da muda <strong>de</strong>ve ser preparado <strong>de</strong><br />

forma a criar condições para a captação e<br />

infiltração <strong>de</strong> água;<br />

•As mudas <strong>de</strong>vem ser irrigadas até sua<br />

completa consolidação e estruturação, ou seja,<br />

completo estabelecimento;<br />

•O protetor <strong>de</strong>ve ser fixado ao solo (no mínimo a<br />

70 cm <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>) <strong>de</strong> modo a impedir o<br />

seu tombamento ou arrancamento;<br />

1.1.3.5- Proteção da(s) muda(s):<br />

Tutor (protetor):<br />

•O tutoramento é a operação <strong>de</strong> sustentação<br />

firme da muda, na posição vertical;<br />

•O tutor <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira tendo as<br />

dimensões <strong>de</strong> 2x2x220 cm. Deve ser enterrado<br />

no mínimo a 70 cm <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da<br />

cova;<br />

•A muda <strong>de</strong>ve ser presa ao tutor através <strong>de</strong><br />

amarrilhos.<br />

Figura 104. Exemplo <strong>de</strong> tutor a ser utilizado.<br />

O amarrilho <strong>de</strong>ve ter a forma <strong>de</strong> oito <strong>de</strong>itado.<br />

Deve-se usar borracha, sisal ou outro material<br />

que não fira o tronco;<br />

Não <strong>de</strong>ve ser utilizado arame para amarrar a<br />

muda ao tutor.<br />

102


Gradis (protetor)<br />

O gradil é protetor da muda, seu emprego previne possíveis danos que possam impedir o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da futura árvore. Suas dimensões são <strong>de</strong> 60 cm <strong>de</strong> largura e 130 cm <strong>de</strong> altura acima<br />

do solo.<br />

A fim <strong>de</strong> propiciar maior proteção à muda, <strong>de</strong>verão ser colocadas 4 ripas paralelas<br />

horizontalmente, distanciadas uma da outra em torno <strong>de</strong> 30 cm.<br />

Figura 105. Exemplo <strong>de</strong> gradil <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira - muito<br />

utilizado.<br />

Figura 106. Exemplo <strong>de</strong> gradil <strong>de</strong> ferro.<br />

103


1.1.3.6- Manutenção das mudas plantadas:<br />

Após o plantio, a muda <strong>de</strong>ve ser irrigada<br />

abundantemente. Se não chover até 05 dias<br />

após o plantio, <strong>de</strong>ve-se irrigar a cova com 20<br />

litros <strong>de</strong> água, repetindo este tratamento <strong>de</strong> 02<br />

em 02 dias até o pegamento da muda;<br />

Se <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> plantada a muda estiver fraca,<br />

<strong>de</strong>verá ser feita adubação <strong>de</strong> cobertura,<br />

colocando 100g <strong>de</strong> NPK 10–10–10 por cova;<br />

O replantio ou substituição da muda morta é<br />

necessário para manter o efeito estético e<br />

paisagístico. Replantar muda da mesma espécie<br />

indicada para o local. O replantio <strong>de</strong>verá ser, no<br />

máximo, 30 dias após o plantio;<br />

Substituição ou recolocação <strong>de</strong> gradil e tutor na<br />

posição correta, a fim <strong>de</strong> restabelecer as condições<br />

<strong>de</strong>sejáveis ao <strong>de</strong>senvolvimento da planta.<br />

1.1.4- Metas<br />

Preten<strong>de</strong>-se, num prazo <strong>de</strong> 10 a 20 anos, que<br />

<strong>Goiânia</strong> tenha uma arborização planejada para<br />

cada setor da cida<strong>de</strong>, com espécies a<strong>de</strong>quadas<br />

para cada logradouro público, fazendo da<br />

capital uma das cida<strong>de</strong>s brasileiras mais bem<br />

arborizadas do país. Para tanto, se faz<br />

necessário o envolvimento <strong>de</strong> toda a socieda<strong>de</strong>,<br />

incluindo as entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classes, as ONG’s, os<br />

órgãos municipais, as empresas com ativida<strong>de</strong>s<br />

relacionadas com a arborização urbana, as<br />

universida<strong>de</strong>s, o Ministério Público, as<br />

associações <strong>de</strong> moradores, <strong>de</strong>ntre outras, na<br />

discussão dos problemas existentes e na busca<br />

<strong>de</strong> soluções para que os objetivos e metas<br />

<strong>de</strong>lineadas sejam alcançadas;<br />

Continuação do cadastramento e<br />

mapeamento <strong>de</strong> todos os setores <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verificar a situação real <strong>de</strong><br />

todas as árvores e, consequentemente, propor<br />

ativida<strong>de</strong>s na arborização urbana, com o<br />

objetivo <strong>de</strong> minimizar possíveis efeitos<br />

negativos, como: queda <strong>de</strong> árvores e galhos,<br />

<strong>de</strong>sligamentos nos fornecimentos <strong>de</strong> energia<br />

elétrica e outros serviços;<br />

Estudo <strong>de</strong> espécies nativas do cerrado com<br />

potencialida<strong>de</strong> para serem usadas na<br />

arborização urbana;<br />

Verificação das espécies exóticas que estão<br />

sendo utilizadas atualmente e que se<br />

adaptaram a nossa situação, po<strong>de</strong>ndo ser<br />

utilizadas na arborização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>;<br />

Verificação das espécies exóticas e nativas<br />

que estão sendo utilizadas na arborização<br />

urbana atualmente e que não se adaptaram a<br />

situação estressante, propondo medidas que<br />

evitem a continuação da utilização <strong>de</strong>stas;<br />

1.1.5 Sub-programa <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> mudas<br />

nativas e exóticas<br />

A prefeitura <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> possui 05 (cinco)<br />

viveiros municipais. Desse total, 04 (quatro) são<br />

administrados pela Companhia <strong>de</strong> Urbanização<br />

Urbana – COMURG, através Diretoria <strong>de</strong> Parques<br />

e Jardins, on<strong>de</strong> são produzidas mudas <strong>de</strong> espécies<br />

exóticas, nativas e ornamentais <strong>de</strong>stinadas para<br />

plantios em calçadas, canteiros centrais e praças,<br />

e também para atendimento à população. O outro<br />

viveiro é administrado pela AMMA, que <strong>de</strong>stina a<br />

maior parte <strong>de</strong> sua produção para plantio em<br />

Parques, Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação, fundos <strong>de</strong><br />

vale, matas ciliares, recuperação <strong>de</strong> áreas<br />

<strong>de</strong>gradadas e doações à população feitas por meio<br />

do Programa Plante a Vida.<br />

A maior parte da produção <strong>de</strong> mudas do<br />

vivero da AMMA é <strong>de</strong> espécies nativas. Em<br />

junho <strong>de</strong> 2007 foram produzidas cerca <strong>de</strong> 120<br />

(cento e vinte) mil espécies nativas do cerrado,<br />

com uma média <strong>de</strong> 10 mil mudas por mês. As<br />

espécies cultivadas variam <strong>de</strong> pequeno a<br />

gran<strong>de</strong> porte e são distribuídas gratuitamente<br />

para a população através do Programa Plante a<br />

Vida, sendo plantadas em calçadas, quintais,<br />

chácaras, fazendas e até mesmo em outros<br />

municípios. O Programa Plante a Vida,<br />

distribuiu em 2007, cerca <strong>de</strong> 300 mil mudas <strong>de</strong><br />

espécies nativas do cerrado. Desse total, 150<br />

mil foram produzidas no Viveiro <strong>de</strong> Plantas<br />

Nativas da AMMA e o restante resultou <strong>de</strong><br />

Termos <strong>de</strong> Ajustamento <strong>de</strong> Conduta e parcerias<br />

com empresas e instituições da área ambiental.<br />

Des<strong>de</strong> quando foi criado, em junho <strong>de</strong> 2005, até<br />

agora, o Plante a Vida já forneceu cerca <strong>de</strong> 700<br />

mil mudas para a população <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

104


Figura 107. Viveiro <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mudas nativas<br />

da AMMA.<br />

Figura 108. Viveiro <strong>de</strong> mudas nativas da AMMA,<br />

ao fundo a área <strong>de</strong> expansão.<br />

Figura 109. Viveiro <strong>de</strong> mudas nativas da AMMA,<br />

ao fundo a área <strong>de</strong> expansão sendo utilizada para<br />

aumento <strong>de</strong> produção.<br />

Hoje o viveiro aumentou sua produção,<br />

graças ao convênio 002/2008 firmado em 15 <strong>de</strong><br />

janeiro <strong>de</strong> 2008, entre a AMMA e Escola <strong>de</strong><br />

Agronomia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás<br />

(UFG). Com a parceria, o número <strong>de</strong> mudas<br />

produzidas pelo Viveiro saltará <strong>de</strong> 150 mil para<br />

400 mil por ano. O acordo prevê a cooperação<br />

técnica entre as duas instituições, para que<br />

ambas produzam mudas em conjunto e troquem<br />

informações sobre o cultivo e o plantio dos<br />

exemplares. Uma das providências que a AMMA<br />

tomará em breve, já com o objetivo <strong>de</strong> preparar<br />

o Viveiro para o aumento <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mais<br />

exemplares, é substituir os sacos nos quais as<br />

mudas são plantadas por tubetes, que ocupam<br />

menos espaço.<br />

As sementes utilizadas para a produção são<br />

coletadas em toda a gran<strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. As matrizes<br />

são as árvores da própria arborização urbana,<br />

compreen<strong>de</strong>ndo calçadas e até quintais, além<br />

dos parques, unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação e praças.<br />

Quando necessário, a coleta <strong>de</strong> sementes é<br />

estendida aos municípios vizinhos, a fim<br />

aumentar a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies. Além <strong>de</strong><br />

sementes, são coletadas as próprias mudas, no<br />

caso <strong>de</strong> uma matriz arbórea produzir mudas<br />

próximas a esta ou pela germinação das<br />

sementes. Um exemplo é a palmeira buriti –<br />

Maurutia flexuosa, on<strong>de</strong> todos os anos são<br />

coletadas algumas mudas em áreas alagadas e<br />

brejosas e levadas para a estufa, on<strong>de</strong> são<br />

plantadas em embalagens plásticas do tipo<br />

sacolão e irrigadas 02 vezes ao dia. Após atingir<br />

um porte mais elevado, ela é transferida para<br />

um recipiente maior, on<strong>de</strong> permanece por cerca<br />

<strong>de</strong> 2 anos para que, posteriormente, seja<br />

plantada em áreas <strong>de</strong>ficitárias <strong>de</strong>sta espécie.<br />

De junho <strong>de</strong> 2007 até o início <strong>de</strong> 2008 o<br />

viveiro vem produzindo mais <strong>de</strong> 80 espécies <strong>de</strong><br />

mudas, como ipês (amarelos, brancos, roxos e<br />

rosas), cajá-manga, caju, cajazinho, guapeva,<br />

mutamba, nó-<strong>de</strong>-porco, jenipapo, pau-formiga,<br />

angico, buriti, sangra-d’água e embaúba. As<br />

mudas ficam na estufa por, aproximadamente,<br />

40 dias, e <strong>de</strong>pois são cultivadas nos canteiros até<br />

atingirem as condições i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> plantio.<br />

105


Devido à ação do viveiro, os custos das obras<br />

<strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> parques municipais vêm<br />

diminuindo. Antes era necessário comprar<br />

mudas, fato que aumentava consi<strong>de</strong>ravelmente<br />

os gastos. Hoje, todos os exemplares utilizados<br />

na rearborização <strong>de</strong> parques foram cultivados no<br />

viveiro.<br />

A mais recente ativida<strong>de</strong> do viveiro é a<br />

clonagem <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40 mudas da moreira<br />

localizada na Rua 24, no Centro (local on<strong>de</strong> o<br />

fundador Pedro Ludovico em 1933 fez seus<br />

primeiros <strong>de</strong>spachos na cida<strong>de</strong>). Esse exemplar<br />

foi tombado pela <strong>Prefeitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> em<br />

janeiro <strong>de</strong> 2008 como Patrimônio Histórico da<br />

cida<strong>de</strong>. As mudas têm três meses <strong>de</strong> vida e<br />

<strong>de</strong>vem garantir que <strong>Goiânia</strong> tenha outros<br />

exemplares plantados em áreas públicas no<br />

futuro.<br />

2. AÇÕES PARA A<br />

CONSERVAÇÃO DA<br />

ARBORIZAÇÃO URBANA<br />

A seguir, serão <strong>de</strong>scritas algumas ações a<br />

serem implementadas visando a preservação e<br />

manutenção das árvores existentes nas vias<br />

públicas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>:<br />

•Priorizar o atendimento preventivo à<br />

arborização <strong>de</strong> calçadas e canteiros centrais;<br />

•Manter as árvores da arborização urbana com<br />

a copa o mais íntegra possível, recebendo poda<br />

apenas mediante indicação técnica e com o<br />

<strong>de</strong>vido acompanhamento técnico;<br />

•Controlar infestação <strong>de</strong> ervas-<strong>de</strong>-passarinho,<br />

cupins, lagartas e outras pragas,<br />

prioritariamente em árvores com infestação<br />

inicial e em vegetais mais expressivos;<br />

•Definir a remoção <strong>de</strong> árvores a partir dos<br />

seguintes critérios: estado fitossanitário<br />

precário sem possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperação;<br />

risco <strong>de</strong> queda; total incompabilida<strong>de</strong> da<br />

espécie com o espaço disponível;<br />

•Eliminar, a critério técnico, mudas que tenham<br />

nascido espontaneamente no passeio público<br />

ou que tenham sido in<strong>de</strong>vidamente plantadas,<br />

se comprovado que se tratam <strong>de</strong> espécies não<br />

<strong>de</strong>sejáveis para a via pública;<br />

•No caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> algum<br />

exemplar da arborização urbana, <strong>de</strong>verá ser<br />

plantada uma nova muda no local <strong>de</strong>sta, num<br />

prazo máximo <strong>de</strong> 15 (quinze) dias após a<br />

remoção da árvore doente. Nos processos<br />

abertos por contribuintes, o requerente <strong>de</strong>verá<br />

assinar um Termo <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, comprometendo-se pelo plantio e<br />

manutenção da nova muda que será plantada;<br />

•Transplantar espécimes arbóreos <strong>de</strong> calçadas<br />

para parques e praças sempre que, a critério<br />

técnico, for julgado conveniente ou viável;<br />

•Evitar a poda <strong>de</strong> raízes, executando-as apenas<br />

em casos especiais, sempre na presença e<br />

orientação <strong>de</strong> um técnico habilitado;<br />

•Utilizar fungicidas, selantes e<br />

impermeabilizantes em áreas do tronco e<br />

ramos da copa que receberem tratamento por<br />

apresentarem necroses, a critério técnico;<br />

•Instruir os proprietários <strong>de</strong> imóveis em que os<br />

passeios públicos apresentarem afloramento <strong>de</strong><br />

raízes ou possuir áreas permeáveis insuficentes<br />

para as árvores a executarem os seguintes<br />

procedimentos: ampliar a área permeável ao<br />

redor da árvore; implantar a calçada ver<strong>de</strong>;<br />

executar serviços <strong>de</strong> engenharia junto ao<br />

passeio público procurando a<strong>de</strong>quá-lo à forma<br />

<strong>de</strong> exposição do sistema radicular;<br />

•Conservar a vegetação, <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada,<br />

próxima a monumentos e prédios históricos,<br />

com vistas a preservação e convivência<br />

harmoniosa entre o patrimônio histórico,<br />

cultural e ambiental;<br />

•Destinar o produto da poda e remoção <strong>de</strong><br />

árvores observando os seguintes<br />

procedimentos: centralização do material em<br />

pontos da cida<strong>de</strong> que permitam diminuir o<br />

<strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> veículos e equipes <strong>de</strong><br />

trabalho; reduzir o dimensionamento do<br />

material que não for utilizado como lenha,<br />

através da utilização <strong>de</strong> equipamentos<br />

especiais “picadores <strong>de</strong> galhos”, <strong>de</strong> modo a<br />

permitir a sua utilização na compostagem<br />

orgânica;<br />

•Manter o tronco das árvores na sua forma<br />

natural, impedindo a utilização <strong>de</strong> pinturas,<br />

fixação <strong>de</strong> placas, perfuração com pregos e<br />

outros objetos nos troncos das árvores.<br />

106


2.1- Programa <strong>de</strong> Manutenção<br />

Este programa visa manter as boas<br />

condições fitossanitárias da arborização urbana,<br />

assegurar o normal <strong>de</strong>senvolvimento das mudas<br />

e zelar pela integrida<strong>de</strong> das mudas e árvores<br />

existentes nas vias públicas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Visa<br />

também aprimorar técnicas <strong>de</strong> realização <strong>de</strong><br />

podas através <strong>de</strong> palestras e treinamento <strong>de</strong><br />

equipes, como também estabelecer convênios<br />

com a Companhia Energética <strong>de</strong> Goiás S/A –<br />

CELG para a viabilização das podas <strong>de</strong> árvores<br />

existentes sob a fiação aérea <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong><br />

energia elétrica.<br />

Para que a implantação <strong>de</strong> uma arborização<br />

urbana atenda aos requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

necessários e proporcione à população<br />

goianiense todos os benefícios que a arbrização<br />

po<strong>de</strong> gerar, há a necessida<strong>de</strong> da realização <strong>de</strong><br />

práticas a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> manutenção, que<br />

permitam sanar os problemas referentes à<br />

remoção <strong>de</strong> árvores, substituição, replantio,<br />

podas <strong>de</strong> árvores e controle fitossanitário.<br />

2.2 Podas<br />

A condução das árvores da arborização<br />

urbana é um procedimento técnico<br />

fundamental para assegurar uma boa condição<br />

futura <strong>de</strong> compatibilização das mesmas com os<br />

equipamentos urbanos.<br />

A poda tem a função <strong>de</strong> adaptar a árvore e<br />

seu <strong>de</strong>senvolvimento ao espaço que ela ocupa.<br />

O conhecimento das características das<br />

espécies mais utilizadas na arborização <strong>de</strong> ruas,<br />

das técnicas <strong>de</strong> poda e das ferramentas corretas<br />

para a execução da poda permite que esta<br />

prática seja feita <strong>de</strong> forma a não danificar a<br />

árvore. Entretanto, a poda sempre será uma<br />

agressão à árvore. Ela sempre <strong>de</strong>verá ser feita<br />

<strong>de</strong> modo a facilitar a cicatrização do corte. Caso<br />

contrário, a exposição do lenho permitirá a<br />

entrada <strong>de</strong> fungos e bactérias, responsáveis<br />

pelo apodrecimento <strong>de</strong> galhos e tronco, e pelo<br />

aparecimento <strong>de</strong> cavida<strong>de</strong>s (ocos) (Guzzo, 2008).<br />

A situação i<strong>de</strong>al é conduzir a árvore <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

jovem, quando tem maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cicatrização e regeneração, orientando o seu<br />

crescimento para adquirir uma conformação<br />

a<strong>de</strong>quada ao espaço disponível.<br />

As espécies cujo principal atributo são as<br />

flores não <strong>de</strong>verão ser podadas nos meses que<br />

antece<strong>de</strong>m a época <strong>de</strong> floração. Para as espécies<br />

que apresentam floração pouco significativa, do<br />

ponto <strong>de</strong> vista paisagístico (ligustro, canelinha,<br />

sete-copas, monguba, aroeira-salsa, etc), a poda<br />

<strong>de</strong>verá ser feita no final do período <strong>de</strong> repouso<br />

vegetativo que, para nossas condições<br />

climáticas, ocorre nos meses <strong>de</strong> agosto e<br />

setembro.<br />

O local mais apropriado para o corte é na<br />

base do galho, ou seja, on<strong>de</strong> ele está inserido no<br />

tronco ou em ramos mais grossos. A base do<br />

galho possui duas regiões <strong>de</strong> intensa ativida<strong>de</strong><br />

metabólica, que apresentam rápida<br />

multiplicação <strong>de</strong> células: a crista, que fica na<br />

parte superior e o colar, que fica na parte<br />

inferior do galho. Para poda <strong>de</strong> galhos grossos<br />

(diâmetro superior a 2,0 cm), consi<strong>de</strong>rados<br />

lenhosos, o corte <strong>de</strong>verá ser feito em três<br />

etapas. Os galhos com até 2,0 cm <strong>de</strong> diâmetro<br />

são eliminados em corte único, com auxílio <strong>de</strong><br />

tesoura <strong>de</strong> poda ou serra manual.<br />

O emprego da poda como medida <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>quação entre a arborização e outros<br />

componentes urbanos é a alternativa mais<br />

utilizada pela <strong>Prefeitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

principalmente em relação à re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

distribuição <strong>de</strong> energia elétrica. Porém, em<br />

muitos serviços é questionada a qualida<strong>de</strong><br />

técnica da poda executada. Sua utilização po<strong>de</strong><br />

ser evitada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que durante o planejamento<br />

da arborização seja feita a escolha correta da<br />

espécie a ser planta e da sua localização,<br />

levando em consi<strong>de</strong>ração todas as variáveis que<br />

permitam executar um projeto integrado. A<br />

poda, quando realizada <strong>de</strong> maneira incorreta,<br />

po<strong>de</strong> provocar danos físicos irreparáveis às<br />

árvores po<strong>de</strong>ndo alterar negativamente sua<br />

relação estética com a paisagem urbana na<br />

qual está envolvida.<br />

As figuras abaixo mostram a anatomia da<br />

base do galho e o posicionamento dos três<br />

cortes em galhos grossos. Os galhos com até 2,0<br />

cm <strong>de</strong> diâmetro são eliminados em corte único,<br />

com auxílio <strong>de</strong> tesoura <strong>de</strong> poda ou serra<br />

manual.<br />

107


Figura 111. Imagem com instruções sobre corte nos galhos <strong>de</strong> árvores<br />

Fonte: Centro <strong>de</strong> Divulgação Científica e Cultural - DCC - USP, 2008.<br />

Muitas pessoas não imaginam o que po<strong>de</strong><br />

ocorrer quando plantam uma simples muda <strong>de</strong><br />

árvore na calçada <strong>de</strong> suas casas. Se a árvore, ao<br />

crescer, atingir os fios da re<strong>de</strong> elétrica, po<strong>de</strong><br />

causar um colapso no abastecimento da re<strong>de</strong>,<br />

provocando até mesmo aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

proporções.<br />

Em <strong>Goiânia</strong>, a poda <strong>de</strong> árvores em re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

alta tensão é realizada pela concessionária <strong>de</strong><br />

Energia Elétrica através <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong><br />

poda. O corte dos galhos é realizado por uma<br />

empresa tercerizada. Fiscais da <strong>Prefeitura</strong><br />

Municipal acompanham os serviços realizados<br />

pela concessionária <strong>de</strong> energia elétrica no<br />

município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, a fim <strong>de</strong> verificar a<br />

correta execução dos serviços <strong>de</strong> podas, com a<br />

finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diminuir o impacto do cortes nos<br />

espécimes arbóreos.<br />

No município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, a execução <strong>de</strong><br />

todas as ativida<strong>de</strong>s relacionadas com a<br />

arborização urbana é <strong>de</strong> competência do po<strong>de</strong>r<br />

público municipal. Entretanto, <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> árvores localizadas nas vias<br />

públicas e para evitar transtornos à população,<br />

em função do <strong>de</strong>sabastecimento <strong>de</strong> energia<br />

elétrica, principalmente no período chuvoso, a<br />

Agência Municipal do Meio Ambiente – AMMA<br />

publicou, no Diário Oficial do Município nº 3.834<br />

<strong>de</strong> 03/03/2006, a Portaria 012 <strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> fevereiro<br />

<strong>de</strong> 2006, que autoriza a Companhia Energética<br />

<strong>de</strong> Goiás S/A – CELG a realizar poda <strong>de</strong> árvores<br />

localizadas sob a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong><br />

energia elétrica <strong>de</strong> baixa tensão e <strong>de</strong>rivações.<br />

Figura 112. Equipe realizando poda em re<strong>de</strong><br />

convencional BT e AT.<br />

108


Inicialmente, os técnicos da concessionária<br />

<strong>de</strong> energia elétrica fazem um levantamento nas<br />

ruas diariamente partindo da porta da S.E. –<br />

Subestação Elétrica, a fim <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar pontos<br />

críticos ao longo <strong>de</strong> toda a re<strong>de</strong>. Nesse<br />

levantamento é observado se as árvores<br />

apresentam conflitos com a re<strong>de</strong> e coletadas<br />

informações sobre o nome da rua, quadra, lote,<br />

nemeração do poste e algum ponto <strong>de</strong><br />

referência.<br />

A poda <strong>de</strong> árvores em re<strong>de</strong> <strong>de</strong> baixa tensão é<br />

realizada pela concessionária <strong>de</strong> Energia<br />

Elétrica e pela <strong>Prefeitura</strong> Municipal <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>,<br />

através da Companhia <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>.<br />

A poda <strong>de</strong> árvores em locais on<strong>de</strong> existir<br />

condutores elétricos <strong>de</strong>ve ser realizadas <strong>de</strong><br />

maneira a não <strong>de</strong>ixar galhos acima dos<br />

condutores primários (AT) ou em posição que o<br />

vento possa fazer tocá-los no condutor.<br />

As podas <strong>de</strong> formação têm a função <strong>de</strong><br />

direcionar o <strong>de</strong>senvolvimento da copa para os<br />

espaços disponíveis. Para maior tranqüilida<strong>de</strong> e<br />

segurança, é fundamental conhecer a distância<br />

mínima entre o condutor elétrico e a<br />

extremida<strong>de</strong> da vegetação, que constitui o<br />

chamado “Limite <strong>de</strong> Segurança”. Este limite é<br />

dado pela distância <strong>de</strong> 2 m em AT e 1 m em BT<br />

entre o condutor e a vegetação, nas re<strong>de</strong>s<br />

primária e secundária, respectivamente, nas<br />

tensões <strong>de</strong> 13.800 V e 220/127 V conforme a<br />

figura 115.<br />

<strong>Goiânia</strong> possui dois tipos <strong>de</strong> re<strong>de</strong> elétrica: a<br />

re<strong>de</strong> convencional que não possui nenhum tipo<br />

<strong>de</strong> isolamento (cabo nu) e a re<strong>de</strong> compacta que<br />

possui 50% <strong>de</strong> isolamento (figura 116). Nos dois<br />

tipos <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, o risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte é alto, sendo a<br />

re<strong>de</strong> compacta o risco menor <strong>de</strong>vido ao seu<br />

isolamento. As podas realizadas na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> alta<br />

tensão são chamadas <strong>de</strong> “linha viva”, por não<br />

ser <strong>de</strong>sligada a re<strong>de</strong> para execução da poda.<br />

Figura 113. Equipe realizando<br />

poda em re<strong>de</strong> convencional <strong>de</strong><br />

alta tensão.<br />

Figura 114. Equipe realizando poda em re<strong>de</strong><br />

convencional em condutores elétricos<br />

sencudários.<br />

Figura 115. Limites <strong>de</strong> segurança entre a<br />

vegetação e a re<strong>de</strong> convencional <strong>de</strong> alta tensão e<br />

baixa tensão.<br />

109


Figura 116. Imagem <strong>de</strong> uma leucena - Leucaena<br />

leucocephala plantada sob re<strong>de</strong> compacta.<br />

As podas drásticas <strong>de</strong>verão ser evitadas,<br />

ocorrendo apenas em casos especiais, pois, além<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scaracterizarem a forma original da copa<br />

da árvore, contribuem para o aparecimento <strong>de</strong><br />

ramos epicórnicos, que não possuem uma firme<br />

ligação com o galho que foi podado, e que, por<br />

esse motivo, quebram-se com relativa facilida<strong>de</strong>.<br />

2.3 Replantio<br />

No replantio <strong>de</strong>verão ser utilizadas mudas da<br />

mesma espécie que compõe o padrão da rua e<br />

com dimensões próximas daquelas que<br />

sobreviveram <strong>de</strong> maneira a resgatar s<br />

uniformida<strong>de</strong> do plantio.<br />

O replantio <strong>de</strong>verá ser feito num prazo<br />

máximo <strong>de</strong> 30 (trinta) dias após o plantio,<br />

<strong>de</strong>vendo ser realizadas todas as etapas já<br />

mencionadas para a realização do plantio,<br />

incluindo, principalmente, a adubação da cova<br />

<strong>de</strong> plantio, tutoramento e colocação <strong>de</strong> gradil.<br />

2.4 Controle fitossanitário<br />

No cadastramento da arborização existente<br />

nas vias públicas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, verificou-se a<br />

ocorrência <strong>de</strong> cupins – principalmente na<br />

espécie Sibipiruna (Caesalpinia plviosa var.<br />

peltophoroi<strong>de</strong>s) –, <strong>de</strong> formigas, largatas,<br />

cochonilhas, ácaros, pulgão, tripes, besouros,<br />

<strong>de</strong>ntre outras, que causam sérios danos à<br />

fitossanida<strong>de</strong> das árvores, além <strong>de</strong> interferirem<br />

no aspecto visual das mesmas.<br />

O combate às formigas e aos cupins <strong>de</strong>verá<br />

ser intensificado principalmente na época do<br />

plantio, uma vez que as folhas das mudas são<br />

mais viçosas e tenras, e, por isso, são as mais<br />

preferidas por estas pragas. Um ataque severo<br />

<strong>de</strong> cupins po<strong>de</strong>rá ocasionar mutilação ou<br />

ferimento, po<strong>de</strong>ndo causar necroses no tronco,<br />

raízes e na copa, <strong>de</strong>vendo. Portanto, <strong>de</strong>vem ser<br />

utilizados formicidas e cupinicidas, visando<br />

controlar essas pragas.<br />

Com relação ao controle das lagartas, em<br />

função do nível <strong>de</strong> ataque, <strong>de</strong>verão ser utilizados<br />

inseticidas específicos. Por tratar-se <strong>de</strong> área<br />

urbana, <strong>de</strong>verão ser aplicados inseticidas<br />

biológicos.<br />

2.5- Tutoramento<br />

O tutor terá 2,20 metros <strong>de</strong> altura e será<br />

enterrado 0,70 metro <strong>de</strong>ntro da cova logo após a<br />

sua abertura. Os amarilhos serão <strong>de</strong> sisal,<br />

barbante ou outo material que não danifique o<br />

tronco, em forma <strong>de</strong> oito <strong>de</strong>itado. A correta<br />

colocação do tutor é essencial para o crescimento<br />

retilíneo das mudas. A colocação do tutor <strong>de</strong>verá<br />

ser <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada e cuidadosa, evintando<br />

danificar o torrão ou causar algum dano ao<br />

sistema radicular da muda.<br />

Os casos que comprovadamente exigirem<br />

uma proteção especial, em locais <strong>de</strong> alto fluxo<br />

<strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres e em logradouros com alto índice<br />

<strong>de</strong> vandalismo, po<strong>de</strong>rão contar com a colocação<br />

<strong>de</strong> gradis <strong>de</strong> proteção, que, embora sejam <strong>de</strong><br />

maior custo, protegem as mudas contra<br />

vandalismo e aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> forma mais eficiente.<br />

2.6 A<strong>de</strong>quação<br />

da área permeável<br />

Todos os plantios já realizados e que não<br />

oferecem as condições mínimas <strong>de</strong> aeração e<br />

absorção <strong>de</strong> água e nutrientes, necessários ao<br />

pleno <strong>de</strong>senvolvimento e estabelecimento das<br />

mudas e árvores, serão reajustados com os<br />

novos padrões, <strong>de</strong>ixando uma área livre<br />

110


permeável <strong>de</strong> no mínimo 0,60 metro ao redor<br />

da muda ou árvore. Deverá ser estudada a<br />

possibilida<strong>de</strong> da implantação da calçada ver<strong>de</strong>,<br />

em especial nos setores resi<strong>de</strong>nciais.<br />

A abertura ou ampliação da área permeável<br />

implicará na retirada do pavimento que recobre<br />

a calçada, e pelo posterior acabamento da<br />

abertura permeável com o mesmo material<br />

utilizado na construção da calçada, visando a<br />

manutenção <strong>de</strong> um padrão e do aspecto visual<br />

do passeio público.<br />

2.7 Remoção <strong>de</strong> árvores<br />

Durante o cadastramento, constatou-se a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> remover 7.079 árvores, <strong>de</strong>vido ao<br />

fato <strong>de</strong> as mesmas estarem em condições<br />

biológicas <strong>de</strong>bilitadas. Constatou-se, ainda, que<br />

54,56% ou 3.862 árvores são da espécie Monguba<br />

– Pachira aquatica Aubl.. Uma característica<br />

<strong>de</strong>ssa espécie é <strong>de</strong> ser oriunda <strong>de</strong> áreas úmidas<br />

da Região Amazônica, emborai tenha sido<br />

trazida para <strong>Goiânia</strong>, on<strong>de</strong> o clima é adverso à<br />

sua situação natural. As Mongubas foram<br />

plantadas nas vias públicas, on<strong>de</strong> as condições<br />

são muitos estressantes ao seu <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

com solos pobres, compactados e em geral<br />

composto por entulhos e/ou restos <strong>de</strong><br />

construção, alto índice <strong>de</strong> impermeabilização,<br />

concreto e asfalto, poluição atmosférica, gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> podas, <strong>de</strong>vido a mesma ter sido<br />

plantada em vários logradouros <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong><br />

fiação aérea <strong>de</strong> energia elétrica. Verificou-se<br />

também a gran<strong>de</strong> incidência do coleóptero<br />

Serra-pau – Euchroma gigantea, que ataca o<br />

seu sistema radicular e o tronco da Monguba,<br />

causando podridões.<br />

A remoção <strong>de</strong> árvores nas vias públicas <strong>de</strong>ve<br />

ser uma ativida<strong>de</strong> constante e rotineira, uma<br />

vez que outras árvores serão danificadas e<br />

necessitarão ser extirpadas, com posterior<br />

plantio <strong>de</strong> uma nova muda, caso exista espaço<br />

suficiente.<br />

Essa ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá ser realizada sempre<br />

que os técnicos da Gerência <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong><br />

Urbana – GEARB da Agência Municipal do Meio<br />

Ambiente – AMMA, verificarem que alguma<br />

árvore, por motivo <strong>de</strong> fitossanida<strong>de</strong>, necessitar<br />

ser removida. É preciso dar priorida<strong>de</strong> às arvores<br />

mortas ou que ofereçam perigo aos transeuntes<br />

e veículos.<br />

Todo o trabalho <strong>de</strong> extirpação <strong>de</strong> árvores<br />

localizadas no passeio público <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> é<br />

realizado somente pela <strong>Prefeitura</strong> através da<br />

Companhia <strong>de</strong> Urbanização Urbana – COMURG.<br />

A retirada <strong>de</strong> árvores localizadas nas<br />

calçadas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> é feita via processo aberto<br />

junto aos postos <strong>de</strong> atendimento da prefeitura e<br />

na própria AMMA. A autorização é concedida<br />

nos casos em que a árvore esteja doente com<br />

condições fitossanitárias <strong>de</strong>bilitadas, em final <strong>de</strong><br />

ciclo biológico ou com risco <strong>de</strong> queda natural.<br />

Uma equipe da Gerência <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana<br />

– GEARB da AMMA realiza vistorias técnicas a<br />

fim <strong>de</strong> verificar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> remoção ou <strong>de</strong><br />

poda. A ativida<strong>de</strong> a ser indicada pelos técnicos é<br />

feita conforme a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada indivíduo<br />

arbóreo. Dessa forma, recomenda-se para a<br />

árvore a extirpação, a poda ou nenhuma<br />

ativida<strong>de</strong>.<br />

Para os casos <strong>de</strong> extirpação, é firmado Termo<br />

<strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Ambiental, visando a<br />

substituição da árvore removida, junto ao<br />

requerente e/ou proprietário do imóvel on<strong>de</strong> foi<br />

retirada a árvore. A indicação é realizada<br />

conforme o planejamento arbóreo, on<strong>de</strong>, após a<br />

verificação <strong>de</strong> todas as características urbanas<br />

existentes nas calçadas, o técnico responsável<br />

faz a recomendação do tipo <strong>de</strong> espécie arbórea<br />

mais a<strong>de</strong>quada para conforme as características<br />

da calçada.<br />

A indicação da espécie mais a<strong>de</strong>quada é feita<br />

consi<strong>de</strong>rando o planejamento da arborização<br />

referente a 16 setores <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, quando tratarse<br />

<strong>de</strong> um setor que já tenha o planejamento<br />

paisagístico. Já no caso dos setores que não<br />

tenham planejamento pasaigístico, <strong>de</strong>verá ser<br />

indicada uma espécie a<strong>de</strong>quada a cada espaço<br />

físico, levando sempre em consi<strong>de</strong>ração todas as<br />

diretrizes mencionadas no Plano Diretor <strong>de</strong><br />

<strong>Arborização</strong> Urbana <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> – PDAU.<br />

A execução da extirpação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o corte até<br />

a coleta dos resíduos, é realizada em 02 (dois)<br />

turnos. No primeiro turno (diurno) é realizado o<br />

corte. No segundo turno (noturno) é feita a<br />

coleta dos galhos.<br />

111


Toda a equipe do primeiro turno é<br />

subdividida por 07 (sete) equipes composta <strong>de</strong><br />

08 (oito) a 10 (<strong>de</strong>z) pessoas cada, sendo 01 (um)<br />

encarregado - coo<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> todo o trabalho e<br />

da equipe, 03 (três) operadores <strong>de</strong> moto-serra e o<br />

restante são os ajudantes.<br />

A programação da poda e extirpação das<br />

árvores é realizada por região, <strong>de</strong> forma que as<br />

mesmas atendam <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada<br />

região ao maior número possível <strong>de</strong> bairros e<br />

processos.ser removida. É preciso dar priorida<strong>de</strong><br />

às arvores mortas ou que ofereçam perigo aos<br />

transeuntes e veículos.<br />

Todo o trabalho <strong>de</strong> extirpação <strong>de</strong> árvores<br />

localizadas no passeio público <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> é<br />

realizado somente pela <strong>Prefeitura</strong> através da<br />

Companhia <strong>de</strong> Urbanização Urbana – COMURG.<br />

A retirada <strong>de</strong> árvores localizadas nas<br />

calçadas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> é feita via processo aberto<br />

junto aos postos <strong>de</strong> atendimento da prefeitura e<br />

na própria AMMA. A autorização é concedida<br />

nos casos em que a árvore esteja doente com<br />

condições fitossanitárias <strong>de</strong>bilitadas, em final <strong>de</strong><br />

ciclo biológico ou com risco <strong>de</strong> queda natural.<br />

Uma equipe da Gerência <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana<br />

– GEARB da AMMA realiza vistorias técnicas a<br />

fim <strong>de</strong> verificar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> remoção ou <strong>de</strong><br />

poda. A ativida<strong>de</strong> a ser indicada pelos técnicos é<br />

feita conforme a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada indivíduo<br />

arbóreo. Dessa forma, recomenda-se para a<br />

árvore a extirpação, a poda ou nenhuma<br />

ativida<strong>de</strong>.<br />

Para os casos <strong>de</strong> extirpação, é firmado Termo<br />

<strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Ambiental, visando a<br />

substituição da árvore removida, junto ao<br />

requerente e/ou proprietário do imóvel on<strong>de</strong> foi<br />

retirada a árvore. A indicação é realizada<br />

conforme o planejamento arbóreo, on<strong>de</strong>, após a<br />

verificação <strong>de</strong> todas as características urbanas<br />

existentes nas calçadas, o técnico responsável<br />

faz a recomendação do tipo <strong>de</strong> espécie arbórea<br />

mais a<strong>de</strong>quada para conforme as características<br />

da calçada.<br />

A indicação da espécie mais a<strong>de</strong>quada é feita<br />

consi<strong>de</strong>rando o planejamento da arborização<br />

referente a 16 setores <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, quando tratarse<br />

<strong>de</strong> um setor que já tenha o planejamento<br />

paisagístico. Já no caso dos setores que não<br />

Figura 117. Restos <strong>de</strong> galhos <strong>de</strong> extirpação feita<br />

pela <strong>Prefeitura</strong> Municipal.<br />

tenham planejamento pasaigístico, <strong>de</strong>verá ser<br />

indicada uma espécie a<strong>de</strong>quada a cada espaço<br />

físico, levando sempre em consi<strong>de</strong>ração todas as<br />

diretrizes mencionadas no Plano Diretor <strong>de</strong><br />

<strong>Arborização</strong> Urbana <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> – PDAU.<br />

A execução da extirpação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o corte até<br />

a coleta dos resíduos, é realizada em 02 (dois)<br />

turnos. No primeiro turno (diurno) é realizado o<br />

corte. No segundo turno (noturno) é feita a<br />

coleta dos galhos. Toda a equipe do primeiro<br />

turno é subdividida por 07 (sete) equipes<br />

composta <strong>de</strong> 08 (oito) a 10 (<strong>de</strong>z) pessoas cada,<br />

sendo 01 (um) encarregado - coo<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> todo<br />

o trabalho e da equipe, 03 (três) operadores <strong>de</strong><br />

moto-serra e o restante são os ajudantes.<br />

A programação da poda e extirpação das<br />

árvores é realizada por região, <strong>de</strong> forma que as<br />

mesmas atendam <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada<br />

região ao maior número possível <strong>de</strong> bairros e<br />

processos.<br />

Os resídos da extirpação são divididos em<br />

galhos mais finos, os galhos principais e caule.<br />

Os galhos finos são os galhos secundários<br />

provenientes dos galhos principais que parte do<br />

caule. Eles são reunidos na própria calçada do<br />

requerente, on<strong>de</strong> ficam armazenados e<br />

aguardando a equipe do segundo turno para a<br />

coleta.<br />

Os galhos principais e o caule (lenha) são os<br />

galhos mais grossos provenientes da ramificação<br />

do caule. Eles são recolhidos logo após a<br />

extirpação, colocados no caminhão e direcionados<br />

112


para o pátio das instalações da <strong>Prefeitura</strong><br />

Municipal, on<strong>de</strong> permanecem <strong>de</strong> um a cinco dias<br />

para posteriormente serem vendidos. A<br />

arrecadação da venda da lenha é direcionada<br />

para a compra <strong>de</strong> equipamentos e materiais para<br />

serem utilizados pelas equipes <strong>de</strong> poda e<br />

extirpação <strong>de</strong> ávores.<br />

Figura 118. Restos <strong>de</strong> galhos <strong>de</strong> poda sendo triturados.<br />

2.8 Destinação dos resíduos <strong>de</strong><br />

poda e extirpação <strong>de</strong> árvores<br />

Os resíduos das árvores (restos <strong>de</strong> galhos)<br />

provenientes <strong>de</strong> poda realizada pela<br />

concessionária <strong>de</strong> energia elétrica são triturados<br />

logo após a realização da poda. Em seguida, são<br />

enviados para uma área rural e <strong>de</strong>stinados à<br />

compostagem para serem utilizados como adubo.<br />

Os resíduos gerados pelos serviços <strong>de</strong> poda e<br />

remoção <strong>de</strong> árvores realizadas pela <strong>Prefeitura</strong><br />

Municipal, através da Companhia <strong>de</strong> Urbanização<br />

<strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> - COMURG, são armazenados em 02<br />

(dois) <strong>de</strong>pósitos localizados no Setor Rio Formoso e<br />

outro na Rodovia Estadual GO-020 – Saída para<br />

Bela Vista e, posteriormente, vendidos para<br />

estabelecimentos consumidores <strong>de</strong> lenha.<br />

2.9 Dendrocirurgia<br />

Dendrocirurgia é uma técnica que objetiva a<br />

recuperação <strong>de</strong> árvores, através da eliminação <strong>de</strong><br />

tecidos necrosados, especialmente na região do<br />

tronco, com posterior <strong>de</strong>sinfecção através <strong>de</strong><br />

fungicidas à base <strong>de</strong> cobre. As cavida<strong>de</strong>s<br />

resultantes, se amplas e profundas, <strong>de</strong>verão ser<br />

preenchidas com material <strong>de</strong> alvenaria com vistas<br />

a sustar a progressão da necrose e obter a<br />

cicatrização da lesão.<br />

A cavida<strong>de</strong> é preenchida com uma mistura <strong>de</strong><br />

argila e concreto. Atualmente, estão sendo<br />

experimentados materiais líquidos, que têm a<br />

proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se expandir no interior do tronco e<br />

preencher a cavida<strong>de</strong>, assumindo a textura<br />

semelhante a <strong>de</strong> um isopor e que po<strong>de</strong>m ser<br />

pintados com uma cor próxima ao caule.<br />

A <strong>de</strong>ndrocurgia é uma prática polêmica,<br />

existindo pesquisadores e instituições que são<br />

contrários a ela, a exemplo da International<br />

Society of Arboriculture – ISA, por enten<strong>de</strong>r que<br />

tal procedimento não beneficia os vegetais,<br />

po<strong>de</strong>ndo, inclusive, antecipar o <strong>de</strong>clínio dos<br />

mesmos.<br />

Alguns pesquisadores enten<strong>de</strong>m que essa<br />

prática <strong>de</strong>ve ser utilizada apenas em árvores<br />

adultas, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor paisagístico e/ou<br />

histórico.<br />

2.10 Transplante<br />

Enten<strong>de</strong>-se por transplante a troca <strong>de</strong> local <strong>de</strong><br />

uma árvore adulta. Na área <strong>de</strong> arborização<br />

urbana existe uma carência com relação a este<br />

assunto, em especialmente com as espécies<br />

utilizadas na arborização. Os transplantes mais<br />

usuais são feitos com palmeiras, que apresentam<br />

em torno <strong>de</strong> 90% <strong>de</strong> sucesso, <strong>de</strong> modo geral.<br />

Com as espécies arbóreas o transplante<br />

necessita <strong>de</strong> maiores estudos, principalmente no<br />

caso daquelas com sistema radicular pivotante,<br />

on<strong>de</strong> ocorre um gran<strong>de</strong> corte nas raízes, o que<br />

ocasiona um menor percentual <strong>de</strong> sucesso do que<br />

em palmeiras.<br />

As pesquisas sobre transplantes evoluem<br />

muito lentamente, em virtu<strong>de</strong> da carência <strong>de</strong><br />

registros por parte dos executores. Não são feitos<br />

registros <strong>de</strong> sucesso e nem <strong>de</strong> insucesso, o que<br />

atrasa o avanço <strong>de</strong>sta técnica.<br />

Atualmente, estão sendo fabricadas máquinas<br />

transplanta<strong>de</strong>iras, que facilitam a operação com<br />

árvores <strong>de</strong> maiores portes.<br />

113


2.11 Programa <strong>de</strong><br />

Monitoramento<br />

Este programa visa manter acompanhar<br />

sistematicamente o <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

árvores existentes e das mudas plantadas nas<br />

vias públicas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, observando todas as<br />

alterações ocorridas e obtendo informações<br />

essenciais para posterior replanejamento.<br />

É <strong>de</strong> extrema importância que todo o<br />

processo <strong>de</strong> plantio, replantio e manutenção<br />

seja <strong>de</strong>vidamente acompanhado por um técnico<br />

habilitado, <strong>de</strong> modo a atualizar as informações<br />

contidas no banco <strong>de</strong> dados da arborização<br />

urbana <strong>de</strong> cada setor, tando no aspecto<br />

quantitativo como no aspecto qualitativo.<br />

Para que este processo seja rotineiro e<br />

eficiente, <strong>de</strong>ve ser seguido um Programa <strong>de</strong><br />

Monitoramento, o qual é constituído por<br />

inventários e pelo preenchimento <strong>de</strong> uma ficha<br />

<strong>de</strong> campo, que possibilitarão <strong>de</strong>terminar o<br />

índice <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> das mudas após o plantio.<br />

O monotoramento permitirá i<strong>de</strong>ntificar quais<br />

os problemas ocorreram com a arborização<br />

urbana. Permitirá também avaliar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> cada espécie, i<strong>de</strong>ntificando<br />

as reais potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização das<br />

diferentes espécies. Este monitoramento <strong>de</strong>verá<br />

ser registrado em planilha <strong>de</strong> campo e em<br />

acervo fotográfico.<br />

O acompanhamento também irá permitir a<br />

avaliação das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> manutenção<br />

<strong>de</strong>senvolvidas, i<strong>de</strong>ntificando as ativida<strong>de</strong>s<br />

eficientes e aquelas que necessitam <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>quações.<br />

Uma das vantagens da implantação <strong>de</strong> um<br />

Programa <strong>de</strong> Monitoramento é que ele permite<br />

que se tenha bases concretas para a tomada <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisões no manejo da arborização, com vistas<br />

ao replanejamento da arborização urbana<br />

quanto da revisão do Plano Diretor <strong>de</strong><br />

<strong>Arborização</strong> Urbana, uma vez que o processo <strong>de</strong><br />

planejamento é dinâmico, po<strong>de</strong>ndo sofrer<br />

aleterações e adaptações durante o<br />

<strong>de</strong>senvovimento das ativida<strong>de</strong>s relacionadas<br />

com a arborização urbana.<br />

A fim <strong>de</strong> otimizar o monitoramento, serão<br />

realizadas amostragens através do inventário<br />

da arborização, permitindo que se <strong>de</strong>termine a<br />

progressão ou regressão <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados<br />

problemas referentes aos danos físicos <strong>de</strong><br />

vandalismo ou aci<strong>de</strong>nte, poda, tutoramento,<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle fitossanitário,<br />

possibilitando fazer inferências sobre o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das mudas e árvores, as<br />

causas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>.<br />

2.12 Programa <strong>de</strong><br />

Cadastramento da<br />

<strong>Arborização</strong><br />

Este programa visa obter um sistema<br />

cadastral informatizado, que viabilize a rápida<br />

obtenção <strong>de</strong> informações referentes à<br />

arborização urbana, permitindo organizar os<br />

dados obtidos em vistorias, inventários e no<br />

programa <strong>de</strong> monitoramento. As informações<br />

serão armazenadas em um banco <strong>de</strong> dados<br />

ligado ao MUBDG – Mapa Urbano Básico<br />

Digital <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

Para a confecção <strong>de</strong>sse banco <strong>de</strong> dados<br />

haverá a participação <strong>de</strong> técnicos da<br />

Companhia <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Dados do<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

A correta organização dos dados obtidos<br />

através do Programa <strong>de</strong> Monitoramento facilitará<br />

a copilação dos dados, além <strong>de</strong> facilitar a análise<br />

e compreensão das informações coletadas em<br />

campo. Para tanto, é imprescindível a utilização<br />

<strong>de</strong> sistemas computadorizados <strong>de</strong> informações,<br />

os quais permitam a orgazanização e a<br />

padronização dos dados, permitindo uma maior<br />

agilida<strong>de</strong> na visualização dos dados e nas<br />

tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />

Esse banco <strong>de</strong> dados informatizado<br />

permitirá analisar e cruzar informações sobre<br />

mortes <strong>de</strong> árvores e mudas, causas da<br />

mortalida<strong>de</strong> por logradouro público,<br />

<strong>de</strong>senvimento das mudas, necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

replantio, necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle<br />

fitossanitários, necessida<strong>de</strong>s e tipos <strong>de</strong> podas,<br />

<strong>de</strong>ntre outras informações.<br />

O cadastramento da arborização permitirá<br />

uma melhor organização e padronização dos<br />

dados, além <strong>de</strong> apresentarem uma maior<br />

eficiência e redução <strong>de</strong> custos.<br />

114


capítulo VI<br />

REGIMENTO LEGAL DA ARBORIZAÇÃO<br />

DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA<br />

1. FUNDAMENTAÇÃO<br />

Árvores – Bens Públicos<br />

Em termos <strong>de</strong> Direito Urbanístico, o art. 22 da<br />

Lei 6.766/1979 – Lei do Parcelamento do Solo<br />

impõe para o registro <strong>de</strong> parcelamento a<br />

constituição e integração ao domínio público das<br />

vias <strong>de</strong> comunicação, praças e os espaços livres.<br />

Nesses últimos estão incluídas as áreas ver<strong>de</strong>s.<br />

Pelo art. 23 da citada lei, os espaços livres, entre<br />

eles as áreas ver<strong>de</strong>s, que, como dito, passam a<br />

integrar o domínio público do município e em<br />

muitos <strong>de</strong>les as leis <strong>de</strong> parcelamento do solo<br />

<strong>de</strong>terminam que nos projetos <strong>de</strong> loteamento<br />

sejam <strong>de</strong>stinadas percetuais do imóvel à áreas<br />

ver<strong>de</strong>s.<br />

Assim, os espaços ver<strong>de</strong>s ou áreas ver<strong>de</strong>s,<br />

incluindo-se aí as árvores que la<strong>de</strong>iam as vias<br />

públicas fruto da arborização urbana, também<br />

por serem seus acessórios que <strong>de</strong>vem<br />

acompanhar o principal, são bens públicos <strong>de</strong> uso<br />

comum do povo, nos termos do art. 66 do Código<br />

Civil, estando à disposição da coletivida<strong>de</strong>, o que<br />

implica na obrigação municipal <strong>de</strong> gestão,<br />

<strong>de</strong>vendo o po<strong>de</strong>r público local cuidar <strong>de</strong>stes bens<br />

públicos <strong>de</strong> forma a manter as suas condições <strong>de</strong><br />

utilização.<br />

Bem difuso<br />

Essas funções e características reforçam a<br />

arborização como um bem difuso (art. 82, Código<br />

do Consumido, Lei 8.078 <strong>de</strong> 1990), ou seja, todos<br />

têm direito ao meio ambiente ecologicamente<br />

equilibrado, bem <strong>de</strong> uso comum do povo e<br />

essencial à sadia qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, impondo-se<br />

ao po<strong>de</strong>r público e à coletivida<strong>de</strong> o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fendê-lo e preservá-lo para a presente e as<br />

futuras gerações (art. 225 da Constituição<br />

Fe<strong>de</strong>ral).<br />

2. LEGISLAÇÃO FEDEREAL<br />

2.1. Lei 9.605, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998.<br />

LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.<br />

“Dispõe sobre as sanções penais e administrativas<br />

<strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> condutas e ativida<strong>de</strong>s lesivas ao meio ambiente,<br />

e dá outras providências.”<br />

Art. 39. Cortar árvores em floresta consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong><br />

preservação permanente, sem permissão da autorida<strong>de</strong><br />

competente: Pena - <strong>de</strong>tenção, <strong>de</strong> um a três anos, ou multa, ou<br />

ambas as penas cumulativamente.<br />

Art. 45. Cortar ou transformar em carvão ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> lei,<br />

assim classificada por ato do Po<strong>de</strong>r Publico, para fins<br />

industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração,<br />

econômica ou não, em <strong>de</strong>sacordo com as <strong>de</strong>terminações<br />

legais: Pena - reclusão, <strong>de</strong> um a dois anos, e multa.<br />

Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer<br />

modo ou meio, plantas <strong>de</strong> ornamentação <strong>de</strong> logradouros<br />

públicos ou em proprieda<strong>de</strong> privada alheia: Pena - <strong>de</strong>tenção,<br />

<strong>de</strong> três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas<br />

cumulativamente. Parágrafo único. No crime culposo, a pena e<br />

<strong>de</strong> um a seis meses, ou multa.<br />

2.2. Decreto nº 3.179, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1999.<br />

DECRETO Nº 3.179, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999.<br />

“Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às<br />

condutas e ativida<strong>de</strong>s lesivas ao meio ambiente, e dá outras<br />

providências.”<br />

Art. 26. Cortar árvores em floresta consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong><br />

preservação permanente, sem permissão da autorida<strong>de</strong><br />

competente: Multa <strong>de</strong> R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) a<br />

R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por hectare ou fração, ou R$<br />

500,00 (quinhentos reais), por metro cúbico.<br />

Art. 31. Cortar ou transformar em carvão ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> lei,<br />

assim classificada em ato do Po<strong>de</strong>r Público, para fins<br />

industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração,<br />

econômica ou não, em <strong>de</strong>sacordo com as <strong>de</strong>terminações<br />

legais: Multa <strong>de</strong> R$ 500,00 (quinhentos reais), por metro<br />

cúbico.<br />

115


Art. 34. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer<br />

modo ou meio, plantas <strong>de</strong> ornamentação <strong>de</strong> logradouros<br />

públicos ou em proprieda<strong>de</strong> privada alheia: Multa <strong>de</strong> R$ 500,00<br />

(quinhentos reais), por árvore.<br />

3. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL<br />

3.1. Lei nº 8.537, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007.<br />

LEI Nº 8537, DE 20 DE JUNHO DE 2007.<br />

“Dispõe sobre a alteração na estrutura administrativa<br />

da <strong>Prefeitura</strong> Municipal <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> e dá outras<br />

providências”.<br />

A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA APROVA<br />

E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:<br />

Art. 27. Fica criada a Agência Municipal do Meio<br />

Ambiente – AMMA, autarquia integrante da administração<br />

indireta do Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, dotada <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong><br />

jurídica <strong>de</strong> direito público interno, com autonomia<br />

administrativa, financeira e patrimonial, se<strong>de</strong> e foro na<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, prazo e duração in<strong>de</strong>terminado, com a<br />

finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formular, implementar e coor<strong>de</strong>nar a execução<br />

da Política Municipal do Meio Ambiente, voltada ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentável, no âmbito do território<br />

municipal, competindo-lhe especificamente:<br />

I – o licenciamento, controle, monitoramento e<br />

fiscalização <strong>de</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s, empreendimentos e<br />

processos consi<strong>de</strong>rados, efetiva ou potencialmente<br />

poluidores, bem como daqueles capazes <strong>de</strong> causar<br />

<strong>de</strong>gradação ou alteração significativa do meio ambiente,<br />

nos termos das normas ambientais vigentes;<br />

II – a implantação, administração, manutenção,<br />

preservação, recuperação, supervisão e fiscalização da<br />

arborização urbana, unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação, áreas ver<strong>de</strong>s<br />

e <strong>de</strong>mais recursos naturais;<br />

III – propor normas, critérios e padrões municipais<br />

relativos ao controle, ao monitoramento, à preservação e<br />

melhoria da qualida<strong>de</strong> do meio ambiente;<br />

IV – <strong>de</strong>senvolver e executar projetos e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

proteção ambiental, relativas às áreas <strong>de</strong> preservação,<br />

conservação e recuperação dos recursos naturais;<br />

V – a promoção, a difusão e a conscientização pública<br />

para a proteção do meio ambiente, criando instrumentos,<br />

programas e projetos <strong>de</strong> Educação Ambiental, como<br />

processo permanente, integrado e multidisciplinar, com<br />

vistas a assegurar que todos tenham direito ao meio<br />

ambiente ecologicamente equilibrado, essencial a sadia<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida;<br />

VI – a realização <strong>de</strong> estudos e pesquisas e avaliação dos<br />

impactos ambientais promovidos por quaisquer ativida<strong>de</strong>s<br />

potencialmente poluidoras ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação ambiental;<br />

VII – o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações que visem a<br />

a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>stinação dos resíduos sólidos gerados no<br />

território do município;<br />

VIII – a aplicação <strong>de</strong> penalida<strong>de</strong>s aos infratores da<br />

legislação ambiental vigente, inclusive <strong>de</strong>finindo medidas<br />

compensatórias, bem como exigindo medidas mitigadoras,<br />

<strong>de</strong> acordo com a legislação ambiental vigente;<br />

IX – <strong>de</strong>senvolver direta ou conjuntamente cm<br />

instituições especializadas, pesquisas, estudos, sistemas,<br />

monitoramentos e outras ações voltadas para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do conhecimento científico e tecnológico<br />

na área do meio ambiente.<br />

§ 1º A Agência Municipal do Meio Ambiente é<br />

jurisdicionada à Secretaria do Governo Municipal – SEGOV.<br />

§ 2º A Agência Municipal do Meio Ambiente para a<br />

consecução <strong>de</strong> seus objetivos e finalida<strong>de</strong>s é consi<strong>de</strong>rada o<br />

órgão local do Sistema Nacional do meio Ambiente –<br />

SISNAMA, assim preconizado pela Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 6.938, <strong>de</strong><br />

31 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1981 – Política Nacional do Meio Ambiente.<br />

Art. 28. Para efeito <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong>sta Lei, enten<strong>de</strong>-se<br />

por compensação ambiental como sendo a in<strong>de</strong>nização<br />

<strong>de</strong>vida em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s poluidoras ou<br />

potencialmente poluidoras, <strong>de</strong>predadoras do meio ambiente<br />

ou utilizadoras <strong>de</strong> Recursos Naturais, com relevante<br />

impacto ambiental, exercidas no Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, que<br />

<strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>finidas em Instruções Normativas editadas<br />

pela AMMA.<br />

IRIZ REZENDE<br />

PREFEITO DE GOIÂNIA<br />

CONSIDERAÇÕES INICIAIS: <strong>de</strong>vido à criação da LEI Nº<br />

8.537, DE 20 DE JUNHO DE 2007, que Dispõe sobre a<br />

alteração na estrutura administrativa da <strong>Prefeitura</strong><br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, on<strong>de</strong> lê-se Secretaria Municipal do<br />

Meio Ambiente - SEMMA, passou a a se chamar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 20<br />

<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007 Agência Municipal do Meio Ambiente <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> – AMMA.<br />

3.2. Lei nº 7009, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1991.<br />

LEI Nº 7009 DE 23 DE OUTUBRO DE 1991<br />

“Dispõe sobre o plantio, extração, poda, substituição <strong>de</strong><br />

árvores e dá outras providências”.<br />

A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÃNIA<br />

APROVA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:<br />

Art.1º - O Plantio <strong>de</strong> árvores, extração, poda e<br />

substituição serão regidos por esta lei.<br />

Art.2º- Para efeito <strong>de</strong>sta lei, consi<strong>de</strong>ra-se como bem <strong>de</strong><br />

interesse comum a todos os munícipes a vegetação<br />

existente, ou que venha existir no território do Município,<br />

tanto <strong>de</strong> domínio público quanto privado.<br />

Art.3º- Consi<strong>de</strong>ra-se para efeito <strong>de</strong>sta lei, como bens <strong>de</strong><br />

interesse comum a todos os municípios, as mudas <strong>de</strong><br />

árvores plantadas em vias e logradouros públicos.<br />

Art.4º- Consi<strong>de</strong>ra-se para efeito <strong>de</strong>sta lei, a vegetação<br />

nativa exótica <strong>de</strong> interesse cultural e histórico existente no<br />

Município, tanto <strong>de</strong> domínio público quanto privado.<br />

116


Art.5º- Consi<strong>de</strong>ra-se vegetação <strong>de</strong> porte arbóreo aquela<br />

composta por espécies ou espécimes <strong>de</strong> vegetais lenhosos,<br />

com diâmetro <strong>de</strong> caule à altura do peio (DAP) superior a 0,5<br />

metros;<br />

Parágrafo Único – Diâmetro à Altura do Peito (DAP) é o<br />

diâmetro do caule da árvore à altura <strong>de</strong>, aproximadamente,<br />

1,30(um metro e trinta centímetros).<br />

Art.6º- Só serão aprovados loteamentos ou<br />

<strong>de</strong>smembramentos <strong>de</strong> terra em área revestidas total ou<br />

parcialmente por vegetação <strong>de</strong> porte arbóreo, após prévia<br />

aprovação <strong>de</strong> projeto que <strong>de</strong>fina o melhor aproveitamento<br />

da referida vegetação.<br />

Parágrafo Único – Caso fique comprovada a<br />

inexistência da vegetação a que se refere o presente artigo,<br />

e motivada pelo <strong>de</strong>srespeito a legislação Fe<strong>de</strong>ral ou<br />

Estadual pertinente, fica o responsável pelo<br />

empreendimento imobiliário obrigado a efetuar o a<strong>de</strong>quado<br />

reflorestamento.<br />

Art.7º - Constitui pré-requisito para a aprovação <strong>de</strong><br />

parcelamento do solo, sob forma <strong>de</strong> arruamento e<br />

loteamento, a apresentação <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> arborização das<br />

vias e logradouros públicos firmado por técnico competente.<br />

Parágrafo Único – O referido projeto <strong>de</strong>verá indicar as<br />

espécies a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> forma a garantir o plantio <strong>de</strong> árvores<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um planejamento consoante com os <strong>de</strong>mais<br />

serviços públicos e cuja execução <strong>de</strong>verá ocorrer com outras<br />

benfeitorias e obe<strong>de</strong>cendo aos seguintes critérios:<br />

I – as calçadas situadas nas faces Sul/Leste ficam<br />

<strong>de</strong>stinadas ao plantio <strong>de</strong> árvores <strong>de</strong> pequeno e médio porte,<br />

as do lado Norte/Oeste à instalação <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia<br />

elétrica e telefônica;<br />

II – po<strong>de</strong>rão também ser arborizadas as calçadas do<br />

lado Norte/Oeste <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o plantio seja <strong>de</strong> árvores <strong>de</strong><br />

pequeno porte;<br />

III – as calçadas <strong>de</strong>verão ter largura, no mínimo<br />

2(dois)metros lado Sul/Leste e, no mínimo, <strong>de</strong> 3(três) metros<br />

no lado Norte/Oeste, <strong>de</strong> forma a permitir a arborização <strong>de</strong><br />

que trata a presente lei.<br />

Art.8º- O Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal <strong>de</strong>verá elaborar<br />

para os loteamentos já existentes, <strong>de</strong>vidamente legalizados<br />

e que não haja arborização, projeto que <strong>de</strong>fina <strong>de</strong> forma<br />

a<strong>de</strong>quada as arborização da região.<br />

Parágrafo Único – Fica o Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal<br />

autorizado a fazer convênios com entida<strong>de</strong>s públicas, ou<br />

privadas para implementar o projeto a que se refere o<br />

presente artigo.<br />

Art.9º- Todo plantio <strong>de</strong> árvore nas vias ou logradouros<br />

públicos <strong>de</strong>verá respeitar as normas técnicas para<br />

arborização e recomposição <strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s.<br />

§1º- Fica o Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal obrigado a manter,<br />

junto à Superintendência <strong>de</strong> Parques e Jardins, um<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong>stinado à orientação técnica visando o<br />

fornecimento <strong>de</strong> mudas <strong>de</strong> árvores à população do município.<br />

§2º- O <strong>de</strong>partamento a que se refere o presente artigo<br />

<strong>de</strong>verá ser implantado no prazo <strong>de</strong> 60(sessenta)dias, a<br />

contar da vigência <strong>de</strong>sta lei.<br />

Art.10º- Os projetos <strong>de</strong> iluminação pública ou particular<br />

em áreas arborizadas <strong>de</strong>verão compatibilizar-se com a<br />

vegetação arbórea existente, <strong>de</strong> modo a evitar a futura<br />

poda e principalmente a extração das espécies ali<br />

encontradas.<br />

Art.11º- O Munícipe po<strong>de</strong>rá efetuar às suas expensas o<br />

plantio <strong>de</strong> árvores visando a sua residência, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

observadas as exigências da presente lei.<br />

Art.12 - VETADO.<br />

Art.13 – VEDATO.<br />

Art.14 – A realização <strong>de</strong> corte ou poda <strong>de</strong> árvore em<br />

vias ou logradouros públicos só po<strong>de</strong>rá ser efetuada por<br />

funcionários da <strong>Prefeitura</strong>, com autorização firmada por<br />

autorida<strong>de</strong> competente e <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com esta lei.<br />

Art.15 – VETADO.<br />

Art.16 – Qualquer árvore do Município po<strong>de</strong>rá ser<br />

<strong>de</strong>clarada imune ao corte mediante lei.<br />

Parágrafo Único – Compete ao Po<strong>de</strong>r Executivo<br />

Municipal cadastrar e i<strong>de</strong>ntificar, por meio <strong>de</strong> placas<br />

indicativas, as árvores <strong>de</strong>claradas imunes ao corte, e dar o<br />

apoio técnico necessário à preservação das espécies<br />

protegidas.<br />

Art.17 - Fica proibido ao Munícipe a extração e poda <strong>de</strong><br />

árvore existentes em vias ou logradouros públicos.<br />

Art.18 - O <strong>de</strong>scumprimento ao disposto nesta lei sujeita<br />

o infrator ao pagamento <strong>de</strong> multa <strong>de</strong> 50(cinqüenta)Unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Valor Fiscal <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> – UVFG – a ser aplicada pelo<br />

órgão competente, e valor que será dobrado no caso <strong>de</strong><br />

reincidência.<br />

Art.19 – A receita advinda do <strong>de</strong>scumprimento <strong>de</strong>sta lei<br />

será <strong>de</strong>stinada ao <strong>de</strong>partamento responsável pelo<br />

fornecimento <strong>de</strong> mudas <strong>de</strong> árvores, conforme prevê o art.9º,<br />

§ 1º, <strong>de</strong>sta lei.<br />

Art.20 – Esta lei entrará em vigor na data <strong>de</strong> sua<br />

publicação.<br />

Art.21 – Revogam-se as disposições em contrário.<br />

GABINETE DO PREFEITO DE GOIÂNIA, aos 23 dias do<br />

mês <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1991.<br />

NION ALBERNAZ<br />

PREFEITO DE GOIÂNIA<br />

3.3. Lei Complementar nº 014, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1992.<br />

LEI COMPLEMENTAR Nº 014, DE 29 DE DEZEMBRO DE<br />

1992.<br />

“Institui o Código <strong>de</strong> Postura do Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> e<br />

dá outras providências”.<br />

DA DEFESA DA ARBORIZAÇÃO E DOS JARDINS<br />

PÚBLICOS<br />

Art. 68. Além das exigências contidas na legislação <strong>de</strong><br />

preservação do meio ambiente, fica proibido:<br />

I - danificar, <strong>de</strong> qualquer forma, os jardins públicos;<br />

II - podar, cortar, danificar, <strong>de</strong>rrubar, remover ou<br />

sacrificar qualquer unida<strong>de</strong> da arborização pública;<br />

III - fixar, nas árvores e <strong>de</strong>mais componentes da<br />

arborização pública, cabos, fios ou quaisquer outros<br />

materiais e equipamentos <strong>de</strong> qualquer natureza;<br />

117


IV - plantar nos logradouros públicos plantas venenosas<br />

ou que tenham espinhos;<br />

V - cortar ou <strong>de</strong>rrubar, para qualquer fim, matas ou<br />

vegetações protetoras <strong>de</strong> mananciais ou fundos <strong>de</strong> vale.<br />

DAS ÁRVORES NOS IMÓVEIS URBANOS<br />

Art. 107. A <strong>Prefeitura</strong> colaborará com a União e o<br />

Estado no sentido <strong>de</strong> evitar a <strong>de</strong>vastação <strong>de</strong> florestas e<br />

bosques e <strong>de</strong> estimular o plantio <strong>de</strong> árvores, <strong>de</strong> acordo com<br />

o que estabelece a legislação pertinente.<br />

Parágrafo Único - VETADO.<br />

Art. 108. A árvore que, pelo seu estado <strong>de</strong> conservação<br />

ou pela sua pequena estabilida<strong>de</strong>, oferecer perigo aos<br />

imóveis vizinhos ou a integrida<strong>de</strong> física das pessoas, <strong>de</strong>verá<br />

ser <strong>de</strong>rrubada pelo responsável <strong>de</strong>ntro do prazo<br />

estabelecido pelo órgão próprio da <strong>Prefeitura</strong>.<br />

Parágrafo único. O não atendimento da exigência <strong>de</strong>ste<br />

artigo implicará na <strong>de</strong>rrubada da árvore pela <strong>Prefeitura</strong>,<br />

ficando o proprietário responsável pelo pagamento das<br />

<strong>de</strong>spesas conseqüentes, acrescidas <strong>de</strong> 20%, sem prejuízo da<br />

aplicação das penalida<strong>de</strong>s cabíveis.<br />

3.4. Decreto nº 767, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1996.<br />

DECRETO Nº 767, DE 14 DE MARÇO DE 1996.<br />

“Regulamenta a Lei-Complementar nº 014/92<br />

concernente a poda e extinção <strong>de</strong> árvores.”<br />

O PREFEITO DE GOIÃNIA, no uso <strong>de</strong> suas atribuições<br />

legais e;<br />

Consi<strong>de</strong>rando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteger a arborização<br />

pública municipal contra práticas <strong>de</strong>gradadoras;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que é fundamental regulamentar a<br />

gradação da pena <strong>de</strong>scrita para os infratores contra a<br />

arborização pública municipal. Objetivando <strong>de</strong>cisões justas<br />

e coerentes com a ação ou omissão cometidas;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o processo <strong>de</strong> Educação Ambiental<br />

compreen<strong>de</strong> também medidas coercitivas, no sentido <strong>de</strong><br />

sensibilizar a Comunida<strong>de</strong> da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um meio<br />

ambiente sadio, e<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o uso racional do meio ambiental<br />

constitui premissa fundamental para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentado, o objetivo maior da Municipalida<strong>de</strong>,<br />

DECRETA:<br />

Art. 1º - A poda ou extinção <strong>de</strong> qualquer espécie da<br />

arborização do Município <strong>de</strong>verá ser precedida <strong>de</strong><br />

Autorização <strong>de</strong> Secretaria Municipal do Meio Ambiente –<br />

SEMMA.<br />

Parágrafo Único – A Autorização será concedida<br />

mediante processo específico assim constituído:<br />

I – protocolo <strong>de</strong> solicitação <strong>de</strong> Autorização <strong>de</strong> poda ou<br />

extinção junto á SEMMA;<br />

II – apresentação <strong>de</strong> documentos pessoais (C.I. e C.P.F.) e<br />

comprovante do imóvel (IPTU), no qual se situam as árvores<br />

objetos da Autorização, no caso do proprietário do imóvel;<br />

III – apresentação <strong>de</strong> documentos pessoais (C.I. e C.P.F.)<br />

e procuração do proprietário do imóvel que se situam as<br />

árvores objetos da Autorização, outorgando po<strong>de</strong>res para a<br />

realização do serviço, no caso <strong>de</strong> terceiros;<br />

IV – vistoria técnica in loco;<br />

V – parecer técnico do Núcleo <strong>de</strong> Avaliação e<br />

Licenciamento Ambiental;<br />

VI – expedição da Autorização, no caso <strong>de</strong> parecer<br />

favorável.<br />

Art. 2º - Deverá cadastrar-se na SEMMA, pessoas físicas<br />

e jurídicas que se habilitarem a proce<strong>de</strong>r podas na<br />

arborização pública municipal, as quais <strong>de</strong>verão apresentar<br />

os seguintes documentos:<br />

I – Preencher formulário específico na SEMMA;<br />

II – apresentar documentos pessoais e/ou da empresa;<br />

III – apresentar o Responsável Técnico, com formação<br />

superior em área afim, que acompanhará todo o<br />

procedimento da copa.<br />

Art. 3º - O artigo 196, inciso IV, item “C” da Lei<br />

Complementar 014/92 – Código <strong>de</strong> Posturas do Município –<br />

que <strong>de</strong>fine a pena para infratores contra a arborização<br />

pública, passa a ser regulamentado, conforme esse Decreto<br />

e anexo I, que o especifica.<br />

Art. 4º - A classificação da infração <strong>de</strong> poda e extinção<br />

<strong>de</strong> espécies da arborização pública, subdivi<strong>de</strong>-se em:<br />

I – Infração Leve – é aquela pela qual o infrator<br />

primário, impedindo por circunstâncias danosas, não<br />

cumpre as normas ambientais do Município, contribuindo<br />

para a <strong>de</strong>gradação ambiental, dispondo-se ou não reparar<br />

os prejuízos causados;<br />

II – Infração Grave – é aquela pela qual o infrator,<br />

reinci<strong>de</strong>nte ou não, tendo como causa a imprudência,<br />

negligência ou imperícia, promove <strong>de</strong>gradação ambiental<br />

<strong>de</strong> difícil reparação;<br />

III – Infração Gravíssima – é aquela pela qual o infrator<br />

intencionalmente ou propositadamente, reinci<strong>de</strong>nte ou não,<br />

<strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>ce às normas ambientais do Município e promove<br />

<strong>de</strong>gradação que necessite <strong>de</strong> médio/longo prazo para<br />

recomposição da biota, sendo o mesmo obrigado a<br />

promover a reparação do dano causado, conforme<br />

legislação específica, tais como:<br />

<strong>de</strong>smatamento e/ou queimada <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> preservação<br />

permanente, previstas nas legislações Fe<strong>de</strong>ral e Municipal;<br />

<strong>de</strong>smatamento e/ou queimada da área <strong>de</strong> reserva legal,<br />

na zona rural do município;<br />

extirpação <strong>de</strong> espécies da flora em processo <strong>de</strong><br />

extinção, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

Art. 5º - Consi<strong>de</strong>rando-se circunstância agravante da<br />

infração aquelas que, legalmente previstas, revela sua<br />

maior gravida<strong>de</strong> e acarreta, obrigatoriamente, aumento da<br />

pena, a critério do julgador, respeitando, porém, limite<br />

máximo da cominação.<br />

Parágrafo Único – Diz-se agravantes os seguintes<br />

motivos:<br />

I – ser o infrator revel;<br />

118


II – ser o infrator reinci<strong>de</strong>nte;<br />

III – possuir o infrator nível social e cultural<br />

privilegiado;<br />

IV – abuso <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> ao cargo, função ou ofício.<br />

Art. 6º - Consi<strong>de</strong>ram-se circunstâncias atenuantes os<br />

motivos que, legalmente previstos, acarretam,<br />

obrigatoriamente, a diminuição da pena, a critério do<br />

julgador, respeitado, porém o limite mínimo da cominação.<br />

Parágrafo Único – Diz-se atenuantes os seguintes<br />

motivos:<br />

I – ser o infrator primário;<br />

II – ser o infrator não revel;<br />

III – possuir o infrator nível social e cultural não<br />

privilegiado;<br />

IV – o infrator promover o replantio das árvores<br />

extirpadas.<br />

Art. 7º - As falhas e/ou omissões <strong>de</strong>sse Decreto serão<br />

suplementadas pelo disposto no Decreto 2135/94.<br />

Art. 8º - Este Decreto entrará em vigor na data <strong>de</strong> sua<br />

publicação, revogando-se as disposições em contrário.<br />

GABINETE DO PREFEITO DE GOIÂNIA, aos 14 dias do<br />

mês <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1996.<br />

DARCI ACCORSI<br />

PREFEITO DE GOIÂNIA<br />

3.5. Lei nº 7004, <strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1991.<br />

LEI Nº 7004, DE 03 DE OUTUBRO DE 1991<br />

“Dispõe sobre a obrigatorieda<strong>de</strong> do plantio <strong>de</strong> árvores.”<br />

Art. 1º - Observado o disposto no art. 185, e seus §§, da<br />

lei nº 4527, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1971, é obrigatório o<br />

plantio <strong>de</strong> árvores ornamentais, em número mínimo <strong>de</strong><br />

duas por lote resi<strong>de</strong>ncial ou comercial cuja testada<br />

ultrapasse a 10 (<strong>de</strong>z) metros.<br />

§ 1º - Os órgãos próprios do Município somente<br />

expedirão termos <strong>de</strong> habite-se ou alvarás <strong>de</strong> funcionamento<br />

quando atendido o disposto neste artigo.<br />

§ 2º - Os proprietários <strong>de</strong> estabelecimentos comerciais<br />

ficam proibidos <strong>de</strong> podar, cortar, danificar, <strong>de</strong>rrubar,<br />

remover ou sacrificar as árvores ornamentais.<br />

§ 3 º - Para efeito do § 1º, no caso <strong>de</strong> tratar-se <strong>de</strong><br />

conjunto habitacional, a firma construtora fica obrigada ao<br />

cumprimento do disposto no “caput” <strong>de</strong>ste artigo.<br />

Art. 2º - Cabe ao órgão municipal competente orientar o<br />

proprietário quanto ao tipo <strong>de</strong> árvore a ser plantada.<br />

Art. 3º - Constatada a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aquisição das<br />

mudas, o órgão municipal competente as fornecerá<br />

gratuitamente, a requerimento do interessado.<br />

Art. 4º - Os infratores do disposto nesta lei ficam<br />

sujeitos às penalida<strong>de</strong>s previstas nos arts. 422, 425 e 429, da<br />

Lei nº 4.527, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1971, com as<br />

modificações produzidas pela Lei nº 5.886, <strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />

1982.<br />

Parágrafo único – Em casos <strong>de</strong> lotes e terrenos baldios,<br />

e quando não atendido o disposto no “caput” do art. 1º,<br />

<strong>de</strong>sta lei, as penalida<strong>de</strong>s pecuniárias serão cobradas<br />

juntamente com o imposto territorial pertinente.<br />

Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data <strong>de</strong> sua<br />

publicação, revogando as disposições em contrário.<br />

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE GOIÂNIA, aos 22 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1991.<br />

JOSÉ NELTO LAGARES DAS MERC S<br />

PRESIDENTE DA CÂMARA<br />

3.6. Lei nº 8451 <strong>de</strong> 07 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006.<br />

LEI Nº 8451, DE 07 DE AGOSTO DE 2006.<br />

“Dispõe sobre o incentivo à manutenção redistribuição<br />

<strong>de</strong> arvoredo nativo nos imóveis <strong>de</strong> nossa capital e dá outras<br />

providências.”<br />

Art. 1º - Será exigido no momento da vistoria <strong>de</strong><br />

conclusão <strong>de</strong> obras feita pelo vistoriador da Secretária<br />

Municipal do Meio Ambiente, a existência, ou plantio <strong>de</strong>, no<br />

mínimo, uma árvore nativa da região em cada lote, ou na<br />

faixa <strong>de</strong> passeio da via, contígua a este lote.<br />

Art. 2º - O não cumprimento ao disposto no Art. 1º<br />

acarretará o bloqueio da emissão do referido documento<br />

para o lote em questão.<br />

Art. 3º - Ficam isentos <strong>de</strong> cumprir o referido<br />

procedimento aqueles imóveis cujos processos tenham a<br />

<strong>de</strong>vida anuência da Secretaria Municipal do Meio<br />

Ambiente, emitida <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com as normas <strong>de</strong>stas<br />

que <strong>de</strong>verão levar em conta a localização do imóvel, as<br />

condições <strong>de</strong> plantio, em função <strong>de</strong> espaço físico, tipo <strong>de</strong><br />

solo, ou outras condições que possam interferir no<br />

cumprimento do disposto no Art. 1º.<br />

Art.4º - Esta lei entra em vigor na data <strong>de</strong> sua<br />

publicação.<br />

GABINETE DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL<br />

DE GOIÂNIA, aos 07 dias do mês <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006.<br />

CLÁUDIO MEIRELLES<br />

PRESIDENTE<br />

3.7. Instrução normativa nº 005 <strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong><br />

2006 <strong>de</strong> 1991.<br />

INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 005 DE 03 DE OUTUBRO<br />

DE 2006<br />

“Dispõe sobre a substituição <strong>de</strong> árvores da espécie Ficus<br />

benjamina nas vias públicas do município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.”<br />

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, no<br />

uso <strong>de</strong> suas atribuições legais e regulamentares, conforme<br />

art. 27, X, do Regimento Interno <strong>de</strong>sta Secretaria, constante<br />

do Decreto n° 1232, <strong>de</strong> 09 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999, e <strong>de</strong> acordo<br />

com a Lei 7747, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1997;<br />

CONSIDERANDO a competência da Secretaria<br />

Municipal do Meio Ambiente disposta no Decreto n° 1232,<br />

<strong>de</strong> 09 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999, <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nar e elaborar o Plano<br />

Diretor <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana e Áreas Ver<strong>de</strong>s do Município;<br />

CONSIDERANDO os danos causados nas edificações e<br />

equipamentos públicos pelo sistema radicular da espécie<br />

Ficus benjamina.<br />

119


RESOLVE:<br />

Art. 1° - Autorizar a substituição por parte <strong>de</strong> terceiros<br />

das árvores da espécie Ficus benjamina, localizadas nas vias<br />

públicas do município, mediante autorização da Secretaria<br />

Municipal do Meio Ambiente - SEMMA.<br />

Art. 2° - Comporá o rol <strong>de</strong> documentos necessários para a<br />

autorização da substituição da espécie Ficus benjamina:<br />

Preenchimento do requerimento;<br />

Cópia <strong>de</strong> comprovante <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço;<br />

Cópia <strong>de</strong> documento pessoal; e<br />

Pagamento <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> árvore.<br />

Art. 3° - Compete à Companhia <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> – COMURG, a remoção da(s) árvore(s) <strong>de</strong> Ficus<br />

benjamina, a retirada e remoção do material vegetativo<br />

oriundo <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>.<br />

Art. 4° - o requerente da substituição terá o prazo <strong>de</strong> 15<br />

(quinze) dias a contar da data <strong>de</strong> remoção da árvore da<br />

espécie Ficus benjamina, para realizar a(s) remoção(ões) do(s)<br />

toco(s) e executar o(s) plantio(s) da(s) muda(s) da espécie<br />

indicada pela SEMMA, com mudas em excelente estado<br />

fitossanitário e com altura mínima <strong>de</strong> 1,20 metro.<br />

Parágrafo Único - O requerente se responsabilizará ainda<br />

pela colocação do tutor e gradil <strong>de</strong> proteção da(s) muda(s),<br />

pela adubação e irrigações necessárias para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da(s) muda(s), conforme <strong>de</strong>scrito no Anexo I.<br />

Art. 5° - Compete a Secretaria Municipal do Meio<br />

Ambiente a vistoria in loco; verificando o quantitativo <strong>de</strong><br />

árvores a serem removidas; indicar a nova espécie e a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudas a serem plantadas; e fiscalizar a<br />

execução do(s) plantio(s).<br />

Art. 6° - Para a liberação da autorização <strong>de</strong> substituição<br />

da(s) árvore(s) <strong>de</strong>verá ser firmado Termo <strong>de</strong> Compromisso e<br />

Responsabilida<strong>de</strong>, conforme Anexo II, a ser assinado pelo<br />

requerente em 03 (três) vias, on<strong>de</strong> este se responsabilizará<br />

pela execução do(s) novo(s) plantio(s) com a espécie indicada<br />

pela SEMMA.<br />

CUMPRA-SE E PUBLIQUE-SE.<br />

GABINETE DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIO<br />

AMBIENTE, aos 03 dias do mês <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006.<br />

ADV. CLARISMINO LUIZ PEREIRA JUNIOR<br />

Secretário<br />

ANEXO I<br />

Recomendações Técnicas para Plantio, Manutenção e<br />

Proteção <strong>de</strong> Mudas<br />

Característica da(s) muda(s) a ser(em) adquirida(s):<br />

Ter boa formação e estar rustificada;<br />

Porte <strong>de</strong>, no mínimo 1,5 m <strong>de</strong> altura <strong>de</strong> fuste, sem<br />

bifurcações;<br />

Ser isenta <strong>de</strong> pragas e doenças;<br />

Ter tronco reto e bem formado;<br />

A copa <strong>de</strong>verá ser formada <strong>de</strong>, pelo menos, três ramos;<br />

Ter sistema radicular bem formado e consolidado na<br />

embalagem <strong>de</strong> entrega, rejeitando-se aqueles cujos sistemas<br />

radiculares tenham sofrido quaisquer danos;<br />

Preparo do Solo:<br />

A cova para plantio <strong>de</strong>verá ter as dimensões mínimas <strong>de</strong><br />

0,40X0,40X0,40 metro, <strong>de</strong>ixando uma área permeável <strong>de</strong><br />

0,60X0,60X0,60 metro. Para calçadas estreitas será <strong>de</strong>finida no<br />

ato da vistoria para <strong>de</strong>finição do quantitativo e da espécie a<br />

ser plantada, as dimensões mínimas da área permeável;<br />

O solo <strong>de</strong> preenchimento da cova <strong>de</strong>ve estar livre <strong>de</strong><br />

pedras, entulho e lixo. O solo ina<strong>de</strong>quado ou seja, compactado<br />

ou com entulho e pedra, <strong>de</strong>ve ser substituído por outro com<br />

constituição, porosida<strong>de</strong>, estrutura e permeabilida<strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>quados ao bom <strong>de</strong>senvolvimento da espécie plantada.<br />

Observar também que:<br />

Todo entulho <strong>de</strong>corrente da quebra do passeio para<br />

abertura da cova <strong>de</strong>ve ser recolhido no mesmo dia;<br />

Para complementação da adubação na cova,<br />

consi<strong>de</strong>rando a aci<strong>de</strong>z e <strong>de</strong>ficiência mineral dos solos locais e<br />

a freqüente mistura com materiais <strong>de</strong> construção, torna<br />

necessário acrescentar em cada cova 10 litros <strong>de</strong> esterco<br />

bovino curtido (adubação orgânica) e 200g <strong>de</strong> NPK 6–30–6 e<br />

300g <strong>de</strong> calcário dolomítico.<br />

3- Plantio propriamente dito:<br />

A muda <strong>de</strong>ve ser retirada da embalagem com cuidado e<br />

apenas no momento do plantio, a fim <strong>de</strong> evitar o estresse e<br />

evapotranspiração;<br />

O colo da muda <strong>de</strong>ve ficar ao nível da superfície do solo;<br />

O solo ao redor da muda <strong>de</strong>ve ser preparado <strong>de</strong> forma a<br />

criar condições para a captação e infiltração <strong>de</strong> água;<br />

As mudas <strong>de</strong>vem ser irrigadas até sua completa<br />

consolidação e estruturação, ou seja, completo<br />

estabelecimento;<br />

O protetor <strong>de</strong>ve ser fixado ao solo (no mínimo a 70 cm <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong>) <strong>de</strong> modo a impedir o seu tombamento ou<br />

arrancamento;<br />

4- Proteção da(s) muda(s):<br />

Tutor (protetor):<br />

O tutoramento é a operação <strong>de</strong> sustentação firme da<br />

muda, na posição vertical;<br />

O tutor <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira tendo as dimensões <strong>de</strong><br />

2x2x220 cm. Deve ser enterrado no mínimo a 70 cm <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da cova.;<br />

A muda <strong>de</strong>ve ser presa ao tutor através <strong>de</strong> amarrilhos;<br />

O amarrilho <strong>de</strong>ve ter a forma <strong>de</strong> oito <strong>de</strong>itado. Deve-se<br />

usar borracha, sisal ou outro material que não fira o tronco;<br />

Não <strong>de</strong>ve ser utilizado arame para amarrar a muda ao<br />

tutor.<br />

Gradis:<br />

O gradil é protetor da muda, seu emprego previne<br />

possíveis danos que possam impedir o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

futura árvore. Suas dimensões são <strong>de</strong> 60 cm <strong>de</strong> largura e 130<br />

cm <strong>de</strong> altura acima do solo.<br />

A fim <strong>de</strong> propiciar maior proteção à muda, <strong>de</strong>verão ser<br />

colocadas 4 ripas paralelas horizontalmente, distanciadas<br />

uma da outra em torno <strong>de</strong> 30 cm.<br />

120


5- Manutenção:<br />

Após o plantio, a muda <strong>de</strong>ve ser irrigada<br />

abundantemente. Se não chover até 5 dias após o plantio,<br />

irrigar a cova com 20 litros <strong>de</strong> água, repetindo este<br />

tratamento sempre que necessário até o pegamento da<br />

muda;<br />

Se <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> plantada a muda estiver fraca, <strong>de</strong>verá ser<br />

feita adubação <strong>de</strong> cobertura, colocando 100g <strong>de</strong> NPK<br />

10–10–10 por cova;<br />

O replantio ou substituição da muda morta é necessário<br />

para manter o efeito estético e paisagístico. Replantar<br />

muda da mesma espécie indicada para o local. O replantio<br />

<strong>de</strong>verá ser, no máximo, 30 dias após o plantio;<br />

Substituição ou recolocação <strong>de</strong> gradil e tutor na posição<br />

correta, a fim <strong>de</strong> restabelecer as condições <strong>de</strong>sejáveis ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da planta;<br />

Em caso <strong>de</strong> dúvida pedimos entrar em contato com a<br />

Divisão <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> da Secretaria Municipal do Meio<br />

Ambiente – SEMMA, através do fone 3524-1438 e pedimos<br />

após a realização do plantio solicitar nova vistoria para<br />

verificar a execução da referida ativida<strong>de</strong>.<br />

ANEXO II<br />

TERMO DE COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE<br />

____/200___<br />

Pelo presente instrumento, <strong>de</strong>nominado Termo <strong>de</strong><br />

Compromisso e Responsabilida<strong>de</strong>, o(a)<br />

Sr(a).___________________________________-<br />

__________________________________, CPF(CNPJ):<br />

_____________________, telefone: _________________,<br />

En<strong>de</strong>reço: ____________________________,<br />

___________________________________________________<br />

___<strong>de</strong>nominado COMPROMISSÁRIO(A) vem perante a<br />

SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DE<br />

GOIÂNIA – SEMMA, neste Termo <strong>de</strong>nominada<br />

COMPROMITENTE criada pela Lei n.º 6.540, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong><br />

Dezembro <strong>de</strong> 1989, situada à Rua 75, esquina com a Rua 66,<br />

Edifício Monte Líbano, Setor Central, nesta Capital, inscrita<br />

sob o CNPJ n.º 251.418.131/0001-22, <strong>de</strong>vidamente<br />

representada pelo técnico (a)<br />

___________________________________________________<br />

, visando a compensação <strong>de</strong> impactos ambientais, firmar<br />

ajustamento, mediante as seguintes cláusulas e condições:<br />

CLÁUSULA PRIMEIRA<br />

Este Termo <strong>de</strong> Compromisso e Responsabilida<strong>de</strong> a que,<br />

ora, o(a) COMPROMISSÁRIO(A) se submete, tem por<br />

objetivo a compensação ambiental com o plantio <strong>de</strong><br />

_________ muda(s), da(s) espécie(s)<br />

______________________________ a ser(em) plantada(s) na<br />

calçada do imóvel localizado:<br />

___________________________________________________<br />

_________________________________, nesta capital, tendo<br />

em vista a retirada <strong>de</strong> ______________ árvore(s) da espécie<br />

________________________________, que se encontra (m)<br />

com as seguintes confições fitossanitárias.<br />

CLÁUSULA SEGUNDA<br />

Reconhecendo o impacto ambiental em <strong>de</strong>corrência da<br />

retirada <strong>de</strong> árvore(s) da arborização pública, o(a)<br />

COMPROMISSÁRIO(A), visando aten<strong>de</strong>r a uma efetiva<br />

compensação ambiental, assume o compromisso <strong>de</strong> dar<br />

cumprimento às seguintes obrigações:<br />

Realizar o plantio <strong>de</strong> _____ muda(s) da espécie<br />

____________________, com altura mínima <strong>de</strong> 1,20 metro,<br />

com boa rusticida<strong>de</strong>, isentas <strong>de</strong> pragas e doenças. Para a<br />

realização <strong>de</strong>ste(s) plantio(s) se faz necessário a remoção<br />

do(s) toco(s) da(s) árvore(s) que será(ão) removida(s).<br />

Realizar o plantio observando as seguintes<br />

recomendações:<br />

a)- Preparo do Solo<br />

O solo <strong>de</strong> preenchimento da cova <strong>de</strong>ve estar livre <strong>de</strong><br />

pedras, entulho e lixo. O solo ina<strong>de</strong>quado, ou seja,<br />

compactado ou com entulho e pedra, <strong>de</strong>ve ser substituído<br />

por outro com constituição, porosida<strong>de</strong>, estrutura e<br />

permeabilida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quados ao bom <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

espécie plantada;<br />

Para complementação da adubação na cova, torna<br />

necessário acrescentar em cada cova 10 litros <strong>de</strong> esterco<br />

bovino curtido (adubação orgânica), 200g <strong>de</strong> NPK 6-30-6 e<br />

300g <strong>de</strong> calcário dolomítico.<br />

b)- Plantio propriamente dito:<br />

A muda <strong>de</strong>ve ser retirada da embalagem com cuidado<br />

e apenas no momento do plantio, a fim <strong>de</strong> evitar o estresse<br />

e evapotranspiração;<br />

O colo da muda <strong>de</strong>ve ficar ao nível da superfície do<br />

solo;<br />

O solo ao redor da muda <strong>de</strong>ve ser preparado <strong>de</strong> forma a<br />

criar condições para a captação e infiltração <strong>de</strong> água;<br />

As mudas <strong>de</strong>vem ser irrigadas até sua completa<br />

consolidação e estruturação, ou seja, completo<br />

estabelecimento;<br />

O protetor <strong>de</strong>ve ser fixado ao solo (no mínimo a 70 cm<br />

<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>) <strong>de</strong> modo a impedir o seu tombamento ou<br />

arrancamento.<br />

Realizar todas as manutenções necessárias para o<br />

pleno <strong>de</strong>senvolvimento da(s) referida(s) muda(s), tais como:<br />

a)- Tutor (protetor):<br />

O tutoramento é a operação <strong>de</strong> sustentação firme da<br />

muda, na posição vertical;<br />

O tutor <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira tendo as dimensões <strong>de</strong><br />

2x2x220 cm. Deve ser enterrado no mínimo a 70 cm <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da cova.;<br />

A muda <strong>de</strong>ve ser presa ao tutor através <strong>de</strong> amarrilhos;<br />

O amarrilho <strong>de</strong>ve ter a forma <strong>de</strong> oito <strong>de</strong>itado. Deve-se<br />

usar borracha, sisal ou outro material que não fira o tronco;<br />

Não <strong>de</strong>ve ser utilizado arame para amarrar a muda.<br />

b)- Gradis<br />

O gradil é protetor da muda, seu emprego previne<br />

possíveis danos que possam impedir o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

futura árvore. Suas dimensões são <strong>de</strong> 60 cm <strong>de</strong> largura e<br />

130 cm <strong>de</strong> altura acima do solo.<br />

121


A fim <strong>de</strong> propiciar maior proteção à muda, <strong>de</strong>verão ser<br />

colocadas 4 ripas paralelas horizontalmente, distanciadas<br />

uma da outra em torno <strong>de</strong> 30 cm.<br />

Para o fiel cumprimento do contido nos Itens I, II, e III,<br />

fica estabelecido o prazo <strong>de</strong> 15 (quinze) dias, a contar da<br />

data da remoção da(s) árvore(s) pela Companhia <strong>de</strong><br />

Urbanização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> - COMURG.<br />

CLÁUSULA TERCEIRA<br />

A Companhia <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> - COMURG<br />

irá executar a remoção da(s) árvore(s) mencionada(s) na<br />

Cláusula Primeira, para que o COMPROMISSÁRIO possa<br />

executar o(s) plantio(s) da(s) muda(s) da(s) espécie(s) no<br />

en<strong>de</strong>reço citado(s) na Cláusula Primeira <strong>de</strong>ste Termo.<br />

CLÁUSULA QUARTA<br />

A SEMMA efetuará vistoria in loco, para averiguação da<br />

efetiva conclusão da referida ativida<strong>de</strong>, nos termos que fora<br />

acordado nos Itens I, II e III da Cláusula Segunda.<br />

CLÁUSULA QUINTA<br />

O COMPROMISSÁRIO certifica ter conhecimento que o<br />

presente Termo <strong>de</strong> Compromisso possui eficácia <strong>de</strong> título<br />

executivo extrajudicial, po<strong>de</strong>ndo ser executado<br />

imediatamente diante do não cumprimento <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong><br />

suas cláusulas no prazo previsto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> qualquer<br />

notificação <strong>de</strong>sta Secretaria.<br />

CLÁUSULA SEXTA<br />

O COMPROMISSÁRIO reconhece que o presente Termo<br />

refere-se somente à compensação ambiental em razão da(s)<br />

retirada(s) da(s) árvore(s) <strong>de</strong>scrita(s) no presente.<br />

CLÁUSULA SÉTIMA<br />

O não cumprimento <strong>de</strong> qualquer das cláusulas e<br />

obrigações aqui assumidas, incorrerá multa no valor <strong>de</strong> R$<br />

500,00 (quinhentos reais) ao dia, em <strong>de</strong>sfavor do<br />

COMPROMISSÁRIO, a ser <strong>de</strong>positado para o Fundo<br />

Municipal do Meio Ambiente, conta corrente nº 0638-6, Ag.<br />

1842, Operação nº 006, Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral, sem<br />

prejuízo do compromisso assumido.<br />

CLÁUSULA OITAVA<br />

Elegem as partes o foro da Comarca <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> para<br />

dirimir quaisquer litígios que por ventura venham a ocorrer<br />

entre as partes.<br />

E, por estarem ambas as partes <strong>de</strong> acordo, assinam o<br />

presente em 03 vias <strong>de</strong> igual teor.<br />

<strong>Goiânia</strong>, ___ <strong>de</strong> ______________ <strong>de</strong> 200__.<br />

Técnico(a) Secretaria Municipal do Meio Ambiente<br />

Requerente<br />

Testemunhas:<br />

Nome:<br />

CPF ou RG:<br />

Nome:<br />

CPF ou RG:<br />

3.8. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 017 DE 15 DE<br />

AGOSTO DE 2006<br />

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 017 DE 15 DE AGOSTO<br />

DE 2006.<br />

“Institui as diretrizes ambientais para licenciamento<br />

ambiental <strong>de</strong> parcelamento do Solo Urbano no Município <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong>.”<br />

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, no<br />

uso <strong>de</strong> suas atribuições legais e regulamentares, conforme<br />

art. 27, do Decreto nº 1232 <strong>de</strong> 09/06/1999:<br />

CONSIDERANDO o disposto no art. 6°, § 2. º, da Lei<br />

6938/81, na Resolução CONAMA Nº 002 <strong>de</strong> 18/04/1996, na<br />

Resolução CONAMA Nº 237, <strong>de</strong> 19/12/1997 e, ainda, no art.<br />

36 da Lei nº 9.985/00, que tratam da competência do órgão<br />

local do SISNAMA para licenciar todos os empreendimentos<br />

e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> impacto ambiental local;<br />

CONSIDERANDO a Lei nº 6.766, <strong>de</strong> 19/12/79, que dispõe<br />

sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras<br />

providências e a Lei nº 10.257/01, Lei do Estatuto da Cida<strong>de</strong>;<br />

CONSIDERANDO, ainda, a Instrução Normativa N.º<br />

07/2005 – SEMMA, que institui a compensação ambiental<br />

para os empreendimentos e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relevante<br />

impacto ambiental, assim consi<strong>de</strong>rados os parcelamentos<br />

urbanos;<br />

RESOLVE:<br />

Art. 1º - O Licenciamento ambiental para<br />

parcelamentos do solo em zonas urbanas e <strong>de</strong> expansão<br />

urbana obe<strong>de</strong>cerá ao contido nesta Instrução Normativa.<br />

§ 1º - As diretrizes ambientais nos processos <strong>de</strong><br />

parcelamento do solo serão emitidas pela Secretaria<br />

Municipal <strong>de</strong> Meio Ambiente (SEMMA), no momento da<br />

expedição da Licença Ambiental Prévia.<br />

2º - A Licença Ambiental Prévia é documento<br />

indispensável para instruir o Processo <strong>de</strong> Parcelamento<br />

Urbano, que será emitido pela Secretaria Municipal <strong>de</strong><br />

Planejamento (SEPLAM) do Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

Art. 2º - O parcelamento do solo urbano po<strong>de</strong>rá ser feito<br />

mediante loteamento ou reloteamento, observadas as<br />

disposições <strong>de</strong>sta normativa e as das legislações fe<strong>de</strong>rais,<br />

estaduais e municipais pertinentes.<br />

Art. 3º - Não será permitido o parcelamento do solo:<br />

I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundação;<br />

II - em terrenos que tenham sido aterrados com<br />

material nocivo à saú<strong>de</strong>;<br />

III - em terreno com <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> igual ou superior a 30%;<br />

IV - em terrenos on<strong>de</strong> as condições geológicas não<br />

aconselham edificação;<br />

V - em áreas <strong>de</strong> preservação ambiental ou naquelas<br />

on<strong>de</strong> a poluição impeça condições sanitárias suportáveis.<br />

Art. 4º - Antes da instauração do processo <strong>de</strong><br />

licenciamento ambiental, o empreen<strong>de</strong>dor <strong>de</strong>verá ter<br />

conhecimento das diretrizes ambientais para a implantação<br />

do empreendimento, apresentando, para este fim,<br />

requerimento e levantamento planoaltimétrico contendo:<br />

122


I – O perímetro da gleba a ser loteada <strong>de</strong>verá ser<br />

georeferenciada em coor<strong>de</strong>nadas geográficas ou em UTM;<br />

II - as curvas <strong>de</strong> nível <strong>de</strong>verão apresentar distância <strong>de</strong><br />

um metro uma das outras;<br />

III - a localização dos cursos d’água, bosques e<br />

construções existentes.<br />

Art. 5º - Os documentos a serem apresentados para<br />

expedição da Licença Ambiental Prévia (LP) são:<br />

I - escritura ou registro do imóvel;<br />

II - documentos pessoais do loteador;<br />

III - planta aerofotogramétrica <strong>de</strong> 1975 e Carta <strong>de</strong> Risco<br />

<strong>de</strong> 1991, com cobertura vegetal da área a ser parcelada,<br />

conforme previsão do art. 86, VI, da Lei Complementar nº.<br />

031 <strong>de</strong> 29/12/1994;<br />

IV - Laudo Geológico, assinado por profissional<br />

habilitado com anotação <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> técnica e<br />

<strong>de</strong>vidamente registrado no CREA;<br />

V - Laudo <strong>de</strong> Vegetação, assinado por profissional<br />

habilitado com anotação <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> técnica e<br />

<strong>de</strong>vidamente registrado no CREA;<br />

VI - Comprovante <strong>de</strong> pagamento da taxa <strong>de</strong><br />

licenciamento ambiental;<br />

VII – Projeto <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> do empreendimento, para<br />

análise e aprovação, contemplando a indicação das espécies<br />

para cada logradouro público, com planta urbanística<br />

contendo os locais <strong>de</strong> plantio, largura da rua e calçada, bem<br />

como a locação do posteamento discriminando, ainda, o<br />

tipo <strong>de</strong> fiação aérea <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia;<br />

VIII – Projeto <strong>de</strong> Recomposição Florística, das áreas<br />

consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> ZPA -01 (áreas <strong>de</strong> preservação<br />

permanente);<br />

IX – PRAD – Projeto <strong>de</strong> Recuperação <strong>de</strong> Área<br />

Degradada, nos casos em que houver área (s) <strong>de</strong>gradada (s)<br />

na gleba a ser parcelada, conforme <strong>de</strong>terminação da<br />

SEMMA;<br />

IX - Atestado <strong>de</strong> Viabilida<strong>de</strong> Técnica Operacional <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água e coleta <strong>de</strong> esgoto (AVTO), expedido<br />

pela SANEAGO;<br />

X – Georeferenciamento da Gleba com levantamento<br />

topográfico.<br />

Art. 6° – Para expedição da Licença Ambiental <strong>de</strong><br />

Instalação será necessária a apresentação dos seguintes<br />

documentos:<br />

I - licença ambiental municipal prévia;<br />

II - estudos ambientais <strong>de</strong>finidos por técnicos da<br />

SEMMA;<br />

III – parecer conclusivo do órgão <strong>de</strong> planejamento<br />

municipal;<br />

VII – Parecer <strong>de</strong> aprovação do projeto urbanístico pela<br />

Secretaria Municipal <strong>de</strong> Planejamento – SEPLAM.<br />

Parágrafo único – Na Licença Ambiental <strong>de</strong> Instalação<br />

constará a exigência <strong>de</strong> início imediato para implantação<br />

dos projetos <strong>de</strong> Recomposição Florística, <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> e o<br />

PRAD – este último quando se fizer necessário - no<br />

empreendimento, conforme aprovado pela SEMMA, sob<br />

pena <strong>de</strong> suspensão da mesma, incorrendo o empreen<strong>de</strong>dor<br />

nas penas da legislação.<br />

Art. 7º - Os projetos e estudos ambientais, apresentados<br />

para análise <strong>de</strong>sta Secretaria, <strong>de</strong>verão estar assinados por<br />

profissional habilitado, <strong>de</strong>vidamente acompanhados da ART<br />

- anotação <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> técnica – e,<br />

obrigatoriamente, contemplarão as seguintes diretrizes<br />

ambientais:<br />

I - ao longo das faixas <strong>de</strong> domínio público das rodovias,<br />

ferrovias, dutos e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> alta tensão será<br />

obrigatória a reserva <strong>de</strong> uma faixa não-edificante <strong>de</strong> acordo<br />

com as exigências da legislação específica, observados<br />

critérios e parâmetros que garantam a segurança da<br />

população e a proteção do meio ambiente, conforme<br />

estabelecido nas normas técnicas pertinentes;<br />

II - preservar e revegetar as áreas circundantes das<br />

nascentes permanentes e temporárias, inclusive as que<br />

apresentarem ruptura <strong>de</strong> <strong>de</strong>clive com solos hidromórficos<br />

e/ou orgânicos e as áreas com afloramento do lençol<br />

freático em forma <strong>de</strong> minas (olhos d’água) e merejos<br />

(brejos), respeitando um raio <strong>de</strong>, no mínimo, 100 (cem)<br />

metros, a partir das mesmas, po<strong>de</strong>ndo o órgão ambiental<br />

municipal competente ampliar esses limites, visando<br />

proteger a faixa <strong>de</strong> possíveis danos ambientais;<br />

III – preservar e revegetar com um raio mínimo <strong>de</strong> 100<br />

m (cem metros) a partir da cota <strong>de</strong> inundações para o Rio<br />

Meia Ponte e os Ribeirões Anicuns e João Leite, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

tais dimensões propiciem a preservação <strong>de</strong> suas planícies<br />

<strong>de</strong> inundação ou várzeas, po<strong>de</strong>ndo o órgão ambiental<br />

municipal competente ampliar esses limites, visando<br />

proteger a faixa <strong>de</strong> proteção ambiental;<br />

IV – preservar e revegetar as faixas bilaterais contíguas<br />

aos cursos d’agua temporários e permanentes, com largura<br />

mínima <strong>de</strong> 50 m (cinqüenta metros), a partir cota <strong>de</strong><br />

inundação para todos os córregos, po<strong>de</strong>ndo o órgão<br />

ambiental municipal competente ampliar esses limites,<br />

visando proteger a faixa <strong>de</strong> proteção ambiental;<br />

V – preservar e revegetar as faixas <strong>de</strong> 50 m (cinqüenta<br />

metros) circundantes aos lagos, lagoas e reservatórios<br />

d’água naturais ou artificiais, como represas e barragens,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a cota máxima <strong>de</strong> inundação, medida<br />

horizontalmente;<br />

VI - preservar e revegetar as encostas com vegetação<br />

ou partes <strong>de</strong>stas com <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> superior a 30% (trinta por<br />

cento) que fazem limite com o loteamento proposto;<br />

VII - não po<strong>de</strong>rão ser consi<strong>de</strong>rados como compensação<br />

ambiental os limites mínimos <strong>de</strong> 15% (quinze por cento), <strong>de</strong><br />

áreas <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> equipamentos urbanos e espaços<br />

livres <strong>de</strong> uso público, exigidos pelo órgão <strong>de</strong> planejamento<br />

municipal para os loteamentos;<br />

VIII - a compensação ambiental não po<strong>de</strong>rá ser inferior<br />

a 0,5% (meio por cento) do valor do empreendimento,<br />

<strong>de</strong>finida tal porcentagem por meio <strong>de</strong> Parecer Técnico da<br />

SEMMA, conforme previsão da Instrução Normativa nº 007<br />

<strong>de</strong> 21/01/2005;<br />

IX – todos os loteamentos acima <strong>de</strong> 100 (cem) hectares<br />

<strong>de</strong>verão apresentar Estudos <strong>de</strong> Impacto Ambiental (EIA) e<br />

Relatório <strong>de</strong> Impacto Ambiental (RIMA), que serão<br />

analisados e aprovados pelos técnicos da SEMMA;<br />

123


X – os loteamentos inferiores a 100 (cem) hectares<br />

<strong>de</strong>verão apresentar estudos ambientais específicos <strong>de</strong>finidos<br />

pelos técnicos da SEMMA;<br />

XI – os projetos <strong>de</strong> Recomposição Florística <strong>de</strong>verão<br />

contemplar ações que objetivem:<br />

a) conter processos erosivos do tipo ravinas ou<br />

voçorocas;<br />

b) formar faixa <strong>de</strong> proteção ao longo das rodovias e<br />

ferrovias;<br />

c) proteger sítios <strong>de</strong> excepcional beleza, valor científico<br />

ou histórico.<br />

XII – todos os projetos <strong>de</strong> recomposição florística<br />

<strong>de</strong>verão conter cronograma <strong>de</strong> execução, com período<br />

mínimo <strong>de</strong> 02 (dois) anos <strong>de</strong> manutenção por parte do<br />

empreen<strong>de</strong>dor, sendo que as áreas consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong><br />

preservação permanente <strong>de</strong>verão ser cercadas;<br />

XIII – as cercas <strong>de</strong> que tratam o inciso anterior <strong>de</strong>verão<br />

contemplar corredores <strong>de</strong> migração faunística,<br />

possibilitando a passagem <strong>de</strong> animais, <strong>de</strong> modo a evitar o<br />

confinamento da fauna local;<br />

XIV – No caso <strong>de</strong> parcelamento para implantação <strong>de</strong><br />

condomínio horizontal, <strong>de</strong>verá ser observado o disposto no<br />

inciso anterior, no que diz respeito ao cercamento do<br />

empreendimento;<br />

XV – as áreas <strong>de</strong> preservação ambiental <strong>de</strong> domínio<br />

privado <strong>de</strong>verão receber manutenção permanente por prazo<br />

in<strong>de</strong>terminado;<br />

XVI – as Zonas <strong>de</strong> Proteção Ambiental I e IV <strong>de</strong>verão<br />

ser circundadas por ruas e nunca contíguas à área<br />

parcelada;<br />

Parágrafo único – Nos casos em que a<br />

recomposição/reparação da área <strong>de</strong> mata <strong>de</strong>gradada não<br />

pu<strong>de</strong>r ser realizada no mesmo local do empreendimento, o<br />

empreen<strong>de</strong>dor <strong>de</strong>verá firmar TAC (Termo <strong>de</strong><br />

Responsabilida<strong>de</strong> e Ajustamento <strong>de</strong> Conduta) junto a esta<br />

Secretaria, se comprometendo a recuperar ou recompor, em<br />

outro local, na proporção <strong>de</strong> 1,5 vezes a área <strong>de</strong> mata<br />

<strong>de</strong>gradada, apresentando projeto para análise e aprovação<br />

do <strong>de</strong>partamento técnico da SEMMA.<br />

Art. 8º – As diretrizes ambientais expedidas vigorarão<br />

pelo prazo máximo <strong>de</strong> 04 (quatro) anos.<br />

Art. 9º - A Licença Ambiental Prévia vigorará por prazo<br />

máximo <strong>de</strong> 01 (um) ano.<br />

Art. 10 - A Licença Ambiental <strong>de</strong> Instalação vigorará<br />

por prazo máximo <strong>de</strong> 02 (dois) anos.<br />

Art. 11 – Não serão licenciados os loteamentos a serem<br />

implantados em locais on<strong>de</strong> não haja viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

abastecimento público <strong>de</strong> água, energia, coleta <strong>de</strong> esgoto,<br />

<strong>de</strong> águas pluviais e asfalto.<br />

Art. 12 - A SEMMA terá prazo <strong>de</strong> 60 (sessenta) dias para<br />

manifestação acerca do Licenciamento Ambiental Prévio do<br />

loteamento e prazo <strong>de</strong> 90 (noventa) dias para manifestação<br />

acerca do Licenciamento Ambiental <strong>de</strong> Instalação,<br />

emitindo, quanto aos projetos apresentados, parecer<br />

favorável ou <strong>de</strong>sfavorável, que orientará o empreen<strong>de</strong>dor<br />

quanto às modificações que se fizerem necessárias.<br />

Art. 13 – As áreas não-edificáveis protegidas<br />

ambientalmente, constantes do projeto e do memorial do<br />

loteamento, não po<strong>de</strong>rão ter a sua <strong>de</strong>stinação alterada pelo<br />

loteador.<br />

Art. 14 - O não cumprimento das diretrizes ambientais<br />

impe<strong>de</strong> a outorga <strong>de</strong> licenciamento ambiental para o<br />

loteamento.<br />

Art. 16 - A implantação <strong>de</strong> loteamento sem o <strong>de</strong>vido<br />

licenciamento ambiental, ensejará ao loteador as<br />

penalida<strong>de</strong>s cabíveis, conforme o Decreto nº 3179 <strong>de</strong><br />

21/09/1999 e a Lei nº 9605/98.<br />

Art. 17 - Esta Instrução Normativa entra em vigor na<br />

data <strong>de</strong> sua publicação, aplicando seus efeitos aos<br />

processos <strong>de</strong> licenciamento ambiental <strong>de</strong> loteamentos, em<br />

tramitação nesta Secretaria, revogando a Instrução<br />

Normativa 009/2005 SEMMA, bem como todas as<br />

disposições em contrário.<br />

CUMPRA-SE E PUBLIQUE-SE.<br />

GABINETE DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIO<br />

AMBIENTE, aos 15 dias do mês <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006.<br />

ADV. CLARISMINO LUIZ PEREIRA JUNIOR<br />

Secretário<br />

3.9. Instrução normativa que regulamenta os<br />

procedimentos <strong>de</strong> substituição <strong>de</strong> árvores localizadas nas<br />

vias públicas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº __ DE __ DE __________<br />

DE 2008. (não publicada)<br />

Regulamentar os procedimentos <strong>de</strong> substituição <strong>de</strong><br />

árvores localizadas nas vias públicas <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>.<br />

O PRESIDENTE DA AG NCIA MUNICIPAL DO MEIO<br />

AMBIENTE, no uso <strong>de</strong> suas atribuições legais e<br />

regulamentares, conforme Art. 27, da Lei n° 8.537 <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong><br />

junho <strong>de</strong> 2007, e:<br />

CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 8.537 <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong><br />

junho 2007, sobre a criação da Agência Municipal do Meio<br />

Ambiente-AMMA, em seu Art. 27, II, que dá competência à<br />

esta Agência para implantar, administrar, manter, preservar,<br />

recuperar, supervisionar e fiscalizar a arborização urbana,<br />

áreas ver<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>mais recursos naturais;<br />

CONSIDERANDO o que dispõe a Lei n° 6.938 <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong><br />

agosto 1981, sobre as Diretrizes e Objetivos da Política<br />

Municipal do Meio Ambiente;<br />

CONSIDERANDO o que dispõe a Lei n° 7.009 <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong><br />

outubro <strong>de</strong> 1991, sobre o plantio, extração, poda,<br />

substituição <strong>de</strong> árvores no Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>;<br />

E ainda, CONSIDERANDO o direito do cidadão a um<br />

meio ambiente saudável e equilibrado; a importância da<br />

arborização urbana na manutenção da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

da população <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>; e garantindo ainda a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> integrar os Órgãos da administração Municipal que<br />

atuam, direta ou indiretamente na gestão da arborização<br />

pública;<br />

124


RESOLVE:<br />

Art. 1° - Autorizar a substituição <strong>de</strong> árvores localizadas em<br />

vias públicas do Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que as mesmas<br />

apresentem uma condição fitossanitária capaz <strong>de</strong> causar riscos a<br />

socieda<strong>de</strong>.<br />

Art. 2° - O contribuinte <strong>de</strong>verá abrir processo <strong>de</strong> Vistoria para<br />

Autorização para Poda ou Extirpação <strong>de</strong> Árvores junto aos postos<br />

<strong>de</strong> atendimento da <strong>Prefeitura</strong> Municipal <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> e Protocolo da<br />

Agência Municipal do Meio Ambiente – AMMA.<br />

Parágrafo único: Comporá o rol <strong>de</strong> documentos necessários<br />

para a abertura <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> Vistoria para Autorização da<br />

Substituição:<br />

I - Preenchimento do requerimento;<br />

II - Cópia <strong>de</strong> comprovante <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço;<br />

III - Cópia <strong>de</strong> documento pessoal;<br />

IV - Pagamento <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> vistoria para Autorização para<br />

Poda e Extirpação <strong>de</strong> Árvores (DUAM).<br />

Art. 4° – Na vistoria técnica serão avaliados os seguintes<br />

pontos:<br />

I - A situação fitossanitária da arborização existente e após<br />

esta avaliação técnica po<strong>de</strong>rá ser proposta a poda ou remoção<br />

<strong>de</strong>sta arborização;<br />

II – Os espaços para novos plantios a serem executados nos<br />

passeios públicos em frente ao imóvel que requereu a vistoria da<br />

arborização existente;<br />

III – As possíveis interferências com a arborização urbana,<br />

como: existência <strong>de</strong> fiação aérea <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia<br />

elétrica, telefônica e <strong>de</strong> multiserviços, largura da rua e calçada; a<br />

existência <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> ônibus, semáforos, garagem, totem,<br />

marquises e outros equipamentos públicos. Esta análise visa a<br />

indicação correta da espécie a ser plantada em cada logradouro<br />

público.<br />

Art. 5° - O requerente será notificado para conhecimento e<br />

<strong>de</strong>mais providências quanto ao conteúdo do Parecer Técnico<br />

referente à vistoria in loco.<br />

Art. 6° - Caso na vistoria realizada seja verificado apenas a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Poda, os autos serão enviados à Diretoria <strong>de</strong><br />

Parques e Jardins/COMURG para realização <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>. Para<br />

os casos <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> árvores que estejam em péssimo estado<br />

fitossanitário será indicada a sua substituição e para tanto o<br />

requerente <strong>de</strong>verá assinar Termo <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Ambiental<br />

(Anexo II), no ato da vistoria técnica, se comprometendo a plantar<br />

e manter a sobrevivência da(s) muda(s) após execução da(s)<br />

remoção(ões).<br />

Art. 7° - Compete à Agência Municipal do Meio Ambiente<br />

fornecer ao requerente as Normas Técnicas para o Plantio,<br />

Manutenção e Proteção das Mudas (Anexo I);<br />

Art. 8° - Ficará a cargo do requerente os custos com abertura<br />

da cova, adubação, plantio, manutenção, colocação <strong>de</strong> tutor e<br />

gradil, remoção <strong>de</strong> toco(s) remanescente(s).<br />

Art. 9° - Compete à Diretoria <strong>de</strong> Parques e Jardins/COMURG:<br />

I – A remoção da(s) árvore(s), a retirada e remoção do material<br />

vegetativo (tronco e copa) oriundo <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>, quando<br />

solicitado por algum órgão da <strong>Prefeitura</strong>;<br />

II – O fornecimento das mudas a serem plantadas serão <strong>de</strong><br />

produção dos próprios viveiros <strong>de</strong>ste Órgão e caso não tenha a<br />

muda indicada ou o requerente queira outra espécie similar à<br />

indicada, ficará a sua expensa a aquisição das mudas.<br />

Art. 10 - O requerente terá o prazo <strong>de</strong> 30 (trinta) dias a contar<br />

da data <strong>de</strong> remoção da árvore, para realizar o(s) plantio(s) da(s)<br />

muda(s) com a espécie indicada pela AMMA.<br />

Parágrafo único: As mudas <strong>de</strong>verão estar em excelente estado<br />

fitossanitário e com altura superior a 1,50 metro. Devendo<br />

também neste prazo colocar o tutor e gradil <strong>de</strong> proteção da(s)<br />

muda(s), e a realizar as adubações e as irrigações necessárias para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento da(s) muda(s).<br />

Art. 11 - Após a realização do(s) plantio(s) recomendado(s) a<br />

Agência Municipal do Meio Ambiente – AMMA realizará nova<br />

vistoria para verificar o cumprimento do Termo <strong>de</strong><br />

Responsabilida<strong>de</strong> Ambiental, o estado <strong>de</strong> fitossanida<strong>de</strong> da(s)<br />

muda(s), as manutenções recomendadas e a existência <strong>de</strong> tutor e<br />

gradil <strong>de</strong> proteção da(s) muda(s).<br />

Art. 12 – O não cumprimento do Termo assinado ensejará ao<br />

requerente da substituição sanções previstas na legislação<br />

ambiental.<br />

Art. 13 - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data <strong>de</strong><br />

sua publicação.<br />

CUMPRA-SE E PUBLIQUE-SE.<br />

GABINETE DO PRESIDENTE DA AG NCIA MUNICIPAL DO<br />

MEIO AMBIENTE, aos __ dias do mês <strong>de</strong> _________ <strong>de</strong> 2008.<br />

Adv. Clarismino Luiz Pereira Junior<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Agência Municipal do Meio Ambiente<br />

ANEXO I<br />

Recomendações Técnicas para Plantio, Manutenção e<br />

Proteção <strong>de</strong> Mudas<br />

Característica da(s) muda(s) a ser(em) adquirida(s):<br />

Ter boa formação e estar rustificada;<br />

Porte <strong>de</strong>, no mínimo 1,5 m <strong>de</strong> altura <strong>de</strong> fuste, sem bifurcações;<br />

Ser isenta <strong>de</strong> pragas e doenças;<br />

Ter tronco reto e bem formado;<br />

A copa <strong>de</strong>verá ser formada <strong>de</strong>, pelo menos, três ramos;<br />

Ter sistema radicular bem formado e consolidado na<br />

embalagem <strong>de</strong> entrega, rejeitando-se aqueles cujos sistemas<br />

radiculares tenham sofrido quaisquer danos;<br />

Preparo do Solo:<br />

A cova para plantio <strong>de</strong>verá ter as dimensões mínimas <strong>de</strong><br />

0,40X0,40X0,40 metro, <strong>de</strong>ixando uma área permeável <strong>de</strong><br />

0,60X0,60X0,60 metro. Para calçadas estreitas será <strong>de</strong>finida no ato<br />

da vistoria para <strong>de</strong>finição do quantitativo e da espécie a ser<br />

plantada, as dimensões mínimas da área permeável;<br />

O solo <strong>de</strong> preenchimento da cova <strong>de</strong>ve estar livre <strong>de</strong> pedras,<br />

entulho e lixo. O solo ina<strong>de</strong>quado, ou seja, compactado ou com<br />

entulho e pedra, <strong>de</strong>ve ser substituído por outro com constituição,<br />

porosida<strong>de</strong>, estrutura e permeabilida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quados ao bom<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da espécie plantada. Observar também que:<br />

Todo entulho <strong>de</strong>corrente da quebra do passeio para abertura<br />

da cova <strong>de</strong>ve ser recolhido no mesmo dia;<br />

Para complementação da adubação na cova, consi<strong>de</strong>rando a<br />

aci<strong>de</strong>z e <strong>de</strong>ficiência mineral dos solos locais e a freqüente mistura<br />

com materiais <strong>de</strong> construção, torna necessário acrescentar em<br />

cada cova 10 litros <strong>de</strong> esterco bovino curtido (adubação orgânica)<br />

e 200g <strong>de</strong> NPK 6–30–6, 300g <strong>de</strong> calcário dolomítico.<br />

125


3- Plantio propriamente dito:<br />

A muda <strong>de</strong>ve ser retirada da embalagem com cuidado e<br />

apenas no momento do plantio, a fim <strong>de</strong> evitar o estresse e<br />

evapotranspiração;<br />

O colo da muda <strong>de</strong>ve ficar ao nível da superfície do solo;<br />

O solo ao redor da muda <strong>de</strong>ve ser preparado <strong>de</strong> forma a<br />

criar condições para a captação e infiltração <strong>de</strong> água;<br />

As mudas <strong>de</strong>vem ser irrigadas até sua completa<br />

consolidação e estruturação, ou seja, completo<br />

estabelecimento;<br />

O protetor <strong>de</strong>ve ser fixado ao solo (no mínimo a 70 cm<br />

<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>) <strong>de</strong> modo a impedir o seu tombamento ou<br />

arrancamento.<br />

4- PROTEÇÃO DA(S) MUDA(S):<br />

TUTOR (PROTETOR):<br />

O tutoramento é a operação <strong>de</strong> sustentação firme da<br />

muda, na posição vertical;<br />

O tutor <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira tendo as dimensões <strong>de</strong><br />

2x2x220 cm. Deve ser enterrado no mínimo a 70 cm <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da cova.;<br />

A muda <strong>de</strong>ve ser presa ao tutor através <strong>de</strong> amarrilhos;<br />

O amarrilho <strong>de</strong>ve ter a forma <strong>de</strong> oito <strong>de</strong>itado. Deve-se<br />

usar borracha, sisal ou outro material que não fira o tronco;<br />

Não <strong>de</strong>ve ser utilizado arame para amarrar a muda ao<br />

tutor.<br />

Gradis:<br />

O gradil é protetor da muda, seu emprego previne<br />

possíveis danos que possam impedir o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

futura árvore. Suas dimensões são <strong>de</strong> 60 cm <strong>de</strong> largura e<br />

130 cm <strong>de</strong> altura acima do solo.<br />

A fim <strong>de</strong> propiciar maior proteção à muda, <strong>de</strong>verão ser<br />

colocadas 4 ripas paralelas horizontalmente, distanciadas<br />

uma da outra em torno <strong>de</strong> 30 cm.<br />

5- Manutenção:<br />

Após o plantio, a muda <strong>de</strong>ve ser irrigada<br />

abundantemente. Se não chover até 5 dias após o plantio,<br />

irrigar a cova com 20 litros <strong>de</strong> água, repetindo este<br />

tratamento sempre que necessário até o pegamento da<br />

muda;<br />

Se <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> plantada a muda estiver fraca, <strong>de</strong>verá ser<br />

feita adubação <strong>de</strong> cobertura, colocando 100g <strong>de</strong> NPK<br />

10–10–10 por cova;<br />

O replantio ou substituição da muda morta é necessário<br />

para manter o efeito estético e paisagístico. Replantar<br />

muda da mesma espécie indicada para o local. O replantio<br />

<strong>de</strong>verá ser, no máximo, 30 dias após o plantio;<br />

Substituição ou recolocação <strong>de</strong> gradil e tutor na posição<br />

correta, a fim <strong>de</strong> restabelecer as condições <strong>de</strong>sejáveis ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da planta;<br />

Em caso <strong>de</strong> dúvida pedimos entrar em contato com a<br />

Gerência <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana da Agência Municipal do<br />

Meio Ambiente – AMMA, através do fone 3524-1429 / 1430 e<br />

após a realização do plantio, solicitar nova vistoria para<br />

verificar a execução da referida ativida<strong>de</strong>.<br />

ANEXO II<br />

TERMO DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL<br />

____/200___<br />

Pelo presente instrumento, <strong>de</strong>nominado Termo <strong>de</strong><br />

Responsabilida<strong>de</strong> Ambiental, o(a)<br />

Sr(a).________________________________________________<br />

___,inscrita no CPF(CNPJ):<br />

_________________,telefone:____________________________<br />

______________________,<br />

En<strong>de</strong>reço:____________________________________________<br />

______________________,<strong>de</strong>nominado COMPROMISSÁRIO(A)<br />

vem perante a AG NCIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE<br />

DE GOIÂNIA – AMMA, neste Termo <strong>de</strong>nominada<br />

COMPROMITENTE criada pela Lei n.º 8.537, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong><br />

2007, situada à Rua 75, esquina com a Rua 66, Edifício Monte<br />

Líbano, Setor Central, nesta Capital, inscrita sob o CNPJ n.º<br />

08.931.821/0001-53, <strong>de</strong>vidamente representada pelo seu<br />

Presi<strong>de</strong>nte, ADV. CLARISMINO LUIZ PEREIRA JUNIOR,<br />

visando a compensação <strong>de</strong> impactos ambientais, firmar<br />

ajustamento, mediante as seguintes cláusulas e condições:<br />

CLÁUSULA PRIMEIRA<br />

Este Termo <strong>de</strong> Compromisso Ambiental a que, ora, o(a)<br />

COMPROMISSÁRIO(A) se submete, tem por objetivo a<br />

compensação ambiental com o plantio <strong>de</strong> _________<br />

muda(s), da(s) espécie(s) ______________________________<br />

a ser(em) plantada(s) na calçada do imóvel localizado:<br />

__________________________________________________,<br />

nesta capital, tendo em vista a retirada <strong>de</strong> ______________<br />

árvore(s) da espécie ________________________________,<br />

que se encontra (m) com as seguintes condições<br />

fitossanitárias.<br />

CLÁUSULA SEGUNDA<br />

Reconhecendo o impacto ambiental em <strong>de</strong>corrência da<br />

retirada <strong>de</strong> árvore(s) da arborização pública, o(a)<br />

COMPROMISSÁRIO(A), visando aten<strong>de</strong>r a uma efetiva<br />

compensação ambiental, assume o compromisso <strong>de</strong> dar<br />

cumprimento às seguintes obrigações:<br />

Realizar o plantio <strong>de</strong> _____ muda(s) da espécie<br />

____________________, com altura mínima <strong>de</strong> 1,50 metro,<br />

com boa rusticida<strong>de</strong>, isentas <strong>de</strong> pragas e doenças. Para a<br />

realização <strong>de</strong>ste(s) plantio(s) se faz necessário a remoção<br />

do(s) toco(s) da(s) árvore(s) que será(ão) removida(s).<br />

Realizar o plantio observando as seguintes<br />

recomendações:<br />

a)- Preparo do Solo<br />

O solo <strong>de</strong> preenchimento da cova <strong>de</strong>ve estar livre <strong>de</strong><br />

pedras, entulho e lixo. O solo ina<strong>de</strong>quado, ou seja,<br />

compactado ou com entulho e pedra, <strong>de</strong>ve ser substituído<br />

por outro com constituição, porosida<strong>de</strong>, estrutura e<br />

permeabilida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quados ao bom <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

espécie plantada;<br />

Para complementação da adubação na cova, torna<br />

necessário acrescentar em cada cova 10 litros <strong>de</strong> esterco<br />

bovino curtido (adubação orgânica), 200g <strong>de</strong> NPK 6-30-6 e<br />

300g <strong>de</strong> calcário dolomítico.<br />

126


)- Plantio propriamente dito:<br />

A muda <strong>de</strong>ve ser retirada da embalagem com cuidado e<br />

apenas no momento do plantio, a fim <strong>de</strong> evitar o estresse e<br />

evapotranspiração;<br />

O colo da muda <strong>de</strong>ve ficar ao nível da superfície do solo;<br />

O solo ao redor da muda <strong>de</strong>ve ser preparado <strong>de</strong> forma a<br />

criar condições para a captação e infiltração <strong>de</strong> água;<br />

As mudas <strong>de</strong>vem ser irrigadas até sua completa<br />

consolidação e estruturação, ou seja, completo<br />

estabelecimento;<br />

O protetor <strong>de</strong>ve ser fixado ao solo (no mínimo a 70 cm <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong>) <strong>de</strong> modo a impedir o seu tombamento ou<br />

arrancamento.<br />

Realizar todas as manutenções necessárias para o pleno<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da(s) referida(s) muda(s), tais como:<br />

a)- Tutor (protetor):<br />

O tutoramento é a operação <strong>de</strong> sustentação firme da<br />

muda, na posição vertical;<br />

O tutor <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira tendo as dimensões <strong>de</strong><br />

2x2x220 cm. Deve ser enterrado no mínimo a 70 cm <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da cova;<br />

A muda <strong>de</strong>ve ser presa ao tutor através <strong>de</strong> amarrilhos;<br />

O amarrilho <strong>de</strong>ve ter a forma <strong>de</strong> oito <strong>de</strong>itado. Deve-se usar<br />

borracha, sisal ou outro material que não fira o tronco;<br />

Não <strong>de</strong>ve ser utilizado arame para amarrar a muda.<br />

b)- Gradis<br />

O gradil é protetor da muda, seu emprego previne<br />

possíveis danos que possam impedir o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

futura árvore. Suas dimensões são <strong>de</strong> 60 cm <strong>de</strong> largura e 130<br />

cm <strong>de</strong> altura acima do solo.<br />

A fim <strong>de</strong> propiciar maior proteção à muda, <strong>de</strong>verão ser<br />

colocadas 4 ripas paralelas horizontalmente, distanciadas<br />

uma da outra em torno <strong>de</strong> 30 cm.<br />

Para o fiel cumprimento do contido nos Itens I, II, e III, fica<br />

estabelecido o prazo <strong>de</strong> 15 (quinze) dias, a contar da data da<br />

remoção da(s) árvore(s) pela Companhia <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> - COMURG.<br />

CLÁUSULA TERCEIRA<br />

A Companhia <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> - COMURG irá<br />

executar a remoção da(s) árvore(s) mencionada(s) na Cláusula<br />

Primeira, para que o COMPROMISSÁRIO possa executar o(s)<br />

plantio(s) da(s) muda(s) da(s) espécie(s) no en<strong>de</strong>reço citado(s)<br />

na Cláusula Primeira <strong>de</strong>ste Termo.<br />

CLÁUSULA QUARTA<br />

A AMMA efetuará vistoria in loco, para averiguação da<br />

efetiva conclusão da referida ativida<strong>de</strong>, nos termos que fora<br />

acordado nos Itens I, II e III da Cláusula Segunda.<br />

CLÁUSULA QUINTA<br />

O COMPROMISSÁRIO certifica ter conhecimento que o<br />

presente Termo <strong>de</strong> Compromisso Ambiental possui eficácia <strong>de</strong><br />

título executivo extrajudicial, po<strong>de</strong>ndo ser executado<br />

imediatamente diante do não cumprimento <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong><br />

suas cláusulas no prazo previsto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> qualquer<br />

notificação <strong>de</strong>sta Agência.<br />

CLÁUSULA SEXTA<br />

O COMPROMISSÁRIO reconhece que o presente Termo<br />

refere-se somente à compensação ambiental em razão da(s)<br />

retirada(s) da(s) árvore(s) <strong>de</strong>scrita(s) no presente.<br />

CLÁUSULA SÉTIMA<br />

O não cumprimento <strong>de</strong> qualquer das cláusulas e<br />

obrigações aqui assumidas, incorrerá multa no valor <strong>de</strong> R$<br />

500,00 (quinhentos reais) ao dia, em <strong>de</strong>sfavor do<br />

COMPROMISSÁRIO, a ser <strong>de</strong>positado para o Fundo Municipal<br />

do Meio Ambiente, conta corrente nº 054-0, Ag. 1842,<br />

Operação nº 006, Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral, sem prejuízo do<br />

compromisso assumido.<br />

CLÁUSULA OITAVA<br />

Elegem as partes o foro da Comarca <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> para<br />

dirimir quaisquer litígios que por ventura venham a ocorrer<br />

entre as partes.<br />

E, por estarem ambas as partes <strong>de</strong> acordo, assinam o<br />

presente em 03 vias <strong>de</strong> igual teor.<br />

<strong>Goiânia</strong>, ___ <strong>de</strong> ______________ <strong>de</strong> 200__.<br />

Técnico da Agência Municipal do Meio Ambiente - AMMA<br />

Requerente<br />

Testemunhas: Nome / CPF ou RG<br />

3.10. Instrução normativa que institui os procedimentos<br />

necessários para a retirada <strong>de</strong> árvores em áreas particulares e<br />

as <strong>de</strong>vidas compensações ambientais.<br />

3.10 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº __ DE ___ DE<br />

_________ DE 2008. (não publicada)<br />

Instituir os procedimentos necessários para a retirada <strong>de</strong><br />

árvores em áreas particulares e as <strong>de</strong>vidas compensações<br />

ambientais.<br />

O PRESIDENTE DA AGÊNCIA MUNICIPAL DO MEIO<br />

AMBIENTE, no uso <strong>de</strong> suas atribuições legais e<br />

regulamentares, conforme art. 27 da Lei nº 8.537 <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong><br />

junho <strong>de</strong> 2.007, e:<br />

CONSIDERANDO a competência da Agência Municipal do<br />

Meio Ambiente – AMMA disposta na Lei n° 8.537, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong><br />

junho <strong>de</strong> 2007, <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nar e elaborar o Plano Diretor <strong>de</strong><br />

<strong>Arborização</strong> Urbana e Áreas Ver<strong>de</strong>s do Município;<br />

CONSIDERANDO o que dispõe a Lei n° 6.938 <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong><br />

agosto 1981, sobre as Diretrizes e Objetivos da Política<br />

Municipal do Meio Ambiente;<br />

CONSIDERANDO a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> remoções <strong>de</strong> árvores<br />

em áreas particulares (lotes, quintais, chácaras, etc.) para<br />

edificações e outros usos, por parte dos proprietários.<br />

RESOLVE:<br />

Art. 1° - Autorizar a remoção <strong>de</strong> árvores em áreas<br />

particulares, mediante as <strong>de</strong>vidas compensações ambientais.<br />

Art. 2° - O contribuinte <strong>de</strong>verá abrir processo <strong>de</strong> vistoria<br />

para Autorização da(s) Extirpação(ões) <strong>de</strong> Árvore(s) junto aos<br />

postos <strong>de</strong> atendimento da <strong>Prefeitura</strong> Municipal <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong><br />

e/ou Protocolo da Agência Municipal do Meio Ambiente –<br />

AMMA.<br />

127


Parágrafo único- Comporá o rol <strong>de</strong> documentos<br />

necessários para a abertura <strong>de</strong> processo para Autorização<br />

<strong>de</strong> Extirpação <strong>de</strong> Árvores:<br />

Preenchimento do requerimento;<br />

Cópia <strong>de</strong> comprovante <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço;<br />

Cópia <strong>de</strong> documento pessoal;<br />

Pagamento <strong>de</strong> taxa (DUAM);<br />

Apresentação do Uso do Solo emitido pela SEPLAM,<br />

caso necessário;<br />

Apresentação <strong>de</strong> planta baixa da edificação nos casos<br />

<strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> árvore(s) para liberação <strong>de</strong> área para<br />

qualquer tipo <strong>de</strong> edificação.<br />

Art.3°- Compete ao proprietário da área particular a<br />

remoção da(s) árvore(s) autorizadas <strong>de</strong>vido a mesma se<br />

localizar em área particular.<br />

Art. 4° - Para áreas <strong>de</strong> relevância ambiental em maciços<br />

florestais com espécies nativas e em áreas <strong>de</strong> interesse da<br />

Agência Municipal do Meio Ambiente – AMMA, o processo<br />

<strong>de</strong>verá ser protocolado com Laudo Ambiental feito por<br />

profissional habilitado, com a <strong>de</strong>vida Anotação <strong>de</strong><br />

Responsabilida<strong>de</strong> Técnica – ART.<br />

Parágrafo único- Este Laudo <strong>de</strong>verá conter:<br />

Tipologia florestal;<br />

Espécies Ocorrentes;<br />

Existência <strong>de</strong> espécies endêmicas, protegidas por lei e<br />

imunes ao corte, conforme Lei Florestal do Estado <strong>de</strong> Goiás<br />

(Lei n° 12.596 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1.995) e Artigos - 36, 37 e<br />

38 do Decreto Estadual nº. 4.593/95;<br />

Volume a ser removido;<br />

Tamanho da área em hectares on<strong>de</strong> existem as árvores<br />

que serão removidas.<br />

Art. 5º - A título <strong>de</strong> compensação ambiental pelos danos<br />

não mitigáveis o contribuinte <strong>de</strong>verá:<br />

doar ao viveiro da Agência Municipal do Meio<br />

Ambiente – AMMA <strong>de</strong> 10 (<strong>de</strong>z) a 50(cinqüenta mudas <strong>de</strong><br />

espécies nativas do cerrado para cada árvore a ser<br />

removida. A <strong>de</strong>finição do quantitativo <strong>de</strong> mudas a serem<br />

doadas para cada árvore a ser removida será em função do<br />

porte, da importância ambiental, da espécie e do<br />

quantitativo da árvores a serem removidas;<br />

e/ou:<br />

arborizar o passeio público em frente ao imóvel, para o<br />

qual foi solicitado a remoção da(s) árvore(s). A AMMA<br />

po<strong>de</strong>rá solicitar a apresentação <strong>de</strong> Projeto <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong><br />

para análise e aprovação quando for verificada a<br />

necessida<strong>de</strong> no Parecer Técnico.<br />

Art. 6° - Compete a Agência Municipal do Meio<br />

Ambiente:<br />

vistoria in loco;<br />

verificar o quantitativo <strong>de</strong> árvore(s) a ser(em)<br />

removida(s);<br />

quantificar o número <strong>de</strong> mudas e especificar a relação<br />

das espécies a serem doadas pelo contribuinte à AMMA.<br />

Art. 7° - Para a liberação da autorização <strong>de</strong> remoção<br />

da(s) árvore(s) <strong>de</strong>verá ser firmado Termo <strong>de</strong> Compromisso<br />

Ambiental, a ser assinado pelo requerente em 03 (três) vias,<br />

responsabilizando-se pela doação da(s) muda(s) com as<br />

espécies indicadas pela AMMA.<br />

Art. 8° - A autorização para remoção da(s) árvore(s) em<br />

proprieda<strong>de</strong> particular serve apenas para o corte <strong>de</strong><br />

árvore(s), não tendo valor para transporte <strong>de</strong> lenha e/ou<br />

toras, a qual <strong>de</strong>verá ser solicitada junto à Agência Goiana<br />

<strong>de</strong> Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis do<br />

Estado <strong>de</strong> Goiás.<br />

Art. 9° - A autorização <strong>de</strong> remoção da(s) árvore(s) terá<br />

valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 01 (um) ano.<br />

Art. 10 - Esta Instrução Normativa entra em vigor na<br />

data <strong>de</strong> sua publicação, revogando-se todas as disposições<br />

em contrário.<br />

CUMPRA-SE E PUBLIQUE-SE.<br />

GABINETE DO PRESIDENTE DA AG NCIA MUNICIPAL<br />

DO MEIO AMBIENTE, aos __ dias do mês <strong>de</strong> __________ <strong>de</strong><br />

2008.<br />

Adv. Clarismino Luiz Pereira Junior<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Agência Municipal do Meio Ambiente<br />

3.11. Portaria que autoriza a Companhia Energética <strong>de</strong><br />

Goiás S/A – CELG a realizar podas <strong>de</strong> árvores localizadas<br />

sob as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia elétrica <strong>de</strong> baixa<br />

tensão e <strong>de</strong>rivações.<br />

3.11 PORTARIA N° 012 DE 03 DE FEVEREIRO DE 2006<br />

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, no<br />

uso <strong>de</strong> suas atribuições legais e regulamentares, conforme<br />

Art. 27, do Decreto n° 1.232 <strong>de</strong> 09/06/1999, Lei n° 7.747 <strong>de</strong><br />

13/12/1997, e:<br />

CONSIDERANDO o disposto no Decreto n° 1.232 <strong>de</strong> 09<br />

<strong>de</strong> junho 1999, que aprova o Regimento Interno da<br />

Secretaria Municipal do Meio Ambiente, e dispõe em seu<br />

Artigo 5°, inciso XI, sobre a competência da Secretaria<br />

Municipal do Meio Ambiente para coor<strong>de</strong>nar a elaboração e<br />

execução do Plano Diretor <strong>de</strong> <strong>Arborização</strong> Urbana do<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>;<br />

CONSIDERANDO o que dispõe o Artigo 14 da Lei n°<br />

7.009 <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1991 e no Convênio 047/97, que<br />

visa a substituição parcial, manejo, manutenção da<br />

arborização urbana <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>;<br />

CONSIDERANDO a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> dos<br />

serviços <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> podas <strong>de</strong> árvores localizadas sob as<br />

re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia elétrica <strong>de</strong> baixa tensão e<br />

<strong>de</strong>rivações, visando a não interrupção do serviço <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> energia elétrica à população <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>;<br />

E ainda, CONSIDERANDO os princípios da precaução e<br />

da prevenção que circundam o Direito Ambiental, medidas<br />

que visam evitar atentados ao meio ambiente, <strong>de</strong> modo a<br />

reduzir ou eliminar as causas <strong>de</strong> ações suscetíveis <strong>de</strong> alterar<br />

a sua qualida<strong>de</strong>.<br />

128


RESOLVE:<br />

Art. 1º - Autorizar a Companhia Energética <strong>de</strong> Goiás<br />

S/A - CELG a realizar podas <strong>de</strong> árvores localizadas sob as<br />

re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia elétrica <strong>de</strong> baixa tensão e<br />

<strong>de</strong>rivações.<br />

Art. 2° - As podas executadas pela CELG <strong>de</strong>verão ser<br />

tecnicamente a<strong>de</strong>quadas, verificando previamente à<br />

execução da poda a espécie <strong>de</strong> árvore, o tipo <strong>de</strong> copa e a<br />

existência <strong>de</strong> equipamentos públicos em conflitos com a<br />

arborização, não po<strong>de</strong>ndo ser levado apenas em<br />

consi<strong>de</strong>ração a <strong>de</strong>sobstrução da fiação aérea <strong>de</strong> distribuição<br />

<strong>de</strong> energia elétrica.<br />

Art. 3º - As podas terão que ter obrigatoriamente o<br />

acompanhamento <strong>de</strong> um técnico <strong>de</strong> campo <strong>de</strong> nível<br />

superior, com experiência comprovada na área. Sendo este<br />

responsável técnico pela ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> poda, respon<strong>de</strong>ndo<br />

por qualquer irregularida<strong>de</strong> que ocorra com relação à poda<br />

realizada <strong>de</strong> forma ina<strong>de</strong>quada ou que venha a<br />

comprometer a estética e vida útil da unida<strong>de</strong> arbórea,<br />

além das penalida<strong>de</strong>s previstas na legislação ambiental.<br />

I - O técnico responsável <strong>de</strong>verá, ainda, ter<br />

obrigatoriamente registro profissional no Conselho Regional<br />

<strong>de</strong> Engenharia e Arquitetura - CREA, com a <strong>de</strong>vida<br />

Anotação <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Técnica - ART para esta<br />

ativida<strong>de</strong>.<br />

Art. 4° - As empresas terceirizadas a serem contratadas<br />

pela CELG para execução das podas <strong>de</strong>verão comprovar<br />

experiência neste tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, observando as<br />

exigências do artigo anterior.<br />

Art. 5º - Os serviços <strong>de</strong> podas <strong>de</strong>verão ter<br />

obrigatoriamente o acompanhamento <strong>de</strong> técnicos do<br />

Departamento <strong>de</strong> Desenvolvimento Ambiental da Secretaria<br />

Municipal do Meio Ambiental - SEMMA ou <strong>de</strong> seus<br />

representantes, que <strong>de</strong>verão ser comunicados com<br />

antecedência.<br />

I - A CELG fica obrigada a aten<strong>de</strong>r as orientações<br />

emitidas pelos técnicos da Secretaria Municipal do Meio<br />

Ambiente - SEMMA ou <strong>de</strong> seus prepostos, quanto à forma<br />

<strong>de</strong> realização das podas.<br />

Art. 6° - A CELG <strong>de</strong>verá obrigatoriamente:<br />

I - enviar relatório, informando os logradouros públicos<br />

on<strong>de</strong> serão realizadas as podas, com antecedência mínima<br />

<strong>de</strong> 48 (quarenta e oito) horas;<br />

II - não iniciar a execução dos serviços <strong>de</strong> poda sem a<br />

prévia autorização expedida pelo Departamento <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Ambiental da Secretaria Municipal do<br />

Meio Ambiente - SEMMA;<br />

III - Durante a execução dos serviços <strong>de</strong> poda é<br />

obrigatório ao técnico responsável estar portando<br />

autorização emitida pelo Departamento <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Ambiental da Secretaria Municipal do<br />

Meio Ambiente - SEMMA.<br />

Art. 7° - Em caso <strong>de</strong> urgência, como nos casos <strong>de</strong> queda<br />

<strong>de</strong> galhos e/ou árvores que caírem sobre a fiação aérea <strong>de</strong><br />

energia elétrica, será permitida a poda e/ou corte <strong>de</strong> galhos<br />

sem autorização prévia, <strong>de</strong>vendo, entretanto, a CELG<br />

apresentar relatório à Secretaria Municipal do Meio<br />

Ambiente - SEMMA, com nomáximo 24 (vinte e quatro)<br />

horas após o ocorrido.<br />

Art. 8° - A não realização dos serviços <strong>de</strong> poda,<br />

conforme <strong>de</strong>scrito neste instrumento normativo, acarretará<br />

à CELG as penalida<strong>de</strong>s previstas na legislação ambiental<br />

vigente e, ainda, a apuração das mesmas serão<br />

encaminhadas ao Ministério Público Estadual para<br />

verificação <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> crimes ambientais previstas na<br />

Lei n° 9.605/98.<br />

Art. 9° - Esta Portaria entra em vigor na data <strong>de</strong> sua<br />

publicação, revogando-se todas as disposições contrárias.<br />

ADV. CLARISMINO LUIZ PEREIRA JUNIOR<br />

Secretário Municipal do Meio Ambiente<br />

129


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

ACERVO FOTOGRÁFICO HISTÓRICO. <strong>Prefeitura</strong><br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>-GO. SEPLAM – Secretaria Municipal<br />

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<strong>Goiânia</strong>, 17 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006 – quinta-feira – Nº 3.945.<br />

DIÁRIO OFICIAL. Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Instrução<br />

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03 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1991. “Dispõe sobre a obrigatorieda<strong>de</strong> do<br />

plantio <strong>de</strong> árvores”. <strong>Goiânia</strong>, 18 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1991 –<br />

segunda-feira – Nº 971.<br />

DIÁRIO OFICIAL. Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Lei nº 7009, <strong>de</strong><br />

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<strong>Goiânia</strong>, 18 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1991 – segunda feira – Nº 971.<br />

DIÁRIO OFICIAL. Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Lei nº 8451, <strong>de</strong><br />

07 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006. “Dispõe sobre o incentivo à<br />

manutenção redistribuição <strong>de</strong> arvoredo nativo nos imóveis<br />

<strong>de</strong> nossa capital e dá outras providências”. <strong>Goiânia</strong>, 21 <strong>de</strong><br />

setembro <strong>de</strong> 2006 – quinta-feira – Nº 3.967.<br />

DIÁRIO OFICIAL. Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Lei nº 8537, <strong>de</strong><br />

20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007. “Dispõe sobre a alteração na estrutura<br />

administrativa da <strong>Prefeitura</strong> Municipal <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong> e dá<br />

outras providências”. <strong>Goiânia</strong>, 29 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007 – sextafeira<br />

– Nº 4.150.<br />

DIÁRIO OFICIAL. Município <strong>de</strong> <strong>Goiânia</strong>. Portaria nº 012<br />

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localizadas sob as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> energia elétrica<br />

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Fotografias:<br />

Mauro Junio Rodrigues Silva<br />

Fernando Augusto Lemos Sales<br />

Sandra Maria <strong>de</strong> Oliveira<br />

Elizabete Fernan<strong>de</strong>s Gomes Oliveira<br />

Ilustrações, tabelas, mapas e figuras:<br />

Agência Municipal do Meio Ambiente – AMMA<br />

Cia. <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Dados do Município <strong>de</strong><br />

<strong>Goiânia</strong> - COMDATA<br />

Fre<strong>de</strong>rico Aurélio <strong>de</strong> Carvalho<br />

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