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Diretrizes para Conservação e Restauração da ... - SIGAM

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diretrizes <strong>para</strong><br />

a conservação e<br />

restauração <strong>da</strong><br />

biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no estado de<br />

são paulo<br />

s e c r e ta r i a d o m e i o a m b i e n t e<br />

I n s t i t u t o d e B o t â n i c a<br />

Fapesp - Fun<strong>da</strong>ção de Amparo à<br />

Pesquisa do Estado de São Paulo<br />

P r o g r a m a<br />

b i o t a / f a p e s p<br />

São Paulo • 2008


Governo do Estado<br />

de São Paulo<br />

Governador<br />

Secretaria do<br />

Meio Ambiente<br />

Secretário<br />

José Serra<br />

Francisco Graziano Neto<br />

Fapesp - Fun<strong>da</strong>ção de<br />

Amparo à Pesquisa do<br />

Estado de São Paulo<br />

Presidente<br />

Diretor Científico<br />

celso lafer<br />

Carlos Henrique de Brito Cruz


Coordenação Geral<br />

Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

Carlos Alfredo Joly<br />

Maria Cecília Wey de Brito<br />

Adriana Paese<br />

Jean Paul Metzger<br />

Lilian Casatti<br />

Marco Aurélio Nalon<br />

Naércio Menezes<br />

Natália Macedo Ivanauskas<br />

Vanderlan Bolzani<br />

Vera Lucia Ramos Bononi<br />

Coordenação Técnica Executiva<br />

Christiane Dall’Aglio-Holvorcem (org.)<br />

Adriano Paglia<br />

Angélica Midori Sugie<strong>da</strong><br />

Gior<strong>da</strong>no Ciocheti<br />

Gisel<strong>da</strong> Durigan<br />

Leandro Reverberi Tambosi<br />

Letícia Ribes de Lima<br />

Milton Cezar Ribeiro<br />

Vânia Regina Pivello<br />

Confecção dos Mapas<br />

Jean Paul Metzger<br />

Gior<strong>da</strong>no Ciocheti<br />

Leandro Reverberi Tambosi<br />

Milton Cezar Ribeiro


O<br />

Governo de São Paulo deseja aperfeiçoar seu trabalho de<br />

proteção e fiscalização ambiental. E encontrou no Projeto<br />

BIOTA/FAPESP, o conteúdo científico, inusitado, <strong>para</strong> embasar<br />

as decisões a serem toma<strong>da</strong>s pela Secretaria de Meio Ambiente. Assim nasceram<br />

as “<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> a Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado<br />

de São Paulo”. Vários cientistas, especialistas em flora, fauna e ecologia <strong>da</strong><br />

paisagem, ligados às melhores instituições de pesquisa e universi<strong>da</strong>des do<br />

estado, contribuíram decisivamente <strong>para</strong> <strong>da</strong>r fun<strong>da</strong>mento a este trabalho,<br />

aqui apresentado sob a forma de mapas temáticos. Tais mapas permitem<br />

visualizar as áreas que concentram maior diversi<strong>da</strong>de biológica e, portanto,<br />

aquelas que exigem forte proteção ambiental. A metodologia desenvolvi<strong>da</strong><br />

em conjunto entre a Secretaria do Meio Ambiente e o Projeto BIOTA/<br />

FAPESP permitirá melhorar a fiscalização, traçando enfoque rigoroso nas<br />

áreas mais críticas e ameaça<strong>da</strong>s do território paulista. No licenciamento,<br />

normas mais rigorosas devem enquadrar os projetos a serem instalados<br />

nessas áreas frágeis. Novas Uni<strong>da</strong>des de Conservação se vislumbram. Enfim,<br />

o diagnóstico de biodiversi<strong>da</strong>de, nos termos científicos aqui mostrados,<br />

vai facilitar todo o planejamento ambiental do governo paulista.<br />

Francisco Graziano neto<br />

Secretário de Estado do Meio Ambiente


Boa ciência e suas aplicações<br />

Aprende-se com Louis Pasteur que não existe “ciência aplica<strong>da</strong>”, mas sim “aplicações <strong>da</strong> ciência”.<br />

A ciência bem feita torna o ser humano mais sábio e, muitas vezes, permite o tratamento racional,<br />

e por isso bem sucedido, de problemas práticos.<br />

Este volume apresenta uma bela aplicação <strong>da</strong> boa ciência a problemas práticos urgentes do<br />

Estado de São Paulo. Trata-se dos mapas temáticos e de integração produzidos a partir dos resultados<br />

de pesquisa do Programa de Pesquisa BIOTA/FAPESP. Os mapas permitem a definição de<br />

estratégias <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de remanescente no Estado de São Paulo e <strong>para</strong> a<br />

restauração dos corredores ecológicos interligando os fragmentos naturais na paisagem.<br />

Três mapas-síntese foram produzidos. O primeiro indica que fragmentos devem ser transformados<br />

em novas Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral no Estado de São Paulo, através <strong>da</strong><br />

desapropriação <strong>da</strong>s áreas pelo poder público. Nas várias formações naturais, o mapa indica mais de<br />

25 áreas a serem preserva<strong>da</strong>s. O segundo mapa orienta a proteção dos demais fragmentos naturais<br />

(aqueles cujos descritores de tamanho, de <strong>da</strong>dos biológicos disponíveis, não justificavam a transformação<br />

em Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral) através de estratégias legais envolvendo o<br />

setor privado, como a indicação de algumas dessas áreas <strong>para</strong> serem protegi<strong>da</strong>s como Reserva Legal<br />

<strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des rurais. O terceiro mapa foi produzido <strong>para</strong> identificar as chama<strong>da</strong>s regiões “com<br />

lacunas de conhecimento” – regiões do estado sobre as quais se quer incentivar estudos biológicos<br />

pelos órgãos financiadores, pelas universi<strong>da</strong>des e pelos institutos de pesquisa.<br />

O Programa BIOTA/FAPESP, uma iniciativa <strong>da</strong> fun<strong>da</strong>ção, <strong>da</strong>s três universi<strong>da</strong>des públicas estaduais<br />

– USP, UNICAMP e UNESP – e dos institutos de pesquisa do estado, foi criado em 1999<br />

com o objetivo de estimular e articular projetos de pesquisa que pudessem contribuir <strong>para</strong> mapear<br />

e analisar a biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo. O escopo do Programa inclui a fauna, a flora<br />

e os microrganismos. O Programa se desenvolve por meio de uma rede virtual que interliga mais<br />

de 500 pesquisadores paulistas participantes de quase uma centena de projetos de pesquisa financiados<br />

pela Fun<strong>da</strong>ção.<br />

É com satisfação que a FAPESP vê os resultados do Programa BIOTA contribuírem, mais uma<br />

vez, <strong>para</strong> o futuro do Estado de São Paulo. Mais um caso feliz de ciência de quali<strong>da</strong>de internacional<br />

que alcança resultados de impacto local e mundial.<br />

Carlos Henrique de Brito Cruz<br />

Diretor Científico, FAPESP


CAPÍTULO 1<br />

8


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Introdução<br />

Sumário<br />

1. Introdução ........................................................................................................................................ 11<br />

2. Meio Físico e Aspectos <strong>da</strong> Fragmentação <strong>da</strong> Vegetação.................................. 15<br />

3. Uni<strong>da</strong>des de Conservação <strong>da</strong> Natureza no Estado de São Paulo............... 23<br />

4. Histórico do Programa biota/fapesp -<br />

O Instituto Virtual <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de .................................................................... 45<br />

5. Procedimentos metodológicos.................................................................................... 57<br />

6. <strong>Diretrizes</strong> Indica<strong>da</strong>s por Grupos Temáticos.......................................................... 71<br />

6.1. Mamíferos...................................................................................................................... 72<br />

6.2. Aves.................................................................................................................................... 77<br />

6.3. Herpetofauna............................................................................................................... 82<br />

6.4. Peixes de Água Doce.................................................................................................. 95<br />

6.5. Invertebrados ............................................................................................................. 99<br />

6.6. Fanerógamas .............................................................................................................. 104<br />

6.7. Criptógamas............................................................................................................... 110<br />

6.8. Uso de índices de paisagem <strong>para</strong> a definição de ações........................ 122<br />

7. <strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> a Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no Estado de São Paulo .................................................................................................. 131<br />

7.1. Mapas-Síntese ............................................................................................................. 132<br />

7.2. Gestão Ambiental..................................................................................................... 140<br />

8. Conclusões..................................................................................................................147<br />

Anexo 1 Lista de Espécies-Alvo.......................................................................................151<br />

Anexo 2 Instituições Participantes (Endereços, e-mails) e Autores dos Capítulos...............229<br />

9


CAPÍTULO 1<br />

Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

Vera Lucia Ramos Bononi<br />

10


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Introdução<br />

c a p í t u l o<br />

1<br />

Introdução<br />

11


CAPÍTULO 1<br />

introdução<br />

São Paulo, o estado mais industrializado do País e atualmente coberto por imensos canaviais,<br />

ain<strong>da</strong> conta com fragmentos florestais significativos de sua flora original, que somam 3.457.301<br />

ha, correspondendo a 13,94% de sua superfície. Apesar do histórico intenso de degra<strong>da</strong>ção, estes<br />

fragmentos ain<strong>da</strong> abrigam uma flora e fauna muito diversas, incluindo até onças-pinta<strong>da</strong>s e par<strong>da</strong>s,<br />

além de muitas outras espécies ameaça<strong>da</strong>s de extinção. No entanto, apenas cerca de 25% desta área<br />

total, está protegi<strong>da</strong> na forma de Uni<strong>da</strong>des de Conservação administra<strong>da</strong>s pelo poder público, estando<br />

o restante sob domínio do setor privado paulista, com grande destaque <strong>para</strong> o setor agrícola.<br />

Cientes <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de premente de se estabelecer estratégias efetivas de proteção dessa biodiversi<strong>da</strong>de<br />

remanescente, que está atualmente sob a guar<strong>da</strong> do setor privado; cientes de que a definição destas estratégias<br />

deveria estar sustenta<strong>da</strong> em <strong>da</strong>dos biológicos, disponibilizados em trabalhos científicos de quali<strong>da</strong>de; e<br />

cientes de que a efetivação destas ações dependeria do envolvimento comprometido do poder público<br />

estadual nesse processo, o Programa BIOTA, <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo<br />

(BIOTA/FAPESP), numa parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), com o<br />

Instituto de Botânica (IBt), com o Instituto Florestal (IF), com a Fun<strong>da</strong>ção Florestal (FF), com a Conservação<br />

Internacional - Brasil (CI-Brasil), com o Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem (LEPaC) <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de<br />

São Paulo (USP) e com o Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA), realizou o Workshop<br />

“<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo”, que teve duração<br />

de aproxima<strong>da</strong>mente 18 meses, finalizando essa etapa com a publicação dessa obra.<br />

Com o intuito de proteger e restaurar a biodiversi<strong>da</strong>de paulista, aproxima<strong>da</strong>mente 160<br />

pesquisadores, entre eles biólogos, agrônomos, engenheiros florestais e outros, de universi<strong>da</strong>des<br />

públicas e priva<strong>da</strong>s e de institutos de pesquisa do Estado de São Paulo, se envolveram intensamente<br />

no processo de estabelecimento de diretrizes de conservação e restauração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de paulista<br />

remanescente, sob a coordenação do Programa BIOTA/FAPESP, o que resultou na elaboração de 27<br />

mapas temáticos e três mapas-síntese, detalha<strong>da</strong>mente apresentados e discutidos nesse livro.<br />

O trabalho fun<strong>da</strong>mentou-se no propósito de disponibilizar informações biológicas gera<strong>da</strong>s com<br />

cunho científico <strong>para</strong> sustentar políticas públicas na área ambiental no Estado de São Paulo. Estes<br />

<strong>da</strong>dos biológicos foram gerados em projetos de pesquisa vinculados ao Programa BIOTA/FAPESP e<br />

armazenados no banco de <strong>da</strong>dos do programa (SinBiota) nos seus nove anos de existência. Esse banco<br />

de <strong>da</strong>dos biológicos foi complementado por outros bancos de <strong>da</strong>dos disponíveis no Estado de São<br />

Paulo, identificados e qualificados pelos pesquisadores envolvidos no processo, e pelas informações<br />

biológicas de coleções científicas informatiza<strong>da</strong>s do Estado de São Paulo, disponibiliza<strong>da</strong>s pelo projeto<br />

“SpeciesLink”, coordenado pelo CRIA e também financiado pela FAPESP. To<strong>da</strong>s essas informações<br />

biológicas foram espacializa<strong>da</strong>s no mapa produzido pelo “Inventário Florestal do Estado de São Paulo”,<br />

que também foi desenvolvido dentro do programa BIOTA/FAPESP (www.biota.org.br), coordenado pelo<br />

Instituto Florestal, incorporando nesse processo, as áreas naturais não florestais.<br />

Todos esses <strong>da</strong>dos foram verificados e corrigidos pelos pesquisadores envolvidos, e aqueles que<br />

geravam incertezas de identificação, vícios ou lacunas de coleta ou de precisão de localização foram<br />

descartados, o que resultou num total de 179.717 registros de coletas de plantas e animais em São<br />

Paulo. Este trabalho de verificação dos <strong>da</strong>dos <strong>para</strong> os diversos grupos animais e vegetais teve a duração<br />

aproxima<strong>da</strong> de um ano, e certamente foi o trabalho mais árduo do processo.<br />

A partir do banco de <strong>da</strong>dos completo e corrigido por especialistas dos diversos grupos<br />

taxonômicos, que resultou em 10.491 espécies, foram defini<strong>da</strong>s as espécies-alvo, utilizando critérios<br />

selecionados pelos especialistas, a partir de um conjunto comum de critérios estabelecidos <strong>para</strong><br />

12


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Introdução<br />

todos os grupos taxonômicos. Os grupos taxonômicos considerados neste processo foram: mamíferos,<br />

aves, herpetofauna (répteis + anfíbios), peixes, invertebrados, flora fanerogâmica, flora criptogâmica<br />

(incluindo briófitas, pteridófitas, algas, fungos e líquens), além <strong>da</strong>s características <strong>da</strong> paisagem.<br />

Este trabalho resultou em 3.326 espécies-alvo de animais e plantas dos sete grupos taxonômicos<br />

e os <strong>da</strong>dos de ocorrência dessas espécies-alvo e de to<strong>da</strong>s as espécies de ca<strong>da</strong> grupo taxonômico foram<br />

associados aos <strong>da</strong>dos de paisagem <strong>para</strong> sustentarem a elaboração dos mapas aqui publicados. Os<br />

mapas foram gerados em três escalas de trabalho, <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> grupo taxonômico, a saber: por fragmentos<br />

florestais remanescentes, representando 92.183 fragmentos de diferentes tamanhos e estados de<br />

degra<strong>da</strong>ção; por microbacias de 5ª . ordem, que somaram ao todo 350 uni<strong>da</strong>des no estado; e por<br />

Uni<strong>da</strong>de de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (UGRHI), que é uma divisão administrativa, mas<br />

que considera as grandes bacias hidrográficas, somando 22 UGRHIs no Estado de São Paulo.<br />

Ca<strong>da</strong> um dos temas foi analisado considerando-se três aspectos principais: a) os melhores fragmentos<br />

remanescentes, em termos de tamanho (proporcional <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> tipo vegetacional), de conservação e/ou<br />

de características <strong>da</strong> paisagem, que ain<strong>da</strong> não estivessem protegidos como Uni<strong>da</strong>des de Conservação,<br />

seriam indicados <strong>para</strong> serem protegidos pelo poder público, como Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção<br />

Integral, ampliando assim o sistema de conservação estadual; b) as regiões que ain<strong>da</strong> não dispunham de<br />

<strong>da</strong>dos biológicos suficientes <strong>para</strong> sustentarem a adoção de estratégias de conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de<br />

remanescente, representando, portanto lacunas do conhecimento biológico, deveriam ser espacializa<strong>da</strong>s,<br />

permitindo que o poder público e os agentes de financiamento científico priorizassem esforços de<br />

pesquisa direcionados <strong>para</strong> essas áreas; c) <strong>da</strong>do o estado atual de degra<strong>da</strong>ção do Estado de São Paulo,<br />

os demais fragmentos remanescentes, que não foram indicados <strong>para</strong> desapropriação pelo poder público<br />

<strong>para</strong> serem protegidos como UCs de Proteção Integral, deveriam ser protegidos usando outras estratégias<br />

de conservação junto ao setor privado, inclusive com respaldo legal, como a averbação destes fragmentos<br />

na figura de Reserva Legal. Os maiores e mais diversos fragmentos nesta condição deveriam ser indicados<br />

como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), e todos os fragmentos remanescentes deveriam ser<br />

interligados na paisagem com corredores ecológicos, através <strong>da</strong> restauração <strong>da</strong>s matas ciliares (Áreas de<br />

Preservação Permanente) com eleva<strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de vegetal, sendo que <strong>para</strong> os de maior valor biológico,<br />

esta interligação poderia ser feita com o alargamento <strong>da</strong> mata ciliar, e este excedente também poderia ser<br />

compensado como Reserva Legal <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des agrícolas locais.<br />

Além de existirem poucos remanescentes naturais no Estado de São Paulo, estes remanescentes<br />

ain<strong>da</strong> têm a sua função de conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de comprometi<strong>da</strong>, em função <strong>da</strong> intensa<br />

fragmentação e <strong>da</strong> recorrência de perturbações oriun<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s áreas agrícolas e urbaniza<strong>da</strong>s do entorno.<br />

Dentre estes, as diferentes formas de Cerrado do interior paulista foram as mais atingi<strong>da</strong>s historicamente<br />

neste processo de degra<strong>da</strong>ção, por pressão agrícola. O mangue e a restinga, na região litorânea do<br />

estado, também foram atingidos, por pressão imobiliária. Desta forma, o propósito deste esforço é que<br />

consigamos, além de proteger estes remanescentes, adotarmos ações de restauração e de manejo, que<br />

potencializem o papel de conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de.<br />

Se to<strong>da</strong>s as recomen<strong>da</strong>ções apresenta<strong>da</strong>s neste livro forem adota<strong>da</strong>s, conseguiremos proteger<br />

e interligar os 3.500.000 ha de fragmentos florestais remanescentes do Estado de São Paulo, além, é<br />

claro, <strong>da</strong> proteção <strong>da</strong>s áreas naturais não florestais, numa ação integra<strong>da</strong> de proteção <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de<br />

remanescente do Estado de São Paulo, tanto com o setor público, mas, principalmente, com o setor<br />

privado, que muitas vezes está ávido <strong>para</strong> participar desse processo, ou por própria consciência<br />

ambiental, mas, na maioria <strong>da</strong>s vezes, por questões de mercado.<br />

13


Marco Aurélio Nalon<br />

Isabel Fernandes de Aguiar Mattos<br />

Geraldo Antônio Daher Corrêa Franco


c a p í t u l o<br />

2<br />

Meio físico e<br />

Aspectos <strong>da</strong><br />

Fragmentação<br />

<strong>da</strong> Vegetação


CAPÍTULO 2<br />

Meio físico e Aspectos <strong>da</strong> Fragmentação <strong>da</strong> Vegetação<br />

Demografia, Divisão Política e Uni<strong>da</strong>des<br />

de Gerenciamento de Recursos Hídricos<br />

O Estado de São Paulo tem uma área total de 248.808,8 km 2 , divididos em 645 municípios e com população<br />

de 36.966.527 habitantes.<br />

Seus principais limites naturais são: o Rio Grande, ao norte; o Rio Canoas a norte e nordeste; a<br />

Serra <strong>da</strong> Mantiqueira e a Serra do Mar, a leste; a Serra do Taquari, o Rio Pardo, o Rio Ribeira de Iguape<br />

e o Rio Itapirapuã, ao sul; o Oceano Atlântico, a sudeste; o Rio Itararé, ao sul; o Rio Paranapanema, a<br />

sudoeste; e o Rio Paraná, a oeste e a noroeste.<br />

Tabela 1. Parâmetros quantitativos <strong>da</strong>s bacias hidrográficas do Estado de São Paulo.<br />

Bacia Hidrográfica Superfície (ha) População Municípios<br />

Cobertura Vegetal<br />

Natural (ha)<br />

(%)<br />

de remanescentes em<br />

relação à superfície<br />

Aguapeí 965.700 347.323 32 68.543 7,1<br />

Alto Paranapanema 2.064.300 677.782 34 338.002 16,4<br />

Alto Tietê 665.700 17.671.798 34 134.260 20,2<br />

Baixa<strong>da</strong> Santista 237.300 1.471.778 9 207.293 31,1<br />

Baixo Pardo Grande 709.100 311.576 12 43.870 6,2<br />

Baixo Tietê 1.871.700 683.983 42 54.040 2,9<br />

Litoral Norte 197.700 223.037 4 159.080 80,5<br />

Mantiqueira 68.600 60.805 3 22.827 33,3<br />

Médio Paranapanema 1.752.200 618.529 42 107.326 6,1<br />

Mogi-Guaçu 1.306.100 1.196.354 37 95.780 7,3<br />

Paraíba do Sul 1.422.800 1.767.522 34 306.350 21,5<br />

Pardo 960.900 1.064.095 24 72.149 7,5<br />

Peixe 845.300 417.279 26 66.166 7,8<br />

Piracicaba/Capivari/Jundiaí 1.373.500 4.305.359 57 105.403 7,6<br />

Pontal do Paranapanema 1.336.500 457.319 21 79.704 6,0<br />

Ribeira de Iguape/Litoral Sul 2.177.200 358.018 23 1.163.515 53,4<br />

São José dos Dourados 614.200 214.480 25 22.310 3,6<br />

Sapucaí Mirim Grande 1.002.500 608.682 22 60.615 6,0<br />

Tietê/Batalha 1.238.400 464.637 33 75.927 6,1<br />

Tietê/Jacaré 1.598.700 1.322.130 34 77.064 4,8<br />

Médio Tietê/Sorocaba 1.209.900 1.557.644 33 133.039 11,0<br />

Turvo/Grande 1.712.800 1.109.070 64 64.039 3,7<br />

16


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Meio físico e<br />

Aspectos <strong>da</strong><br />

Fragmentação<br />

<strong>da</strong> Vegetação<br />

Sua rede hídrica está distribuí<strong>da</strong> por todo seu território, subdividi<strong>da</strong> em 22 Uni<strong>da</strong>des de Gerenciamento<br />

de Recursos Hídricos (UGRHI), sendo que 86% de suas águas drenam <strong>para</strong> o interior (Rio<br />

Paraná) e 14% <strong>para</strong> o litoral (Tabela 1 e Figura 1).<br />

De sua cobertura vegetal original, em 1962 o Estado de São Paulo contava com 29,26%, passando<br />

<strong>para</strong> 17,72% em 1971/73 e 13,43% em 1993. Atualmente, a cobertura vegetal natural do estado é de<br />

3.457.301 ha, o que corresponde a 13,94% de sua superfície.<br />

As bacias com maiores índices de cobertura vegetal natural são as que compreendem as regiões<br />

serranas do litoral e do Vale do Paraíba, onde o relevo atua como agente de grande importância <strong>para</strong><br />

sua conservação. À medi<strong>da</strong> que nos afastamos <strong>para</strong> o oeste do estado, os índices de cobertura vegetal<br />

natural diminuem e a vegetação se encontra altamente fragmenta<strong>da</strong> devido à ocupação histórica pela<br />

agropecuária, hoje principalmente pela presença de pastagens e cana, que causam grandes impactos.<br />

Figura 1. Uni<strong>da</strong>des de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo.<br />

17


CAPÍTULO 2<br />

Clima e Meio Físico<br />

O Estado de São Paulo apresenta clima tropical superúmido na baixa<strong>da</strong> litorânea e escarpas <strong>da</strong> Serra<br />

do Mar; tropical de altitude na região do Planalto Atlântico; tropical quente e úmido na região noroeste<br />

do estado; subtropical úmido na região sul; e subtropical com inverno seco e verão quente/úmido no<br />

Planalto Ocidental.<br />

O relevo do estado compreende um gradiente altimétrico que vai de 0 m no litoral a 2.797 m na<br />

Serra <strong>da</strong> Mantiqueira (Pedra Mina). O território paulista é dominado quase que totalmente pelo Planalto,<br />

estando assim distribuído (Figura 2):<br />

Figura 2. Gradiente hipsométrico do Estado de São Paulo.<br />

FLORESTA ESTACIONAL E CERRADO<br />

FLORESTA<br />

OMBRÓFILA<br />

COMPLEXO<br />

DE RESTINGA<br />

PLANALTO OCIDENTAL<br />

CUESTA<br />

DEPRESSÃO<br />

PERIFÉRICA<br />

PLANALTO<br />

ATLÂNTICO<br />

2.797 m<br />

Figura 3. Perfil do relevo e formações vegetacionais do Estado de São Paulo.<br />

0 m<br />

18


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Meio físico e<br />

Aspectos <strong>da</strong><br />

Fragmentação<br />

<strong>da</strong> Vegetação<br />

• 7% <strong>da</strong> superfície acima de 900 m<br />

• 85% <strong>da</strong> superfície entre 300 e 900 m<br />

• 8% <strong>da</strong> superfície abaixo de 300 m<br />

O estado pode ser compartimentado em cinco províncias geomorfológicas que refletem basicamente<br />

o seu contexto morfo-estrutural (Figura 3).<br />

A Província Costeira, defini<strong>da</strong> como a área drena<strong>da</strong> diretamente <strong>para</strong> o mar e compreendi<strong>da</strong><br />

entre o rebordo do Planalto Atlântico e o Litoral, subdivide-se em Serrania Costeira e Baixa<strong>da</strong> Litorânea.<br />

A Serrania constitui-se basicamente por rochas granito-gnáissicas, sendo que na bacia do Ribeira<br />

ocorrem xistos, quartzitos, mármores, metaconglomerados, metabasitos e outras rochas <strong>da</strong> série São<br />

Roque, onde dominam os Cambissolos. Essas áreas possuem fragili<strong>da</strong>de potencial muito alta e sujeita<br />

a processos erosivos intensos e movimentos de massa. Na Baixa<strong>da</strong> Litorânea ocorrem os sedimentos<br />

detríticos e depósitos mistos de baixos terraços marinhos, dunas, mangues, aluviões e coluviões, onde<br />

predominam os Espodossolos, Organossolos e Gleissolos. Caracterizam-se por serem potencialmente<br />

frágeis, com lençol freático pouco profundo, inun<strong>da</strong>ção periódica e sedimentos inconsoli<strong>da</strong>dos. O<br />

Litoral Norte é representado por pequenas planícies e ensea<strong>da</strong>s e relevo de escarpas mais íngremes,<br />

enquanto no Litoral Centro-Sul as planícies são mais extensas, havendo na bacia do Ribeira de Iguape<br />

um recuo <strong>da</strong>s escarpas em até 100 km.<br />

O Planalto Atlântico caracteriza-se por extensa área disseca<strong>da</strong> com grande diversi<strong>da</strong>de de formas<br />

topográficas e estrutura heterogênea. Abrange a faixa de rochas cristalinas que ocorrem desde a região<br />

sul do estado (Planalto do Guapiara) até a divisa com Minas Gerais (Planalto de Campos do Jordão).<br />

Apresenta relevo de morros altos, morros, morrotes, colinas e serras alonga<strong>da</strong>s. Essa área contém um<br />

conjunto de 12 planaltos com diversos tipos de solo, entre os quais Cambissolos, Neossolos Litólicos,<br />

Argissolos e Latossolos. O Planalto Atlântico, de modo geral, apresenta fragili<strong>da</strong>de de média a alta,<br />

sujeita a fortes ativi<strong>da</strong>des erosivas.<br />

Em direção ao oeste do estado, o Planalto Atlântico desgasta-se até a Depressão Periférica,<br />

área rebaixa<strong>da</strong> pela erosão e influencia<strong>da</strong> pelas descontinui<strong>da</strong>des estruturais que controlam tanto<br />

a drenagem como o relevo. Trata-se de área deprimi<strong>da</strong> entre as Cuestas Basálticas e o Planalto<br />

Atlântico e localiza-se quase totalmente nos sedimentos Paleo-mesozóicos <strong>da</strong> bacia do Paraná.<br />

Apresenta vários modelados, como formas ondula<strong>da</strong>s ou tabuliformes, com vales amplos e suaves,<br />

destacando-se, no conjunto, os morros testemunhos e pequenas cuestas. Nesta província ocorrem<br />

principalmente os Latossolos e os Argissolos. A fragili<strong>da</strong>de é de média a baixa sendo a área susceptível<br />

a processos erosivos.<br />

Na seqüência, encontra-se o relevo escarpado e alinhado, com cortes abruptos e íngremes em<br />

sua parte frontal e declive suave em seu reverso, que caracteriza as Cuestas Basálticas. São sustenta<strong>da</strong>s<br />

pelos remanescentes erosivos <strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s de rochas vulcânicas basálticas e de rochas areníticas <strong>da</strong><br />

Bacia do Paraná, que ocorrem desde Ituverava e Franca, a nordeste do estado, até Botucatu e Avaré, a<br />

sudoeste. Neste setor, dominam os Latossolos Férricos, Nitossolos e Neossolos Litólicos.<br />

19


CAPÍTULO 2<br />

O Planalto Ocidental se estende <strong>para</strong> Noroeste <strong>da</strong>s Cuestas Basálticas, sendo caracterizado por<br />

relevo suavizado e monótono, com alguns destaques topográficos até chegar à calha do rio Paraná.<br />

Apresenta-se ligeiramente ondulado, sob a forma de colinas amplas e baixas e com topos aplainados,<br />

e corresponde a praticamente 50% <strong>da</strong> área do estado. A litologia é representa<strong>da</strong> pelo Grupo Bauru,<br />

composta por arenitos, lentes de siltitos e argilitos, além de depósitos areno-argilosos, onde dominam<br />

Argissolos e Latossolos. Esta Província possui, de modo geral, fragili<strong>da</strong>de de média a baixa, porém,<br />

dependendo <strong>da</strong>s características dos solos e <strong>da</strong>s declivi<strong>da</strong>des, alguns setores podem ser extremamente<br />

frágeis quanto aos processos erosivos.<br />

Fragili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Vegetação (Formações<br />

Vegetacionais Frágeis e Ameaça<strong>da</strong>s)<br />

Traçando-se um transecto a partir do litoral do estado de São Paulo em direção ao interior, temos, primeiramente,<br />

a restinga, sobre a qual se desenvolve um complexo vegetacional ameaçado principalmente<br />

pela especulação imobiliária e pela expansão <strong>da</strong> malha viária. Apenas uma pequena parte dela está protegi<strong>da</strong><br />

na forma de Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral; quando próxima ao mar, a restinga se<br />

apresenta com hábito herbáceo (formação pioneira de influência marinha) e, à medi<strong>da</strong> que se aproxima<br />

do sopé <strong>da</strong> região serrana, adquire a fisionomia florestal (Floresta Ombrófila Densa <strong>da</strong>s Terras Baixas).<br />

Em alguns dos setores <strong>da</strong> restinga, há uma relação muito forte com o fluxo de cheias; nas regiões<br />

ribeirinhas, onde ocorrem áreas alaga<strong>da</strong>s quase o ano todo, são comuns os caixetais (populações<br />

densas de Tabebuia cassinoides); em outras áreas com alagamentos intermitentes, formam-se os guanandizais<br />

(predomínio de Calophyllum brasiliense Camb.). São ecossistemas ricos em epífitas e muito<br />

sensíveis que, quando perturbados, podem ser facilmente alterados de maneira irreversível.<br />

Fortemente associados à restinga, estão os mangues (formações pioneiras de influência flúviomarinha),<br />

que se formam nas desembocaduras dos rios no mar, onde há uma condição salobra com<br />

flora e fauna próprias e em equilíbrio muito tênue, que não suporta a urbanização.<br />

Na encosta <strong>da</strong> Serra do Mar e em trechos do Planalto Atlântico, particularmente na Serra <strong>da</strong> Mantiqueira,<br />

a vegetação está relativamente protegi<strong>da</strong> por suas declivi<strong>da</strong>des. Abrigam em sua manta e em<br />

suas maiores altitudes, áreas de campos naturais (Estepe), florestas nebulares (Floresta Ombrófila Densa<br />

Alto-Montana) e a floresta mista de Araucaria e Podocarpus (Floresta Ombrófila Mista). Porém, devido<br />

ao seu isolamento, estas vegetações, se perturba<strong>da</strong>s, correm grande risco de extinção local.<br />

No interior do estado, temos o Cerrado e a Floresta Estacional. O Cerrado, equivoca<strong>da</strong>mente<br />

considerado de quali<strong>da</strong>de inferior, teve sua área original muito reduzi<strong>da</strong>, cedendo lugar à agropecuária.<br />

A Floresta Estacional, devido ao seu porte robusto e riqueza, foi fortemente explora<strong>da</strong> e reduzi<strong>da</strong><br />

a fragmentos que se encontram isolados e empobrecidos. Suas “jóias”, como a cabreúva (Myroxylon<br />

balsamum), o pau-marfim (Balfourodendron riedelianum) e a peroba (Aspidosperma polyneuron),<br />

estão ameaça<strong>da</strong>s.<br />

20


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Meio físico e<br />

Aspectos <strong>da</strong><br />

Fragmentação<br />

<strong>da</strong> Vegetação<br />

Fragmentação dos Remanescentes<br />

de Vegetação Natural<br />

De forma geral, a vegetação natural remanescente está altamente fragmenta<strong>da</strong>, com exceção dos grandes<br />

maciços nas regiões serranas (Tabela 2).<br />

Tabela 2. Parâmetros <strong>da</strong> vegetação remanescente no Estado de São Paulo.<br />

Classe<br />

Fragmentos<br />

(ha) Número %<br />

< 20 85.290 80,2<br />

20 a 40 10.433 9,8<br />

40 a 60 3.723 3,5<br />

60 a 100 3.013 2,8<br />

100 a 500 3.362 3,2<br />

> 500 539 0,5<br />

21


Ana Fernandes Xavier<br />

Beatriz Morais Bolzani<br />

Sílvia Jordão


c a p í t u l o<br />

3<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza<br />

no Estado de<br />

São Paulo


CAPÍTULO 3<br />

Uni<strong>da</strong>des de Conservação <strong>da</strong> Natureza no Estado de São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de Conservação <strong>da</strong> Natureza do Estado de São Paulo<br />

e sua importância <strong>para</strong> a Conservação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

As Uni<strong>da</strong>des de Conservação <strong>da</strong> Natureza (UCs) constituem áreas de especial relevância <strong>para</strong> a preservação<br />

e conservação ambiental, desempenhando papel altamente significativo <strong>para</strong> a manutenção <strong>da</strong><br />

diversi<strong>da</strong>de biológica. Ao permitirem a manutenção dos ecossistemas e habitats de espécies em seus<br />

meios naturais de ocorrência, resguar<strong>da</strong>m a autentici<strong>da</strong>de que o planeta possui, a fim de que possamos<br />

vislumbrar nossas origens. As UCs estão no centro do processo conservacionista e a proteção que asseguram<br />

é muito mais do que preservar as espécies ameaça<strong>da</strong>s de extinção, é preservar a vi<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s<br />

as suas formas de expressão.<br />

Até pouco tempo atrás, <strong>da</strong>va-se priori<strong>da</strong>de somente às questões relaciona<strong>da</strong>s ao desenvolvimento<br />

econômico na ocupação dos territórios. Hoje, <strong>da</strong>do o grau de bio-simplificação e devastação dos ecossistemas<br />

naturais - de cujos bens, diretos e indiretos, dependem as populações humanas - é necessário<br />

considerar os aspectos ambientais no planejamento e ordenamento territorial, a fim de que o aproveitamento<br />

econômico dos recursos naturais não inviabilize a biodiversi<strong>da</strong>de, que é patrimônio de todos.<br />

A implementação de UCs é uma estratégia adota<strong>da</strong> mundialmente como a forma mais efetiva<br />

<strong>para</strong> a conservação in situ <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de. Em seu contexto mais amplo, elas protegem não apenas<br />

a biodiversi<strong>da</strong>de de flora e fauna, mas também os processos ecológicos de interação entre ambas. Promovem<br />

igualmente a conservação de valores históricos, arquitetônicos, arqueológicos e culturais <strong>da</strong>s<br />

populações e <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des tradicionais que vivem no seu interior e no seu entorno, integrando-os<br />

assim ao patrimônio natural.<br />

Além <strong>da</strong>s funções de conservação dos ambientes que as compõem, as UCs devem também desenvolver<br />

suas funções sociais por meio <strong>da</strong> integração às regiões onde se inserem, participando do<br />

processo de desenvolvimento econômico sustentável. O aprimoramento de mecanismos e estratégias<br />

na gestão de UCs deverão igualmente garantir o respeito e reconhecimento dos povos indígenas, <strong>da</strong>s<br />

comuni<strong>da</strong>des quilombolas e <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des tradicionais. Desta integração dependem, inclusive, os<br />

apoios políticos e econômicos indispensáveis <strong>para</strong> a manutenção <strong>da</strong>s mesmas.<br />

As UCs prestam ain<strong>da</strong> serviços ambientais, tais como: fixação de carbono e manutenção de seus<br />

estoques, regularização e equilíbrio do ciclo hidrológico, purificação <strong>da</strong> água e do ar, controle de<br />

erosão, conforto térmico, perpetuação dos bancos genéticos, fluxo gênico <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, controle<br />

biológico, manutenção <strong>da</strong> paisagem, áreas <strong>para</strong> recreação, lazer, educação e pesquisa científica, além<br />

do valor de herança <strong>para</strong> as futuras gerações.<br />

A diversi<strong>da</strong>de de ambientes e <strong>da</strong>s diferentes inter-relações em seu interior, levaram à necessi<strong>da</strong>de<br />

de criação de diferentes categorias, ou tipos de UCs, com diferentes objetivos, manejos distintos, e<br />

numa perspectiva de complementari<strong>da</strong>de.<br />

No ano de 2000 foi instituído o Sistema Nacional de Uni<strong>da</strong>des de Conservação (SNUC), por<br />

meio <strong>da</strong> Lei Federal n° 9.985 que regulamenta o art. 225 <strong>da</strong> Constituição Federal. Essa lei estabelece os<br />

princípios básicos <strong>para</strong> a estruturação do Sistema Brasileiro de Áreas Protegi<strong>da</strong>s e apresenta os critérios<br />

24


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

e normas <strong>para</strong> a criação, implantação e gestão <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação <strong>da</strong> Natureza, compreendi<strong>da</strong>s<br />

como: “o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com<br />

características naturais relevantes, legalmente instituído pelo poder Público, com objetivos de conservação<br />

e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequa<strong>da</strong>s<br />

de proteção”. O SNUC passa, assim, a ser constituído pelo conjunto <strong>da</strong>s UCs federais, estaduais e<br />

municipais existentes no país, cria<strong>da</strong>s por ato do Poder Público.<br />

As UCs tipifica<strong>da</strong>s pelo SNUC dividem-se em dois grandes grupos, com características específicas<br />

e graus diferenciados de restrição:<br />

I. Uni<strong>da</strong>des de Proteção Integral - volta<strong>da</strong>s à preservação <strong>da</strong> natureza, admitindo apenas o uso<br />

indireto dos seus recursos naturais. Destinam-se à preservação contra qualquer interferência ou<br />

exploração de seus recursos naturais, bem como de suas peculiari<strong>da</strong>des, garantindo seu estado<br />

natural e perpetui<strong>da</strong>de. Compreende as categorias: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque<br />

Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vi<strong>da</strong> Silvestre.<br />

II. Uni<strong>da</strong>des de Uso Sustentável - que objetivam compatibilizar a conservação <strong>da</strong> natureza com o<br />

uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. As intervenções no ambiente devem garantir<br />

a pereni<strong>da</strong>de dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a<br />

biodiversi<strong>da</strong>de e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente<br />

viável. É composto pelas categorias: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse<br />

Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento<br />

Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural.<br />

Considerando as diversas tipologias de UCs e a disponibili<strong>da</strong>de de áreas naturais, é viável e possível<br />

atender aos requisitos de proteção à biodiversi<strong>da</strong>de e, de maneira integra<strong>da</strong>, às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s<br />

comuni<strong>da</strong>des locais.<br />

Para fortalecer as medi<strong>da</strong>s e a importância <strong>da</strong> conservação <strong>da</strong> natureza, o Plano Estratégico Nacional<br />

de Áreas Protegi<strong>da</strong>s (PNAP), editado em 2006, pelo Decreto nº 5.758, estabelece os princípios, diretrizes,<br />

objetivos e estratégias <strong>para</strong> orientar as ações que deverão ser desenvolvi<strong>da</strong>s <strong>para</strong> o estabelecimento<br />

de um sistema abrangente de áreas protegi<strong>da</strong>s ecologicamente representativo, efetivamente manejado,<br />

integrado a áreas terrestres e marinhas mais amplas, até 2015, <strong>da</strong>ndo ênfase ao compromisso assumido<br />

pelo Brasil na Conferência <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992.<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de Conservação <strong>da</strong> Natureza e outras áreas<br />

especialmente protegi<strong>da</strong>s existentes no Estado de São Paulo<br />

Integra o patrimônio natural paulista um importante conjunto de UCs, cria<strong>da</strong>s não apenas pelo governo<br />

estadual, mas também por instituições federais, municipais 1 e por iniciativa <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil. Distribuí<strong>da</strong>s<br />

1<br />

As Uni<strong>da</strong>des de Conservação municipais não foram considera<strong>da</strong>s neste trabalho.<br />

25


CAPÍTULO 3<br />

por inúmeras regiões, sua criação deve-se à sua importância ecológica e científica excepcional, e à função<br />

de abrigar ambientes, animais e plantas, muitos dos quais tornaram-se raros ou em vias de extinção.<br />

Tendo como referência as categorias de proteção preconiza<strong>da</strong>s pelo Sistema Nacional de Uni<strong>da</strong>des<br />

de Conservação <strong>da</strong> Natureza, encontramos em território paulista UCs de proteção integral (Parque<br />

Nacional e Estadual, Estação Ecológica, Reserva Biológica, Monumento Natural e Refúgio de Vi<strong>da</strong><br />

Sivestre) e UCs de uso sustentável (Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico,<br />

Reserva Extrativista, Reserva Particular do Patrimônio Natural, Reserva de Desenvolvimento Sustentável<br />

e Floresta Nacional e Estadual). Somam-se ain<strong>da</strong> outras mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de conservação reconheci<strong>da</strong>s no<br />

nível internacional pela UNESCO, denomina<strong>da</strong>s Reserva <strong>da</strong> Biosfera <strong>da</strong> Mata Atlântica, Reserva <strong>da</strong><br />

Biosfera do Cinturão Verde <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de de São Paulo e o Sítio do Patrimônio Mundial Natural. Além dessas,<br />

existem outras mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de categorias que são objeto de proteção especial, também volta<strong>da</strong>s à<br />

conservação do patrimônio natural e cultural defini<strong>da</strong>s como Parques Ecológicos, Reservas Estaduais,<br />

Áreas sob Proteção Especial e Áreas Naturais Tomba<strong>da</strong>s. Outras categorias conheci<strong>da</strong>s como uni<strong>da</strong>des<br />

de produção, representa<strong>da</strong>s por Estações Experimentais, Hortos e Viveiros Florestais, estão volta<strong>da</strong>s<br />

à experimentação florestal <strong>para</strong> o desenvolvimento de pesquisas, restauração de áreas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s,<br />

conservação de recursos genéticos in situ e ex situ e melhoramento genético. No entanto, é preciso<br />

salientar a existência de várias sobreposições territoriais entre elas, entre categorias distintas e mesma<br />

categoria e entre diferentes instâncias de governo. Muitas UCs têm abrangência interestadual e estão<br />

sob a responsabili<strong>da</strong>de do Instituto Chico Mendes de Conservação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de; outras são regionais,<br />

e algumas abrangem um município integral ou parcialmente.<br />

As UCs e demais áreas naturais especialmente protegi<strong>da</strong>s do Estado de São Paulo são administra<strong>da</strong>s<br />

por diferentes instituições <strong>da</strong> Secretaria do Meio Ambiente (Fun<strong>da</strong>ção Florestal, Instituto Florestal, Instituto<br />

de Botânica), pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), pela Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual Paulista (UNESP), pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Instituto de Zootecnia <strong>da</strong><br />

Secretaria de Estado <strong>da</strong> Agricultura e Abastecimento, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,<br />

Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) <strong>da</strong> Secretaria <strong>da</strong> Cultura, Conselho Nacional <strong>da</strong> Reserva <strong>da</strong> Biosfera<br />

<strong>da</strong> Mata Atlântica (CNRBMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de. Preservam<br />

áreas de extrema importância biológica do Bioma Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila<br />

Mista, Floresta Estacional Semidecidual e Decidual) e ecossistemas associados (Formações Pioneiras<br />

sobre restingas e manguezais), remanescentes do Bioma Cerrado, além de ambientes costeiros e insulares,<br />

monumentos geológicos e geomorfológicos, recursos hídricos, entre outros atributos naturais.<br />

Existem 236 áreas naturais protegi<strong>da</strong>s no Estado de São Paulo (tabela), dividi<strong>da</strong>s em 21 categorias<br />

de manejo de âmbito federal, estadual e particular (considerando Uni<strong>da</strong>des de Proteção Integral, Uni<strong>da</strong>des<br />

de Uso Sustentável e outras áreas especialmente protegi<strong>da</strong>s).<br />

Esforços importantes têm sido feitos <strong>para</strong> ampliar a rede de áreas protegi<strong>da</strong>s, assim como implantar os<br />

Conselhos Gestores, Consultivos e Deliberativos, conforme a exigência de ca<strong>da</strong> categoria e de acordo com<br />

o SNUC, presididos pelos órgãos responsáveis por sua administração e constituídos por representantes de<br />

órgãos públicos, de organizações <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil e <strong>da</strong>s populações tradicionais, quando couber.<br />

26


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

Diploma<br />

Legal<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

Municípios<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral<br />

Estações Ecológicas Federais<br />

1 EE Tupinambás DF nº 94.656/1987 2.445,20 (3) Lit. Norte Ubatuba e São Sebastião<br />

2 EE Tupiniquins DF nº 92.964/1986 1.780,00<br />

(11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul<br />

(7) Baixa<strong>da</strong> Santista<br />

Peruíbe e Cananéia<br />

Estações Ecológicas Estaduais<br />

1 EE de Angatuba DE nº 23.790/1985 1.394,15 (14) Alto Paranapanema Angatuba e Guareí<br />

2 EE de Assis<br />

3 EE de Bananal<br />

DE nº 35.697/1992<br />

DE nº 47.097/2002<br />

DE nº 43.193/1964<br />

DE nº 26.890/1987<br />

1.760,64 (17) Médio Paranapanema Assis<br />

884,00 (2) Paraíba do Sul Bananal<br />

4 EE do Barreiro Rico DE nº 51.381/2006 292,82 (10) Tietê/Sorocaba Anhembi<br />

5 EE dos Caetetus<br />

6 EE de Chauás<br />

7 EE de Ibicatu<br />

8 EE de Itaberá<br />

9 EE de Itapeti<br />

DE nº 8.346/1976<br />

DE nº 26.718/1987<br />

DE nº 12.327/1976<br />

DE nº 26.719/1987<br />

DE nº 33.261/1958<br />

DE nº 26.890/1987<br />

DE nº 29.881/1957<br />

DE nº 26.890/1987<br />

DE nº 21.363D/1952<br />

DE nº 26.890/1987<br />

2.178,84 (17) Médio Paranapanema Gália e Alvinlândia<br />

2.699,60 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Iguape<br />

76,40 (10) Tietê/Sorocaba Piracicaba<br />

180,00 (14) Alto Paranapanema Itaberá<br />

89,47 (6) Alto Tietê Mogi <strong>da</strong>s Cruzes<br />

10 EE de Itapeva DE nº 23.791/1985 106,77 (14) Alto Paranapanema Itapeva<br />

11 EE de Itirapina DL nº 22.335/1984 2.300,00 (13) Tietê/Jacaré Itirapina e Brotas<br />

12 EE de Jataí<br />

13 EE de Juréia-Itatins<br />

DE nº 18.997/1982<br />

DE nº 20.809/1983<br />

DE nº 47.096/2002<br />

DE nº 24.646/1986<br />

LE nº 5.649/1987<br />

LE nº 12.406/2006<br />

9.074,63 (9) Mogi-Guaçu Luís Antônio<br />

92.223,00<br />

(7) Baixa<strong>da</strong> Santista<br />

(11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul<br />

Peruíbe, Itariri, Miracatu e Iguape<br />

14 EE de Mogi-Guaçu DE nº 22.336/1984 980,71 (9) Mogi-Guaçu Mogi-Guaçu<br />

15 EE do Noroeste Paulista LE nº 8.316/1993 168,63 (15) Turvo/Grande São José do Rio Preto e Mirassol<br />

16 EE de Paranapanema DE nº 37.538/1993 635,20 (14) Alto Paranapanema Paranapanema<br />

17 EE de Paulo de Faria DE nº 17.724/1981 435,73 (15) Turvo/Grande Paulo de Faria<br />

18 EE de Ribeirão Preto DE nº 22.691/1984 154,16 (4) Pardo Ribeirão Preto<br />

27


CAPÍTULO 3<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

Diploma<br />

Legal<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

Municípios<br />

19 EE de Santa Bárbara DE nº 22.337/1984 4.371,97 (17) Médio Paranapanema Águas de Santa Bárbara<br />

20 EE de Santa Maria DE nº 23.792/1985 113,05 (4) Pardo São Simão<br />

21 EE de São Carlos<br />

22<br />

EE Sebastião Aleixo <strong>da</strong><br />

Silva (Bauru)<br />

23 EE de Valinhos<br />

24 EE de Xituê<br />

DE nº 38.957/1961<br />

DE nº 26.890/1987<br />

DE nº 38.424/1961<br />

DE nº 26.890/1987<br />

DE nº 45.967-D/1966<br />

DE nº 26.890/1987<br />

DE nº 28.153/1957<br />

DE nº 24.151/1985<br />

DE nº 26.890/1987<br />

75,26 (13) Tietê/Jacaré Brotas<br />

287,98 (16) Tietê/Batalha Bauru<br />

16,94 (5) Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Valinhos<br />

3.095,00 (14) Alto Paranapanema Ribeirão Grande<br />

Reservas Biológicas Estaduais<br />

1<br />

RB Alto <strong>da</strong> Serra de Paranapiacaba<br />

DE nº 9.715/1938<br />

DE nº 24.714/1986<br />

336,00 (6) Alto Tietê Santo André<br />

2 RB Andradina LE nº 4.920/1985 168,00 (19) Baixo Tietê Andradina<br />

3<br />

RB Experimental<br />

Mogi-Guaçu<br />

DE nº 12.500/1942 470,40 (9) Mogi-Guaçu Mogi-Guaçu<br />

4 RB Pindorama LE nº 4.960/1986 128,00 (15) Turvo/Grande Pindorama<br />

5 RB Sertãozinho LE nº 4.557/1985 720,00 (9) Mogi-Guaçu Sertãozinho<br />

Parques Nacionais<br />

1 PN Serra <strong>da</strong> Bocaina<br />

DF nº 68.172/1971<br />

DF nº 70.694/1972<br />

104.000,00<br />

(SP e RJ)<br />

(2) Paraiba do Sul<br />

(3) Lit. Norte<br />

Cunha, São José do Barreiro, Areias e Ubatuba,<br />

no Estado de São Paulo, além de municípios no Estado<br />

do Rio de Janeiro<br />

Parques Estaduais<br />

1 PE Aguapeí<br />

2<br />

3<br />

PE Alberto Löefgren<br />

(Horto Florestal)<br />

PE Assessoria <strong>da</strong> Reforma<br />

Agrária (ARA)<br />

4 PE Campina do Encantado<br />

DE nº 43.269/1998<br />

DE nº 44.730/2000<br />

9.043,97 (20) Aguapeí<br />

DE nº 335/1896 174,00 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

DE nº 51.988/1969<br />

DE nº 928/1973<br />

LE nº 8.873/1994<br />

LE nº 10.316/1999<br />

64,30 (5) Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Valinhos e Campinas<br />

2.359,50 (11) Ribeira de Iguape/ Lit. Sul Pariquera-Açu<br />

Monte Castelo, Nova Independência, São João do Pau<br />

d’Alho, Castilho, Guaraçaí e Junqueirópolis<br />

5 PE Campos do Jordão DE nº 11.908/1941 8.341,00 (1) Mantiqueira Campos do Jordão<br />

6 PE <strong>da</strong> Cantareira<br />

DE nº 41.626/1963<br />

LE nº 10.228/1968<br />

7 PE Carlos Botelho DE nº 19.499/1982 37.644,00<br />

7.900,00 (6) Alto Tietê São Paulo, Caieiras, Mairiporã e Guarulhos<br />

(11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul<br />

(14) Alto Paranapanema<br />

Sete Barras, Tapiraí, Capão Bonito e<br />

São Miguel Arcanjo<br />

8 PE Caverna do Diabo LE nº 12.810/2008 40.219,66 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Eldorado, Iporanga, Barra do Turvo e Cajati<br />

28


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

Diploma<br />

Legal<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

Municípios<br />

9 PE Chácara <strong>da</strong> Baronesa LE nº 10.861/2001 34,09 (6) Alto Tietê Santo André e São Bernardo do Campo<br />

10 PE Fontes do Ipiranga<br />

DE nº 52.281/1969<br />

LE nº 10.353/1969<br />

543,00 (6) Alto Tietê São Paulo e Diadema<br />

11 PE Furnas do Bom Jesus DE nº 30.591/1989 2.069,06 (8) Sapucaí Mirim/ Grande Pedregulho<br />

12 PE Ilha Anchieta DE nº 9.629/1977 828,00 (3) Lit. Norte Ubatuba<br />

13 PE Ilha do Cardoso DE nº 40.319/1962 13.600,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Cananéia<br />

14 PE Ilhabela DE nº 9.414/1977 27.025,00 (3) Lit. Norte Ilhabela<br />

15 PE Intervales<br />

DE nº 40.135/1995<br />

DE nº 4.293/1999 LE nº<br />

10.850/2001<br />

41.704,00<br />

16 PE Itinguçu LE nº 12.406/2006 8.148,00<br />

17 PE Jaraguá<br />

DE nº 10.877/1939<br />

DE nº 38.391/1961<br />

(11) Ribeira de Iguape/ Lit. Sul<br />

(14) Alto Paranapanema<br />

(7) Baixa<strong>da</strong> Santista (11) Ribeira<br />

de Iguape/Lit. Sul<br />

Iporanga, Eldorado, Sete Barras, Ribeirão Grande e<br />

Guapiara<br />

Peruíbe e Iguape<br />

488,84 (6) Alto Tietê São Paulo e Osasco<br />

18 PE Juquery DE nº 36.859/1993 1.927,70 (6) Alto Tietê Franco <strong>da</strong> Rocha e Caieiras<br />

19 PE Jurupará<br />

20<br />

21<br />

22<br />

PE do Lagamar de<br />

Cananéia<br />

PE Mananciais de<br />

Campos do Jordão<br />

PE Marinho <strong>da</strong><br />

Laje de Santos<br />

23 PE Morro do Diabo<br />

24 PE Nascentes do Tietê<br />

25 PE Porto Ferreira<br />

DE nº 12.185/1978<br />

DE nº 35.703/1992<br />

DE nº 35.704/1992<br />

26.250,47 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Ibiúna e Pie<strong>da</strong>de<br />

LE nº 12.810/2008 40.758,64 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Cananéia e Jacupiranga<br />

DE nº 37.539/1993 502,96 (1) Mantiqueira Campos do Jordão<br />

DE nº 37.537/1993 5.000,00 (7) Baixa<strong>da</strong> Santista Santos<br />

DE nº 12.279/1941<br />

DE nº 14.649/1979<br />

DE nº 25.342/1986<br />

DE nº 29.181/1988<br />

DE nº 37.701/1993<br />

DE nº 40.991/1962<br />

DE nº 26.891/1987<br />

34.441,08 (22) Pontal do Paranapanema Teodoro Sampaio<br />

134,75 (6) Alto Tietê Salesópolis e Paraibuna<br />

611,55 (9) Mogi-Guaçu Porto Ferreira<br />

26 PE Prelado LE nº 12.406/2006 4.681,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Iguape<br />

27 PE Rio do Peixe DE nº 47.095/2002 7.720,00 (21) Peixe Dracena, Ouro Verde, Piquerobi e Presidente Venceslau<br />

28 PE do Rio Turvo LE nº 12.810/2008 73.893,87 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Barra do Turvo, Cajati e Jacupiranga<br />

29 PE <strong>da</strong> Serra do Mar<br />

DE nº 10.251/1977<br />

DE nº 13.313/1979<br />

315.000,00<br />

(2) Paraiba do Sul<br />

(3) Lit. Norte<br />

(6) Alto Tietê<br />

(7) Baixa<strong>da</strong> Santista<br />

(11) Ribeira de Iguape/ Lit. Sul<br />

Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião, Bertioga,<br />

Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá,<br />

Itanhaém, Peruíbe, Juquitiba, Pedro de Toledo, São<br />

Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mogi <strong>da</strong>s<br />

Cruzes, Biritiba Mirim, Salesópolis, Paraibuna, Nativi<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> Serra, São Luiz do Paraitinga e Cunha<br />

29


CAPÍTULO 3<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

Diploma<br />

Legal<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

Municípios<br />

30<br />

PE Turístico do Alto do<br />

Ribeira (PETAR)<br />

31 PE Vassununga<br />

DE nº 32.283/1958<br />

LE nº 5.973/1960<br />

DE nº 52.546/1970<br />

DE nº 52.720/1971<br />

35.712,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Apiaí e Iporanga<br />

1.675,32 (9) Mogi-Guaçu Santa Rita do Passa Quatro<br />

32 PE Xixová-Japuí DE nº 37.536/1993 901,00 (7) Baixa<strong>da</strong> Santista Praia Grande e São Vicente<br />

Refúgios de Vi<strong>da</strong> Silvestre Estadual<br />

1 RVS Abrigo e Guaritama LE nº 12.406/2006 480,00 (7) Baixa<strong>da</strong> Santista Peruíbe<br />

Monumentos Naturais Estaduais<br />

1 MN Geiseritos de Anhembi LE nº 12.687/2007 150,00 (10) Tietê Sorocaba Anhembi<br />

Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Uso Sustentável<br />

Áreas de Proteção Ambiental Federais<br />

1<br />

2<br />

3<br />

APA Bacia do Rio Paraíba<br />

do Sul<br />

APA Cananéia – Iguape<br />

– Peruíbe<br />

APA <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong><br />

Mantiqueira<br />

DF nº 87.561/1982 291.601,00 (2) Paraíba do Sul<br />

DF nº 90.347/1984<br />

DF nº 91.892/1985<br />

DF nº 91.304/1985<br />

217.060,00<br />

124.033,00<br />

(no Est. de SP)<br />

437.627,29<br />

(SP, RG, MG)<br />

(11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul (7)<br />

Baixa<strong>da</strong> Santista<br />

(1) Mantiqueira<br />

(2) Paraíba do Sul<br />

Áreas de Proteção Ambiental Estaduais<br />

Areias, Arujá, Bananal, Cachoeira Paulista, Cruzeiro,<br />

Guaratingueta, Guarulhos, Igaratá, Jacareí, Jambeiro,<br />

Lavrinhas, Monteiro Lobato, Nativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Serra, Paraibuna,<br />

Pin<strong>da</strong>monhangaba, Piquete, Queluz, Redenção<br />

<strong>da</strong> Serra, Santa Branca, Santa Isabel, São José do Barreiro,<br />

São José dos Campos, Silveiras e Taubaté<br />

Peruíbe, Cananéia, Iguape, Ilha Compri<strong>da</strong>,<br />

Miracatu e Itariri<br />

Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí, Santo<br />

Antônio do Pinhal, Cruzeiro, Guaratinguetá, Lavrinhas,<br />

Lorena, Pin<strong>da</strong>monhangaba, Piquete, Queluz, além de<br />

outros municípios nos estados do RJ e MG<br />

1 APA Estadual do Banhado LE nº 11.262/2002 9.100,00 (2) Paraíba do Sul São José dos Campos<br />

2<br />

APA Corumbataí, Botucatu<br />

e Tejupá<br />

3 APA Jundiaí<br />

DE nº 20.960/1983<br />

RSMA nº 05/2005<br />

LE nº 4.095/1984<br />

DE nº 43.284/1998<br />

RSMA nº 45/2003<br />

RSMA nº 02/2004<br />

LE nº 12.290/2006<br />

649.828,00<br />

50.257,00<br />

(5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí<br />

(9) Mogi-Guaçu<br />

(10) Tietê /Sorocaba<br />

(13) Tietê/Jacaré<br />

(14) Alto Paranapanema<br />

(17) Médio Paranapanema<br />

(5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí<br />

(10) Tietê/Sorocaba<br />

Perímetro Corumbataí: Dois Córregos, Torrinha, Santa<br />

Maria <strong>da</strong> Serra, Itirapina, São Pedro, Corumbataí,<br />

Analândia, Charquea<strong>da</strong>, Brotas, São Carlos, Ipeúna, Rio<br />

Claro, Barra Bonita, Mineiros do Tietê e São Manuel<br />

Perímetro Botucatu: Pardinho, Bofete, Botucatu, Itatinga,<br />

Avaré, Porangaba, Guareí, São Manuel, Angatuba e Torre<br />

de Pedra Perímetro Tejupá: Tejupá, Fartura, Pirajú, Taguaí,<br />

Taquarituba, Barão de Antonina, Coronel Macedo,<br />

Timburi, Itaporanga e Sarutaiá<br />

Jundiaí, Campo Limpo Paulista, Itupeva e Jarinu<br />

30


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

4 APA Cabreúva<br />

Diploma<br />

Legal<br />

LE nº 4.023/1984<br />

DE nº 43.284/1998<br />

RSMA nº 45/2003<br />

RSMA nº 02/2004<br />

LE nº 12.289/2006<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

36.924,00<br />

UGRHI<br />

(5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí<br />

(10) Tietê/Sorocaba<br />

Municípios<br />

In<strong>da</strong>iatuba, Salto, Cabreúva e Itú<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

5 APA Cajamar LE nº 4.055/1984 13.400,00 (6) Alto Tietê Cajamar<br />

6 APA de Cajati LE nº 12.810/2008 2.975,71 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Cajati<br />

7 APA Campos do Jordão<br />

DE nº 20.956/1983<br />

LE nº 4.105/1984<br />

RSMA nº 42/2003<br />

RSMA nº 03/2004<br />

28.800,00 (1) Mantiqueira Campos do Jordão<br />

8 APA Haras São Bernardo LE nº 5.745/1987 34,09 (6) Alto Tietê Santo André e São Bernardo do Campo<br />

9 APA Ibitinga LE nº 5.536/1987 64.900,00<br />

10 APA Ilha Compri<strong>da</strong><br />

11 APA Itu<strong>para</strong>ranga<br />

12 APA Mata do Iguatemi<br />

13<br />

14<br />

15<br />

APA Morro de<br />

São Bento<br />

APA Parque e Fazen<strong>da</strong> do<br />

Carmo<br />

APA Piracicaba e Juqueri-<br />

Mirim<br />

(áreas l e ll)<br />

DE nº 26.881/1987<br />

DE nº 30.817/1989<br />

RSMA nº 32/2004<br />

LE nº 10.100/1998<br />

LE nº 11.579/2003<br />

RSMA nº 43/2003<br />

RSMA nº 22/2004<br />

LE nº 8.274/1993<br />

RSMA nº 29/2004<br />

(13) Tietê/Jacaré<br />

(16) Tietê/Batalha<br />

Ibitinga<br />

18.200,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Ilha Compri<strong>da</strong><br />

93.356,75 (10) Tietê/Sorocaba<br />

30,00 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

LE nº 6.131/1988 1,93 (4) Pardo Ribeirão Preto<br />

LE nº 6.409/1989<br />

DE nº 37.678/1993<br />

RSMA nº 08/2004<br />

DE nº 26.882/1987<br />

LE nº 7.438/1991<br />

867,60 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

387.926,00<br />

(5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí<br />

(6) Alto Tietê<br />

(9) Mogi Guaçu<br />

16 APA do Planalto do Turvo LE nº 12.810/2008 2.721,87 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Barra do Turvo e Cajati<br />

17<br />

18<br />

APA dos Quilombos do<br />

Médio Ribeira<br />

APA Represa Bairro<br />

<strong>da</strong> Usina<br />

Ibiúna, São Roque, Pie<strong>da</strong>de, Mairinque, Vargem Grande<br />

Paulista, Alumínio, Votorantim e Cotia<br />

Área I: Analândia, Corumbataí, Itirapina, Ipeúna e<br />

Rio Claro. Área II: Campinas, Charquea<strong>da</strong>, Amparo,<br />

Bragança Paulista, Holambra, Jaguariúna, Joanópolis,<br />

Monte Alegre do Sul, Morungaba, Nazaré Paulista,<br />

Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Piracaia, Santo<br />

Antônio de Posse, Serra Negra, Socorro,Tuiuti, Vargem<br />

e Mairiporã<br />

LE nº 12.810/2008 64.625,04 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Iporanga, Barra do Turvo e Eldorado<br />

LE nº 5.280/1986<br />

Indefini<strong>da</strong><br />

(5)Piracicaba/<br />

Capivari/Jundiaí<br />

19 APA Rio Batalha LE nº 10.773/2001 235.635,00 (16) Tietê/Batalha<br />

20<br />

APA do Rio Pardinho e Rio<br />

Vermelho<br />

Atibaia<br />

LE nº 12.810/2008 3.235,47 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Barra do Turvo<br />

Avaí, Balbinos, Pirajuí, Piratininga, Presidente Alves,<br />

Reginópolis, Uru, Agudos, Bauru, Duartina e Gália<br />

31


CAPÍTULO 3<br />

21<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

APA São<br />

Francisco Xavier<br />

22 APA Sapucaí-Mirim<br />

23 APA <strong>da</strong> Serra do Mar<br />

Diploma<br />

Legal<br />

LE nº 11.262/2002<br />

RSMA nº 30/2004<br />

RSMA nº 28/2006<br />

DE nº 43.285/1998<br />

RSMA nº 42/2003<br />

RSMA nº 03/2004<br />

DE nº 22.717/1984<br />

DE nº 28.347/1988<br />

DE nº 28.348/1988<br />

DE nº 43.651/1998<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

11.559,00 (2) Paraíba do Sul São José dos Campos<br />

Municípios<br />

39.800,00 (1) Mantiqueira Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí<br />

434.680,00<br />

(11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul<br />

(14) Alto Paranapanema<br />

Barra do Turvo, Eldorado, Iporanga, Juquiá, Juquitiba,<br />

Miracatu, Pedro de Toledo, Sete Barras, Tapiraí, Capão<br />

Bonito e Ribeirão Grande<br />

24 APA Silveiras LE nº 4.100/1984 42.700,00 (2) Paraíba do Sul Silveiras<br />

25 APA Sistema Cantareira LE nº 10.111/1998 249.200,00<br />

26 APA Tiête DE nº 20.959/1983 45.100,00<br />

27<br />

APA Várzea do<br />

Rio Tiête<br />

LE nº 5.598/1987<br />

DE nº 42.837/1998<br />

RSMA nº 07/2004<br />

7.400,00 (6) Alto Tietê<br />

(5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí<br />

(6) Alto Tietê<br />

(5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí<br />

(10) Tietê/Sorocaba<br />

Mairiporã, Atibaia, Nazaré Paulista, Piracaia, Joanópolis,<br />

Vargem e Bragança Paulista<br />

Tietê e Jurumirim<br />

Salesópolis, Biritiba-Mirim, Mogi <strong>da</strong>s Cruzes, Suzano,<br />

Poá, Itaquaquecetuba, Guarulhos, São Paulo, Osasco,<br />

Barueri, Carapicuíba e Santana do Parnaíba<br />

Áreas de Relevante Interesse Ecológico Federais<br />

1 ARIE Buriti Vassununga DF nº 99.276/1990 149,87 (9) Mogi-Guaçu Santa Rita do Passa Quatro<br />

2<br />

3<br />

4<br />

ARIE <strong>da</strong> Ilha<br />

do Ameixal<br />

ARIE Ilhas<br />

Queima<strong>da</strong> Pequena e<br />

Queima<strong>da</strong> Grande<br />

ARIE Mata de Santa<br />

Genebra<br />

DF nº 91.889/1985 400,00 (11) Ribeira de Iguape/ Lit.Sul Peruíbe<br />

DF nº 91.887/1985 33,00 (7) Baixa<strong>da</strong> Santista Itanhaém e Peruíbe<br />

DF nº 91.855/1985 251,77 (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Campinas<br />

5 ARIE Matão de Cosmópolis DF nº 90.791/1985 173,05 (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Cosmópolis<br />

6 ARIE Pé-de-Gigante DF nº 99.275/1990 1.060,03 (9) Mogi-Guaçu Santa Rita do Passa Quatro<br />

Áreas de Relevante Interesse Ecológico Estaduais<br />

1 ARIE Pedra Branca<br />

2<br />

ARIE <strong>da</strong> Zona de Vi<strong>da</strong><br />

Silvestre <strong>da</strong> Ilha Compri<strong>da</strong><br />

DE nº 26.720/1987<br />

LE nº 5.864/1987<br />

635,82 (2) Paraíba do Sul Tremembé<br />

DE nº 30.817/1989 17.527,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Ilha Compri<strong>da</strong><br />

Florestas Nacionais - FN<br />

1 FN Capão Bonito Portaria IBDF nº 558/1968 4.344,33 (14) Alto Paranapanema Capão Bonito e Bur.<br />

2 FN Ipanema DF nº 530/1992 5.179,93 (10) Tietê/Sorocaba Iperó, Capela do Alto e Araçoiaba <strong>da</strong> Serra<br />

32


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

Diploma<br />

Legal<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

Municípios<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

Florestas Estaduais<br />

1 FE Águas de Santa Bárbara DE nº 44.305/1964 3.979,88 (17) Médio Paranapanema Águas de Santa Bárbara<br />

2 FE de Angatuba DE nº 44.389/1965 1.196,21 (14) Alto Paranapanema Angatuba<br />

3 FE de Assis DE nº 47.098/2002 2.816,42 (17) Médio Paranapanema Assis<br />

4 FE de Avaré DE nº 14.908/1945 741,83 (17) Médio Paranapanema Avaré<br />

5 FE de Batatais DLE nº 13.498/1943 1.353,27 (8) Sapucaí/Grande Batatais<br />

6 FE de Bebedouro Escritura -10/11/1927 99,41 (12) Baixo Pardo/Grande Bebedouro<br />

7 FE de Botucatu DE nº 46.230/1960 33,80 (10) Tietê/Sorocaba Botucatu<br />

8 FE de Cajuru DE nº 40.990/1962 1.909,56 (4) Pardo Cajuru<br />

9 FE de Manduri DE nº 40.988/1962 1.485,14 (14) Alto Paranapanema Manduri<br />

10 FE de Paranapanema DE nº 40.992/1962 1.547,84 (14) Alto Paranapanema Paranapanema<br />

11 FE de Pederneiras DE nº 47.099/2002 1.941,45 (13) Tietê/Jacaré Pederneiras<br />

12 FE de Piraju DE nº 14.594/1945 680,00 (14) Alto Paranapanema Piraju<br />

13<br />

FE Edmundo Navarro de<br />

Andrade<br />

DE nº 46.819/2002 2.230,53<br />

(5)Piracicaba/<br />

Capivari/Jundiaí<br />

Rio Claro e Santa Gertrudes<br />

Reservas Extrativistas Federais<br />

1 Res. Extrativista do Mandira DF s/n de 13/12/2002 1.175,93 (11) Ribeira de Iguape/ Lit. Sul Cananéia<br />

Reservas Extrativistas Estaduais<br />

1 RESEX <strong>da</strong> Ilha do Tumba LE nº 12.810/2008 1.128,26 (11) Ribeira de Iguape/ Lit. Sul Cananéia<br />

2 RESEX Taquari LE nº 12.810/2008 1.662,20 (11) Ribeira de Iguape/ Lit. Sul Cananéia<br />

Reservas Particulares do Patrimônio Natural<br />

1 RPPN Carbocloro Portaria nº 145/92-N 0,70 (7) Baixa<strong>da</strong> Santista Cubatão<br />

2 RPPN Ecoworld Portaria nº 064/99 51,38 (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Atibaia<br />

3 RPPN Estância Jatobá Portaria nº 105/00 26,67 (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Jaguariúna<br />

33


CAPÍTULO 3<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

Diploma<br />

Legal<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

Municípios<br />

4<br />

5<br />

RPPN Fazen<strong>da</strong> Agro-Pastoril<br />

Gonçalves<br />

RPPN Fazen<strong>da</strong><br />

Bela Aurora<br />

Portaria nº 102/99-N 60,91 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Tapiraí<br />

Portaria nº 062/99-N 86,14 (2) Paraíba do Sul Cruzeiro<br />

6 RPPN Fazen<strong>da</strong> Horii Portaria nº 108/99-N 34,40 (14) Alto Paranapanema Guapiara<br />

7 RPPN Meandros Portaria nº 157/01 111,30 (10) Tietê/Sorocaba Ibiúna<br />

8 RPPN Meandros II Portaria nº 149/01 145,20 (10) Tietê/Sorocaba Ibiúna<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

RPPN Fazen<strong>da</strong><br />

Meandros III<br />

RPPN Fazen<strong>da</strong> Relógio<br />

Queimado<br />

RPPN Fazen<strong>da</strong><br />

Rio dos Pilões<br />

RPPN Fazen<strong>da</strong><br />

San Michele<br />

Portaria nº 150/01 72,60 (10) Tietê/ Sorocaba Ibiúna<br />

Portaria nº 56/02 111,44 (16) Tietê/Batalha Cafelândia<br />

Portaria nº 84/99-N 560,02 (2) Paraiba do Sul Santa Isabel<br />

Portaria nº 57/01 40,97 (2) Paraíba do Sul São José dos Campos<br />

13 RPPN Fazen<strong>da</strong> Vista Bonita Portaria nº 38/04-N 1.069,10 (22) Pontal do Paranapanema Sandovalina<br />

14 RPPN Floresta Negra Portaria nº 104/01 7,00 (10) Tietê/Sorocaba Araçoiaba <strong>da</strong> Serra<br />

15<br />

RPPN Morro do<br />

Curussu Mirim<br />

Portaria nº 087/99 22,80 (3) Litora Norte Ubatuba<br />

16 RPPN Parque dos Pássaros Portaria nº 60/02 174,90 (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Bragança Paulista<br />

17<br />

18<br />

RPPN Parque<br />

São Marcelo<br />

RPPN Reserva Ecológica<br />

Amadeu Botelho<br />

Portaria nº 120/02-N 187,63 (9) Mogi-Guaçu Mogi-Mirim e Mogi-Guaçu<br />

Portaria nº 19/00 142,88 (13) Tietê/Jacaré Jaú<br />

19 RPPN Rizzieri Portaria nº 05/03-N 12,82 (3) Litoral Norte São Sebastião<br />

20 RPPN Sítio Capuavinha Portaria nº 31/01 5,00 (6) Alto Tietê Mairiporã<br />

21 RPPN Sítio Curucutu Portaria nº 102/95-N 10,89 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

22<br />

RPPN Sítio<br />

do Cantoneiro<br />

Portaria nº 116/94-N 8,70 (2) Paraíba do Sul Monteiro Lobato<br />

23 RPPN Sítio do Jacu Portaria nº 52/01 1,59 (3) Litoral Norte Caraguatatuba<br />

24 RPPN Sítio Palmital Portaria nº 103/99-N 24,30 (16) Tietê/Batalha Itápolis<br />

25 RPPN Sítio Pithon Portaria nº 11/97-N 26,00 (10)Tietê/Sorocaba Araçariguama<br />

26 RPPN Sítio Ryan Portaria nº 112/93-N 19,47 (6) Alto Tietê Itapevi<br />

34


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

Diploma<br />

Legal<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

Municípios<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

27 RPPN Sítio Sibiuna Portaria nº 58/95-N 50,00 (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Joanópolis<br />

28<br />

RPPN Toque Toque<br />

Pequeno<br />

Portaria nº 09/00-N 2,70 (3) Litoral Norte São Sebastião<br />

29 RPPN Voturuna II Portaria nº 123/94-N 58,45 (6) Alto Tietê Santana do Parnaíba<br />

30 RPPN Voturuna V Portaria nº 113/94-N 56,85 (6) Alto Tiête Pirapora do Bom Jesus<br />

31<br />

32<br />

RPPN Parque <strong>da</strong>s<br />

Nascentes<br />

RPPN Trilha<br />

Coroados - FB<br />

Portaria nº 58/02 69,25 (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Bragança Paulista<br />

Portaria nº 78/06 52,40 (16) Tietê/Batalha Presidente Alves<br />

33 RPPN Vale do Corisco Portaria nº 83/99-N 137,90 (14) Alto Paranapanema Itararé<br />

Reservas de Desenvolvimento Sustentável Estaduais<br />

1 RDS Barra do Una LE nº 12.406/2006 3.253,00 (7) Baixa<strong>da</strong> Santista Peruíbe<br />

2 RDS Barreiro/Anhemas LE nº 12.810/2008 3.175,07 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Barra do Turvo<br />

3 RDS Despraiado LE nº 12.406/2006 2.028,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Iguape<br />

4 RDS Itapanhapima LE nº 12.810/2008 1.242,70 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Cananéia<br />

5 RDS de Lavras LE nº 12.810/2008 889,74 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Cajati<br />

6 RDS dos Pinheirinhos LE nº 12.810/2008 1.531,09 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Barra do Turvo<br />

7<br />

RDS dos Quilombos de<br />

Barra do Turvo<br />

LE nº 12.810/2008 5.826,46 (11) Ribeira de Iguape/Lit.Sul Barra do Turvo<br />

Reservas <strong>da</strong> Biosfera<br />

1<br />

2<br />

Reserva <strong>da</strong> Biosfera <strong>da</strong><br />

Mata Atlântica<br />

Reserva <strong>da</strong> Biosfera do<br />

Cinturão Verde <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de<br />

de São Paulo<br />

Reconheci<strong>da</strong> pela UNESCO<br />

entre 1991 e 2002<br />

Reconheci<strong>da</strong> pela UNESCO<br />

no ano de 1994<br />

cerca de<br />

40.000.000,00<br />

(4.170.000,00<br />

no Est.de SP)<br />

cerca de<br />

1.540.032,00<br />

Integra parte de 16 estados que se estendem do Ceará<br />

ao Rio Grande do Sul, além de Minas Gerais, Mato<br />

Grosso do Sul e Goiás. No Estado de São Paulo abrange<br />

parte de 113 municípios. Encontra-se em fase de<br />

ampliação<br />

73 municípios. Integra a Reserva <strong>da</strong> Biosfera <strong>da</strong> Mata<br />

Atlântica. Encontra-se em fase de ampliação.<br />

Sítios do Patrimônio Mundial Natural<br />

1<br />

Sítio do Patrimônio<br />

Mundial Natural <strong>da</strong> Mata<br />

Atlântica do Sudeste<br />

Reconhecido pela UNESCO<br />

em 2000<br />

Abrange áreas do Estado de São Paulo e Paraná.<br />

35


CAPÍTULO 3<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

Diploma<br />

Legal<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

Municípios<br />

Outras Categorias de Áreas Especialmente Protegi<strong>da</strong>s<br />

Áreas Sob Proteção Especial Federais<br />

1 ASPE <strong>da</strong> Juréia Portaria Federal nº 186/1986 5.758,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Iguape<br />

Áreas Sob Proteção Especial Estaduais<br />

1<br />

2<br />

3<br />

ASPE do Centro de Biologia<br />

Marinha (CEBIMAR-USP)<br />

ASPE <strong>da</strong> Chácara <strong>da</strong><br />

Baronesa<br />

ASPE do Costão de<br />

Boiçucanga<br />

RSMA s/n de 10/02/1987 107,00 (3) Litoral Norte São Sebastião<br />

RSMA s/n de 11/03/1987 34,00 (6) Alto Tietê Santo André e São Bernardo do Campo<br />

RSMA s/n de 11/02/1987 192,00 (3) Litoral Norte São Sebastião<br />

4 ASPE do Costão do Navio RSMA s/n de 10/02/1987 199,30 (3) Litoral Norte São Sebastião<br />

5 ASPE <strong>da</strong> Roseira Velha RSMA s/n de 06/03/1987 84,70 (2) Paraíba do Sul Roseira<br />

Reservas Estaduais<br />

1 RE de Águas <strong>da</strong> Prata DE nº 21.610/1952 48,40 (9) Mogi-Guaçu Águas <strong>da</strong> Prata<br />

2 RE do Morro Grande LE nº 1.949/1979 10.700,00 (6) Alto Tietê Cotia<br />

3<br />

RE do Pontal do<br />

Paranapanema<br />

DLE nº13.705/1942 246.840,00 (22) Pontal do Paranapanema<br />

Rosana, Presidente Epitácio, Euclides <strong>da</strong> Cunha,<br />

Teodoro Sampaio, Marabá Paulista e Mirante do<br />

Paranapanema<br />

Parques Ecológicos Estaduais<br />

1<br />

2<br />

Pq. Ecológico Guarapiranga<br />

Pq. Ecológico Monsenhor<br />

Emílio José Salim<br />

DE nº 30.442/1989 330,00 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

DE nº 27.071/1987 285,00 (5) Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Campinas<br />

3 Pq. Ecológico Tiête DE nº 7.868/1976 1.550,00 (6) Alto Tietê<br />

4<br />

Pq. Ecológico Várzea do<br />

Embu-Guaçu<br />

sem Decreto 128,03 (6) Alto Tietê Embu-Guaçu<br />

Parques Urbanos Estaduais<br />

São Paulo, Guarulhos, Barueri e<br />

Santana do Parnaíba<br />

1 Parque Villa-Lobos<br />

2<br />

Parque Urbano de Conservação<br />

Ambiental e Lazer<br />

Fazen<strong>da</strong> Tizo<br />

DE nº 28.335/1988<br />

DE nº 28.336/1988<br />

75,00 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

DE nº 50.597/2006 130.83 (6) Alto Tietê São Paulo, Cotia e Osasco<br />

36


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

Diploma<br />

Legal<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

Municípios<br />

Áreas Naturais Tomba<strong>da</strong>s Estaduais<br />

1 ANT Bosque dos Jequitibás RSC s/n de 09/04/1970 Indefini<strong>da</strong> (5) Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Campinas<br />

2 ANT Caminho do Mar RSC s/n de 11/08/1972 Indefini<strong>da</strong> (7) Baixa<strong>da</strong> Santista Cubatão<br />

3 ANT Chácara Tangará RSC nº 10/1994 Indefini<strong>da</strong> (6) Alto Tietê São Paulo<br />

4<br />

ANT Fazen<strong>da</strong> Santa<br />

Genebra<br />

RSC nº 03/1983 251,78 (5) Piracicapa/ Capivari/Jundiaí Campinas<br />

5 ANT Haras São Bernardo RSC nº 08/1990 34,04 (6) Alto Tietê Santo André e São Bernardo do Campo.<br />

6<br />

7<br />

ANT Horto Florestal e<br />

Museu Edmundo Navarro<br />

de Andrade<br />

ANT Ilhas do Litoral<br />

Paulista<br />

RSC s/n de 09/12/1977 Indefini<strong>da</strong> (5) Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Rio Claro<br />

RSC nº 08/1994<br />

Indefini<strong>da</strong><br />

(3) Litoral Norte<br />

(7) Baixa<strong>da</strong> Santista<br />

Caraguatatuba, São Sebastião, Ubatuba, Bertioga,<br />

Guarujá, Itanhaém, Santos e São Vicente<br />

8 ANT Jardim <strong>da</strong> Luz RSC nº 31/1981 11,34 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

9 ANT Maciço <strong>da</strong> Juréia RSC nº 11/1979 4.500,00 (11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul Iguape<br />

10 ANT Morro do Botelho RSC nº 15/1984 16,78 (7) Baixa<strong>da</strong> Santista Guarujá<br />

11<br />

ANT Morros do Monduba,<br />

do Pinto e Icanhema<br />

RSC nº 66/1985 435,51 (7) Baixa<strong>da</strong> Santista Guarujá<br />

12 ANT Nascentes do Tiête RSC nº 06/1990 4.800,00 (6) Alto Tietê Salesópolis e Paraibuna<br />

13<br />

ANT Núcleo Caiçara<br />

Picinguaba<br />

RSC nº 07/1983 176,27 (3) Lit. Norte Ubatuba<br />

14 ANT Parque <strong>da</strong> Aclimação RSC nº 42/1986 11,87 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

15<br />

16<br />

ANT Parque <strong>da</strong> Água<br />

Branca<br />

ANT Parque Estadual do<br />

Jaraguá<br />

RSC nº 25/1996 13,52 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

RSC nº 05/1983 571,44 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

17 ANT Pedreira de Varvitos RSC s/n de 18/03/74 0,72 (10) Tietê/Sorocaba Itu<br />

18 ANT Parque <strong>da</strong>s Monções RSC s/n de 20/03/72 0,18 (10) Tietê/Sorocaba Porto Feliz<br />

19 ANT Parque do Ibirapuera RSC nº 01/1992 15,84 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

20<br />

21<br />

22<br />

ANT Parque Siqueira<br />

Campos (Trianon)<br />

ANT Reserva Estadual<br />

<strong>da</strong> Cantareira e Parque<br />

Estadual A.Löefgren<br />

ANT Reserva Florestal<br />

Morro Grande<br />

RSC nº 45/1982 4,80 (6) Alto Tietê São Paulo<br />

RSC nº 18/1983 5.800,00 (6) Alto Tietê Caieiras, Guarulhos, Mairiporã e São Paulo<br />

RSC nº 21/1981 10.700,00 (6) Alto Tietê Cotia<br />

37


CAPÍTULO 3<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

Diploma<br />

Legal<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

Municípios<br />

23 ANT Rocha Moutonnée RSC nº 45/1992 0,05 (10) Tietê/Sorocaba Salto<br />

24<br />

ANT Serra <strong>da</strong> Atibaia ou<br />

Itapetinga (Pedra Grande)<br />

RSC nº 14/1983 2.192,00 (5) Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Atibaia e Bom Jesus dos Perdões<br />

25 ANT Serra de Boturuna RSC nº 17/1983 1.042,00 (6) Alto Tietê Santana do Parnaiba e Pirapora do Bom Jesus<br />

26 ANT Serra do Guararu RSC nº 48/1992 1.983,99 (7) Baixa<strong>da</strong> Santista Guarujá<br />

27<br />

28<br />

ANT Serra do Japi, Guaxinduva<br />

e Jaguacoara<br />

ANT Serra do Mar e<br />

Paranapiacaba<br />

RSC nº 11/1983 19.709,00<br />

RSC nº 40/1985 1.300.000,00<br />

(5) Piracicaba/ Capivari/Jundiaí<br />

(6) Alto Tietê<br />

(10) Tietê/Sorocaba<br />

(2) Paraíba do Sul<br />

(3) Lit. Norte<br />

(6) Alto Tietê<br />

(7) Baixa<strong>da</strong> Santista<br />

(10) Tietê/Sorocaba<br />

(11) Ribeira de Iguape/Lit. Sul<br />

(14) Alto Paranapanema<br />

Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus e Cabreúva<br />

Cunha, Nativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Serra, Paraibuna, Caraguatatuba,<br />

Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba, Biritiba-Mirim,<br />

Embu-Guaçu, Mogi <strong>da</strong>s Cruzes, Rio Grande <strong>da</strong> Serra,<br />

Salesópolis, Santo André, São Bernardo do Campo,<br />

São Paulo, Bertioga, Cubatão, Itanhaém, Monguaguá,<br />

Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Vicente, Ibiúna, Pie<strong>da</strong>de,<br />

Apiaí, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado,<br />

Iguape, Ilha Compri<strong>da</strong>, Iporanga, Itariri, Jacupiranga,<br />

Juquiá, Juquitiba, Miracatu, Pedro de Toledo, Sete<br />

Barras, Tapiraí, Capão Bonito, Guapiara, Pilar do Sul,<br />

Ribeirão Grande e São Miguel Arcanjo<br />

29 ANT Vale do Quilombo RSC nº 60/1988 1.323,00 (7) Baixa<strong>da</strong> Santista Santos<br />

Uni<strong>da</strong>des de Produção<br />

Estações Experimentais Estaduais<br />

1 EEx de Araraquara Ocupação desde 1964 143,30 (13) Tietê/Jacaré Araraquara<br />

2 EEx de Bauru Escritura de 18/04/1929 43,09 (13) Tietê/Jacaré Bauru<br />

3 EEx de Bento Quirino DE nº 14.691/1945 416,36 (4) Pardo São Simão<br />

4 EEx de Buri DE nº 37.824/1960 1.080,60 (14) Alto Paranapanema Buri<br />

5 EEx de Casa Branca DE nº 14.180/1944 494,18 (4) Pardo Casa Branca<br />

6 EEx de Itapetininga DE nº 34.082/1958 6.706,78 (14) Alto Paranapanema Itapetininga<br />

7 EEx de Itapeva DE nº 7.692/1976 1.980,00 (14) Alto Paranapanema Itaberá e Itapeva<br />

8 EEx de Itararé DE nº 36.900/1960 2.329,05 (14) Alto Paranapanema Itararé<br />

9 EEx de Itirapina DE nº 28.239/1957 3.212,81 (13) Tietê/Jacaré Itirapina<br />

10 EEx de Jaú DE nº 19.955/1982 258,65 (13) Tietê/Jacaré Jaú<br />

38


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

11<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

e outras Áreas<br />

Especialmente<br />

Protegi<strong>da</strong>s<br />

EEx João José Galhardo<br />

(Paraguaçu-Paulista)<br />

Diploma<br />

Legal<br />

DLE nº 13.812/1944<br />

DE nº 40.989/1962<br />

Área Aprox.<br />

(ha)<br />

UGRHI<br />

442,09 (17) Médio Paranapanema Paraguaçu-Paulista<br />

Municípios<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

12 EEx de Luiz Antônio DE nº 35.982/1959 6.267,73 (9) Mogi-Guaçu Luiz Antônio<br />

13 EEx de Marília Escritura de 10/12/1951 554,35 (21) Peixe Marília<br />

14 EEx de Mogi-Guaçu<br />

DE nº 12.500/1942<br />

DE de 17/08/1970<br />

2.706,28 (9) Mogi-Guaçu Mogi-Guaçu<br />

15 EEx de Mogi-Mirim Escritura de 09/07/1929 145,65 (9) Mogi-Guaçu Mogi-Mirim<br />

16<br />

17<br />

EEx de Santa Rita de Passa<br />

Quatro<br />

EEx de São José do Rio<br />

Preto<br />

DE nº 19.032c/1949 96,24 (9) Mogi-Guaçu Santa Rita do Passa Quatro<br />

DE nº 37.539/1960 89,30 (15) Turvo/Grande São José do Rio Preto<br />

18 EEx de São Simão DE nº 35.982/1959 2.637,00 (4) Pardo São Simão<br />

19 EEx de Tupi DE nº 19.032c/1949 198,48 (5)Piracicaba/ Capivari/Jundiaí Piracicaba<br />

Hortos Florestais Estaduais<br />

1 HF Andra<strong>da</strong> e Silva DE nº 49.983/2005 720,39 (17) Médio Paranapanema Avaré<br />

2 HF Cesário Termo de Guar<strong>da</strong> - 30/10/81 37,24 (14) Alto Paranapanema Itapetininga<br />

3 HF de Oliveira Coutinho Termo de Guar<strong>da</strong> - 30/10/81 12,41 (17) Médio Paranapanema Avaré<br />

4 HF de Palmital DE nº 33.025/1991 72,60 (17) Médio Paranapanema Palmital<br />

5 HF de Sussuí DE nº 49.983/2005 9,68 (17) Médio Paranapanema Palmital<br />

6 HF Santa Ernestina Termo de Guar<strong>da</strong> - 30/10/81 69,70 (16) Tietê/Batalha Santa Ernestina<br />

Viveiros Florestais Estaduais<br />

1 VF de Pin<strong>da</strong>monhangaba LE nº 10.530/2000 10,00 (2) Paraíba do Sul Pin<strong>da</strong>monhangaba<br />

2 VF de Taubaté DE nº 36.771/1960 9,92 (2) Paraíba do Sul Taubaté<br />

Siglas:<br />

DE - Decreto Estadual<br />

DF - Decreto Federal<br />

DLE - Decreto - Lei Estadual<br />

LE - Lei Estadual<br />

RSMA - Resolução <strong>da</strong> Secretaria do Meio Ambiente<br />

RSC - Resolução <strong>da</strong> Secretaria <strong>da</strong> Cultura<br />

UNESCO - Organização <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s <strong>para</strong> a Educação, a Ciência e a Cultural<br />

UGRHI - Uni<strong>da</strong>de de Gerenciamento de Recursos Hídricos<br />

Fonte: Atlas <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação Ambiental do Estado de São Paulo, 2001; Áreas Especialmente Protegi<strong>da</strong>s - Coletânea de Leis, São Paulo, Secretaria de Estado do Meio Ambiente,<br />

CPLEA, 2006. Documentos legais de criação <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação <strong>da</strong> Natureza. Órgãos gestores <strong>da</strong>s áreas protegi<strong>da</strong>s.<br />

39


CAPÍTULO 3<br />

Sistema de Gestão e Grau de Implementação<br />

<strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação <strong>da</strong> Natureza<br />

Para resguar<strong>da</strong>r as áreas naturais protegi<strong>da</strong>s, várias ações estão em curso visando melhorar e aprimorar<br />

sua proteção e efetivar sua implementação. Assim, um dos Projetos Ambientais Estratégicos <strong>da</strong> Secretaria<br />

do Meio Ambiente do Estado de São Paulo é a Gestão <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação.<br />

Determina a legislação em vigor (Lei Federal n° 9.985) que o principal instrumento de gestão dessas<br />

UCs é o plano de manejo, definido como “documento técnico mediante o qual, com fun<strong>da</strong>mento<br />

nos objetivos gerais de uma Uni<strong>da</strong>de de Conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que<br />

devem presidir o uso <strong>da</strong> área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação <strong>da</strong>s estruturas<br />

físicas necessárias à gestão <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de”. O plano deve incluir a área de abrangência <strong>da</strong> UC, sua zona<br />

de amortecimento e os corredores ecológicos, e também medi<strong>da</strong>s volta<strong>da</strong>s a promover sua integração<br />

à vi<strong>da</strong> econômica e social <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des vizinhas.<br />

Em 29 de dezembro de 2006 o governo paulista editou o Decreto Estadual n° 51.453, criando o<br />

Sistema Estadual de Florestas – SIEFLOR, visando a melhor eficácia na gestão <strong>da</strong>s florestas públicas e<br />

outras áreas naturais protegi<strong>da</strong>s, em face <strong>da</strong> extrema importância <strong>da</strong> conservação <strong>da</strong> Mata Atlântica,<br />

ti<strong>da</strong> como patrimônio estadual e nacional, do Cerrado e de outras formações vegetais naturais do estado,<br />

bem como sua fauna associa<strong>da</strong>. O SIEFLOR passa a ser composto pelas Uni<strong>da</strong>des de Conservação<br />

de proteção integral, pelas Florestas Estaduais, Estações Experimentais, Hortos e Fiveiros Florestais, e<br />

outras áreas naturais protegi<strong>da</strong>s, que tenham sido ou venham a ser cria<strong>da</strong>s pelo Estado de São Paulo.<br />

Os órgãos executores do SIEFLOR passaram a ser a Fun<strong>da</strong>ção <strong>para</strong> a Conservação e a Produção<br />

Florestal do Estado de São Paulo (Fun<strong>da</strong>ção Florestal), uma enti<strong>da</strong>de <strong>da</strong> administração indireta, juntamente<br />

com o Instituto Florestal (IF). A partir dessa atribuição, a Fun<strong>da</strong>ção Florestal, responsável pela<br />

gestão <strong>da</strong> maior parte <strong>da</strong>s UCs do Estado, está se estruturando <strong>para</strong> elaborar os respectivos planos de<br />

manejo, em conjunto com o Instituto Florestal, que é o responsável pela geração do conhecimento<br />

científico. O SIEFLOR é gerido pela Secretaria do Meio Ambiente e sua implementação é acompanha<strong>da</strong><br />

pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA).<br />

O plano de manejo <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral é baseado no Roteiro<br />

Metodológico de Planejamento elaborado pelo IBAMA e visa o desenvolvimento dos seguintes programas:<br />

Proteção, Interação Sócio-Ambiental, Pesquisa, Gestão Organizacional e, quando couberem,<br />

os Programas de Uso Público, Regularização Fundiária, Manejo de Recursos Naturais e do Patrimônio<br />

Histórico-Cultural. Todos esses programas, cuja denominação e ativi<strong>da</strong>des podem sofrer pequenas variações,<br />

abrangem a rotina <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong>s UCs e requerem ações e investimentos contínuos, sempre<br />

voltados à conservação do patrimônio público natural e histórico-cultural protegido pelas UCs e ao<br />

atendimento dos diferentes públicos que utilizam esses espaços.<br />

As UCs de Uso Sustentável compreendem um universo de áreas protegi<strong>da</strong>s com objetivos muito<br />

diferenciados. Para a sua gestão a Fun<strong>da</strong>ção Florestal coordena o Programa de Apoio às Reservas Particulares<br />

de Patrimônio Natural (RPPNs) do Estado de São Paulo (Decreto Estadual n° 51.150/2006)<br />

40


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

e está estruturando um Programa de Gestão de Áreas de Proteção Ambiental (APAs), com vistas à<br />

implantação de estratégias políticas e gerenciais e ao ordenamento dos múltiplos usos e diferentes<br />

atores e agentes envolvidos.<br />

Caberá igualmente à Fun<strong>da</strong>ção Florestal juntamente com o Instituto Florestal implementar o<br />

plano de manejo florestal sustentado, conhecido como Plano de Produção Sustenta<strong>da</strong> – PPS, a partir<br />

do manejo florestal e aproveitamento de produtos e subprodutos de plantios homogêneos de espécies<br />

madeireiras, aplicado nas Florestas Estaduais e Estações Experimentais. Estas áreas constituem<br />

importante foco de pesquisa genética, de pesquisa em manejo florestal e de recursos econômicos,<br />

representando a sustentabili<strong>da</strong>de de todo o SIEFLOR, principalmente o suporte às Uni<strong>da</strong>des de Conservação<br />

de Proteção Integral.<br />

Da<strong>da</strong> a complexi<strong>da</strong>de do tema referente às áreas naturais protegi<strong>da</strong>s, é preciso ain<strong>da</strong> buscar<br />

modelos e intervenções mais abrangentes e eficazes, voltados <strong>para</strong> a reavaliação e aprimoramento <strong>da</strong><br />

legislação ambiental vigente, com aplicação de novos conceitos na administração <strong>da</strong>s áreas naturais<br />

protegi<strong>da</strong>s, tendo como diretrizes, parâmetros de conservação internacionais.<br />

As UCs necessitam mais do que normatização específica: carecem de legitimi<strong>da</strong>de perante à<br />

socie<strong>da</strong>de brasileira. O governo estadual busca esse objetivo ampliando os instrumentos de gestão<br />

participativa e buscando novas formas de alocar recursos financeiros e humanos, <strong>para</strong> assegurar a representativi<strong>da</strong>de<br />

e a proteção dos diversos ecossistemas, nessas Uni<strong>da</strong>des de Conservação.<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

Áreas Naturais Protegi<strong>da</strong>s no Contexto Territorial<br />

e Representativi<strong>da</strong>de na Proteção dos Ecossistemas<br />

A cartografia <strong>da</strong> conservação no Estado de São Paulo revela que as UCs e outras áreas naturais sob proteção<br />

legal, concentram-se em determina<strong>da</strong>s regiões, muitas delas sobrepondo-se entre si, compondo<br />

um intrincado sistema de diferentes mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de proteção e instâncias de administração.<br />

Ao longo <strong>da</strong> zona costeira (adentrando as Serras do Mar, <strong>da</strong> Bocaina, de Paranapiacaba e <strong>da</strong> Mantiqueira,<br />

seguindo a direção NE-SW) há uma concentração de áreas naturais de Proteção Integral sobrepondo-se a<br />

outras mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de conservação, compondo um mosaico (corredor) de uni<strong>da</strong>des que protegem a Mata<br />

Atlântica litorânea (Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Ombrófila Mista). Neste corredor, que se estende<br />

desde a divisa de São Paulo com os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, está preserva<strong>da</strong> a<br />

maior extensão <strong>da</strong> Mata Atlântica e ecossistemas associados do país, apresentando alto grau de endemismos<br />

e constituindo uma <strong>da</strong>s regiões de maior biodiversi<strong>da</strong>de vegetal e animal do Planeta.<br />

Ao centro do território estadual, principalmente na paisagem <strong>da</strong>s Cuestas Basálticas e na Depressão<br />

Periférica, predominam algumas UCs de uso sustentável de grande extensão, constituí<strong>da</strong>s sobretudo<br />

por APAs, que pressupõem uma gestão compartilha<strong>da</strong> entre poder público e socie<strong>da</strong>de civil.<br />

Já em terras do Planalto Ocidental, pulveriza<strong>da</strong>s em pequenos fragmentos, subsistem UCs de<br />

dimensões reduzi<strong>da</strong>s, com vegetação de Cerrado (Savana) e <strong>da</strong> Mata Atlântica do interior (Floresta Es-<br />

41


CAPÍTULO 3<br />

tacional Semidecidual e Decidual). Esses biomas, especialmente o Cerrado, são os mais ameaçados e<br />

sem proteção efetiva do Estado, requerendo cui<strong>da</strong>dosa atenção do planejamento <strong>para</strong> a conservação.<br />

Excetuando-se essas áreas, de<strong>para</strong>mo-nos com a existência de “vazios”, onde alguns fragmentos<br />

detêm ain<strong>da</strong> parcelas expressivas de importantes ecossistemas, mas não estão sob a tutela <strong>da</strong> conservação<br />

ambiental, comprometendo sua integri<strong>da</strong>de e mesmo sua existência. Constata-se também que há<br />

possibili<strong>da</strong>des de conexão de algumas UCs e outros fragmentos florestais, incorporando novas fronteiras,<br />

com a inserção de significativas áreas detentoras de alto potencial <strong>para</strong> a conservação, viabilizando<br />

a manutenção de contínuos ecológicos e corredores biológicos.<br />

Merecem igualmente atenção e cui<strong>da</strong>dos <strong>para</strong> integrar medi<strong>da</strong>s de proteção as áreas marinhas e<br />

ambientes insulares, assim como as áreas litorâneas e zonas de interface entre esses ecossistemas (transição<br />

de águas doces e marinhas), pois constituem berçários naturais, utilizados por espécies juvenis<br />

<strong>para</strong> desova e crescimento. Ain<strong>da</strong> requerem muitos estudos técnico-científicos os ambientes cársticos,<br />

que abrigam patrimônio espeleológico e biótico único, com as espécies diretamente relaciona<strong>da</strong>s à<br />

dinâmica florestal, a fim de aprimorar as estratégias de conservação ain<strong>da</strong> incipientes no estado.<br />

Esse quadro revela que o sistema de UCs não protege de maneira satisfatória a totali<strong>da</strong>de dos<br />

ecossistemas existentes dentro de seus domínios, e que ain<strong>da</strong> existem ambientes sem nenhum status<br />

de proteção. Parâmetros advindos de instituições internacionais de conservação indicam que os países<br />

deveriam proteger um mínimo de 10% do território de ca<strong>da</strong> província biogeográfica, e o nosso país,<br />

inclusive o Estado de São Paulo, está longe <strong>da</strong> proteção ideal.<br />

Assim é de extrema importância adotar medi<strong>da</strong>s de precaução em áreas com indicativos de eleva<strong>da</strong><br />

sensibili<strong>da</strong>de ambiental e sob ameaça, de modo a resguar<strong>da</strong>r estes ambientes <strong>para</strong> a futura criação de<br />

UCs, ampliando o SNUC nas áreas prioritárias <strong>para</strong> a restauração e conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de.<br />

Literatura cita<strong>da</strong><br />

Atlas <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação Ambiental do Estado de São Paulo. 2001. Secretaria de Estado do Meio Ambiente,<br />

São Paulo.<br />

Áreas Especialmente Protegi<strong>da</strong>s - Coletânea de Leis. 2006. Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo.<br />

Relatório de Quali<strong>da</strong>de Ambiental do Estado de São Paulo. 2007. Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo.<br />

42


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

43


Carlos Alfredo Joly<br />

Lílian Casatti<br />

Maria Cecília Wey de Brito<br />

Naércio Aquino Menezes<br />

Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

Vanderlan <strong>da</strong> Silva Bolzani


c a p í t u l o<br />

4<br />

Histórico<br />

do Programa<br />

BIOTA/FAPESP -<br />

O Instituto<br />

Virtual <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de


CAPÍTULO 4<br />

Histórico do Programa BIOTA/FAPESP<br />

A<br />

aprovação, no decorrer <strong>da</strong> Conferência <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento/CNUMAD,<br />

ou ECO-92, realiza<strong>da</strong> no Rio de Janeiro, em junho de 1992, de documentos<br />

que preconizam o uso sustentável dos recursos naturais e definem um novo modelo de desenvolvimento,<br />

representou um significativo avanço <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de do planeta. O Brasil<br />

liderou a subscrição de tais documentos no decorrer <strong>da</strong> ECO-92, tendo obtido o apoio de cerca de 160<br />

países. Em fevereiro de 1994, o Congresso Nacional ratificou a Convenção <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de.<br />

As medi<strong>da</strong>s <strong>para</strong> a implantação dos preceitos preconizados pela Agen<strong>da</strong> 21 e pela Convenção<br />

sobre a Diversi<strong>da</strong>de Biológica pecam, entretanto, de uma maneira geral, pelo distanciamento entre<br />

os órgãos que as propõem e/ou administram e os pesquisadores que detêm, e continuam a gerar, as<br />

informações científicas e técnicas de alta quali<strong>da</strong>de. Por outro lado, ninguém ignora o valor <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de<br />

biológica, tanto no âmbito biológico e científico quanto no âmbito econômico e cultural. Além<br />

de ser a base <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des agropecuárias, florestais e pesqueiras, a biodiversi<strong>da</strong>de é o sustentáculo<br />

do desenvolvimento biotecnológico, uma área indiscutivelmente estratégica. O crescimento explosivo<br />

<strong>da</strong> população humana, agravado pelo aumento de nossa capaci<strong>da</strong>de de alterar o meio ambiente, está<br />

acelerando o processo de degra<strong>da</strong>ção biótica e, conseqüentemente, a taxa de extinção de espécies. Em<br />

um primeiro momento, a definição de priori<strong>da</strong>des <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de biológica ocorreu<br />

no plano mundial, elegendo-se os ecossistemas mais ameaçados, como, por exemplo, as florestas tropicais.<br />

O sucesso desta estratégia depende agora de uma ênfase na definição de priori<strong>da</strong>des de âmbito<br />

nacional, regional e local.<br />

O Brasil é, reconheci<strong>da</strong>mente, o país com a maior diversi<strong>da</strong>de biológica, abrigando entre 15 e 20%<br />

do número total de espécies do planeta. A dimensão exata desta riqueza, provavelmente, jamais será<br />

conheci<strong>da</strong>, <strong>da</strong><strong>da</strong>s as dimensões continentais do país, a extensão de sua plataforma marinha e a complexi<strong>da</strong>de<br />

de nossos ecossistemas. Parte considerável deste patrimônio foi, e continua sendo, perdi<strong>da</strong> de forma<br />

irreversível, antes mesmo de ser conheci<strong>da</strong>, em função, principalmente, <strong>da</strong> fragmentação de habitats, <strong>da</strong><br />

exploração excessiva dos recursos naturais e <strong>da</strong> contaminação do solo, <strong>da</strong>s águas e <strong>da</strong> atmosfera.<br />

No Estado de São Paulo, este processo já atingiu índices alarmantes, pois a cobertura florestal<br />

primitiva, que chegou a ocupar mais de 80% de seu território, está hoje reduzi<strong>da</strong> a cerca de 13%. O<br />

uso de técnicas modernas de monitoramento revelou que, mesmo com o aprimoramento <strong>da</strong> legislação<br />

ambiental e de seus mecanismos de fiscalização, a taxa de destruição ain<strong>da</strong> é muito eleva<strong>da</strong>.<br />

Em função de sua posição geográfica, na transição entre a região tropical e a região subtropical, e<br />

de seu relevo, a biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo está entre as mais eleva<strong>da</strong>s do país. Entretanto,<br />

ao longo do processo de desenvolvimento econômico, grande parte desta riqueza foi destruí<strong>da</strong>. Na<br />

época do descobrimento os dois principais biomas do Estado, Mata Atlântica sensu lato (JOLY et al.<br />

1999) e o Cerrado (CAVALCANTI; JOLY, 2002) recobriam, respectivamente, 83% (VICTOR, 1975) e<br />

14% (KRONKA et al. 1998) <strong>da</strong> superfície do estado.<br />

Da Mata Atlântica restam hoje cerca de 12% <strong>da</strong> cobertura original e somente na facha<strong>da</strong> <strong>da</strong> Serra<br />

do Mar e no Vale do Ribeira há remanescentes significativos <strong>da</strong> vegetação original. No interior do<br />

46


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

estado, em função particularmente <strong>da</strong> expansão <strong>da</strong> cafeicultura, no período que se inicia em 1810 e<br />

se estende até meados do século passado, os remanescentes de mata nativa estão extremamente fragmentados<br />

(KRONKA et al. 2005).<br />

Apesar de mais recente, a destruição do Cerrado ocorreu num ritmo avassalador, com uma destruição<br />

de 90% de sua área entre o início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1960 e o final do século. A déca<strong>da</strong> de 1970 foi o período<br />

mais crítico, com a expansão <strong>da</strong> cana em decorrência do Pro-Álcool, segui<strong>da</strong> pela expansão <strong>da</strong> citricultura<br />

na déca<strong>da</strong> seguinte. Como conseqüência, <strong>da</strong> área original restam hoje somente 230 mil hectares, pulverizados<br />

em 8.300 fragmentos, mais de 4.000 deles com menos do que 10 ha, e somente 47 com uma área<br />

superior a 400 ha (KRONKA et al, 1998; KRONKA et al. 2005). A extrema fragmentação dos habitats é um<br />

dos principais problemas <strong>para</strong> a conservação dos Biomas e <strong>da</strong>s espécies que neles habitam.<br />

A importância destes dois biomas, Mata Atlântica e Cerrado, em termos de conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de<br />

fica evidente com a inclusão de ambos na lista dos hotspots (MYERS et al, 2000).<br />

O maior problema <strong>para</strong> que pesquisadores e formuladores de políticas públicas utilizem as informações<br />

científicas disponíveis sobre a biodiversi<strong>da</strong>de, é que estas informações estão sempre dispersas<br />

e fragmenta<strong>da</strong>s em centenas de trabalhos e publicações, muitas vezes em fontes de difícil acesso (teses,<br />

dissertações, monografias) e na maioria <strong>da</strong>s vezes em formato que praticamente inviabiliza a aplicação<br />

direta. Conseqüentemente, além de representarem uma pequena parcela deste vasto universo, o acervo<br />

de <strong>da</strong>dos disponíveis ain<strong>da</strong> é subutilizado.<br />

O desafio, nesta área estratégica <strong>para</strong> o país, seria o desenvolvimento de um sistema de informação<br />

ambiental que permitisse, concomitantemente: a) aumentar o conhecimento acadêmico sobre<br />

a biodiversi<strong>da</strong>de; b) estabelecer mecanismos e estratégias <strong>para</strong> utilizar este patrimônio de forma sustentável<br />

e; c) aperfeiçoar o conjunto de políticas públicas de forma a assegurar a implementação <strong>da</strong>s<br />

premissas preconiza<strong>da</strong>s pela Convenção sobre a Diversi<strong>da</strong>de Biológica.<br />

Em janeiro de 1995, a Secretaria de Meio Ambiente/SMA do governo do Estado de São Paulo, sob<br />

o comando de Fábio Feldman, adotou a Agen<strong>da</strong> 21 como seu documento de planejamento estratégico.<br />

De imediato, visando a implementação dos compromissos assumidos pelo país ao assinar e ratificar a<br />

Convenção sobre a Diversi<strong>da</strong>de Biológica (http://www.biodiv.org) e a Convenção Quadro de Mu<strong>da</strong>nças<br />

Climáticas (http://unfccc.int/), a SMA criou e implantou o Programa Estadual <strong>para</strong> Conservação<br />

e Uso Sustentável <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de (PROBIO-SP) e o Programa Estadual de Mu<strong>da</strong>nças Climáticas<br />

(PROCLIMA-SP). Estes programas transversais, que reuniam todos os setores <strong>da</strong> SMA, tinham como<br />

objetivo traduzir em normas/resoluções/decretos/leis as informações científicas disponíveis no estado<br />

e promover uma articulação <strong>da</strong> SMA com a comuni<strong>da</strong>de científica visando suprir, através <strong>da</strong> pesquisa,<br />

as lacunas de conhecimento existentes.<br />

O Workshop Bases <strong>para</strong> Conservação e Uso Sustentável <strong>da</strong>s Áreas de Cerrado do Estado de<br />

São Paulo, que resultou na Resolução SMA nº 55, de 13 de outubro de 1995, e o Decreto Estadual nº<br />

42.838, publicado em 4 de fevereiro de 1998, com a Lista <strong>da</strong>s Espécies <strong>da</strong> Fauna Silvestre Ameaça<strong>da</strong>s<br />

de Extinção, são dois bons exemplos dos resultados obtidos pelo PROBIO-SP no aperfeiçoamento <strong>da</strong>s<br />

Histórico<br />

do Programa<br />

BIOTA/FAPESP<br />

- O Instituto<br />

Virtual <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

47


CAPÍTULO 4<br />

políticas de conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, com base no conhecimento científico existente. Entretanto,<br />

o sucesso obtido nestas iniciativas não se repetiu na articulação com a comuni<strong>da</strong>de científica.<br />

No sentido de superar o impasse entre a falta de credibili<strong>da</strong>de dos programas propostos pelo poder<br />

eminentemente político-administrativo junto à comuni<strong>da</strong>de científica e a indiscutível premência<br />

de planejarmos adequa<strong>da</strong>mente a conservação/exploração racional do gigantesco patrimônio representado<br />

pela diversi<strong>da</strong>de biológica, a Coordenação de Ciências Biológicas e a Diretoria Científica <strong>da</strong><br />

Fun<strong>da</strong>ção de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), organizaram uma discussão desse<br />

tema com lideranças <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de científica. Nesta reunião, realiza<strong>da</strong> a 8 de abril de 1996, no Auditório<br />

<strong>da</strong> Fapesp, em vista do grande interesse demonstrado pelos pesquisadores resolveu-se elaborar<br />

um Projeto Especial de Pesquisas em Conservação e Uso Sustentável <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no âmbito do<br />

Estado de São Paulo. Este projeto foi, inicialmente, denominado de “BIOTASP”.<br />

Com o apoio <strong>da</strong> Coordenação de Ciências Biológicas <strong>da</strong> FAPESP, em especial do Dr. Carlos Alfredo<br />

Joly, do Departamento de Botânica/UNICAMP e do Dr. Naércio Aquino Menezes, do Museu de Zoologia/USP,<br />

e utilizando a experiência adquiri<strong>da</strong> em 1995 no planejamento, estruturação e implantação<br />

do PROBIO/SP, <strong>da</strong> SMA, optou-se por montar um grupo de coordenação (GC) <strong>para</strong> o BIOTASP. Inicialmente,<br />

o grupo tinha a seguinte composição: Álvaro Esteves Migotto - Cebimar/USP; Carlos Eduardo de<br />

Mattos Bicudo - Instituto de Botânica/SMA; Carlos Roberto F. Brandão - Museu de Zoologia/USP; Célio<br />

Fernando Baptista Had<strong>da</strong>d - IB/Unesp-Rio Claro, que se afastou em janeiro de 1997, <strong>para</strong> realização<br />

de pós-doutoramento no exterior; Cláudio Gonçalves Tiago - Cebimar/USP; Dora Ann Lange Canhos<br />

– Base de Dados Tropical (BDT)/Fun<strong>da</strong>ção André Tosello; George John Shepherd - IB/Unicamp; Maria<br />

Cecilia Wey de Brito - PROBIO/SMA; Paulo Sodero Martins, que faleceu em junho de 1997 - Esalq/USP;<br />

Ricardo Macedo Corrêa e Castro - FFCL/USP-Ribeirão Preto; Thomas Michael Lewinsohn - IB/Unicamp;<br />

Vanderlei Perez Canhos - FEA/Unicamp.<br />

Na primeira reunião deste grupo, em 9 agosto de 1996, na Base de Dados Tropical (BDT) <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção<br />

André Tosello de Campinas, atualmente desativa<strong>da</strong>, foi elaborado um cronograma de ativi<strong>da</strong>des<br />

com as seguintes priori<strong>da</strong>des: a) preparo de um diagnóstico sobre o nível de conhecimento biológico<br />

acumulado <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> grupo taxonômico, de microrganismos a mamíferos e angiospermas, incluindo<br />

os pesquisadores que trabalham, especificamente, com ca<strong>da</strong> grupo e a infraestrutura instala<strong>da</strong> <strong>para</strong><br />

conservação ex situ (Museus, Herbários, Coleções de Microrganismos, Arboretos, Jardins Botânicos)<br />

e in situ (Uni<strong>da</strong>des de Conservação); b) organização, no prazo de um ano, de um workshop <strong>para</strong> sintetizar<br />

as informações produzi<strong>da</strong>s e definir a estrutura e a forma de implantação do BIOTASP. Nesta<br />

reunião, com o apoio <strong>da</strong> BDT, foram cria<strong>da</strong>s uma homepage e uma lista de discussão, tendo o GC<br />

definido que o BIOTASP utilizaria a Internet, inicialmente de forma preferencial e, depois, de maneira<br />

exclusiva, como meio de comunicação e integração.Nas duas reuniões seguintes do GC na BDT, dias<br />

18 de setembro de 1996 e 19 de fevereiro de 1997, foram sendo discutidos os objetivos que norteiam<br />

o BIOTASP, a estrutura e a lista de convi<strong>da</strong>dos <strong>para</strong> o workshop. Na quarta reunião do GC do BIOTASP,<br />

em 18 de junho de 1997, definiu-se o formato final do workshop Bases <strong>para</strong> Conservação <strong>da</strong> Biodi-<br />

48


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

versi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo. Após uma intensa e produtiva troca de opiniões através <strong>da</strong> lista de<br />

discussão, os pesquisadores convi<strong>da</strong>dos <strong>para</strong> a elaboração dos diagnósticos e <strong>da</strong>s listas de espécies que<br />

ocorrem no Estado de São Paulo, concor<strong>da</strong>ram com a disponibilização eletrônica <strong>da</strong>s versões preliminares<br />

dos respectivos trabalhos, através <strong>da</strong> homepage.<br />

A estrutura do workshop, com os participantes trabalhando inicialmente em Grupos Temáticos,<br />

posteriormente reagrupando-se em Grupos Geográficos e, finalmente, de novo reagrupando-se em<br />

Grupos Temáticos, permitiu um elevado grau de integração e de consenso em relação às necessi<strong>da</strong>des<br />

básicas <strong>para</strong> a implantação do BIOTASP. O fato de todos os participantes terem recebido e/ou acessado,<br />

via Internet, as revisões pre<strong>para</strong><strong>da</strong>s <strong>para</strong> o workshop, terem participado <strong>da</strong> troca de idéias através <strong>da</strong><br />

lista de discussão e terem assistido as apresentações feitas pelos especialistas em conservação convi<strong>da</strong>dos<br />

do exterior, contribuiu muito <strong>para</strong> o amadurecimento <strong>da</strong>s discussões e <strong>para</strong> a concretização <strong>da</strong>s<br />

decisões toma<strong>da</strong>s no Workshop realizado em Serra Negra em dezembro de 1999.<br />

Essa mesma integração e a troca de informações sobre as peculiari<strong>da</strong>des de ca<strong>da</strong> grupo taxonômico<br />

permitiram que, nas sessões plenárias, as discussões fossem concentra<strong>da</strong>s nas linhas gerais de um programa<br />

de pesquisas voltado <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de como um todo. A apresentação de relatórios de<br />

ca<strong>da</strong> grupo taxonômico em reuniões plenárias permitiu uma discussão conjunta dos tópicos mais relevantes<br />

em ca<strong>da</strong> etapa e preparou os pesquisadores <strong>para</strong> as discussões nos grupos temáticos. As conclusões do<br />

workshop foram, portanto, uma síntese dos pontos principais aprovados em ca<strong>da</strong> sessão plenária.<br />

Dentre as resoluções mais significativas, destaca-se a de estimular a divulgação imediata, via<br />

Internet, <strong>da</strong>s listas já existentes de espécies amostra<strong>da</strong>s na Biota do Estado de São Paulo, mesmo que<br />

incompletas e sujeitas a correções. Esta disponibili<strong>da</strong>de foi considera<strong>da</strong> uma ferramenta essencial <strong>para</strong><br />

o livre intercâmbio de informações, divulgação do conhecimento científico acumulado até o momento<br />

e estímulo à pesquisa. No entanto, a decisão final quanto à disponibilização on line era sempre do(s)<br />

pesquisador(es) que detinha (m) as informações.<br />

Outro aspecto fun<strong>da</strong>mental foi o consenso sobre a necessi<strong>da</strong>de do uso do Sistema de Posicionamento<br />

Global (GPS, sigla em inglês) e de uma ficha padrão de coleta, com um conjunto de <strong>da</strong>dos obrigatórios<br />

e idênticos <strong>para</strong> todos os grupos taxonômicos, acrescentando-se um conjunto de informações<br />

complementares específicas <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> grupo de organismos.<br />

Na plenária final <strong>da</strong> reunião de Serra Negra, os pesquisadores, o então diretor científico <strong>da</strong> FA-<br />

PESP, Dr. José Fernando Perez e o grupo de coordenação do BIOTASP concluíram que a melhor forma<br />

de implementar as decisões do workshop seria elaborar um conjunto de Projetos Temáticos articulados.<br />

A articulação pressupunha que os projetos deveriam ter premissas e objetivos em comum, bem como o<br />

maior entrelaçamento possível. Entretanto, considerando que todos os projetos passariam pela avaliação<br />

<strong>da</strong> assessoria <strong>da</strong> FAPESP, era imprescindível que ca<strong>da</strong> projeto fosse independente dos outros, de tal<br />

forma que a não aprovação de um projeto não comprometesse a articulação dos demais.<br />

A reunião plenária delegou ao Grupo de Coordenação do BIOTASP, a tarefa de garantir a articulação<br />

entre os projetos, estabelecendo-se um cronograma de etapas a serem cumpri<strong>da</strong>s até 15 de dezem-<br />

Histórico<br />

do Programa<br />

BIOTA/FAPESP<br />

- O Instituto<br />

Virtual <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

49


CAPÍTULO 4<br />

bro de 1997. Em atenção a este cronograma, todos os interessados em apresentar propostas no âmbito<br />

do BIOTASP encaminhariam ao Coordenador do GC, até 30 de setembro de 1997, um resumo de seu<br />

projeto, contendo: título, objetivos, vínculo com os objetivos do BIOTASP, aprovados no workshop de<br />

Serra Negra, área geográfica e equipe. Os 25 resumos enviados foram disponibilizados através <strong>da</strong> homepage<br />

e encaminhados, eletronicamente, a todos os membros do GC <strong>para</strong> análise e sugestões. Desta<br />

forma, todos os interessados puderam ter acesso ao conjunto de propostas, permitindo que ca<strong>da</strong> pesquisador<br />

identificasse as possibili<strong>da</strong>des de entrosamento entre sua pesquisa e as demais apresenta<strong>da</strong>s<br />

nos projetos disponibilizados.<br />

Após uma análise individual de ca<strong>da</strong> projeto e do conjunto como um todo, o GC se reuniu com o diretor<br />

científico <strong>da</strong> FAPESP <strong>para</strong> discutir o conjunto de propostas à luz <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong>des e <strong>da</strong>s exigências <strong>da</strong><br />

FAPESP. Nesta reunião, realiza<strong>da</strong> na sala do conselho superior <strong>da</strong> FAPESP, em 14 de outubro de 1997, foram<br />

estabeleci<strong>da</strong>s as exigências do BIOTASP e dos pré-projetos a serem avaliados por assessores internacionais.<br />

Os resultados <strong>da</strong> reunião, bem como as sugestões de encaminhamento <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> proposta, foram enviados<br />

aos proponentes. Nos pareceres, o GC sugeriu, reformulações do escopo e ampliação <strong>da</strong> equipe, em alguns<br />

casos, e fusão de propostas. No sentido de ampliar as possibili<strong>da</strong>des de integração entre os diversos projetos,<br />

a Coordenação convidou todos os proponentes <strong>para</strong> uma reunião de apresentação <strong>da</strong>s propostas. Nesta reunião,<br />

todos os coordenadores tiveram a oportuni<strong>da</strong>de de apresentar seu projeto, o que proporcionou uma<br />

identificação imediata dos pontos de intersecção entre as diversas propostas.<br />

De acordo com a decisão do Grupo de Coordenação e <strong>da</strong> Diretoria Científica <strong>da</strong> FAPESP, os coordenadores<br />

enviariam ao GC do BIOTASP resumo do projeto (explicitando claramente os objetivos,<br />

a inserção <strong>da</strong> proposta no BIOTASP, a metodologia e um esboço do orçamento) de, no máximo, 10<br />

páginas, até 1 de dezembro de 1997. De posse destes resumos, o GC elaborou um documento que<br />

apresentava, simultaneamente, o BIOTASP <strong>para</strong> o assessor internacional e indicava a inserção de ca<strong>da</strong><br />

projeto no programa. Este material foi, então, encaminhado em 15 de dezembro de 1997 à FAPESP,<br />

que se encarregou de contatar as assessorias internacionais e encaminhar-lhes os projetos <strong>para</strong> análise.<br />

Desde o início do processo, ficou claro que, nesta etapa, os pareceres <strong>da</strong> assessoria internacional<br />

seriam meramente indicativos, com críticas e sugestões a serem incorpora<strong>da</strong>s à proposta definitiva do<br />

Projeto Temático. A maioria (14) dos 19 pré-projetos apresentados recebeu, pelo menos, um parecer do<br />

exterior e alguns (5) receberam dois pareceres. Cerca de 90% dos pareceres recebidos consideraram o<br />

BIOTASP projeto específico de alta quali<strong>da</strong>de.<br />

A penúltima etapa deste processo foi concluí<strong>da</strong> em 7 de maio de 1998, quando 16 Projetos Temáticos<br />

articulados foram formalmente protocolados na FAPESP. Dois projetos, que tiveram problemas<br />

com o prazo, foram entregues em 15 de junho. Portanto, dos 19 pré-projetos, 18 completaram to<strong>da</strong>s as<br />

formali<strong>da</strong>des exigi<strong>da</strong>s pela FAPESP e pelo GC do BIOTASP. Estes projetos envolviam cerca de 140 pesquisadores<br />

doutores, 10 pós-doutorandos, 60 doutorandos, 50 mestrandos e 30 Bolsistas de Iniciação<br />

Científica vinculados às diversas instituições de pesquisa nacionais ou estaduais e algumas Organizações<br />

Não Governamentais.<br />

50


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Em fevereiro de 1999, o Conselho Superior <strong>da</strong> FAPESP aprovou a criação do Programa BIOTA/<br />

FAPESP - O Instituto Virtual <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de (www.biota.org.br) que foi lançado oficialmente no dia<br />

25 de março de 1999, em sessão solene, no Auditório <strong>da</strong> FAPESP. No dia do lançamento do programa,<br />

9 dos 18 projetos entregues em maio já tinham sido aprovados e apenas 1 denegado. Os outros 8 estavam<br />

nas etapas finais de tramitação, com ótimas perspectivas de serem também aprovados.<br />

Portanto, o Programa BIOTA/FAPESP é o resultado de um processo de amadurecimento <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de<br />

científica do Estado de São Paulo que atua nesta grande área do conhecimento que a temática conservação<br />

e uso sustentável <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de abrange. O fato de ter sido construído pelos pesquisadores<br />

torna esta iniciativa única e de difícil replicação. Ele representa, sem dúvi<strong>da</strong>, uma nova concepção entre<br />

a imprescindível etapa dos inventários sobre a composição <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de paulista e um programa de<br />

pesquisas em conservação e uso sustentável dessa biodiversi<strong>da</strong>de. Num programa com este objetivo necessitamos<br />

não só <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong>de à importante tarefa de descrever e catalogar espécies, como também<br />

desenvolver projetos de pesquisa que incorporem os aspectos estruturais e funcionais <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, a<br />

distribuição espacial e temporal dos organismos e as relações entre seus componentes nos diversos níveis<br />

organizacionais, a restauração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, bem como a valorização <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, tentando<br />

estabelecer um vínculo entre os serviços e produtos <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de biológica e os sistemas produtivos,<br />

procurando incluir ain<strong>da</strong> a dimensão humana em to<strong>da</strong>s essas etapas.<br />

A criação do Instituto Virtual <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de, utilizando a Internet <strong>para</strong> o trabalho de articulação<br />

<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de acadêmica em torno dos objetivos do programa coloca, de imediato, o programa<br />

na linha de frente no que diz respeito ao uso de redes eletrônicas em biodiversi<strong>da</strong>de. O uso <strong>da</strong> Internet<br />

permite que o conjunto de <strong>da</strong>dos que estão sendo gerados seja inserido, simultâneo e gratuitamente,<br />

à disposição não apenas <strong>para</strong> a comuni<strong>da</strong>de científica, mas também <strong>para</strong> os órgãos responsáveis pela<br />

formulação de políticas de conservação e uso sustentável <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> rede de ensino fun<strong>da</strong>mental<br />

e médio e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de em geral.<br />

O uso <strong>da</strong> Ficha Padrão de Coleta e do modelo padronizado de listas de espécies permitiram a<br />

construção de um banco de <strong>da</strong>dos que integra as informações produzi<strong>da</strong>s por todos os pesquisadores<br />

que participam do Programa. Esse sistema, batizado de Sistema de Informação Ambiental (SinBiota)<br />

(http://sinbiota.cria.org.br/), foi desenvolvido de forma que permite uma independência de softwares<br />

comerciais e a sua fácil acessibili<strong>da</strong>de, permitindo a entra<strong>da</strong> de <strong>da</strong>dos on line de qualquer computador<br />

conectado a Internet. O acesso a estes <strong>da</strong>dos é público e gratuito.<br />

O Atlas do Programa BIOTA/FAPESP (http://sinbiota.cria.org.br/atlas) é o resultado <strong>da</strong> digitalização<br />

<strong>da</strong>s 416 cartas do Estado de São Paulo, na escala 1:50.000, do IBGE de 1972. Os temas Manchas<br />

Urbanas; Malha Viária; Limites Municipais; Hidrografia; Limite <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Gerenciamento<br />

Hídrico; Topografia; Áreas de Reflorestamento; Limites <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação; e Remanescentes<br />

de Vegetação Nativa foram atualizados com base nas imagens dos Satélites Landsat 5 e 7 de<br />

1998/2000. A legen<strong>da</strong> utiliza<strong>da</strong> <strong>para</strong> os remanescentes de vegetação nativa segue a terminologia<br />

estabeleci<strong>da</strong> por Veloso et al (1991).<br />

Histórico<br />

do Programa<br />

BIOTA/FAPESP<br />

- O Instituto<br />

Virtual <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

51


CAPÍTULO 4<br />

Como as coordena<strong>da</strong>s geográficas, obti<strong>da</strong>s com GPS, é um campo obrigatório <strong>da</strong> Ficha de Coleta<br />

Padrão, é possível conectar o banco de <strong>da</strong>dos de informações textuais com o mapa digital, permitindo a<br />

visualização on the fly <strong>da</strong> distribuição espacial <strong>da</strong>s espécies ca<strong>da</strong>stra<strong>da</strong>s no sistema. O sistema permite<br />

que o usuário construa e imprima um mapa com as ocorrências de espécies que desejar.<br />

Soluciona<strong>da</strong> a questão <strong>da</strong> padronização <strong>da</strong>s coletas feitas a partir <strong>da</strong> criação do Programa BIOTA/<br />

FAPESP, restava solucionar a questão do acervo de <strong>da</strong>dos pretéritos depositados em coleções biológicas.<br />

Neste sentido o Programa BIOTA/FAPESP estimulou o desenvolvimento do Projeto Sistema de<br />

Informação Distribuído <strong>para</strong> Coleções Biológicas (http://splink.cria.org.br/) que interligou dezenas de<br />

coleções biológicas de diferentes temas, já tendo informatizado e disponibilizado aproxima<strong>da</strong>mente<br />

dois milhões de registros dessas coleções, prevendo ain<strong>da</strong> a repatriação de <strong>da</strong>dos de subcoleções específicas<br />

fora do Estado de São Paulo (no Brasil e no exterior).<br />

Complementando este conjunto de ferramentas, em 2001 o Programa BIOTA/FAPESP lançou uma<br />

revista científica on line only BIOTA NEOTROPICA (www.biotaneotropica.org.br), que publica os resultados<br />

de projetos de pesquisa, associados ou não ao Programa, relevantes <strong>para</strong> a caracterização, a<br />

conservação, restauração e o uso sustentável <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de na região Neotropical.<br />

Finalmente, em junho de 2003 o Programa BIOTA/FAPESP lançou a Rede Biota de Bioprospecção<br />

e Bioensaios, denomina<strong>da</strong> de BIOprospecTA (http://www.bioprospecta.org.br), com o objetivo<br />

de ampliar <strong>para</strong> to<strong>da</strong> biota do Estado de São Paulo o sucesso obtido pelo projeto temático sobre bioprospecção<br />

de plantas <strong>da</strong> Mata Atlântica e do Cerrado desenvolvido no âmbito do Programa. Com o<br />

BIOprospecTA o Programa BIOTA/FAPESP pretende ampliar o foco, tanto em termos de organismos<br />

estu<strong>da</strong>dos como <strong>para</strong> os bioensaios utilizados. A meta é integrar todos os grupos de pesquisa do Estado<br />

de São Paulo que atuam direta ou indiretamente, com a prospecção de novas moléculas bioativas<br />

oriun<strong>da</strong>s de microrganismos, fungos macroscópicos, plantas, invertebrados (inclusive marinhos) e<br />

vertebrados.<br />

Em termos de plantas, por exemplo, o objetivo é fazer uma varredura <strong>da</strong>s 8.000 espécies de fanerógamas<br />

que, segundo estimativas do Projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, ocorrem no<br />

Estado de São Paulo. Ao fugir do padrão tradicional de programas de bioprospecção, que em termos<br />

de flora geralmente pesquisam as plantas medicinais conheci<strong>da</strong>s por populações indígenas ou tradicionais,<br />

o BIOprospecTA amplia significativamente seu universo de pesquisa.<br />

Com a implantação do BIOprospecTA o Programa BIOTA/FAPESP deu um passo importante <strong>para</strong><br />

viabilizar a conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo. Pois, através <strong>da</strong> bioprospecção, o<br />

Programa almeja gerar os recursos provenientes de licenciamneto e royalties e contribuir <strong>para</strong> a criação<br />

dos mecanismos econômicos necessários <strong>para</strong> financiar a manutenção e ampliação <strong>da</strong> infra-estrutura<br />

<strong>para</strong> conservação in situ (parques, reservas, etc...), ex situ (museus, herbários, coleções de microrganismos,<br />

etc...), bem como de programas de pesquisa em conservação e uso sustentável <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de.<br />

Seria o tão falado, e pouco praticado, uso sustentável <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, este fantástico patrimônio<br />

natural que her<strong>da</strong>mos e queremos preservar <strong>para</strong> as gerações futuras.<br />

52


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Os anos seguintes foram marcados pelo fortalecimento e consoli<strong>da</strong>ção do Programa BIOTA/FA-<br />

PESP, através do esforço dos pesquisadores e instituições que dele participam. Ficando claro, nos últimos<br />

dois anos, que o banco de <strong>da</strong>dos do programa BIOTA, gerado com fins científicos, pode e deve<br />

sustentar a adequação <strong>da</strong>s políticas públicas estaduais <strong>para</strong> conservação, restauração e uso sustentável<br />

<strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de paulista. O fortalecimento institucional do programa foi resultante do grande esforço<br />

<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de BIOTA que, efetivamente contribuiu <strong>para</strong> as publicações científicas e didáticas gera<strong>da</strong>s<br />

nos projetos vinculados ao programa, com conseqüente ca<strong>da</strong>stramento dessas publicações no banco<br />

de <strong>da</strong>dos (SinBiota). Esse esforço teve resultado muito significativo, demonstrando grande produtivi<strong>da</strong>de<br />

científica do programa, além de quali<strong>da</strong>de inquestionável, com publicações de elevado valor de<br />

impacto. Isso proporcionou um reconhecimento muito positivo do programa na comuni<strong>da</strong>de científica<br />

nacional e internacional, inclusive dentro <strong>da</strong> própria FAPESP, que repeti<strong>da</strong>mente tem ressaltado a importância<br />

do Programa BIOTA/FAPESP, na produção científica brasileira.<br />

Sendo assim, surgiu a necessi<strong>da</strong>de de estabelecer mecanismos que proporcionassem a perpetuação<br />

do programa BIOTA, já que a função <strong>da</strong> FAPESP é exclusivamente apoiar financeiramente os bons<br />

projetos científicos. A perpetuação do programa BIOTA depende <strong>da</strong> disponibilização de uma infraestrutura<br />

mínima <strong>para</strong> a manutenção <strong>da</strong> homepage, manutenção do banco de <strong>da</strong>dos e de extratos do<br />

Programa e o desenvolvimento de ferramentas que aten<strong>da</strong>m as deman<strong>da</strong>s crescentes, infra-estrutura<br />

<strong>para</strong> a editoração <strong>da</strong> Revista Biota Neotropica, que tem crescido exponencialmente, <strong>para</strong> a devi<strong>da</strong><br />

divulgação científica do programa, <strong>para</strong> os serviços administrativos do Programa e outras necessi<strong>da</strong>des<br />

não especificamente científicas ou pelo menos não financiáveis nas alíneas <strong>da</strong> FAPESP.<br />

Essa preocupação desencadeou uma reflexão <strong>da</strong> coordenação do Programa junto com a Diretoria<br />

Científica <strong>da</strong> FAPESP e o caminho identificado <strong>para</strong> a Institucionalização do programa BIOTA<br />

foi o estabelecimento um Acordo de Cooperação entre as três Universi<strong>da</strong>des Estaduais Paulistas (USP,<br />

UNESP e UNICAMP), que foram as principais instituições financia<strong>da</strong>s pela FAPESP, dentro do programa<br />

BIOTA, assinado em agosto de 2007 e intermediado pela FAPESP, onde as Universi<strong>da</strong>des Estaduais se<br />

comprometem a viabilizar a infra-estrutura necessária <strong>para</strong> o bom funcionamento do programa BIOTA,<br />

garantindo assim a perenização do Programa BIOTA, considerado um dos maiores programas de estudo<br />

<strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de já feitos no mundo.<br />

As ações <strong>para</strong> a viabilização do uso do banco de <strong>da</strong>dos do programa BIOTA/FAPESP, de caráter<br />

científico, na sustentação de políticas públicas ambientais no Estado de São Paulo, estão exaustivamente<br />

apresenta<strong>da</strong>s e discuti<strong>da</strong>s nos demais capítulos desse livro e essa publicação representa o encerramento<br />

<strong>da</strong> primeira etapa desse processo de integração <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de científica com o poder público,<br />

que deverá ser permanente e crescente dentro <strong>da</strong>s ações futuras do programa BIOTA.<br />

Neste sentido, nos últimos dois anos, cerca de 160 pesquisadores do Programa BIOTA/FAPESP,<br />

em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Fun<strong>da</strong>ção Florestal, Instituto Florestal e<br />

Instituto de Botânica) e com a Conservação Internacional organizaram os Workshops Áreas Continentais<br />

Prioritárias <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo (16 a<br />

Histórico<br />

do Programa<br />

BIOTA/FAPESP<br />

- O Instituto<br />

Virtual <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

53


CAPÍTULO 4<br />

18.11.2006) e <strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo<br />

(10 e 11.10.2007). Este esforço conjunto, reunindo pesquisadores do Programa BIOTA/FAPESP, de<br />

ONGs e dos órgãos responsáveis pela formulação e implantação <strong>da</strong>s políticas de conservação, restauração<br />

e uso sustentável <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo, resultou na produção de três mapassíntese,<br />

outros oito mapas temáticos e neste livro que detalha o trabalho desenvolvido. Os mapas,<br />

juntamente com este livro, passam a ser a base de todo planejamento ambiental do estado, e seu uso<br />

pelas demais Secretarias e pela Câmara de Compensação Ambiental, compulsório.<br />

Desta forma, 12 anos após ter começado a se estruturar, o Programa BIOTA/FAPESP cumpre parcialmente<br />

seu objetivo maior: inventariar e caracterizar a biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo, definindo<br />

os mecanismos <strong>para</strong> sua conservação e restauração. Sem dúvi<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> há muito trabalho pela<br />

frente, não só <strong>para</strong> ampliar a base de conhecimento científico, determinar o potencial econômico e<br />

desenvolver mecanismos que viabilizem a utilização sustentável deste gigantesco patrimônio, como<br />

também <strong>para</strong> incorporar no planejamento ambiental do estado os riscos apontados pelos cenários<br />

sombrios <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças climáticas.<br />

Em resumo, três aspectos foram de fun<strong>da</strong>mental importância <strong>para</strong> o sucesso do Programa BIOTA/<br />

FAPESP, e continuam motivando novos grupos de pesquisadores a ingressarem no Programa:<br />

a) o caráter inusitado do processo de criação do BIOTA/FAPESP que, ao contrário <strong>da</strong> esmagadora<br />

maioria de iniciativas deste tipo, nasceu <strong>da</strong> articulação <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de científica em torno de objetivos<br />

e estratégias em comum. Com o inestimável apoio <strong>da</strong> Diretoria Científica <strong>da</strong> FAPESP, a comuni<strong>da</strong>de<br />

científica se organizou e apresentou uma deman<strong>da</strong> que não só tinha quali<strong>da</strong>de, como refletia a maturi<strong>da</strong>de<br />

necessária <strong>para</strong> optar por padronizar as coletas, utilizar a mesma base cartográfica e concor<strong>da</strong>r<br />

em disponibilizar suas informações em um banco de <strong>da</strong>dos público e de uso comum. Esta maturi<strong>da</strong>de,<br />

que estabelece como novo <strong>para</strong>digma o trabalho em cooperação, com <strong>da</strong>dos sendo compartilhados,<br />

otimiza o uso de recursos humanos e financeiros e potencializa o uso dos resultados;<br />

b) o fato de os pesquisadores serem estimulados a trabalhar com os grupos taxonômicos e/ou temáticas<br />

nos quais têm um interesse específico e, conseqüentemente, uma formação especializa<strong>da</strong>. Portanto<br />

ca<strong>da</strong> um continua trabalhando com o que tem afini<strong>da</strong>de, mas todos acrescentaram objetivos novos aos<br />

seus projetos, visando a integração com outros projetos do Programa e com a possibili<strong>da</strong>de de uso de<br />

seus <strong>da</strong>dos científicos sustentando a adequação de políticas públicas <strong>para</strong> conservação e restauração <strong>da</strong><br />

biodiversi<strong>da</strong>de remanescente. O uso <strong>da</strong>s ferramentas em comum não só otimiza esta integração como<br />

permite a identificação de novas interfaces entre áreas de pesquisa e/ou grupos de pesquisadores;<br />

c) o fato de, até hoje, tanto pesquisadores seniores como pesquisadores juniores participarem<br />

do processo de aperfeiçoamento <strong>da</strong>s ferramentas utiliza<strong>da</strong>s pelo Programa e de seus caminhos, pois o<br />

BIOTA/FAPESP é o resultado de um esforço coletivo de construção e todos os integrantes participam<br />

diretamente <strong>da</strong>s instâncias de decisão.<br />

Desde que foi criado, em 1999, o BIOTA/FAPESP possibilitou a descrição de mais de 500 espécies<br />

de plantas e animais, formou 180 mestres e 60 doutores, gerou cerca de 700 artigos em 170 periódicos<br />

54


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

científicos, publicou 20 livros e 2 Atlas. Através de 90 projetos de pesquisa, integrou mais de 1.200<br />

pesquisadores de instituições paulistas dos diversos níveis acadêmicos, dos quais pelo menos 500 são<br />

pesquisadores seniores, além de 150 colaboradores de outros estados e 80 do exterior.<br />

O sucesso do Programa BIOTA/FAPESP, em uma região particularmente rica em biodiversi<strong>da</strong>de<br />

como o Estado de São Paulo, o coloca como modelo <strong>para</strong> a gestão <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, um recurso natural<br />

cuja importância estratégica <strong>para</strong> o Brasil é inquestionável. Os frutos do BIOTA amadureceram, permitindo<br />

que o Programa buscasse ca<strong>da</strong> vez mais novos desafios, sempre no objetivo maior de gerar o conhecimento<br />

necessário <strong>para</strong> garantir a efetiva conservação e restauração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de paulista.<br />

Histórico<br />

do Programa<br />

BIOTA/FAPESP<br />

- O Instituto<br />

Virtual <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

Literatura Cita<strong>da</strong><br />

Cavalcanti, R.B. & Joly, C.A. 2002. Biodiversity and conservation priorities in the Cerrado region. In OLIVEIRA, P.S. &<br />

MARQUIS, R.J. The Cerrados of Brazil: Ecology and Natural History of a Neotropical Savanna. Columbia University<br />

Press, NY, USA, pp 351-367.<br />

Joly, C.A., Ai<strong>da</strong>r, M.P.M., Klink, C.A., McGrath, D.G., Moreira, A.G., Moutinho, P., Nepstad, D.C., Oliveira, A. A., Pott, A.,<br />

Ro<strong>da</strong>l, M.J.N. & Sampaio, E.V.S.B. 1999. Evolution of the Brazilian phytogeography classification systems: implications<br />

for biodiversity conservation. Ciência e Cultura 51 (5/6) 331-368.<br />

Kronka, J.N.F.; Nalon, M.A.; Matsukuma, C.K.; Pavão,M.; Guillaumon, J.R.; Cavalli, A. C.; Giannotti,E.; Ywane, M.S.S.;<br />

Lima, L.M.P.R.; Montes, J. Cali, I.H.D. & Haack, P.G. 1998. Áreas de domínio do Cerrado no Estado de São Paulo.<br />

São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente.<br />

Kronka, F.J.N.; Nalon, M.A.; Matsukuma, C.K.; Kanashiro, M.M.; Ywane, M.S.S.; Pavão, M.; Durigan, G.: Lima, L.P.R.;<br />

Guillaumon, J.R.; Baitello, J.B.; Borgo, S.C.; Manetti, L. A.; Barra<strong>da</strong>s, A.M.F; Fuku<strong>da</strong>, J.C.; Shi<strong>da</strong>, C.N.; Monteiro,<br />

C.H.B.; Pontinhas, A.A.S.; Andrade, G.G.; Barbosa, O.; Soares, A.P.; Joly, C.A.; Couto, H.T.Z.; 2005. Inventário<br />

florestal <strong>da</strong> vegetação nativa do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente, Instituto Florestal, 200p.<br />

Myers, N., Mittermeier, R.A, Mittermeier, C.G., Fonseca, G. A B. & Kent, J. 2000. Biodiversity hotspots for conservation<br />

priorities. Nature 403:852-858.<br />

Veloso, H.P.; Rangel Filho, A.L R & Lima, J C A. 1991. Classificação <strong>da</strong> Vegetação Brasileira, a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> a um sistema<br />

universal. MEFP/IBGE/DRNEA, Rio de Janeiro, 123p.<br />

Victor, M. A. M. 1975. A devastação florestal. Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Silvicultura, São Paulo, 48 p.<br />

55


Jean Paul Metzger<br />

Gior<strong>da</strong>no Ciocheti<br />

Leandro Reverberi Tambosi<br />

Milton Cezar Ribeiro<br />

Adriana Paese<br />

Christiane Dall’Aglio-Holvorcem<br />

Adriano Paglia<br />

Angélica Sugie<strong>da</strong><br />

Marco Nalon<br />

Natália Ivanauskas<br />

Ricardo Ribeiro Rodrigues.


c a p í t u l o<br />

5<br />

Procedimentos<br />

Metodológicos


CAPÍTULO 5<br />

Procedimentos metodológicos.<br />

O<br />

projeto “<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> a Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo”<br />

contou com uma extensa base de <strong>da</strong>dos científicos sobre a presença confirma<strong>da</strong> de espécies no<br />

Estado de São Paulo, disponibiliza<strong>da</strong> pelo Programa BIOTA/FAPESP e seus parceiros. A utilização desta<br />

base de <strong>da</strong>dos representou um diferencial entre esta iniciativa de conservação e outras similares já realiza<strong>da</strong>s<br />

no Brasil. Graças à riqueza dos <strong>da</strong>dos biológicos, foi possível identificar diretrizes em escalas<br />

espaciais refina<strong>da</strong>s e definir uma metodologia com critérios replicáveis e transparentes.<br />

Este capítulo descreve a metodologia adota<strong>da</strong>, incluindo as seguintes etapas:<br />

1. consoli<strong>da</strong>ção do banco de <strong>da</strong>dos “Biota Georreferencia<strong>da</strong> do Estado de São Paulo”, que serviu<br />

de base às diretrizes de conservação;<br />

2. correção geográfica dos registros;<br />

3. estabelecimento dos critérios <strong>para</strong> definição <strong>da</strong>s estratégias de conservação;<br />

4. integração dos <strong>da</strong>dos biológicos e de paisagem em três tipos de Uni<strong>da</strong>des de Planejamento;<br />

5. definição de estratégias de conservação por Uni<strong>da</strong>de de Planejamento.<br />

1. Consoli<strong>da</strong>ção do banco de <strong>da</strong>dos<br />

O banco de <strong>da</strong>dos “Biota Georreferencia<strong>da</strong> do Estado de São Paulo” é resultado <strong>da</strong> compilação de oito<br />

bancos de <strong>da</strong>dos complementares, com registros pontuais <strong>da</strong> ocorrência de espécies, disponibilizados<br />

por projetos conduzidos por diversas instituições. Eles apresentam grande heterogenei<strong>da</strong>de quanto aos<br />

grupos taxonômicos representados, método de coleta e resolução espacial, conforme descrito abaixo:<br />

a. SinBiota – é resultado do projeto temático “Desenvolvimento e Estruturação de um Sistema de<br />

Informação Ambiental <strong>para</strong> o Programa BIOTA/FAPESP”, apoiado pelo Programa BIOTA/FA-<br />

PESP e desenvolvido pelo Instituto Florestal, Universi<strong>da</strong>de Estadual de Campinas e pelo Centro<br />

de Referência em Informação Ambiental (CRIA). Este banco de <strong>da</strong>dos, disponível em http://sinbiota.cria.org.br/,<br />

integra as informações gera<strong>da</strong>s pelos pesquisadores vinculados ao Programa<br />

BIOTA/FAPESP, relacionando-as a uma base cartográfica digital;<br />

b. SpeciesLink – foi desenvolvido pelo CRIA, com financiamento <strong>da</strong> FAPESP. Trata-se de um sistema<br />

descentralizado que integra bancos de <strong>da</strong>dos heterogêneos, distribuídos em 12 coleções<br />

biológicas no Estado de São Paulo, entre outras coleções nacionais e internacionais; está disponível<br />

em http://splink.cria.org.br/;<br />

c. FFESP – contém <strong>da</strong>dos digitalizados do projeto “Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo” com<br />

resolução espacial de um grau de latitude/longitude (escala de 100kmx100km). O projeto foi apoiado<br />

pela FAPESP e contou com a participação efetiva de sete instituições: Instituto de Botânica, Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual de Campinas, Instituto Agronômico do Estado, Instituto Florestal, Universi<strong>da</strong>de<br />

de São Paulo, Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista e Prefeitura do Município de São Paulo;<br />

d. MVZ - contém os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> coleção de mamíferos do Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de<br />

Berkeley; está disponível em http://mvz.berkeley.edu/Mammal_Collection.html;<br />

58


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Procedimentos<br />

metodológicos<br />

e. Biodiversitas/Conservação Internacional – contém pontos de ocorrência de espécies <strong>da</strong> Lista<br />

Brasileira de Espécies Ameaça<strong>da</strong>s (Fun<strong>da</strong>ção Biodiversitas/CI-Brasil no prelo);<br />

f. KBA/IBA - estes dois bancos de <strong>da</strong>dos foram compilados pela Conservação Internacional e<br />

pela Socie<strong>da</strong>de <strong>para</strong> a Conservação <strong>da</strong>s Aves do Brasil (SAVE), respectivamente. Eles contêm<br />

registros de espécies de vertebrados globalmente e nacionalmente ameaçados, utilizados <strong>para</strong><br />

definir as áreas-chave <strong>para</strong> a conservação (Key Biodiversity Areas, KBA, <strong>da</strong>dos não publicados)<br />

e as áreas importantes <strong>para</strong> aves (Important Bird Areas, IBA, Benke et al. 2006);<br />

g. Willis-aves – pontos de ocorrência de aves no Estado de São Paulo, compilados no livro de<br />

Willis e Oniki (2003);<br />

h. PNN – registros biológicos, em particular de mamíferos e aves, compilados <strong>para</strong> indicar 109<br />

fragmentos de ecossistemas do Estado de São Paulo relevantes <strong>para</strong> a conservação (Marino et<br />

al. 2004). Este projeto recebeu apoio <strong>da</strong> FAPESP.<br />

Os bancos de <strong>da</strong>dos SinBiota e SpeciesLink representam juntos a maior contribuição (> 90%),<br />

em número de registros e número de espécies, <strong>para</strong> o “Biota Georreferencia<strong>da</strong> do Estado de São<br />

Paulo” (Tabela 1). Os registros provenientes destas duas bases de <strong>da</strong>dos foram reunidos num único<br />

banco de <strong>da</strong>dos, em planilhas ordena<strong>da</strong>s por grupo taxonômico. As demais bases de <strong>da</strong>dos<br />

forneceram informações complementares, especialmente com registros de espécies de vertebrados<br />

globalmente e nacionalmente ameaçados (KBA/IBA e Biodiversitas/CI-Brasil). Os registros de<br />

mamíferos, ain<strong>da</strong> pouco representados no SinBiota e no SpeciesLink, foram enriquecidos com os<br />

bancos MVZ e PNN. Finalmente, os registros de aves, concentrados em algumas regiões do estado,<br />

especialmente na região metropolitana de São Paulo, foram complementados com <strong>da</strong>dos dos bancos<br />

PNN, Willis e MVZ (Tabela 1).<br />

A fim de reduzir a ocorrência de erros na grafia de nomes científicos, foi desenvolvido um programa<br />

que considerou como nome válido o mais freqüente nos bancos de <strong>da</strong>dos (maior probabili<strong>da</strong>de<br />

de acerto) e, de modo semi-automático, corrigiu os nomes com grafia próxima (inversão ou diferença<br />

de uma letra quando com<strong>para</strong>do ao nome considerado válido). Este programa foi desenvolvido pela<br />

CIAGRI/ESALQ/USP, sob a coordenação de Marcelo Zacarias <strong>da</strong> Silva. Para o banco de <strong>da</strong>dos de fanerógamas,<br />

foram adotados como nomes válidos os presentes na base FFESP.<br />

No Workshop “Áreas Continentais Prioritárias <strong>para</strong> a Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no Estado de São Paulo” (novembro de 2006), as planilhas resultantes do processo de correção<br />

acima foram distribuí<strong>da</strong>s aos especialistas <strong>para</strong> consulta/vali<strong>da</strong>ção dos nomes científicos e sinonímia,<br />

revisão dos nomes <strong>da</strong>s famílias e <strong>da</strong>s localizações geográficas dos registros. Os especialistas identificaram<br />

também as espécies que naturalmente não ocorrem no Estado de São Paulo e os registros apontados<br />

erroneamente como únicos. As duplici<strong>da</strong>des de registros (mesma espécie com a mesma localização<br />

geográfica) também foram elimina<strong>da</strong>s. Ao final do processo de revisão (junho de 2007), foram mantidos<br />

168.494 registros de 10.585 espécies (Tabela 2), o que representou 77,19% do total de registros<br />

do banco de <strong>da</strong>dos original. Na versão final do banco de <strong>da</strong>dos, foram mantidos apenas registros dos<br />

59


CAPÍTULO 5<br />

grupos mais ricos e melhor consoli<strong>da</strong>dos: mamíferos, aves, herpetofauna (répteis e anfíbios), peixes<br />

(ósseos e cartilaginosos), invertebrados (aracnídeos e insetos), flora fanerogâmica e flora criptogâmica<br />

como base <strong>para</strong> as análises posteriores e <strong>para</strong> a indicação <strong>da</strong>s diretrizes de conservação. Para ca<strong>da</strong> um<br />

destes grupos, foi estabeleci<strong>da</strong> uma equipe (“grupo temático”) de pesquisadores especialistas, com um<br />

ou dois coordenadores (ver Capítulo 6).<br />

Tabela 1. Número de registros de ca<strong>da</strong> grupo taxonômico nos diversos bancos de <strong>da</strong>dos utilizados <strong>para</strong><br />

compilação e consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> base de <strong>da</strong>dos “Biota Georreferencia<strong>da</strong> do Estado de São Paulo”.<br />

Táxon<br />

Total<br />

Species<br />

Link<br />

SinBiota FFESP MVZ<br />

Biodiversitas<br />

/CI<br />

KBA/IBA Willis-aves PNN<br />

Bactérias 657 657<br />

Protistas 126 126<br />

Criptógamas 1925 1329 596<br />

Fanerógamas 75090 38351 31362 5377<br />

Invertebrados Poríferos 118 118<br />

Cnidários 589 588 1<br />

Rotíferos 622 622<br />

Equinodermos 1452 1451 1<br />

Moluscos 3263 3248 15<br />

Anelídeos 5903 5903<br />

Artrópodes Chilópodes 231 231<br />

Diplópodes 9 9<br />

Aracnídeos 9264 4097 5160 7<br />

Crustáceos 5402 5340 62<br />

Insetos 40548 29193 11299 56<br />

Vertebrados Répteis 442 389 17 6 4 26<br />

Mamíferos 10464 8184 809 724 87 108 552<br />

Peixes Ósseos 23772 16384 7246 142<br />

Peixes Cartilaginosos 22 20 2<br />

Aves 20073 9053 7822 24 212 108 2609 245<br />

Anfíbios 18140 4915 13162 53 6 3 1<br />

Hemicor<strong>da</strong>dos 149 148 1<br />

Total 218261 111674 96129 5377 818 607 223 2609 824<br />

60


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Procedimentos<br />

metodológicos<br />

2. Correção geográfica dos registros<br />

A análise preliminar do banco de <strong>da</strong>dos revelou grande heterogenei<strong>da</strong>de <strong>da</strong> representação cartográfica,<br />

precisão e natureza dos pontos de ocorrência <strong>da</strong>s espécies. O erro associado à localização dos<br />

registros variou de algumas dezenas de metros, o que é compatível com o erro associado à coleta<br />

Tabela 2. Números de espécies e de registros antes e após a revisão do banco de <strong>da</strong>dos utilizados na<br />

metodologia.<br />

Táxon<br />

N o<br />

espécies<br />

N o de espécies após<br />

revisão utiliza<strong>da</strong>s na<br />

metodologia<br />

N o registros<br />

N o de registros após<br />

revisão utilizados na<br />

metodologia<br />

Bactérias 53 0 657 0<br />

Protistas 45 0 126 0<br />

Criptógamas 611 433 1925 1815<br />

Fanerógamas 8776 5463 75090 62600<br />

Invertebrados Poríferos 26 0 118 0<br />

Cnidários 52 0 589 0<br />

Rotíferos 140 0 622 0<br />

Equinodermos 56 0 1452 0<br />

Moluscos 287 0 3263 0<br />

Anelídeos 394 0 5903 0<br />

Artrópodes Chilópodes 36 0 231 0<br />

Diplópodes 3 0 9 0<br />

Aracnídeos 1595 1180 9264 6325<br />

Crustáceos 318 0 5402 0<br />

Insetos 2249 2249 40548 40548<br />

Vertebrados Répteis 83 74 442 431<br />

Mamíferos 191 149 10464 8062<br />

Peixes Ósseos 914 347 23772 11618<br />

Peixes Cartilaginosos 15 2 22 2<br />

Aves 656 520 20073 19742<br />

Anfíbios 224 168 18140 17351<br />

Hemicor<strong>da</strong>dos 42 0 149 0<br />

Total 16766 10585 218261 168494<br />

61


CAPÍTULO 5<br />

de <strong>da</strong>dos com os Sistemas de Posicionamento Global (GPS), até cerca de 100 km, <strong>para</strong> registros<br />

associados a quadrículas de um grau de latitude/longitude e centróides de municípios. Para a maior<br />

parte dos <strong>da</strong>dos (mais que 90%), a precisão geográfica do ponto de coleta era baixa (erro maior que<br />

100 m), dificultando análises mais refina<strong>da</strong>s, na escala dos fragmentos. Ademais, muitos pontos de<br />

ocorrência, mesmo os obtidos com GPS, não estavam situados dentro de fragmentos mapeados, sugerindo<br />

que muitas ocorrências foram obti<strong>da</strong>s nas bor<strong>da</strong>s dos fragmentos. Para minimizar este tipo<br />

de erro a ocorrência <strong>da</strong>s espécies foi atribuí<strong>da</strong> aos remanescentes localizados dentro de um raio de<br />

100 metros dos seus pontos de ocorrência.<br />

3. Critérios <strong>para</strong> definição de estratégias de conservação<br />

Estratégias de conservação são, em geral, defini<strong>da</strong>s em função de um conjunto de informações biológicas,<br />

socioeconômicas e ambientais. O presente projeto procurou explorar o amplo conjunto de <strong>da</strong>dos<br />

organizados pelo programa BIOTA/FAPESP, e desta forma embasou suas recomen<strong>da</strong>ções essencialmente<br />

sobre <strong>da</strong>dos biológicos. Assim, é importante frisar que as análises abaixo apresenta<strong>da</strong>s precisam ser<br />

complementa<strong>da</strong>s com outras informações, em particular sobre o ambiente físico e sobre as condições<br />

socioeconômicas. A definição de estratégias de conservação no presente projeto foi basea<strong>da</strong> sobre a<br />

ocorrência de espécies-alvo e em função de características <strong>da</strong> paisagem.<br />

Espécies-alvo<br />

Espécies-alvo de conservação são espécies particularmente sensíveis às alterações de seu habitat e<br />

que requerem esforços maiores <strong>para</strong> sua efetiva conservação, especialmente em ambientes alterados pelo<br />

homem. Podem ser espécies ameaça<strong>da</strong>s de extinção ou espécies que, devido a suas maiores necessi<strong>da</strong>des<br />

ecológicas, podem ser considera<strong>da</strong>s espécies guar<strong>da</strong>-chuva. A presença ou riqueza destas espécies num<br />

determinado local pode auxiliar na identificação de áreas particularmente relevantes <strong>para</strong> conservação<br />

ou na escolha de estratégias mais adequa<strong>da</strong>s <strong>para</strong> conservação e restauração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de.<br />

Neste projeto, uma espécie foi defini<strong>da</strong> como alvo caso ela satisfizesse pelo menos uma <strong>da</strong>s condições<br />

abaixo:<br />

a. Espécie ameaça<strong>da</strong> de extinção, de acordo com listas de espécies ameaça<strong>da</strong>s internacionais<br />

(IUCN 2006), nacionais (IBAMA 2003) e estaduais (SÃO PAULO 1998);<br />

b. Espécies raras no Estado de São Paulo (registros únicos no banco de <strong>da</strong>dos “Biota Georreferencia<strong>da</strong><br />

do Estado de São Paulo”, após retirar as espécies insuficientemente amostra<strong>da</strong>s,<br />

as espécies exóticas ou aquelas usualmente não amostra<strong>da</strong>s por estarem associa<strong>da</strong>s à presença<br />

humana);<br />

c. Alto requerimento de área de habitat, e capaci<strong>da</strong>de média ou baixa de deslocamento pela matriz<br />

inter-habitat (áreas altera<strong>da</strong>s pelo homem);<br />

62


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Procedimentos<br />

metodológicos<br />

d. Alta susceptibili<strong>da</strong>de a perturbações de origem antrópica, tais como caça e extrativismo;<br />

e. Alta especifici<strong>da</strong>de quanto à quali<strong>da</strong>de do habitat (espécie especialista);<br />

f. Espécie com endemismo restrito, cuja distribuição geográfica é menor do que 50 mil km 2 .<br />

Os <strong>da</strong>dos necessários <strong>para</strong> a aplicação dos critérios acima foram fornecidos pelos especialistas de<br />

ca<strong>da</strong> grupo taxonômico. Para muitas espécies, não havia <strong>da</strong>dos suficientes <strong>para</strong> a aplicação de alguns<br />

dos critérios usados <strong>para</strong> definir espécies-alvo. Por esta razão, os critérios adotados utilizaram classes relativamente<br />

amplas (alta, média ou baixa capaci<strong>da</strong>de/requerimento/susceptibili<strong>da</strong>de; há ou não rari<strong>da</strong>de<br />

biológica ou endemismo restrito), e <strong>para</strong> a classificação de uma espécie como alvo bastava que ela satisfizesse<br />

apenas um destes critérios. Ademais, foram gera<strong>da</strong>s, a partir do banco de <strong>da</strong>dos consoli<strong>da</strong>do, uma<br />

série de informações sobre ca<strong>da</strong> espécie, incluindo: número de registros; número de fragmentos onde a<br />

espécie ocorre; tamanho mínimo, médio e máximo dos remanescentes onde a espécie ocorre; tipos de<br />

formação vegetal e de solo nos quais a espécie ocorre. Com base nestas informações, no conhecimento<br />

dos especialistas e no estágio de levantamento <strong>da</strong>s espécies no Estado de São Paulo, ca<strong>da</strong> grupo temático<br />

utilizou um subconjunto diferente dos critérios (a)-(f) acima <strong>para</strong> a seleção <strong>da</strong>s espécies-alvo (Tabela 3).<br />

Nota-se que todos os grupos utilizaram as espécies ameaça<strong>da</strong>s. No total, foram defini<strong>da</strong>s 3.258 espéciesalvo,<br />

o que representa 30,8% <strong>da</strong>s espécies constantes no banco de <strong>da</strong>dos revisto (Tabela 4).<br />

Estrutura <strong>da</strong> paisagem<br />

Apesar <strong>da</strong> riqueza de informações biológicas conti<strong>da</strong>s no banco de <strong>da</strong>dos “Biota Georreferencia<strong>da</strong><br />

do Estado de São Paulo”, nota-se a existência de extensas lacunas de amostragem no estado, <strong>para</strong><br />

diversos grupos taxonômicos. Essas lacunas ficam particularmente claras ao cruzarmos os 168.494<br />

registros do banco de <strong>da</strong>dos biológico com os 92.183 fragmentos de vegetação natural remanescen-<br />

Tabela 3. Critérios utilizados por ca<strong>da</strong> grupo temático <strong>para</strong> definir as espécies-alvo.<br />

Critério Mamíferos Aves Répteis Anfíbios Insetos Aracnideos Criptógamas Fanerógamas Peixes<br />

Ameaça<strong>da</strong> ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓<br />

Registro único ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓ ☓<br />

Área/Deslocamento ☓ ☓ ☓ ☓<br />

Susceptibili<strong>da</strong>de<br />

a perturbações<br />

☓ ☓ ☓ ☓<br />

Endemismo restrito ☓ ☓ ☓ ☓<br />

Especialista ☓ ☓<br />

63


CAPÍTULO 5<br />

Tabela 4. Número total de espécies e de espécie-alvo por grupo taxonômico.<br />

Táxon<br />

Total de espécies<br />

(após revisão)<br />

Espécies-alvo<br />

Número<br />

% (em relação ao total<br />

de espécies do banco<br />

de <strong>da</strong>dos)<br />

% (em relação ao total de<br />

espécies-alvo)<br />

Criptógamas 433 42 0,40% 1,29%<br />

Fanerógamas 5463 1113 10,52% 34,16%<br />

Invertebrados - - - -<br />

Artrópo<strong>da</strong> - - - -<br />

Aracnídeos 1180 610 5,77% 18,72%<br />

Insetos 2249 1147 10,84% 35,21%<br />

Vertebrados Répteis 74 19 0,18% 0,58%<br />

Mamíferos 149 36 0,34% 1,10%<br />

Peixes (ósseos e cartilaginosos) 349 61 0,58% 1,87%<br />

Aves 520 182 1,72% 5,59%<br />

Anfíbios 168 48 0,45% 1,47%<br />

Total 10585 3258 30,79% 100%<br />

Tabela 5. Número de fragmentos de vegetação natural remanescente no Estado de São Paulo com e sem<br />

registros biológicos e registros de espécies-alvo contidos no banco de <strong>da</strong>dos “Biota Georreferencia<strong>da</strong><br />

do Estado de São Paulo”.<br />

Fisionomia<br />

Número de<br />

Fragmentos<br />

Fragmentos sem<br />

registros biológicos<br />

Fragmentos com<br />

registros biológicos<br />

Fragmentos com registros<br />

de espécies-alvo<br />

N % N % N %<br />

Floresta Ombrófica Densa 26749 26519 99,14% 230 0,86% 138 0,52%<br />

Floresta Ombrófila Mista 5675 5641 99,40% 34 0,60% 12 0,21%<br />

Floresta Estacional 51504 51180 99,38% 324 0,63% 164 0,32%<br />

Formação Savânica 7259 7150 98,50% 109 1,50% 79 1,09%<br />

Restinga Mangue 996 947 95,08% 49 4,92% 31 3,11%<br />

Total 92183 91437 98,95% 746 0,81% 424 0,46%<br />

64


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Procedimentos<br />

metodológicos<br />

te do Estado de São Paulo, mapeados pelo Inventário Florestal (KRONKA et al. 2005): apenas 746<br />

fragmentos (0,8% do total) apresentam registros biológicos (Tabela 5). Essa pequena porcentagem<br />

de registros em remanescentes está relaciona<strong>da</strong> a diferentes fatores, em particular à imprecisão nas<br />

coletas biológicas (conforme descrito anteriormente), à concentração de coletas em grandes maciços<br />

florestais litorâneos, e ao grande número de fragmentos de pequeno porte no Estado de São Paulo,<br />

sendo que grande parte deles, com menos de 5 ha, não foi representado no mapeamento <strong>da</strong> vegetação<br />

nativa do Estado de São Paulo.<br />

Da<strong>da</strong> esta situação, <strong>para</strong> embasarmos estratégias de conservação nos 91.437 fragmentos sem<br />

<strong>da</strong>dos biológicos, outros parâmetros e critérios tiveram que ser definidos. Optou-se por utilizar parâmetros<br />

de estrutura <strong>da</strong> paisagem, que poderiam refletir o potencial biológico dos fragmentos. Considerouse<br />

que fragmentos grandes, pouco isolados, bem conectados, com ampla área interior (área não sujeita<br />

a efeitos de bor<strong>da</strong>) seriam, a princípio, mais relevantes <strong>para</strong> conservação do que aqueles com características<br />

inversas. Um maior detalhamento desta metodologia é fornecido no capítulo sobre as análises<br />

de estrutura <strong>da</strong> paisagem (capítulo 6.8).<br />

4. Integração dos <strong>da</strong>dos por Uni<strong>da</strong>de de Planejamento<br />

A fim de definir estratégias de conservação, é preciso organizar e integrar os <strong>da</strong>dos biológicos e de<br />

paisagem em uni<strong>da</strong>des territoriais, chama<strong>da</strong>s de Uni<strong>da</strong>des de Planejamento. Da<strong>da</strong> a dificul<strong>da</strong>de de<br />

se trabalhar na escala dos fragmentos, devido à carência de informações biológicas nesta escala, e<br />

à necessi<strong>da</strong>de de se estabelecer diretrizes de conservação em uni<strong>da</strong>des compatíveis com a escala<br />

de gerenciamento ambiental, optou-se por fazer essa integração <strong>para</strong> três diferentes tipos de Uni<strong>da</strong>des<br />

de Planejamento: a) uni<strong>da</strong>des de gerenciamento de recursos hídricos (UGRHI; existem 22 no<br />

Estado de São Paulo); b) sub-bacias de 5ª ordem, disponibiliza<strong>da</strong>s pela Agência Nacional de Águas<br />

(350 no estado); c) remanescentes de vegetação natural presentes no Inventário Florestal do Estado<br />

de São Paulo (92.183 fragmentos; KRONKA et al. 2005). As UGRHIs foram seleciona<strong>da</strong>s por serem<br />

utiliza<strong>da</strong>s na gestão de recursos hídricos no Estado de São Paulo e <strong>para</strong> definição de políticas e estratégias<br />

em programas voltados ao meio ambiente. As sub-bacias de 5ª ordem foram escolhi<strong>da</strong>s por<br />

permitirem um refinamento maior <strong>da</strong>s informações nas UGRHIs. Finalmente, a escala de fragmentos<br />

foi considera<strong>da</strong> pela necessi<strong>da</strong>de de atender à deman<strong>da</strong> de tomadores de decisão, que utilizam informações<br />

sobre espécies em locais específicos, e pelo fato de o banco de <strong>da</strong>dos conter, em alguns<br />

casos, registros precisos de espécies-alvo, o que deve ser valorizado em termos de conservação. A<br />

integração dos <strong>da</strong>dos seguiu procedimentos diferenciados no caso dos fragmentos, por ser uma escala<br />

mais detalha<strong>da</strong>.<br />

Quatorze parâmetros foram calculados e integrados, num Sistema de Informações Geográficas<br />

(ArcGIS 9 © ), por UGHRI e por sub-bacia de 5ª ordem: 1. Área total (ha); 2. Cobertura natural (%); 3.<br />

Tipo de fitofisionomia (% de ca<strong>da</strong> fitofisionomia); 4. Número total de fragmentos; 5. Número total de<br />

65


CAPÍTULO 5<br />

fragmentos por fitofisionomia; 6. Tamanho do maior fragmento por fitofisionomia (ha); 7. Número total<br />

de registros; 8. Riqueza total de espécies; 9. Riqueza de espécies-alvo; 10. Riqueza de espécies-alvo<br />

pondera<strong>da</strong> pelo número total de registros; 11. Riqueza de espécies-alvo pondera<strong>da</strong> pela riqueza total<br />

de espécies; 12. Densi<strong>da</strong>de de drenagem (km/m 2 ); 13. Densi<strong>da</strong>de de drenagem, normalizado pela<br />

maior densi<strong>da</strong>de de drenagem de to<strong>da</strong>s as UGRHIs ou sub-bacias, resultando em um índice entre 0 e<br />

1; 14. População urbana (soma <strong>da</strong>s populações <strong>da</strong>s áreas urbanas dentro <strong>da</strong>s UGRHIs ou sub-bacias).<br />

Para os fragmentos, além dos índices biológicos (riqueza total de espécies, riqueza de espéciesalvo<br />

com e sem ponderação pelo número de registros), foram ain<strong>da</strong> calcula<strong>da</strong>s as seguintes métricas<br />

espaciais: 1. Índice de área interior, correspondente à proporção <strong>da</strong> área não sujeita a efeitos de bor<strong>da</strong><br />

(supondo uma bor<strong>da</strong> de 50 m de largura), em relação à área do fragmento; 2. Perímetro; 3. Índice de<br />

forma do fragmento; 4. Distância do fragmento ao vizinho mais próximo que pertence à mesma fitofisionomia;<br />

5. Conectivi<strong>da</strong>de. Uma descrição destas métricas é apresenta<strong>da</strong> no capítulo de análise de<br />

paisagem (capítulo 6.8).<br />

Além <strong>da</strong>s métricas biológicas e de paisagem, calculou-se também três índices adicionais <strong>para</strong><br />

auxiliar na quantificação <strong>da</strong> importância de um remanescente: a) a insubstituibili<strong>da</strong>de; b) a vulnerabili<strong>da</strong>de<br />

do fragmento devido à presença de espécies ameaça<strong>da</strong>s e; c) a vulnerabili<strong>da</strong>de do fragmento em<br />

função do seu status de conservação.<br />

A insubstituibili<strong>da</strong>de de um fragmento depende <strong>da</strong> importância deste fragmento <strong>para</strong> as espécies<br />

que nele ocorrem. Primeiro, é calculado o valor de insubstituibili<strong>da</strong>de <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> espécie, sendo este<br />

igual ao inverso do número de fragmentos em que a espécie ocorre (Ix = 1/N, sendo N o número de<br />

fragmentos onde a espécie x ocorre). A partir destes valores, pode-se calcular a insubstituibili<strong>da</strong>de do<br />

fragmento de diversas formas, por exemplo, pela média dos valores obtidos <strong>para</strong> to<strong>da</strong>s as espécies<br />

presentes no fragmento. Para este trabalho, considerou-se apenas três categorias de valores de insubstituibili<strong>da</strong>de<br />

do fragmento: “insubstituibili<strong>da</strong>de extrema”, se o fragmento for a única área de ocorrência<br />

(Ix = 1) <strong>para</strong> pelo menos uma espécie-alvo; “insubstituibili<strong>da</strong>de alta”, se <strong>para</strong> pelo menos uma espéciealvo<br />

o valor de Ix estiver entre 0,25 e 0,5 (a espécie ocorre em duas, três ou quatro áreas); e “insubstituibili<strong>da</strong>de<br />

baixa”, se <strong>para</strong> to<strong>da</strong>s as espécies-alvo presentes no fragmento o valor de Ix for igual ou inferior<br />

a 0,20 (a espécie ocorre em pelo menos cinco áreas).<br />

A vulnerabili<strong>da</strong>de do fragmento devido à presença de espécies ameaça<strong>da</strong>s (Vsp) foi defini<strong>da</strong> considerando<br />

a ocorrência de espécies ameaça<strong>da</strong>s de extinção em pelo menos uma <strong>da</strong>s três listas utiliza<strong>da</strong>s<br />

(IUCN, IBAMA e lista do Estado de São Paulo). Se em um fragmento ocorre pelo menos uma espécie<br />

ameaça<strong>da</strong>, então Vsp = 1 (vulnerabili<strong>da</strong>de extrema), caso contrário Vsp = 0 (baixa vulnerabili<strong>da</strong>de).<br />

Finalmente, foi considera<strong>da</strong> a vulnerabili<strong>da</strong>de de um fragmento em função de seu status de<br />

conservação (Vfg). Se um fragmento pertence a uma Uni<strong>da</strong>de de Conservação de Proteção Integral,<br />

então Vfg = 1 (vulnerabili<strong>da</strong>de relativamente baixa); caso contrário, Vfg = 0 (vulnerabili<strong>da</strong>de<br />

relativamente alta).<br />

66


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Procedimentos<br />

metodológicos<br />

5. Definição de estratégias de conservação<br />

Os resultados <strong>da</strong>s análises acima foram fornecidos aos especialistas, na forma de tabelas e mapas, em<br />

Workshops realizados ao longo de 2007, <strong>para</strong> que fossem defini<strong>da</strong>s as melhores estratégias de conservação.<br />

Um diferencial deste projeto, em relação a outros similares anteriores, é que não se procurou definir áreas<br />

prioritárias <strong>para</strong> conservação, mas sim ações ou estratégias prioritárias <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de de Planejamento.<br />

Esta opção foi escolhi<strong>da</strong> pois considerou-se que to<strong>da</strong>s as áreas remanescentes de vegetação nativa do Estado<br />

de São Paulo são importantes diante do avançado estágio de per<strong>da</strong> de habitat, e devido aos relevantes serviços<br />

ambientais prestados por estas áreas. Procurou-se, assim, espacializar ações, e não áreas prioritárias, de<br />

acordo com as características biológicas, físicas e paisagísticas em que se situam os remanescentes.<br />

As decisões sobre as ações a serem adota<strong>da</strong>s foram toma<strong>da</strong>s por ca<strong>da</strong> grupo temático, considerando<br />

as três Uni<strong>da</strong>des de Planejamento, ou diretamente <strong>para</strong> as Uni<strong>da</strong>des em escalas mais detalha<strong>da</strong>s<br />

(sub-bacias de 5ª ordem ou fragmentos), quando as informações biológicas permitiam. Em formulários<br />

específicos, os especialistas puderam indicar as ações propostas <strong>para</strong> as várias UGRHIs, sub-bacias e/<br />

ou remanescentes de vegetação natural. As principais ações propostas pelos especialistas foram: 1)<br />

Criação ou extensão de Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral; 2) Incentivo à averbação de Reserva<br />

Legal; 3) Estímulo à restauração <strong>da</strong>s Áreas de Preservação Permanente; 4) Criação de mosaicos de<br />

corredores ecológicos e 5) Coleta de <strong>da</strong>dos biológicos. Além <strong>da</strong>s ações em si, os especialistas podiam<br />

indicar o grau relativo de priori<strong>da</strong>de e uma justificativa de ca<strong>da</strong> ação. Com este conjunto de informações,<br />

foram gerados os mapas de estratégias de conservação por grupo temático, que posteriormente<br />

foram sintetizados em três mapas (ver capítulo 7.1).<br />

Considerações Finais<br />

Decisões relaciona<strong>da</strong>s à conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de geralmente são basea<strong>da</strong>s em <strong>da</strong>dos biológicos.<br />

Este projeto contou com uma base de <strong>da</strong>dos muito rica em registros georreferenciados, porém muito<br />

heterogênea do ponto de vista <strong>da</strong> sua representação cartográfica, escala espacial e representativi<strong>da</strong>de<br />

dos grupos taxonômicos. Após os esforços iniciais <strong>para</strong> reunir as informações existentes, o banco de<br />

<strong>da</strong>dos resultante passou por vários filtros e revisões que possibilitaram direcionar diferentes subconjuntos<br />

de <strong>da</strong>dos <strong>para</strong> ações de conservação específicas, em diferentes escalas espaciais. Buscou-se, desta<br />

forma, contornar as limitações <strong>da</strong> aplicação de <strong>da</strong>dos de natureza tão heterogênea e coletados com<br />

diferentes propósitos, a estratégias de conservação. Os resultados <strong>da</strong> sua compilação e análise preliminar<br />

representam uma iniciativa única, que revelam as lacunas de conhecimento no Estado de São Paulo<br />

e estabelecem parâmetros <strong>para</strong> novas coletas e <strong>para</strong> a unificação dos <strong>da</strong>dos sobre a biodiversi<strong>da</strong>de. A<br />

utilização de <strong>da</strong>dos biológicos publicados, disponibilizados em bancos de <strong>da</strong>dos de domínio público,<br />

agrega valor de conservação às áreas indica<strong>da</strong>s, além de garantir a replicabili<strong>da</strong>de e a transparência dos<br />

métodos escolhidos <strong>para</strong> a indicação de áreas e ações de conservação.<br />

67


CAPÍTULO 5<br />

A utilização deste banco de <strong>da</strong>dos garantirá a atualização objetiva dos resultados, à medi<strong>da</strong> que<br />

mais <strong>da</strong>dos sobre a biodiversi<strong>da</strong>de tornem-se disponíveis. A coleta e organização <strong>da</strong>s informações de<br />

forma sistemática pode ser o ponto crucial <strong>para</strong> o sucesso de iniciativas conservacionistas. Ressalta-se<br />

que a atualização ou complementação deste banco de <strong>da</strong>dos deverá privilegiar a entra<strong>da</strong> de <strong>da</strong>dos<br />

biológicos de alta quali<strong>da</strong>de, em particular com precisão geográfica compatível com a coleta de <strong>da</strong>dos<br />

por GPS, e uma distribuição mais homogênea dos pontos de amostragem <strong>da</strong>s diversas taxas. O mapeamento<br />

refinado dos remanescentes, com alta acurácia, pode também ser considerado um ponto-chave<br />

<strong>para</strong> o sucesso de um processo de definição de estratégias de conservação. Além disso, uma vez que o<br />

número de remanescentes com informações biológicas é relativamente reduzido, bases de <strong>da</strong>dos complementares,<br />

tais como os de estrutura de paisagem ou de pressões antrópicas, devem ser incorpora<strong>da</strong>s<br />

nas análises. E ain<strong>da</strong> que os <strong>da</strong>dos biológicos sejam normalmente a base <strong>da</strong>s estratégias de conservação,<br />

a efetivi<strong>da</strong>de e viabili<strong>da</strong>de destas ações dependem intrinsecamente de <strong>da</strong>dos sócio-econômicos,<br />

a serem incluídos em análises posteriores.<br />

Ressalta-se, ain<strong>da</strong>, que o ambiente marinho não foi contemplado nas análises, apesar de ser<br />

este um ambiente altamente diversificado e com grande potencial <strong>para</strong> descrição de novas espécies.<br />

A reali<strong>da</strong>de dos estudos nos ecossistemas marinhos é bastante diferente <strong>da</strong> dos terrestres,<br />

havendo um número muito menor de grupos de pesquisa e pesquisadores envolvidos. Além disso,<br />

técnicas usa<strong>da</strong>s <strong>para</strong> estudos em larga escala no ambiente terrestre, como o mapeamento por satélites,<br />

não se aplicam no ambiente marinho submerso, impossibilitando a aplicação direta de parte<br />

<strong>da</strong> metodologia descrita neste capítulo. Novos métodos ou procedimentos devem ser desenvolvidos<br />

futuramente <strong>para</strong> incorporar a análise do ambiente marinho em estratégias de conservação no<br />

Estado de São Paulo.<br />

Apesar <strong>da</strong>s limitações do banco de <strong>da</strong>dos biológicos ou <strong>da</strong> limitação no uso de <strong>da</strong>dos complementares,<br />

os procedimentos metodológicos e as estratégias aqui apresentados devem ser úteis a outros<br />

programas de conservação do Brasil.<br />

Agradecimentos<br />

Os autores agradecem ao Flavio Augusto de Souza Berchez (IB-USP) pelo envio preliminar do parágrafo<br />

referente ao ambiente marinho. Agradecem também a Lilian Fernades Machado (Unesp-Ilha Solteira),<br />

Daniela Marques Castro (LEPaC) e Elizabeth Gorgone Barbosa (LEPaC) pela paciência e companheirismo<br />

nas infinitas horas de revisão.<br />

Literatura Cita<strong>da</strong><br />

ArcGIS 9 © Copyright © 1999-2006 ESRI All Rights Reserved www.esri.com.<br />

68


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Procedimentos<br />

metodológicos<br />

Bencke, G.A., G.N. Maurício, Develey, P.F. & Goerck, J.M. 2006. Áreas importantes <strong>para</strong> Conservação <strong>da</strong>s Aves no Brasil. Parte<br />

I – Estados do Domínio <strong>da</strong> Mata Atlântica. São Paulo: SAVE Brasil. 494 p.<br />

Fun<strong>da</strong>ção Biodiversitas/CI-Brasil. Banco de <strong>da</strong>dos de registros de ocorrência de espécies ameaça<strong>da</strong>s. Livro Vermelho <strong>da</strong>s<br />

Espécies <strong>da</strong> Fauna Brasileira Ameaça<strong>da</strong> de Extinção. No prelo.<br />

Kronka, F.J.N., Nalon, M.A., Matsukuma, C.K., Kanashiro, M.M., Ywane, M.S.S., Pavão, M., Lima, L.M.P.R., Guillaumon,<br />

J.R., Baitello, J.B. & Barra<strong>da</strong>s, A.M.F. 2005. Inventário Florestal <strong>da</strong> Vegetação Natural do Estado de São Paulo.<br />

Imprensa Oficial, São Paulo.<br />

Marino, L.; Goulardins, E.; Coutinho, D. M. Ranking de 109 Fragmentos de Ecossistemas do Estado de São Paulo. In<br />

Projeto Áreas Especialmente Protegi<strong>da</strong>s no Estado de São Paulo: Levantamento e Definição de Parâmetros <strong>para</strong><br />

Administração e Manejo – Fase – II. São Paulo: Fun<strong>da</strong>ção <strong>para</strong> a Conservação e a Produção Florestal do Estado de<br />

São Paulo, 2004. Relatório Científico final do Programa de Políticas Públicas Processo FAPESP nº. 1998/13.969.<br />

São Paulo 1998. Fauna ameaça<strong>da</strong> no Estado de São Paulo. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Série Documentos<br />

Ambientais.<br />

Willis, E.O., Y. Oniki .2003. Aves do Estado de São Paulo. Editora Divisa, Rio Claro, SP<br />

IBAMA 2003. Lista nacional <strong>da</strong>s espécies <strong>da</strong> fauna brasileira ameaça<strong>da</strong>s de extinção. Disponível em: http://www.mma.<br />

gov.br/port/sbf/fauna/index.cfm.<br />

IUCN, 2006. Red List of Threatened Species. Disponível em: http://www.iucn.org/themes/ssc/redlist2006/redlist2006.<br />

htm. (último acesso em: 12/10/2007).<br />

69


c a p í t u l o<br />

6<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos


CAPÍTULO 6<br />

Maria Cecília Martins Kierulff<br />

Beatriz de Mello Beisiegel<br />

Ana Paula Carmignotto<br />

Daniela Milanelo Coutinho<br />

Gior<strong>da</strong>no Ciocheti<br />

Eduardo Humberto Ditt<br />

Rafael Ruas Martins<br />

Fernando Lima<br />

Alexandre T. Amaral Nascimento<br />

Camila Nali<br />

Leandro Reverberi Tambosi<br />

Eleonore Zulnara Freire Setz<br />

Maurício Talebi Gomes<br />

Ronaldo Gonçalvez Morato<br />

Carlos C. Alberts<br />

Juliana Vendrami<br />

Sandra Freitas<br />

Denise de Alemar Gaspar<br />

Márcio Port-Carvalho<br />

Adriano Paglia<br />

c a p í t u l o<br />

Mamíferos<br />

6.1<br />

72


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

O<br />

Estado de São Paulo possui remanescentes de Mata Atlântica (floresta ombrófila densa, floresta<br />

ombrófila mista e florestas estacionais) e de Cerrado (cerrado sensu stricto, cerradão, campos e<br />

vere<strong>da</strong>s), dois ecossistemas incluídos na lista dos hotspots mundiais de biodiversi<strong>da</strong>de (áreas excepcionalmente<br />

ricas em diversi<strong>da</strong>de de espécies e endemismos, mas seriamente ameaça<strong>da</strong>s – já perderam<br />

mais de 75% de sua cobertura original; MYERS et al., 2000).<br />

Calcula-se que existam aproxima<strong>da</strong>mente 5.000 espécies de mamíferos no mundo (NOWAK, 1999).<br />

São conheci<strong>da</strong>s <strong>para</strong> o Brasil 654 espécies de mamíferos (REIS et al., 2006) e estima-se que ocorram em<br />

São Paulo pelo menos 187 espécies de mamíferos terrestres (de VIVO, 1996). De modo geral, as maiores<br />

ameaças <strong>para</strong> a conservação dos mamíferos são o desmatamento e a caça. As conseqüências diretas do<br />

desmatamento são: per<strong>da</strong> de habitat e fragmentação com isolamento de remanescentes ― processos que<br />

afetam distintamente a sobrevivência <strong>da</strong>s espécies. A per<strong>da</strong> de habitat causa diminuição <strong>da</strong>s populações<br />

e desaparecimentos locais de espécies. A fragmentação pode acarretar a eliminação de recursos que<br />

ocorriam fora <strong>da</strong> área isola<strong>da</strong>, causando a extinção de espécies que dependiam desses recursos, além do<br />

isolamento, que impede a migração de indivíduos entre áreas (KIERULFF et al., 2007).<br />

Com exceção <strong>da</strong> Serra do Mar, que ain<strong>da</strong> possui uma grande área contínua de Mata Atlântica, o<br />

que restou de vegetação nativa no Estado de São Paulo está fragmentado e os remanescentes são pequenos<br />

e isolados. Os mamíferos são um dos grupos mais afetados pela fragmentação em função de<br />

sua necessi<strong>da</strong>de de grandes áreas de vi<strong>da</strong> e seu uso restrito de zonas agrícolas ou urbanas. Além disso,<br />

várias espécies de mamíferos ain<strong>da</strong> sofrem com a caça pre<strong>da</strong>tória em São Paulo.<br />

A escolha de áreas e a indicação de ações prioritárias <strong>para</strong> a conservação de mamíferos no<br />

Estado de São Paulo basearam-se na ocorrência de espécies ameaça<strong>da</strong>s de extinção (MACHADO et<br />

al., 2005; IUCN, 2007) e na experiência de mastozoólogos em ativi<strong>da</strong>de no estado, reunidos durante<br />

o workshop de novembro de 2006. A lista <strong>da</strong> fauna ameaça<strong>da</strong> do Estado de São Paulo (SÃO PAULO,<br />

1998) não foi muito utiliza<strong>da</strong> por estar desatualiza<strong>da</strong>, o que poderia comprometer os resultados.<br />

Como política pública prioritária <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong> fauna de São Paulo, a lista estadual <strong>da</strong> fauna<br />

ameaça<strong>da</strong> de extinção precisa ser atualiza<strong>da</strong>.<br />

Para a conservação de grandes mamíferos terrestres, como a onça-pinta<strong>da</strong> (Panthera onca), a anta<br />

(Tapirus terrestris) e o queixa<strong>da</strong> (Tayassu pecari), são necessárias grandes extensões de habitats preservados<br />

que abriguem populações viáveis, ou seja, capazes de sobreviverem por um longo prazo. As<br />

estratégias propostas <strong>para</strong> a conservação dos mamíferos de São Paulo incluíram, portanto, a ampliação<br />

e a conexão <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação já existentes e a indicação dos fragmentos maiores e mais<br />

bem preservados como prioritários <strong>para</strong> a criação de novas uni<strong>da</strong>des de proteção integral. Fragmentos<br />

pequenos, mas próximos uns dos outros (com possibili<strong>da</strong>de de conexão), também foram indicados <strong>para</strong><br />

serem preservados. Foram ain<strong>da</strong> escolhi<strong>da</strong>s áreas ain<strong>da</strong> não protegi<strong>da</strong>s de vegetação nativa, localiza<strong>da</strong>s<br />

na bor<strong>da</strong> de áreas protegi<strong>da</strong>s ou com potencial <strong>para</strong> interligar Uni<strong>da</strong>des de Conservação, assim como<br />

tipos de habitats de especial interesse e elementos singulares <strong>da</strong> paisagem que estejam seriamente<br />

ameaçados como, por exemplo, as várzeas.<br />

73


CAPÍTULO 6<br />

Em relação à fauna, São Paulo é o estado com o maior número de espécies ameaça<strong>da</strong>s no Brasil:<br />

214, ou 11% do total (MACHADO et al., 2005). Destas, 23 são mamíferos (cerca de 10%), dos quais<br />

20 ocorrem na Mata Atlântica. O morcego Lasiurus ebenus e o roedor Phyllomys thomasi, por exemplo,<br />

ocorrem apenas na Mata Atlântica do Estado de São Paulo e estão ameaçados de extinção devido à<br />

destruição de seus habitats. Assim, to<strong>da</strong> a Mata Atlântica foi considera<strong>da</strong> prioritária <strong>para</strong> a conservação<br />

devido à ocorrência de um grande número de espécies endêmicas e ameaça<strong>da</strong>s.<br />

Na região <strong>da</strong>s Serras do Mar e <strong>da</strong> Mantiqueira, a vegetação não protegi<strong>da</strong> entre as Uni<strong>da</strong>des<br />

de Conservação já existentes precisa ser preserva<strong>da</strong> <strong>para</strong> permitir que estas áreas continuem conecta<strong>da</strong>s.<br />

Onde não existe vegetação, corredores devem ser implantados <strong>para</strong> interligar os fragmentos,<br />

aumentando a área disponível <strong>para</strong> as comuni<strong>da</strong>des de mamíferos e permitindo o fluxo <strong>da</strong> fauna.<br />

Essa região possui a maior área contínua de to<strong>da</strong> a Mata Atlântica brasileira e deve ser protegi<strong>da</strong> a<br />

qualquer custo. Os pesquisadores presentes no workshop <strong>para</strong> definição <strong>da</strong>s diretrizes prioritárias<br />

<strong>para</strong> a conservação de mamíferos no Estado de São Paulo enfatizaram que o mico-leão-<strong>da</strong>-cara-preta<br />

(Leontopithecus caissara), espécie criticamente ameaça<strong>da</strong> de extinção, apenas pode ser encontrado<br />

em uma pequena região de Mata Atlântica do sul do estado, na divisa com o Estado do Paraná; que<br />

a maior população do muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), incluído na categoria “em perigo”,<br />

está na Mata Atlântica de São Paulo; e que o sagüi-<strong>da</strong>-serra-escuro (Callithrix aurita), considerado<br />

“vulnerável”, também tem suas maiores populações no estado, assim como o veado-bororó-do-sul<br />

(Mazama nana), classificado como “vulnerável”.<br />

No entanto, <strong>para</strong> a proteção destas espécies não basta criar Uni<strong>da</strong>des de Conservação “no papel”,<br />

ou seja, sem sua implementação efetiva e fiscalização contra o desmatamento e a caça. O Parque Estadual<br />

de Jacupiranga e as florestas de seu entorno são exemplos de áreas que precisam ser efetivamente<br />

protegi<strong>da</strong>s <strong>para</strong> garantir a proteção <strong>da</strong>s populações de mamíferos ameaçados pelo desmatamento e<br />

pela caça pre<strong>da</strong>tória.<br />

Em quase todos os fragmentos <strong>da</strong>s porções norte e nordeste de São Paulo, foram identifica<strong>da</strong>s<br />

espécies ameaça<strong>da</strong>s de extinção. Os fragmentos de vegetação nativa podem também ser preservados<br />

por meio <strong>da</strong> averbação <strong>da</strong>s Reservas Legais nas proprie<strong>da</strong>des rurais, além <strong>da</strong> reconexão através<br />

<strong>da</strong> recuperação <strong>da</strong>s Áreas de Preservação Permanente (APPs) e implementação de corredores<br />

ecológicos. Ou seja, os mecanismos <strong>para</strong> conservação e/ou restauração eficiente <strong>da</strong>s conexões já<br />

existem em leis federais e estaduais.<br />

Os maiores fragmentos localizados no entorno do Parque Estadual do Morro do Diabo (PEMD),<br />

que ain<strong>da</strong> não estão protegidos, precisam ser preservados e conectados. O PEMD apresenta o maior<br />

trecho de Floresta Estacional semidecidual do Estado de São Paulo e possui a maior população de micoleão-preto<br />

(Leontopithecus chrysopygus), espécie endêmica do estado e considera<strong>da</strong> “criticamente em<br />

perigo”, principalmente devido à destruição de seu habitat.<br />

A Floresta Nacional de Ipanema deve ser inseri<strong>da</strong> em uma Uni<strong>da</strong>de de Conservação de Proteção Integral,<br />

pois protege algumas espécies ameaça<strong>da</strong>s, como a onça-par<strong>da</strong> (Puma concolor) e a jaguatirica (Leopardus<br />

74


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

par<strong>da</strong>lis) (NAKANO-OLIVEIRA, 2002), e é a locali<strong>da</strong>de-tipo do mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus).<br />

Da mesma maneira, os remanescentes florestais <strong>da</strong> Serra do Japi, localiza<strong>da</strong> em uma região que sofre intensa<br />

pressão de urbanização no eixo São Paulo–Jundiaí–Campinas, também precisam ser incluídos em Uni<strong>da</strong>des<br />

de Conservação de Proteção Integral. Os Parques Estaduais do Aguapeí e do Rio do Peixe devem ser expandidos,<br />

e outras áreas de várzea necessitam ser protegi<strong>da</strong>s devido à sua importância <strong>para</strong> a conservação de<br />

espécies que ocorrem nesse tipo de ambiente, como o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus).<br />

Segundo o Inventário Florestal do Estado de São Paulo de 2005 (SÃO PAULO, 2005), o estado<br />

possui 210.074 ha de diferentes fisionomias de Cerrado, incluindo os campos. No entanto, seus remanescentes<br />

estão bastante fragmentados: existem cerca de 7.500 fragmentos de Cerrado, dos quais<br />

71% têm menos de 20 hectares (SÃO PAULO, 2005). Os últimos fragmentos de Cerrado de tamanho<br />

significativo deveriam ser permanentemente protegidos, as Reservas Legais deveriam ser averba<strong>da</strong>s<br />

e protegi<strong>da</strong>s, e a cobertura vegetal <strong>da</strong>s Áreas de Proteção Permanente (APP) deveria ser manti<strong>da</strong> e/<br />

ou restaura<strong>da</strong>. Mamíferos que usam grandes áreas, como o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), o<br />

cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus), o gato-palheiro (Oncifelis colocolo) e o tamanduábandeira<br />

(Myrmecophaga tri<strong>da</strong>ctyla), que praticamente desapareceram em São Paulo, estão seriamente<br />

ameaçados e precisam de áreas protegi<strong>da</strong>s <strong>para</strong> sobreviverem.<br />

Hoje, uma parte expressiva do estado está coberta com plantações de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum)<br />

e eucalipto (Eucalyptus sp.), ou pastagens <strong>para</strong> a pecuária. Infelizmente, o cultivo dessas monoculturas<br />

tem sido responsável pelo desmatamento e a quase total extinção <strong>da</strong> vegetação nativa, principalmente<br />

no oeste do estado. O cumprimento <strong>da</strong> legislação ambiental poderia contribuir <strong>para</strong> amenizar o impacto <strong>da</strong><br />

agricultura, com a recuperação <strong>da</strong>s APPs e a averbação <strong>da</strong>s Reservas Legais. Além disso, a fiscalização deveria<br />

ser aumenta<strong>da</strong> <strong>para</strong> garantir a aplicação <strong>da</strong>s leis ambientais. Nas áreas de pastagens, além <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s<br />

cita<strong>da</strong>s, os pecuaristas poderiam manter 25% <strong>da</strong> cobertura de árvores, o que, de acordo com Hoogesteijn &<br />

Lemos-Monteiro (2005), não afetaria a produção. A regeneração e manutenção do sub-bosque nas plantações<br />

de eucalipto devem ser estimula<strong>da</strong>s <strong>para</strong> facilitar o trânsito <strong>da</strong> fauna entre os fragmentos de mata. Atualmente,<br />

a legislação considera esse sub-bosque como floresta nativa e, como tal, proíbe seu corte, impedindo<br />

sua manutenção e obrigando os agricultores a limparem periodicamente a vegetação em regeneração. Além<br />

disso, os proprietários de terras devem ser incentivados a protegerem suas áreas de vegetação nativa através<br />

<strong>da</strong> criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).<br />

Existem várias regiões extremamente carentes de inventários mastofaunísticos no Estado de São<br />

Paulo, e são muitas as lacunas de informação. Para a região oeste, que mais sofre com a expansão <strong>da</strong><br />

agricultura, principalmente <strong>da</strong> cana-de-açúcar, praticamente inexistem registros recentes de mamíferos.<br />

Além de um maior conhecimento sobre a fauna local, uma amostragem sistemática de to<strong>da</strong>s as<br />

regiões do estado, abrangendo os diferentes grupos de mamíferos, contribuiria <strong>para</strong> um conhecimento<br />

mais equilibrado <strong>da</strong> fauna de São Paulo, pois atualmente existem apenas inventários concentrados em<br />

poucas regiões. Para preservar uma área é importante conhecer as espécies que nela ocorrem, de modo<br />

que é importante que mais inventários sejam incentivados e realizados.<br />

75


CAPÍTULO 6<br />

Agradecimentos<br />

Gostaríamos de agradecer a colaboração de Luciano Ver<strong>da</strong>de e Mário de Vivo durante os workshops;<br />

Michel Miretzki pela correção <strong>da</strong> lista de espécies e Renato S. Bérnils pela aju<strong>da</strong> durante a pre<strong>para</strong>ção<br />

do manuscrito.<br />

Literatura cita<strong>da</strong><br />

de Vivo, M. 1996. Estudo <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de de espécies de mamíferos no Estado de São Paulo. http://www.biota.org.br/info/<br />

historico/workshop/revisoes/mamiferos.pdf Acesso: 28/10/2007.<br />

Hoogesteijn, A. & Lemos-Monteiro, J. 2005. Cost-benefit analysis of ecological (disk plowing) tilling vs. the traditional<br />

method for creation of new pasture-land in the tropics. p.97. In: XIX Annual Meeting of the Society for Conservation<br />

Biology Book of Abstracts. Brasília, DF, Brazil (15-19 July 2005). Society for Conservation Biology. Arlington,<br />

VA, USA. 246p.<br />

Kierulff, M.C.M; Procópio-de-Oliveira, P.; Martins, C.S.; Valla<strong>da</strong>res-Pádua, C.B.; Porfírio, S. Oliveira, M.M.; Rylands, A.B. &<br />

Bezerra, A.R.G.F. 2007. Manejo <strong>para</strong> a conservação de primatas brasileiros. in: A Primatologia no Brasil – Volume X.<br />

Ed. Bicca-Marques, J.C. Porto Alegre, RS. Pp 71-100.<br />

Machado, A.B.M., Martins, C.S. & Drummond, G.M. (eds) 2005. Lista <strong>da</strong> fauna brasileira ameaça<strong>da</strong> de extinção:<br />

incluindo as espécies quase ameaça<strong>da</strong>s e deficientes em <strong>da</strong>dos – Belo Horizonte: Fun<strong>da</strong>ção Biodiversitas.<br />

160p.<br />

Myers, N; Mittermeier, R.A.; Mittermeier, C.G.; Fonseca, G.A.B. & Kent, J. 2000. Biodiversity hotspots for conservation<br />

priorities. Nature 403: 853-845.<br />

Nakano-Oliveira, E. C. 2002. Ecologia alimentar e área de vi<strong>da</strong> de carnívoros <strong>da</strong> Floresta Nacional de Ipanema, Iperó, SP<br />

(Carnivora: Mammalia). Dissertação de Mestrado, Campinas, Universi<strong>da</strong>de Estadual de Campinas.<br />

Nowak, R.M.(1999) Walker´s Mammals of the World, Sixth Edition. Volume 1. The Johns Hopkins University Press. XX<br />

+ 836p.<br />

Reis, N. R., Peracchi, A. L., Pedro, W. A. & Lima, I. P. 2006 (eds). Mamíferos do Brasil. Londrina, PR.<br />

São Paulo. 1998. Fauna Ameaça<strong>da</strong> no Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente/Instituto Florestal, São Paulo.<br />

59p.<br />

São Paulo. 2005. Inventário florestal <strong>da</strong> vegetação natural do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente.<br />

200p.<br />

IUCN, 2007. IUCN Red List of Threatened Species. Página na internet. http://www.iucnredlist.org. Acesso: 28/10/2007.<br />

76


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Wesley Rodrigues Silva<br />

Luís Fábio Silveira<br />

Alexandre Uezu<br />

Alexsander Zamorano Antunes<br />

Angélica Midori Sugie<strong>da</strong><br />

Érica Hasui<br />

Luís Fernando Figueiredo<br />

Pedro Ferreira Develey<br />

c a p í t u l o<br />

Aves<br />

6.2<br />

77


CAPÍTULO 6<br />

As aves formam o grupo mais numeroso de vertebrados terrestres, contando com aproxima<strong>da</strong>mente<br />

9.500 <strong>da</strong>s quase 55.000 espécies descritas de vertebrados viventes. Este número,<br />

entretanto, está claramente subestimado em função <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong> categoria subespecífica, que<br />

acaba por não revelar adequa<strong>da</strong>mente a real diversi<strong>da</strong>de do grupo (SILVEIRA; OLMOS, 2007). As<br />

aves apresentam características que chamam a atenção, como o colorido <strong>da</strong> plumagem, a vocalização<br />

e uma série de comportamentos que, aliados ao seu hábito predominantemente diurno,<br />

fazem com que este seja também o grupo de vertebrados mais bem estu<strong>da</strong>do, popular e conhecido.<br />

Distribuem-se por todo o planeta e apresentam maior riqueza específica nas regiões tropicais,<br />

especialmente na região Neotropical e na América do Sul, apropria<strong>da</strong>mente conheci<strong>da</strong> como o<br />

continente <strong>da</strong>s Aves. Um total de 1.801 espécies de aves já foi registrado no Brasil, incluindo aí<br />

espécies migratórias e vagantes, enquanto que 792 já foram anota<strong>da</strong>s <strong>para</strong> o Estado de São Paulo,<br />

o que corresponde a aproxima<strong>da</strong>mente 44% do total <strong>da</strong> avifauna brasileira. De fato, o presente<br />

workshop, após as devi<strong>da</strong>s revisões e correções, incrementou em mais de 50 espécies o total indicado<br />

em 1998 no diagnóstico <strong>da</strong> série “Biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do<br />

conhecimento ao final do século XX” (SILVA, 1998).<br />

Tamanha riqueza, contudo, vem sendo continuamente ameaça<strong>da</strong>. No Brasil, 160 táxons são<br />

considerados como ameaçados de extinção (IBAMA, 2003), enquanto que em São Paulo 128 estão<br />

listados nesta mesma categoria (SÃO PAULO, 1998). A principal ameaça, no estado, é a degra<strong>da</strong>ção<br />

ambiental generaliza<strong>da</strong> que prevalece em seu território desde o início do século XX (VICTOR, 1979).<br />

São Paulo possuía cerca de 80% <strong>da</strong> sua área coberta por florestas, atualmente reduzi<strong>da</strong> à cerca de 7%<br />

(SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, 2005). A expansão <strong>da</strong> fronteira agrícola, nota<strong>da</strong>mente a canavieira,<br />

bem como a pressão imobiliária, têm sido os principais fatores de degra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s formações<br />

florestais do estado nas últimas déca<strong>da</strong>s. Considerando que as pressões antrópicas podem ser ain<strong>da</strong><br />

maiores sobre as formações não-florestais, como os cerrados e os campos, justifica-se plenamente a<br />

preocupação pela conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de paulista, <strong>da</strong> qual as aves constituem parcela significativa<br />

com alto valor biológico.<br />

De fato, muitas espécies de aves participam de processos interativos com a vegetação, tais<br />

como a polinização e a dispersão de sementes, que são fun<strong>da</strong>mentais não só <strong>para</strong> manutenção<br />

como também <strong>para</strong> a restauração e recuperação <strong>da</strong> vegetação (SILVA, 2003). Além disso, certas<br />

espécies de aves com requisitos biológicos mais diferenciados podem ser utiliza<strong>da</strong>s como indicadores<br />

ecológicos e assim fornecer informações importantes sobre as condições do ambiente e de<br />

como manejá-lo (STRAHL; GRAJAL, 1991). Em São Paulo, recentemente as aves têm sido estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

como um grupo que responde de modo mais sensível aos processos que alteram a estrutura <strong>da</strong><br />

vegetação (UEZU et al., 2005).<br />

O Estado de São Paulo pode ser considerado como razoavelmente bem amostrado com relação<br />

à sua diversi<strong>da</strong>de de aves, com inventários na maior parte de seus municípios. Embora haja grande<br />

variação temporal, espacial e de quali<strong>da</strong>de destes inventários, o volume de <strong>da</strong>dos acumulado permi-<br />

78


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

tiu estabelecer uma base de <strong>da</strong>dos bastante confiável <strong>para</strong> as nossas análises e recomen<strong>da</strong>ções. As<br />

bases primárias de informação foram o banco de <strong>da</strong>dos do SinBiota (Sistema de Informação Ambiental<br />

do Programa BIOTA/FAPESP), complementado com a lista de Willis & Oniki (2003) e com a experiência<br />

de campo dos membros do grupo. Como fonte nomenclatural e de ocorrência confirma<strong>da</strong><br />

<strong>para</strong> o estado foi utiliza<strong>da</strong> a lista organiza<strong>da</strong> pelo Centro de Estudos Ornitológicos (CEO, http://www.<br />

ib.usp.br/ceo) que, por sua vez, segue as recomen<strong>da</strong>ções do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos<br />

(CBRO, http://www.cbro.org.br/).<br />

Numa primeira etapa a lista <strong>da</strong>s espécies disponibiliza<strong>da</strong> <strong>para</strong> o trabalho foi exaustivamente verifica<strong>da</strong><br />

em busca de erros e inconsistências. Após a depuração, obteve-se a lista final de 792 espécies<br />

de aves, distribuí<strong>da</strong>s em 84 famílias e 25 ordens. Deste total, 737 são de ocorrência continental, grupo<br />

que constituiu o foco do trabalho por depender mais diretamente <strong>da</strong>s formações vegetais do estado. As<br />

espécies ameaça<strong>da</strong>s de extinção (SÃO PAULO, 1998; IBAMA, 2003), com registros únicos, com pouca<br />

capaci<strong>da</strong>de de deslocamento, sensíveis a alterações ambientais e com um grau importante de endemismo<br />

foram então considera<strong>da</strong>s espécies-alvo, perfazendo 105 espécies (14,24%).<br />

Em um segundo momento, e <strong>para</strong> viabilizar as diretrizes de conservação <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de de aves<br />

no estado em consonância com os demais grupos biológicos, tomou-se como uni<strong>da</strong>de geográfica de<br />

referência a UGRHI (Uni<strong>da</strong>de de Gerenciamento de Recursos Hídricos), cuja abrangência são as bacias<br />

hidrográficas do estado. Para ca<strong>da</strong> UGHRI, e tomando como critério principal a presença dessas<br />

espécies-alvo, foram defini<strong>da</strong>s as principais ações considera<strong>da</strong>s estratégicas <strong>para</strong> conservação <strong>da</strong>s aves,<br />

tais como criação e/ou ampliação de Uni<strong>da</strong>des de Conservação (UC), incremento <strong>da</strong> conectivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />

UCs existentes, instalação de corredores ecológicos, averbação de Reserva Legal, criação de Reservas<br />

Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), proteção e recuperação de Áreas de Preservação Permanente<br />

(APP) e matas ciliares, recuperação e manejo de fragmentos, bem como ações específicas de restauração<br />

onde necessário. Ain<strong>da</strong> <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> UGHRI foram indicados os graus de ameaça (baixo, médio e<br />

alto) à diversi<strong>da</strong>de de aves e particularmente às espécies-alvo.<br />

O mapa-síntese de ações prioritárias <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong> avifauna, no conjunto <strong>da</strong>s 22 UGHRIs<br />

do estado, indica que as regiões que abrigam as maiores extensões contínuas de remanescentes de<br />

vegetação natural (Serras do Mar e Paranapiacaba) são também as que possuem a maior riqueza e diversi<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> avifauna, atualmente, graças à existência de várias UCs de proteção integral. Nesta região,<br />

os esforços de conservação recomen<strong>da</strong>dos consistem principalmente na implementação <strong>da</strong>s UCs existentes,<br />

principalmente quanto à ampliação de área, conectivi<strong>da</strong>de e fiscalização efetivas. Estes grandes<br />

maciços florestais abrigam as maiores populações conheci<strong>da</strong>s no mundo de vários táxons ameaçados<br />

de extinção, como a jacutinga (Aburria jacutinga) e o macuco (Tinamus solitarius).<br />

As duas únicas espécies destaca<strong>da</strong>s no grupo temático que estão em estado crítico de conservação<br />

e que possuem distribuição geográfica restrita no estado foram a sau<strong>da</strong>de (Tijuca atra), endêmica<br />

<strong>da</strong>s montanhas do sudeste do Brasil e que em São Paulo ocorre nas florestas altimontanas <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong><br />

Bocaina e <strong>da</strong> Mantiqueira, e a garrincha-chorona (Oreophylax moreirae), com registros nos campos<br />

79


CAPÍTULO 6<br />

de altitude <strong>da</strong> Mantiqueira na região de Piquete e Queluz. Embora a região <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong> Mantiqueira<br />

esteja sujeita a pressões antrópicas relativamente baixas, se com<strong>para</strong><strong>da</strong> ao restante do estado, a conexão<br />

<strong>da</strong>s UCs regionais e o estabelecimento de RPPNs e Reservas Legais podem beneficiar a proteção<br />

dessas espécies-alvo e <strong>da</strong> avifauna como um todo naquela região.<br />

Em to<strong>da</strong>s as demais regiões do estado, devido à drástica redução <strong>da</strong> vegetação natural, a conservação<br />

<strong>da</strong> avifauna pode ser considera<strong>da</strong> preocupante. Desde a Depressão Periférica Paulista,<br />

passando pelas Cuestas Basálticas em direção ao Planalto Ocidental, os poucos remanescentes de<br />

vegetação natural abrigam comuni<strong>da</strong>des de aves com composição e estrutura certamente afeta<strong>da</strong>s<br />

pelos processos de supressão e fragmentação de habitat. Para as UGHRIs que compõem a maior parte<br />

do interior do estado, ações que envolvem a restauração florestal e a criação de RPPNs e Reservas<br />

Legais foram as mais indica<strong>da</strong>s, além <strong>da</strong> criação de corredores ecológicos unindo fragmentos ain<strong>da</strong><br />

capazes de suportar uma avifauna diversifica<strong>da</strong> e, principalmente, a manutenção <strong>da</strong>s populações<br />

de muitas <strong>da</strong>s espécies-alvo. Algumas <strong>da</strong>s principais ameaças atuais à avifauna do estado aponta<strong>da</strong>s<br />

pelo grupo temático foram: os desmatamentos, ain<strong>da</strong> que em pequena escala, a expansão canavieira,<br />

a expansão <strong>da</strong>s malhas urbanas e a especulação imobiliária, a expansão <strong>da</strong>s áreas refloresta<strong>da</strong>s com<br />

pinus e eucalipto, o isolamento degenerativo dos fragmentos florestais remanescentes, o risco de<br />

incêndios, a ação devastadora do gado sobre os fragmentos em que não é impedido de entrar, além<br />

de obras de infra-estrutura, tais como rodovias, gasodutos e linhas de transmissão de energia elétrica,<br />

que geram fragmentação interna mesmo em UCs.<br />

De modo geral, to<strong>da</strong>s as regiões do estado têm sua avifauna razoavelmente bem conheci<strong>da</strong>, embora<br />

existam algumas lacunas importantes, dispensando a necessi<strong>da</strong>de de novos inventários, o que não<br />

elimina, contudo, a necessi<strong>da</strong>de de estudos que monitorem a avifauna nas regiões que apresentem condições<br />

críticas <strong>para</strong> a sua conservação, particularmente com relação às espécies-alvo e ameaça<strong>da</strong>s. É<br />

necessária também uma maior compreensão dos benefícios <strong>para</strong> essas espécies dos manejos <strong>da</strong> paisagem<br />

propostos, tais como, a implantação de corredores, manejo <strong>da</strong> matriz e a restauração de habitats.<br />

É importante estender as estratégias de conservação também às formações nativas não-florestais, como<br />

os cerrados, campos limpos, campos de altitude, banhados e brejos, uma vez que muitas espécies de<br />

aves dependem desses ambientes <strong>para</strong> sua permanência no estado.<br />

Agradecimentos<br />

Aos participantes <strong>da</strong>s diversas reuniões pre<strong>para</strong>tórias, que contribuíram com <strong>da</strong>dos e informações inéditas<br />

sobre as espécies-alvo e áreas importantes <strong>para</strong> a conservação: Claudia Terdiman Schaalmann<br />

(DEPRN), Fábio Olmos, Maria Cecília Barbosa de Toledo (UNITAU). Aos nossos “SIGueiros”, Marina<br />

Mitsue Kanashiro e Mônica Pavão (IF), Rafael Sposito (CI-Brasil/Birdlife). A Christiane Holvorcem, pela<br />

coordenação e apoio. Luís Fábio Silveira recebe bolsa de produtivi<strong>da</strong>de em pesquisa do CNPq e é “Associate<br />

Researcher” <strong>da</strong> World Pheasant Association.<br />

80


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Literatura Cita<strong>da</strong><br />

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 2003. Lista Nacional <strong>da</strong>s Espécies <strong>da</strong><br />

Fauna Brasileira Ameaça<strong>da</strong>s de Extinção. Disponível em: .<br />

São Paulo 1998. Fauna ameaça<strong>da</strong> no Estado de São Paulo. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Série Documentos<br />

Ambientais.<br />

Secretaria do Meio Ambiente 2005. Inventário florestal <strong>da</strong> vegetação natural do Estado de São Paulo. São Paulo, Secretaria<br />

do Meio Ambiente/Instituto Florestal, 200 p.<br />

Silva, W. R. 1998. Bases <strong>para</strong> o diagnóstico e o monitoramento <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de de aves no Estado de São Paulo. In Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

do Estado de São Paulo, Brasil: Síntese do conhecimento ao final do século XX, 6: vertebrados (R.M.C.<br />

Castro, ed.). WinnerGraph, São Paulo, p. 41-50.<br />

Silva, W. R. 2003. A importância <strong>da</strong>s interações planta-animal nos processos de restauração. In: Kageyama, P. Y.; Oliveira,<br />

R. E.; Moraes, L. F. D.; Engel, V. L. & Gan<strong>da</strong>ra, F. B. (Org.). Restauração ecológica de ecossistemas naturais. Botucatu.<br />

Fun<strong>da</strong>ção de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais, pp. 77-90.<br />

Silveira, L. F. & Olmos, F. 2007. Quantas espécies de aves existem no Brasil Conceitos de espécie, conservação e o que<br />

falta descobrir. Revista Brasileira de Ornitologia, 15 (2): 289-296.<br />

Strahl, S. D. & Grajal, A. 1991. Conservation of large avian frugivores and the management of Neotropical protected areas.<br />

Oryx 25: 50-55.<br />

Uezu, A.; Metzger, J. P. W. & Vielliard, J. M. 2005. The effect of structural and functional connectivity and patch size on the abun<strong>da</strong>nce<br />

of seven Atlantic forest bird species. Biological Conservation 123: 507-519.<br />

Victor, M. A. M. 1979. A devastação florestal. São Paulo, Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Silvicultura, 48 p.<br />

Willis, E.O. & Oniki, Y. 2003. Aves do Estado de São Paulo. Rio Claro: Divisa. 400p.<br />

81


CAPÍTULO 6<br />

Denise de C. Rossa-Feres<br />

Márcio Martins<br />

Otavio A. V. Marques<br />

Itamar Alves Martins<br />

Ricardo J. Sawaya<br />

Célio F.B. Had<strong>da</strong>d<br />

c a p í t u l o<br />

Herpetofauna<br />

6.3<br />

82


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Características biológicas dos anfíbios e répteis<br />

(incluindo as que os tornam vulneráveis)<br />

Anfíbios<br />

Os anfíbios exibem a maior diversi<strong>da</strong>de de modos reprodutivos e de história <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> do que qualquer<br />

outro grupo de vertebrados terrestres e ocorrem em diversos ambientes de água doce e terrestres,<br />

exceto algumas ilhas oceânicas e regiões próximas aos círculos polares (DUELLMAN; TRUEB, 1994;<br />

HADDAD; PRADO, 2005). Muitas espécies de anuros apresentam alta especifici<strong>da</strong>de de habitat, especialmente<br />

espécies de florestas úmi<strong>da</strong>s (e.g., Hylodes sazimai, Holoaden luederwaldti, Thoropa miliaris,<br />

Synapturanus miran<strong>da</strong>ribeiroi), baixa capaci<strong>da</strong>de de deslocamento e dependência <strong>da</strong> água ou de<br />

micro-habitats úmidos <strong>para</strong> reprodução (DUELLMAN; TRUEB, 1994; HADDAD; PRADO, 2005; LIMA<br />

et al., 2006). Além disso, são especialmente sensíveis a mu<strong>da</strong>nças ambientais por apresentarem ovos e<br />

larvas dependentes <strong>da</strong> água ou de ambientes muito úmidos, metamorfose, respiração cutânea e intensa<br />

troca de água com o ambiente (DUELLMAN; TRUEB, 1994; MARCO, 2003). Em decorrência dessas<br />

peculiari<strong>da</strong>des, os anfíbios são muito vulneráveis às variações ambientais, como a destruição, alteração<br />

e fragmentação dos seus habitats que causam enorme impacto nas populações chegando a eliminar<br />

populações locais (LIPS, 1999; BOSCH, 2003). Assim, podem ser considerados indicadores ecológicos<br />

de quali<strong>da</strong>de do ambiente (e.g., BLAUSTEIN; WAKE, 1995; BEEBEE, 1996; GUERRY; HUNTER, 2002;<br />

KRISHNAMURTHY, 2003).<br />

Répteis<br />

Tradicionalmente chamamos de répteis um grupo de animais que possui em comum a pele<br />

recoberta por escamas e dependem de fontes externas de calor <strong>para</strong> regular a temperatura corporal<br />

(POUGH et al., 2001; ZUG et al., 2001). Esse grupo inclui animais como lagartos, serpentes,<br />

anfisbenas, quelônios e jacarés, embora alguns deles sejam pouco aparentados entre si. Sabe-se<br />

hoje que os jacarés são mais aparentados às aves, e também aos extintos dinossauros, do que<br />

com os demais répteis. Os répteis vivem em diversos ambientes, exceto nas porções mais frias <strong>da</strong><br />

Terra, próximas aos círculos polares. Como os anfíbios, várias espécies apresentam alta especifici<strong>da</strong>de<br />

de habitat e em geral pouca capaci<strong>da</strong>de de deslocamento, embora algumas espécies de<br />

tartarugas marinhas possam migrar milhares de quilômetros. As ninha<strong>da</strong>s, especialmente as de<br />

lagartos e algumas serpentes, são de tamanho relativamente reduzido (GREENE, 1997; PIANKA;<br />

VITT, 2003; POUGH et al., 2001; ZUG et al., 2001). Portanto, os répteis são também especialmente<br />

sensíveis a mu<strong>da</strong>nças ambientais causa<strong>da</strong>s pelo homem (GREENE, 1997; GIBBONS et al.,<br />

2000; PIANKA; VITT, 2003). Assim como os anfíbios, os répteis também podem ser bons indicadores<br />

de quali<strong>da</strong>de ambiental (FARIA et al., 2007).<br />

83


CAPÍTULO 6<br />

Ameaças aos anfíbios e répteis<br />

Anfíbios<br />

Da<strong>da</strong>s às características biológicas dos anfíbios, não é surpreendente que estes animais estejam<br />

sofrendo declínios e extinções em escala mundial. Apesar <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong>de em distinguir declínios de<br />

flutuações populacionais naturais (PECHMAN et al., 1991), atualmente não há dúvi<strong>da</strong>s sobre o declínio<br />

global dos anfíbios (WAKE, 1991; BOSCH, 2003). O grande número de registros de declínios<br />

ao redor do planeta (e.g., CRUMP et al.,1992; POUNDS; CRUMP, 1994; BERTOLUCI; HEYER, 1995;<br />

LA MARCA; LÖTTERS, 1997; LIPS, 1999; YOUNG et al., 2001, RON et al., 2003), inclusive em locais<br />

onde a influência direta do homem é pequena ou inexistente (CAREY et al., 2001; GARDNER,<br />

2001), tem levado os especialistas a considerar os anfíbios como ver<strong>da</strong>deiros testemunhos <strong>da</strong> atual<br />

crise <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, considera<strong>da</strong> por alguns pesquisadores como o sexto evento de extinção em<br />

massa na história <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> na terra (CHAPIN et al., 2000). As possíveis causas desse declínio variam<br />

desde a destruição e alteração do habitat até a mu<strong>da</strong>nça climática, aumento <strong>da</strong> radiação ultravioleta,<br />

poluição industrial e por agrotóxicos, introdução de espécies exóticas e doenças emergentes, como<br />

novos vírus específicos de anfíbios e o fungo Batrachochytrium dendrobatidis (KIESECKER; BLAUS-<br />

TEIN, 1997; KNUTSON et al., 1999; CAREY, 2000; KIESECKER et al., 2001; Bosch, 2003; MARTINS;<br />

GOMES, 2007). O fungo B. dendrobatidis foi recentemente detectado no Brasil (TOLEDO et al.,<br />

2006), mas a principal ameaça aos anfíbios brasileiros é a destruição, degra<strong>da</strong>ção e fragmentação de<br />

habitat associado ao elevado grau de endemismo de parte <strong>da</strong>s espécies, especialmente as de Floresta<br />

Atlântica (HADDAD, 1998; Had<strong>da</strong>d, 2005).<br />

Répteis<br />

Como no caso dos anfíbios, diversas populações de répteis estão sofrendo declínio ao redor do<br />

mundo em decorrência <strong>da</strong>s diversas alterações ambientais causa<strong>da</strong>s pelo homem. Estudos recentes<br />

mostram que atualmente as principais ameaças aos répteis são a destruição, degra<strong>da</strong>ção e fragmentação<br />

de habitats, exploração direta (caça comercial e caça de subsistência), introdução de espécies<br />

exóticas, poluição e doenças (GIBBONS et al., 2000). Sem dúvi<strong>da</strong>, a principal causa de ameaça <strong>para</strong> os<br />

répteis brasileiros é a destruição, degra<strong>da</strong>ção e fragmentação de seus habitats (Martins, 2005). Esse é o<br />

caso de lagartos que ocorrem exclusivamente em algumas áreas de restinga no litoral (e.g., Liolaemus e<br />

Cnemidophorus; ROCHA, 1998), de tartarugas que ocorrem em rios ameaçados pela ativi<strong>da</strong>de humana<br />

(e.g., SOUZA; ABE, 1997) e de serpentes que ocorrem em ilhas onde continua havendo destruição de<br />

habitats (e.g., Bothrops alcatraz; MARQUES et al., 2002a). Para outras espécies, a principal causa de<br />

ameaça é a superexploração (e.g., tartarugas marinhas e espécies amazônicas) e biopirataria (e.g., B.<br />

insularis) (MARQUES et al., 2002b; SILVA et al., 2007). Há, ain<strong>da</strong>, espécies sobre as quais temos tão<br />

84


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

pouco conhecimento que não sabemos o que as torna ameaça<strong>da</strong>s. Por exemplo, foram encontrados<br />

até hoje apenas quatro indivíduos <strong>da</strong> serpente Corallus cropanii, que ocorre em uma área relativamente<br />

próxima a grandes centros urbanos e onde ain<strong>da</strong> são encontrados grandes fragmentos de floresta (GRA-<br />

ZIOTIN et al., 2004). Talvez esta espécie esteja se extinguindo naturalmente, embora nós humanos<br />

possamos estar acelerando esse processo.<br />

Diversi<strong>da</strong>de e conservação de anfíbios e répteis<br />

Anfíbios<br />

O Brasil abriga a maior diversi<strong>da</strong>de de anfíbios anuros do planeta, com 814 espécies conheci<strong>da</strong>s<br />

atualmente, <strong>da</strong>s quais 786 são anuros (SBH, 2007). Cerca de 250 espécies são conheci<strong>da</strong>s atualmente<br />

<strong>para</strong> o Estado de São Paulo, o que representa 31% <strong>da</strong> riqueza de espécies do país e um aumento de<br />

36% em relação ao número de espécies registra<strong>da</strong>s <strong>para</strong> o estado em 1998 (180 espécies; HADDAD,<br />

1998). Isso resulta tanto <strong>da</strong> realização de estudos em locali<strong>da</strong>des que ain<strong>da</strong> não haviam sido inventaria<strong>da</strong>s,<br />

como a Serra <strong>da</strong> Mantiqueira e Vale do Paraíba (I.A. MARTINS, com. pess.), alguns locais <strong>da</strong> Serra<br />

do Mar (L. GIASSON; C.F.B. HADDAD, com. pess.; HARTMANN, 2004); o extremo nordeste do estado<br />

(CYBELE DE O. ARAÚJO, com. pess.), áreas de Cerrado (BRASILEIRO et al., 2005) e ilhas oceânicas<br />

(C.A. BRASILEIRO; R.J. SAWAYA, com. pessoal; BRASILEIRO et al., 2007a, b, c), quanto do aumento<br />

no esforço de amostragem em áreas já estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, como o extremo noroeste paulista (VASCONCELOS;<br />

ROSSA-FERES, 2005; ROSSA-FERES; NOMURA, 2006; SANTOS et al., 2007), gerando novos registros<br />

de espécies já conheci<strong>da</strong>s em outros estados, bem como descobertas de novas espécies. No momento,<br />

cerca de dez espécies de anuros do Estado de São Paulo estão sendo descritas por especialistas.<br />

A anurofauna do Estado de São Paulo pode ser se<strong>para</strong><strong>da</strong> em dois conjuntos: espécies que ocorrem<br />

nas áreas mais próximas ao litoral, no domínio <strong>da</strong> Floresta Ombrófila (Serra do Mar, Serra <strong>da</strong><br />

Mantiqueira, Serra <strong>da</strong> Bocaina) onde o clima é mais úmido, e espécies de áreas com formação vegetal<br />

aberta, que ocorrem no Planalto Ocidental do interior do estado, onde o clima é caracterizado por uma<br />

estação seca bem marca<strong>da</strong> (Floresta Estacional e Cerrado). Algumas regiões no Estado de São Paulo<br />

têm localizações ecologicamente estratégicas e merecem ser destaca<strong>da</strong>s, como é o caso <strong>da</strong> região do<br />

Vale do Paraíba, uma interface entre a Serra do Mar e a Serra <strong>da</strong> Mantiqueira e a Cuesta, que atravessa<br />

a região central do estado, juntamente com a Depressão Periférica, região localiza<strong>da</strong> entre as escarpas<br />

do Planalto Atlântico e a Cuesta. Estas regiões podem ser considera<strong>da</strong>s áreas de ecótono. Assim, a conservação<br />

<strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de de anuros no Estado de São Paulo deve levar em conta as especifici<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s<br />

diferentes faunas que ocupam essas regiões.<br />

As espécies de anuros <strong>da</strong> Floresta Atlântica apresentam a maior diversi<strong>da</strong>de de modos reprodutivos<br />

do planeta, sendo que 27 dos 39 modos reprodutivos conhecidos são encontrados entre as espécies<br />

85


CAPÍTULO 6<br />

desse bioma (HADDAD; PRADO, 2005). Muitos modos reprodutivos são altamente especializados,<br />

com deposição de ovos em bromélias, em folhas pendentes sobre riachos, na serapilheira, em ninhos<br />

escavados no chão <strong>da</strong> floresta, em frestas de pedras submersas em riachos (HADDAD; PRADO, 2005).<br />

Essa grande diversi<strong>da</strong>de de modos reprodutivos é possibilita<strong>da</strong> pela grande diversi<strong>da</strong>de de habitats e<br />

micro-habitats dessa floresta, o que gerou espécies especialistas, fortemente associa<strong>da</strong>s a habitats e<br />

micro-habitats específicos. Assim, a fauna de anuros <strong>da</strong> Floresta Atlântica é caracteriza<strong>da</strong> por alto nível<br />

de endemismo de espécies e de grupos inteiros (e.g., gêneros Dendrophryniscus, Frostius, Holoaden,<br />

Hylomantis, Phrynomedusa, Crosso<strong>da</strong>ctylodes, Cycloramphus, Euparkerella, Megaelosia e Paratelmatobius)<br />

cuja ocorrência é restrita a essa formação (DUELLMAN 1999, FROST 2007). A conservação <strong>da</strong>s<br />

espécies de anuros desse bioma depende, portanto, <strong>da</strong> preservação <strong>da</strong> heterogenei<strong>da</strong>de de habitats e<br />

micro-habitats no que resta <strong>da</strong> Floresta Atlântica no estado, pois as áreas desmata<strong>da</strong>s tornam-se mais<br />

secas e sazonais, reduzindo o número de espécies ou eliminando aquelas que dependem dos microhabitats<br />

úmidos <strong>da</strong> floresta (HADDAD; PRADO, 2005). O desaparecimento de algumas espécies (e.g.,<br />

Colostethus olfersioides, Colostethus carioca, Holoaden bradei, Paratelmatobius lutzii, Thoropa petropolitana)<br />

pode ser conseqüência <strong>da</strong> alteração ambiental produzi<strong>da</strong> pelo homem (HADDAD; PRADO,<br />

2005). Além disso, o fungo patogênico Batrachochytrium dendrobatidis já foi detectado em riachos de<br />

altitude na Serra do Mar (TOLEDO et al. 2006).<br />

Entretanto, espécies típicas de Cerrado e de paisagens abertas (por exemplo, que se reproduzem<br />

em corpos d’água em áreas de pastagem) também dependem <strong>da</strong> preservação de remanescentes florestais.<br />

Estudos em an<strong>da</strong>mento na região noroeste do estado (SILVA; ROSSA-FERES, 2007) indicam que<br />

os fragmentos florestais são áreas de abrigo e alimentação <strong>para</strong> adultos e jovens de diversas espécies<br />

típicas de áreas abertas (e.g., Eupemphix nattereri, Lepto<strong>da</strong>ctylus podicipinus, Physalaemus cuvieri,<br />

Hypsiboas raniceps) durante a extensa e pronuncia<strong>da</strong> estação seca <strong>da</strong> região. Assim, a conservação de<br />

espécies de áreas abertas também depende <strong>da</strong> preservação <strong>da</strong> heterogenei<strong>da</strong>de <strong>da</strong> paisagem regional<br />

e <strong>da</strong> manutenção de áreas de vi<strong>da</strong> mínimas <strong>para</strong> essas espécies, que realizam grandes deslocamentos<br />

<strong>para</strong> alcançar as poças onde se reproduzem e precisam dos remanescentes florestais <strong>para</strong> sobreviver<br />

à pronuncia<strong>da</strong> estação seca que caracteriza as formações vegetais do interior do estado. Portanto, a<br />

conservação dos anfíbios envolve, antes de tudo, a conservação <strong>da</strong> paisagem regional, respeitando as<br />

especifici<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s espécies <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des associa<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> formação vegetal.<br />

A lista <strong>da</strong> fauna brasileira ameaça<strong>da</strong> de extinção publica<strong>da</strong> pelo Ministério do Meio Ambiente<br />

e IBAMA contém 16 espécies de anfíbios anuros. Cinco delas (quatro criticamente em perigo e uma<br />

extinta) estão incluí<strong>da</strong>s entre as 48 espécies-alvo indicadoras <strong>para</strong> avaliação do estado de conservação<br />

e proposição de ações <strong>para</strong> a preservação e restauração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo.<br />

Além disso, há deficiência de informações biológicas básicas <strong>para</strong> cerca de 80% <strong>da</strong>s 48 espécies-alvo<br />

seleciona<strong>da</strong>s, pois <strong>da</strong>dos sobre sua distribuição geográfica, ocupação de habitats, período reprodutivo<br />

e ciclo de vi<strong>da</strong> são insuficientes ou inexistentes. Informações de pesquisadores indicam que algumas<br />

espécies de anfíbios, além <strong>da</strong>s já incluí<strong>da</strong>s na lista <strong>da</strong>s espécies ameaça<strong>da</strong>s, podem ser considera<strong>da</strong>s<br />

86


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

altamente vulneráveis ou até mesmo em grande risco de extinção (e.g., Scinax faivovichi, Scinax peixotoi,<br />

Stereocyclops parkeri, C.F.B. HADDAD, C.A. BRASILEIRO, R.J. SAWAYA, J. JIM, com. pessoal;<br />

SAWAYA; HADDAD, 2006). Na grande maioria dos casos, a maior ameaça às espécies é a destruição<br />

ou alteração do habitat por ativi<strong>da</strong>des agrícolas ou crescimento urbano, já que são espécies com endemismo<br />

restrito ou habitat-especialistas. Assim, a realização de estudos de história natural dos anfíbios<br />

anuros em seus ambientes naturais, bem como a implementação de programas de monitoramento e estudos<br />

de longo prazo, são urgentemente necessários. Os estudos devem enfocar tanto espécies quanto<br />

habitats, pois o conhecimento sobre os anfíbios em algumas uni<strong>da</strong>des de Gerenciamento de Recursos<br />

Hídricos (UGRHI) do Estado de São Paulo é fraco ou inexistente, como nas UGRHIs que englobam as<br />

bacias dos rios Aguapeí e Peixe.<br />

Répteis<br />

O Brasil ocupa a terceira posição na relação dos países com o maior número de espécies de<br />

répteis, com 684 espécies conheci<strong>da</strong>s atualmente, entre anfisbenas, lagartos, serpentes, quelônios e<br />

jacarés (SBH, 2007). Este número representa mais de 8% <strong>da</strong>s 8.240 espécies de répteis conheci<strong>da</strong>s no<br />

mundo (UETZ, 2007). A maioria dos répteis brasileiros é composta por lagartos (228 espécies, ou cerca<br />

de 33% de todos os répteis brasileiros) e serpentes (353 espécies, 52% dos répteis brasileiros). Cerca<br />

de 200 espécies são conheci<strong>da</strong>s atualmente <strong>para</strong> o Estado de São Paulo: 11 anfisbenas, 46 lagartos,<br />

141 serpentes, 7 quelônios e 2 jacarés. Isto representa cerca de 30% <strong>da</strong> riqueza de espécies do país e<br />

um incremento de 11% em relação a biodiversi<strong>da</strong>de de répteis estima<strong>da</strong> <strong>para</strong> o estado em 1998 (186<br />

espécies; MARQUES et al., 1998). Este aumento resulta <strong>da</strong> compilação de <strong>da</strong>dos <strong>da</strong>s maiores coleções<br />

herpetológicas do estado (Instituto Butantan e Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo), bem<br />

como de descrições de novas espécies e <strong>da</strong> realização de estudos em áreas não inventaria<strong>da</strong>s anteriormente.<br />

A alta riqueza de espécies de répteis observa<strong>da</strong> no estado parece estar relaciona<strong>da</strong> à grande<br />

diversi<strong>da</strong>de de formações vegetais e complexi<strong>da</strong>de do relevo (e.g., Serra do Mar). Além disso, o Estado<br />

de São Paulo parece ser o limite de distribuição setentrional e meridional de várias espécies.<br />

Assim como <strong>para</strong> os anfíbios, a fauna de répteis do Estado de São Paulo também pode ser dividi<strong>da</strong><br />

em dois grupos: aquele com espécies que ocorrem na encosta litorânea, no domínio <strong>da</strong> Floresta<br />

Ombrófila (Serra do Mar e Serra <strong>da</strong> Mantiqueira), e outro composto por espécies de áreas abertas<br />

(Cerrado e Floresta Estacional) do interior do estado. A Floresta Ombrófila <strong>da</strong> Serra do Mar apresenta<br />

riqueza relativamente baixa de lagartos, cerca de 10 espécies, mas alta riqueza de serpentes, com<br />

cerca de 70 espécies (Marques et al., 2004), em sua grande maioria endêmicas deste bioma. Entre as<br />

áreas abertas, o Cerrado merece destaque por apresentar alta riqueza de espécies de serpentes e lagartos.<br />

A própria composição e especialmente a distribuição <strong>da</strong>s espécies de répteis do estado ain<strong>da</strong><br />

são relativamente mal conheci<strong>da</strong>s, mas as florestas estacionais parecem apresentar fauna de répteis<br />

similar àquela encontra<strong>da</strong> no Cerrado.<br />

87


CAPÍTULO 6<br />

Entre os répteis que ocorrem no Estado de São Paulo e aparecem na Lista Nacional <strong>da</strong>s Espécies <strong>da</strong><br />

Fauna Brasileira Ameaça<strong>da</strong>s de Extinção (IBAMA, 2003), constam apenas 1 tartaruga, Phrynops hogei<br />

(“em perigo”), e 3 serpentes na categoria “criticamente em perigo”: Corallus cropanii, Bothrops alcatraz<br />

e Bothrops insularis. Este pequeno número de espécies incluí<strong>da</strong>s na lista se deve à ausência de <strong>da</strong>dos<br />

e/ou estudos sobre a maioria <strong>da</strong>s espécies que ocorrem no estado. As jararacas ilhôas B. alcatraz e B.<br />

insularis são espécies relativamente bem estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s e restritas a ilhas continentais de tamanho reduzido<br />

(cf. MARTINS et al., 2001, MARTINS et al., 2002, MARQUES et al., 2002a; MARQUES et al., 2002b). A<br />

destruição de habitat deve afetar várias espécies em outras áreas de Floresta Ombrófila no continente,<br />

mas não há informações que demonstrem isso. O Cerrado do Estado de São Paulo é um ambiente relativamente<br />

muito menos protegido sob a forma de Uni<strong>da</strong>des de Conservação e apresenta alta riqueza<br />

de espécies de répteis. Além <strong>da</strong> alta riqueza de espécies, alguns fragmentos de Cerrado aberto (e.g.<br />

Campo Sujo, Campo Limpo) ain<strong>da</strong> apresentam populações relativamente grandes de algumas espécies<br />

de serpentes considera<strong>da</strong>s especializa<strong>da</strong>s no uso do ambiente e restritas a áreas campestres, como<br />

Lystrophis nattereri, Pseu<strong>da</strong>blabes agassizii e Bothrops itapetiningae (SAWAYA, 2004; MARQUES et al.,<br />

2006). Estudos recentes indicam que as populações destas espécies podem estar em declínio no estado<br />

(SAWAYA, 2004). Assim, apesar de reduzidos, estes fragmentos de Cerrado são de extrema importância<br />

<strong>para</strong> a conservação dos répteis no Estado de São Paulo.<br />

Critérios utilizados na definição<br />

de ações <strong>para</strong> as áreas prioritárias<br />

As propostas de ações de conservação foram estabeleci<strong>da</strong>s em função <strong>da</strong> presença de espécies-alvo,<br />

grau de conservação e pressões antrópicas ao ambiente. Primeiro foi elabora<strong>da</strong> uma lista <strong>da</strong>s espécies<br />

do estado, compila<strong>da</strong> de publicações científicas (e.g., HEYER et al., 1990; ROSSA-FERES; JIM,<br />

1994; BERTOLUCI, 1998; BERTOLUCI; RODRIGUES, 2002; MARQUES et al., 2004; BRASILEIRO et<br />

al., 2005) e registros de Coleções Científicas (CFBH/UNESP-Rio Claro, DZSJRP/UNESP-São José do<br />

Rio Preto, UNITAU/Taubaté e Instituto Butantan). No caso dos anfíbios a lista foi complementa<strong>da</strong> por<br />

registros de espécimes (13.317) inseridos na base de <strong>da</strong>dos SinBiota - Sistema de Informação Ambiental<br />

do BIOTA (http://sinbiota.cria.org.br). Durante o Workshop “Áreas continentais prioritárias <strong>para</strong> conservação<br />

e restauração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo”, realizado em novembro de 2006, as<br />

listas de anfíbios e répteis foram revisa<strong>da</strong>s possibilitando a atualização dos nomes científicos, correção<br />

e detalhamento <strong>da</strong>s informações de distribuição geográfica <strong>da</strong>s espécies. Ao todo foram registra<strong>da</strong>s<br />

<strong>para</strong> o Estado de São Paulo 248 espécies de anfíbios e 207 de répteis. Foram considera<strong>da</strong>s espéciesalvo<br />

aquelas incluí<strong>da</strong>s na Lista <strong>da</strong> Fauna Brasileira Ameaça<strong>da</strong> de Extinção e aquelas supostamente<br />

raras e de distribuição restrita no Estado de São Paulo. Para este segundo critério foram considera<strong>da</strong>s<br />

informações presentes no banco de <strong>da</strong>dos do Sinbiota. Entretanto, devido à baixa representativi<strong>da</strong>de<br />

desse banco de <strong>da</strong>dos, houve uma avaliação <strong>da</strong> lista pelos pesquisadores. Foi gera<strong>da</strong> uma nova base de<br />

88


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

<strong>da</strong>dos com a exclusão de espécies do SinBiota (decorrentes <strong>da</strong> baixa representativi<strong>da</strong>de geográfica <strong>da</strong>s<br />

informações inseri<strong>da</strong>s nesse banco de <strong>da</strong>dos) e inclusão de outras espécies (e.g., pouco coleta<strong>da</strong>s em<br />

áreas bem amostra<strong>da</strong>s). Dessa nova lista foram seleciona<strong>da</strong>s 48 espécies-alvo de anfíbios (19% do total<br />

de espécies do estado) e 19 de répteis, que possuíam pelo menos uma <strong>da</strong>s seguintes características:<br />

endemismo ou distribuição restrita, alta susceptibili<strong>da</strong>de a perturbação ambiental, baixa capaci<strong>da</strong>de<br />

de deslocamento, alta especifici<strong>da</strong>de de habitat, populações pouco abun<strong>da</strong>ntes (raras) ou inclusão em<br />

alguma categoria de ameaça (IBAMA, 2003; São Paulo/PROBIO, 1998; IUCN, 2006).<br />

O grau de preservação e as pressões antrópicas foram considera<strong>da</strong>s se<strong>para</strong><strong>da</strong>mente <strong>para</strong> as 22 uni<strong>da</strong>des<br />

de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI) do Estado de São Paulo. De modo geral, regiões<br />

de Floresta Ombrófila <strong>da</strong> Serra do Mar e <strong>da</strong> Mantiqueira deman<strong>da</strong>m ações de fortalecimento, ampliação e<br />

aumento de conectivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação já existentes. Por outro lado, a Floresta Estacional<br />

e regiões de Cerrado do interior do estado, cuja cobertura original foi quase totalmente suprimi<strong>da</strong>, deman<strong>da</strong>m<br />

criação de Uni<strong>da</strong>des de Conservação nos remanescentes mais representativos e restauração, tanto de<br />

fragmentos quanto de mata ciliar, que representam importantes corredores de deslocamento e dispersão de<br />

anfíbios. Áreas onde o conhecimento sobre os anfíbios e répteis é ausente ou muito pobre, representando<br />

lacunas do conhecimento, foram considera<strong>da</strong>s prioritárias <strong>para</strong> a realização de inventários.<br />

Agradecimentos<br />

Paulo Christiano de Anchietta Garcia por disponibilizar informações não publica<strong>da</strong>s, <strong>para</strong> a complementação<br />

do banco de <strong>da</strong>dos; Natacha Yuri Nagatani Dias pelo trabalho de complementação do banco<br />

de <strong>da</strong>dos; Sidney T. Rodrigues e Pedro Barbieri, pelo auxílio em SIG; Glaucia Cortez R. de Paula pelo<br />

auxílio nas análises de ações nas UGRHIs; Cinthia Aguirre Brasileiro, Cristiano de Campos Nogueira,<br />

Cybele de Oliveira Araújo, Cynthia P. de A. Prado, Denise M. Peccinini Seale, Francisco Luis Franco,<br />

Glaucia Cortez R. de Paula, Jaime Bertoluci, Jorge Jim, Hussam El Dine Zaher, Paula Hanna Valdujo,<br />

Paulo Christiano de Anchietta Garcia e Radenka F. Batistic que durante o Workshop “Áreas continentais<br />

prioritárias <strong>para</strong> conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo” gentilmente<br />

forneceram <strong>da</strong>dos e informações sobre as espécies e contribuíram com discussões e experiência <strong>para</strong><br />

a obtenção destes resultados.<br />

Literatura cita<strong>da</strong><br />

Beebee, T.J.C. 1996. Ecology and conservation of Amphibians. Chapman & Hall, London.<br />

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89


CAPÍTULO 6<br />

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90


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Graziotin, F.; Marques, O.A.V.; Prado, L.P. & Ferrarezzi, H. 2004. Relações filogenéticas (morfologia versus DNA), ecologia<br />

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ameaça<strong>da</strong>s e deficientes de <strong>da</strong>dos (A.B. Machado; C.S. Martins; G.M. Drummond, orgs.). Fun<strong>da</strong>ção Biodiversitas,<br />

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Lima, A.P.; Magnusson, W.E.; Menin, M.; Erdtmann, L.K.; Rodrigues, D.J., Keller, C. & Hödl, W. 2006. Guia de sapos <strong>da</strong><br />

91


CAPÍTULO 6<br />

Reserva Adolpho Ducke, Amazônia Central / Guide to the frogs to Reserva Adolpho Ducke, Central Amazonia.<br />

Attema, Manaus.<br />

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Rocha, C.F.D. 1998. Population dynamics of the endemic tropidurid lizard Liolaemus lutzae in a tropical seasonal restinga<br />

92


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

habitat. Ciência e Cultura, 50(6):446-451.<br />

Rossa-Feres, D. de C. & Jim, J. 1994. Distribuição sazonal em comuni<strong>da</strong>des de anfíbios anuros na região de Botucatu, São<br />

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Santos, T.G.; Rossa-Feres, D. de C. & Casatti, L. 2007. Diversi<strong>da</strong>de e distribuição espaço-temporal de anuros em região com pronuncia<strong>da</strong><br />

estação seca no sudeste do Brasil. Iheringia, Série Zoologia, 97:37-49.<br />

SÃO PAULO (Estado). 1998. Secretaria do Estado do Meio Ambiente. Fauna Ameaça<strong>da</strong> no Estado de São Paulo. SMA/<br />

CED, série PROBIO/SP, São Paulo.<br />

Sawaya, R.J. & Had<strong>da</strong>d, C.F.B. 2006. Amphibia, Anura, Stereocyclops parkeri: distribution extension, new state record,<br />

geographic distribution map. Check List, 2: 74-76.<br />

Sawaya, R.J. 2004. História natural e ecologia <strong>da</strong>s serpentes de Cerrado <strong>da</strong> região de Itirapina, SP. Tese de Doutorado,<br />

Universi<strong>da</strong>de Estadual de Campinas, Campinas.<br />

SBH 2007. Lista de espécies de anfíbios do Brasil. Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Herpetologia (SBH). Disponível em: http://www.<br />

sbherpetologia.org.br/checklist/anfibios.htm Acessado em outubro de 2007.<br />

Silva, A.C.C.D.; Castilhos, J.C.; Lopez, G.G. & Barata, P.C.R. 2007. Nesting biology and conservation of the olive ridley<br />

sea turtle (Lepidocheyls olivacea) in Brazil, 1991/1992 to 2002/2003. Journal of the Marine Biological Association<br />

of the United Kingdom, 87(4):1047-1056.<br />

Silva, F.R. & Rossa-Feres, D. de C. 2007. Uso de fragmentos florestais por anuros (Amphibia) de área aberta na região<br />

noroeste do Estado de São Paulo. Biota Neotropica,7(2): http://www.biotaneotropica.org.br/v7n2/pt/abstractarticl<br />

e+bn03707022007.<br />

Souza, F.L. & Abe, A.S. 1997. Population structure, activity, and conservation of the neotropical freshwater turtle, Hydromedusa<br />

maximiliani, in Brazil. Chelonian Conservation and Biology, 2:521-525.<br />

Toledo, L.F.; Britto, F.B.; Araújo, O.G.S.; Giasson, L.O.M. & Had<strong>da</strong>d, C.F.B. 2006. The occurrence of Batrachochytrium<br />

dendrobatidis in Brazil and the inclusion of 17 new cases of infection. South American Journal of Herpetology,<br />

1:185-191.<br />

Uetz, P. 2007. http://www.reptile-<strong>da</strong>tabase.org Acessado em 26 de outubro de 2007.<br />

Vasconcelos, T. DA S. & Rossa-Feres, D. de C. 2005. Diversi<strong>da</strong>de, distribuição espacial e temporal de anfíbios anuros<br />

(Amphibia, Anura) na região noroeste do Estado de São Paulo. Biota Neotropica, 5(2): http://www.biotaneotropica.<br />

org.br/v5n2/pt/abstractarticle+BN01705022005.<br />

Wake, D.B. 1991. Declining amphibian populations. Science, 250:860.<br />

93


CAPÍTULO 6<br />

Young, B.E; Lips, K.R.; Reaser, J.K.; Ibánez, R.; Salas, A.W.; Cedeno, J.R.; Coloma, L.A.; Santiago, R.; La Marca, E.; Meyer, J.R.;<br />

Munoz, A.; Bolanos, F.; Chaves, G. & Romo, D. 2001. Population declines and priorities for amphibian conservation<br />

in Latin América. Conservation Biology, 15:1213-1223.<br />

Zug, G.R.; Vitt, L.J. & Caldwell, J.P. 2001. Herpetology: an introductory biology of amphibians and reptiles. Academic<br />

Press, San Diego.<br />

94


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Lilian Casatti<br />

Francisco Langeani<br />

Naércio Aquino Menezes<br />

Osvaldo Takeshi Oyakawa<br />

Francisco Manoel de Souza Braga<br />

c a p í t u l o<br />

Peixes de<br />

água-doce<br />

6.4<br />

95


CAPÍTULO 6<br />

Aproxima<strong>da</strong>mente 55.000 espécies viventes são organismos vertebrados, dos quais 28.000 são peixes<br />

(NELSON, 2006). Trata-se de um grupo particularmente diverso em águas doces Neotropicais, onde<br />

são registra<strong>da</strong>s 4.475 espécies váli<strong>da</strong>s, podendo chegar a mais de 6.000 se incluí<strong>da</strong>s as novas espécies já<br />

reconheci<strong>da</strong>s por especialistas, porém ain<strong>da</strong> não descritas (REIS et al. 2003). Para o Estado de São Paulo<br />

são registra<strong>da</strong>s 335 espécies (compilado a partir de BUCKUP et al. 2007) nas bacias do Paraíba do Sul,<br />

Ribeira de Iguape, bacias costeiras menores e, principalmente, do Alto Paraná.<br />

O trabalho realizado pelo grupo temático “Peixes” foi especialmente beneficiado pelo fato <strong>da</strong>s principais<br />

coleções do estado estarem informatiza<strong>da</strong>s, com os <strong>da</strong>dos disponibilizados em sistemas abertos de consultas<br />

como o SpeciesLink (http://splink.cria.org.br/) e o SinBiota (http://sinbiota.cria.org.br/). Em uma primeira etapa,<br />

<strong>para</strong> 12.267 registros iniciais, foram corrigidos os problemas de grafia e classificação; revisados os registros<br />

únicos; removidos os identificadores repetidos ou relativos a sinônimos; identifica<strong>da</strong>s as espécies exóticas e<br />

alóctones; e revisados os registros duvidosos. O resultado foi um conjunto de 11.691 registros, relativos a 350<br />

espécies de peixes distribuí<strong>da</strong>s pelas diversas bacias hidrográficas do estado, um número nota<strong>da</strong>mente maior<br />

do que as 261 espécies aponta<strong>da</strong>s em 1998 no diagnóstico <strong>da</strong> série “Biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo,<br />

Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX” (CASTRO; MENEZES, 1998). As espécies ameaça<strong>da</strong>s,<br />

com registros únicos, com pouca capaci<strong>da</strong>de de deslocamento, sensíveis a alterações ambientais e endêmicas<br />

foram então considera<strong>da</strong>s espécies-alvo, perfazendo 61 espécies (18%).<br />

Dentre as espécies-alvo ameaça<strong>da</strong>s de extinção (MACHADO et al. 2005), destacam-se, de modo a ilustrar<br />

as ameaças mais comuns às espécies de peixes do estado: Brycon orbignyanus, a piracanjuba do Paraná,<br />

ameaça<strong>da</strong> em função de desmatamento em rios maiores e construção de hidrelétricas; Coptobrycon bilineatus<br />

e Glandulocau<strong>da</strong> melanogenys, pequenos lambaris de áreas de Mata Atlântica, ameaça<strong>da</strong>s em função de<br />

desmatamento de cabeceiras, poluição e introdução de espécies exóticas; Sternarchorhynchus britskii, o ituí<br />

de águas profun<strong>da</strong>s do Paraná, ameaça<strong>da</strong> em função de destruição de habitats em rios maiores e construção<br />

de hidrelétricas; Pimelodella kronei, o bagre-cego do Ribeira de Iguape, ameaça<strong>da</strong> em função de destruição<br />

de habitats de caverna, influências antrópicas e turismo; e Stein<strong>da</strong>chneridion scriptum, o surubim do Paraná,<br />

ameaça<strong>da</strong> em função de destruição de habitats em rios maiores, poluição e construção de hidrelétricas.<br />

Para viabilizar as diretrizes de conservação <strong>da</strong> ictiofauna, definimos que as Uni<strong>da</strong>de de Gerenciamento<br />

de Recursos Hídricos (UGRHIs) seriam utiliza<strong>da</strong>s como uni<strong>da</strong>de de área básica, uma vez que, <strong>para</strong><br />

serem efetivas, as ações de conservação deveriam estar foca<strong>da</strong>s nas bacias. As ações principais defini<strong>da</strong>s<br />

são: restaurar matas ciliares, criar Uni<strong>da</strong>des de Conservação e realizar inventários em UGRHIs pouco<br />

estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s. A definição de onde aplicar prioritariamente tais ações foi nortea<strong>da</strong> pelos seguintes critérios: a)<br />

proporção de vegetação remanescente em ca<strong>da</strong> UGRHI; b) registro de ativi<strong>da</strong>des que representem ameaças<br />

à manutenção <strong>da</strong> integri<strong>da</strong>de biótica <strong>da</strong> ictiofauna, especialmente a expansão <strong>da</strong> cana-de-açúcar<br />

(Saccharum officinarum), <strong>da</strong>s áreas urbanas e de barramentos de usinas hidrelétricas (embora os barramentos<br />

em micro-bacias também sejam importantes por romperem a conectivi<strong>da</strong>de hidrológica desses<br />

sistemas); c) necessi<strong>da</strong>de de conservar regiões importantes como mananciais <strong>para</strong> abastecimento urbano<br />

de água, detentoras de um grande número de espécies-alvo e/ou com notável interesse biogeográfico.<br />

96


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Com base em tais critérios, as UGRHIs Turvo-Grande, São José dos Dourados, Aguapeí, Peixe,<br />

Médio Paranapanema, Mogi-Guaçu, Sapucaí/Grande, Paraíba do Sul e Piracicaba/Capivari/Jundiaí foram<br />

considera<strong>da</strong>s as mais críticas. Não há um estudo específico <strong>para</strong> avaliar o grau de preservação<br />

<strong>da</strong>s matas ciliares nestas UGRHIs, mas a experiência de campo dos autores indica que estas seriam<br />

uni<strong>da</strong>des onde deveria ocorrer um incremento de ações direciona<strong>da</strong>s ao aumento <strong>da</strong>s matas ciliares,<br />

especialmente em bacias de baixas ordens (1 a 3), e particularmente em UGRHIs caracteriza<strong>da</strong>s por relevo<br />

suave e pobres quanto à disponibili<strong>da</strong>de de águas superficiais, tais como Turvo-Grande e São José<br />

dos Dourados. O aumento <strong>da</strong> conectivi<strong>da</strong>de por meio <strong>da</strong> recuperação de áreas ciliares é especialmente<br />

interessante por ain<strong>da</strong> trazer o benefício adicional de naturalmente abrir caminhos <strong>para</strong> a restauração<br />

de processos ecológicos dos ecossistemas terrestres adjacentes.<br />

Dentre as 22 UGRHIs do estado, a principal <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong> ictiofauna é a do Alto Tietê. Primeiramente,<br />

porque é eleva<strong>da</strong> a concentração de espécies-alvo nesta UGRHI; trata-se de uma área de grande<br />

interesse biogeográfico, capaz de retratar as conexões pretéritas entre os rios Tietê, Paraíba do Sul, Ribeira de<br />

Iguape e drenagens costeiras (LANGEANI 1989, WEITZMAN; MALABARBA 1999, RIBEIRO, 2006, RIBEIRO<br />

et al. 2006, SERRA et al. 2007); restam fragmentos representativos <strong>para</strong> que seja viabiliza<strong>da</strong> a criação de<br />

novas Uni<strong>da</strong>des de Conservação ou ampliação <strong>da</strong>s já existentes e, finalmente, trata-se de uma área relevante<br />

<strong>para</strong> a proteção de mananciais de abastecimento <strong>da</strong> região metropolitana de São Paulo.<br />

As lacunas de conhecimento ictiofaunístico do estado se localizam nota<strong>da</strong>mente nas UGRHIs do<br />

Alto Tietê, Tietê/Jacaré, Baixo Tietê, Aguapeí, Peixe, Alto Paranapanema, Médio Paranapanema, Pontal<br />

do Paranapanema, Sapucaí-Grande, Serra <strong>da</strong> Mantiqueira, Litoral Norte e Baixa<strong>da</strong> Santista (vide mapa).<br />

Estas lacunas ocorrem, principalmente: a) em regiões de crescente pressão <strong>para</strong> conversão de áreas<br />

naturais em urbanas (região litorânea) ou de áreas de pastagens em cana-de-açúcar (região noroeste); b)<br />

em áreas com longo histórico de exploração de cana-de-açúcar (região nordeste); c) em áreas que são<br />

cabeceiras naturais de vários riachos que correm ou <strong>para</strong> a bacia do rio Grande, ou <strong>para</strong> a do Paraíba<br />

do Sul, mas que vêm apresentando crescente especulação imobiliária (Serra <strong>da</strong> Mantiqueira); d) na<br />

região <strong>da</strong>s Cuestas Basálticas, na Depressão Periférica Paulista, que preserva ain<strong>da</strong> o pouco que restou<br />

do Cerrado no estado, e ain<strong>da</strong> por contemplar os divisores de águas Tietê-Paranapanema (Tietê/Jacaré,<br />

Alto e Médio Paranapanema). É importante ain<strong>da</strong> enfatizar que, além <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de amostragens,<br />

importa sobremaneira a exploração de ambientes particulares, tais como lagoas marginais, áreas paludosas,<br />

regiões marginais de corpos d’água maiores, cabeceiras, calhas profun<strong>da</strong>s de rios maiores e<br />

buritizais. Dados recentes não publicados apontam a ocorrência de algumas espécies apenas nesses<br />

ambientes particulares, como nas lagoas marginais e áreas marginais de corpos d’água maiores. Finalmente,<br />

como exemplo <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> conservação de remanescentes florestais <strong>para</strong> a ictiofauna, na<br />

já bem amostra<strong>da</strong> região noroeste do estado foram registra<strong>da</strong>s 2 espécies raras (Tatia neivai e Pseudopimelodus<br />

pulcher) quando estu<strong>da</strong>dos os riachos associados a fragmentos florestais (Projeto Temático em<br />

an<strong>da</strong>mento, Programa Biota/FAPESP, 2004/04820-3).<br />

97


CAPÍTULO 6<br />

Agradecimentos<br />

Júlio César Garavello por disponibilizar informações não publica<strong>da</strong>s, produzi<strong>da</strong>s por sua equipe, <strong>para</strong> a<br />

complementação do banco de <strong>da</strong>dos; Reginaldo Sa<strong>da</strong>o Matsumoto pelo trabalho de complementação<br />

do banco de <strong>da</strong>dos; Marco Nalon e Hubert Costa pelo auxílio em SIG; Luís Antonio Martinelli pelas<br />

sugestões durante o Workshop de 2006.<br />

Literatura Cita<strong>da</strong><br />

Buckup, P.A., Menezes, N.A. & Ghazzi, M.S. (eds.). 2007. Catálogo <strong>da</strong>s espécies de peixes de água doce do Brasil. Museu<br />

Nacional (Série Livros: 23), Rio de Janeiro.<br />

Castro, R.M.C. & Menezes, N.A. 1998. Estudo diagnóstico <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de de peixes do Estado de São Paulo. In Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

do Estado de São Paulo, Brasil: Síntese do conhecimento ao final do século XX, 6: vertebrados (R.M.C.<br />

Castro, ed.). WinnerGraph, São Paulo, p. 1-13.<br />

Langeani, F. 1989. Ictiofauna do Alto Curso do rio Tietê (SP): taxonomia. Dissertação de Mestrado, Universi<strong>da</strong>de de São<br />

Paulo, São Paulo.<br />

Machado, A.B.M., Martins, C.S. & Drummond, G.M. (eds.). 2005. Lista <strong>da</strong> fauna brasileira ameaça<strong>da</strong> de extinção. Incluindo<br />

as listas <strong>da</strong>s espécies quase ameaça<strong>da</strong>s e deficientes em <strong>da</strong>dos. Fun<strong>da</strong>ção Biodiversitas, Belo Horizonte.<br />

Nelson, J.S. 2006. Fishes of the world. John Wiley & Sons, New York.<br />

Reis, R.E., Kullander, S.O. & Ferraris-Jr., C.J. (orgs.). 2003. Check list of the freshwater fishes of South and Central America.<br />

EDIPUCRS, Porto Alegre.<br />

Ribeiro, A.C. 2006. Tectonic history and the biogeography of the freshwater fishes from the coastal drainages of eastern<br />

Brazil: an example of faunal evolution associated with a divergent continental margin. Neotropical Ichthyology 4:<br />

225-246.<br />

Ribeiro, A.C., Lima, F.C.T., Riccomini, C. & Menezes, N.A. 2006. Fishes of the Atlantic rainforest of Boracéia: tetimonies<br />

of the Quaternary fault reactivation within a Neoproterozoic tectonic province in Southeastern Brazil. Ichthyol.<br />

Explor. Freshwaters 17:157-164.<br />

Serra, J.P., Carvalho, F.R. & Langeani, F. 2007. Ichthyofauna of the rio Itatinga in the Parque <strong>da</strong>s Neblinas, Bertioga,<br />

São Paulo: composition and biogeography. Biota Neotropica 7: http://www.biotaneotropica.org.br/v7n1/pt/<br />

abstractarticle+BN01707012007<br />

Weitzman, S.H. & Malabarba, L.R. 1999. Systematics of Spintherobolus (Teleostei: Characi<strong>da</strong>e: Cheirodontinae) from<br />

Eastern Brazil. Ichthyol. Explor. Freshwaters 10:1-43.<br />

98


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Gustavo M. Accacio<br />

André V. L. Freitas<br />

Maria Virginia Urso-Guimarães<br />

c a p í t u l o<br />

Invertebrados<br />

6.5<br />

99


CAPÍTULO 6<br />

Os invertebrados, incluídos em cerca de 29 filos com milhões de espécies estima<strong>da</strong>s, superam em<br />

muito o número de espécies dos vertebrados, com os quais estamos mais familiarizados. Dentre<br />

os invertebrados, os insetos fazem parte do grupo mais numeroso, tanto em número de espécies como<br />

de indivíduos, e por isso representam a maior parte <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de biológica existente no planeta. Para<br />

ilustrar o significado dessa situação, tome-se o exemplo de que numa única árvore adulta, escolhi<strong>da</strong> ao<br />

acaso nas florestas tropicais <strong>da</strong> América do Sul ou Central, podem ser encontra<strong>da</strong>s cerca de 4.000 espécies<br />

de besouros (ERWIN, 1982), às quais ain<strong>da</strong> se devem somar as espécies de to<strong>da</strong>s as outras ordens<br />

de Insecta. Muitas dessas espécies de insetos <strong>da</strong>s regiões tropicais ain<strong>da</strong> são desconheci<strong>da</strong>s ou não<br />

descritas pela ciência. Além disso, a parte já cataloga<strong>da</strong> encontra-se espalha<strong>da</strong> em inúmeras coleções<br />

em museus dentro e fora do país. Em muitos casos a taxonomia é confusa, descrita numa bibliografia<br />

pulveriza<strong>da</strong>, com poucas revisões abrangentes ou recentes.<br />

Apesar <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de de insetos variar em função do tamanho, heterogenei<strong>da</strong>de e grau de preservação<br />

dos remanescentes de vegetação nativa, muitas espécies conseguem sobreviver em pequenas<br />

populações nos fragmentos de vegetação com tamanho inferior a uma dezena de hectares ou bastante<br />

alterados. Outras tantas se a<strong>da</strong>ptam aos ambientes antrópicos rurais e até mesmo urbanos.<br />

Tais peculiari<strong>da</strong>des transformam o trabalho de caracterização <strong>da</strong> entomofauna numa ativi<strong>da</strong>de<br />

dispendiosa em termos de tempo e recursos humanos, por menor que seja a área geográfica de interesse.<br />

Mesmo em regiões aparentemente bem conheci<strong>da</strong>s como o Estado de São Paulo, revela-se um<br />

vácuo de informações, já que o número aparentemente grande de registros de insetos torna-se diluído<br />

quando dividido pela quanti<strong>da</strong>de de espécies e área geográfica abor<strong>da</strong><strong>da</strong>. Existem, no entanto, algumas<br />

poucas exceções em grupos específicos, tais como borboletas e abelhas, cujos inventários no estado<br />

tiveram grande avanço com o advento do Programa Biota/FAPESP.<br />

Com 150.000 espécies conheci<strong>da</strong>s, a ordem Lepidoptera é a segun<strong>da</strong> maior em número de<br />

espécies dentre os insetos (GRIMALDI; ENGEL, 2005). Dentre os Lepidoptera, o grupo <strong>da</strong>s borboletas<br />

é de longe o mais conhecido, apesar de ser suplantado em riqueza e diversi<strong>da</strong>de pelas menos<br />

carismáticas mariposas. No Estado de São Paulo são conheci<strong>da</strong>s cerca de 1.500 espécies de borboletas,<br />

correspondentes a cerca de 50% <strong>da</strong>s 3.200 espécies conheci<strong>da</strong>s <strong>para</strong> o Brasil (BROWN;<br />

FREITAS, 1999). O trabalho do grupo foi facilitado pela enorme quanti<strong>da</strong>de de <strong>da</strong>dos produzi<strong>da</strong><br />

pelo projeto temático “Lepidoptera do Estado de São Paulo”, do programa Biota/FAPESP. Este trabalho<br />

gerou listas em diversas regiões pouco conheci<strong>da</strong>s do estado, compilou <strong>da</strong>dos de museus<br />

e <strong>da</strong> literatura, e produziu diversos trabalhos de cunho faunístico, desde seu início em 2000. Por<br />

causa disso, um panorama geral do Estado de São Paulo, e de boa parte <strong>da</strong> Mata Atlântica, foi obtido.<br />

Foram defini<strong>da</strong>s isolinhas de riqueza de espécies, padrões de distribuição de comuni<strong>da</strong>des e<br />

províncias faunísticas, aplicabili<strong>da</strong>de e uso de grupos indicadores em planejamento urbano e monitoramento<br />

ambiental e, com tudo isso, possibili<strong>da</strong>des de se definir priori<strong>da</strong>des de conservação<br />

no estado (BROWN & FREITAS, 1999, 2000a,b, 2003; UEHARA-PRADO et al., 2004, 2005, 2007;<br />

FRANCINI et al., 2005; LEWINSOHN et al., 2005).<br />

100


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Com base no corpo de <strong>da</strong>dos disponível na ocasião do workshop e do conhecimento prévio dos<br />

participantes do grupo, foram defini<strong>da</strong>s espécies-alvo <strong>para</strong> a etapa posterior dos trabalhos. Os registros<br />

únicos, utilizados como ponto de parti<strong>da</strong>, foram analisados um a um <strong>para</strong> definição de seu significado<br />

biológico, de modo a restarem apenas espécies realmente interessantes do ponto de vista biológico.<br />

Devido a própria natureza dos <strong>da</strong>dos, muitos registros únicos eram, do ponto de vista biológico, resultado<br />

de baixa amostragem ou <strong>da</strong> não produção de listas completas em diversos pontos do estado.<br />

Em muitos casos representavam espécies comuns, pouco sensíveis e com baixo potencial indicador.<br />

Foram escolhi<strong>da</strong>s nesta etapa to<strong>da</strong>s as espécies que constam na lista <strong>da</strong>s ameaça<strong>da</strong>s (Parides panthonus<br />

castilhoi, Actinote zikani, A. quadra, ver MACHADO et al., 2005), muitas espécies com restrição de<br />

habitat (algumas espécies do gênero Actinote e Pampasatyrus por exemplo), e testemunhos faunísticos<br />

únicos e restritos geograficamente (Sca<strong>da</strong> karschina karschina, Amphidecta reynoldsi, Sea sophronia).<br />

A definição <strong>da</strong>s áreas prioritárias <strong>para</strong> conservação foi feita com base nos seguintes critérios: 1)<br />

Espécies ameaça<strong>da</strong>s – com base nas listas do IBAMA; 2) Faunas únicas – representando combinações<br />

únicas de espécies, algumas vezes limites de distribuição de faunas de outros biomas representados<br />

apenas em regiões limítrofes do estado (ex: a fauna <strong>da</strong> região “core” do Cerrado, que chega apenas ao<br />

norte do estado na região de Pedregulho) e; 3) Lacunas – com base nos <strong>da</strong>dos selecionados de número<br />

efetivo de registros, foram delimita<strong>da</strong>s áreas aproxima<strong>da</strong>s mais deficientes de <strong>da</strong>dos. Por causa <strong>da</strong> atual<br />

falta de <strong>da</strong>dos sistematizados de ocorrência <strong>da</strong>s espécies de insetos no estado, na segun<strong>da</strong> fase do<br />

trabalho optou-se por um método de priorização baseado em fun<strong>da</strong>mentos de ecologia <strong>da</strong> paisagem,<br />

reforçados, quando possível, pelas situações considera<strong>da</strong>s nos itens acima. É importante ressaltar que<br />

as áreas dentro de Uni<strong>da</strong>des de Conservação já constituí<strong>da</strong>s não foram considera<strong>da</strong>s, pois parte-se do<br />

pressuposto que estas encontram-se sob proteção. Com esse procedimento todo o foco foi <strong>da</strong>do às<br />

áreas efetivamente desprotegi<strong>da</strong>s sob o ponto de vista legal.<br />

Os resultados mostraram que muitas <strong>da</strong>s áreas propostas estão no interior do estado, principalmente<br />

no contato entre a Floresta Estacional Semidecidual com o Cerrado. Como exemplos, pode-se<br />

chamar a atenção <strong>para</strong> a região de Castilho, onde existe a única população conheci<strong>da</strong> <strong>da</strong> espécie<br />

criticamente ameaça<strong>da</strong> Parides panthonus castilhoi, amostra<strong>da</strong> em uma área sem qualquer tipo de<br />

proteção; e a região do Pontal do Paranapanema, com uma fauna única importante e com diversos<br />

fragmentos grandes de mata desprotegidos e merecedores de atenção, sob o ponto de vista <strong>da</strong> bioviversi<strong>da</strong>de<br />

que abrigam. De maneira similar, a fauna única com elementos do Araguaia <strong>da</strong> região de<br />

Mirassol e os cerrados ricos de Pedregulho são prioritários e devem ser amplamente protegidos.<br />

Outro resultado apurado é que se deve <strong>da</strong>r atenção especial aos grupos de insetos chamados de<br />

megadiversos, baseado principalmente na existência de metodologias padroniza<strong>da</strong>s <strong>para</strong> coleta, especialistas<br />

atuantes e taxonomia estabeleci<strong>da</strong>. Alguns grupos de insetos recomen<strong>da</strong>dos <strong>para</strong> inventários<br />

preliminares são: coleópteros coprófago-necrófagos, abelhas meliponíneas e euglossíneas, formigas,<br />

cupins, insetos com fases aquáticas (libélulas, tricópteros, quironomídeos, etc), borboletas frugívoras e<br />

dípteros galhadores, micófagos e frugívoros.<br />

101


CAPÍTULO 6<br />

Finalmente, apesar do trabalho intensivo dos últimos anos, persistem lacunas extensas no Estado de<br />

São Paulo, que devem ser amostra<strong>da</strong>s intensa e cui<strong>da</strong>dosamente, em especial nas regiões sofrendo forte<br />

pressão antrópica de urbanização ou expansão agropecuária. Algumas áreas prioritárias <strong>para</strong> novas amostragens<br />

incluem a Bacia do Rio do Peixe, a região <strong>da</strong>s matas quentes de Araçatuba, o alto Vale do Ribeira e<br />

a to<strong>da</strong> a região <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong> Bocaina, hachura<strong>da</strong>s em amarelo no mapa de Ações prioritárias – Invertebrados.<br />

Agradecimentos<br />

A Vera Imperatriz, Keith S. Brown Jr. e Ronaldo Francini pelas discussões, idéias e aju<strong>da</strong> na primeira<br />

reunião em 2006. Ao pessoal de apoio em SIG, Monica Pavão, Gior<strong>da</strong>no Ciocheti, Leando Reverberi<br />

Tambosi e Milton Cezar Ribeiro por to<strong>da</strong> a aju<strong>da</strong> presta<strong>da</strong>. Agradecemos também aos participantes<br />

do grupo temático ecologia <strong>da</strong> paisagem que estiveram no seminário no Instituto de Botânica em<br />

setembro de 2007: Adriana Catojo, Ana Fernandes Xavier, Ana Maria Soares Pereira, Anita Diederichsen,<br />

João Régis Guillaumon, Marco Nalon, Vânia Pivello e Thaís Olitta pelas discussões e idéias na<br />

fase final deste trabalho.<br />

Literatura cita<strong>da</strong><br />

Brown Jr., K. S. & A. V. L. Freitas. 1999. Lepidoptera. Páginas 225-243 In: C. A. Joly e C. E. M. Bicudo (orgs). Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX, 5 – Invertebrados terrestres/C.<br />

R. F. Brandão & E. M. Cancello (editores) – São Paulo: FAPESP, 1999. xviii + 279 pp.<br />

Brown Jr., K. S. & A. V. L. Freitas. 2000a. Diversi<strong>da</strong>de de Lepidoptera em Santa Teresa, Espírito Santo. Boletim do Museu<br />

de Biologia Mello Leitão, Nova Série, 11/12: 71-116.<br />

Brown Jr., K. S. & A. V. L. Freitas. 2000b. Atlantic Forest Butterflies: Indicators for Landscape Conservation. Biotropica,<br />

32 (4b): 934-956.<br />

Brown Jr., K. S. & A. V. L. Freitas. 2003. Butterfly Communities of Urban Forest Fragments in Campinas, São Paulo,<br />

Brazil: Structure, Instability, Environmental Correlates, and Conservation. Journal of Insect Conservation, 6(4):<br />

217-231.<br />

Erwin, T.L. 1982. Tropical Forests: their richness in coleoptera and other arthropod species. Col.Bull. 36(1): 74-75.<br />

Francini, R. B., A. V. L. Freitas & K. S. Brown Jr. 2005. Rediscovery of Actinote zikani (D’Almei<strong>da</strong>) (Nymphali<strong>da</strong>e, Heliconiinae,<br />

Acraeini): Natural history, population biology and conservation of an en<strong>da</strong>ngered butterfly in SE Brazil.<br />

Journal of the Lepidopterists’ Society 59(3): 134-142.<br />

Grimaldi, D. & M. S. Engel. 2005. Evolution of the Insects. Cambridge University Press, New York, xv + 755pp.<br />

Lewinsohn, T. M., A. V. L. Freitas & P. I. Prado. 2005. Conservation of Terrestrial Invertebrates and Their Habitats in Brazil.<br />

Conservation Biology, 19(3): 640-645.<br />

102


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Machado, A.B.M., Martins, C.S. & Drummond, G.M. (eds.). 2005. Lista <strong>da</strong> fauna brasileira ameaça<strong>da</strong> de extinção. Incluindo<br />

as listas <strong>da</strong>s espécies quase ameaça<strong>da</strong>s e deficientes em <strong>da</strong>dos. Fun<strong>da</strong>ção Biodiversitas, Belo Horizonte.<br />

Uehara-Prado, M., A. V. L. Freitas, R. B. Francini & K. S. Brown Jr. 2004. Guia <strong>da</strong>s borboletas frugívoras <strong>da</strong> Reserva Estadual<br />

do Morro Grande e região de Caucaia do Alto, Cotia (SP). Biota Neotropica, 4(1): 1-25.<br />

Uehara-Prado, M., A. V. L. Freitas & K. S. Brown Jr. 2005. Biological traits of frugivorous butterflies in a fragmented<br />

and a continuous landscape in the South Brazilian Atlantic Forest. Journal of the Lepidopterists’ Society 59(2):<br />

96-106.<br />

Uehara-Prado, M. K. S. Brown Jr. & A. V. L. Freitas. 2007. Species richness, composition and abun<strong>da</strong>nce of fruit-feeding<br />

butterflies in the Brazilian Atlantic Forest: comparison between a fragmented and a continuous landscape. Global<br />

Ecology and Biogeography, 16: 43-54.<br />

103


CAPÍTULO 6<br />

Gisel<strong>da</strong> Durigan<br />

Maria Candi<strong>da</strong> Henrique Mamede<br />

Natalia Macedo Ivanauskas<br />

Marinez Ferreira de Siqueira<br />

Carlos Alfredo Joly<br />

Cláudio de Moura<br />

Fábio de Barros<br />

Flaviana Maluf de Souza<br />

Francisco Eduardo Silva Pinto Vilela<br />

Frederico Alexandre Roccia <strong>da</strong>l Pozzo Arzolla<br />

Geraldo Antônio Daher Correa Franco<br />

Inês Cordeiro<br />

Ingrid Koch<br />

João Batista Baitello<br />

Julio Antônio Lombardi<br />

Letícia Ribes de Lima<br />

Lucia G. Lohmann<br />

Luis Carlos Bernacci<br />

Marco Antônio de Assis<br />

Marcos Pereira Marinho Ai<strong>da</strong>r<br />

Maria <strong>da</strong>s Graças Lapa Wanderley<br />

Maria Teresa Zugliani Toniato<br />

Milena Ribeiro<br />

Milton Groppo<br />

Osmar Cavassan<br />

Paulo Takeo Sano<br />

Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

Simey Thury Vieira Fisch<br />

Suzana Ehlin Martins<br />

c a p í t u l o<br />

Fanerógamas<br />

6.6<br />

104


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

As plantas do grupo <strong>da</strong>s fanerógamas formam o maior componente de biomassa dos ecossistemas<br />

naturais terrestres e dão suporte, direta ou indiretamente, a to<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong> animal do planeta. Estimase<br />

que existam, em todo o mundo, 806 espécies de gimnospermas (15 delas ocorrendo no Brasil) e<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

entre 240.000 e 250.000 espécies de angiospermas, <strong>da</strong>s quais entre 40.000 e 45.000 ocorrem nos<br />

ecossistemas brasileiros (LEWINSOHN & PRADO, 2005).<br />

A flora paulista está sendo levanta<strong>da</strong> por meio do projeto temático “Flora Fanerogâmica do Estado<br />

de São Paulo” (FFESP), subvencionado pela Fun<strong>da</strong>ção de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo ─<br />

FAPESP e auxílio complementar do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico<br />

─ CNPq. O resultado do projeto será uma coleção com aproxima<strong>da</strong>mente 15 volumes, com média de<br />

450 espécies por volume, contendo descrições de to<strong>da</strong>s as fanerógamas nativas ou espontâneas do<br />

Estado de São Paulo, <strong>para</strong> as quais, com base nas informações conti<strong>da</strong>s no banco de <strong>da</strong>dos do projeto,<br />

estimou-se inicialmente 1.500 gêneros e 8.000 espécies (SHEPHERD, 1998). Quando <strong>da</strong> publicação do<br />

primeiro volume <strong>da</strong> coleção (WANDERLEY et al., 2001), a estimativa, já com base no levantamento do<br />

material depositado em herbários, passou a ser de 7.500 espécies <strong>para</strong> o grupo.<br />

A preservação de espécies vegetais depende de ações volta<strong>da</strong>s à conservação integral de seu<br />

habitat, com a manutenção de todos os seus componentes e processos ecológicos. Por isso, os alvos<br />

principais que nortearam as estratégias <strong>para</strong> a proteção <strong>da</strong>s espécies do grupo <strong>da</strong>s fanerógamas foram<br />

os ecossistemas em que ocorrem, quer seja pela sua fragili<strong>da</strong>de, grau de destruição ou representativi<strong>da</strong>de<br />

nas Uni<strong>da</strong>des de Conservação já existentes e nas diferentes regiões do estado.<br />

Dentre as formações vegetais existentes no Estado de São Paulo, a Floresta Estacional Semidecidual<br />

(Mata Atlântica do interior, Mata Mesófila ou Mata de Planalto) ocupava a maior área,<br />

segui<strong>da</strong> <strong>da</strong> Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica <strong>da</strong> Serra do Mar / Paranapiacaba), Cerrado,<br />

Floresta Ombrófila Mista (Mata de Araucária), Floresta Estacional Decidual, Campos, Restinga e<br />

Mangue. Ca<strong>da</strong> uma dessas formações tem suas espécies características e, também, peculiari<strong>da</strong>des<br />

regionais. O Sistema Estadual de Uni<strong>da</strong>des de Conservação deve levar em conta essa variação,<br />

<strong>para</strong> que venha a ser representativo dos diferentes padrões fitogeográficos existentes dentro<br />

de ca<strong>da</strong> tipo de vegetação.<br />

Dos tipos de vegetação existentes antes <strong>da</strong> colonização, a Floresta Estacional e o Cerrado foram<br />

os mais devastados, ambos, hoje, exibindo menos de 10% <strong>da</strong> cobertura previamente existente, além<br />

de estarem relativamente pouco representados em Uni<strong>da</strong>des de Conservação. A Mata de Araucária, a<br />

Floresta Estacional Decidual, os Campos, a Restinga e o Mangue, ain<strong>da</strong> que ocupem áreas pequenas<br />

no estado, são raros em Uni<strong>da</strong>des de Conservação e precisam ser melhor preservados. Até mesmo<br />

a Floresta Ombrófila Densa, contempla<strong>da</strong> com a maior extensão de área protegi<strong>da</strong>, precisa de ampliação,<br />

seja por ocorrer geralmente em terrenos altamente vulneráveis (encostas íngremes), por ter<br />

fitofisionomias ain<strong>da</strong> pouco representa<strong>da</strong>s, ou <strong>para</strong> garantir a conexão entre os grandes maciços<br />

formados pelas Uni<strong>da</strong>des de Conservação existentes, assegurando a continui<strong>da</strong>de de habitat <strong>para</strong> a<br />

fauna e o fluxo gênico.<br />

105


CAPÍTULO 6<br />

Lacunas de conhecimento e inventário<br />

A primeira etapa do trabalho do grupo consistiu na revisão dos bancos de <strong>da</strong>dos relativos a fanerógamas,<br />

disponíveis no Species Link e no SinBiota, pois continham diversos problemas, como a inclusão<br />

de espécies não-nativas, sinônimos botânicos e erros de grafia, entre outros. Após esse trabalho, os<br />

<strong>da</strong>dos disponíveis on line somavam 62.542 registros georreferenciados <strong>da</strong> ocorrência de 5.539 espécies<br />

<strong>da</strong> flora fanerogâmica paulista.<br />

Com base nesse banco de <strong>da</strong>dos depurado, foi possível mapear o esforço de coleta nas diferentes<br />

regiões do estado, segundo as Uni<strong>da</strong>des de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI). Tais<br />

informações servirão <strong>para</strong> nortear ações e políticas de incentivo a inventários de biodiversi<strong>da</strong>de, tanto<br />

pelas instituições públicas de fomento, quanto pelos institutos de pesquisa do estado e universi<strong>da</strong>des<br />

(públicas ou priva<strong>da</strong>s).<br />

Para obter o grau de priori<strong>da</strong>de de inventários botânicos, as UGRHIs foram classifica<strong>da</strong>s segundo<br />

os seguintes critérios: priori<strong>da</strong>de muito alta: menos de 1.000 registros de coleta existentes, de plantas<br />

do grupo <strong>da</strong>s fanerógamas; priori<strong>da</strong>de alta: 1.001 a 3.000 registros; priori<strong>da</strong>de média: 3.001 a 5.000<br />

registros existentes ou mais de 5.000 registros, mas nem to<strong>da</strong>s as bacias de 5ª ordem amostra<strong>da</strong>s; priori<strong>da</strong>de<br />

baixa: mais de 5.000 registros existentes na UGRHI e to<strong>da</strong>s as bacias de 5ª ordem amostra<strong>da</strong>s.<br />

Além do grande desequilíbrio no esforço de coleta, com forte carência de inventários em todo<br />

o norte, oeste e nordeste do estado, a partir <strong>da</strong> análise dos bancos de <strong>da</strong>dos constatou-se um esforço<br />

desproporcional em levantamentos de espécies arbóreas e arbustivas, sendo recomendável intensificar<br />

as coletas de outras formas de vi<strong>da</strong> de fanerógamas, como as trepadeiras, epífitas e plantas herbáceas.<br />

Devem ser criados mecanismos de estímulo ao georreferenciamento de novas coletas e à disponibilização<br />

de todos os registros já existentes nos bancos de <strong>da</strong>dos on line, que poderão proporcionar<br />

avanços consideráveis no conhecimento sobre a flora fanerogâmica paulista e nas ações volta<strong>da</strong>s à sua<br />

conservação.<br />

Espécies-alvo e áreas prioritárias <strong>para</strong> a<br />

criação de novas Uni<strong>da</strong>des de Conservação<br />

A partir do banco de <strong>da</strong>dos de ocorrência de espécies de fanerógamas, elegeram-se, como espéciesalvo,<br />

aquelas que constavam <strong>da</strong>s listas de espécies ameaça<strong>da</strong>s de extinção e aquelas que apareciam<br />

nos bancos de <strong>da</strong>dos com uma única ocorrência, sendo, provavelmente, muito raras no Estado de São<br />

Paulo. Utilizando esses critérios, foram eleitas como alvos específicos <strong>para</strong> a conservação 976 espécies<br />

de fanerógamas (17,6% do total).<br />

Com base na ocorrência dessas espécies-alvo, foi gera<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s ferramentas utiliza<strong>da</strong>s posteriormente<br />

na indicação de áreas prioritárias <strong>para</strong> a criação de novas Uni<strong>da</strong>des de Conservação, as quais<br />

foram classifica<strong>da</strong>s pela insubstituibili<strong>da</strong>de e vulnerabili<strong>da</strong>de.<br />

106


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Nesta etapa, de indicação de áreas prioritárias <strong>para</strong> criação de novas Uni<strong>da</strong>des de Conservação,<br />

foram utiliza<strong>da</strong>s as seguintes ferramentas:<br />

mapa <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI), classifica<strong>da</strong>s segundo o<br />

grau de priori<strong>da</strong>de <strong>para</strong> a criação de Uni<strong>da</strong>des de Conservação, assim estabelecido: priori<strong>da</strong>de<br />

muito alta: nenhuma UC existente dentro dos limites <strong>da</strong> UGRHI; priori<strong>da</strong>de alta: uma UC<br />

existente, não incluindo todos os tipos de vegetação <strong>da</strong> UGRHI; priori<strong>da</strong>de média: uma UC<br />

existente contendo todos os tipos de vegetação ou mais de uma UC existente, mas nem todos<br />

os tipos de vegetação representados; priori<strong>da</strong>de baixa: mais de uma UC existente na UGRHI,<br />

com todos os tipos de vegetação incluídos em UCs;<br />

mapa <strong>da</strong>s áreas remanescentes com cobertura vegetal natural, classifica<strong>da</strong>s pelo tipo de vegetação<br />

e mapea<strong>da</strong>s por UGRHI (Inventário Florestal do Estado) (KRONKA et al., 2005);<br />

mapa <strong>da</strong>s áreas indica<strong>da</strong>s como prioritárias <strong>para</strong> criação de UCs de Cerrado, pelo projeto “Viabili<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> Conservação dos Remanescentes de Cerrado no Estado de São Paulo”, do Programa<br />

BIOTA-FAPESP (DURIGAN et al., 2006);<br />

mapa <strong>da</strong>s áreas indica<strong>da</strong>s como prioritárias <strong>para</strong> criação de UCs no estado como um todo pelo<br />

projeto “Áreas Especialmente Protegi<strong>da</strong>s no Estado de São Paulo: Levantamento e Definição de<br />

Parâmetros <strong>para</strong> Administração e Manejo” (Políticas Públicas-FAPESP) (MARINO et al., 2004);<br />

áreas indica<strong>da</strong>s como prioritárias <strong>para</strong> a conservação dos ecossistemas na Serra do Mar/Paranapiacaba<br />

(DURIGAN et al., submetido);<br />

mapa de ocorrência de espécies ameaça<strong>da</strong>s ou registros únicos e classificação dos fragmentos<br />

pela insubstituibili<strong>da</strong>de e vulnerabili<strong>da</strong>de (ferramentas desenvolvi<strong>da</strong>s <strong>para</strong> este projeto).<br />

Entre as áreas indica<strong>da</strong>s como prioritárias <strong>para</strong> a criação de novas Uni<strong>da</strong>des de Conservação ou<br />

ampliação <strong>da</strong>s já existentes estão: a) as poucas áreas íntegras de Restinga e Mangue na orla litorânea;<br />

b) as Matas de Araucária e de altitude; c) os Campos <strong>da</strong> região sul do estado e <strong>da</strong>s serras <strong>da</strong> Bocaina e<br />

<strong>da</strong> Mantiqueira; d) as Florestas Estacionais Deciduais <strong>da</strong>s raras encostas rochosas do interior paulista; e)<br />

as áreas brejosas do Pantanal Paulista e dos Buritizais do norte do estado; f) os raros fragmentos de Cerradão<br />

e de Ecótono Cerrado/Floresta no centro-oeste do estado e; g) os quase extintos remanescentes<br />

de Cerrado típico no Vale do Paraíba e nordeste do estado.<br />

Além dessas rari<strong>da</strong>des, foram indicados os poucos fragmentos remanescentes com área extensa<br />

de Floresta Estacional Semidecidual, muito mal representa<strong>da</strong> nas Uni<strong>da</strong>des de Conservação existentes<br />

e, por fim, algumas áreas extensas <strong>da</strong> Serra do Mar considera<strong>da</strong>s fun<strong>da</strong>mentais <strong>para</strong> a manutenção<br />

<strong>da</strong> integri<strong>da</strong>de do Parque Estadual <strong>da</strong> Serra do Mar e de outras Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Floresta<br />

Ombrófila Densa.<br />

Adicionalmente às áreas indica<strong>da</strong>s <strong>para</strong> a criação de Uni<strong>da</strong>des de Conservação em terras públicas,<br />

foram indicados fragmentos de vegetação natural com relevância biológica <strong>para</strong> a conservação<br />

na forma de Reservas Particulares do Patrimônio Natural ─ RPPNs, categoria de manejo que poderia<br />

multiplicar-se no estado mediante políticas públicas de estímulo à sua criação.<br />

107


CAPÍTULO 6<br />

Ações prioritárias <strong>para</strong> a<br />

restauração de ecossistemas<br />

Com base, sobretudo, na intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> devastação, as Uni<strong>da</strong>des de Gerenciamento de Recursos Hídricos<br />

(UGRHI) foram classifica<strong>da</strong>s pelo grau de priori<strong>da</strong>de de ações direciona<strong>da</strong>s <strong>para</strong> a recuperação<br />

<strong>da</strong> cobertura vegetal. Adotaram-se os seguintes critérios: priori<strong>da</strong>de muito alta: menos de 20% de<br />

cobertura vegetal natural remanescente; priori<strong>da</strong>de alta: 20% a 29%; priori<strong>da</strong>de média: 30% a 49%;<br />

priori<strong>da</strong>de baixa: 50% ou mais <strong>da</strong> área <strong>da</strong> UGRHI ocupa<strong>da</strong> por vegetação nativa.<br />

De modo geral, exceto na face leste e na região sul, o Estado de São Paulo encontra-se severamente<br />

desprovido de vegetação natural remanescente, sendo urgentes ações que venham a facilitar a<br />

conservação e a restauração dos ecossistemas.<br />

As recomen<strong>da</strong>ções do grupo são de que, <strong>para</strong> as UGRHIs classifica<strong>da</strong>s como de priori<strong>da</strong>de<br />

máxima <strong>para</strong> restauração de ecossistemas, sejam desenvolvi<strong>da</strong>s estratégias, antes de mais na<strong>da</strong>, com<br />

o objetivo de evitar novos desmatamentos. É desejável que todos os fragmentos remanescentes localizados<br />

além dos limites <strong>da</strong>s Área de Preservação Permanente – APPs sejam destinados a Reservas<br />

Legais, sendo contabilizados nos 20% <strong>da</strong> área <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des em que se encontram, e com o excedente<br />

vindo a ser averbado como Reserva Legal de outras proprie<strong>da</strong>des, na forma de arren<strong>da</strong>mento<br />

ou quaisquer outros arranjos que venham a ser benéficos <strong>para</strong> o proprietário e <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong><br />

natureza. Para as proprie<strong>da</strong>des com menos de 20% de áreas naturais remanescentes são necessárias<br />

ações de restauração.<br />

Ações imediatas precisam ser empreendi<strong>da</strong>s com vistas à restauração dos ecossistemas nas diferentes<br />

regiões, com priori<strong>da</strong>de <strong>para</strong> as APPs. Essas ações devem compreender: o fortalecimento <strong>da</strong><br />

fiscalização e autuação de infrações, a intensificação de pesquisas sobre técnicas de restauração <strong>para</strong><br />

todos os tipos vegetacionais, a produção de sementes e mu<strong>da</strong>s com suporte do estado e ações de fomento<br />

e facilitação <strong>da</strong> restauração pelos proprietários rurais.<br />

Agradecimentos<br />

Os autores agradecem a todos os especialistas em fanerógamas que contribuíram no árduo trabalho de<br />

revisar as listas de espécies disponíveis nos bancos de <strong>da</strong>dos, as quais foram utiliza<strong>da</strong>s na indicação de<br />

espécies-alvo.<br />

Literatura cita<strong>da</strong><br />

Durigan, G.; Ivanauskas, N.M.; Nalon, M.A.; Ribeiro, M.C.; Kanashiro, M.M.; Costa, H.B.; Santiago, C.M. & Simões, L.<br />

Protocolo de avaliação de áreas prioritárias <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong> Mata Atlântica na Serra do Mar/Paranapiacaba.<br />

Revista do Instituto Florestal (submetido).<br />

108


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Durigan, G.; Siqueira, M.F.; Franco, G.A.D.C. & Ratter, J.A. 2006. Seleção de fragmentos prioritários <strong>para</strong> a criação de Uni<strong>da</strong>des<br />

de Conservação do cerrado no Estado de São Paulo. Revista do Instituto Florestal 18 (n. único): 23-37.<br />

Kronka, F.J.N.; Nalon, M.A.; Matsukuma, C.K ; Kanashiro, M.M. ; Ywane, M.S.S. ; Pavão, M.; Durigan, G.; Lima, L.M.P.R.;<br />

Guillaumon, J.R.; Baitello, J.B.; Borgo, S.C.; Manetti, L.A.; Barra<strong>da</strong>s, A.M.F.; Fuku<strong>da</strong>, J.C.; Shi<strong>da</strong>, C.N.; Monteiro,<br />

C.H.B.; Pontinha, A.A.S.; Andrade, G.G.; Barbosa, O.; Soares, A.P.; Joly, C.A. & Couto, H.T.Z. 2005. Inventário<br />

florestal <strong>da</strong> vegetação natural do Estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente / Instituto Florestal,<br />

Imprensa Oficial. 200 p.<br />

Lewinsohn, T.M. & Prado, P.I. 2005. Quantas espécies há no Brasil Pp. 36-42 In: Megadiversi<strong>da</strong>de. Vol. 1, n.1 Belo Horizonte:<br />

Conservation International.<br />

Marino, L.; Goulardins, E. & Coutinho, D.M. 2004. Ranking de 109 Fragmentos de Ecossistemas do Estado de São Paulo.<br />

In: Projeto Áreas Especialmente Protegi<strong>da</strong>s no Estado de São Paulo: Levantamento e Definição de Parâmetros <strong>para</strong><br />

Administração e Manejo – Fase – II. São Paulo: Fun<strong>da</strong>ção <strong>para</strong> a Conservação e a Produção Florestal do Estado de<br />

São Paulo, Relatório Científico final do Programa de Políticas Públicas Processo FAPESP nº. 1998/13.969.<br />

Shepherd, G.J. 1998. Estudo <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de de espécies de Spermatophyta (fanerógamas). Pp. 63-76 In: Bicudo,<br />

C.E.M. & Shepherd, G.J. (orgs.) Biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do<br />

século XX. 2: fungos macroscópicos e plantas. São Paulo: FAPESP.<br />

Wanderley, M.G.L.; Shepherd, G.J. & Giulietti, A.M. (coords.) 2001. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Volume<br />

1. São Paulo: FAPESP / HUCITEC. 292p.<br />

109


CAPÍTULO 6<br />

Jefferson Prado<br />

Marcelo Pinto Marcelli<br />

Algas<br />

Fungos<br />

Líquens<br />

Briófitas<br />

Pteridófitas<br />

Carlos Eduardo de Mattos Bicudo<br />

Denise de Campos Bicudo<br />

Adriana de Mello Gugliotta<br />

Marcelo Pinto Marcelli<br />

Olga Yano<br />

Denilson Fernandes Peralta<br />

Jefferson Prado<br />

c a p í t u l o<br />

Criptógamas<br />

6.7<br />

110


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Criptógamas<br />

O termo Criptógamas, ain<strong>da</strong> de uso comum, é remanescente do tempo em que os reinos de seres vivos<br />

eram divididos apenas entre animais e vegetais, e os vegetais se<strong>para</strong>dos em dois grandes grupos: as<br />

fanerógamas, que produzem flores, e as criptógamas, que não as possuem.<br />

Com o reconhecimento <strong>da</strong>s últimas déca<strong>da</strong>s de que existem, na reali<strong>da</strong>de, outros reinos de seres<br />

vivos, do antigo reino vegetal emergiram vários reinos bastante diferentes entre si, e as próprias criptógamas<br />

foram reconheci<strong>da</strong>s como pertencentes a pelo menos três deles: protista, vegetal e fungos.<br />

Estes reinos, e mesmo os subgrupos deles, apresentam requisitos ecológicos e distribuição muito<br />

diferentes entre si, e este foi o principal problema encontrado pelo grupo de pesquisadores que se reuniu<br />

<strong>para</strong> definir as linhas prioritárias de ação <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong>s criptógamas na área continental<br />

do Estado de São Paulo, abor<strong>da</strong>ndo os grupos <strong>da</strong>s algas, fungos, líquens, briófitas e pteridófitas.<br />

Além disso, a situação do conhecimento científico atual é muito diferente <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> um desses<br />

grupos, variando desde quase nulo a razoavelmente conhecido. Entretanto, mesmo o mais conhecido<br />

deles está ain<strong>da</strong> longe de se poder dizer conhecido <strong>para</strong> o estado e, normalmente, também <strong>para</strong> o Brasil<br />

como um todo.<br />

Por esses motivos, se tornou absolutamente necessário que ca<strong>da</strong> grupo fosse tratado de maneira<br />

independente .<br />

Algas<br />

Constituem o grupo mais antigo de plantas existente sobre a face <strong>da</strong> Terra. Há documentos fósseis que<br />

provam a presença de cianofíceas (também chama<strong>da</strong>s cianobactérias) povoando nosso planeta desde<br />

o Pré-Cambriano, isto é, desde há cerca de 2,5 bilhões de anos.<br />

As algas formam um conjunto extremamente diversificado de organismos, cuja única característica<br />

comum é a ausência de um tecido constituído de células estéreis envolvendo as estruturas de<br />

reprodução. Em se tratando de organismos muito primitivos, seu corpo vegetativo pode ser constituído<br />

por uma única célula ou por muitas, por milhões de células que se agrupam em tecidos <strong>para</strong> desempenhar<br />

funções específicas, como nutrição (fotossíntese), reserva de alimento, condução de soluções,<br />

etc. Este último tipo de algas já tem forma pareci<strong>da</strong> com a de plantas mais evoluí<strong>da</strong>s, que imitam raiz,<br />

caule e folhas. Quer muito primitivo (unicelular) quer mais evoluído (multicelular), o tipo de corpo <strong>da</strong>s<br />

algas é chamado talo. A grande maioria <strong>da</strong>s algas tem tamanhos microscópicos (desde uns poucos milésimos<br />

até vários centésimos de milímetro), mas há várias que atingem tamanhos visíveis a olho nu e<br />

que variam desde alguns centímetros até 30 ou 35 metros de comprimento. As últimas são habitantes,<br />

principalmente, de mares frios.<br />

Ain<strong>da</strong> por serem organismos primitivos, as algas são capazes de habitar os mais variados tipos<br />

de ambientes. São, dominantemente, aquáticas vivendo tanto em água doce quanto salga<strong>da</strong>, além de<br />

111


CAPÍTULO 6<br />

todos os graus intermediários de salini<strong>da</strong>de, inclusive, o hipersalino. Podem também ocorrer em ambientes<br />

subaéreos (sobre troncos de árvores, pedras), sobre a superfície ou nas cama<strong>da</strong>s do solo até 2<br />

m de profundi<strong>da</strong>de, no interior de animais, de outras plantas ou de rochas, etc. De fato, ain<strong>da</strong> só não<br />

foram encontra<strong>da</strong>s nos desertos, pois as algas dependem de certa umi<strong>da</strong>de <strong>para</strong> sua vi<strong>da</strong>, principalmente<br />

<strong>para</strong> a reprodução.<br />

O estudo <strong>da</strong>s algas no Brasil <strong>da</strong>ta de 1833, mas seu avanço deu-se após 1950, com os trabalhos<br />

do Prof. Aylthon Brandão Joly, na Universi<strong>da</strong>de de São Paulo. Hoje, um número bastante significativo<br />

de especialistas dedica sua vi<strong>da</strong> à pesquisa de algas em nosso país, enfocando-as sob os mais diversos<br />

aspectos (morfologia, taxonomia, fisiologia, ecologia, bioquímica, biologia molecular, etc).<br />

Estima-se que ao redor de 40.000 espécies de algas sejam atualmente conheci<strong>da</strong>s em nível mundial.<br />

Para o Estado de São Paulo, a estimativa é de mais ou menos 5.500 espécies, <strong>da</strong>s quais pouco mais<br />

do que 2.500 são hoje conheci<strong>da</strong>s. No que tange as algas marinhas macroscópicas bentônicas, o estudo<br />

esmiuçado do material proveniente <strong>da</strong> região litorânea permitiu inventariar 308 tipos entre espécies,<br />

varie<strong>da</strong>des e formas taxonômicas, que constituem uma lista “limpa”, isto é, uma relação em que foram<br />

eliminados os sinônimos nomenclaturais e taxonômicos. O levantamento do material de água doce<br />

identificou, por seu lado, a ocorrência de 2.226 táxons constituindo uma lista “suja”, ou seja, em que<br />

não foram excluídos os sinônimos.<br />

São inúmeras as aplicações <strong>da</strong>s algas no mundo atual. Sem sombra de dúvi<strong>da</strong>, as algas que chamam<br />

a maior atenção hoje, graças à extensão crescente dos <strong>da</strong>nos que causam, são as cianofíceas<br />

formadoras de florações (quanti<strong>da</strong>des imensas de organismos na água, capazes de mostrar sua presença<br />

a olho nu). Essas algas podem provocar ver<strong>da</strong>deiras mortan<strong>da</strong>des de peixes por asfixia ou produzir<br />

substâncias tóxicas (cianotoxinas) também responsáveis pela morte de aves aquáticas, carneiros, bois e<br />

até de seres humanos. Entretanto, também há certas cianofíceas benéficas, que enriquecem o solo com<br />

nutrientes (fósforo e nitrogênio) ou servem de alimento direto <strong>para</strong> o homem. Na alimentação, contudo,<br />

muito mais conheci<strong>da</strong>s são as formas macroscópicas de algas marinhas (wakame, nori, kombu, como<br />

são conheci<strong>da</strong>s entre os povos orientais) consumi<strong>da</strong>s pela comuni<strong>da</strong>de, principalmente, de japoneses,<br />

coreanos e chineses e seus descendentes no Brasil. As algas podem também ser utiliza<strong>da</strong>s na indústria<br />

alimentícia, na constituição do líquido protetor de carnes enlata<strong>da</strong>s; na indústria farmacêutica, na produção<br />

de laxantes intestinais, cápsulas energéticas moderadoras do apetite e de abrasivo nos cremes<br />

dentifrícios; na indústria <strong>da</strong> construção, na produção de tijolos refratários ao calor e como aditivo ao<br />

concreto na construção de grandes barragens <strong>para</strong> as usinas hidrelétricas; no tratamento de esgotos,<br />

através <strong>da</strong>s chama<strong>da</strong>s lagoas de estabilização; e em muitos outros usos do nosso dia-a-dia. São também<br />

muito utiliza<strong>da</strong>s na avaliação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> água (bioindicação), bem como na páleo-reconstrução<br />

de ambientes alterados como, por exemplo, na mu<strong>da</strong>nça climática global, chuva áci<strong>da</strong>, eutrofização<br />

(enriquecimento <strong>da</strong> água por ação antrópica resultante do aumento, principalmente, <strong>da</strong> concentração<br />

de nitrogênio e fósforo, que causa deterioração <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> água e efeitos deletérios à biodiversi<strong>da</strong>de<br />

do ambiente).<br />

112


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Não existem, entretanto, espécies de algas ameaça<strong>da</strong>s de extinção. Parece um contra-senso, mas<br />

não é. Entretanto, como as algas são habitantes de ambiente aquáticos e totalmente dependentes <strong>da</strong><br />

água <strong>para</strong> a consumação de seu ciclo vital, qualquer alteração nas características físicas ou químicas<br />

do corpo d’água pode causar <strong>da</strong>no à manutenção de sua presença no ambiente. Dependendo <strong>da</strong> magnitude<br />

do <strong>da</strong>no, pode ocorrer o desaparecimento de certas espécies, menos resistentes, que cedem o<br />

espaço <strong>para</strong> o desenvolvimento de outras, mais resistentes, entre as quais algumas que podem ser até<br />

extremamente prejudiciais <strong>para</strong> a saúde humana. No caso de um <strong>da</strong>no ain<strong>da</strong> maior, pode ocorrer até<br />

a extinção completa de to<strong>da</strong>s as espécies de algas que habitam aquele ambiente. Neste caso, rompese<br />

o equilíbrio inicial do ambiente, com a possibili<strong>da</strong>de de desaparecerem os herbívoros menores, as<br />

espécies de peixes que se alimentam de algas, as aves que usam os peixes como alimento, etc. Em<br />

suma, o desequilíbrio no ambiente aquático pode gerar outro, no ambiente terrestre circun<strong>da</strong>nte, isto<br />

é, o primeiro equilíbrio rompido será, fatalmente, substituído por outro, que pode não ser favorável ao<br />

ambiente maior que cerca o corpo d’água. Outras espécies se estabelecerão nos arredores e entre elas<br />

algumas que podem não ser benéficas <strong>para</strong> a saúde do grande ecossistema e, inclusive, do homem.<br />

Fungos<br />

Fungos são organismos aclorofilados, heterotróficos que produzem enzimas de ação extracelular que<br />

atuam diretamente no substrato, transformando-o em compostos mais simples que são então absorvidos.<br />

O Reino Fungi é bastante heterogêneo, inclui fungos microscópicos normalmente considerados<br />

entre os microrganismos, como os Chytridiomycota (fungos aquáticos) e Zygomycota (fungos terrestres<br />

decompositores de compostos simples como celulose e sacarose, e fungos micorrízicos), assim como<br />

espécies macroscópicas que formam estruturas de reprodução conspícuas, como os Ascomycota e<br />

Basidiomycota (em sua maioria terrestre, decompositores de moléculas complexas como celulose e<br />

lignina, <strong>para</strong>sitas, ou em associações mutualísticas), usualmente considera<strong>da</strong>s entre as Criptógamas.<br />

Estes organismos apresentam ciclo de vi<strong>da</strong> complexo e distinto <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> grupo. O estudo <strong>da</strong>s espécies<br />

microscópicas normalmente se faz através <strong>da</strong> coleta de amostras de solo e água, que são conduzi<strong>da</strong>s<br />

ao laboratório e expostas a substratos adequados <strong>para</strong> que os organismos cresçam e se reproduzam<br />

e possam, assim, ser identificados. Para o estudo dos fungos macroscópicos, são coleta<strong>da</strong>s as estruturas<br />

visíveis (cogumelos), que na<strong>da</strong> mais são que estruturas de reprodução. No entanto, é importante<br />

lembrar que esta estrutura é efêmera e que o organismo está presente dentro do substrato, na forma<br />

micelial, nem sempre visível.<br />

Popularmente conhecidos por mofos, bolores, leveduras, cogumelos e orelhas-de-pau, os fungos<br />

estão presentes em todos os biomas, em ambientes aquáticos e terrestres, onde atuam como decompositores,<br />

<strong>para</strong>sitas ou formam associações mutualísticas, como líquens e micorrizas. A principal função<br />

ecológica dos fungos resulta de sua ativi<strong>da</strong>de como decompositores de restos animais e vegetais, constituindo<br />

um dos elos essenciais na ciclagem dos nutrientes, liberando-os de tal forma que possam ser<br />

113


CAPÍTULO 6<br />

reutilizados por outros organismos. De primordial importância é a atuação <strong>da</strong>s espécies lignícolas, uma<br />

vez que a madeira é o maior componente <strong>da</strong> biosfera, representando mais de 90% <strong>da</strong> biomassa em<br />

ecossistemas florestais. Além disso, espécies de fungos basidiomicetos parecem ser as únicas capazes<br />

de mineralizar a molécula de lignina presente na madeira a qual, por si só, representa um quinto <strong>da</strong><br />

produção anual de biomassa terrestre.<br />

Grande parte <strong>da</strong>s espécies apresenta ampla distribuição geográfica, muitas são cosmopolitas ou<br />

estão largamente distribuí<strong>da</strong>s nas regiões tropicais do globo. Assim, a maioria <strong>da</strong>s espécies que ocorrem<br />

no Estado de São Paulo não é endêmica e está presente em outras regiões do Brasil e do mundo. Os<br />

fungos são fun<strong>da</strong>mentais na manutenção dos ecossistemas aquáticos e terrestres onde participam <strong>da</strong><br />

ciclagem dos nutrientes, e a preservação dos biomas está intimamente relaciona<strong>da</strong> à preservação deste<br />

grupo de organismos.<br />

Apesar de sua grande importância ecológica, os fungos constituem um dos grupos menos estu<strong>da</strong>dos<br />

entre as criptógamas no Estado de São Paulo. De acordo com a literatura, existem ca. 65.600<br />

espécies conheci<strong>da</strong>s em todo o mundo (KIRK et al., 2001). No diagnóstico do nível de conhecimento<br />

<strong>da</strong> micota paulista, efetuado em 1997, o número de espécies de fungos conheci<strong>da</strong>s <strong>para</strong> o estado foi<br />

estimado em ca. 3.000, mostrando a grande lacuna no conhecimento deste grupo de organismos, principalmente<br />

devido a falta de taxonomistas. Por se tratar de um grupo altamente heterogêneo, os <strong>da</strong>dos<br />

relacionados aos fungos encontram-se esparsos e foram apresentados por Capelari et al. (1998) <strong>para</strong><br />

os fungos macroscópicos, incluindo Ascomycota e Basidiomycota, enquanto fungos tratados como microrganismos<br />

foram considerados à parte; Rodrigues-Heerklotz & Pfenning (1999) apresentam os <strong>da</strong>dos<br />

<strong>para</strong> Ascomycota, Trufem (1999) <strong>para</strong> os Zygomycota, Milanez (1999) relata sobre Chytridiomycota e<br />

Grandi (1999) sobre fungos deuteromicetos ou mitospóricos.<br />

Praticamente não houve incremento significativo no conhecimento <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de fúngica paulista<br />

após esse diagnóstico, principalmente <strong>da</strong>s regiões norte e oeste do estado, sendo a Mata Atlântica o<br />

bioma mais amostrado até o momento. Para os basidiomicetos (cogumelos e orelhas-de-pau), um dos<br />

mais estu<strong>da</strong>dos entre os fungos, houve incremento de 86 espécies (CAPELARI; GUGLIOTTA, 2006).<br />

Não há <strong>da</strong>dos <strong>para</strong> os demais grupos de fungos.<br />

Assim, a realização de levantamentos dos diversos grupos de fungos e a formação de taxonomistas são<br />

prioritários <strong>para</strong> subsidiar ações de preservação e recuperação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo.<br />

Líquens<br />

Líquens são estruturas forma<strong>da</strong>s por fungos que se associam a uma alga ou uma cianobactéria,<br />

de quem obtém o alimento ao “roubar-lhes” o produto <strong>da</strong> fotossíntese. Esses fotobiontes normalmente<br />

vivem dentro do corpo (talo) do líquen e constituem apenas uma pequenina porção dele, de modo<br />

que, taxonomicamente, os líquens são tratados como sendo fungos. A liquenização apareceu muitas<br />

vezes em épocas e grupos diferentes dentro do reino dos fungos, e é uma grande regra de vi<strong>da</strong> dentro<br />

114


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

do reino, principalmente no filo Ascomycetes, em que a metade <strong>da</strong>s espécies conheci<strong>da</strong>s ocorre na<br />

natureza exclusivamente na forma liqueniza<strong>da</strong> (associa<strong>da</strong> a uma determina<strong>da</strong> espécie de fotobionte)<br />

(MARCELLI, 1998, 2006). Assim sendo, líquens não podem ser tratados como um grupo taxonômico,<br />

mas sim como uma forma biológica presente em vários grupos diferentes.<br />

Como os líquens necessitam expor as algas à luz <strong>para</strong> realização de fotossíntese, eles crescem<br />

bem visíveis sobre os substratos, ao contrário dos fungos não liquenizados, que normalmente crescem<br />

dentro do substrato, do qual se alimentam.<br />

Os líquens aparecem como manchas de várias cores sobre troncos de árvores, rochas ou mesmo<br />

no solo, ou ain<strong>da</strong> como estruturas foliosas de aparência recorta<strong>da</strong> ou, ain<strong>da</strong>, como formas filamentosas<br />

pendentes de galhos e rochas, as famosas barbas-de-velho (gêneros Usnea e Ramalina no Brasil), e crescem<br />

no máximo alguns milímetros por ano (MARCELLI, 2006), razão pela qual qualquer <strong>da</strong>no a uma<br />

comuni<strong>da</strong>de liquênica demora algumas déca<strong>da</strong>s <strong>para</strong> ser recuperado, e qualquer ativi<strong>da</strong>de extrativista<br />

de líquens deve ser absolutamente impedi<strong>da</strong> e fortemente reprimi<strong>da</strong>.<br />

O número de espécies estimado <strong>para</strong> o mundo varia de 30.000 a 50.000 de acordo com o autor.<br />

São menciona<strong>da</strong>s cerca de 3.000 espécies <strong>para</strong> o Brasil (são espera<strong>da</strong>s cerca de 5.000) e cerca de 600<br />

<strong>para</strong> o Estado de São Paulo, um acréscimo de 100 espécies em relação à avaliação de 10 anos atrás<br />

(MARCELLI, 1998). Dissertações de Mestrado recentes demonstraram que tanto no litoral quanto nos<br />

cerrados paulistas, a quanti<strong>da</strong>de de novi<strong>da</strong>des taxonômicas chega a 20% na família Parmeliaceae, a<br />

mais bem estu<strong>da</strong><strong>da</strong> no planeta (BENATTI, 2005; JUNGBLUTH, 2006). Em gêneros de famílias menos<br />

conheci<strong>da</strong>s, como Heterodermia (MARTINS, 2007) e Leptogium (CUNHA, 2007, litoral sul), a quanti<strong>da</strong>de<br />

de novi<strong>da</strong>des chegou a 30% e 50% respectivamente, numa clara demonstração do nível de<br />

desconhecimento sobre os líquens brasileiros. Centenas de outros gêneros de muitas famílias não têm<br />

qualquer estudo desde o início do século 20.<br />

Como os líquens apresentam grande preferência por hospedeiros e por habitats específicos, a<br />

conservação dos líquens paulistas está diretamente vincula<strong>da</strong> à conservação dos habitats naturais do<br />

Estado de São Paulo.<br />

Líquens estão presentes em todos os habitats e to<strong>da</strong>s as formações vegetais, embora sejam mais<br />

diversificados e abun<strong>da</strong>ntes em locais onde a alta luminosi<strong>da</strong>de ocorre conjuntamente com grandes<br />

oscilações <strong>da</strong> umi<strong>da</strong>de do ar. Estão quase totalmente ausentes de áreas com alta umi<strong>da</strong>de constante e<br />

dos locais com poluição aérea eleva<strong>da</strong>. São excelentes indicadores <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do ar e podem ser utilizados<br />

como indicadores de antigui<strong>da</strong>de de matas, microclimas e estágios sucessionais. A presença de<br />

alta diversi<strong>da</strong>de de espécies de Cladonia sobre o solo atesta a antigui<strong>da</strong>de <strong>da</strong> vegetação. Alta diversi<strong>da</strong>de<br />

e cobertura liquênica sobre troncos de árvores dos cerrados ocorrem apenas 20 a 30 anos após uma<br />

queima<strong>da</strong>. No total, as espécies de fungos liquenizados produzem mais de 700 substâncias diferentes,<br />

que normalmente apresentam importante ativi<strong>da</strong>de biológica (alelopática, antibiótica, antitumoral) ou<br />

têm potencial de estudo nesse sentido. Muitas aves, principalmente beija-flores, utilizam revestimento<br />

de líquens em seus ninhos construídos com escamas de pteridófitas ou briófitas.<br />

115


CAPÍTULO 6<br />

A possibili<strong>da</strong>de de uso de Canoparmelia texana (Tuck.) Elix & Hale como bioindicador brasileiro<br />

<strong>da</strong> poluição atmosférica tem sido estu<strong>da</strong><strong>da</strong> com sucesso em São Paulo (SAIKI et al., 2007).<br />

Os fungos liquenizados são os seres vivos menos conhecidos entre todos os estu<strong>da</strong>dos pela Botânica<br />

no Estado de São Paulo. Sendo assim, o levantamento de espécies, estudos taxonômicos, de<br />

distribuição, e de potencial uso como bioindicadores, além de formação de pessoal especializado e<br />

montagem de grandes coleções de referência, são absolutamente prioritários no estado. Nesse aspecto,<br />

quase na<strong>da</strong> foi alterado na situação relata<strong>da</strong> 10 anos atrás por Marcelli (1998). Em to<strong>da</strong>s as áreas<br />

geográficas, formações vegetais ou bacias hidrográficas, o conhecimento liquenológico está ain<strong>da</strong> em<br />

estágio inicial ou é absolutamente nulo.<br />

Briófitas<br />

As briófitas são o segundo maior grupo de plantas vivas, atrás apenas <strong>da</strong>s plantas com flores: a flora<br />

briofítica no mundo conta com ca. 24.000 espécies. No Brasil encontramos aproxima<strong>da</strong>mente 3.125<br />

espécies, distribuí<strong>da</strong>s em 450 gêneros e 110 famílias e <strong>para</strong> o Estado de São Paulo 1.156 espécies e 73<br />

varie<strong>da</strong>des, distribuí<strong>da</strong>s em 274 gêneros e 82 famílias (YANO, 1998).<br />

Este grupo vegetal é representado por três divisões: Anthocerotophyta (antóceros), Bryophyta<br />

(musgos) e Marchantiophyta (hepáticas).<br />

Popularmente são incluí<strong>da</strong>s como briófitas muitas outras plantas. É muito comum serem chama<strong>da</strong>s<br />

de musgos tanto as hepáticas como os fungos liquenizados do gênero Usnea, conhecido como<br />

“musgo-barba” e “barba-de-velho” e a Cladonia rangiferina como “musgo-de-rena”. Alguns fungos<br />

liquenizados folhosos podem ser confundidos com Riccardia (hepática talosa) e algumas fanerógamas<br />

<strong>da</strong> família Bromeliaceae (Tillandsia usneoides) são conheci<strong>da</strong>s como “musgo-espanhol”. Além disso,<br />

temos ain<strong>da</strong> a família Podostomataceae com os gêneros Mniopsis e Tristicha que lembram musgos.<br />

Além de inúmeras pteridófitas como himenofiláceas, selaginelas, licopodiáceas e outras.<br />

São encontra<strong>da</strong>s em quase todos os ambientes, desde as florestas ombrófilas extremamente úmi<strong>da</strong>s<br />

até as áreas de pouca umi<strong>da</strong>de como Cerrado, a Caatinga e o Deserto. Elas crescem nos mais variados<br />

substratos, tais como: tronco vivo, tronco podre, húmus, superfície de rochas, no solo arenoso,<br />

argiloso, calcário, sobre folhas vivas, barrancos úmidos e diversos materiais orgânicos.<br />

São o principal componente de ecossistemas como tundra e turfeiras (a extensão <strong>da</strong>s turfeiras na<br />

zona boreal é maior que <strong>da</strong>s florestas tropicais) desempenhando importante papel na reserva de água,<br />

troca de nutrientes e interações ecológicas.<br />

Apresentam sensibili<strong>da</strong>de à per<strong>da</strong> de água e por isso apresentam boa indicação de microclima,<br />

zonação altitudinal e mu<strong>da</strong>nças climáticas, e ain<strong>da</strong> a forma de absorção de água e nutrientes é utiliza<strong>da</strong><br />

no monitoramento <strong>da</strong> poluição do ar e <strong>da</strong> água, contaminação por metais pesados e radioativi<strong>da</strong>de.<br />

São também utiliza<strong>da</strong>s como bioindicadores ecológicos, paleoecológicos, de depósitos minerais, poluição<br />

<strong>da</strong> água e do ar.<br />

116


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

As briófitas apresentam várias aplicações diretas e indiretas <strong>para</strong> o uso do homem. Por exemplo<br />

Calymperaceae, Sphagnum e Leucobryum são muito usados em floricultura como meio de cultivo e<br />

aditivos <strong>para</strong> o solo. Sphagnum pode ain<strong>da</strong> ser usado na fabricação de papel, materiais de construção,<br />

isolante térmico (enchimento) e substituindo o algodão com grande eficiência por apresentar ação antisséptica.<br />

Algumas briófitas servem de alimento <strong>para</strong> peixes e ain<strong>da</strong> são usa<strong>da</strong>s na China no tratamento<br />

de doenças cardiovasculares.<br />

As briófitas têm grande importância no início <strong>da</strong> sucessão ecológica <strong>da</strong>s florestas recém-devasta<strong>da</strong>s,<br />

sendo responsáveis pela formação do húmus e a conseqüente redução do pH do solo, na retenção<br />

de água <strong>da</strong>s chuvas e ain<strong>da</strong> pela formação de um ótimo substrato <strong>para</strong> a germinação de sementes.<br />

Existem pássaros que utilizam as briófitas <strong>para</strong> a construção de seus ninhos, tornando-os mais macios.<br />

Dessa maneira é importante conhecer o grupo <strong>da</strong>s briófitas com vistas a documentar sua riqueza<br />

e diversi<strong>da</strong>de nos diversos ecossistemas do estado.<br />

A maioria dos trabalhos realizados revela grande quanti<strong>da</strong>de de novas ocorrências, tanto<br />

fora de Uni<strong>da</strong>des de Conservação, onde são apresenta<strong>da</strong>s 15 novas ocorrências <strong>para</strong> o estado<br />

(PERALTA;YANO, 2005), quanto dentro de uni<strong>da</strong>de de conservação (Parque Estadual <strong>da</strong> Ilha Anchieta,<br />

PEIA) onde foram encontra<strong>da</strong>s 20 novas ocorrências de espécies de musgos <strong>para</strong> o Estado<br />

de São Paulo (PERALTA;YANO, 2006).<br />

As criptógamas representam enorme lacuna no conhecimento <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São<br />

Paulo. Assim, projetos de levantamento de espécies de criptógamas ain<strong>da</strong> serão por muito tempo alta<br />

priori<strong>da</strong>de <strong>para</strong> que se possa conhecer a diversi<strong>da</strong>de de espécies do estado.<br />

A diversi<strong>da</strong>de de briófitas no Estado de São Paulo é influencia<strong>da</strong> diretamente pela formação vegetal.<br />

Apesar de grande parte <strong>da</strong>s espécies apresentarem ampla distribuição, existem espécies características<br />

<strong>da</strong>s várias formações vegetais existentes, especialmente a Floresta Atlântica, onde ocorre a grande<br />

maioria <strong>da</strong>s espécies.<br />

Espécies com potencial <strong>para</strong> futuros estudos de modelagem ecológica (bioindicadoras) entre as<br />

briófitas são: Sphagnum recurvum P. Beauv., S. subsecundum Nees e S. perichaetiale Hampe (acidez do<br />

solo); Fabronia ciliaris (Brid.) Brid. (poluição do ar); Porella brasiliensis Schiffn. (mata primária).<br />

Pteridófitas<br />

As pteridófitas, assim como as demais plantas vasculares, têm grande importância e representativi<strong>da</strong>de<br />

na flora brasileira. Constituem um grupo taxonômico com menor número de espécies, quando<br />

com<strong>para</strong>do com as briófitas, e se caracterizam pela marca<strong>da</strong> alternância de fases no seu ciclo de vi<strong>da</strong>,<br />

sendo a fase duradoura a esporofítica e a gametofítica efêmera. Esta característica, alia<strong>da</strong> à presença<br />

de feixes vasculares, as distingue <strong>da</strong>s briófitas. Diferem <strong>da</strong>s fanerógamas pela ausência de flores, frutos<br />

e sementes. De acordo com a literatura, existem ca. 9.000-12.000 espécies de pteridófitas conheci<strong>da</strong>s<br />

em todo o mundo. No Brasil, estima-se que devam ocorrer em torno de 1.200-1.300 espécies. Destas,<br />

117


CAPÍTULO 6<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 500-600 ocorrem no Estado de São Paulo, ou seja, aproxima<strong>da</strong>mente 50% do total<br />

estimado <strong>para</strong> o país (PRADO, 1998).<br />

Ocorrem principalmente em regiões florestais. Em especial e em maior proporção na Mata Atlântica<br />

e matas de regiões serranas do leste do estado, como a Serra <strong>da</strong> Mantiqueira, Serra <strong>da</strong> Bocaina,<br />

Vale do Ribeira e Serra do Japi. Em menor proporção, nas regiões serranas do centro do estado (região<br />

de São Carlos e Analândia). Ain<strong>da</strong> no interior do estado, porcentagem significativa de espécies ocorre<br />

nas matas de galeria, remanescentes de Florestas Estacionais Semideciduais e nas regiões de Cerrado<br />

(PRADO, 1998). As matas paludosas do interior do estado são formações que abrigam quanti<strong>da</strong>de significativa<br />

de espécies de pteridófitas, entretanto, são pouco estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s do ponto de vista florístico. Em<br />

um recente trabalho de levantamento <strong>para</strong> o estado, Polybotrya goyanzensis Brade foi registra<strong>da</strong> <strong>para</strong><br />

uma dessas matas na região de Bauru. Este é o primeiro registro desta espécie no estado, antes conheci<strong>da</strong><br />

apenas <strong>para</strong> o Estado de Goiás, no Brasil e <strong>para</strong> o Paraguai.<br />

Já <strong>para</strong> a região serrana <strong>da</strong> porção central do estado (Cuestas <strong>da</strong> Serra do Cuscuzeiro, Município<br />

de Analândia) foram registra<strong>da</strong>s sete espécies de pteridófitas que se constituem registros únicos <strong>para</strong><br />

o Estado de São Paulo (SALINO, 1996). Ocorrem, to<strong>da</strong>via, fora de áreas protegi<strong>da</strong>s e, por este motivo,<br />

a área onde foram registra<strong>da</strong>s está sendo indica<strong>da</strong> <strong>para</strong> a criação de uma Uni<strong>da</strong>de de Conservação<br />

de Proteção Integral. As espécies são: Cheilanthes goyazensis (Taub.) Domin, Anemia elegans Sw., A.<br />

trichorhiza Gardner, Thelypteris leprieurii R.M. Tryon var. glandifera A.R. Sm., T. multigemmifera Salino,<br />

Eriosorus myriophyllus Sw., Polybotrya speciosa Schott.<br />

Conclusões gerais do grupo<br />

Os pesquisadores que se reuniram <strong>para</strong> a análise do grupo Criptógamas foi muito heterogêneo, com<br />

especialistas em táxons muito diversos e distintos quanto a requisitos ecológicos, e com uma grande<br />

diferença no grau de conhecimento <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo.<br />

Entretanto, foi de comum acordo que a quanti<strong>da</strong>de de registros existentes nos bancos de <strong>da</strong>dos<br />

<strong>da</strong>s criptógamas paulistas, sobre os quais deveriam ter sido basea<strong>da</strong>s a grande maioria <strong>da</strong>s análises<br />

de distribuição e considerações específicas sobre conservação, é absolutamente insignificante, razão<br />

pela qual as decisões toma<strong>da</strong>s e recomen<strong>da</strong>ções feitas tiveram de ser toma<strong>da</strong>s com base apenas na<br />

expertise dos participantes.<br />

To<strong>da</strong>via, mesmo com a lacuna de conhecimento existente, foi possível a indicação de algumas<br />

áreas prioritárias <strong>para</strong> conservação de criptógamas no Estado de São Paulo com base em espécies-alvo,<br />

i.e., espécies presentes em listas vermelhas (pteridófitas) e registros existentes de ocorrências únicas<br />

(briófitas, pteridófitas e algas).<br />

Foi considera<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> a enorme importância <strong>da</strong> criação de corredores ecológicos e a existência<br />

de grandes áreas no estado sem qualquer informação de ocorrência de espécies dos diferentes grupos<br />

de criptógamas.<br />

118


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Assim sendo, as conclusões que podem ser aplica<strong>da</strong>s às Criptógamas como um todo são, inquestionavelmente,<br />

as seguintes:<br />

1. A ação mais importante a ser toma<strong>da</strong> no Estado de São Paulo <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong>s Criptógamas<br />

como um todo é, sem qualquer dúvi<strong>da</strong>, a recuperação <strong>da</strong>s APPs (Áreas de Preservação<br />

Permanente) às margens dos cursos d’água, que manteria corredores ecológicos <strong>para</strong> o bom e<br />

necessário fluxo gênico <strong>da</strong>s espécies de criptógamas;<br />

2. As criptógamas representam uma enorme lacuna no conhecimento <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de do Estado<br />

de São Paulo, com atenção especial <strong>para</strong> os fungos (principalmente os líquens) e as briófitas;<br />

3. Projetos de levantamento de espécies de criptógamas ain<strong>da</strong> serão por muito tempo alta priori<strong>da</strong>de<br />

no Estado de São Paulo;<br />

4. Os assessores que julgam projetos de levantamento de espécies devem estar avisados que os<br />

itens de julgamento “originali<strong>da</strong>de” e/ou “inovação tecnológica” não se aplicam a esse tipo de<br />

projeto, prioritário em sua própria essência.<br />

Do ponto de vista geográfico, embora todo o estado seja praticamente desconhecido <strong>para</strong> alguns grupos,<br />

os maiores problemas são identificados em direção ao oeste do estado, a partir <strong>da</strong>s Cuestas Basálticas.<br />

Independente <strong>da</strong> geografia, certos habitats são desconhecidos em todo o estado, como por exemplo,<br />

as matas paludosas, os brejos, as restingas e as vegetações de altitude.<br />

Os grupos mais bem conhecidos são as algas, cujo levantamento <strong>para</strong> o Estado de São Paulo deve<br />

cobrir em breve ca. 70% <strong>da</strong>s espécies, e as pteridófitas. Entretanto, não há <strong>da</strong>dos sobre a distribuição<br />

geográfica, por bioma ou por microbacia <strong>para</strong> as espécies desses grupos.<br />

Trabalhos sobre briófitas (musgos, hepáticas e antóceros) têm revelado grande número de novas<br />

ocorrências, dentro e fora áreas de Uni<strong>da</strong>des de Conservação do Estado de São Paulo.<br />

Dos poucos fungos conhecidos no estado, a maioria foi registra<strong>da</strong> apenas em Uni<strong>da</strong>des de Conservação<br />

<strong>da</strong> Mata Atlântica. Dos líquens, somente uma pequena porcentagem <strong>da</strong>s espécies <strong>da</strong> família<br />

Parmeliaceae aparece em dissertações recentes (2005-2006) <strong>para</strong> fragmentos de cerrados e litoral sul<br />

do estado (sem georeferência) e ca<strong>da</strong> trabalho revela de 20 a 30% de espécies novas e de 40 a 60%<br />

de novi<strong>da</strong>des geográficas, demonstrando que os fungos e líquens constituem uma grande lacuna de<br />

conhecimento no Estado de São Paulo.<br />

Agradecimentos<br />

O grupo agradece Ciro Koiti Matsukuma do Instituto Florestal, pela inestimável aju<strong>da</strong> no manuseio de<br />

mapas e bancos de <strong>da</strong>dos utilizados <strong>para</strong> as conclusões e considerações aqui apresenta<strong>da</strong>s. Agradecemos<br />

também a to<strong>da</strong>s as pessoas do grupo coordenador dos trabalhos, por to<strong>da</strong> assessoria e organização<br />

logística, sem as quais estes resultados não teriam sido alcançados.<br />

119


CAPÍTULO 6<br />

Literatura cita<strong>da</strong><br />

Benatti, M.N. 2005. Os Gêneros Canomaculina, Parmotrema e Rimelia (Parmeliaceae, Ascomycetes) no litoral centro-sul<br />

do Estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo, 389 p.<br />

Capelari, M. & Gugliotta, A.M. 2006. Macromicetos no sudeste do Brasil. In: 57o Congresso Nacional de Botânica. Gramado,<br />

Socie<strong>da</strong>de Botânica do Brasil. Livro de resumos. p. 227-231.<br />

Capelari, M., Gugliotta, A.M. & Figueiredo, M.B. 1998. O estudo dos fungos macroscópicos no Estado de São Paulo. In:<br />

Bicudo, C.E.M. & Shepherd, G.J. (eds.). Biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo. Síntese do conhecimento ao final<br />

do século XX. V.2: Fungos Macroscópicos e Plantas. São Paulo, FAPESP. p. 9-23.<br />

Cunha, I.P.R. 2007. Fungos liquenizados do gênero Leptogium (Ascomycetes) no litoral sul do Estado de São Paulo. Dissertação<br />

de Mestrado, Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu, 101 p.<br />

Grandi, R.A.P. 1999. Diversi<strong>da</strong>de no Reino Fungi: Deuteromycota. In: Canhos, V.P. & Vazoller, R.F. (eds.). Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

do Estado de São Paulo. Síntese do conhecimento ao final do século XX. V.1: Microrganismos & Vírus. São Paulo,<br />

FAPESP. p.43-50.<br />

Jungbluth, P. 2006. A família Parmeliaceae (fungos liquenizados) em fragmentos de cerrados do Estado de São Paulo.<br />

Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo, 312 p.<br />

Kirk, P.M.; Cannon, P.F.; David, J C. & Stalpers, J.A. 2001. Ainsworth & Bisby’s Dictionary of Fungi. 9. ed. Wallingford:<br />

CAB International. 656p.<br />

Marcelli, M.P. 1998. Fungos liquenizados. Pp. 25-35. In: C. E. M. Bicudo & G. J. Shepherd (eds.), Biodiversi<strong>da</strong>de do Estado<br />

de São Paulo. 2. Fungos Macroscópicos & Plantas. FAPESP, São Paulo.<br />

Marcelli, M.P. 2006. Fungos Liquenizados. Pp. 23-74. In: L. Xavier Fo., M.E. Legaz, C.V. Cordoba & E.C. Pereira (Eds.),<br />

Biologia de Líquens.Âmbito Cultural, Rio de Janeiro.<br />

Martins, M.F.N. 2007. O gênero Heterodermia (Physciaceae, Ascomycota liquenizados) no Estado de São Paulo. Dissertação<br />

de Mestrado, Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu, 233 p.<br />

Milanez, A.I. 1999. Diversi<strong>da</strong>de no Reino Fungi: Chytridiomycota. In: Canhos, V.P. & Vazoller, R.F. (eds.). Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

do Estado de São Paulo. Síntese do conhecimento ao final do século XX. V.1: Microrganismos & Vírus. São Paulo,<br />

FAPESP. p. 51-55.<br />

Peralta, D.F. & Yano, O. 2005. Briófitas de mata paludosa, município de Zacarias, Noroeste do Estado de São Paulo, Brasil.<br />

Acta Botanica Brasilica 19(4): 963-977.<br />

Peralta, D.F. & Yano, O. 2006. Novas ocorrências de musgos (Bryophyta) <strong>para</strong> o Estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira<br />

de Botânica 29(1): 49-65.<br />

Prado, J. 1998. Pteridófitas do Estado de São Paulo. Pp. 47-61. In: C. E. M. Bicudo & G. J. Shepherd (eds.), Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

do Estado de São Paulo. 2. Fungos Macroscópicos & Plantas. FAPESP, São Paulo.<br />

120


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Rodrigues-Heerklotz, K.F. & Pfenning, L. 1999. Diversi<strong>da</strong>de no Reino Fungi: Ascomycota. In: Canhos, V.P. & Vazoller, R.F.<br />

(eds.). Biodiversi<strong>da</strong>de do Estado de São Paulo. Síntese do conhecimento ao final do século XX. V.1: Microrganismos<br />

& Vírus. São Paulo, FAPESP. p. 25-31.<br />

Saiki M., Fuga, A., Alves, E.R., Vasconcellos, M.B.A. & Marcelli, M.P. 2007. Biomonitoring of the atmospheric pollution<br />

using lichens in the metropolitan area of São Paulo city, Brazil. Journal of Radioanalytical and Nuclear Chemistry<br />

271:213-219.<br />

Salino, A. 1996. Levantamento <strong>da</strong>s pteridófitas <strong>da</strong> Serra do Cuscuzeiro, Analândia, SP, Brasil. Revista Brasileira de Botânica<br />

19(2): 173-178.<br />

Trufem, S.F.B. 1999. Diversi<strong>da</strong>de no Reino Fungi: Zigomycota. In: Canhos, V.P. & Vazoller, R.F. (eds.). Biodiversi<strong>da</strong>de do<br />

Estado de São Paulo. Síntese do conhecimento ao final do século XX. V.1: Microrganismos & Vírus. São Paulo,<br />

FAPESP. p. 33-42.<br />

Yano, O. 1998. Briófitas do Estado de São Paulo. Pp. 38-46. In: C. E. M. Bicudo & G. J. Shepherd (eds.), Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

do Estado de São Paulo. 2. Fungos Macroscópicos & Plantas. FAPESP, São Paulo.<br />

121


CAPÍTULO 6<br />

Jean Paul Metzger<br />

Milton Cezar Ribeiro<br />

Gior<strong>da</strong>no Ciocheti<br />

Leandro Reverberi Tambosi<br />

c a p í t u l o<br />

6.8<br />

Uso de índices<br />

de paisagem<br />

<strong>para</strong> a<br />

definição<br />

de ações<br />

122


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Introdução<br />

A definição de critérios objetivos e eficientes <strong>para</strong> a seleção de áreas prioritárias <strong>para</strong> conservação,<br />

restauração e conexão de manchas representativas de habitats nativos é uma <strong>da</strong>s principais priori<strong>da</strong>des<br />

de pesquisa em biologia <strong>da</strong> conservação. Diante <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong>de de se obter <strong>da</strong>dos biológicos<br />

adequa<strong>da</strong>mente padronizados e em quanti<strong>da</strong>de suficiente <strong>para</strong> serem usados de forma sistemática,<br />

muitos autores sugerem o uso de indicadores não-biológicos (FAITH, 2003; SARKAR et al., 2005)<br />

ou de uma combinação de indicadores biológicos e ambientais (COWLING et al., 2004) <strong>para</strong> a<br />

definição de estratégias de conservação. Dentre os indicadores ambientais sugeridos, estão os parâmetros<br />

de estrutura <strong>da</strong> paisagem (WILLIAMS et al., 2002). Estes parâmetros permitem indicar áreas<br />

potencialmente mais ricas em espécies nativas, uma vez que fragmentos maiores, com forma mais<br />

arredon<strong>da</strong><strong>da</strong>, com alto grau de conexão com fragmentos similares vizinhos, e imersos numa matriz<br />

inter-habitat permeável aos fluxos biológicos de espécies nativas são potencialmente mais ricos do<br />

que fragmentos com características distintas (METZGER, 1999). Neste capítulo, procuramos explorar<br />

as características estruturais dos fragmentos de vegetação nativa do Estado de São Paulo <strong>para</strong> auxiliar<br />

na definição de ações prioritárias de conservação.<br />

Mapeamento dos Remanescentes<br />

Nas análises <strong>da</strong>s métricas de paisagem, utilizou-se o mapa do Inventário Florestal do Estado de São<br />

Paulo (KRONKA et al., 2005). Este mapa foi obtido por interpretação de imagens Landsat/TM, com<br />

resolução espacial de 30 metros, na escala nominal de mapeamento de 1:50.000. A versão original do<br />

mapa é composta por 34 classes de vegetação, basea<strong>da</strong>s em Veloso et al. (1991), incluindo áreas de<br />

transição entre fisionomias (zonas de contato) e vegetação em estádios secundários de regeneração.<br />

Este mapa foi reclassificado em cinco principais classes de vegetação (fitofisionomias) <strong>para</strong> as quais há<br />

claras evidências de distinção na composição <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des biológicas: Floresta Ombrófila Densa<br />

(FOD); Floresta Ombrofila Mista (FOM), Formações Savânicas (SAV), Floresta Estacional (FES) e Restinga/Mangue<br />

(REMA).<br />

Índices de Paisagem<br />

Considerando que a riqueza de espécies é particularmente sensível ao tamanho do remanescente de vegetação<br />

nativa, à área submeti<strong>da</strong> aos efeitos de bor<strong>da</strong> e à proximi<strong>da</strong>de com fragmentos adjacentes, foram<br />

calcula<strong>da</strong>s as seguintes métricas <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> fragmento de vegetação nativa do Estado de São Paulo:<br />

Área ou extensão do fragmento, em hectares;<br />

Perímetro do fragmento, i.e., o comprimento, em metros, do contato do fragmento com outras<br />

uni<strong>da</strong>des adjacentes;<br />

123


CAPÍTULO 6<br />

Forma do fragmento, medi<strong>da</strong> através <strong>da</strong> razão entre o perímetro do fragmento e o menor<br />

perímetro possível <strong>da</strong><strong>da</strong> a extensão do fragmento (índice SHAPE no Fragstats 3.3; McGarigal<br />

& Marks, 1995). Fragmentos circulares têm valor de SHAPE igual a um, enquanto fragmentos<br />

alongados ou com bor<strong>da</strong>s irregulares apresentam valores maiores que um. Quanto<br />

maior o valor, mais complexa/irregular é a forma. Esta métrica é adimensional, e não possui<br />

um valor máximo;<br />

Índice de área interior, definido como a porcentagem <strong>da</strong> área do fragmento que não pertence<br />

a uma faixa que se considera afeta<strong>da</strong> por efeitos de bor<strong>da</strong>. Ain<strong>da</strong> que a largura desta faixa<br />

varie substancialmente em função do processo ou do organismo considerado, e de condições<br />

específicas do fragmento, tais como o relevo e a orientação, considerou-se, <strong>para</strong> fins de análise<br />

puramente estrutural, uma largura de bor<strong>da</strong> de 50 m. O índice varia de 0% (fragmentos onde<br />

to<strong>da</strong> a área é afeta<strong>da</strong> por efeitos de bor<strong>da</strong>) a quase 100% (fragmentos em que uma pequena<br />

fração <strong>da</strong> área é afeta<strong>da</strong> por efeitos de bor<strong>da</strong>);<br />

Distância ao vizinho mais próximo, definido como a distância, em metros, ao fragmento mais<br />

próximo <strong>da</strong> mesma classe de vegetação. Quanto maior o valor deste índice, mais isolado está<br />

o fragmento;<br />

Proximi<strong>da</strong>de do fragmento, índice adimensional inversamente relacionado ao isolamento do<br />

fragmento, considerando tanto a distância quanto o tamanho de todos os fragmentos <strong>da</strong><br />

mesma fitofisionomia numa <strong>da</strong><strong>da</strong> vizinhança. Quanto maiores os fragmentos vizinhos e mais<br />

próximos eles estiverem do fragmento focal (<strong>para</strong> o qual a métrica é calcula<strong>da</strong>), maior o valor<br />

de proximi<strong>da</strong>de. A fórmula do índice pode ser encontra<strong>da</strong> em McGarigal & Marks (1995).<br />

Aqui considerou-se uma vizinhança de 5 km a partir <strong>da</strong>s bor<strong>da</strong>s do fragmento focal. Considerando-se<br />

que no processo de priorização <strong>da</strong>s ações <strong>para</strong> conservação as classe de vegetação<br />

devem ser trata<strong>da</strong>s de forma equivalente, os valores de proximi<strong>da</strong>de foram padronizados<br />

<strong>para</strong> o intervalo de 0 a 1, considerando-se ca<strong>da</strong> classe de maneira independente. Com isto,<br />

os remanescentes com menores proximi<strong>da</strong>des, dentro de ca<strong>da</strong> classe de vegetação, foram<br />

associados a valores próximos de zero, e os remanescentes com as maiores proximi<strong>da</strong>des, a<br />

valores próximos de um.<br />

Para se calcular estes índices, foram utilizados os programas SPRING, ArcGis 8.X ou 9.X, ArcView<br />

3.2 (com a extensão Patch Analyst 3.1) e Fragstats 3.3 (McGarigal & Marks, 1995).<br />

Definição de estratégias de conservação<br />

a partir dos índices de paisagem<br />

As métricas defini<strong>da</strong>s acima foram calcula<strong>da</strong>s <strong>para</strong> os 92.183 fragmentos de vegetação nativa do estado,<br />

de forma a subsidiar a escolha de estratégias de conservação na escala mais fina, utilizando os<br />

fragmentos como Uni<strong>da</strong>des de Planejamento (ver capítulo 5). Foram ain<strong>da</strong> calculados valores médios<br />

124


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

destes índices, por fitofisionomia, <strong>para</strong> as Uni<strong>da</strong>des de Planejamento mais amplas: as sub-bacias de 5ª<br />

ordem e as Uni<strong>da</strong>des de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs). Todos estes <strong>da</strong>dos estruturais<br />

foram oferecidos aos grupos temáticos taxonômicos, que puderam então combiná-los com as informações<br />

biológicas <strong>para</strong> definirem suas estratégias de conservação.<br />

Além de contribuir com os grupos temáticos <strong>para</strong> a toma<strong>da</strong> de decisões, em particular quando os<br />

<strong>da</strong>dos biológicos eram escassos, o grupo de Ecologia de Paisagens procurou também propor ações de<br />

conservação basea<strong>da</strong>s unicamente em critérios estruturais, sem considerar a presença de espécies-alvo.<br />

Tabela 1. Limites <strong>para</strong> os valores de área e proximi<strong>da</strong>de utilizados na definição <strong>da</strong>s ações propostas<br />

<strong>para</strong> conservação, considerando-se apenas as métricas de paisagem. Regras A e B: áreas sugeri<strong>da</strong>s <strong>para</strong><br />

criação de nova Uni<strong>da</strong>de de Conservação de Proteção Integral; Regra C: fragmentos sugeridos <strong>para</strong><br />

serem priorizados em ações de incremento de conectivi<strong>da</strong>de (ver texto <strong>para</strong> detalhes).<br />

Classe Regra Área mínima(ha) Área máxima(ha) Proximi<strong>da</strong>de mínima<br />

A 3.000 1.320.000 0<br />

Floresta Ombrófila Densa<br />

B 1.000 3.000 0,4<br />

C 100 1.000 0,5<br />

A 500 11.000 0<br />

Floresta Ombrófila Mista<br />

B 200 500 0,5<br />

C 30 200 0,7<br />

A 2.000 36.000 0<br />

Floresta Estacional<br />

B 200 2.000 0,3<br />

C 30 200 0,4<br />

A 1.000 10.330 0<br />

Formações Savânicas<br />

B 200 1.000 0,25<br />

C 30 200 0,35<br />

A 1.000 30.120 0<br />

Restinga/Mangue<br />

B 100 1.000 0,5<br />

C 30 100 0,7<br />

125


CAPÍTULO 6<br />

Os resultados apresentados abaixo referem-se a este procedimento. Neste caso, to<strong>da</strong>s as decisões foram<br />

toma<strong>da</strong>s unicamente na escala dos fragmentos.<br />

Foram considera<strong>da</strong>s apenas duas ações nesta proposta: a indicação de áreas com potencial<br />

<strong>para</strong> formarem novas Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral e a indicação de fragmentos<br />

<strong>para</strong> serem prioritariamente interligados por ações de restauração ou conservação. Para tanto,<br />

consideramos uma combinação dos <strong>da</strong>dos de extensão e proximi<strong>da</strong>de dos fragmentos, segundo<br />

três regras:<br />

A. Fragmentos muito grandes, independentemente de seu formato ou de sua proximi<strong>da</strong>de, devem<br />

ser considerados prioritários <strong>para</strong> estudos de viabili<strong>da</strong>de de formação de novas Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação de Proteção Integral;<br />

B. Fragmentos menores do que os anteriores, porém situados num contexto de proximi<strong>da</strong>de média<br />

a alta com fragmentos vizinhos, também devem ser priorizados <strong>para</strong> formação de novas Uni<strong>da</strong>des<br />

de Conservação de Proteção Integral;<br />

Tabela 2. Extensões <strong>da</strong>s áreas sugeri<strong>da</strong>s <strong>para</strong> ampliação <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação de<br />

Proteção Integral, obti<strong>da</strong>s pela análise <strong>da</strong> área e proximi<strong>da</strong>de dos fragmentos remanescentes<br />

de vegetação nativa do Estado de São Paulo.<br />

Fitofisionomia<br />

Cobertura (ha)<br />

UC integral<br />

(ha)<br />

% em UC de proteção<br />

integral<br />

Área indica<strong>da</strong> <strong>para</strong> UC integral através dos<br />

índices de estrutura de paisagem<br />

(área em ha e porcentagem em relação à<br />

cobertura atual)<br />

Floresta Ombrófila Densa 2.012.143 627.542 31% 789.100 39%<br />

Floresta Ombrófila Mista 146.661 7.795 5% 42.728 29%<br />

Floresta Estacional 928.464 68.842 7% 49.744 5%<br />

Formações Savânicas 210.516 13.624 6% 69.743 33%<br />

Restinga/Mangue 178.005 48.423 27,2% 172.460 97%<br />

Total geral 3.475.789 766.226 22% 1.123.775 32%<br />

126


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

C. Fragmentos de extensão intermediária e em contextos de alta proximi<strong>da</strong>de com fragmentos<br />

vizinhos devem ser considerados como prioritários <strong>para</strong> investimentos de incremento <strong>da</strong> conectivi<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> paisagem.<br />

Os limites <strong>para</strong> se considerar um fragmento grande ou pequeno, muito próximo ou não dos<br />

vizinhos, foram diferentes em função do tipo de fitofisionomia (Tabela 1 e Figura 1), pois estas<br />

classes variam muito no seu estado de cobertura e fragmentação. Estes limites foram arbitrários,<br />

porém ao definí-los procurou-se destacar: a) os maiores fragmentos de ca<strong>da</strong> fitofisionomia (regra<br />

A) e complementá-los com fragmentos de porte menor, porém bem conectados a outros fragmentos<br />

vizinhos (regra B), até totalizar cerca de 1.000.000 ha de novas Uni<strong>da</strong>des de Conservação de<br />

Proteção Integral no Estado de São Paulo (Tabela 2); b) os fragmentos menores que já se situavam<br />

em contextos favoráveis <strong>para</strong> ações de reconexão (regra C, Figura 1), totalizando cerca de 700.000<br />

ha de remanescentes indicados <strong>para</strong> incremento <strong>da</strong> conectivi<strong>da</strong>de (cerca de 20% <strong>da</strong> cobertura remanescente;<br />

Tabela 3). Os fragmentos selecionados apresentados no mapa temático de paisagem<br />

Tabela 3. Extensões <strong>da</strong>s áreas sugeri<strong>da</strong>s <strong>para</strong> incremento de conectivi<strong>da</strong>de, obti<strong>da</strong>s pela análise <strong>da</strong> área<br />

e proximi<strong>da</strong>de dos fragmentos remanescentes de vegetação nativa do Estado de São Paulo.<br />

Fitofisionomia Cobertura (ha) % com Cobertura<br />

Área indica<strong>da</strong> <strong>para</strong> incremento de conectivi<strong>da</strong>de através dos<br />

índices de estrutura de paisagem (área em ha e porcentagem<br />

em relação à cobertura atual)<br />

Floresta Ombrófila Densa 2.012.143 42,0% 227.214 11,3%<br />

Floresta Ombrófila Mista 146.661 26,6% 31.566 21,5%<br />

Floresta Estacional 928.464 8,2% 374.341 40,3%<br />

Formações Savânicas 210.516 8,5% 41.657 19,8%<br />

Restinga/Mangue 178.005 - 794 0.4%<br />

Total geral 3.474.939 14,0% 675.572 19,4%<br />

127


CAPÍTULO 6<br />

(capitulo 6.8) representam apenas uma possibili<strong>da</strong>de de combinação dos valores de área e proximi<strong>da</strong>de.<br />

Estes limites podem ser modificados caso seja necessário tornar estes critérios mais ou<br />

menos rigorosos <strong>para</strong> uma determina<strong>da</strong> ação de conservação. Nota-se, ain<strong>da</strong>, que nesta seleção os<br />

índices de forma não foram considerados pelo fato dos fragmentos priorizados <strong>para</strong> novas Uni<strong>da</strong>des<br />

de Conservação serem todos relativamente extensos (> 200 ha), com pouca área de bor<strong>da</strong>, e<br />

<strong>para</strong> não se restringir a seleção dos fragmentos a serem prioritariamente conectados.<br />

Considerações finais<br />

Em contraste com os <strong>da</strong>dos biológicos, os <strong>da</strong>dos de estrutura <strong>da</strong> paisagem podem ser obtidos, de forma<br />

padroniza<strong>da</strong>, <strong>para</strong> todos os fragmentos. Este capítulo apresentou uma forma de explorar estas métricas,<br />

usando em especial uma combinação de área e proximi<strong>da</strong>de dos fragmentos, <strong>para</strong> estabelecer<br />

priori<strong>da</strong>des em ações de conservação. Apesar <strong>da</strong> análise estrutural aqui proposta não considerar <strong>da</strong>dos<br />

biológicos, ela considera a complementari<strong>da</strong>de biológica existente entre as principais fitofisionomias<br />

do Estado de São Paulo. Estas fitofisionomias foram considera<strong>da</strong>s independentemente, destacando os<br />

seus principais fragmentos, em termos estruturais, o que certamente contribui <strong>para</strong> abranger nas ações<br />

de conservação espécies com diferentes preferências de habitat.<br />

A utili<strong>da</strong>de deste procedimento deve ser vali<strong>da</strong><strong>da</strong> com os <strong>da</strong>dos biológicos, <strong>para</strong> se confirmar,<br />

<strong>para</strong> os diferentes grupos taxonômicos, se a estrutura <strong>da</strong> paisagem pode ou não ser um indicador satisfatório<br />

de biodiversi<strong>da</strong>de. Análises preliminares mostram que há grande coincidência nas indicações<br />

basea<strong>da</strong>s em espécie-alvo com as indicações aqui propostas. Independentemente desta vali<strong>da</strong>ção, não<br />

há dúvi<strong>da</strong>s de que as métricas de paisagem contribuíram consideravelmente <strong>para</strong> este projeto, em especial<br />

por permitir analisar e estabelecer ações <strong>para</strong> todos os remanescentes, mesmo na ausência de<br />

<strong>da</strong>dos biológicos. Ademais, o procedimento adotado é sistemático, objetivo e replicável, permitindo<br />

novas análises a partir <strong>da</strong> definição de novos critérios de corte nos valores de área e proximi<strong>da</strong>de, ou a<br />

partir de inclusão de novos índices estruturais.<br />

Agradecimentos<br />

Os autores agradecem a todos os participantes do grupo de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem em especial a:<br />

Adriana M. Z. Catojo R. Pires, Ana Fernandes Xavier, Anita Diederichsen, Christiane Dall’Aglio-Holvorcem,<br />

João Régis Guillaumon, José Salatiel Rodrigues Pires e Vânia Pivelo.<br />

Literatura Cita<strong>da</strong><br />

Cowling, R.M.; Knight, A.T.; Faith, D.P.; Lombard, A.T.; Desmet, P.G. 2004. Nature conservation requires more than a<br />

passion for species. Conservation Biology. 18:1674–76<br />

128


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong><br />

Indica<strong>da</strong>s<br />

por Grupos<br />

Temáticos<br />

Faith, D.P. 2003. Environmental diversity (ED) as surrogate information for species level diversity. Ecography<br />

26:374–79<br />

Metzger, J. P. 1999. Estrutura <strong>da</strong> paisagem e fragmentação: análise bibliográfica. Anais <strong>da</strong> Academia Brasileira de Ciências,<br />

v. 71, n. 3-I, p. 445-463, 1999.<br />

Kronka, F.J.N.; Nalon, M.A.; Matsukuma, C.K.; Kanashiro, M.M.; Ywane, M.S.S.; Pavão, M.; Durigan, G.; Lima, L.M.P.R.;<br />

Guillaumon, J.R.; Baitello, J.B,; Borgo, S.C.; Manetti, L.A.; Barra<strong>da</strong>s, A.M.F.; Fuku<strong>da</strong>, J.C.; Shi<strong>da</strong>, C.N.; Monteiro,<br />

C.H.B.; Pontinha, A.A.S.; Andrade, G.G.; Barbosa, O.; Soares, A.P. 2005. Inventário florestal <strong>da</strong> vegetação do<br />

Estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente / Instituto Florestal. Ed. Imprensa Oficial, 200p.<br />

McGarigal, K.; Marks, B.J. 1995. FRAGSTATS: spatial pattern analysis program for quantifying landscape structure. USDA<br />

For. Serv. Gen. Tech. Rep. PNW-351.<br />

Sarkar, S.; Justus, J.; Fuller, T.; Kelley, C.; Garson, J. 2005. Effectiveness of environmental surrogates for the selection of<br />

conservation area networks. Conservation Biology 19:815–25.<br />

Veloso, H.P.; Rangel Filho, A.L.R. & Lima, J.C.A. 1991. Classificação <strong>da</strong> Vegetação Brasileira A<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> a um Sistema<br />

Universal. Rio de Janeiro, IBGE.<br />

Williams, P. H., Margules, C. R. & Hilbert, D. W. 2002. Data requirements and <strong>da</strong>ta sources for biodiversity priority area<br />

selection. Journal Biosciences 27(4, Suppl. 2): 327-338.<br />

129


CAPÍTULO 1<br />

Jean Paul Metzger<br />

Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

130


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Introdução<br />

c a p í t u l o<br />

7<br />

<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong><br />

a Conservação e<br />

Restauração <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

131


CAPÍTULO 7<br />

Jean Paul Metzger<br />

Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

c a p í t u l o<br />

mapas-síntese<br />

1327.1


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Como já ressaltado nos capítulos anteriores, o diferencial <strong>da</strong> proposta de estabelecer “<strong>Diretrizes</strong><br />

<strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo” foi de tomar decisões<br />

sustenta<strong>da</strong>s essencialmente em <strong>da</strong>dos biológicos coletados em projetos de pesquisa científica. Estes<br />

<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong><br />

a Conservação e<br />

Restauração <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

<strong>da</strong>dos foram obtidos, em grande parte, com financiamento <strong>da</strong> FAPESP, dentro do Programa BIOTA e<br />

disponibilizados num banco de <strong>da</strong>dos público <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de paulista, também organizado pelo<br />

BIOTA/FAPESP, o SinBiota (www.biota.org.br). Além disso, a necessi<strong>da</strong>de ou não <strong>da</strong> conexão desses<br />

fragmentos remanescentes na paisagem, através <strong>da</strong> restauração de corredores ecológicos com alta diversi<strong>da</strong>de,<br />

também foi basea<strong>da</strong> em <strong>da</strong>dos biológicos. No entanto, a restauração <strong>da</strong> matas ciliares está<br />

sendo proposta <strong>para</strong> todo o Estado de São Paulo, o que permitirá conectar a maioria dos fragmentos<br />

remanescentes do estado e no caso dos melhores fragmentos, essa conexão poderia ser feita fora <strong>da</strong><br />

faixa ciliar ou também através <strong>da</strong> restauração <strong>da</strong> mata ciliar, mas numa largura além <strong>da</strong>quela defini<strong>da</strong><br />

na legislação vigente, permitindo que esse excedente seja compensando como Reserva Legal <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des<br />

<strong>da</strong> região.<br />

Sendo assim, a metodologia de integração dos <strong>da</strong>dos biológicos temáticos apoiou-se essencialmente<br />

no banco de <strong>da</strong>dos do Programa BIOTA/FAPESP (SinBiota), complementado por outros bancos de <strong>da</strong>dos<br />

científicos disponíveis no estado. Além disso, foram ain<strong>da</strong> prerrogativas desta integração temática, a<br />

necessi<strong>da</strong>de dela ser objetiva, replicável e construí<strong>da</strong> de forma participativa, envolvendo o maior número<br />

possível de pesquisadores temáticos, que são essencialmente os responsáveis pela coleta, aferição e disponibilização<br />

dos <strong>da</strong>dos biológicos usados nesta proposta. To<strong>da</strong>s as decisões foram toma<strong>da</strong>s em reuniões<br />

de trabalho envolvendo a coordenação desta proposta e a comuni<strong>da</strong>de científica paulista.<br />

As decisões foram basea<strong>da</strong>s em <strong>da</strong>dos biológicos e de estrutura <strong>da</strong> paisagem organizados em duas<br />

escalas principais de trabalho, que foram: a) os fragmentos de vegetação natural remanescente (num<br />

total de 92.183); b) as sub-bacias de 5ª ordem (350). Os <strong>da</strong>dos biológicos e a integração temática foram<br />

também apresentados na escala <strong>da</strong>s 22 Uni<strong>da</strong>des de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (UGRHI)<br />

do Estado de São Paulo, que é a uni<strong>da</strong>de de planejamento territorial usa<strong>da</strong> pela Secretaria de Meio<br />

Ambiente do Estado de São Paulo <strong>para</strong> as diversas ações ambientais no estado.<br />

Os <strong>da</strong>dos biológicos coletados em ca<strong>da</strong> área natural remanescente do Estado de São Paulo foram<br />

disponibilizados <strong>para</strong> os oito grupos temáticos descritos anteriormente (mamíferos, aves, répteis/anfíbios,<br />

peixes, invertebrados, fanerógamas, criptógamas e paisagem) <strong>para</strong> que os especialistas participantes<br />

desses grupos definissem ações de conservação e restauração, e não apenas a indicação de áreas<br />

naturais remanescentes prioritárias <strong>para</strong> conservação.<br />

Devido ao intenso avanço do processo de per<strong>da</strong> de vegetação nativa no Estado de São Paulo e à<br />

grande importância desses remanescentes <strong>para</strong> conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de remanescente, definindo<br />

elevado valor biológico e destacado serviço ambiental prestado por esses remanescentes naturais,<br />

considerou-se que to<strong>da</strong>s as áreas de vegetação natural deveriam ser protegi<strong>da</strong>s, independente de seu<br />

tamanho e do seu estado de degra<strong>da</strong>ção. Ademais, como já comentado anteriormente, considerou-se<br />

que to<strong>da</strong>s as áreas ciliares deveriam ser restaura<strong>da</strong>s, conforme explicitado na legislação ambiental bra-<br />

133


CAPÍTULO 7<br />

sileira, possibilitando a interligação <strong>da</strong> maioria desses fragmentos na paisagem. Sendo assim, o que se<br />

buscou nessa proposta foi, além de espacializar as ações de conservação, definir diferentes estratégias<br />

ou diretrizes de conservação dessa biodiversi<strong>da</strong>de remanescente, considerando <strong>para</strong> isso as características<br />

biológicas e físicas de ca<strong>da</strong> um dos fragmentos naturais. Procurou-se, ain<strong>da</strong>, definir diferentes<br />

alternativas de restauração, que permitissem a correção e adequação de suas formas e a conexão desses<br />

fragmentos na paisagem, otimizando assim a conservação do pouco que restou de vegetação nativa<br />

no Estado de São Paulo. Vale ain<strong>da</strong> destacar, que esses fragmentos naturais podem exercer papel ain<strong>da</strong><br />

mais relevante de conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de remanescente se forem devi<strong>da</strong>mente protegidos e<br />

adequa<strong>da</strong>mente manejados, com, por exemplo, o controle de espécies competidoras e/ou superabun<strong>da</strong>ntes,<br />

o enriquecimento de espécies ou grupos funcionais e outras.<br />

Ca<strong>da</strong> grupo temático teve ampla liber<strong>da</strong>de <strong>para</strong> definir as ações que julgasse ser mais pertinente<br />

<strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong>s espécies <strong>da</strong>quele grupo taxonômico em questão. Estas ações estavam basea<strong>da</strong>s<br />

essencialmente na indicação dos melhores fragmentos, em termos de valor biológico e de estrutura<br />

espacial, <strong>para</strong> serem protegidos através <strong>da</strong> criação ou ampliação de Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção<br />

Integral, na proteção dos demais fragmentos naturais remanescentes usando outros mecanismos<br />

legais, como a averbação de Reservas Legais (RL), criação de reservas particulares (Reservas Particulares<br />

do Patrimônio Natural - RPPN), na interligação desses fragmentos na paisagem através <strong>da</strong> restauração,<br />

com eleva<strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de regional, de corredores ecológicos (em particular em áreas ripárias), na conversão<br />

de reflorestamentos comerciais de espécies exóticas (Pinus spp, Eucaliptus spp e outras) em<br />

áreas naturais, na ampliação de Áreas de Proteção Ambiental (APA) e na identificação <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de<br />

de mais inventários biológicos numa <strong>da</strong><strong>da</strong> região.<br />

Estas ações <strong>para</strong> conservação e restauração foram defini<strong>da</strong>s em função de dois principais critérios:<br />

a) a riqueza/ocorrência de espécies-alvo <strong>para</strong> conservação; b) o potencial <strong>da</strong> paisagem de sustentar<br />

uma alta diversi<strong>da</strong>de biológica. Em princípio, conforme ampla literatura científica, fragmentos maiores<br />

e melhor conectados com fragmentos vizinhos devem suportar um maior número de espécies, incluindo<br />

as espécies defini<strong>da</strong>s como alvo pelos especialistas de ca<strong>da</strong> grupo temático. Desta forma, na integração<br />

dos <strong>da</strong>dos dos diferentes grupos temáticos, foram definidos três conjuntos principais de ações:<br />

1. Fragmentos naturais amplos, bem conectados na paisagem, com uma alta riqueza de espéciesalvo<br />

e que ain<strong>da</strong> não estavam incluí<strong>da</strong>s dentre as Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral<br />

já estabeleci<strong>da</strong>s no Estado de São Paulo, foram sugeri<strong>da</strong>s <strong>para</strong> integrarem este sistema,<br />

através <strong>da</strong> desapropriação desses fragmentos pelo Estado e de sua transformação em Uni<strong>da</strong>des<br />

de Proteção Integral.<br />

2. Outras áreas menos ricas, mas com presença de espécies relevantes, e que apresentavam uma<br />

configuração paisagística forma<strong>da</strong> por fragmentos de tamanho e graus de conectivi<strong>da</strong>de intermediários,<br />

não tão bons como os anteriores, mas também não muito isolados na paisagem,<br />

foram sugeri<strong>da</strong>s <strong>para</strong> ações de incremento de conectivi<strong>da</strong>de pelo próprio setor privado. Para<br />

tanto, sugere-se a aplicação <strong>da</strong> legislação brasileira, como a averbação <strong>da</strong> Reserva Legal, que<br />

134


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

representa 20% de ca<strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de rural, ou a restauração de corredores ripários que resultassem<br />

num incremento significativo <strong>da</strong> conectivi<strong>da</strong>de desses fragmentos na paisagem. Estimulase,<br />

ain<strong>da</strong>, a formação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) <strong>para</strong> aqueles<br />

fragmentos com algum destaque ambiental, como um acidente geográfico, ou com uma diversi<strong>da</strong>de<br />

particularmente alta ou rari<strong>da</strong>de fitogeográfica regional, ou mesmo com a ocorrência<br />

de alguma espécie relevante <strong>para</strong> conservação. Este grupo de ações é essencialmente voltado<br />

<strong>para</strong> fragmentos de relevante valor biológico, mas que não justificavam sua proteção como<br />

Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral.<br />

3. Finalmente, as regiões que ain<strong>da</strong> não dispunham de <strong>da</strong>dos biológicos suficientes, que permitissem<br />

sustentar a adoção de ações mais efetivas de conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de remanescente,<br />

foram sugeri<strong>da</strong>s como regiões importantes <strong>para</strong> intensificação de inventários biológicos. Essa<br />

intensificação poderia ser feita através <strong>da</strong> adoção de programas integrados de coleta biológica<br />

pelas instituições de pesquisa do Estado de São Paulo, envolvendo, por exemplo, os programas<br />

de pós-graduação, ou através do direcionamento de inventários biológicos <strong>para</strong> essas regiões,<br />

promovido pelos órgãos financiadores <strong>da</strong> pesquisa científica do Estado de São Paulo, com destaque<br />

<strong>para</strong> a FAPESP.<br />

Desta forma, foram assim produzidos três mapas-síntese sugerindo “<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e<br />

Restauração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo”, através de: a) criação/ampliação de Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação de Proteção Integral; b) incremento de conectivi<strong>da</strong>de; c) pesquisa de diversi<strong>da</strong>de biológica.<br />

<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong><br />

a Conservação e<br />

Restauração <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

A) Síntese temática <strong>da</strong>s áreas indica<strong>da</strong>s <strong>para</strong> inventário biológico<br />

O mapa-síntese de inventário biológico foi obtido pela agregação de to<strong>da</strong>s as regiões indica<strong>da</strong>s pelos<br />

sete grupos temáticos taxonômicos (mamíferos, aves, répteis/anfíbios, peixes, invertebrados, fanerógamas,<br />

criptógamas), como regiões importantes <strong>para</strong> se incrementar os levantamentos de <strong>da</strong>dos biológicos.<br />

O mapa resultante é assim inversamente relacionado ao esforço amostral expresso nas bases de <strong>da</strong>dos<br />

biológicos utiliza<strong>da</strong>s no presente trabalho. Até o presente momento, o grande esforço amostral aplicado<br />

pelos vários temas foi essencialmente concentrado nas serras litorâneas, nas proximi<strong>da</strong>des dos grandes<br />

centros universitários e/ou de pesquisa, nas Uni<strong>da</strong>des de Conservação e no entorno dos principais eixos<br />

rodoviários. As principais lacunas biológicas dos vários grupos taxonômicos, por conseguinte, ocorrem<br />

principalmente nas bacias situa<strong>da</strong>s no interior do estado, em particular ao norte (UGRHI n° 8 e 12) e ao<br />

oeste (UGRHI n° 14, 17 e 19 a 22). No entanto, é importante ressaltar que, <strong>para</strong> alguns grupos taxonômicos,<br />

as regiões mais coleta<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> precisam continuar sendo inventaria<strong>da</strong>s, assim como as regiões globalmente<br />

menos conheci<strong>da</strong>s são relativamente bem conheci<strong>da</strong>s <strong>para</strong> alguns grupos taxonômicos, como é<br />

o caso em particular <strong>da</strong>s aves. Este mapa destaca, ain<strong>da</strong>, as regiões <strong>para</strong> as quais as indicações de ações/<br />

estratégias <strong>para</strong> conservação e restauração são menos evidentes, devido à carência de informação biológica,<br />

e onde, por conseqüência, é mais necessário o uso de informações indiretas de valor biológico,<br />

como aquelas forneci<strong>da</strong>s pelos índices de estrutura <strong>da</strong> paisagem.<br />

135


CAPÍTULO 7<br />

B) Síntese temática <strong>da</strong>s áreas indica<strong>da</strong>s <strong>para</strong> criação e/ou ampliação de Uni<strong>da</strong>des de Conservação<br />

de Proteção Integral<br />

O mapa-síntese de Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral é basicamente a soma <strong>da</strong>s áreas<br />

indica<strong>da</strong>s pelos grupos temáticos <strong>para</strong> criação/ampliação deste tipo de Uni<strong>da</strong>de de Conservação. No entanto,<br />

<strong>para</strong> amenizar os problemas devidos a diferentes esforços de amostragem, principalmente quando<br />

se com<strong>para</strong> o litoral e o interior paulista, e <strong>para</strong> destacar priori<strong>da</strong>des de conservação por formação vegetal,<br />

em função de diferentes históricos de degra<strong>da</strong>ção dessas diferentes formações, foi feita uma indicação<br />

relativa por fitofisionomia (Tabela 1). Por exemplo, nas Florestas Ombrófilas Densas o número máximo<br />

de indicações <strong>para</strong> transformar uma área em Uni<strong>da</strong>de de Conservação de Proteção Integral foi seis, e este<br />

valor foi considerado com sendo 100% de indicação. Por outro lado, nas áreas de Cerrado, uma mesma<br />

área só recebeu no máximo três indicações, o que foi então considerado como 100% de indicação. Desta<br />

forma, três indicações no Cerrado é uma priori<strong>da</strong>de altíssima (100%), enquanto representa apenas uma<br />

indicação intermediária (50%) <strong>para</strong> uma área de Floresta Ombrófila Densa (tabela 1). De forma geral,<br />

poucas áreas receberam alto grau de indicação, destacando-se as restingas remanescentes em Itanhaém<br />

e Bertioga, a Serra do Japi, áreas adjacentes ao Parque Nacional <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong> Bocaina, remanescentes de<br />

Mata Mesófila Semidecídua no entorno dos Parques Estaduais do Rio do Peixe e de Aguapeí e perto de<br />

136


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Taquarituba, e fragmentos de Cerrado próximos a Bauru, Campos Novos Paulistas, Barreto e Dracena.<br />

Considerando-se as indicações > 80%, o incremento em Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral<br />

seria de 51.113,00 ha, enquanto as indicações com > 50% representam 669.156 ha (o que permitiria<br />

praticamente dobrar a área protegi<strong>da</strong> do estado), e o total de indicações soma 1.901.097,00 ha (tabela 1).<br />

<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong><br />

a Conservação e<br />

Restauração <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

C) Síntese temática <strong>da</strong>s áreas indica<strong>da</strong>s <strong>para</strong> incremento <strong>da</strong> conectivi<strong>da</strong>de (Reserva Legal,<br />

Reserva Particular do Patrimônio Natural e Ampliação <strong>da</strong> Restauração de Matas Ciliares)<br />

O mapa-síntese de incremento de conectivi<strong>da</strong>de em áreas de proprie<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong> foi obtido pela<br />

simples soma <strong>da</strong>s áreas indica<strong>da</strong>s pelos grupos temáticos <strong>para</strong> averbação de Reserva Legal (RL), <strong>para</strong><br />

criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), <strong>para</strong> restauração de corredores ecológicos<br />

numa faixa além <strong>da</strong> legislação vigente, podendo o excedente também ser averbado com Reserva Legal,<br />

conversão de reflorestamentos de exóticas em formações naturais, e ampliação de Áreas de Proteção<br />

Ambiental (APAs). A legen<strong>da</strong> indica, assim, o número de vezes que uma área foi indica<strong>da</strong> <strong>para</strong> uma<br />

destas ações, variando de 0 a 8 (número de grupos temáticos).<br />

137


CAPÍTULO 7<br />

Praticamente todo o Estado de São Paulo aparece colorido neste mapa, indicando que ações de aumento<br />

<strong>da</strong> conectivi<strong>da</strong>de são prementes e que a ação mínima <strong>para</strong> todo o Estado de São Paulo é a proteção<br />

do pouco que sobrou de fragmentos naturais e a sua interligação através <strong>da</strong> restauração <strong>da</strong> faixa ciliar, usando<br />

os mecanismos legais vigentes. A situação no interior do estado é particularmente alarmante, pois há um<br />

nítido déficit de RL, extensas áreas ripárias degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s, e muitas florestas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s pela recorrência de<br />

perturbações oriun<strong>da</strong>s <strong>da</strong> área agrícola do entorno. Estas florestas, se devi<strong>da</strong>mente maneja<strong>da</strong>s e protegi<strong>da</strong>s,<br />

poderiam exercer papel muito mais efetivo que o atual na conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de remanescente.<br />

Muitas <strong>da</strong>s áreas ciliares estão sem vegetação natural, abandona<strong>da</strong>s e ocupa<strong>da</strong>s por gramíneas exóticas<br />

agressivas, ou ain<strong>da</strong> usa<strong>da</strong>s <strong>para</strong> ativi<strong>da</strong>des de produção pelo setor privado. As únicas áreas que não receberam<br />

indicação correspondem a regiões de maciços florestais, em particular na Serra de Paranapiacaba. Por<br />

outro lado, algumas regiões se destacam pelo elevado número de indicações (e.g., ≥ 4): a) a ligação entre as<br />

Serras de São Roque, <strong>da</strong> Cantareira e <strong>da</strong> Mantiqueira; b) a região <strong>da</strong>s Cuestas Basálticas no entorno de Botucatu,<br />

Rio Claro e São Carlos; c) a região lindeira do estado com Minas Gerais perto de Franca; d) os vales<br />

de algumas redes de drenagem do interior do estado, em particular a do rio Aguapeí. As áreas com sete ou<br />

mais indicações <strong>para</strong> aumento <strong>da</strong> conectivi<strong>da</strong>de representam apenas 85.297 ha de vegetação nativa (0,3%<br />

do estado), enquanto que as áreas com cinco ou mais indicações <strong>para</strong> aumento <strong>da</strong> conectivi<strong>da</strong>de englobam<br />

543.536 ha de vegetação nativa (2,2% do estado) (Tabela 2). No total, praticamente 80% <strong>da</strong> vegetação do<br />

estado teve alguma indicação de incremento de conectivi<strong>da</strong>de.<br />

Tabela 1. Áreas <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral do Estado de São Paulo na situação<br />

atual e de acordo com as indicações apresenta<strong>da</strong>s no mapa-síntese. As porcentagens são apresenta<strong>da</strong>s<br />

em função <strong>da</strong> cobertura atual de ca<strong>da</strong> fitofisionomia no Estado de São Paulo.<br />

Fitofisionomia<br />

Floresta<br />

Ombrófila<br />

Densa<br />

Floresta<br />

Ombrófila Mista<br />

Floresta<br />

Estacional<br />

Semidecidual<br />

Formação<br />

Savânica<br />

Restinga/<br />

mangue<br />

Total<br />

Domínio 4.786.394 550.473 11.346.499 2.474.798 - 24.803.013<br />

Cobertura remanescente 2.003.779 146.285 927.663 210.372 178.005 3.466.104<br />

Área de remanescente em uc integral 627.542 7.795 82.044 13.624 48.423 779.428<br />

Número de indicações dos grupos temáticos 6 4 5 3 3 -<br />

% de remanescente em uc integral 31,3 5,3 8,8 6,5 27,2 22,5<br />

Área com indicação > 80 32.226 10.192 15.009 4.941 31.503 93.870<br />

Área com indicação > 50 402.759 24.323 28.369 12.195 91.135 558.781<br />

Área total indica<strong>da</strong> 1.354.647 56.605 120.662 28.899 124.921 1.685.734<br />

% de Área de remanescentes com indicação > 80 1,61% 6,97% 1,62% 2,35% 17,70% 2,71%<br />

% de Área de remanescentes com indicação > 50 20,10% 16,62% 3,05% 5,79% 51,19% 16,12%<br />

% de Área Total indica<strong>da</strong> 67,60% 38,70% 13,01% 13,74% 70,18% 48,63%<br />

138


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong><br />

a Conservação e<br />

Restauração <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

Tabela 2. Áreas indica<strong>da</strong>s <strong>para</strong> ações de incremento <strong>da</strong> conectivi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo, por tipo<br />

de fitofisionomia, de acordo com a freqüência de indicações apresenta<strong>da</strong>s no mapa-síntese (porcentagens<br />

em relação à extensão do Estado de São Paulo). Áreas expressas em hectares.<br />

Fitofisionomia<br />

Floresta<br />

Ombrófila<br />

Densa<br />

Floresta<br />

Ombrófila<br />

Mista<br />

Floresta Estacional<br />

Semidecidual<br />

Cerrado<br />

Restinga/<br />

mangue<br />

Total<br />

Área do Domínio 4.786.394 550.473 11.346.499 2.474.798 - 24.803.013<br />

Área de Remanescentes 2.003.779 146.285 927.663 210.372 178.005 3.466.104<br />

% Do Domínio com Remanescentes 41,9 26,6 8,2 8,5 - 14,0<br />

Área com 7 ou mais Indicações 43.160 1.956 59.363 15.900 0 120.380<br />

Área com 5 ou mais Indicações 192.198 16.159 290.987 107.503 0 606.847<br />

Área com 3 ou mais Indicações 600.304 114.519 737.663 185.795 9.836 1.648.117<br />

Área com uma ou mais Indicações 1.430.692 145.787 918.120 204.190 81.985 2.780.774<br />

% De Área com 7 ou mais Indicações 0,9% 0,4% 0,5% 0,6% 0,5%<br />

% De Área com 5 ou mais Indicações 4,0% 2,9% 2,6% 4,3% 2,4%<br />

% Deárea com 3 ou mais Indicações 12,5% 20,8% 6,5% 7,5% 6,6%<br />

Área com uma ou mais Indicações 29,9% 26,5% 8,1% 8,3% 11,2%<br />

139


CAPÍTULO 7<br />

Helena Carrascosa Von Glehn<br />

Roberto Ulisses Resende<br />

Vera Lucia Ramos Bononi<br />

c a p í t u l o<br />

Gestão<br />

Ambiental<br />

7.2<br />

140


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong><br />

a Conservação e<br />

Restauração <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

A<br />

Gestão Pública do Meio Ambiente no Estado de São Paulo <strong>da</strong>ta do século XIX, com a criação <strong>da</strong><br />

Comissão Geográfica e Geológica, que organizou diversas coleções representativas dos recursos<br />

naturais do estado e que deu origem aos atuais Institutos de Pesquisa (de Botânica, Florestal e Geológico).<br />

Posteriormente foram feitas modificações e criação de novos órgãos, em geral ligados à Secretaria<br />

<strong>da</strong> Agricultura. Dentre estes se destacou a criação do Serviço Florestal do Estado em 1911, responsável<br />

pelas primeiras Reservas Florestais, pelos primórdios <strong>da</strong> fiscalização e também por ações de fomento<br />

florestal, em especial a introdução do cultivo do eucalipto.<br />

O primeiro grupamento <strong>da</strong> Polícia Florestal <strong>da</strong>ta de 1949, atualmente transforma<strong>da</strong> em Polícia<br />

Ambiental, setor <strong>da</strong> Polícia Militar do Estado de São Paulo. Posteriormente foi consoli<strong>da</strong>do o arcabouço<br />

legal <strong>para</strong> a proteção ambiental, representado em especial pelo Código Florestal (Lei 4.771, de<br />

21/09/65), bem como o a<strong>para</strong>to institucional <strong>para</strong> sua aplicação. O papel dos órgãos estaduais de São<br />

Paulo também aumentou.<br />

Na déca<strong>da</strong> de 1970 foi cria<strong>da</strong> a Coordenadoria de Proteção dos Recursos Naturais (CPRN), como<br />

parte <strong>da</strong> Secretaria <strong>da</strong> Agricultura e Abastecimento do Estado. Essa Coordenadoria reuniu os Institutos<br />

de Botânica, Florestal e Geológico, dedicados à pesquisa científica e que, com maior ou menor eficiência,<br />

dependendo <strong>da</strong> época e de condições políticas e econômicas, se transformaram nos guardiões<br />

<strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de do estado. A CPRN também incluiu a Divisão de Proteção dos Recursos Naturais,<br />

responsável pelo licenciamento florestal, que na época era representado pelas “ordens de derruba<strong>da</strong>”.<br />

Esta Divisão atuou de forma articula<strong>da</strong> com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI),<br />

responsável pela extensão rural. Em 1986 a Divisão de Proteção dos Recursos Naturais foi transforma<strong>da</strong><br />

em Departamento, o DEPRN, já com atuação mais ampla <strong>para</strong> o licenciamento e a fiscalização.<br />

Em 1983 foi criado o Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA), que serviu de embrião<br />

<strong>para</strong> a formação <strong>da</strong> Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA). A SMA, cria<strong>da</strong> em 1987, reuniu a<br />

CPRN, antes vincula<strong>da</strong> à Secretaria <strong>da</strong> Agricultura, com a Companhia de Tecnologia de Saneamento<br />

Ambiental (CETESB), liga<strong>da</strong> à Secretaria de Obras e cria<strong>da</strong> em 1968 <strong>para</strong> o controle <strong>da</strong> poluição ambiental.<br />

Também em 1987 foram cria<strong>da</strong>s instituições específicas <strong>para</strong> novas ativi<strong>da</strong>des, como a educação<br />

e o planejamento ambiental, e a Fun<strong>da</strong>ção <strong>para</strong> a Conservação e a Produção Florestal do Estado<br />

de São Paulo (Fun<strong>da</strong>ção Florestal), passou a fazer parte <strong>da</strong> SMA com o objetivo de contribuir <strong>para</strong> a<br />

conservação, manejo e ampliação <strong>da</strong>s florestas de proteção e produção do Estado de São Paulo. A Fun<strong>da</strong>ção<br />

Parque Zoológico de São Paulo durante sua existência esteve subordina<strong>da</strong> a várias Secretarias<br />

de Estado, tendo sido incorpora<strong>da</strong> ao Meio Ambiente apenas em 2004, momento a partir do qual suas<br />

ativi<strong>da</strong>des passaram a incluir, não só a exposição de animais e a educação ambiental, mas também o<br />

manejo e a conservação <strong>da</strong> fauna nativa.<br />

Hoje a Gestão Ambiental está mais complexa e bem estrutura<strong>da</strong>. Conta com áreas de planejamento,<br />

educação ambiental, licenciamento, pesquisa científica, gestão de uni<strong>da</strong>des de conservação,<br />

recuperação de áreas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s, gestão de recursos hídricos, dentre outras, além de conselhos com<br />

a participação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil.<br />

141


CAPÍTULO 7<br />

Estratégias <strong>para</strong> atuação, escolha de priori<strong>da</strong>des condiciona<strong>da</strong>s por limitação de recursos econômicos<br />

e ferramentas <strong>para</strong> a gestão, são preocupações constantes dos dirigentes e equipes técnicas responsáveis.<br />

Indicações de priori<strong>da</strong>des <strong>para</strong> a conservação são usualmente feitas por ambientalistas que se<br />

identificam com algumas causas ou áreas. Muitas vezes são sugestões preciosas <strong>para</strong> a gestão, mas nem<br />

sempre tem embasamento científico. Os pesquisadores e a ciência em geral têm seu linguajar próprio,<br />

assim como seus meios de divulgação por meio de publicações de circulação internacional, a maioria<br />

em inglês. Estes resultados geralmente são pouco acessíveis ao administrador ambiental. Os mapas de<br />

<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> a Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo são fáceis de<br />

interpretar. Áreas são visualiza<strong>da</strong>s permitindo reorientação de decisões ou estabelecimento de novos<br />

projetos com aval <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de científica.<br />

Os mapas indicam áreas onde seria interessante e vital criar novas uni<strong>da</strong>des de conservação por<br />

sua riqueza biológica. Essas áreas deverão agora ser mais bem estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, a fim de verificar como conseguiram<br />

preservar seus recursos naturais e qual seria a melhor forma de protegê-las.<br />

A criação ou ampliação destas áreas protegi<strong>da</strong>s pode ocorrer em diversas escalas e categorias. Os<br />

Poderes Públicos, Executivos ou Legislativos no nível Federal, Estadual ou Municipal, podem propor<br />

estas ampliações aponta<strong>da</strong>s pelos cientistas por meio de instrumentos legais adequados.<br />

Um exemplo é a Serra do Japi, hoje Área de Proteção Ambiental (APA), localiza<strong>da</strong> na região de<br />

Jundiaí. Não é área pública e é forma<strong>da</strong> por pequenas chácaras ou sítios de lazer. A desapropriação<br />

dessas áreas <strong>para</strong> transformar a APA em Parque Estadual pode ou não ser uma boa estratégia de proteção.<br />

Os especialistas na Gestão <strong>da</strong>s APAs e Parques precisarão estu<strong>da</strong>r o problema. Mas independentemente<br />

<strong>da</strong> solução, a área será trata<strong>da</strong> com maior atenção.<br />

Os mapas indicam também alguns Parques onde seria importante a ampliação, como os Parques<br />

do Aguapeí e do Rio do Peixe, no oeste do estado. Nesses casos, as ampliações envolvem recursos <strong>para</strong><br />

a compra de terras, mas a proteção efetiva <strong>da</strong>s áreas é mais fácil, em princípio, em função <strong>da</strong> existência<br />

<strong>da</strong> estrutura <strong>para</strong> a administração e fiscalização dos Parques, além do regime especial de proteção legal<br />

pela proximi<strong>da</strong>de destes.<br />

Estes mapas também irão orientar os órgãos licenciadores de diversos níveis, o Conselho Estadual<br />

do Meio Ambiente (CONSEMA) e a Câmara de Compensação Ambiental (CCA) <strong>da</strong> SMA, no<br />

processo de criação ou ampliação de Uni<strong>da</strong>des de Conservação com recursos de compensação<br />

ambiental. A legislação que institui o Sistema Nacional de Uni<strong>da</strong>des de Conservação <strong>da</strong> Natureza<br />

(SNUC - Lei nº 9.985, de 18/07/2000, Artigo 36) define que, nos casos de licenciamento ambiental<br />

de empreendimentos de significativo impacto ambiental, com fun<strong>da</strong>mento em estudo e relatório de<br />

impacto ambiental (EIA/RIMA), o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de<br />

uni<strong>da</strong>de de conservação do grupo de proteção integral. Nestas situações os recursos representam, no<br />

mínimo, 0,5% do valor de empreendimento.<br />

Outro mapa de diretrizes, denominado Mapa-Síntese de Áreas Prioritárias <strong>para</strong> o Incremento de<br />

Conectivi<strong>da</strong>de, indica áreas <strong>para</strong> a formação de corredores ecológicos. As áreas prioritárias <strong>para</strong> o<br />

142


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

incremento de conectivi<strong>da</strong>de possuem remanescentes de vegetação ricos em biodiversi<strong>da</strong>de que se<br />

encontram dispersos na paisagem, como ilhas em um arquipélago, resultado do processo contínuo de<br />

fragmentação <strong>da</strong> vegetação observado em quase todo o Estado de São Paulo. A restauração <strong>da</strong> vegetação<br />

nativa nestas regiões, formando corredores entre fragmentos de vegetação e entre estes e Uni<strong>da</strong>des<br />

de Conservação, possibilitará o fluxo gênico entre populações de plantas e animais, contribuindo sobremaneira<br />

<strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de.<br />

O Mapa-Síntese de Áreas Prioritárias <strong>para</strong> o Incremento de Conectivi<strong>da</strong>de representa uma ferramenta<br />

estratégica <strong>para</strong> a gestão ambiental, pois orientará a priorização de áreas <strong>para</strong> os programas<br />

de recuperação de áreas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s, de reflorestamento e de fiscalização desenvolvidos pelo estado,<br />

assegurando que os recursos públicos e privados sejam utilizados de modo a proporcionar o máximo<br />

benefício ambiental.<br />

O Projeto Mata Ciliar, um dos 21 projetos estratégicos <strong>da</strong> SMA, tem o objetivo de aumentar o<br />

índice de vegetação nativa no estado dos atuais 13,9% <strong>para</strong>, pelo menos, 20% nos próximos 25 anos.<br />

Para isto pretende induzir a recuperação de 1,7 milhões de hectares, especialmente em áreas ciliares.<br />

As regiões indica<strong>da</strong>s no Mapa de Conectivi<strong>da</strong>de serão prioriza<strong>da</strong>s, tanto <strong>para</strong> a aplicação de recursos<br />

públicos, como <strong>para</strong> orientar os esforços de articulação que visem o engajamento do setor privado.<br />

No setor público, cabe mencionar que o Mapa de Conectivi<strong>da</strong>de será incorporado como um<br />

dos critérios de priorização de áreas <strong>para</strong> o Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável, que<br />

vem sendo pre<strong>para</strong>do de forma integra<strong>da</strong> pelas Secretarias <strong>da</strong> Agricultura e Abastecimento e Meio<br />

Ambiente, com o objetivo de promover a sustentabili<strong>da</strong>de ambiental, econômica e social <strong>da</strong> agricultura<br />

familiar. O Programa, que será desenvolvido com o apoio do Banco Mundial, contempla ações<br />

volta<strong>da</strong>s à recuperação de matas ciliares e que serão direciona<strong>da</strong>s <strong>para</strong> as áreas prioritárias <strong>para</strong> a<br />

formação de corredores de biodiversi<strong>da</strong>de. Usando este instrumento também será possível direcionar<br />

recursos privados, destinados à compensação voluntária de emissões de gases de efeito estufa,<br />

<strong>para</strong> o reflorestamento de áreas importantes <strong>para</strong> a formação de corredores de biodiversi<strong>da</strong>de. Desta<br />

maneira, será possível agregar a tais iniciativas, ca<strong>da</strong> vez mais no foco <strong>da</strong>s atenções <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de,<br />

benefícios ambientais bastante expressivos.<br />

Os Comitês de Bacias Hidrográficas, que gerenciam os recursos hídricos do estado, também poderão<br />

utilizar os mapas no planejamento de uso e recuperação de suas águas e terras. Recursos arreca<strong>da</strong>dos<br />

por meio <strong>da</strong> cobrança pelo uso <strong>da</strong> água podem ser alocados <strong>para</strong> a proteção e recuperação <strong>da</strong>s<br />

regiões mais ricas em biodiversi<strong>da</strong>de do estado. Isto porque, além <strong>da</strong> conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de,<br />

as florestas proporcionam outros serviços ambientais relevantes <strong>para</strong> a socie<strong>da</strong>de, destacando-se a conservação<br />

<strong>da</strong> água, que é a principal preocupação do Sistema de Gestão de Recursos Hídricos. Desta<br />

maneira, os serviços ambientais providos pelas florestas serão maximizados.<br />

O Mapa de Conectivi<strong>da</strong>de representa, ain<strong>da</strong>, instrumento fun<strong>da</strong>mental <strong>para</strong> o programa de implantação<br />

e compensação de Reservas Legais. Ca<strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de rural, de acordo com o Código Florestal<br />

(Lei Federal 4771/1965), deve destinar 20% de sua área, no Estado de São Paulo, <strong>para</strong> a manutenção<br />

<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong><br />

a Conservação e<br />

Restauração <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

143


CAPÍTULO 7<br />

de reserva de vegetação nativa. As proprie<strong>da</strong>des que não possuem vegetação suficiente podem optar<br />

por recuperar áreas no próprio imóvel ou por compensar a Reserva Legal, preservando ou recuperando<br />

outra área. A possibili<strong>da</strong>de de flexibilizar a localização <strong>da</strong>s reservas legais em relação aos limites <strong>da</strong><br />

proprie<strong>da</strong>de, instituí<strong>da</strong> no ano de 2000 por uma alteração na legislação, trouxe maior racionali<strong>da</strong>de<br />

à questão, uma vez que permite que sejam considerados aspectos ambientais, sociais e econômicos<br />

<strong>para</strong> a definição <strong>da</strong>s reservas legais. Ocorre que, pela falta de informações mais consistentes, o critério<br />

de maior proximi<strong>da</strong>de foi o indicado na legislação <strong>para</strong> orientar a escolha <strong>da</strong>s áreas de compensação<br />

de Reservas Legais. Os proprietários rurais, por sua vez, naturalmente tendem a buscar áreas de menor<br />

custo <strong>para</strong> a compensação de reservas legais de proprie<strong>da</strong>des com percentuais insuficientes de vegetação<br />

e com forte vocação <strong>para</strong> a produção agropecuária. A publicação destes mapas possibilita que o<br />

critério de importância biológica assuma posição preponderante na escolha de áreas <strong>para</strong> a compensação<br />

destas reservas, contrapondo-se aos critérios de proximi<strong>da</strong>de e custo que até então vinham sendo<br />

utilizados. Os benefícios desta mu<strong>da</strong>nça de postura certamente serão sentidos no futuro pois, por meio<br />

<strong>da</strong> compensação de reservas legais, será possível aumentar a conectivi<strong>da</strong>de de remanescentes ricos em<br />

biodiversi<strong>da</strong>de, apoiando sua conservação.<br />

Além de orientar com critérios científicos a recuperação de áreas, as informações conti<strong>da</strong>s<br />

nos mapas também orientarão as ações <strong>para</strong> a proteção <strong>da</strong> vegetação remanescente. As informações<br />

gera<strong>da</strong>s serão considera<strong>da</strong>s <strong>para</strong> a normatização dos procedimentos de licenciamento e<br />

fiscalização e serão incorpora<strong>da</strong>s como um critério importante <strong>para</strong> a distribuição do efetivo e planejamento<br />

<strong>da</strong> ação <strong>da</strong> Polícia Ambiental e também <strong>para</strong> o dimensionamento e definição do perfil<br />

<strong>da</strong>s equipes técnicas envolvi<strong>da</strong>s nas ativi<strong>da</strong>des de fiscalização e licenciamento. Assim, com base<br />

nas informações hoje disponíveis, será possível utilizar os recursos materiais e humanos de forma<br />

mais racional e eficiente. Um embasamento científico sólido também poderá contribuir <strong>para</strong> a sensibilização<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, garantindo o apoio <strong>para</strong> a proposição de leis e normas mais adequa<strong>da</strong>s<br />

<strong>para</strong> as áreas mais ricas em biodiversi<strong>da</strong>de.<br />

Os mapas fornecem referencial de grande utili<strong>da</strong>de <strong>para</strong> a avaliação de alternativas locacionais<br />

e dos impactos ambientais de empreendimentos, ativi<strong>da</strong>des e obras nos processos de licenciamento<br />

ambiental. O grau de importância <strong>da</strong>s áreas <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e os impactos decorrentes<br />

<strong>da</strong>s intervenções pretendi<strong>da</strong>s poderão ser melhor avaliados e cotejados, orientando o processo<br />

de toma<strong>da</strong> de decisão pelos órgãos licenciadores <strong>da</strong> SMA e CONSEMA, de forma a evitar ao máximo<br />

qualquer interferência em áreas prioritárias <strong>para</strong> a conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de.<br />

A socie<strong>da</strong>de também pode ser mobiliza<strong>da</strong> pelo conhecimento <strong>da</strong> existência de áreas de alta biodiversi<strong>da</strong>de<br />

em seu “quintal”. Programas de divulgação e de educação ambiental baseados nos mapas<br />

podem ter resultados positivos na conservação do meio ambiente.<br />

Aos proprietários mais conscientes <strong>para</strong> a preservação, os mapas de diretrizes apontam áreas que<br />

poderiam ser transforma<strong>da</strong>s em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), categoria de uni<strong>da</strong>de<br />

de conservação cria<strong>da</strong> e administra<strong>da</strong> pelo proprietário.<br />

144


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

O mapa que aponta as deficiências de informações no estado mostra também regiões mais pobres<br />

em centros de ensino universitário e instituições científicas. As regiões norte e noroeste do estado não<br />

são considera<strong>da</strong>s pobres em biodiversi<strong>da</strong>de, mas apenas carentes de informações. Esse mapa indica às<br />

agências financiadoras de projetos e aos próprios institutos <strong>da</strong> SMA a necessi<strong>da</strong>de de direcionar recursos<br />

e projetos <strong>para</strong> aquelas áreas.<br />

A gestão ambiental escora<strong>da</strong> pela pesquisa científica é um desejo de gestores e cientistas, mas<br />

de difícil concretização. Culturas diferentes muitas vezes criam barreiras <strong>para</strong> a comunicação. A metodologia<br />

científica, que exige repetições e requer tempos por vezes longos <strong>para</strong> fornecer respostas,<br />

quase sempre se choca com a necessi<strong>da</strong>de de respostas imediatas às deman<strong>da</strong>s que se apresentam<br />

<strong>para</strong> os gestores públicos.<br />

A publicação <strong>da</strong>s “<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> a Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de<br />

São Paulo” e sua ampla utilização <strong>para</strong> a orientação de programas e políticas públicas representam um<br />

marco <strong>para</strong> o fortalecimento <strong>da</strong> gestão ambiental e grande avanço <strong>para</strong> a socie<strong>da</strong>de paulista.<br />

<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong><br />

a Conservação e<br />

Restauração <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no Estado de<br />

São Paulo<br />

145


Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

Vera Lucia Ramos Bononi


c a p í t u l o<br />

8<br />

Conclusões


CAPÍTULO 8<br />

Conclusões<br />

São apresenta<strong>da</strong>s aqui as principais conclusões do trabalho conjunto de aproxima<strong>da</strong>mente 160<br />

pesquisadores do Estado de São Paulo, <strong>para</strong> a definição <strong>da</strong>s “<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração<br />

<strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo”, uma parceria entre o Programa BIOTA/FAPESP, a<br />

SMA-SP, o IBt, o IF, a FF, a CI-Brasil, o LEPaC/IB/USP e o CRIA, processo que teve duração de 18 meses.<br />

A definição <strong>da</strong>s diretrizes foi feita baseando-se em bancos de <strong>da</strong>dos biológicos, <strong>da</strong>dos estes coletados<br />

em trabalhos de pesquisa científica, a maioria financia<strong>da</strong> pela Fun<strong>da</strong>ção de Amparo à Pesquisa do Estado<br />

de São Paulo (FAPESP), dentro do programa BIOTA.<br />

As conclusões principais do presente trabalho foram:<br />

Dados científicos podem e devem ser utilizados <strong>para</strong> sustentar o estabelecimento de políticas<br />

públicas visando à conservação e restauração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de remanescente;<br />

Dados científicos sobre a biodiversi<strong>da</strong>de remanescente precisam ser organizados e disponibilizados<br />

em bancos de <strong>da</strong>dos públicos, administrados por iniciativas como, por exemplo, o<br />

Programa BIOTA/FAPESP, que agreguem, incentivem, padronizem e dêem suporte à ação de<br />

pesquisadores dos diferentes temas, <strong>para</strong> caracterização <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, incluindo a dimensão<br />

humana e os diferentes aspectos de seu habitat, como meio físico, descritores <strong>da</strong> paisagem,<br />

além de diferentes tipos de interações biológicas, entre outros;<br />

Apenas o trabalho de especialistas dos diferentes temas <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de permite a qualificação<br />

dos <strong>da</strong>dos biológicos e adequação desses <strong>da</strong>dos coletados com cunho científico, <strong>para</strong> uso<br />

na sustentação de políticas públicas;<br />

Os <strong>da</strong>dos científicos disponíveis em coleções biológicas são fun<strong>da</strong>mentais <strong>para</strong> o estabelecimento<br />

de diretrizes de conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de remanescente, e por isso essas coleções<br />

devem ser apoia<strong>da</strong>s financeiramente, <strong>para</strong> poderem dispor de um corpo de pesquisadores e<br />

técnicos qualificados <strong>para</strong> coleta e auditoria permanente <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de destes <strong>da</strong>dos e de infraestrutura<br />

mínima necessária <strong>para</strong> manutenção e informatização destas coleções;<br />

Os fragmentos remanescentes têm papel fun<strong>da</strong>mental na conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e, em<br />

função <strong>da</strong> degra<strong>da</strong>ção histórica do Estado de São Paulo, todos os fragmentos naturais devem<br />

ser protegidos de quaisquer perturbações e conectados na paisagem, através <strong>da</strong> restauração <strong>da</strong>s<br />

Áreas de Preservação Permanente (APPs) ou matas ciliares, que podem atuar como corredores<br />

ecológicos ou núcleos de dispersão de sementes;<br />

Os fragmentos remanescentes podem exercer papel ain<strong>da</strong> mais destacado de conservação<br />

<strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, se estudos e ações de amenização <strong>da</strong> degra<strong>da</strong>ção, de correção de forma,<br />

de conectivi<strong>da</strong>de na paisagem, de controle de espécies invasoras ou superabun<strong>da</strong>ntes, de<br />

re-introdução de biodiversi<strong>da</strong>de (enriquecimento) e outros, forem incentivados e apoiados<br />

financeiramente;<br />

A conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de deve envolver diferentes escalas de trabalho, como bacia, microbacias<br />

de diferentes ordens, uni<strong>da</strong>des administrativas, como as Uni<strong>da</strong>des de Gerenciamento<br />

de Recursos Hídricos (UGRHI) do Estado de São Paulo, fragmentos, entre outros, mas tendo<br />

148


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Conclusões<br />

sempre como foco as áreas naturais remanescentes que necessitam ser protegi<strong>da</strong>s e conecta<strong>da</strong>s<br />

na paisagem;<br />

As áreas naturais remanescentes mais destaca<strong>da</strong>s, em termos de conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de,<br />

demonstra<strong>da</strong> em <strong>da</strong>dos biológicos, de tamanho, de representativi<strong>da</strong>de regional, de descritores<br />

de paisagem, e até de ausência de conhecimento científico, devem ser converti<strong>da</strong>s em<br />

Uni<strong>da</strong>des de Conservação de Proteção Integral, através <strong>da</strong> desapropriação dessas áreas pelo<br />

poder público, ampliando assim o Sistema Estadual de Uni<strong>da</strong>des de Conservação;<br />

As demais áreas naturais, cujos descritores não justificam a sua proteção como Uni<strong>da</strong>des de<br />

Conservação de Proteção Integral, devem ser protegi<strong>da</strong>s usando outros instrumentos <strong>da</strong> legislação<br />

ambiental, como Reserva Legal (RL), Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN),<br />

Servidão Florestal e outras, e devem ser interliga<strong>da</strong>s na paisagem através <strong>da</strong> restauração de corredores<br />

ecológicos, em programas estabelecidos de forma muito interativa e participativa com<br />

o setor privado, já que a maioria dos remanescentes naturais está sob controle dos proprietários<br />

rurais, que por isso devem ter papel de destaque na conservação e até mesmo de restauração<br />

desta biodiversi<strong>da</strong>de;<br />

As regiões que ain<strong>da</strong> não disponham de <strong>da</strong>dos biológicos que possam sustentar as ações de<br />

conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de remanescente devem ser prioriza<strong>da</strong>s pelo poder público e pelas<br />

instituições de financiamento de pesquisa, <strong>para</strong> incremento dos estudos científicos;<br />

A disponibilização pública dos resultados <strong>da</strong>s iniciativas de conservação e restauração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de<br />

remanescente deve ser feita de forma organiza<strong>da</strong> e institucional, usando tanto publicações<br />

formais, como livros, artigos em revistas científicas e manuais técnicos, mas, principalmente,<br />

publicações digitais, elabora<strong>da</strong>s de forma interativa, aloja<strong>da</strong>s em sites institucionais, permitindo<br />

acesso irrestrito. Entretanto, os <strong>da</strong>dos disponibilizados de forma digital devem ser permanentemente<br />

qualificados e auditados em procedimentos estabelecidos <strong>para</strong> esse fim, sustentados por<br />

pesquisadores de competência reconheci<strong>da</strong> nos diferentes grupos taxonômicos;<br />

A incorporação dos resultados aqui apresentados nas ações do Estado, <strong>para</strong> conservação e restauração<br />

<strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de remanescente, deve ser garanti<strong>da</strong> pelo poder público, através de instrumentos<br />

legais, como resoluções, instruções normativas, e, principalmente, leis e decretos estaduais.<br />

149


CAPÍTULO 1<br />

150


a n e x o<br />

1<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo


ANEXO 1<br />

Anfíbios<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hyli<strong>da</strong>e Hypsiboas Hypsiboas cymbalum<br />

Lepto<strong>da</strong>ctyli<strong>da</strong>e Lepto<strong>da</strong>ctylus Lepto<strong>da</strong>ctylus flavopictus<br />

Cycloramphi<strong>da</strong>e Macrogenioglottus Macrogenioglottus alipioi<br />

Hylodi<strong>da</strong>e Megaelosia Megaelosia boticariana<br />

Cycloramphi<strong>da</strong>e Megaelosia Megaelosia goeldii<br />

Microhyli<strong>da</strong>e Myersiella Myersiella microps<br />

Cycloramphi<strong>da</strong>e Odontophrynus Odontophrynus moratoi<br />

Lepto<strong>da</strong>ctyli<strong>da</strong>e Paratelmatobius Paratelmatobius cardosoi<br />

Lepto<strong>da</strong>ctyli<strong>da</strong>e Paratelmatobius Paratelmatobius cf. poecilogaster<br />

Lepto<strong>da</strong>ctyli<strong>da</strong>e Paratelmatobius Paratelmatobius gaigeae<br />

Hyli<strong>da</strong>e Phasmahyla Phasmahyla cochranae<br />

Hyli<strong>da</strong>e Phasmahyla Phasmahyla guttata<br />

Hyli<strong>da</strong>e Phrynomedusa Phrynomedusa fimbriata<br />

Hyli<strong>da</strong>e Phrynomedusa Phrynomedusa marginata<br />

Leiuperi<strong>da</strong>e Physalaemus Physalaemus atlanticus<br />

Leiuperi<strong>da</strong>e Physalaemus Physalaemus jor<strong>da</strong>nensis<br />

Leiuperi<strong>da</strong>e Physalaemus Physalaemus moreirae<br />

Hyli<strong>da</strong>e Scinax Scinax alcatraz<br />

Cycloramphi<strong>da</strong>e Thoropa Thoropa miliaris<br />

Hyli<strong>da</strong>e Bokermannohyla Bokermannohyla izecksohni<br />

Brachycephali<strong>da</strong>e Brachycephalus Brachycephalus ephippium<br />

Brachycephali<strong>da</strong>e Brachycephalus Brachycephalus hermogenesi<br />

Brachycephali<strong>da</strong>e Brachycephalus Brachycephalus nodoterga<br />

Brachycephali<strong>da</strong>e Brachycephalus Brachycephalus vertebralis<br />

Hylodi<strong>da</strong>e Crosso<strong>da</strong>ctylus Crosso<strong>da</strong>ctylus caramaschii<br />

Hylodi<strong>da</strong>e Crosso<strong>da</strong>ctylus Crosso<strong>da</strong>ctylus gaudichaudii<br />

Cycloramphi<strong>da</strong>e Cycloramphus Cycloramphus acangatan<br />

Cycloramphi<strong>da</strong>e Cycloramphus Cycloramphus asper<br />

Cycloramphi<strong>da</strong>e Cycloramphus Cycloramphus boraceiensis<br />

Cycloramphi<strong>da</strong>e Cycloramphus Cycloramphus dubius<br />

Cycloramphi<strong>da</strong>e Cycloramphus Cycloramphus eleuthero<strong>da</strong>ctylus<br />

152


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Anfíbios<br />

Família Gênero Espécie<br />

Cycloramphi<strong>da</strong>e Cycloramphus Cycloramphus juimirim<br />

Cycloramphi<strong>da</strong>e Cycloramphus Cycloramphus lutzorum<br />

Bufoni<strong>da</strong>e Dendrophryniscus Dendrophryniscus brevipollicatus<br />

Amphignathodonti<strong>da</strong>e Flectonotus Flectonotus fissilis<br />

Amphignathodonti<strong>da</strong>e Flectonotus Flectonotus goeldii<br />

Amphignathodonti<strong>da</strong>e Flectonotus Flectonotus ohausi<br />

Amphignathodonti<strong>da</strong>e Gastrotheca Gastrotheca microdiscus<br />

Centroleni<strong>da</strong>e Hyalinobatrachium Hyalinobatrachium eurygnathum<br />

Centroleni<strong>da</strong>e Hyalinobatrachium Hyalinobatrachium uranoscopum<br />

Hylodi<strong>da</strong>e Hylodes Hylodes aff. asper<br />

Hylodi<strong>da</strong>e Hylodes Hylodes aff. phyllodes<br />

Hylodi<strong>da</strong>e Hylodes Hylodes asper<br />

Hylodi<strong>da</strong>e Hylodes Hylodes <strong>da</strong>ctylocinus<br />

Hylodi<strong>da</strong>e Hylodes Hylodes gr. lateristrigatus<br />

Hylodi<strong>da</strong>e Hylodes Hylodes heyeri<br />

Hylodi<strong>da</strong>e Hylodes Hylodes phyllodes<br />

Hylodi<strong>da</strong>e Hylodes Hylodes sazimai<br />

153


ANEXO 1<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Cherneti<strong>da</strong>e Maxchernes Maxchernes iporangae<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Pachylospeleus Pachylospeleus strinatii<br />

Chthonii<strong>da</strong>e Pseudochthonius Pseudochthonius strinatii<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Abacarus Abacarus nectandrae<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Acanthoscurria Acanthoscurria aurita<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Acanthoscurria Acanthoscurria gomesiana<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Acanthoscurria Acanthoscurria paulensis<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Aceria Aceria coussapoae<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Aceria Aceria megalops<br />

Theridii<strong>da</strong>e Achaearanea Achaearanea aff.quadripartita<br />

Theridii<strong>da</strong>e Achaearanea Achaearanea rioensis<br />

Theridii<strong>da</strong>e Achaearanea Achaearanea sicki<br />

Theridii<strong>da</strong>e Achaearanea Achaearanea tepi<strong>da</strong>riorum<br />

Theridii<strong>da</strong>e Achaearanea Achaearanea tingo<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Acrogonyleptes Acrogonyleptes armatifrons<br />

Actinopodi<strong>da</strong>e Actinopus Actinopus crassipes<br />

Actinopodi<strong>da</strong>e Actinopus Actinopus dubiomaculatus<br />

Actinopodi<strong>da</strong>e Actinopus Actinopus fractus<br />

Actinopodi<strong>da</strong>e Actinopus Actinopus pusillus<br />

Actinopodi<strong>da</strong>e Actinopus Actinopus tarsalis<br />

Aranei<strong>da</strong>e Actinosoma Actinosoma pentacanthum<br />

Aranei<strong>da</strong>e Aculepeira Aculepeira vittata<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Aculus Aculus bistichos<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Acustisoma Acustisoma discolor<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Acustisoma Acustisoma iguapense<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Acustisoma Acustisoma inscriptum<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Acutisoma Acutisoma monticola<br />

Adelphacari<strong>da</strong>e Adelphacarus Adelphacarus sellnicki<br />

Saltici<strong>da</strong>e Agelista Agelista andina<br />

Lycosi<strong>da</strong>e Aglaoctenus Aglaoctenus castaneus<br />

Saltici<strong>da</strong>e Aillutticus Aillutticus nitens<br />

Lycosi<strong>da</strong>e Allocosa Allocosa brasiliensis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Allogonyleptes Allogonyleptes insignitus<br />

Aranei<strong>da</strong>e Alpai<strong>da</strong> Alpai<strong>da</strong> alticeps<br />

Aranei<strong>da</strong>e Alpai<strong>da</strong> Alpai<strong>da</strong> angra<br />

Aranei<strong>da</strong>e Alpai<strong>da</strong> Alpai<strong>da</strong> atomaria<br />

Aranei<strong>da</strong>e Alpai<strong>da</strong> Alpai<strong>da</strong> bischoffi<br />

Aranei<strong>da</strong>e Alpai<strong>da</strong> Alpai<strong>da</strong> hoffmani<br />

Aranei<strong>da</strong>e Alpai<strong>da</strong> Alpai<strong>da</strong> leucogramma<br />

Aranei<strong>da</strong>e Alpai<strong>da</strong> Alpai<strong>da</strong> pedro<br />

Aranei<strong>da</strong>e Alpai<strong>da</strong> Alpai<strong>da</strong> truncata<br />

Aranei<strong>da</strong>e Alpai<strong>da</strong> Alpai<strong>da</strong> xavantina<br />

Amaurobii<strong>da</strong>e Amaurobius Amaurobius luteipes<br />

Phytoseii<strong>da</strong>e Amblyseius Amblyseius impressus<br />

154


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Theridii<strong>da</strong>e Anelosimus Anelosimus dubiosus<br />

Theridii<strong>da</strong>e Anelosimus Anelosimus ethicus<br />

Theridii<strong>da</strong>e Anelosimus Anelosimus studiosus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Anoplogynopsis Anoplogynopsis concolor<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Aphantochilus Aphantochilus rogersi<br />

Saltici<strong>da</strong>e Aphirape Aphirape boliviensis<br />

Gnaphosi<strong>da</strong>e Apopyllus Apopyllus isabelae<br />

Saltici<strong>da</strong>e Arachnomura Arachnomura hyeroglyphica<br />

Aranei<strong>da</strong>e Araneus Araneus abeicus<br />

Aranei<strong>da</strong>e Araneus Araneus aff.bogotensis<br />

Aranei<strong>da</strong>e Araneus Araneus bandelieri<br />

Aranei<strong>da</strong>e Araneus Araneus iguacu<br />

Aranei<strong>da</strong>e Araneus Araneus lenkoi<br />

Aranei<strong>da</strong>e Araneus Araneus sicki<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Araucarioptes Araucarioptes scutifera<br />

Theridii<strong>da</strong>e Argyrodes Argyrodes affinis<br />

Theridii<strong>da</strong>e Argyrodes Argyrodes cau<strong>da</strong>tus<br />

Theridii<strong>da</strong>e Argyrodes Argyrodes rigidus<br />

Segestrii<strong>da</strong>e Ariadna Ariadna crassipalpa<br />

Saltici<strong>da</strong>e Asaphobelis Asaphobelis fasciiventris<br />

Saltici<strong>da</strong>e Asaphobelis Asaphobelis physonychus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Asarcus Asarcus longipes<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Asarcus Asarcus lutescens<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Asarcus Asarcus pallidus<br />

Cteni<strong>da</strong>e Asthenoctenus Asthenoctenus borellii<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Athrix Athrix brevitibia<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Athrix Athrix lissoscutum<br />

Phthiracari<strong>da</strong>e Atropacarus Atropacarus kulczynskii<br />

Corinni<strong>da</strong>e Attacobius Attacobius luderwaldti<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha albovittata<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha diversicolor<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha fortis<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha garruchos<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha gr.brevimanna<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha gr.helvola<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha gr.robusta<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha guarapuava<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha marinonii<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha montenegro<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha proseni<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha rubromaculata<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Aysha Aysha striolata<br />

Tetragnathi<strong>da</strong>e Azilia Azilia boudeti<br />

Saltici<strong>da</strong>e Balmace<strong>da</strong> Balmace<strong>da</strong> anulipes<br />

155


ANEXO 1<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Oppii<strong>da</strong>e Baloghoppia Baloghoppia dentata<br />

Saltici<strong>da</strong>e Beata Beata aenea<br />

Saltici<strong>da</strong>e Beata Beata cinereoniti<strong>da</strong><br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Bebedoura Bebedoura rugosa<br />

Dampfielli<strong>da</strong>e Beckiella Beckiella arcta<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Bog<strong>da</strong>na Bog<strong>da</strong>na ingenua<br />

BOTHRIURIDAE Bothriurus Bothriurus signatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Bourguyia Bourguyia albiornata<br />

Oppii<strong>da</strong>e Brachioppia Brachioppia tropicalis<br />

Microzeti<strong>da</strong>e Brazilozetes Brazilozetes fusiger<br />

Saltici<strong>da</strong>e Bre<strong>da</strong> Bre<strong>da</strong> apicalis<br />

Saltici<strong>da</strong>e Bre<strong>da</strong> Bre<strong>da</strong> bistriata<br />

Saltici<strong>da</strong>e Bre<strong>da</strong> Bre<strong>da</strong> cf.notata<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Brisoweia Brisoweia zorodes<br />

Uncertain Brotasus Brotasus megalobunus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Bucranium Bucranium taurifrons<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Cadeadoius Cadeadoius niger<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Camarana Camarana unica<br />

Gnaphosi<strong>da</strong>e Camillina Camillina major<br />

Gnaphosi<strong>da</strong>e Camillina Camillina minuta<br />

Gnaphosi<strong>da</strong>e Camillina Camillina pilar<br />

Gnaphosi<strong>da</strong>e Camillina Camillina pulchra<br />

Pholci<strong>da</strong>e Carapoia Carapoia genitalis<br />

Corinni<strong>da</strong>e Castianeira Castianeira littoralis<br />

Corinni<strong>da</strong>e Castianeira Castianeira obscura<br />

Corinni<strong>da</strong>e Castianeira Castianeira scutata<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Cenaca Cenaca decorata<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Cenaca Cenaca paula<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Ceraarachne Ceraarachne germaini<br />

Austrachipterii<strong>da</strong>e Ceratobates Ceratobates spathulatus<br />

Cheyleti<strong>da</strong>e Cheletomimus Cheletomimus wellsi<br />

Saltici<strong>da</strong>e Chira Chira distincta<br />

Saltici<strong>da</strong>e Chira Chira spinipes<br />

Saltici<strong>da</strong>e Chira Chira thysbe<br />

Saltici<strong>da</strong>e Chirothecia Chirothecia botucatuensis<br />

Saltici<strong>da</strong>e Chirothecia Chirothecia soaresi<br />

Saltici<strong>da</strong>e Chirothecia Chirothecia uncata<br />

Theridii<strong>da</strong>e Chrosiothes Chrosiothes niteroi<br />

Theridii<strong>da</strong>e Chrosiothes Chrosiothes perfidus<br />

Tetragnathi<strong>da</strong>e Chrysometa Chrysometa jor<strong>da</strong>o<br />

Tetragnathi<strong>da</strong>e Chrysometa Chrysometa sumare<br />

Theridii<strong>da</strong>e Chrysso Chrysso caraca<br />

Theridii<strong>da</strong>e Chrysso Chrysso riberao<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Clyclosternum Clyclosternum symmetricum<br />

156


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Theridii<strong>da</strong>e Coleosoma Coleosoma acutiventer<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Collonychium Collonychium bicuspi<strong>da</strong>tum<br />

Saltici<strong>da</strong>e Consingis Consingis semicana<br />

Corinni<strong>da</strong>e Corinna Corinna bicincta<br />

Corinni<strong>da</strong>e Corinna Corinna botucatensis<br />

Corinni<strong>da</strong>e Corinna Corinna bristoweana<br />

Corinni<strong>da</strong>e Corinna Corinna gr.ducke<br />

Corinni<strong>da</strong>e Corinna Corinna gr.rubripes<br />

Corinni<strong>da</strong>e Corinna Corinna loricata<br />

Saltici<strong>da</strong>e Coryphasia Coryphasia albibarbis<br />

Pholci<strong>da</strong>e Coryssocnemis Coryssocnemis banksi<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Cosella Cosella macrothrix<br />

Saltici<strong>da</strong>e Cotinusa Cotinusa cf.vittata<br />

Corinni<strong>da</strong>e Creugas Creugas gr.bellator<br />

Ctenacari<strong>da</strong>e Ctenacarus Ctenacarus araneola<br />

Aranei<strong>da</strong>e Cyclosa Cyclosa bifurcata<br />

Aranei<strong>da</strong>e Cyclosa Cyclosa caroli<br />

Aranei<strong>da</strong>e Cyclosa Cyclosa espumoso<br />

Aranei<strong>da</strong>e Cyclosa Cyclosa tapetifaciens<br />

Aranei<strong>da</strong>e Cyclosa Cyclosa vicente<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Cyclosternum Cyclosternum garbei<br />

Saltici<strong>da</strong>e Cylistella Cylistella cuprea<br />

Saltici<strong>da</strong>e Cylistella Cylistella sanctipauli<br />

Deinopi<strong>da</strong>e Deinopis Deinopis palli<strong>da</strong><br />

Saltici<strong>da</strong>e Deloripa Deloripa semialba<br />

Saltici<strong>da</strong>e Dendryphantes Dendryphantes sexguttatus<br />

Theridii<strong>da</strong>e Dipoena Dipoena aff.granulata<br />

Theridii<strong>da</strong>e Dipoena Dipoena atlantica<br />

Theridii<strong>da</strong>e Dipoena Dipoena conica<br />

Theridii<strong>da</strong>e Dipoena Dipoena cordiformis<br />

Theridii<strong>da</strong>e Dipoena Dipoena kuyuwini<br />

Theridii<strong>da</strong>e Dipoena Dipoena morosa<br />

Theridii<strong>da</strong>e Dipoena Dipoena santacatarinae<br />

Theridii<strong>da</strong>e Dipoena Dipoena taeniatipes<br />

Theridii<strong>da</strong>e Dipoena Dipoena tiro<br />

Theridii<strong>da</strong>e Dipoena Dipoena variabilis<br />

Theridii<strong>da</strong>e Dipoena Dipoena woytkowskii<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Diptilostatus Diptilostatus lofegoi<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Diptilostatus Diptilostatus mesae<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus affinis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus areolatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus armatissimus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus boroceae<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus calcarifer<br />

157


ANEXO 1<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus clarus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus confusus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus curvipes<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus dilatatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus flavigranulatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus guttatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus iguapei<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus niger<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus nigrolineatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus oliveroi<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus pertenuis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus rectipes<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus singularis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus tenuis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Discocyrtus Discocyrtus vestituis<br />

Gnaphosi<strong>da</strong>e Echemus Echemus inermis<br />

Aranei<strong>da</strong>e Enacrosoma Enacrosoma anomalum<br />

Cteni<strong>da</strong>e Enoploctenus Enoploctenus cyclothorax<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Epicadinus Epicadinus tuberculatus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Epicadus Epicadus heterogaster<br />

Theridii<strong>da</strong>e Episinus Episinus bicorniger<br />

Theridii<strong>da</strong>e Episinus Episinus gr.cognatus<br />

Theridii<strong>da</strong>e Episinus Episinus malachinus<br />

Theridii<strong>da</strong>e Episinus Episinus teresopolis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Ergastria Ergastria forficula<br />

Saltici<strong>da</strong>e Erica Erica eugenia<br />

Aranei<strong>da</strong>e Eriophora Eriophora fuligineus<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Esalquia Esalquia centennaria<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Eugyndopsiella Eugyndopsiella trochanteroceros<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Eupalaestrus Eupalaestrus dubium<br />

Euphthiracari<strong>da</strong>e Euphthiracarus Euphthiracarus brasiliensis<br />

Eupodi<strong>da</strong>e Eupodes Eupodes cf. <strong>para</strong>fusifer<br />

Cosmeti<strong>da</strong>e Eupoecilaema Eupoecilaema ornatum<br />

Linyphii<strong>da</strong>e Eurymorion Eurymorion nobile<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Eusarcus Eusarcus catharinensis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Eusarcus Eusarcus dubius<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Eusarcus Eusarcus furcatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Eusarcus Eusarcus montis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Eusarcus Eusarcus oxyacanthus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Eusarcus Eusarcus perpusillus<br />

Aranei<strong>da</strong>e Eustala Eustala clavispina<br />

Aranei<strong>da</strong>e Eustala Eustala guttata<br />

Aranei<strong>da</strong>e Eustala Eustala minuscula<br />

Aranei<strong>da</strong>e Eustala Eustala ulecebrosa<br />

158


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Aranei<strong>da</strong>e Eustala Eustala vegeta<br />

Miturgi<strong>da</strong>e Eutichurus Eutichurus ibiuna<br />

Saltici<strong>da</strong>e Freya Freya decorata<br />

Saltici<strong>da</strong>e Frigga Frigga quintensis<br />

Metrioppii<strong>da</strong>e Furcoppia Furcoppia americana<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Garatiba Garatiba bocaina<br />

Saltici<strong>da</strong>e Gastromicans Gastromicans albopilosa<br />

Philodromi<strong>da</strong>e Gephyrellula Gephyrellula paulistana<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Geraecormobius Geraecormobius bispinifrons<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Geraecormobius Geraecormobius cunhai<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Geraecormobius Geraecormobius granulosus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Geraecormobius Geraecormobius pallidimanu<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Geraecormobius Geraecormobius salebrosus<br />

Carabodi<strong>da</strong>e Gibbicepheus Gibbicepheus austroamericanus<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Glabrisceles Glabrisceles euterpis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Goniosoma Goniosoma calcar<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Goniosoma Goniosoma roridum<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Goniosoma Goniosoma spelaeum<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Goniosoma Goniosoma varium<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Goniosoma Goniosoma venustum<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Gonyleptellus Gonyleptellus cancellatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Gonyleptes Gonyleptes calcaripes<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Gonyleptes Gonyleptes guttatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Gonyleptes Gonyleptes pseudogranulatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Gonyleptes Gonyleptes recentissimus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Gonyleptes Gonyleptes viridisagittatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Gonyleptoides Gonyleptoides curvifemur<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Goodnightiella Goodnightiella impar<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Guaraniticus Guaraniticus olivaceus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Guatubesia Guatubesia clarae<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Gyndesoides Gyndesoides dispar<br />

Hahnii<strong>da</strong>e Hahnia Hahnia simoni<br />

Haplochthonii<strong>da</strong>e Haplochtonius Haplochtonius simplex<br />

Hermannielli<strong>da</strong>e Hermannobates Hermannobates flagelliseta<br />

Hermannielli<strong>da</strong>e Hermannobates Hermannobates monstruosus<br />

Hermannielli<strong>da</strong>e Hermannobates Hermannobates scoparius<br />

Heterobelbi<strong>da</strong>e Heterobelba Heterobelba bifurcatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Heteromitobates Heteromitobates discolor<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Heteropachylus Heteropachylus spiniger<br />

S<strong>para</strong>ssi<strong>da</strong>e Heteropo<strong>da</strong> Heteropo<strong>da</strong> venatoria<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Hipophylonomus Hipophylonomus callidus<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Homoeomma Homoeomma insulare<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Homoeomma Homoeomma montanum<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Homoeomma Homoeomma stradlingi<br />

159


ANEXO 1<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Phthiracari<strong>da</strong>e Hoplophthiracarus Hoplophthiracarus brasiliensis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Hypophyllonomus Hypophyllonomus callidus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Hypophyllonomus Hypophyllonomus longipes<br />

Idiopi<strong>da</strong>e Idiops Idiops montealegrensis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Iguapeia Iguapeia melanocephala<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Iguarima Iguarima censoria<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Iguassuoides Iguassuoides lucidus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Iporangaia Iporangaia pustulosa<br />

Dipluri<strong>da</strong>e Ischnothele Ischnothele annulata<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Jessica Jessica glabra<br />

Sclerosomati<strong>da</strong>e Jussara Jussara avati<br />

Sclerosomati<strong>da</strong>e Jussara Jussara obesa<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Justicus Justicus furcidens<br />

Aranei<strong>da</strong>e Kaira Kaira aff.erwini<br />

Aranei<strong>da</strong>e Kaira Kaira altiventer<br />

Aranei<strong>da</strong>e Kaira Kaira conica<br />

Theridii<strong>da</strong>e Keijia Keijia mneon<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Lacronia Lacronia serripes<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Lanesoares Lanesoares inermis<br />

Aranei<strong>da</strong>e Larinia Larinia directa<br />

Aranei<strong>da</strong>e Larinia Larinia montecarlo<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Lasiodora Lasiodora sternalis<br />

Dipluri<strong>da</strong>e Linothele Linothele paulistana<br />

Linyphii<strong>da</strong>e Linyphia Linyphia cylindrata<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Liophis Liophis veneficus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Longiperna Longiperna cancellata<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Longiperna Longiperna heliacca<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Longiperna Longiperna zonata<br />

Sicarii<strong>da</strong>e Loxosceles Loxosceles adelai<strong>da</strong><br />

Sicarii<strong>da</strong>e Loxosceles Loxosceles intermedia<br />

Sicarii<strong>da</strong>e Loxosceles Loxosceles similis<br />

Lycosi<strong>da</strong>e Lycosa Lycosa sericovittata<br />

Linyphii<strong>da</strong>e Lygarina Lygarina silvicola<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Lyogoniosoma Lyogoniosoma macracanthum<br />

Saltici<strong>da</strong>e Lyssomanes Lyssomanes leucomelas<br />

Saltici<strong>da</strong>e Lyssomanes Lyssomanes miniaceus<br />

Saltici<strong>da</strong>e Lyssomanes Lyssomanes unicolor<br />

Saltici<strong>da</strong>e Lyssomones Lyssomones yacui<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Mangaratiba Mangaratiba acanthoprocta<br />

Aranei<strong>da</strong>e Mangora Mangora strenua<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Maromba Maromba <strong>da</strong>ndrettai<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Martus Martus albolineatus<br />

Aranei<strong>da</strong>e Mastophora Mastophora felis<br />

Aranei<strong>da</strong>e Mastophora Mastophora longiceps<br />

160


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Megapachylus Megapachylus mutilatus<br />

Corinni<strong>da</strong>e Meriola Meriola cetiformis<br />

Pholci<strong>da</strong>e Mesabolivar Mesabolivar aff.botocudo<br />

Pholci<strong>da</strong>e Mesabolivar Mesabolivar aff.guapiara<br />

Pholci<strong>da</strong>e Mesabolivar Mesabolivar aurantiacus<br />

Pholci<strong>da</strong>e Mesabolivar Mesabolivar banksi<br />

Pholci<strong>da</strong>e Mesabolivar Mesabolivar cyaneotaeniatus<br />

Pholci<strong>da</strong>e Mesabolivar Mesabolivar cyanomaculatus<br />

Pholci<strong>da</strong>e Mesabolivar Mesabolivar guapiara<br />

Pholci<strong>da</strong>e Mesabolivar Mesabolivar simoni<br />

Mesoplophori<strong>da</strong>e Mesoplophora Mesoplophora gaveae<br />

Pholci<strong>da</strong>e Metagonia Metagonia aff.beni<br />

Pholci<strong>da</strong>e Metagonia Metagonia argentinensis<br />

Pholci<strong>da</strong>e Metagonia Metagonia bicornis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Metagonyleptes Metagonyleptes hamatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Metagonyleptes Metagonyleptes pectiniger<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Metagonyleptes Metagonyleptes serratus<br />

Cosmeti<strong>da</strong>e Metalibitia Metalibitia argentina<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Metamitobates Metamitobates squalidus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Metapachyloides Metapachyloides almei<strong>da</strong>i<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Metapachyloides Metapachyloides rugosus<br />

Cosmeti<strong>da</strong>e Metavononoides Metavononoides orientalis<br />

Cosmeti<strong>da</strong>e Metavononoides Metavononoides peculiarius<br />

Aranei<strong>da</strong>e Metazygia Metazygia barueri<br />

Aranei<strong>da</strong>e Metazygia Metazygia crabroniphila<br />

Aranei<strong>da</strong>e Metazygia Metazygia cunha<br />

Aranei<strong>da</strong>e Metazygia Metazygia ipanga<br />

Aranei<strong>da</strong>e Metazygia Metazygia yobena<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Meteusarcoides Meteusarcoides mutilatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Meteusarcus Meteusarcus armatus<br />

Ulobori<strong>da</strong>e Miagrammopes Miagrammopes correai<br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena acuta<br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena annulata<br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena brevispina<br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena digitata<br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena fissispina<br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena horri<strong>da</strong><br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena lata<br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena macfarlanei<br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena patruelis<br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena peregrinatora<br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena reali<br />

Aranei<strong>da</strong>e Micrathena Micrathena teresopolis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Mischonyx Mischonyx antiquus<br />

161


ANEXO 1<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Mischonyx Mischonyx squalidus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Misumenoides Misumenoides corticatus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Misumenoides Misumenoides illotus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Misumenoides Misumenoides similis<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Misumenops Misumenops spinifer<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Mitopernoides Mitopernoides variabilis<br />

Tetranychi<strong>da</strong>e Monoceronychus Monoceronychus bambusicola<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Moreiranula Moreiranula mamillata<br />

Corinni<strong>da</strong>e Myrmecium Myrmecium gounellei<br />

Corinni<strong>da</strong>e Myrmecium Myrmecium rufum<br />

Saltici<strong>da</strong>e Naubolus Naubolus sawayai<br />

Zori<strong>da</strong>e Neoctenus Neoctenus eximius<br />

Aranei<strong>da</strong>e Neoscona Neoscona moreli<br />

Phytoseii<strong>da</strong>e Neoseiulus Neoseiulus neoaurencens<br />

Phytoseii<strong>da</strong>e Neoseiulus Neoseiulus veigai<br />

Tetragnathi<strong>da</strong>e Nephila Nephila clavipes<br />

Linyphii<strong>da</strong>e Neriene Neriene re<strong>da</strong>cta<br />

Nestici<strong>da</strong>e Nesticus Nesticus brasiliensis<br />

Saltici<strong>da</strong>e Noegus Noegus australis<br />

Cteni<strong>da</strong>e Nothroctenus Nothroctenus marshii<br />

Linyphii<strong>da</strong>e Notiohyphantes Notiohyphantes lau<strong>da</strong>tus<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Notostrix Notostrix fissipes<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Notostrix Notostrix longiseta<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Notostrix Notostrix miniseta<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Notostrix Notostrix nasutiformes<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Notostrix Notostrix trifi<strong>da</strong><br />

Saltici<strong>da</strong>e Nycerella Nycerella volucripes<br />

Aranei<strong>da</strong>e Ocrepeira Ocrepeira fiebrigi<br />

Aranei<strong>da</strong>e Ocrepeira Ocrepeira jacara<br />

Aranei<strong>da</strong>e Ocrepeira Ocrepeira malleri<br />

Zori<strong>da</strong>e Odo Odo obscurus<br />

Oecobii<strong>da</strong>e Oecobius Oecobius navus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Ogloblinia Ogloblinia argenteopilosa<br />

Cteni<strong>da</strong>e Oligoctenus Oligoctenus medius<br />

Cteni<strong>da</strong>e Oligoctenus Oligoctenus ornatus<br />

S<strong>para</strong>ssi<strong>da</strong>e Olios Olios antiguensis<br />

S<strong>para</strong>ssi<strong>da</strong>e Olios Olios macroepigynum<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Oliverius Oliverius jor<strong>da</strong>nensis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Olynthus Olynthus alticola<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Onocolus Onocolus echinatus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Onocolus Onocolus infelix<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Onocolus Onocolus intermedius<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Onocolus Onocolus simoni<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Osoriella Osoriella pallidoemanu<br />

162


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Palpimani<strong>da</strong>e Otiothops Otiothops birabeni<br />

Oxyopi<strong>da</strong>e Oxyopes Oxyopes m-fasiatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Pachylibunus Pachylibunus armatissimus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Pachylibunus Pachylibunus grandis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Pachylioides Pachylioides armatus<br />

Cosmeti<strong>da</strong>e Paecilaema Paecilaema micropunctatum<br />

Phytoseii<strong>da</strong>e Paraamblyseius Paraamblyseius multicirculares<br />

Corinni<strong>da</strong>e Paradiestus Paradiestus aurantiacus<br />

Trechalei<strong>da</strong>e Paradossenus Paradossenus longipes<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Paragonyleptes Paragonyleptes hamiferus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Paragonyleptes Paragonyleptes pygoplus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Parampheres Parampheres pectinatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Parampheres Parampheres tibialis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Parapachyloides Parapachyloides armatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Parapachyloides Parapachyloides dentipes<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Parapachyloides Parapachyloides uncinatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Pararezendesius Pararezendesius luvidus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Paratricommatus Paratricommatus modestus<br />

Aranei<strong>da</strong>e Parawixia Parawixia monticola<br />

Aranei<strong>da</strong>e Parawixia Parawixia undulata<br />

Saltici<strong>da</strong>e Parnaenus Parnaenus metallicus<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Patrera Patrera aff.opertana<br />

Saltici<strong>da</strong>e Pensacolops Pensacolops rubrovittata<br />

Galumni<strong>da</strong>e Pergalumna Pergalumna pauliensis<br />

Oxyopi<strong>da</strong>e Peucetia Peucetia maculipedes<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Phaniphalangodus Phaniphalangodus robustus<br />

Saltici<strong>da</strong>e Phiale Phiale bipunctata<br />

Saltici<strong>da</strong>e Phiale Phiale tristis<br />

Pholci<strong>da</strong>e Pholcus Pholcus phalangioides<br />

Cteni<strong>da</strong>e Phoneutria Phoneutria boliviensis<br />

Cteni<strong>da</strong>e Phoneutria Phoneutria fera<br />

Cteni<strong>da</strong>e Phoneutria Phoneutria rufibarbis<br />

Theridii<strong>da</strong>e Phoroncidia Phoroncidia reimoseri<br />

Zalmoxi<strong>da</strong>e Pirassunungoleptes Pirassunungoleptes calcaratus<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Plesiopelma Plesiopelma insulare<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Poecilosophus Poecilosophus melloleitaoi<br />

S<strong>para</strong>ssi<strong>da</strong>e Polybetes Polybetes germaini<br />

S<strong>para</strong>ssi<strong>da</strong>e Polybetes Polybetes pythagoricus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Pristocnemis Pristocnemis albimaculatus<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Proartacris Proartacris longior<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Proctobunoides Proctobunoides tuberosus<br />

Saltici<strong>da</strong>e Proctonemesia Proctonemesia multicau<strong>da</strong>ta<br />

Saltici<strong>da</strong>e Proctonemesia Proctonemesia secun<strong>da</strong><br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Progonyleptoides Progonyleptoides spinifrons<br />

163


ANEXO 1<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Progyndes Progyndes iporongae<br />

Phytopti<strong>da</strong>e Propilus Propilus pellitus<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Proshapalopus Proshapalopus amazonicus<br />

Barycheli<strong>da</strong>e Psalistops Psalistops crassimanus<br />

Saltici<strong>da</strong>e Psecas Psecas chrysogammus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Pseudopucrolia Pseudopucrolia mutica<br />

Nemesii<strong>da</strong>e Pycnothele Pycnothele perdita<br />

Nemesii<strong>da</strong>e Pycnothele Pycnothele piracicabensis<br />

Nemesii<strong>da</strong>e Pycnothele Pycnothele singularis<br />

Nemesii<strong>da</strong>e Rachias Rachias cau<strong>da</strong>tus<br />

Miturgi<strong>da</strong>e Radulphius Radulphius boraceia<br />

Miturgi<strong>da</strong>e Radulphius Radulphius lane<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Rhioxyna Rhioxyna zoppei<br />

Saltici<strong>da</strong>e Rhyphelia Rhyphelia variegata<br />

Saltici<strong>da</strong>e Rudra Rudra <strong>da</strong>gostinae<br />

Saltici<strong>da</strong>e Saitis Saitis cyanipes<br />

Saltici<strong>da</strong>e Saitis Saitis labirinteus<br />

Saltici<strong>da</strong>e Saitis Saitis spinosus<br />

Saltici<strong>da</strong>e Sarin<strong>da</strong> Sarin<strong>da</strong> marcosi<br />

Saltici<strong>da</strong>e Sassacus Sassacus glyphochela<br />

Saltici<strong>da</strong>e Sassacus Sassacus helenicus<br />

Scheloribati<strong>da</strong>e Scheloribates Scheloribates femoroserratus<br />

Scheloribati<strong>da</strong>e Scheloribates Scheloribates pauliensis<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Schizaceae Schizaceae geonomae<br />

Tetranychi<strong>da</strong>e Schizotetranychus Schizotetranychus longirostris<br />

Tetranychi<strong>da</strong>e Schizotetranychus Schizotetranychus <strong>para</strong>elymus<br />

Saltici<strong>da</strong>e Scopocira Scopocira aff.fuscimana<br />

Scytodi<strong>da</strong>e Scytodes Scytodes auricula<br />

Scytodi<strong>da</strong>e Scytodes Scytodes mapia<br />

Scytodi<strong>da</strong>e Scytodes Scytodes vittata<br />

Selenopi<strong>da</strong>e Selenops Selenops maranhensis<br />

Saltici<strong>da</strong>e Semiopyla Semiopyla cataphracta<br />

Saltici<strong>da</strong>e Semiopyla Semiopyla viperina<br />

Saltici<strong>da</strong>e Semnolius Semnolius chrysotrichus<br />

Senoculi<strong>da</strong>e Senoculus Senoculus gracilis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Serracutisoma Serracutisoma spelaeum<br />

Eriophyi<strong>da</strong>e Shevtchenkella Shevtchenkella desmodivagus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Sidymella Sidymella cf.spinifera<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Sidymella Sidymella jor<strong>da</strong>nensis<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Sidymella Sidymella longispina<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Sidymella Sidymella multispinulosa<br />

Uncertain Simonoleptes Simonoleptes insulanus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Singram Singram simplex<br />

Pholci<strong>da</strong>e Smeringopus Smeringopus pallidus<br />

164


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Tetranychi<strong>da</strong>e Sonotetranychus Sonotetranychus angiopenis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Sphaerobunus Sphaerobunus marmoratus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Sphaerobunus Sphaerobunus rhinoceros<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Sphaerobunus Sphaerobunus singularis<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Sphaerobunus Sphaerobunus soaresi<br />

Linyphii<strong>da</strong>e Sphecozone Sphecozone cristata<br />

Linyphii<strong>da</strong>e Sphecozone Sphecozone rubescens<br />

Staurobati<strong>da</strong>e Staurobates Staurobates schusteri<br />

Theridii<strong>da</strong>e Steato<strong>da</strong> Steato<strong>da</strong> diamantina<br />

Theridii<strong>da</strong>e Steato<strong>da</strong> Steato<strong>da</strong> grossa<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Stephanopoides Stephanopoides mirabilis<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Strophius Strophius levyi<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Strophius Strophius melloleitaoi<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Strophius Strophius nigricans<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Stygnobates Stygnobates leprevosti<br />

Stygni<strong>da</strong>e Stygnus Stygnus multispinosus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Styloleptes Styloleptes conspersus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Synaemops Synaemops nigridorsi<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Synema Synema glaucothorax<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Synema Synema pereirai<br />

Saltici<strong>da</strong>e Synemosyna Synemosyna magniscuti<br />

Saltici<strong>da</strong>e Synemosyna Synemosyna scutata<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Synstrophius Synstrophius blanci<br />

Aranei<strong>da</strong>e Taczanowskia Taczanowskia mirabilis<br />

Hersilii<strong>da</strong>e Tama Tama brasiliensis<br />

Hersilii<strong>da</strong>e Tama Tama crucifera<br />

Theridii<strong>da</strong>e Tekellina Tekellina minor<br />

Tenuipalpi<strong>da</strong>e Tenuipalpus Tenuipalpus orchidofilo<br />

Tetranychi<strong>da</strong>e Tetranychus Tetranychus riopretensis<br />

Pisauri<strong>da</strong>e Thaumasia Thaumasia marginella<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Thereza Thereza speciosa<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion apostoli<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion bergi<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion evexum<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion gr.umbilicus<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion nesticum<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion nigriceps<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion olaup<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion pernambucum<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion pires<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion plaumanni<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion positivum<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion quadripartitum<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion rubrum<br />

165


ANEXO 1<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion striatum<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion teresae<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion tungurahua<br />

Theridii<strong>da</strong>e Theridion Theridion volubile<br />

Saltici<strong>da</strong>e Thiodina Thiodina germaini<br />

Saltici<strong>da</strong>e Thiodina Thiodina melanogaster<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Thobias Thobias corticatus<br />

Theridii<strong>da</strong>e Thymoites Thymoites ilvan<br />

Theridii<strong>da</strong>e Thymoites Thymoites ipiranga<br />

Theridii<strong>da</strong>e Thymoites Thymoites palo<br />

Theridii<strong>da</strong>e Thymoites Thymoites unissignatus<br />

Theridii<strong>da</strong>e Ti<strong>da</strong>rren Ti<strong>da</strong>rren haemorrhoi<strong>da</strong>le<br />

BUTHIDAE Tityus Tityus charreyroni<br />

BUTHIDAE Tityus Tityus mattogrossensis<br />

BUTHIDAE Tityus Tityus <strong>para</strong>guayensis<br />

BUTHIDAE Tityus Tityus uniformis<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus aff.polyandrus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus albifrons<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus albolineatus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus bisectus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus caxambuensis<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus clavipes<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus estyliferus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus nigroviridis<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus parki<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus paulensis<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus pizai<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus pleuronotatus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus primitivus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus pugnax<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tmarus Tmarus striolatus<br />

Thomisi<strong>da</strong>e Tobias Tobias gradiens<br />

Corinni<strong>da</strong>e Trachelas Trachelas gr.bispinosus<br />

Corinni<strong>da</strong>e Trachelas Trachelas rugosus<br />

Corinni<strong>da</strong>e Trachelopachys Trachelopachys ignacio<br />

Dipluri<strong>da</strong>e Trechona Trechona uniformis<br />

Dipluri<strong>da</strong>e Trechona Trechona venosa<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Triglochinura Triglochinura ancilla<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Triglochinura Triglochinura curvispina<br />

Linyphii<strong>da</strong>e Turbinellina Turbinellina tantilla<br />

Linyphii<strong>da</strong>e Tutaibo Tutaibo tristis<br />

Theridii<strong>da</strong>e Twaitesia Twaitesia affinis<br />

Camerobii<strong>da</strong>e Tycherobius Tycherobius e<strong>da</strong>phon<br />

Phytoseii<strong>da</strong>e Typhlodromus Typhlodromus ornatus<br />

166


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Aracni<strong>da</strong><br />

Família Gênero Espécie<br />

Phytoseii<strong>da</strong>e Typhlodromus Typhlodromus ornatus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Ubatubesia Ubatubesia oliveriori<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Umuara Umuara juquia<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Uracantholeptes Uracantholeptes anomalus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Uropachylus Uropachylus anthophilus<br />

Gnaphosi<strong>da</strong>e Urozelotes Urozelotes rusticus<br />

Saltici<strong>da</strong>e Uspachus Uspachus juqiuaensis<br />

S<strong>para</strong>ssi<strong>da</strong>e Valonia Valonia rubriventris<br />

Varroi<strong>da</strong>e Varroa Varroa destructor<br />

Aranei<strong>da</strong>e Verrucosa Verrucosa zebra<br />

Saltici<strong>da</strong>e Vinius Vinius aff.calcarifer<br />

Saltici<strong>da</strong>e Vinius Vinius calcarifer<br />

Saltici<strong>da</strong>e Vinius Vinius uncatus<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Vitalius Vitalius longisternalis<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Vitalius Vitalius lucasae<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Vitalius Vitalius platyomma<br />

Theraphosi<strong>da</strong>e Vitalius Vitalius tetracanthus<br />

Aranei<strong>da</strong>e Wagneriana Wagneriana gavensis<br />

Aranei<strong>da</strong>e Wagneriana Wagneriana heteracantha<br />

Aranei<strong>da</strong>e Wagneriana Wagneriana neglecta<br />

Aranei<strong>da</strong>e Wagneriana Wagneriana transitoria<br />

Theridii<strong>da</strong>e Wamba Wamba congener<br />

Saltici<strong>da</strong>e Wedoquella Wedoquella punctata<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Wulfila Wulfila argentina<br />

Anyphaeni<strong>da</strong>e Wulilops Wulilops tenuipes<br />

Xenilli<strong>da</strong>e Xenilloides Xenilloides aenigmaticus<br />

Xenilli<strong>da</strong>e Xenillus Xenillus butantaniensis<br />

Xenilli<strong>da</strong>e Xenillus Xenillus capitatus<br />

Corinni<strong>da</strong>e Xeropigo Xeropigo flavipes<br />

Aranei<strong>da</strong>e Xylethrus Xylethrus ame<strong>da</strong><br />

Aranei<strong>da</strong>e Xylethrus Xylethrus superbus<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Yraguara Yraguara annulipes<br />

Stigmaei<strong>da</strong>e Zetzellia Zetzellia agistzellia<br />

Stigmaei<strong>da</strong>e Zetzellia Zetzellia quasagistemas<br />

Gnaphosi<strong>da</strong>e Zimiromus Zimiromus buzios<br />

Gnaphosi<strong>da</strong>e Zimiromus Zimiromus medius<br />

Gnaphosi<strong>da</strong>e Zimiromus Zimiromus tapirape<br />

Gonylepti<strong>da</strong>e Zortalia Zortalia inscripta<br />

167


ANEXO 1<br />

Aves<br />

Família Gênero Espécie<br />

Craci<strong>da</strong>e Aburria Aburria jacutinga<br />

Accipitri<strong>da</strong>e Accipiter Accipiter poliogaster<br />

Tyranni<strong>da</strong>e Alectrurus Alectrurus tricolor<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Amaurospiza Amaurospiza moesta<br />

Psittaci<strong>da</strong>e Amazona Amazona aestiva<br />

Psittaci<strong>da</strong>e Amazona Amazona brasiliensis<br />

Psittaci<strong>da</strong>e Amazona Amazona farinosa<br />

Psittaci<strong>da</strong>e Amazona Amazona rhodocorytha<br />

Psittaci<strong>da</strong>e Amazona Amazona vinacea<br />

Anati<strong>da</strong>e Anas Anas bahamensis<br />

Anhimi<strong>da</strong>e Anhima Anhima cornuta<br />

Motacilli<strong>da</strong>e Anthus Anthus hellmayri<br />

Motacilli<strong>da</strong>e Anthus Anthus nattereri<br />

Pipri<strong>da</strong>e Antilophia Antilophia galeata<br />

Psittaci<strong>da</strong>e Ara Ara ararauna<br />

Ralli<strong>da</strong>e Aramides Aramides mangle<br />

Ralli<strong>da</strong>e Aramides Aramides ypecaha<br />

Strigi<strong>da</strong>e Asio Asio stygius<br />

Paruli<strong>da</strong>e Basileuterus Basileuterus leucophrys<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Biatas Biatas nigropectus<br />

Galbuli<strong>da</strong>e Brachygalba Brachygalba lugubris<br />

Accipitri<strong>da</strong>e Busarellus Busarellus nigricollis<br />

Accipitri<strong>da</strong>e Buteogallus Buteogallus aequinoctialis<br />

Pici<strong>da</strong>e Campephilus Campephilus robustus<br />

Dendrocolapti<strong>da</strong>e Campylorhamphus Campylorhamphus falcularius<br />

Dendrocolapti<strong>da</strong>e Campylorhamphus Campylorhamphus trochilirostris<br />

Caprimulgi<strong>da</strong>e Caprimulgus Caprimulgus sericocau<strong>da</strong>tus<br />

Cotingi<strong>da</strong>e Carpornis Carpornis cucullata<br />

Cotingi<strong>da</strong>e Carpornis Carpornis melanocephala<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Cercomacra Cercomacra brasiliana<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Charitospiza Charitospiza eucosma<br />

Alcedini<strong>da</strong>e Chloroceryle Chloroceryle aenea<br />

Alcedini<strong>da</strong>e Chloroceryle Chloroceryle in<strong>da</strong><br />

Thraupi<strong>da</strong>e Chlorophanes Chlorophanes spiza<br />

Accipitri<strong>da</strong>e Chondrohierax Chondrohierax uncinatus<br />

Furnarii<strong>da</strong>e Cichlocolaptes Cichlocolaptes leucophrus<br />

Ciconii<strong>da</strong>e Ciconia Ciconia maguari<br />

Columbi<strong>da</strong>e Claravis Claravis godefri<strong>da</strong><br />

Furnarii<strong>da</strong>e Clibanornis Clibanornis dendrocolaptoides<br />

Cuculi<strong>da</strong>e Coccyzus Coccyzus cinereus<br />

Cuculi<strong>da</strong>e Coccyzus Coccyzus euleri<br />

Ardei<strong>da</strong>e Cochlearius Cochlearius cochlearius<br />

Columbi<strong>da</strong>e Columbina Columbina cyanopis<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Coryphaspiza Coryphaspiza melanotis<br />

Craci<strong>da</strong>e Crax Crax fasciolata<br />

Tinami<strong>da</strong>e Crypturellus Crypturellus noctivagus<br />

168


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Aves<br />

Família Gênero Espécie<br />

Tinami<strong>da</strong>e Crypturellus Crypturellus undulatus<br />

Apodi<strong>da</strong>e Cypseloides Cypseloides senex<br />

Thraupi<strong>da</strong>e Cypsnagra Cypsnagra hirundinacea<br />

Thraupi<strong>da</strong>e Dacnis Dacnis nigripes<br />

Dendrocolapti<strong>da</strong>e Dendrocincla Dendrocincla turdina<br />

Cuculi<strong>da</strong>e Dromococcyx Dromococcyx phasianellus<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Drymophila Drymophila ferruginea<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Drymophila Drymophila genei<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Drymophila Drymophila ochropyga<br />

Pici<strong>da</strong>e Dryocopus Dryocopus galeatus<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Dysithamnus Dysithamnus stictothorax<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Dysithamnus Dysithamnus xanthopterus<br />

Tyranni<strong>da</strong>e Elaenia Elaenia cristata<br />

Caprimulgi<strong>da</strong>e Eleothreptus Eleothreptus anomalus<br />

Caprimulgi<strong>da</strong>e Eleothreptus Eleothreptus candicans<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Emberizoides Emberizoides ypiranganus<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Embernagra Embernagra platensis<br />

Thraupi<strong>da</strong>e Eucometis Eucometis penicillata<br />

Threskiornithi<strong>da</strong>e Eudocimus Eudocimus ruber<br />

Fringilli<strong>da</strong>e Euphonia Euphonia chalybea<br />

Falconi<strong>da</strong>e Falco Falco deiroleucus<br />

Formicarii<strong>da</strong>e Formicarius Formicarius colma<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Formicivora Formicivora melanogaster<br />

Ralli<strong>da</strong>e Fulica Fulica armillata<br />

Scleruri<strong>da</strong>e Geositta Geositta poeciloptera<br />

Columbi<strong>da</strong>e Geotrygon Geotrygon montana<br />

Columbi<strong>da</strong>e Geotrygon Geotrygon violacea<br />

Strigi<strong>da</strong>e Glaucidium Glaucidium minutissimum<br />

Grallarii<strong>da</strong>e Grallaria Grallaria varia<br />

Haematopodi<strong>da</strong>e Haematopus Haematopus palliatus<br />

Accipitri<strong>da</strong>e Harpia Harpia harpyja<br />

Accipitri<strong>da</strong>e Harpyhaliaetus Harpyhaliaetus coronatus<br />

Trochili<strong>da</strong>e Heliactin Heliactin bilophus<br />

Heliornithi<strong>da</strong>e Heliornis Heliornis fulica<br />

Tyranni<strong>da</strong>e Hemitriccus Hemitriccus furcatus<br />

Tyranni<strong>da</strong>e Hemitriccus Hemitriccus obsoletus<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Herpsilochmus Herpsilochmus longirostris<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Herpsilochmus Herpsilochmus rufimarginatus<br />

Trochili<strong>da</strong>e Hylocharis Hylocharis sapphirina<br />

Grallarii<strong>da</strong>e Hylopezus Hylopezus ochroleucus<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Hypoe<strong>da</strong>leus Hypoe<strong>da</strong>leus guttatus<br />

Ciconii<strong>da</strong>e Jabiru Jabiru mycteria<br />

Galbuli<strong>da</strong>e Jacamaralcyon Jacamaralcyon tri<strong>da</strong>ctyla<br />

Tityri<strong>da</strong>e Laniisoma Laniisoma elegans<br />

Ralli<strong>da</strong>e Laterallus Laterallus xenopterus<br />

Dendrocolapti<strong>da</strong>e Lepidocolaptes Lepidocolaptes angustirostris<br />

169


ANEXO 1<br />

Aves<br />

Família Gênero Espécie<br />

Dendrocolapti<strong>da</strong>e Lepidocolaptes Lepidocolaptes falcinellus<br />

Furnarii<strong>da</strong>e Leptasthenura Leptasthenura setaria<br />

Scolopaci<strong>da</strong>e Limosa Limosa haemastica<br />

Cotingi<strong>da</strong>e Lipaugus Lipaugus lanioides<br />

Pici<strong>da</strong>e Melanerpes Melanerpes flavifrons<br />

Melanopareii<strong>da</strong>e Melanopareia Melanopareia torquata<br />

Anati<strong>da</strong>e Mergus Mergus octosetaceus<br />

Rhinocrypti<strong>da</strong>e Merulaxis Merulaxis ater<br />

Falconi<strong>da</strong>e Micrastur Micrastur semitorquatus<br />

Ralli<strong>da</strong>e Micropygia Micropygia schomburgkii<br />

Bucconi<strong>da</strong>e Monasa Monasa nigrifrons<br />

Accipitri<strong>da</strong>e Morphnus Morphnus guianensis<br />

Ciconii<strong>da</strong>e Mycteria Mycteria americana<br />

Tyranni<strong>da</strong>e Myiopagis Myiopagis gaimardii<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Myrmeciza Myrmeciza loricata<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Myrmotherula Myrmotherula gularis<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Myrmotherula Myrmotherula minor<br />

Thamnophili<strong>da</strong>e Myrmotherula Myrmotherula unicolor<br />

Anati<strong>da</strong>e Neochen Neochen jubata<br />

Pipri<strong>da</strong>e Neopelma Neopelma chrysolophum<br />

Thraupi<strong>da</strong>e Neothraupis Neothraupis fasciata<br />

Anati<strong>da</strong>e Netta Netta erythrophthalma<br />

Bucconi<strong>da</strong>e Nonnula Nonnula rubecula<br />

Tinami<strong>da</strong>e Nothura Nothura minor<br />

Scolopaci<strong>da</strong>e Numenius Numenius borealis<br />

Nyctibii<strong>da</strong>e Nyctibius Nyctibius aethereus<br />

Nyctibii<strong>da</strong>e Nyctibius Nyctibius grandis<br />

Rostratuli<strong>da</strong>e Nycticryphes Nycticryphes semicollaris<br />

Odontophori<strong>da</strong>e Odontophorus Odontophorus capueira<br />

Tyranni<strong>da</strong>e Onychorhynchus Onychorhynchus swainsoni<br />

Thraupi<strong>da</strong>e Orchesticus Orchesticus abeillei<br />

Furnarii<strong>da</strong>e Oreophylax Oreophylax moreirae<br />

Thraupi<strong>da</strong>e Orthogonys Orthogonys chloricterus<br />

Psittaci<strong>da</strong>e Orthopsittaca Orthopsittaca manilata<br />

Oxyrunci<strong>da</strong>e Oxyruncus Oxyruncus cristatus<br />

Accipitri<strong>da</strong>e Parabuteo Parabuteo unicinctus<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Paroaria Paroaria capitata<br />

Columbi<strong>da</strong>e Patagioenas Patagioenas plumbea<br />

Columbi<strong>da</strong>e Patagioenas Patagioenas speciosa<br />

Paruli<strong>da</strong>e Phaeothlypis Phaeothlypis rivularis<br />

Trochili<strong>da</strong>e Phaethornis Phaethornis squalidus<br />

Cotingi<strong>da</strong>e Phibalura Phibalura flavirostris<br />

Furnarii<strong>da</strong>e Phleocryptes Phleocryptes melanops<br />

Tyranni<strong>da</strong>e Phylloscartes Phylloscartes kronei<br />

Tyranni<strong>da</strong>e Phylloscartes Phylloscartes oustaleti<br />

Tyranni<strong>da</strong>e Phylloscartes Phylloscartes paulista<br />

170


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Aves<br />

Família Gênero Espécie<br />

Pici<strong>da</strong>e Picoides Picoides mixtus<br />

Pici<strong>da</strong>e Piculus Piculus flavigula<br />

Psittaci<strong>da</strong>e Pionopsitta Pionopsitta pileata<br />

Pipri<strong>da</strong>e Piprites Piprites chloris<br />

Pipri<strong>da</strong>e Piprites Piprites pileata<br />

Tyranni<strong>da</strong>e Polystictus Polystictus pectoralis<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Poospiza Poospiza cinerea<br />

Cotingi<strong>da</strong>e Procnias Procnias nudicollis<br />

Icteri<strong>da</strong>e Psarocolius Psarocolius decumanus<br />

Tyranni<strong>da</strong>e Pseudocolopteryx Pseudocolopteryx sclateri<br />

Ramphasti<strong>da</strong>e Pteroglossus Pteroglossus aracari<br />

Ramphasti<strong>da</strong>e Pteroglossus Pteroglossus bailloni<br />

Strigi<strong>da</strong>e Pulsatrix Pulsatrix perspicillata<br />

Cotingi<strong>da</strong>e Pyroderus Pyroderus scutatus<br />

Ramphasti<strong>da</strong>e Ramphastos Ramphastos vitellinus<br />

Rhei<strong>da</strong>e Rhea Rhea americana<br />

Cardinali<strong>da</strong>e Saltator Saltator atricollis<br />

Cardinali<strong>da</strong>e Saltator Saltator fuliginosus<br />

Catharti<strong>da</strong>e Sarcoramphus Sarcoramphus papa<br />

Thraupi<strong>da</strong>e Schistochlamys Schistochlamys melanopis<br />

Scleruri<strong>da</strong>e Sclerurus Sclerurus mexicanus<br />

Ramphasti<strong>da</strong>e Selenidera Selenidera maculirostris<br />

Accipitri<strong>da</strong>e Spizaetus Spizaetus ornatus<br />

Accipitri<strong>da</strong>e Spizaetus Spizaetus tyrannus<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Sporophila Sporophila cinnamomea<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Sporophila Sporophila falcirostris<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Sporophila Sporophila frontalis<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Sporophila Sporophila maximiliani<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Sporophila Sporophila melanogaster<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Sporophila Sporophila palustris<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Sporophila Sporophila plumbea<br />

Emberizi<strong>da</strong>e Sporophila Sporophila ruficollis<br />

Sterni<strong>da</strong>e Sterna Sterna hirundinacea<br />

Thraupi<strong>da</strong>e Tangara Tangara peruviana<br />

Thraupi<strong>da</strong>e Tangara Tangara preciosa<br />

Tinami<strong>da</strong>e Taoniscus Taoniscus nanus<br />

Sterni<strong>da</strong>e Thalasseus Thalasseus maximus<br />

Trochili<strong>da</strong>e Thalurania Thalurania furcata<br />

Ardei<strong>da</strong>e Tigrisoma Tigrisoma fasciatum<br />

Tinami<strong>da</strong>e Tinamus Tinamus solitarius<br />

Psittaci<strong>da</strong>e Touit Touit melanonotus<br />

Psittaci<strong>da</strong>e Triclaria Triclaria malachitacea<br />

Charadrii<strong>da</strong>e Vanellus Vanellus cayanus<br />

Dendrocolapti<strong>da</strong>e Xiphocolaptes Xiphocolaptes albicollis<br />

171


ANEXO 1<br />

172<br />

CriptÓgamas<br />

Família<br />

Gênero<br />

Acaulosporaceae<br />

Acaulospora<br />

Pteri<strong>da</strong>ceae<br />

Acrostichum<br />

Leptosphaeriaceae<br />

Ampelomyces<br />

Corallinaceae<br />

Amphiroa<br />

Schizaeaceae<br />

Anemia<br />

Schizaeaceae<br />

Anemia<br />

Vittariaceae<br />

Anetium<br />

Blechnaceae<br />

Blechnum<br />

Pteri<strong>da</strong>ceae<br />

Cheilanthes<br />

Pleosporaceae<br />

Cochliobolus<br />

Phyllachoraceae<br />

Colletotrichum<br />

Synechococaceae<br />

Cyanodiction<br />

Dicksoniaceae<br />

Dicksonia<br />

Lomariopsi<strong>da</strong>ceae<br />

Elaphoglossum<br />

Lomariopsi<strong>da</strong>ceae<br />

Elaphoglossum<br />

Pteri<strong>da</strong>ceae<br />

Eriosorus<br />

Pteri<strong>da</strong>ceae<br />

Eriosorus<br />

Pteri<strong>da</strong>ceae<br />

Eriosorus<br />

Trichocomaceae<br />

Eurotium<br />

Nectriaceae<br />

Fusarium<br />

Nectriaceae<br />

Fusarium<br />

Nectriaceae<br />

Fusarium<br />

Gigasporaceae<br />

Gigaspora<br />

Glomaceae<br />

Glomus<br />

Hymenophyllaceae<br />

Hymenophyllum<br />

Lycopodiaceae<br />

Lycopodiella<br />

norank<br />

Macrophomina<br />

Mucoraceae<br />

Mucor<br />

Nectriaceae<br />

Nectria<br />

Lachnocladiaceae<br />

Peniophora<br />

Dryopteri<strong>da</strong>ceae<br />

Polybotrya<br />

Dryopteri<strong>da</strong>ceae<br />

Polybotrya<br />

Gigasporaceae<br />

Scutellospora<br />

Gigasporaceae<br />

Scutellospora<br />

Gigasporaceae<br />

Scutellospora<br />

Dryopteri<strong>da</strong>ceae<br />

Stigmatopteris<br />

Grammiti<strong>da</strong>ceae<br />

Terpsichore<br />

Thelypteri<strong>da</strong>ceae<br />

Thelypteris<br />

Thelypteri<strong>da</strong>ceae<br />

Thelypteris<br />

Hymenophyllaceae<br />

Trichomanes<br />

Sporomiaceae<br />

Westerdykella


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria apertiflora<br />

Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria inodora<br />

Amaranthaceae Alternanthera Alternanthera paronychioides<br />

Amaranthaceae Gomphrena Gomphrena agrestis<br />

Amaranthaceae Gomphrena Gomphrena elegans<br />

Amaranthaceae Herbstia Herbstia brasiliana<br />

Amarylli<strong>da</strong>ceae Hippeastrum Hippeastrum reginae<br />

Apiaceae Hydrocotyle Hydrocotyle exigua<br />

Apiaceae Hydrocotyle Hydrocotyle pusilla<br />

Apocynaceae Aspidosperma Aspidosperma macrocarpon<br />

Apocynaceae Aspidosperma Aspidosperma polyneuron<br />

Apocynaceae Aspidosperma Aspidosperma riedelii<br />

Apocynaceae Aspidosperma Aspidosperma spruceanum<br />

Araceae Anthurium Anthurium jureianum<br />

Arecaceae Acrocomia Acrocomia hassleri<br />

Arecaceae Bactris Bactris hatschbachii<br />

Arecaceae Euterpe Euterpe edulis<br />

Aristolochiaceae Aristolochia Aristolochia cymbifera<br />

Aristolochiaceae Aristolochia Aristolochia labiata<br />

Aristolochiaceae Aristolochia Aristolochia odora<br />

Aristolochiaceae Aristolochia Aristolochia odoratissima<br />

Asclepia<strong>da</strong>ceae Asclepias Asclepias aequicornu<br />

Asclepia<strong>da</strong>ceae Asclepias Asclepias mellodora<br />

Asclepia<strong>da</strong>ceae Matelea Matelea glaziovii<br />

Asclepia<strong>da</strong>ceae Oxypetalum Oxypetalum arnottianum<br />

Asclepia<strong>da</strong>ceae Oxypetalum Oxypetalum capitatum<br />

Asclepia<strong>da</strong>ceae Oxypetalum Oxypetalum confusum<br />

Asteraceae Calea Calea clausseniana<br />

Asteraceae Calea Calea cymosa<br />

Asteraceae Calea Calea serrata<br />

Asteraceae Chaptalia Chaptalia hermogenis<br />

Asteraceae Mikania Mikania oreophila<br />

Asteraceae Raulinoreitzia Raulinoreitzia leptophlebia<br />

Asteraceae Symphyopappus Symphyopappus lymansmithii<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia chamissonis<br />

Begoniaceae Begonia Begonia dentatiloba<br />

Begoniaceae Begonia Begonia salesopolensis<br />

Begoniaceae Begonia Begonia toledoana<br />

Bignoniaceae Tabebuia Tabebuia cassinoides<br />

Bignoniaceae Tabebuia Tabebuia obtusifolia<br />

Bignoniaceae Zeyheria Zeyheria tuberculosa<br />

Bombacaceae Eriotheca Eriotheca pubescens<br />

Bombacaceae Pseudobombax Pseudobombax marginatum<br />

Bombacaceae Pseudobombax Pseudobombax tomentosum<br />

173


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Boraginaceae Cordia Cordia silvestris<br />

Bromeliaceae Aechmea Aechmea gracilis<br />

Bromeliaceae Aechmea Aechmea vanhoutteana<br />

Bromeliaceae Billbergia Billbergia meyeri<br />

Bromeliaceae Billbergia Billbergia pyrami<strong>da</strong>lis<br />

Bromeliaceae Dyckia Dyckia encholirioides<br />

Bromeliaceae Fernseea Fernseea itatiaiae<br />

Bromeliaceae Hohenbergia Hohenbergia augusta<br />

Bromeliaceae Neoregelia Neoregelia cruenta<br />

Bromeliaceae Neoregelia Neoregelia doeringiana<br />

Bromeliaceae Neoregelia Neoregelia hoehneana<br />

Bromeliaceae Neoregelia Neoregelia sarmentosa<br />

Bromeliaceae Nidularium Nidularium marigoi<br />

Bromeliaceae Nidularium Nidularium minutum<br />

Bromeliaceae Quesnelia Quesnelia humilis<br />

Bromeliaceae Tillandsia Tillandsia linearis<br />

Bromeliaceae Tillandsia Tillandsia mallemontii<br />

Bromeliaceae Vriesea Vriesea bituminosa<br />

Bromeliaceae Vriesea Vriesea hieroglyphica<br />

Bromeliaceae Vriesea Vriesea hoehneana<br />

Bromeliaceae Vriesea Vriesea sceptrum<br />

Burmanniaceae Burmannia Burmannia australis<br />

Burmanniaceae Burmannia Burmannia flava<br />

Burmanniaceae Thismia Thismia hyalina<br />

Cabombaceae Cabomba Cabomba aquatica<br />

Callitrichaceae Callitriche Callitriche terrestris<br />

Calyceraceae Acicarpha Acicarpha tribuloides<br />

Calyceraceae Boopis Boopis bupleuroides<br />

Calyceraceae Boopis Boopis itatiaiae<br />

Campanulaceae Lobelia Lobelia anceps<br />

Campanulaceae Lobelia Lobelia hederacea<br />

Campanulaceae Lobelia Lobelia nummularioides<br />

Campanulaceae Lobelia Lobelia xalapensis<br />

Campanulaceae Siphocampylus Siphocampylus corymbiferus<br />

Campanulaceae Siphocampylus Siphocampylus lycioides<br />

Campanulaceae Siphocampylus Siphocampylus verticillatus<br />

Cap<strong>para</strong>ceae Cleome Cleome diffusa<br />

Cap<strong>para</strong>ceae Crataeva Crataeva tapia<br />

Celastraceae Maytenus Maytenus floribun<strong>da</strong><br />

Celastraceae Maytenus Maytenus ilicifolia<br />

Celastraceae Maytenus Maytenus ligustrina<br />

Chrysobalanaceae Couepia Couepia leitaofilhoi<br />

Chrysobalanaceae Couepia Couepia meridionalis<br />

Chrysobalanaceae Licania Licania gardneri<br />

174


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Clusiaceae Hypericum Hypericum piriai<br />

Clusiaceae Hypericum Hypericum rigidum<br />

Clusiaceae Vismia Vismia martiana<br />

Combretaceae Buchenavia Buchenavia hoehneana<br />

Connaraceae Rourea Rourea psammophila<br />

Connaraceae Rourea Rourea pseudospadicea<br />

Convolvulaceae Evolvulus Evolvulus chrysotrichos<br />

Convolvulaceae Evolvulus Evolvulus riedelii<br />

Convolvulaceae Ipomoea Ipomoea fimbriosepala<br />

Convolvulaceae Operculina Operculina macrocarpa<br />

Costaceae Costus Costus subsessilis<br />

Cucurbitaceae Cayaponia Cayaponia trilobata<br />

Cymodoceaceae Halodule Halodule emarginata<br />

Cymodoceaceae Halodule Halodule wrightii<br />

Elatinaceae Elatine Elatine lindbergii<br />

Eremolepi<strong>da</strong>ceae Eubrachion Eubrachion ambiguum<br />

Erythroxylaceae Erythroxylum Erythroxylum coelophlebium<br />

Erythroxylaceae Erythroxylum Erythroxylum myrsinites<br />

Erythroxylaceae Erythroxylum Erythroxylum speciosum<br />

Euphorbiaceae Croton Croton serratifolius<br />

Euphorbiaceae Croton Croton sphaerogynus<br />

Euphorbiaceae Joannesia Joannesia princeps<br />

Gesneriaceae Besleria Besleria umbrosa<br />

Gesneriaceae Codonanthe Codonanthe carnosa<br />

Gesneriaceae Codonanthe Codonanthe venosa<br />

Gesneriaceae Gloxinia Gloxinia sylvatica<br />

Gesneriaceae Nematanthus Nematanthus crassifolius<br />

Gesneriaceae Nematanthus Nematanthus monanthos<br />

Gesneriaceae Nematanthus Nematanthus strigillosus<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia araneosa<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia canescens<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia curtiflora<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia glazioviana<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia hatschbachii<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia iarae<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia insularis<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia macropo<strong>da</strong><br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia magnifica<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia micans<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia piresiana<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia warmingii<br />

Grossulariaceae Escallonia Escallonia chlorophylla<br />

Hippocrateaceae Salacia Salacia arborea<br />

Hippocrateaceae Salacia Salacia mosenii<br />

175


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hippocrateaceae Tontelea Tontelea leptophylla<br />

Hippocrateaceae Tontelea Tontelea martiana<br />

Lauraceae Aiouea Aiouea acarodomatifera<br />

Lauraceae Aiouea Aiouea trinervis<br />

Lauraceae Aniba Aniba heringerii<br />

Lauraceae Nectandra Nectandra barbellata<br />

Lauraceae Nectandra Nectandra cissiflora<br />

Lauraceae Nectandra Nectandra debilis<br />

Lauraceae Nectandra Nectandra falcifolia<br />

Lauraceae Nectandra Nectandra hihua<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea beulahiae<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea bragai<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea catharinensis<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea curucutuensis<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea <strong>da</strong>phnifolia<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea felix<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea frondosa<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea mosenii<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea nectandrifolia<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea nunesiana<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea odorifera<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea odorifera<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea porosa<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea serrana<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea tabacifolia<br />

Lauraceae Ocotea Ocotea vaccinioides<br />

Lauraceae Persea Persea obovata<br />

Lecythi<strong>da</strong>ceae Cariniana Cariniana legalis<br />

Leguminosae Amburana Amburana cearensis<br />

Leguminosae Andira Andira vermifuga<br />

Leguminosae Apuleia Apuleia leiocarpa<br />

Leguminosae Bauhinia Bauhinia marginata<br />

Leguminosae Bowdichia Bowdichia virgilioides<br />

Leguminosae Caesalpinia Caesalpinia echinata<br />

Leguminosae Camptosema Camptosema isopetalum<br />

Leguminosae Clitoria Clitoria laurifolia<br />

Leguminosae Dalbergia Dalbergia nigra<br />

Leguminosae Dioclea Dioclea glabra<br />

Leguminosae Dipteryx Dipteryx alata<br />

Leguminosae Galactia Galactia benthamiana<br />

Leguminosae Galactia Galactia glaucescens<br />

Leguminosae Galactia Galactia striata<br />

Leguminosae Hymenaea Hymenaea martiana<br />

Leguminosae Inga Inga lanceifolia<br />

176


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Leguminosae Inga Inga lenticellata<br />

Leguminosae Inga Inga praegnans<br />

Leguminosae Inga Inga sellowiana<br />

Leguminosae Luetzelburgia Luetzelburgia guaissara<br />

Leguminosae Machaerium Machaerium villosum<br />

Leguminosae Melanoxylon Melanoxylon brauna<br />

Leguminosae Myroxylon Myroxylon peruiferum<br />

Leguminosae Peltogyne Peltogyne confertiflora<br />

Leguminosae Swartzia Swartzia flaemingii<br />

Leguminosae Swartzia Swartzia simplex<br />

Lemnaceae Lemna Lemna valdiviana<br />

Lentibulariaceae Genlisea Genlisea aurea<br />

Lentibulariaceae Genlisea Genlisea filiformis<br />

Lentibulariaceae Genlisea Genlisea repens<br />

Lentibulariaceae Genlisea Genlisea violacea<br />

Lentibulariaceae Utricularia Utricularia erectiflora<br />

Lentibulariaceae Utricularia Utricularia hydrocarpa<br />

Lentibulariaceae Utricularia Utricularia longifolia<br />

Lentibulariaceae Utricularia Utricularia nigrescens<br />

Lentibulariaceae Utricularia Utricularia trichophylla<br />

Lentibulariaceae Utricularia Utricularia warmingii<br />

Limnocharitaceae Limnocharis Limnocharis laforestii<br />

Loasaceae Caiophora Caiophora scabra<br />

Loasaceae Loasa Loasa parviflora<br />

Loganiaceae Strychnos Strychnos nigricans<br />

Lythraceae Cuphea Cuphea arenarioides<br />

Lythraceae Cuphea Cuphea lindmaniana<br />

Lythraceae Cuphea Cuphea lutescens<br />

Lythraceae Cuphea Cuphea repens<br />

Lythraceae Diplusodon Diplusodon ovatus<br />

Lythraceae Diplusodon Diplusodon villosissimus<br />

Malpighiaceae Banisteriopsis Banisteriopsis parviflora<br />

Malpighiaceae Barnebya Barnebya dispar<br />

Malpighiaceae Byrsonima Byrsonima brachybotrya<br />

Malpighiaceae Camarea Camarea ericoides<br />

Malpighiaceae Heteropterys Heteropterys patens<br />

Malpighiaceae Heteropterys Heteropterys pauciflora<br />

Malpighiaceae Heteropterys Heteropterys thyrsoidea<br />

Malvaceae Gaya Gaya pilosa<br />

Malvaceae Hibiscus Hibiscus bifurcatus<br />

Malvaceae Hibiscus Hibiscus furcellatus<br />

Malvaceae Krapovickasia Krapovickasia urticifolia<br />

Malvaceae Malachra Malachra radiata<br />

Malvaceae Malvastrum Malvastrum americanum<br />

177


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Malvaceae Pavonia Pavonia garckeana<br />

Malvaceae Pavonia Pavonia hastata<br />

Malvaceae Pavonia Pavonia hexaphylla<br />

Malvaceae Pavonia Pavonia kleinii<br />

Malvaceae Pavonia Pavonia reticulata<br />

Malvaceae Si<strong>da</strong> Si<strong>da</strong> acrantha<br />

Marantaceae Calathea Calathea aemula<br />

Melastomataceae Clidemia Clidemia suffruticosa<br />

Melastomataceae Miconia Miconia robustissima<br />

Melastomataceae Rhynchanthera Rhynchanthera grandiflora<br />

Melastomataceae Tibouchina Tibouchina candolleana<br />

Melastomataceae Tibouchina Tibouchina frigidula<br />

Meliaceae Cedrela Cedrela fissilis<br />

Meliaceae Cedrela Cedrela odorata<br />

Meliaceae Trichilia Trichilia casaretti<br />

Meliaceae Trichilia Trichilia emarginata<br />

Meliaceae Trichilia Trichilia hirta<br />

Meliaceae Trichilia Trichilia silvatica<br />

Menispermaceae Cissampelos Cissampelos pareira<br />

Molluginaceae Glinus Glinus radiatus<br />

Monimiaceae Macrotorus Macrotorus utriculatus<br />

Monimiaceae Mollinedia Mollinedia blumenaviana<br />

Monimiaceae Mollinedia Mollinedia boracensis<br />

Monimiaceae Mollinedia Mollinedia cyathantha<br />

Monimiaceae Mollinedia Mollinedia engleriana<br />

Monimiaceae Mollinedia Mollinedia gilgiana<br />

Monimiaceae Mollinedia Mollinedia luizae<br />

Monimiaceae Mollinedia Mollinedia oligotricha<br />

Monimiaceae Mollinedia Mollinedia pachysandra<br />

Monimiaceae Mollinedia Mollinedia salicifolia<br />

Monimiaceae Siparuna Siparuna erythrocarpa<br />

Monimiaceae Siparuna Siparuna glossostyla<br />

Monimiaceae Siparuna Siparuna tenuipes<br />

Moraceae Brosimum Brosimum glaziovii<br />

Moraceae Ficus Ficus pulchella<br />

Myrsinaceae Rapanea Rapanea villosissima<br />

Myrtaceae Calycorectes Calycorectes australis<br />

Myrtaceae Calyptranthes Calyptranthes dryadica<br />

Myrtaceae Campomanesia Campomanesia neriiflora<br />

Myrtaceae Campomanesia Campomanesia phaea<br />

Myrtaceae Campomanesia Campomanesia schlechten<strong>da</strong>liana<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia angustissima<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia bocainensis<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia brasiliensis<br />

178


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia burkartiana<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia copacabanensis<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia hermesiana<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia prasina<br />

Myrtaceae Gomidesia Gomidesia crocea<br />

Myrtaceae Gomidesia Gomidesia tijucensis<br />

Myrtaceae Marlierea Marlierea skortzoviana<br />

Myrtaceae Marlierea Marlierea suaveolens<br />

Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia brevipedicellata<br />

Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia campestris<br />

Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia franciscensis<br />

Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia kleinii<br />

Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia pilotantha<br />

Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia rufescens<br />

Myrtaceae Myrceugenia Myrceugenia venosa<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia bicarinata<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia dichrophylla<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia grandiflora<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia hispi<strong>da</strong><br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia insularis<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia oblongata<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia variabilis<br />

Myrtaceae Myrcianthes Myrcianthes pungens<br />

Myrtaceae Myrciaria Myrciaria cuspi<strong>da</strong>ta<br />

Myrtaceae Neomitranthes Neomitranthes capivariensis<br />

Myrtaceae Neomitranthes Neomitranthes glomerata<br />

Myrtaceae Psidium Psidium luridum<br />

Myrtaceae Psidium Psidium sartorianum<br />

Myrtaceae Siphoneugena Siphoneugena densiflora<br />

Myrtaceae Siphoneugena Siphoneugena widgreniana<br />

Olacaceae Heisteria Heisteria perianthomega<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Habenaria Habenaria achalensis<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Habenaria Habenaria ernesti-ulei<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Habenaria Habenaria hexaptera<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Isabelia Isabelia virginalis<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Liparis Liparis vexillifera<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Loefgrenianthus Loefgrenianthus blanche-amesii<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Oncidium Oncidium donianum<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Thysanoglossa Thysanoglossa jor<strong>da</strong>nensis<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Zygopetalum Zygopetalum maxillare<br />

Passifloraceae Passiflora Passiflora campanulata<br />

Passifloraceae Passiflora Passiflora ischnocla<strong>da</strong><br />

Passifloraceae Passiflora Passiflora malacophylla<br />

Passifloraceae Passiflora Passiflora racemosa<br />

179


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Passifloraceae Passiflora Passiflora setulosa<br />

Pe<strong>da</strong>liaceae Craniolaria Craniolaria integrifolia<br />

Piperaceae Ottonia Ottonia macrophylla<br />

Piperaceae Peperomia Peperomia clivicola<br />

Piperaceae Peperomia Peperomia emarginella<br />

Piperaceae Peperomia Peperomia gracilis<br />

Piperaceae Peperomia Peperomia niti<strong>da</strong><br />

Piperaceae Peperomia Peperomia pelluci<strong>da</strong><br />

Piperaceae Peperomia Peperomia schwackei<br />

Piperaceae Peperomia Peperomia serpens<br />

Piperaceae Peperomia Peperomia subrubrispica<br />

Piperaceae Peperomia Peperomia trinervis<br />

Piperaceae Peperomia Peperomia turbinata<br />

Piperaceae Piper Piper abutiloides<br />

Piperaceae Piper Piper anostachyum<br />

Piperaceae Piper Piper kuhlmannii<br />

Piperaceae Piper Piper oblancifolium<br />

Piperaceae Piper Piper scutifolium<br />

Piperaceae Piper Piper subcinereum<br />

Piperaceae Piper Piper xylosteoides<br />

Plantaginaceae Plantago Plantago catharinea<br />

Poaceae Acroceras Acroceras excavatum<br />

Poaceae Agenium Agenium leptocladum<br />

Poaceae Agrostis Agrostis lenis<br />

Poaceae Andropogon Andropogon carinatus<br />

Poaceae Andropogon Andropogon glaucophyllus<br />

Poaceae Apocla<strong>da</strong> Apocla<strong>da</strong> simplex<br />

Poaceae Aristi<strong>da</strong> Aristi<strong>da</strong> brasiliensis<br />

Poaceae Aristi<strong>da</strong> Aristi<strong>da</strong> laevis<br />

Poaceae Aristi<strong>da</strong> Aristi<strong>da</strong> oligospira<br />

Poaceae Arthropogon Arthropogon villosus<br />

Poaceae Arthropogon Arthropogon xerachne<br />

Poaceae Arundinella Arundinella deppeana<br />

Poaceae Aulonemia Aulonemia aristulata<br />

Poaceae Axonopus Axonopus chrysoblepharis<br />

Poaceae Axonopus Axonopus complanatus<br />

Poaceae Axonopus Axonopus monticola<br />

Poaceae Axonopus Axonopus ramboi<br />

Poaceae Axonopus Axonopus uninodis<br />

Poaceae Bothriochloa Bothriochloa laguroides<br />

Poaceae Briza Briza brasiliensis<br />

Poaceae Briza Briza itatiaiae<br />

Poaceae Chusquea Chusquea erecta<br />

Poaceae Chusquea Chusquea pinifolia<br />

180


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Poaceae Chusquea Chusquea pulchella<br />

Poaceae Chusquea Chusquea tenuiglumis<br />

Poaceae Colanthelia Colanthelia macrostachya<br />

Poaceae Ctenium Ctenium brevispicatum<br />

Poaceae Ctenium Ctenium cirrhosum<br />

Poaceae Danthonia Danthonia cirrata<br />

Poaceae Diandrolyra Diandrolyra tatianae<br />

Poaceae Digitaria Digitaria corynotricha<br />

Poaceae Digitaria Digitaria neesiana<br />

Poaceae Eragrostis Eragrostis neesii<br />

Poaceae Eriochrysis Eriochrysis filiformis<br />

Poaceae Gymnopogon Gymnopogon burchellii<br />

Poaceae Hymenachne Hymenachne donacifolia<br />

Poaceae Ichnanthus Ichnanthus bambusiflorus<br />

Poaceae Leersia Leersia ligularis<br />

Poaceae Lithachne Lithachne horizontalis<br />

Poaceae Loudetia Loudetia flammi<strong>da</strong><br />

Poaceae Luziola Luziola brasiliensis<br />

Poaceae Melica Melica arzivencoi<br />

Poaceae Merostachys Merostachys abadiana<br />

Poaceae Merostachys Merostachys burmanii<br />

Poaceae Merostachys Merostachys caucaiana<br />

Poaceae Merostachys Merostachys neesii<br />

Poaceae Merostachys Merostachys scandens<br />

Poaceae Merostachys Merostachys skvortzovii<br />

Poaceae Mesosetum Mesosetum ferrugineum<br />

Poaceae Olyra Olyra fasciculata<br />

Poaceae Panicum Panicum condensatum<br />

Poaceae Panicum Panicum gouinii<br />

Poaceae Panicum Panicum hylaeicum<br />

Poaceae Panicum Panicum surrectum<br />

Poaceae Paspalum Paspalum arundinellum<br />

Poaceae Paspalum Paspalum cinerascens<br />

Poaceae Paspalum Paspalum compressifolium<br />

Poaceae Paspalum Paspalum dedeccae<br />

Poaceae Paspalum Paspalum erianthoides<br />

Poaceae Paspalum Paspalum falcatum<br />

Poaceae Paspalum Paspalum fasciculatum<br />

Poaceae Paspalum Paspalum flaccidum<br />

Poaceae Paspalum Paspalum geminiflorum<br />

Poaceae Paspalum Paspalum ionanthum<br />

Poaceae Paspalum Paspalum jesuiticum<br />

Poaceae Paspalum Paspalum limbatum<br />

Poaceae Paspalum Paspalum macranthecium<br />

181


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Poaceae Paspalum Paspalum setiglume<br />

Poaceae Paspalum Paspalum stellatum<br />

Poaceae Paspalum Paspalum umbrosum<br />

Poaceae Paspalum Paspalum usterii<br />

Poaceae Paspalum Paspalum wettsteinii<br />

Poaceae Pharus Pharus latifolius<br />

Poaceae Polypogon Polypogon chilensis<br />

Poaceae Reitzia Reitzia smithii<br />

Poaceae Schizachyrium Schizachyrium scabriflorum<br />

Poaceae Setaria Setaria barretoi<br />

Poaceae Setaria Setaria tenacissima<br />

Poaceae Sorghastrum Sorghastrum stipoides<br />

Poaceae Sporobolus Sporobolus adustus<br />

Poaceae Sporobolus Sporobolus apiculatus<br />

Poaceae Sporobolus Sporobolus camporum<br />

Poaceae Steinchisma Steinchisma spathellosa<br />

Poaceae Stipa Stipa sellowiana<br />

Poaceae Streptochaeta Streptochaeta spicata<br />

Poaceae Thrasya Thrasya petrosa<br />

Poaceae Thrasyopsis Thrasyopsis repan<strong>da</strong><br />

Poaceae Zizaniopsis Zizaniopsis microstachya<br />

Polygalaceae Polygala Polygala brasiliensis<br />

Polygalaceae Polygala Polygala exigua<br />

Polygalaceae Polygala Polygala galioides<br />

Polygalaceae Polygala Polygala molluginifolia<br />

Polygalaceae Polygala Polygala moquiniana<br />

Polygalaceae Polygala Polygala nudicaulis<br />

Polygalaceae Polygala Polygala pulchella<br />

Polygalaceae Polygala Polygala pumila<br />

Polygalaceae Polygala Polygala stephaniana<br />

Polygalaceae Polygala Polygala tamariscea<br />

Portulacaceae Portulaca Portulaca fluvialis<br />

Portulacaceae Portulaca Portulaca halimoides<br />

Portulacaceae Portulaca Portulaca striata<br />

Primulaceae Anagallis Anagallis alternifolia<br />

Primulaceae Anagallis Anagallis barbata<br />

Proteaceae Euplassa Euplassa cantareirae<br />

Proteaceae Panopsis Panopsis multiflora<br />

Proteaceae Panopsis Panopsis rubescens<br />

Proteaceae Roupala Roupala sculpta<br />

Quiinaceae Quiina Quiina magallano-gomesii<br />

Ranunculaceae Clematis Clematis denticulata<br />

Ranunculaceae Ranunculus Ranunculus flagelliformis<br />

Rhamnaceae Gouania Gouania ulmifolia<br />

182


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Rosaceae Agrimonia Agrimonia parviflora<br />

Rubiaceae Borreria Borreria remota<br />

Rubiaceae Coussarea Coussarea nodosa<br />

Rubiaceae Faramea Faramea <strong>para</strong>tiensis<br />

Rubiaceae Galianthe Galianthe pseudopeciolata<br />

Rubiaceae Galianthe Galianthe souzae<br />

Rubiaceae Palicourea Palicourea tetraphylla<br />

Rubiaceae Richardia Richardia stellaris<br />

Rubiaceae Rudgea Rudgea nobilis<br />

Rubiaceae Rudgea Rudgea sessilis<br />

Rubiaceae Rudgea Rudgea triflora<br />

Rubiaceae Rudgea Rudgea vellerea<br />

Rubiaceae Sabicea Sabicea grisea<br />

Rutaceae Balfourodendron Balfourodendron riedelianum<br />

Rutaceae Esenbeckia Esenbeckia leiocarpa<br />

Rutaceae Esenbeckia Esenbeckia pilocarpoides<br />

Rutaceae Pilocarpus Pilocarpus giganteus<br />

Rutaceae Zanthoxylum Zanthoxylum petiolare<br />

Sapin<strong>da</strong>ceae Allophylus Allophylus semidentatus<br />

Sapin<strong>da</strong>ceae Cupania Cupania furfuracea<br />

Sapin<strong>da</strong>ceae Dilodendron Dilodendron bipinnatum<br />

Sapin<strong>da</strong>ceae Magonia Magonia pubescens<br />

Sapotaceae Chrysophyllum Chrysophyllum imperiale<br />

Sapotaceae Pouteria Pouteria bullata<br />

Sapotaceae Pouteria Pouteria reticulata<br />

Sapotaceae Pouteria Pouteria subcaerulea<br />

Scrophulariaceae Agalinis Agalinis communis<br />

Scrophulariaceae Agalinis Agalinis ramulifera<br />

Scrophulariaceae Bacopa Bacopa congesta<br />

Scrophulariaceae Buchnera Buchnera amethystina<br />

Scrophulariaceae Buchnera Buchnera longifolia<br />

Scrophulariaceae Escobedia Escobedia grandiflora<br />

Scrophulariaceae Melasma Melasma rhinanthoides<br />

Scrophulariaceae Stemodia Stemodia pratensis<br />

Simaroubaceae Picrasma Picrasma crenata<br />

Simaroubaceae Simaba Simaba glabra<br />

Simaroubaceae Simaba Simaba insignis<br />

Simaroubaceae Simaba Simaba salubris<br />

Smilacaceae Smilax Smilax goyazana<br />

Smilacaceae Smilax Smilax japicanga<br />

Symplocaceae Symplocos Symplocos itatiaiae<br />

Theaceae Ternstroemia Ternstroemia cuneifolia<br />

Theophrastaceae Clavija Clavija spinosa<br />

Tiliaceae Christiana Christiana macrodon<br />

183


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Tiliaceae Triumfetta Triumfetta grandiflora<br />

Triuri<strong>da</strong>ceae Sciaphila Sciaphila schwackeana<br />

Triuri<strong>da</strong>ceae Triuris Triuris hyalina<br />

Tropaeolaceae Tropaeolum Tropaeolum warmingianum<br />

Ulmaceae Phyllostylon Phyllostylon rhamnoides<br />

Valerianaceae Valeriana Valeriana glaziovii<br />

Valerianaceae Valeriana Valeriana organensis<br />

Violaceae Hybanthus Hybanthus velutinus<br />

Violaceae Viola Viola gracillima<br />

Violaceae Viola Viola subdimidiata<br />

Vitaceae Cissus Cissus serroniana<br />

Vitaceae Cissus Cissus trianae<br />

Xyri<strong>da</strong>ceae Xyris Xyris augusto-coburgii<br />

Xyri<strong>da</strong>ceae Xyris Xyris brevifolia<br />

Xyri<strong>da</strong>ceae Xyris Xyris capensis<br />

Xyri<strong>da</strong>ceae Xyris Xyris fusca<br />

Xyri<strong>da</strong>ceae Xyris Xyris longifolia<br />

Xyri<strong>da</strong>ceae Xyris Xyris metallica<br />

Xyri<strong>da</strong>ceae Xyris Xyris obtusiuscula<br />

Xyri<strong>da</strong>ceae Xyris Xyris stenophylla<br />

Xyri<strong>da</strong>ceae Xyris Xyris trachyphylla<br />

Xyri<strong>da</strong>ceae Xyris Xyris uninervis<br />

Xyri<strong>da</strong>ceae Xyris Xyris wawrae<br />

Flacourtiaceae Abatia Abatia glabra<br />

Menispermaceae Abuta Abuta guianensis<br />

Leguminosae Acacia Acacia martiusiana<br />

Leguminosae Acacia Acacia stipulata<br />

Leguminosae Acacia Acacia velutina<br />

Euphorbiaceae Acalypha Acalypha accedens<br />

Solanaceae Acnistus Acnistus breviflorus<br />

Euphorbiaceae Actinostemon Actinostemon multiflorus<br />

Bignoniaceae Adenocalymma Adenocalymma trifoliatum<br />

Asteraceae Adenostemma Adenostemma involucratum<br />

Verbenaceae Aegiphila Aegiphila tomentosa<br />

Leguminosae Aeschynomene Aeschynomene brevipes<br />

Leguminosae Aeschynomene Aeschynomene evenia<br />

Ericaceae Agarista Agarista chlorantha<br />

Poaceae Agrostis Agrostis hygrometrica<br />

Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria apertiflora<br />

Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria cunha<br />

Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria foliosa<br />

Alstroemeriaceae Alstroemeria Alstroemeria plantaginea<br />

Leguminosae Alysicarpus Alysicarpus ovalifolius<br />

Annonaceae Anaxagorea Anaxagorea dolichocarpa<br />

184


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Poaceae Andropogon Andropogon hypogynus<br />

Bignoniaceae Anemopaegma Anemopaegma bifarium<br />

Bignoniaceae Anemopaegma Anemopaegma chaimberlaynii<br />

Rubiaceae Anisomeris Anisomeris bella<br />

Rubiaceae Anisomeris Anisomeris sericea<br />

Annonaceae Annona Annona nutans<br />

Araceae Anthurium Anthurium ameliae<br />

Araceae Anthurium Anthurium bocainense<br />

Araceae Anthurium Anthurium minarum<br />

Araceae Anthurium Anthurium unense<br />

Flacourtiaceae Aphaerema Aphaerema spicata<br />

Acanthaceae Aphelandra Aphelandra claussenii<br />

Poaceae Aristi<strong>da</strong> Aristi<strong>da</strong> gibbosa<br />

Solanaceae Aureliana Aureliana brasiliana<br />

Solanaceae Aureliana Aureliana glomuliflora<br />

Solanaceae Aureliana Aureliana wettsteiriana<br />

Flacourtiaceae Azara Azara uruguayensis<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis burchellii<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis calvescens<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis camporum<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis caprariaefolia<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis cor<strong>da</strong>ta<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis dentata<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis discolor<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis gracillima<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis illinita<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis incisa<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis leucocephala<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis megapotamica<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis melastomaefolia<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis microcephala<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis microptera<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis milleflora<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis myricaefolia<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis pauciflosculosa<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis paulopolitana<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis platypo<strong>da</strong><br />

Asteraceae Baccharis Baccharis pluridentata<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis pseudotenuifolia<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis refracta<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis regnellii<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis sessiliflora<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis stenocephala<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis subcapitata<br />

185


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis subopposita<br />

Asteraceae Baccharis Baccharis subumbelliformis<br />

Leguminosae Bauhinia Bauhinia albicans<br />

Leguminosae Bauhinia Bauhinia cuyabensis<br />

Leguminosae Bauhinia Bauhinia dimorphophylla<br />

Leguminosae Bauhinia Bauhinia glabra<br />

Leguminosae Bauhinia Bauhinia pulchella<br />

Cyperaceae Becquerelia Becquerelia cymosa<br />

Euphorbiaceae Bernardia Bernardia pulchella<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Brachystele Brachystele cyclochila<br />

Poaceae Briza Briza jergensii<br />

Poaceae Briza Briza maxima<br />

Combretaceae Buchenavia Buchenavia hoehneana<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Bulbophyllum Bulbophyllum punctatum<br />

Sterculiaceae Byttneria Byttneria palustris<br />

Asteraceae Calea Calea hispi<strong>da</strong><br />

Solanaceae Calibrachoa Calibrachoa micrantha<br />

Leguminosae Calliandra Calliandra dysantha<br />

Leguminosae Calopogonium Calopogonium galactioides<br />

Leguminosae Calpurnia Calpurnia aurea<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Campylocentrum Campylocentrum iglesiasii<br />

Leguminosae Canavalia Canavalia brasiliensis<br />

Leguminosae Canavalia Canavalia mattogrossensis<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Capanemia Capanemia adelai<strong>da</strong>e<br />

Euphorbiaceae Caperonia Caperonia palustris<br />

Solanaceae Capsicum Capsicum lucidum<br />

Leguminosae Cassia Cassia basifolia<br />

Leguminosae Cassia Cassia flavicoma<br />

Bromeliaceae Catopsis Catopsis berteroniana<br />

Cucurbitaceae Cayaponia Cayaponia fluminensis<br />

Cucurbitaceae Cayaponia Cayaponia martiana<br />

Cucurbitaceae Cayaponia Cayaponia tibiricae<br />

Leguminosae Centrolobium Centrolobium microchaete<br />

Leguminosae Centrosema Centrosema arenarium<br />

Leguminosae Centrosema Centrosema brasilianum<br />

Leguminosae Centrosema Centrosema <strong>para</strong>guaense<br />

Leguminosae Centrosema Centrosema rotundifolium<br />

Rubiaceae Cephaelis Cephaelis hastissepala<br />

Rubiaceae Cephalanthus Cephalanthus glabratus<br />

Rapateaceae Cephalostemum Cephalostemum riedelianus<br />

Solanaceae Cestrum Cestrum gardneri<br />

Solanaceae Cestrum Cestrum sellowianum<br />

Solanaceae Cestrum Cestrum stipulatum<br />

Solanaceae Cestrum Cestrum toledii<br />

186


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Leguminosae Chaetocalyx Chaetocalyx acutifolia<br />

Leguminosae Chaetocalyx Chaetocalyx parviflora<br />

Leguminosae Chaetocalyx Chaetocalyx tomentosa<br />

Leguminosae Chamaecrista Chamaecrista ochnacea<br />

Leguminosae Chamaecrista Chamaecrista punctata<br />

Euphorbiaceae Chamaesyce Chamaesyce caecorum<br />

Asteraceae Chaptalia Chaptalia graminifolia<br />

Asteraceae Chromolaena Chromolaena congesta<br />

Asteraceae Chromolaena Chromolaena horminoides<br />

Asteraceae Chromolaena Chromolaena sanctopaulensis<br />

Asteraceae Chrysolaena Chrysolaena cognata<br />

Asteraceae Chrysolaena Chrysolaena herbacea<br />

Asteraceae Chrysolaena Chrysolaena oligophylla<br />

Asteraceae Chuquiraga Chuquiraga brasiliensis<br />

Asteraceae Chuquiraga Chuquiraga regnellii<br />

Asteraceae Chuquiraga Chuquiraga sprengeliana<br />

Asteraceae Chuquiraga Chuquiraga synacantha<br />

Poaceae Chusquea Chusquea heterophylla<br />

Asteraceae Clibadium Clibadium rotundifolium<br />

Leguminosae Clitoria Clitoria simplicifolia<br />

Bignoniaceae Clytostoma Clytostoma binatum<br />

Rubiaceae Coccocypselum Coccocypselum erythrocephalum<br />

Polygonaceae Coccoloba Coccoloba alnifolia<br />

Polygonaceae Coccoloba Coccoloba cor<strong>da</strong>ta<br />

Polygonaceae Coccoloba Coccoloba fastigiata<br />

Polygonaceae Coccoloba Coccoloba latifolia<br />

Polygonaceae Coccoloba Coccoloba niti<strong>da</strong><br />

Polygonaceae Coccoloba Coccoloba ovata<br />

Combretaceae Combretum Combretum assimile<br />

Combretaceae Combretum Combretum duarteanum<br />

Combretaceae Combretum Combretum hillarianum<br />

Combretaceae Combretum Combretum laxum<br />

Asteraceae Conyza Conyza notobellidiastrum<br />

Boraginaceae Cordia Cordia brasiliense<br />

Boraginaceae Cordia Cordia grandifolia<br />

Boraginaceae Cordia Cordia guazumifolia<br />

Boraginaceae Cordia Cordia rufescens<br />

Leguminosae Crotalaria Crotalaria flavicoma<br />

Leguminosae Crotalaria Crotalaria striata<br />

Leguminosae Crotalaria Crotalaria subdecurrens<br />

Leguminosae Crotalaria Crotalaria unifoliolata<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Cryptophoranthus Cryptophoranthus jor<strong>da</strong>nensis<br />

Marantaceae Ctenanthe Ctenanthe setosa<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Cyanaeorchis Cyanaeorchis arundinae<br />

187


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Cyclopogon Cyclopogon calophyllus<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Cyclopogon Cyclopogon micranthus<br />

Bignoniaceae Cydista Cydista aequinoctialis<br />

Cyperaceae Cyperus Cyperus aggregatus<br />

Cyperaceae Cyperus Cyperus flavus<br />

Cyperaceae Cyperus Cyperus giganteus<br />

Cyperaceae Cyperus Cyperus hermaphroditus<br />

Cyperaceae Cyperus Cyperus iria<br />

Cyperaceae Cyperus Cyperus ligularis<br />

Cyperaceae Cyperus Cyperus megapotamicus<br />

Solanaceae Cyphomandra Cyphomandra divaricata<br />

Solanaceae Cyphomandra Cyphomandra ovum-fringillae<br />

Solanaceae Cyphomandra Cyphomandra velutina<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Cyrtopodium Cyrtopodium orophilum<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Cyrtopodium Cyrtopodium paludicum<br />

Leguminosae Dalbergia Dalbergia pinnata<br />

Leguminosae Dalbergia Dalbergia sampaioana<br />

Euphorbiaceae Dalechampia Dalechampia stenosepala<br />

Asteraceae Dasyphyllum Dasyphyllum flagellare<br />

Asteraceae Dasyphyllum Dasyphyllum sprengelianum<br />

Solanaceae Datura Datura arborea<br />

Solanaceae Datura Datura fastuosa<br />

Asteraceae Dendrophorbium Dendrophorbium pellucidinerve<br />

Leguminosae Desmanthus Desmanthus tatuhyensis<br />

Leguminosae Desmodium Desmodium baccatum<br />

Leguminosae Desmodium Desmodium canum<br />

Leguminosae Desmodium Desmodium leiocarpum<br />

Leguminosae Desmodium Desmodium procumbens<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Dichaea Dichaea mosenii<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Dichaea Dichaea pendula<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Dichaea Dichaea trulla<br />

Leguminosae Dioclea Dioclea grandiflora<br />

Leguminosae Dioclea Dioclea <strong>para</strong>guariensis<br />

Leguminosae Dioclea Dioclea violacea<br />

Dioscoreacae Dioscorea Dioscorea laxiflora<br />

Dioscoreacae Dioscorea Dioscorea sanpaulensis<br />

Dioscoreacae Dioscorea Dioscorea torticaulis<br />

Ebenaceae Diospyros Diospyros coccolobifolia<br />

Ebenaceae Diospyros Diospyros obovata<br />

Asclepia<strong>da</strong>ceae Ditassa Ditassa conceptionis<br />

Leguminosae Dolichopsis Dolichopsis monticola<br />

Dilleniaceae Doliocarpus Doliocarpus glomeratus<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Dryadella Dryadella edwallii<br />

Asteraceae Echinocoryne Echinocoryne schwenkiaefolia<br />

Asteraceae Egletes Egletes viscosa<br />

188


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Rubiaceae Ehandia Ehandia niti<strong>da</strong><br />

Cyperaceae Eleocharis Eleocharis elegans<br />

Asteraceae Elephantopus Elephantopus elongatus<br />

Asteraceae Eliocteres Eliocteres hirsuta<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Encyclia Encyclia patens<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Epidendrum Epidendrum anceps<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Epidendrum Epidendrum aquaticum<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Epidendrum Epidendrum longifolium<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Epidendrum Epidendrum mantiqueiranum<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Epidendrum Epidendrum obergii<br />

Asteraceae Eremanthus Eremanthus erythropappus<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia bunchosifolia<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia itacolunensis<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia jasminifolia<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia lanceolata<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia luci<strong>da</strong><br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia plicata<br />

Myrtaceae Eugenia Eugenia springiana<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium adenophorum<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium ballotifolium<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium bupleurifolium<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium callilepis<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium chlorocephalum<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium coriaceum<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium dictyophyllum<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium hecatanthum<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium hirsutum<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium horminioides<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium lanigerum<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium ligulaefolium<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium mariayense<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium megacephalum<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium molissimum<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium myrtilloides<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium odoratum<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium palustre<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium pedunculosum<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium platylepis<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium pyrifolium<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium remotifolium<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium sanctopaulense<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium sordescens<br />

Asteraceae Eupatorium Eupatorium xanthierianum<br />

Euphorbiaceae Euphorbia Euphorbia sciadophila<br />

189


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Convolvulaceae Evolvulus Evolvulus barbatus<br />

Convolvulaceae Evolvulus Evolvulus macroblepharis<br />

Convolvulaceae Evolvulus Evolvulus pterocaulon<br />

Asteraceae Facelis Facelis retusa<br />

Cyperaceae Fimbristylis Fimbristylis dichotoma<br />

Cyperaceae Fimbristylis Fimbristylis polymorpha<br />

Cyperaceae Fimbristylis Fimbristylis spadicea<br />

Asteraceae Gaillardia Gaillardia pulchella<br />

Leguminosae Galactia Galactia boavista<br />

Leguminosae Galactia Galactia crassifolia<br />

Leguminosae Galactia Galactia gracillima<br />

Leguminosae Galactia Galactia graciosa<br />

Leguminosae Galactia Galactia macrophylla<br />

Leguminosae Galactia Galactia tenuiflora<br />

Asteraceae Galinsoga Galinsoga ciliata<br />

Ericaceae Gaultheria Gaultheria eryophylla<br />

Ericaceae Gaultheria Gaultheria itatiaiae<br />

Ericaceae Gaultheria Gaultheria serrata<br />

Arecaceae Geonoma Geonoma rubescens<br />

Geraniaceae Geranium Geranium brasiliense<br />

Asteraceae Gnaphalium Gnaphalium hyemale<br />

Asteraceae Gnaphalium Gnaphalium spicatum<br />

Myrtaceae Gomidesia Gomidesia kunthiana<br />

Myrtaceae Gomidesia Gomidesia riedeliana<br />

Nyctaginaceae Guapira Guapira tomentosa<br />

Annonaceae Guatteria Guatteria pohliana<br />

Cucurbitaceae Gurania Gurania cissoides<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Habenaria Habenaria ekmaniana<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Habenaria Habenaria gustavi-edwallii<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Hapalorchis Hapalorchis lineatus<br />

Cactaceae Hatiora Hatiora epiphylloides<br />

Heliconiaceae Heliconia Heliconia angusta<br />

Heliconiaceae Heliconia Heliconia bihai<br />

Malvaceae Herissantia Herissantia nemoralis<br />

Acanthaceae Herpetacanthus Herpetacanthus rubiginosus<br />

Asteraceae Heterocondylus Heterocondylus inesiae<br />

Malvaceae Hibiscus Hibiscus manihot<br />

Lamiaceae Hyptis Hyptis althaeaefolia<br />

Lamiaceae Hyptis Hyptis carpinifolia<br />

Lamiaceae Hyptis Hyptis heterodon<br />

Lamiaceae Hyptis Hyptis macrantha<br />

Lamiaceae Hyptis Hyptis martiusi<br />

Lamiaceae Hyptis Hyptis reticulata<br />

Lamiaceae Hyptis Hyptis rubiginosa<br />

190


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Lamiaceae Hyptis Hyptis sericea<br />

Asteraceae Ichthyothere Ichthyothere agrestis<br />

Asteraceae Ichthyothere Ichthyothere mollis<br />

Leguminosae Indigofera Indigofera bongardiana<br />

Leguminosae Indigofera Indigofera jamaicensis<br />

Leguminosae Inga Inga lenticellata<br />

Leguminosae Inga Inga virescens<br />

Convolvulaceae Ipomoea Ipomoea regnellii<br />

Rubiaceae Ixora Ixora burcheliana<br />

Convolvulaceae Jacquemontia Jacquemontia glaucescens<br />

Convolvulaceae Jacquemontia Jacquemontia sphaerocephala<br />

Euphorbiaceae Jatropha Jatropha elliptica<br />

Juncaceae Juncus Juncus tenuis<br />

Asteraceae Jungia Jungia sellowii<br />

Acanthaceae Justicia Justicia laevilinguis<br />

Lamiaceae Keithia Keithia scutellarioides<br />

Cyperaceae Kylinga Kylinga odorata<br />

Combretaceae Laguncularia Laguncularia racemosa<br />

Verbenaceae Lantana Lantana glaziovii<br />

Verbenaceae Lantana Lantana nivea<br />

Verbenaceae Lantana Lantana triplinervia<br />

Melastomataceae Leandra Leandra collina<br />

Melastomataceae Leandra Leandra ionopogon<br />

Asteraceae Lepi<strong>da</strong>ploa Lepi<strong>da</strong>ploa rufogrisea<br />

Cactaceae Lepismium Lepismium warmingianum<br />

Asteraceae Lessingianthus Lessingianthus buddleiifolius<br />

Asteraceae Lessingianthus Lessingianthus grandiflorus<br />

Asteraceae Lessingianthus Lessingianthus oligophyllus<br />

Ericaceae Leucothoe Leucothoe cordifolia<br />

Ericaceae Leucothoe Leucothoe intermedia<br />

Verbenaceae Lippia Lippia affinis<br />

Verbenaceae Lippia Lippia balansae<br />

Verbenaceae Lippia Lippia corymbosa<br />

Verbenaceae Lippia Lippia urticoides<br />

Verbenaceae Lippia Lippia vernonioides<br />

Leguminosae Lonchocarpus Lonchocarpus nitidus<br />

Onagraceae Ludwigia Ludwigia quadrangularis<br />

Poaceae Luziola Luziola peruviana<br />

Leguminosae Machaerium Machaerium declinatum<br />

Leguminosae Machaerium Machaerium dimorphandrum<br />

Leguminosae Machaerium Machaerium disidon<br />

Leguminosae Machaerium Machaerium reticulatum<br />

Leguminosae Macroptilium Macroptilium sabaraense<br />

Leguminosae Macrotyloma Macrotyloma uniflorum<br />

191


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Rubiaceae Mapouria Mapouria cephalatha<br />

Rubiaceae Mapouria Mapouria subspathulata<br />

Sapin<strong>da</strong>ceae Matayba Matayba marginata<br />

Asclepia<strong>da</strong>ceae Matelea Matelea marcoassisi<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Maxillaria Maxillaria rigi<strong>da</strong><br />

Celastraceae Maytenus Maytenus ardisiaefolia<br />

Cactaceae Mediocactus Mediocactus coccineus<br />

Asteraceae Melampodium Melampodium paniculatum<br />

Poaceae Melica Melica sarmentosa<br />

Sabiaceae Meliosma Meliosma brasiliensis<br />

Sterculiaceae Melochia Melochia splenders<br />

Cucurbitaceae Melothria Melothria hirsuta<br />

Melastomataceae Miconia Miconia candolleana<br />

Melastomataceae Miconia Miconia serrulata<br />

Melastomataceae Miconia Miconia tentaculifera<br />

Asteraceae Mikania Mikania conferta<br />

Asteraceae Mikania Mikania elliptica<br />

Asteraceae Mikania Mikania glaziovii<br />

Asteraceae Mikania Mikania hemisphaerica<br />

Asteraceae Mikania Mikania nummularia<br />

Asteraceae Mikania Mikania oblongifolia<br />

Asteraceae Mikania Mikania oreophila<br />

Asteraceae Mikania Mikania smilacina<br />

Asteraceae Mikania Mikania strobilacea<br />

Asteraceae Mikania Mikania subverticillata<br />

Asteraceae Mikania Mikania triphylla<br />

Leguminosae Mimosa Mimosa bifurca<br />

Leguminosae Mimosa Mimosa hilariana<br />

Leguminosae Mucuna Mucuna rostrata<br />

Asteraceae Mutisia Mutisia campanulata<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia apiocarpa<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia bullata<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia coelosepala<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia colpodes<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia egensis<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia klotzschiana<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia linguiformis<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia lisiantha<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia pachycla<strong>da</strong><br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia rugosa<br />

Myrtaceae Myrcia Myrcia strectophylla<br />

Nyctaginaceae Neea Neea mollis<br />

Bromeliaceae Neoregelia Neoregelia binotii<br />

Leguminosae Newtonia Newtonia niti<strong>da</strong><br />

Bromeliaceae Nidularium Nidularium bocainense<br />

Asteraceae Noticastrum Noticastrum gnaphalioides<br />

192


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Menispermaceae Odontocarya Odontocarya tamoides<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Oncidium Oncidium macronyx<br />

Asteraceae Ophryosporus Ophryosporus freyreissii<br />

Leguminosae Ormosia Ormosia friburgensis<br />

Piperaceae Ottonia Ottonia frutescens<br />

Ochnaceae Ouratea Ouratea crassifolia<br />

Ochnaceae Ouratea Ouratea humilis<br />

Ochnaceae Ouratea Ouratea nana<br />

Ochnaceae Ouratea Ouratea stipulacea<br />

Ochnaceae Ouratea Ouratea stipulata<br />

Eriocaulaceae Paepalanthus Paepalanthus blepharocnemis<br />

Eriocaulaceae Paepalanthus Paepalanthus erigeron<br />

Eriocaulaceae Paepalanthus Paepalanthus liebmannianus<br />

Eriocaulaceae Paepalanthus Paepalanthus saxicola<br />

Poaceae Panicum Panicum pseudisachne<br />

Poaceae Panicum Panicum pulchellum<br />

Poaceae Panicum Panicum stigmosum<br />

Malvaceae Pavonia Pavonia cancellata<br />

Malvaceae Pavonia Pavonia laxifolia<br />

Malvaceae Pavonia Pavonia sessiliflora<br />

Malvaceae Pavonia Pavonia sidifolia<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pelexia Pelexia longifolia<br />

Malvaceae Peltaea Peltaea edouardii<br />

Rubiaceae Perama Perama plantaginifolia<br />

Viscaceae Phoradendron Phoradendron craspedophyllum<br />

Viscaceae Phoradendron Phoradendron cuspi<strong>da</strong>tum<br />

Myrtaceae Phyllocalyx Phyllocalyx membranaceus<br />

Asteraceae Piptocarpha Piptocarpha leprosa<br />

Asteraceae Piptocarpha Piptocarpha obovata<br />

Asteraceae Piptocarpha Piptocarpha organensis<br />

Asteraceae Piptocarpha Piptocarpha quadrangularis<br />

Nyctaginaceae Pisonia Pisonia aculeata<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pleurobotryum Pleurobotryum atropurpureum<br />

Cyperaceae Pleurostachys Pleurostachys densiflora<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pleurothallis Pleurothallis bocainensis<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pleurothallis Pleurothallis cryptophoranthoides<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pleurothallis Pleurothallis leucosepala<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pleurothallis Pleurothallis lineolata<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pleurothallis Pleurothallis miragliae<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pleurothallis Pleurothallis piratiningana<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pleurothallis Pleurothallis serpentula<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pleurothallis Pleurothallis simpliciglossa<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pleurothallis Pleurothallis transparens<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Pleurothallis Pleurothallis wacketii<br />

Asteraceae Pluchea Pluchea oblongifolia<br />

Rubiaceae Pogonopus Pogonopus speciosus<br />

193


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Lamiaceae Pogostemon Pogostemon cablin<br />

Leguminosae Poiretia Poiretia latifolia<br />

Leguminosae Poiretia Poiretia punctata<br />

Polygonaceae Polygonum Polygonum aviculare<br />

Polygonaceae Polygonum Polygonum glabrum<br />

Asteraceae Polymnia Polymnia siegesbeckia<br />

Asteraceae Polymnia Polymnia sonchifolia<br />

Asteraceae Porophyllum Porophyllum angustissimum<br />

Potamogetonaceae Potamogeton Potamogeton polygonifolius<br />

Cecropiaceae Pourouma Pourouma bicolor<br />

Sapotaceae Pouteria Pouteria grandiflora<br />

Sapotaceae Pouteria Pouteria lateriflora<br />

Sapotaceae Pouteria Pouteria pellita<br />

Sapotaceae Pouteria Pouteria salicifolia<br />

Apocynaceae Prestonia Prestonia acutifolia<br />

Leguminosae Pseudocopaiva Pseudocopaiva cho<strong>da</strong>tiana<br />

Rubiaceae Psychotria Psychotria sciaphila<br />

Leguminosae Pterocarpus Pterocarpus nobilis<br />

Asteraceae Pterocaulon Pterocaulon balansae<br />

Asteraceae Pterocaulon Pterocaulon interruptum<br />

Asteraceae Pterocaulon Pterocaulon lanatum<br />

Cyperaceae Pycreus Pycreus megapotamicus<br />

Asteraceae Pyngraea Pyngraea oxydonta<br />

Vochysiaceae Qualea Qualea coerulea<br />

Vochysiaceae Qualea Qualea densiflora<br />

Vochysiaceae Qualea Qualea gestasiana<br />

Rubiaceae Relbunium Relbunium gracillimum<br />

Rubiaceae Relbunium Relbunium megapotamicum<br />

Rubiaceae Relbunium Relbunium ovale<br />

Lamiaceae Rhabdocaulon Rhabdocaulon coccineum<br />

Rhamnaceae Rhamnidium Rhamnidium glabrum<br />

Cactaceae Rhipsalis Rhipsalis campos-portoana<br />

Cactaceae Rhipsalis Rhipsalis clavata<br />

Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora floribun<strong>da</strong><br />

Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora glauca<br />

Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora globosa<br />

Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora polyantha<br />

Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora pubera<br />

Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora rigi<strong>da</strong><br />

Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora rugosa<br />

Cyperaceae Rhynchospora Rhynchospora setigera<br />

Annonaceae Rollinia Rollinia dolabripetala<br />

Acanthaceae Ruellia Ruellia dissitifolia<br />

Alismataceae Sagittaria Sagittaria rhombifolia<br />

Lamiaceae Salvia Salvia arenaria<br />

Lamiaceae Salvia Salvia guaranitica<br />

194


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Lamiaceae Salvia Salvia leucantha<br />

Lamiaceae Salvia Salvia nervosa<br />

Lamiaceae Salvia Salvia oligantha<br />

Lamiaceae Salvia Salvia uliginosa<br />

Ochnaceae Sauvagesia Sauvagesia elata<br />

Anacardiaceae Schinus Schinus longifolius<br />

Poaceae Schyzachyrium Schyzachyrium sanguineum<br />

Cyperaceae Scirpus Scirpus riparius<br />

Cyperaceae Scleria Scleria comosa<br />

Cyperaceae Scleria Scleria distans<br />

Cyperaceae Scleria Scleria scabra<br />

Asteraceae Senecio Senecio fastigiaticephalus<br />

Asteraceae Senecio Senecio glaziovii<br />

Asteraceae Senecio Senecio malacophyllus<br />

Asteraceae Senecio Senecio pohlii<br />

Asteraceae Senecio Senecio pseudopohlii<br />

Asteraceae Senecio Senecio trixoides<br />

Leguminosae Senna Senna racemosa<br />

Leguminosae Senna Senna septentrionalis<br />

Sapin<strong>da</strong>ceae Serjania Serjania confertiflora<br />

Sapin<strong>da</strong>ceae Serjania Serjania dentata<br />

Malvaceae Si<strong>da</strong> Si<strong>da</strong> aurantiaca<br />

Malvaceae Si<strong>da</strong> Si<strong>da</strong> jussieuana<br />

Malvaceae Si<strong>da</strong> Si<strong>da</strong> macrodon<br />

Malvaceae Si<strong>da</strong> Si<strong>da</strong> paniculata<br />

Malvaceae Si<strong>da</strong> Si<strong>da</strong> riedelii<br />

Malvaceae Si<strong>da</strong> Si<strong>da</strong> subcuneata<br />

Malvaceae Si<strong>da</strong> Si<strong>da</strong> tomentella<br />

Malvaceae Si<strong>da</strong> Si<strong>da</strong> urticifolia<br />

Gesneriaceae Sinningia Sinningia reitzii<br />

Rubiaceae Sipanea Sipanea hispi<strong>da</strong><br />

Monimiaceae Siparuna Siparuna erythrocarpa<br />

Solanaceae Solanum Solanum acerosum<br />

Solanaceae Solanum Solanum adcendens<br />

Solanaceae Solanum Solanum affine<br />

Solanaceae Solanum Solanum alatibaccatum<br />

Solanaceae Solanum Solanum angustiflorum<br />

Solanaceae Solanum Solanum caeruleum<br />

Solanaceae Solanum Solanum castaneum<br />

Solanaceae Solanum Solanum ciliatum<br />

Solanaceae Solanum Solanum cladotrichum<br />

Solanaceae Solanum Solanum delicatulum<br />

Solanaceae Solanum Solanum fastigiatum<br />

Solanaceae Solanum Solanum flexuosum<br />

Solanaceae Solanum Solanum glomuliflorum<br />

Solanaceae Solanum Solanum guaraniticum<br />

195


ANEXO 1<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Solanaceae Solanum Solanum hexandrum<br />

Solanaceae Solanum Solanum kleinii<br />

Solanaceae Solanum Solanum lacer<strong>da</strong>e<br />

Solanaceae Solanum Solanum oligocarpum<br />

Solanaceae Solanum Solanum pabstii<br />

Solanaceae Solanum Solanum pelliceum<br />

Solanaceae Solanum Solanum phyllosepalum<br />

Solanaceae Solanum Solanum pilluliferum<br />

Solanaceae Solanum Solanum pubescens<br />

Solanaceae Solanum Solanum reflexum<br />

Solanaceae Solanum Solanum rugosum<br />

Solanaceae Solanum Solanum scuticum<br />

Solanaceae Solanum Solanum sellowii<br />

Solanaceae Solanum Solanum stipulatum<br />

Solanaceae Solanum Solanum subsylvestris<br />

Solanaceae Solanum Solanum vellozianum<br />

Solanaceae Solanum Solanum wacketii<br />

Poaceae Spartina Spartina alterniflora<br />

Lamiaceae Stachys Stachys arvensis<br />

Verbenaceae Stachytarpheta Stachytarpheta dichotomica<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Stelis Stelis calotricha<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Stelis Stelis ruprechtiana<br />

Orchi<strong>da</strong>ceae Stenorrhynchus Stenorrhynchus rupestris<br />

Asteraceae Stevia Stevia cinerascens<br />

Asteraceae Stevia Stevia collina<br />

Asteraceae Stevia Stevia comixta<br />

Asteraceae Stevia Stevia leptophylla<br />

Asteraceae Stevia Stevia myriaderia<br />

Asteraceae Stevia Stevia veroniaceae<br />

Asteraceae Stifftia Stifftia parviflora<br />

Marantaceae Stromanthe Stromanthe papillosa<br />

Leguminosae Stylosanthes Stylosanthes campestris<br />

Leguminosae Stylosanthes Stylosanthes linearifolia<br />

Styracaceae Styrax Styrax glaber<br />

Arecaceae Syagrus Syagrus petrea<br />

Asteraceae Symphyopappus Symphyopappus lymansmithii<br />

Myrtaceae Syphoneugena Syphoneugena densiflora<br />

Combretaceae Terminalia Terminalia oblonga<br />

Boraginaceae Thammatocoryon Thammatocoryon <strong>da</strong>syanthum<br />

Brassicaceae Thlaspi Thlaspi arvense<br />

Melastomataceae Tibouchina Tibouchina langsdorffiana<br />

Melastomataceae Tibouchina Tibouchina semidecandra<br />

Melastomataceae Tococa Tococa cardyophylla<br />

Boraginaceae Tournefortia Tournefortia breviflora<br />

Boraginaceae Tournefortia Tournefortia maculata<br />

Boraginaceae Tournefortia Tournefortia villosa<br />

196


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Fanerógamas<br />

Família Gênero Espécie<br />

Asteraceae Trichocline Trichocline radiata<br />

Trigoniaceae Trigonia Trigonia simplex<br />

Asteraceae Trixis Trixis nobilis<br />

Asteraceae Trixis Trixis praestans<br />

Asteraceae Trixis Trixis vauthieri<br />

Bignoniaceae Tynanthus Tynanthus labiatus<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia anthelmintica<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia asteriflora<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia cephalotes<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia copratta<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia cuneifolia<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia densiflora<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia desertorum<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia echitifolia<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia flexuosa<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia flori<strong>da</strong><br />

Asteraceae Vernonia Vernonia geminata<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia gracilis<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia laevigata<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia mariana<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia missionis<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia nitidula<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia onopordioides<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia poliphylla<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia psammophila<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia rubricaulis<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia tweediana<br />

Asteraceae Vernonia Vernonia zuccariniana<br />

Leguminosae Vigna Vigna linearis<br />

Leguminosae Vigna Vigna longifolia<br />

Vochysiaceae Vochysia Vochysia laurifolia<br />

Vochysiaceae Vochysia Vochysia oppugnata<br />

Vochysiaceae Vochysia Vochysia selloi<br />

Bromeliaceae Vriesea Vriesea billbergioides<br />

Bromeliaceae Vriesea Vriesea paludosa<br />

Bromeliaceae Vriesea Vriesea <strong>para</strong>ibica<br />

Asteraceae Wedelia Wedelia macrodonta<br />

Cucurbitaceae Wilbrandia Wilbrandia ebracteata<br />

Asteraceae Wulffia Wulffia baccata<br />

Asteraceae Wulffia Wulffia maculata<br />

Araceae Xanthosoma Xanthosoma maximiliannii<br />

Rutaceae Zanthoxylum Zanthoxylum chiloperone<br />

Leguminosae Zornia Zornia brasiliensis<br />

Leguminosae Zornia Zornia cryptantha<br />

Leguminosae Zornia Zornia gardneriana<br />

Leguminosae Zornia Zornia virgata<br />

197


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Achlyodes Achlyodes busirus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Achlyodes Achlyodes mithri<strong>da</strong>tes<br />

Formici<strong>da</strong>e Acromyrmex Acromyrmex diasi<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote alalia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote brylla<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote canutia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote carycina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote conspicua<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote <strong>da</strong>lmei<strong>da</strong>i<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote discrepans<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote genitrix<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote mamita<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote melanisans<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote <strong>para</strong>pheles<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote pellenea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote quadra<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote rhodope<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote surima<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote thalia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote zikani<br />

Riodini<strong>da</strong>e Adelotypa Adelotypa bolena<br />

Riodini<strong>da</strong>e Adelotypa Adelotypa malca<br />

Riodini<strong>da</strong>e Adelotypa Adelotypa sejuncta<br />

Riodini<strong>da</strong>e Adelotypa Adelotypa sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha abia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha calliphane<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha capucinus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha cocala<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha cytherea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha epizygis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha gavina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha hyas<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha iphiclus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha lycorias<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha malea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha melona<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha messana<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha mythra<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha phylaca<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha plesaure<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha poltius<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha serpa<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha sp.<br />

198


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha syma<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha thessalia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha thoasa<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha viola<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Adelpha Adelpha zea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Aeria Aeria olena<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Aethilla Aethilla echina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Agraulis Agraulis vanillae<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Agrias Agrias claudina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Aguna Aguna asander<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Aguna Aguna cirrus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Aguna Aguna megacles<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Aguna Aguna metophis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Aguna Aguna squamalba<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Allosmaitia Allosmaitia strophius<br />

Riodini<strong>da</strong>e Amarynthis Amarynthis meneria<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Amphidecta Amphidecta reynoldsi<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Anartia Anartia amathea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Anartia Anartia jathophae<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Anastrus Anastrus obscurus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Anastrus Anastrus sempiternus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Anastrus Anastrus ulpianus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Anatrytone Anatrytone perfi<strong>da</strong><br />

Hesperi<strong>da</strong>e Ancyloxipha Ancyloxipha nitedula<br />

Riodini<strong>da</strong>e Ancyluris Ancyluris aulestes<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Anisochoria Anisochoria pe<strong>da</strong>liodina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Anisochoria Anisochoria sublimbata<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Anisochoria Anisochoria superior<br />

Pieri<strong>da</strong>e Anteos Anteos clorinde<br />

Pieri<strong>da</strong>e Anteos Anteos menippe<br />

Riodini<strong>da</strong>e Anteros Anteros formosus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Anthanassa Anthanassa frisia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Anthoptus Anthoptus epictetus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Anthoptus Anthoptus insignis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Antigonus Antigonus erosus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Antigonus Antigonus nearchus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Antirrhea Antirrhea archaea<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Apaustis Apaustis sp.<br />

Pieri<strong>da</strong>e Phoebis Aphrissa statira<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Arawacus Arawacus aetolus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Arawacus Arawacus binangula<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Arawacus Arawacus elli<strong>da</strong><br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Arawacus Arawacus meliboeus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Arawacus Arawacus tadita<br />

199


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Arawacus Arawacus tarania<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Arcas Arcas ducalis<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Arcas Arcas imperialis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Archaeoprepona Archaeoprepona amphimachus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Archaeoprepona Archaeoprepona chalciope<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Archaeoprepona Archaeoprepona demophon<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Archaeoprepona Archaeoprepona demophon<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Archeuptychia Archeuptychia cluena<br />

Pieri<strong>da</strong>e Archonias Archonias brassolis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Argon Argon lota<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Argon Argon sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Argyrogrammana Argyrogrammana sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Ariconias Ariconias glaphyra<br />

Riodini<strong>da</strong>e Aricoris Aricoris colchis<br />

Riodini<strong>da</strong>e Aricoris Aricoris constantius<br />

Riodini<strong>da</strong>e Aricoris Aricoris epulus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Aricoris Aricoris middletoni<br />

Riodini<strong>da</strong>e Aricoris Aricoris signata<br />

Riodini<strong>da</strong>e Acoris Aricoris sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Aricoris Aricoris sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Arita Arita arita<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Arita Arita mubevensis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Arita Arita serra<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Euphyes Arotis derasa<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Euphyes Arotis kayei<br />

Arrhopalites amorimi<br />

Arrhopalites gnaspinius<br />

Arrhopalites lawrencei<br />

Arrhopalites wallacei<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Artines Artines aepitus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Artines Artines aquilina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Artines Artines satyr<br />

Pieri<strong>da</strong>e Ascia Ascia monuste<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Astraptes Astraptes alardus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Astraptes Astraptes anaphus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Astraptes Astraptes aulus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Astraptes Astraptes creteus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Astraptes Astraptes elorus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Astraptes Astraptes fulgerator<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Astraptes Astraptes janeira<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Astraptes Astraptes naxos<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Astraptes Astraptes talus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Atlides Atlides cosa<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Atlides Atlides polybe<br />

200


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Thecla Aubergina hesychia<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Aubergine Aubergina vanessoides<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Augiades Augiades epimethea<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Aurine Aurine sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Autochton Autochton itylus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Autochton Autochton neis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Autochton Autochton reflexus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Autochton Autochton zarex<br />

Riodini<strong>da</strong>e Baeotis Baeotis melanis<br />

Riodini<strong>da</strong>e Baeotis Baeotis sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Barbicornis Barbicornis basilis<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Battus Battus crassus<br />

Papilionii<strong>da</strong>e Battus Battus poly<strong>da</strong>mas<br />

Papilionii<strong>da</strong>e Battus Battus polystictus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Biblis Biblis hyperia<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Bistonina Bistonina mantica<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Blepolenis Blepolenis bassus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Blepolenis Blepolenis batea<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Bolla Bolla atahuallpai<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Bolla Bolla catharina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Bolla Bolla sp.<br />

Api<strong>da</strong>e Bombus Bombus sp.<br />

Formici<strong>da</strong>e Brachymyrmex Brachymyrmex sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Brangas Brangas neora<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Brangas Brangas silumena<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Brangas Brangas sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Brassolis Brassolis astyra<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Brassolis Brassolis sophorae<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Brevioleria Brevioleria aelia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Brevioleria Brevioleria seba<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Bungalotis Bungalotis sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Caenoptychia Caenoptychia boulleti<br />

Riodini<strong>da</strong>e Calephelis Calephelis braziliensis<br />

Riodini<strong>da</strong>e Calephelis Calephelis braziliensis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Caligo Caligo arisbe<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Caligo Caligo beltrao<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Caligo Caligo brasiliensis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Caligo Caligo illioneus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Caligo Caligo sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Calimormus Calimormus sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Callicore Callicore hy<strong>da</strong>spes<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Callicore Callicore pygas<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Callicore Callicore selima<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Callicore Callicore sorana<br />

201


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Callimormus Callimormus corades<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Callimormus Callimormus interpunctatus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Callimormus Callimormus rivera<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Callimormus Callimormus saturnus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Callimormus Callimormus sp.<br />

Sphingi<strong>da</strong>e Callionima Callionima inuus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Callithomia Callithomia lenea<br />

Riodini<strong>da</strong>e Calospila Calospila sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Calpodes Calpodes ethlius<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Calycopis Calycopis caulonia<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Calycopis Calycopis lerbela<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Calycopis Calycopis orcillula<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Calycopis Calycopis sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Calycopis Calycopis xeneta<br />

Riodini<strong>da</strong>e Calydna Calydna catana<br />

Riodini<strong>da</strong>e Calydna Calydna hiria<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Calystryma Calystryma sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Camptopleura Camptopleura auxo<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Camptopleura Camptopleura janthina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cantha Cantha sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Capronnieria Capronnieria galesus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Caria Caria plutargus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Caria Caria trochilus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Carmin<strong>da</strong> Carmin<strong>da</strong> griseldis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Carrhenes Carrhenes canescens<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Carystoides Carystoides sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Carystus Carystus sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Catacore Catacore kolyma<br />

Pieri<strong>da</strong>e Catasticta Catasticta bithys<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Catoblepia Catoblepia amphirhoe<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Catoblepia Catoblepia berecynthia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Catonephele Catonephele acontius<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Catonephele Catonephele numilia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Catonephele Catonephele sabrina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Celaenorrhinus Celaenorrhinus eligius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Celaenorrhinus Celaenorrhinus similis<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Celmia Celmia celmus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Celmia Celmia sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Celmia Celmia uzza<br />

Api<strong>da</strong>e Cephalotrigona Cephalotrigona capitata<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cephise Cephise cephise<br />

Api<strong>da</strong>e (Nòo-Corbiculado) Ceratina Ceratina chloris<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Chalcone Chalcone santarus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Chalodeta Chalodeta theodora<br />

202


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Chalybs Chalybs hassan<br />

Riodini<strong>da</strong>e Chamaelimnas Chamaelimnas briola<br />

Riodini<strong>da</strong>e Charis Charis cadytis<br />

Riodini<strong>da</strong>e Charis Charis sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Charis Charis zama<br />

Pieri<strong>da</strong>e Charonias Charonias theano<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Chioides Chioides catillus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Choides Chioides lacinia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Chiomara Chiomara asychis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Chiomara Chiomara basigutta<br />

Chironomi<strong>da</strong>e Chironomus Chironomus decorus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Chlorostrymon Chlorostrymon simaethis<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Chlorostrymon Chlorostrymon telea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Chlosyne Chlosyne lacinia<br />

Riodini<strong>da</strong>e Chorinea Chorinea amazon<br />

Riodini<strong>da</strong>e Chorinea Chorinea heliconides<br />

Riodini<strong>da</strong>e Chorinea Chorinea licursis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Chrysoplectrum Chrysoplectrum sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Cissia Cissia penelope<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Cissia Cissia sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Cissia Cissia terrestris<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cobalopsis Cobalopsis miaba<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cobalopsis Cobalopsis nero<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cobalopsis Cobalopsis sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cobalopsis Cobalopsis vorgia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cobalus Cobalus virbius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cogia Cogia calchas<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cogia Cogia cerradicola<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cogia Cogia hassan<br />

Pieri<strong>da</strong>e Colias Colias lesbia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Colobura Colobura dirce<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Conga Conga chy<strong>da</strong>ea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Consul Consul fabius<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Contrafacia Contrafacia imma<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Contrafacia Contrafacia muattina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Copaeodes Copaeodes jean<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Copaeodes Copaeodes sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Corticea Corticea corticea<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Corticea Corticea lysias<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Corticea Corticea mendica<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Corticea Corticea noctis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Corticea Corticea sp.<br />

Cory<strong>da</strong>li<strong>da</strong>e Cory<strong>da</strong>lus Cory<strong>da</strong>lus diasi<br />

Riodini<strong>da</strong>e Cremna Cremna thasus<br />

203


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Naucori<strong>da</strong>e Criphocrycos Criphocrycos sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cumbre Cumbre cumbre<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cumbre Cumbre sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cumbre Cumbre triumviralis<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Cyanophris Cyanophris acaste<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Cyanophris Cyanophris amyntor<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Cyanophris Cyanophris bertha<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Cyanophris Cyanophris herodotus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Cyanophris Cyanophris pseudolongula<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Cyanophris Cyanophris remus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Cybdelis Cybdelis phaesyla<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cycloglypha Cycloglypha caeruleonigra<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cycloglypha Cycloglypha thrasibulus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cycloglypha Cycloglypha tisias<br />

Hesperii<strong>da</strong>e Cyclopyge Cyclopyge roscius iphimedia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cymaenes Cymaenes alumna<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cymaenes Cymaenes distigma<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cymaenes Cymaenes gisca<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cymaenes Cymaenes laurelolus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cymaenes Cymaenes lepta<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cymaenes Cymaenes perloides<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cymaenes Cymaenes sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cymaenes Cymaenes tripunctus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cymaenes Cymaenes uruba<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cynea Cynea corisana<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cynea Cynea irma<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Cynea Cynea sp.<br />

Formici<strong>da</strong>e Cyphomyrmex Cyphomyrmex gr.rimosus<br />

Formici<strong>da</strong>e Cyphomyrmex Cyphomyrmex gr.strigatus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Dachetola Dachetola azora<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Dalla Dalla diraspes<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Dalla Dalla jelskyi<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Danaus Danaus eresimus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Danaus Danaus erippus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Danaus Danaus gilippus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Dar<strong>da</strong>rina Dar<strong>da</strong>rina <strong>da</strong>ri<strong>da</strong>eus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Dar<strong>da</strong>rina Dar<strong>da</strong>rina sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Dar<strong>da</strong>rina Dar<strong>da</strong>rina umuarama<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dasyophthalma Dasyophthalma creusa<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dasyophthalma Dasyophthalma geraensis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dasyophthalma Dasyophthalma rusina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Decinea Decinea sp.<br />

Chironomi<strong>da</strong>e Demicryptochironomus Demicryptochironomus sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Chalodeta Detritivora cleonus<br />

204


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Diaethria Diaethria candrena<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Diaethria Diaethria clymena<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Diaethria Diaethria eluina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Diaeus Diaeus lacaena<br />

Halicti<strong>da</strong>e Dialictus Dialictus mottai<br />

Halicti<strong>da</strong>e Dialictus Dialictus rhytidophorus<br />

Chironomi<strong>da</strong>e Dicrotendipes Dicrotendipes sp.<br />

Braconi<strong>da</strong>e Dinotrema Dinotrema sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Dion Dion me<strong>da</strong><br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dione Dione juno<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dione Dione moneta<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dircenna Dircenna dero<br />

Saturnii<strong>da</strong>e Dirphia Dirphia fornax<br />

Formici<strong>da</strong>e Discothyrea Discothyrea sp.<br />

Pieri<strong>da</strong>e Dismorphia Dismorphia amphione<br />

Pieri<strong>da</strong>e Dismorphia Dismorphia astyocha<br />

Pieri<strong>da</strong>e Dismorphia Dismorphia crisia<br />

Pieri<strong>da</strong>e Dismorphia Dismorphia sp.<br />

Pieri<strong>da</strong>e Dismorphia Dismorphia thermesia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Doxocopa Doxocopa agathina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Doxocopa Doxocopa kallina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Doxocopa Doxocopa laurentia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Doxocopa Doxocopa lin<strong>da</strong><br />

Nymphali<strong>da</strong>e Doxocopa Doxocopa zalmunna<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Doxocopa Doxocopa zunil<strong>da</strong><br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dryadula Dryadula phaetusa<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dryas Dryas iulia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dynamine Dynamine agacles<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dynamine Dynamine artemisia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dynamine Dynamine athemon<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dynamine Dynamine coenus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dynamine Dynamine meridionalis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dynamine Dynamine postverta<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dynamine Dynamine serina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dynamine Dynamine tithia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dynastor Dynastor <strong>da</strong>rius<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Dynastor Dynastor napoleon<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Dyscophellus Dyscophellus porcius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Dyscophellus Dyscophellus ramusis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Dyscophellus Dyscophellus sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Ebrietas Ebrietas anacreon<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Ebrietas Ebrietas infan<strong>da</strong><br />

Riodini<strong>da</strong>e Calydna Echydna chaseba<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Ectima Ectima thecla<br />

205


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Elbella Elbella blan<strong>da</strong><br />

Hesperi<strong>da</strong>e Elbella Elbella lamprus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Elbella Elbella luteizona<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Elbella Elbella sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Electrostrymon Electrostrymon ecbatana<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Electrostrymon Electrostrymon endymion<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Electrostrymon Electrostrymon nubilium<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Electrostrymon Electrostrymon sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Elkalyce Elkalyce cogina<br />

Riodini<strong>da</strong>e Emesis Emesis cerea<br />

Riodini<strong>da</strong>e Emesis Emesis diogenia<br />

Riodini<strong>da</strong>e Emesis Emesis lucin<strong>da</strong><br />

Riodini<strong>da</strong>e Emesis Emesis lupina<br />

Riodini<strong>da</strong>e Emesis Emesis man<strong>da</strong>na<br />

Riodini<strong>da</strong>e Emesis Emesis ocypore<br />

Riodini<strong>da</strong>e Emesis Emesis russula<br />

Riodini<strong>da</strong>e Emesis Emesis satena<br />

Riodini<strong>da</strong>e Emesis Emesis sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Emesis Emesis vulpina<br />

Pieri<strong>da</strong>e Dismorphia Enantia clarissa<br />

Pieri<strong>da</strong>e Enantia Enantia lina<br />

Pieri<strong>da</strong>e Enantia Enantia melite<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Enosis Enosis schausi<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Enosis Enosis sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Enosis Enosis uza<br />

Ensiforma caerulea<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Entheus Entheus priassus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Epargyreus Epargyreus clavicornis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Epargyreus Epargyreus exadeus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Epargyreus Epargyreus socus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Epargyreus Epargyreus sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Epiphile Epiphile huebneri<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Epiphile Epiphile orea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Episca<strong>da</strong> Episca<strong>da</strong> carcinia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Episca<strong>da</strong> Episca<strong>da</strong> clausina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Episca<strong>da</strong> Episca<strong>da</strong> hymenaea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Episca<strong>da</strong> Episca<strong>da</strong> philoclea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Epityches Epityches eupompe<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eresia Eresia eunice<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eresia Eresia lansdorfi<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eresia Eresia perna<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Erinnyis Erinnyis funeralis<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Erora Erora opisena<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eryphanis Eryphanis automedon<br />

206


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eryphanis Eryphanis reevesi<br />

Riodini<strong>da</strong>e Lepricornis Esthemopsis pherephatte<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eteona Eteona tisiphone<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eueides Eueides aliphera<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eueides Eueides isabella<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eueides Eueides pavana<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eunica Eunica bechina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eunica Eunica eburnea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eunica Eunica eurota<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eunica Eunica maja<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eunica Eunica malvina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eunica Eunica margarita<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eunica Eunica sydonia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eunica Eunica tatila<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Eunica Eunica volumna<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Euphyes Euphyes leptosema<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Euphyes Euphyes sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Euptoieta Euptoieta hegesia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Euptoieta Euptoieta hortensia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Euptychia Euptychia ernestina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Euptychia Euptychia westwoodi<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Euptychoides Euptychoides castrensis<br />

Pieri<strong>da</strong>e Eurema Eurema agave<br />

Pieri<strong>da</strong>e Eurema Eurema albula<br />

Pieri<strong>da</strong>e Eurema Eurema arbela<br />

Pieri<strong>da</strong>e Eurema Eurema deva<br />

Pieri<strong>da</strong>e Eurema Eurema elathea<br />

Pieri<strong>da</strong>e Eurema Eurema phiale<br />

Riodini<strong>da</strong>e Eurybia Eurybia carolina<br />

Riodini<strong>da</strong>e Eurybia Eurybia halimede<br />

Riodini<strong>da</strong>e Eurybia Eurybia misellivestris<br />

Riodini<strong>da</strong>e Eurybia Eurybia molochina<br />

Riodini<strong>da</strong>e Eurybia Eurybia pergaea<br />

Riodini<strong>da</strong>e Eurybia Eurybia sp.<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Eurytides Eurytides bellerophon<br />

Riodini<strong>da</strong>e Euselasia Euselasia brevicau<strong>da</strong><br />

Riodini<strong>da</strong>e Euselasia Euselasia crinon<br />

Riodini<strong>da</strong>e Euselasia Euselasia eberti<br />

Riodini<strong>da</strong>e Euselasia Euselasia eucerus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Euselasia Euselasia fervi<strong>da</strong><br />

Riodini<strong>da</strong>e Euselasia Euselasia hygenius<br />

Riodini<strong>da</strong>e Euselasia Euselasia mys<br />

Riodini<strong>da</strong>e Euselasia Euselasia sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Euselasia Euselasia thucydides<br />

207


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Riodini<strong>da</strong>e Euselasia Euselasia utica<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Eutocus Eutocus sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Eutocus Eutocus vetulus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Eutychide Eutychide olympia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Eutychide Eutychide physcella<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Evenus Evenus latreillii<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Evenus Evenus regalis<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Evenus Evenus satyroides<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Flaccilla Flaccilla aecas<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Foetterleia Foetterleia schreineri<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Forsterinaria Forsterinaria necys<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Forsterinaria Forsterinaria quantius<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Fountainea Fountainea glycerium<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Fountainea Fountainea halice<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Fountainea Fountainea ryphea<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Gargina Gargina emessa<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Gesta Gesta gesta<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Gesta Gesta heteropterus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Gin<strong>da</strong>nes Gin<strong>da</strong>nes brebisson<br />

Pieri<strong>da</strong>e Appias Glutophrissa drusilla<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Go<strong>da</strong>rtiana Go<strong>da</strong>rtiana muscosa<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Gorgopas Gorgopas petale<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Gorgythion Gorgythion begga<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Gorgythion Gorgythion beggina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Gorgythion Gorgythion can<strong>da</strong><br />

Hesperi<strong>da</strong>e Gorgythion Gorgythion plautia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Gorgythion Gorgythion sp<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Grais Grais stigmaticus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Granila Granila paseas<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Guaianaza Guaianaza pronophilla<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pyrrhopyge Gunayan rhacia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Haematera Haematera pyrame<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hamadryas Hamadryas amphinome<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hamadryas Hamadryas arete<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hamadryas Hamadryas arinome<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hamadryas Hamadryas chloe<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hamadryas Hamadryas epinome<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hamadryas Hamadryas februa<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hamadryas Hamadryas feronia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hamadryas Hamadryas fornax<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hamadryas Hamadryas iphthime<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hamadryas Hamadryas sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Hansa Hansa hyboma<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Helias Helias phalaenoides<br />

208


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Helias Helias sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Heliconius Heliconius besckei<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Heliconius Heliconius erato<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Heliconius Heliconius ethilla<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Heliconius Heliconius numata<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Heliconius Heliconius sara<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Heliopetes Heliopetes alana<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Heliopetes Heliopetes arsalte<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Heliopetes Heliopetes libra<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Heliopetes Heliopetes macaira<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Heliopetes Heliopetes omrina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Heliopetes Heliopetes petrus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Heliopetes Heliopetes sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Hemiargus Hemiargus hanno<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Heraclides Heraclides anchisiades<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Heraclides Heraclides androgeus<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Heraclides Heraclides astyalus<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Heraclides Heraclides hectorides<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Heraclides Heraclides thoas<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Heraclides Heraclides torquatus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hermeuptychia Hermeuptychia hermes<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hermeuptychia Hermeuptychia sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Hesperinae Hesperinae sp.<br />

Pieri<strong>da</strong>e Hesperocharis Hesperocharis anguitea<br />

Pieri<strong>da</strong>e Hesperocharis Hesperocharis erota<br />

Pieri<strong>da</strong>e Hesperocharis Hesperocharis sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Heterosais Heterosais edessa<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Historis Historis odius<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hyalenna Hyalenna pascua<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Hylephila Hylephila phyleus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hypanartia Hypanartia bella<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hypanartia Hypanartia lethe<br />

Riodini<strong>da</strong>e Hyphilaria Hyphilaria parthenis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hypna Hypna clytemnestra<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hypoleria Hypoleria a<strong>da</strong>sa<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hypoleria Hypoleria lavinia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hypoleria Hypoleria sarepta<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hypothyris Hypothyris euclea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Hypothyris Hypothyris ninonia<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Iaspis Iaspis talayra<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Thecla Ignata norax<br />

Riodini<strong>da</strong>e Ionotus Ionotus alector<br />

Riodini<strong>da</strong>e Iaspis Iaspis agyrtus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Ithomia Ithomia agnosia<br />

209


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Ithomia Ithomia drymo<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Ithomia Ithomia lichyi<br />

Riodini<strong>da</strong>e Janthecla Janthecla sista<br />

Riodini<strong>da</strong>e Janthecla Janthecla sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Juditha Juditha azan<br />

Riodini<strong>da</strong>e Juditha Juditha molpe<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Junonia Junonia evarete<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Justinia Justinia justinianus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Justinia Justinia kora<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Kolana Kolana ergina<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Kolana Kolana ligurina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lamponia Lamponia elegantula<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lamponia Lamponia lamponia<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Thecla Lamprospilus arza<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Lamprospilus Lamprospilus ba<strong>da</strong>ca<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Lamprospilus Lamprospilus orcidia<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Laothus Laothus phydela<br />

Riodini<strong>da</strong>e Lasaia Lasaia agesilas<br />

Riodini<strong>da</strong>e Lemonias Lemonias zygia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lento Lento krexoides<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lento Lento lento<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lento Lento sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Lepricornis Lepricornis sp.<br />

Pieri<strong>da</strong>e Leptophobia Leptophobia aripa<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Leptotes Leptotes cassius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lerema Lerema duroca<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lerema Lerema sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lerodea Lerodea erythrosticta<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lerodea Lerodea eufala<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lerodea Lerodea sp.<br />

Pieri<strong>da</strong>e Leucidia Leucidia elvina<br />

Riodini<strong>da</strong>e Leucochimona Leucochimona icare<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Levina Levina levina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Libytheana Libytheana carinenta<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Luci<strong>da</strong> Luci<strong>da</strong> lucia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Luci<strong>da</strong> Luci<strong>da</strong> ranesus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Luci<strong>da</strong> Luci<strong>da</strong> schmidti<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Ludens Ludens ludens<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Ludens Ludens sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lycas Lycas argentea<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lychnuchoides Lychnuchoides ozias<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Lychnuchus Lychnuchus celsus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Lycorea Lycorea halia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Ituna Lycorea ilione<br />

210


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Lycorea Lycorea sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Lyropteryx Lyropteryx terpsichore<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Magnastigma Magnastigma hirsuta<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Magnastigma Magnastigma sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Magneuptychia Magneuptychia ocnus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Cissia Cissia ocypete<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Marela Marela tamyris<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Marpesia Marpesia chiron<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Marpesia Marpesia petreus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Marpesia Marpesia zerynthia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Mcclungia Mcclungia cymo<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Mechanitis Mechanitis lysimnia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Mechanitis Mechanitis polymnia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Mechanitis Mechanitis sp.<br />

Dynasti<strong>da</strong>e Megasoma actaeon janus<br />

Megasoma gyas gyas<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Megathecla Megathecla cupentus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Melanis Melanis electron<br />

Riodini<strong>da</strong>e Melanis Melanis smithiae<br />

Riodini<strong>da</strong>e Melanis Melanis unxia<br />

Pieri<strong>da</strong>e Melete Melete lycimnia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Melinaea Melinaea ethra<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Melinaea Melinaea ludovica<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mellana Mellana sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Memphis Memphis aci<strong>da</strong>lia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Memphis Memphis appias<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Memphis Memphis arginussa<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Memphis Memphis leoni<strong>da</strong><br />

Nymphali<strong>da</strong>e Memphis Memphis moruus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Memphis Memphis otrere<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Memphis Memphis philumena<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Memphis Memphis sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Menander Menander felsina<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesene Mesene epaphus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesene Mesene monostigma<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesene Mesene pyrippe<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesene Mesene sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesenopsis Mesenopsis albivitta<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesosemia Mesosemia acuta<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesosemia Mesosemia bella<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesosemia Mesosemia friburgensis<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesosemia Mesosemia melpia<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesosemia Mesosemia odice<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesosemia Mesosemia rhodia<br />

211


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Riodini<strong>da</strong>e Mesosemia Mesosemia sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Mestra Mestra dorcas<br />

Riodini<strong>da</strong>e Metacharis Metacharis ptolomaeus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Methionopsis Methionopsis ina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Methona Methona themisto<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Metron Metron chrysogastra<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Metron Metron sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Michaelus Michaelus ira<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Michaelus Michaelus jebus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Michaelus Michaelus thordesa<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Microceris Microceris variicolor<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Milanion Milanion leucaspis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Miltomiges Miltomiges cinnamomea<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Mimoides Mimoides lysithous<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Mimoides Mimoides proto<strong>da</strong>mas<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mimoniades Mimoniades montana<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mimoniades Mimoniades ocyalus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mimoniades Mimoniades sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mimoniades Mimoniades versicolor<br />

Coenagrioni<strong>da</strong>e Minagrion Minagrion mecistogastrum<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Ministrymon Ministrymon azia<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Ministrymon Ministrymon cleon<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Ministrymon Ministrymon sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mnaseas Mnaseas bicolor<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mnasilus Mnasilus allubita<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mnasitheus Mnasitheus ritans<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Moeris Moeris striga<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Moneuptychia Moneuptychia paeon<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Moneuptychia Moneuptychia soter<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Moneuptychia Moneuptychia sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Moneuptychia Moneuptychia umuarama<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Morpho Morpho aega<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Morpho Morpho anaxibia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Morpho Morpho epistrophus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Morpho Morpho helenor<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Morpho Morpho hercules<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Morpho Morpho menelaus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Morpho Morpho portis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Morpho Morpho rhetenor<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Morvina Morvina fissimacula<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Morvina Morvina sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Morys Morys compta<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Morys Morys geisa<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mucia Mucia zygia<br />

212


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mylon Mylon maimon<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mylon Mylon pelopi<strong>da</strong>s<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mysarbia Mysarbia sejanus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Myscelia Myscelia orsis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Myscelus Myscelus amystis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Myscelus Myscelus santhilarius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mysoria Mysoria barcastus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Mysoria Mysoria sejanus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Naevolus Naevolus orius<br />

Riodini<strong>da</strong>e Napaea Napaea nepos<br />

Riodini<strong>da</strong>e Napaea Napaea orpheus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Napaea Napaea phryxe<br />

Riodini<strong>da</strong>e Napaea Napaea sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Napaea Napaea umbratila<br />

Riodini<strong>da</strong>e Napaea Napaea zikani<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Narcosius Narcosius colossus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Narope Narope cylene<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Narope Narope cyllarus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Narope Narope cyllastros<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Nascus Nascus paullineae<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Nascus Nascus phocus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Neoxeniades Neoxeniades scipio<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Neoxeniades Neoxeniades sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Nica Nica flavilla<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Nicolaea Nicolaea socia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Niconiades Niconiades linga<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Niconiades Niconiades meren<strong>da</strong><br />

Hesperi<strong>da</strong>e Niconiades Niconiades sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Niconiades Niconiades xanthaphes<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Nisoniades Nisoniades bessus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Nisoniades Nisoniades bipuncta<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Nisoniades Nisoniades brazia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Nisoniades Nisoniades castolus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Nisoniades Nisoniades macarius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Nisoniades Nisoniades sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Noctuana Noctuana diurna<br />

Riodini<strong>da</strong>e Notheme Notheme erota<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Nyctelius Nyctelius nyctelius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Nyctelius Nyctelius sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Nymphidium Nymphidium lisimon<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Ocaria Ocaria ocrisia<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Ocaria Ocaria sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Ocaria Ocaria thales<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Ochropyge Ochropyge ruficau<strong>da</strong><br />

213


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Oechydris Oechydrus chersis<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Oenomaus Oenomaus atena<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Oenomaus Oenomaus ortygnus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Oleria Oleria aquata<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Oleria Oleria victorine<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Olynthus Olynthus sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Olynthus Olynthus fancia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Onophas Onophas columbaria<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Onophas Onophas watsoni<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Opoptera Opoptera aorsa<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Opoptera Opoptera fruhstorferi<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Opoptera Opoptera sulcius<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Opoptera Opoptera syme<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Opsiphanes Opsiphanes cassiae<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Opsiphanes Opsiphanes invirae<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Opsiphanes Opsiphanes quiteria<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Orobrassolis Orobrassolis ornamentalis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Orses Orses cynisca<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Orses Orses itea<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Orses Orses sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Orthos Orthos orthos<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Orthos Orthos sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Ortilia Ortilia gentina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Ortilia Ortilia ithra<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Ortilia Ortilia liriope<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Ortilia Ortilia orthia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Ortilia Ortilia orticas<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Ortilia Ortilia velica<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Ortilia Ostrinotes empusa<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Ostrinotes Ostrinotes sophocles<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Ouleus Ouleus fridericus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Oxynthes Oxynthes corusca<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Paches Paches loxus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pachyneuria Pachyneuria herophile<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pachyneuria Pachyneuria inops<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Paiwarria Paiwarria aphaca<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Paiwarria Paiwarria venulius<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pampasatyrus Pampasatyrus glaucope<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pampasatyrus Pampasatyrus gyrtone<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pamapsatyrus Pampasatyrus reticulata<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Xenandra Panaropsis inaria<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Panoquina Panoquina hecebolus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Panoquina Panoquina lucas<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Panoquina Panoquina ocola<br />

214


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Panoquina Panoquina sp<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Panthiades Panthiades hebraeus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Panthiades Panthiades phaleros<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Papias Papias phainis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Paracarystus Paracarystus evansi<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Paracarystus Paracarystus hypargyra<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Paracarystus Paracarystus menetries<br />

Riodini<strong>da</strong>e Parcella Parcella amarynthina<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Parelbella Parelbella ahira<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pareuptychia Pareuptychia ocirrhoe<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pareuptychia Pareuptychia sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pareuptychia Pareuptychia summandosa<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Parides Parides agavus<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Parides Parides anchises<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Parides Parides bunichus<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Parides Parides burchellanus<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Parides Parides neophilus<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Parides Parides panthonus castilhoi<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Parides Parides proneus<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Parides Parides tros<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Parides Parides zacynthus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Parphorus Parphorus decora<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Parphorus Parphorus fartuga<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Parrhasius Parrhasius orgia<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Parrhasius Parrhasius polibetes<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Paryphthimoides Paryphthimoides grimon<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Paryphthimoides Paryphthimoides phronius<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Paryphthimoides Paryphthimoides poltys<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Paryphthimoides Paryphthimoides sp1<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Passova Passova passova<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Paulogramma Paulogramma pyracmon<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pellicia Pellicia costimacula<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pellicia Pellicia sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Penetes Penetes pamphanis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Penicula Penicula advena<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Penicula Penicula sp.<br />

Pieri<strong>da</strong>e Pereute Pereute antodyca<br />

Pieri<strong>da</strong>e Pereute Pereute swainsoni<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Perichares Perichares lotus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Perichares Perichares philetas<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Perichares Perichares seneca<br />

Riodini<strong>da</strong>e Perophthalma Perophthalma tullius<br />

Riodini<strong>da</strong>e Phaenochitonia Phaenochitonia cingulis<br />

Riodini<strong>da</strong>e Phaenochitonia Phaenochitonia fuliginea<br />

215


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Riodini<strong>da</strong>e Phaenochitonia Phaenochitonia sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Phanes Phanes almo<strong>da</strong><br />

Hesperi<strong>da</strong>e Phanes Phanes rezia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Phanes Phanes sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Phanus Phanus australis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pharneuptychia Pharneuptychia innocentia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pharneuptychia Pharneuptychia phares<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pharneuptychia Pharneuptychia pharnabazos<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pharneuptychia Pharneuptychia pharnaces<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pharneuptychia Pharneuptychia sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Pheles Pheles atricolor<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pheraeus Pheraeus argynnis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pheraeus Pheraeus sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Philaethria Philaethria dido<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Philaethria Philaethria wernickei<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Phlebodes Phlebodes sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Phocides Phocides charon<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Phocides Phocides pialia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Phocides Phocides pigmalion<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Phocides Phocides polybius<br />

Pieri<strong>da</strong>e Phoebis Phoebis argante<br />

Pieri<strong>da</strong>e Phoebis Phoebis neocypris<br />

Pieri<strong>da</strong>e Phoebis Phoebis philea<br />

Pieri<strong>da</strong>e Phoebis Phoebis sennae<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pierella Pierella lamia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pierella Pierella nereis<br />

Pieri<strong>da</strong>e Pieriballia Pieriballia viardi<br />

Riodini<strong>da</strong>e Pirascca Pirascca sagaris<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Placidina Placidina euryanassa<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Polites Polites vibex<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Polyctor Polyctor polyctor<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Polygonus Polygonus leo<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Polygonus Polygonus savigny<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Polygrapha Polygrapha suprema<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Polythrix Polythrix caunus<br />

Hesperii<strong>da</strong>e Polythrix Polythrix octomaculatus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Polythrix Polythrix roma<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Polythrix Polythrix sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pompeius Pompeius amblyspila<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pompeius Pompeius pompeius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pompeius Pompeius postpuncta<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pompeius Pompeius sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Posttaygetis Posttaygetis penelea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Praepe<strong>da</strong>lioides Praepe<strong>da</strong>liodes amussis<br />

216


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Praepe<strong>da</strong>lioides Praepe<strong>da</strong>liodes exul<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Praepe<strong>da</strong>liodes Praepe<strong>da</strong>liodes phanias<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Prepona Prepona deiphile<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Prepona Prepona laertes<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Prepona Prepona pylene<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Prepona Prepona sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Propertius Propertius propertius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Proteides Proteides mercurius<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Protesilaus Protesilaus helios<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Protesilaus Protesilaus protesilaus<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Protesilaus Protesilaus telesilaus<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Protographium Protographium asius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pseudocroniades Pseudocroniades machaon<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pseudodebis Pseudodebis euptychidia<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Pseudolycaena Pseudolycaena marsyas<br />

Pieri<strong>da</strong>e Pseudopieris Pseudopieris nehemia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pseudosca<strong>da</strong> Pseudosca<strong>da</strong> acilla<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pseudosca<strong>da</strong> Pseudosca<strong>da</strong> erruca<br />

Riodini<strong>da</strong>e Pseudotinea Pseudotinea hemis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Psoralis Psoralis chittara<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Psoralis Psoralis sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Psoralis Psoralis stacara<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pteronymia Pteronymia carlia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pteronymia Pteronymia euritea<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Pterourus Pterourus menatius<br />

Papilioni<strong>da</strong>e Pterourus Pterourus scamander<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pyrgus Pyrgus orcus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pyrgus Pyrgus orcynoides<br />

Pieri<strong>da</strong>e Pyristia Pyrisitia leuce<br />

Pieri<strong>da</strong>e Pyristia Pyrisitia nice<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Pyrrhogyra Pyrrhogyra neaeria<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pyrrhopyge Pyrrhopyge charybdis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pyrrhopyge Pyrrhopyge pelota<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pyrrhopyge Pyrrhopyge sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pyrrhopygopsis Pyrrhopygopsis socrates<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pyrropyge Pyrropyge pelota<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pythonides Pythonides herennius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pythonides Pythonides jovianus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pythonides Pythonides lancea<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pythonides Pythonides limaea<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Pythonides Pythonides sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Quadrus Quadrus cerialis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Quadrus Quadrus jacobus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Quadrus Quadrus u-luci<strong>da</strong><br />

217


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Quasimellana Quasimellana eulogius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Quasimellana Quasimellana meridiani<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Quasimellana Quasimellana sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Quinta Quinta cannae<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Quinta Quinta locutia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Quinta Quinta sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Ran<strong>da</strong> Ran<strong>da</strong> sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Rekoa Rekoa malina<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Rekoa Rekoa marius<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Rekoa Rekoa meton<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Rekoa Rekoa palegon<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Rekoa Rekoa sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Rekoa Rekoa stagira<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Remella Remella remus<br />

Pieri<strong>da</strong>e Phoebis Rhabdodryas trite<br />

Riodini<strong>da</strong>e Rhetus Rhetus arcius<br />

Riodini<strong>da</strong>e Rhetus Rhetus periander<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Ridens Ridens fulima<br />

Riodini<strong>da</strong>e Riodina Riodina lycisca<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Salatis Salatis salatis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Saliana Saliana fusta<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Saliana Saliana longirostris<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Saliana Saliana mamurra<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Saliana Saliana sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Saliana Saliana triangularis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Sarbia Sarbia <strong>da</strong>mippe<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Sarbia Sarbia xantippe<br />

Riodini<strong>da</strong>e Sarota Sarota chrysus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Sarota Sarota sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Saturnus Saturnus metonidia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Saturnus Saturnus reticulata<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Saturnus Saturnus sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Sca<strong>da</strong> Sca<strong>da</strong> karschina<br />

Api<strong>da</strong>e Scaptotrigona Scaptotrigona xanthotricha<br />

Schizogenius ocellatus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Sea Sea sophronia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Siderone Siderone galanthis<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Siderus Siderus philinna<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Siproeta Siproeta epaphus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Siproeta Siproeta stelenes<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Smyrna Smyrna blomfildia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e So<strong>da</strong>lia So<strong>da</strong>lia coler<br />

Hesperi<strong>da</strong>e So<strong>da</strong>lia So<strong>da</strong>lia dimassa<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Sophista Sophista aristoteles<br />

218


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Sophista Sophista latifasciata<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Sostrata Sostrata bifasciata<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Sostrata Sostrata cronion<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Spathilepia Spathilepia clonius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Spioniades Spioniades artemides<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Splendeuptychia Splendeuptychia ambra<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Splendeuptychia Splendeuptychia cosmophila<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Splendeuptychia Splendeuptychia doxes<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Splendeuptychia Splendeuptychia hygina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Splendeuptychia Splendeuptychia libitina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Splendeuptychia Splendeuptychia sp<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Splendeuptychia Splendeuptychia sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Staphylus Staphylus ascalon<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Staphylus Staphylus chlorocephala<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Staphylus Staphylus incisus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Staphylus Staphylus malangon<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Staphylus Staphylus melangon<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Staphylus Staphylus minor<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Staphylus Staphylus sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Stichelia Stichelia bocchoris<br />

Riodini<strong>da</strong>e Stichelia Stichelia dukinfieldii<br />

Riodini<strong>da</strong>e Stichelia Stichelia sp<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strephonota Strephonota elika<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strephonota Strephonota sphinx<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strephonota Strephonota tephraeus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon albata<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon astiocha<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon bazochii<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon bubastus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon cardus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon cestri<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon crambusa<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon eurytulus<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon legota<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon megara<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon mulucha<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon oreala<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon serapio<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon yojoa<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Strymon Strymon ziba<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Symbiopsis Symbiopsis lenitas<br />

Riodini<strong>da</strong>e Symmachia Symmachia basilissa<br />

Riodini<strong>da</strong>e Symmachia Symmachia leopardinum<br />

219


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Riodini<strong>da</strong>e Symmachia Symmachia sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Synale Synale hylaspes<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Synapte Synapte malitiosa<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Synapte Synapte silius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Synapte Synapte sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Synargis Synargis axenus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Synargis Synargis calyce<br />

Riodini<strong>da</strong>e Synargis Synargis galena<br />

Riodini<strong>da</strong>e Synargis Synargis paulistina<br />

Riodini<strong>da</strong>e Synargis Synargis phliasus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Syrmatia Syrmatia nyx<br />

Riodini<strong>da</strong>e Syrmatia Syrmatia sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Taydebis Taydebis peculiaris<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Taygetis Taygetis acuta<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Taygetis Taygetis kerea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Taygetis Taygetis laches<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Taygetis Taygetis rectifascia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Taygetis Taygetis rufomarginata<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Taygetis Taygetis thamyra<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Taygetis Taygetis tripunctata<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Taygetis Taygetis virgilia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Taygetis Taygetis yphthima<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Tegosa Tegosa claudina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Tegosa Tegosa orobia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Telemiades Telemiades amphion<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Telemiades Telemiades laogonus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Telemiades Telemiades sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Telemiades Telemiades squan<strong>da</strong><br />

Hesperi<strong>da</strong>e Telemiades Telemiades vespasius<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Telenassa Telenassa teletusa<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Temecla Temecla paron<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Temenis Temenis laothoe<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Thaeides Thaeides theia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thargella Thargella caura<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thargella Thargella evansi<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Theagenes Theagenes dichrous<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Theagenes Theagenes sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Thecla Thecla sp.<br />

Pieri<strong>da</strong>e Theochila Theochila maenacte<br />

Riodini<strong>da</strong>e Theope Theope lycaenina<br />

Riodini<strong>da</strong>e Theope Theope nycteis<br />

Riodini<strong>da</strong>e Theope Theope sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Theope Theope terambus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Theope Theope thestias<br />

220


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Theritas Theritas deniva<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Theritas Theritas hemon<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Theritas Theritas triquetra<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thespieus Thespieus abatira<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thespieus Thespieus aspernatus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thespieus Thespieus <strong>da</strong>lman<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thespieus Thespieus ethemides<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thespieus Thespieus himella<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thespieus Thespieus sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thespieus Thespieus vividus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thespieus Thespieus xarippe<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Thestius Thestius azaria<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Thestius Thestius oreala<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Thisbe Thisbe irenea<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thoon Thoon aethus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thracides Thracides cleanthes<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thracides Thracides nanea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Thyridia Thyridia psidii<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Timocreon Timocreon satyrus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Tirynthia Tirynthia conflua<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Tisias Tisias lesueur<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Tithorea Tithorea harmonia<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Tmolus Tmolus echion<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Trina Trina geometrina<br />

Trogolaphysa aelleni<br />

Trogolaphysa hauseri<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Typhe<strong>da</strong>nus Typhe<strong>da</strong>nus crameri<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Typhe<strong>da</strong>nus Typhe<strong>da</strong>nus stylites<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Typhe<strong>da</strong>nus Typhe<strong>da</strong>nus undulatus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Udranomia Udranomia kikkawai<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Udranomia Udranomia sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Udranomia Udranomia spitzii<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus albimargo<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus belli<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus chalco<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus cindra<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus dorantes<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus doryssus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus esma<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus esmeraldus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus esta<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus evenus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus procne<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus pronta<br />

221


ANEXO 1<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus pronus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus proteus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus simplicius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus tanna<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus teleus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus velinus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Urbanus Urbanus virescens<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vacerra Vacerra bonfilius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vacerra Vacerra caniola<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vacerra Vacerra evansi<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Vanessa Vanessa brasiliensis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Vanessa Vanessa carye<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Vanessa Vanessa myrinna<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vehilius Vehilius celeus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vehilius Vehilius clavicula<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vehilius Vehilius inca<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vehilius Vehilius sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vehilius Vehilius stictomenes<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vertica Vertica verticalis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vettius Vettius artona<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vettius Vettius diversa<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vettius Vettius fantasos<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vettius Vettius lafresnaye<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vettius Vettius lucretius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vettius Vettius marcus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vettius Vettius phyllus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vettius Vettius sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vidius Vidius sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vinius Vinius letis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Vinius Vinius sp.<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Viola Viola minor<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Viola Viola violella<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Virga Virga austrinus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Virga Virga silvanus<br />

Riodini<strong>da</strong>e Voltinia Voltinia sanarita<br />

Riodini<strong>da</strong>e Voltinia Voltinia sejanus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Wallengrenia Wallengrenia otho<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Wallengrenia Wallengrenia premnas<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Wallengrenia Wallengrenia sp.<br />

Riodini<strong>da</strong>e Xenandra Xenandra heliodes dibapha<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Xeniades Xeniades chalestra<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Xeniades Xeniades etho<strong>da</strong><br />

Hesperi<strong>da</strong>e Xeniades Xeniades orchamus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Xenophanes Xenophanes tryxus<br />

222


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Insecta<br />

Família Gênero Espécie<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Xispia Xispia satyrus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Xispia Xispia sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Yphthimoides Yphthimoides affinis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Yphthimoides Yphthimoides angularis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Yphthimoides Yphthimoides borasta<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Yphthimoides Yphthimoides celmis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Yphthimoides Yphthimoides ochracea<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Yphthimoides Yphthimoides renata<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Yphthimoides Yphthimoides sp.<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Yphthimoides Yphthimoides sp2<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Yphthimoides Yphthimoides yphthima<br />

Bombyci<strong>da</strong>e Zanola Zanola verago<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Zaretis Zaretis itys<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Zariaspes Zariaspes mys<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Zenis Zenis jebus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Zera Zera hyacinthinus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Zera Zera sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Ziegleria Ziegleria hesperitis<br />

Colleti<strong>da</strong>e Zikanapis Zikanapis seabrai<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Zischkaia Zischkaia pacarus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Zischkaia Zischkaia saundersii<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Zischkaia Zischkaia sp.<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Zizula Zizula cyna<br />

Hesperii<strong>da</strong>e Zonia Zonia zonia diabo<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Zopyrion Zopyrion evenor<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote alalia<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Actinote Actinote conspicua<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Agrias Agrias claudina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Amphidecta Amphidecta reynoldsi<br />

Riodini<strong>da</strong>e Aricoris Aricoris colchis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Dyscophellus Dyscophellus ramusis<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Elbella Elbella blan<strong>da</strong><br />

Hesperi<strong>da</strong>e Elbella Elbella lamprus<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Elbella Elbella luteizona<br />

Lycaeni<strong>da</strong>e Hyphilaria Hyphilaria parthenis<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Penetes Penetes pamphanis<br />

Riodini<strong>da</strong>e Perophthalma Perophthalma tullius<br />

Pieri<strong>da</strong>e Pieriballia Pieriballia viardi<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Propertius Propertius propertius<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Sarbia Sarbia xantippe<br />

Riodini<strong>da</strong>e Sarota Sarota chrysus<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Sca<strong>da</strong> Sca<strong>da</strong> karschina<br />

Nymphali<strong>da</strong>e Sea Sea sophronia<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Thracides Thracides nanea<br />

Hesperi<strong>da</strong>e Timocreon Timocreon satyrus<br />

223


ANEXO 1<br />

Mamíferos<br />

Família Gênero Espécie<br />

Ateli<strong>da</strong>e Alouatta Alouatta caraya<br />

Cervi<strong>da</strong>e Blastocerus Blastocerus dichotomus<br />

Ateli<strong>da</strong>e Brachyteles Brachyteles arachnoides<br />

Dasypodi<strong>da</strong>e Cabassous Cabassous unicinctus<br />

Pithecii<strong>da</strong>e Callicebus Callicebus personatus<br />

Callithrichi<strong>da</strong>e Callithrix Callithrix aurita<br />

Callithrichi<strong>da</strong>e Callithrix Callithrix penicillata<br />

Phyllostomi<strong>da</strong>e Chiroderma Chiroderma doriae<br />

Cani<strong>da</strong>e Chrysocyon Chrysocyon brachyurus<br />

Dasyprocti<strong>da</strong>e Dasyprocta Dasyprocta azarae<br />

Vespertilioni<strong>da</strong>e Lasiurus Lasiurus ebenus<br />

Callithrichi<strong>da</strong>e Leontopithecus Leontopithecus caissara<br />

Callithrichi<strong>da</strong>e Leontopithecus Leontopithecus chrysopygus<br />

Feli<strong>da</strong>e Leopardus Leopardus par<strong>da</strong>lis<br />

Feli<strong>da</strong>e Leopardus Leopardus tigrinus<br />

Feli<strong>da</strong>e Leopardus Leopardus wiedii<br />

Cervi<strong>da</strong>e Mazama Mazama nana<br />

Didelphi<strong>da</strong>e Monodelphis Monodelphis rubi<strong>da</strong><br />

Didelphi<strong>da</strong>e Monodelphis Monodelphis scalops<br />

Didelphi<strong>da</strong>e Monodelphis Monodelphis sorex<br />

Didelphi<strong>da</strong>e Monodelphis Monodelphis unistriata<br />

Vespertilioni<strong>da</strong>e Myotis Myotis ruber<br />

Myrmecophagi<strong>da</strong>e Myrmecophaga Myrmecophaga tri<strong>da</strong>ctyla<br />

Cervi<strong>da</strong>e Ozotoceros Ozotoceros bezoarticus<br />

Feli<strong>da</strong>e Panthera Panthera onca<br />

Tayassui<strong>da</strong>e Pecari Pecari tajacu<br />

Muri<strong>da</strong>e Phaenomys Phaenomys ferrugineus<br />

Echimyi<strong>da</strong>e Phyllomys Phyllomys thomasi<br />

Phyllostomi<strong>da</strong>e Platyrrhinus Platyrrhinus recifinus<br />

Dasypodi<strong>da</strong>e Priodontes Priodontes maximus<br />

Feli<strong>da</strong>e Puma Puma concolor<br />

Muri<strong>da</strong>e Rhagomys Rhagomys rufescens<br />

Cani<strong>da</strong>e Speothos Speothos venaticus<br />

Tapiri<strong>da</strong>e Tapirus Tapirus terrestris<br />

Tayassui<strong>da</strong>e Tayassu Tayassu pecari<br />

Muri<strong>da</strong>e Wilfredomys Wilfredomys oenax<br />

Callitrichi<strong>da</strong>e Leontopithecus Leontopithecus caissara<br />

224


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Peixes<br />

Família Gênero Espécie<br />

Characi<strong>da</strong>e Astyanax Astyanax ribeirae<br />

Gymnoti<strong>da</strong>e Brachyhypopomus Brachyhypopomus jureiae<br />

Characi<strong>da</strong>e Brycon Brycon insignis<br />

Characi<strong>da</strong>e Brycon Brycon nattereri<br />

Characi<strong>da</strong>e Brycon Brycon opalinus<br />

Characi<strong>da</strong>e Brycon Brycon orbignyanus<br />

Characi<strong>da</strong>e Bryconamericus Bryconamericus microcephalus<br />

Rivuli<strong>da</strong>e Campellolebias Campellolebias dorsimaculatus<br />

Heptapteri<strong>da</strong>e Chasmocranus Chasmocranus brachynema<br />

Characi<strong>da</strong>e Coptobrycon Coptobrycon bilineatus<br />

Cichli<strong>da</strong>e Crenicichla Crenicichla iguapina<br />

Characi<strong>da</strong>e Deuterodon Deuterodon iguape<br />

Characi<strong>da</strong>e Glandulocau<strong>da</strong> Glandulocau<strong>da</strong> melanogenys<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Harttia Harttia kronei<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Hisonotus Hisonotus gibbosus<br />

Characi<strong>da</strong>e Hollandichthys Hollandichthys perstriatus<br />

Trichomycteri<strong>da</strong>e Homodiaetus Homodiaetus graciosa<br />

Erythrini<strong>da</strong>e Hoplias Hoplias lacer<strong>da</strong>e<br />

Characi<strong>da</strong>e Hyphessobrycon Hyphessobrycon duragenys<br />

Characi<strong>da</strong>e Hyphessobrycon Hyphessobrycon flammeus<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Hypostomus Hypostomus agna<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Hypostomus Hypostomus interruptus<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Isbrueckerichthys Isbrueckerichthys duseni<br />

Trichomycteri<strong>da</strong>e Ituglanis Ituglanis proops<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Kronichthys Kronichthys lacerta<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Kronichthys Kronichthys subteres<br />

Anostomi<strong>da</strong>e Leporinus Leporinus thayeri<br />

Trichomycteri<strong>da</strong>e Listrura Listrura camposi<br />

Trichomycteri<strong>da</strong>e Listrura Listrura nematopteryx<br />

Trichomycteri<strong>da</strong>e Microcambeva Microcambeva ribeirae<br />

Characi<strong>da</strong>e Mimagoniates Mimagoniates lateralis<br />

Characi<strong>da</strong>e Myleus Myleus tiete<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Neoplecostomus Neoplecostomus ribeirensis<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Otocinclus Otocinclus gibbosus<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Otothyris Otothyris juquiae<br />

Poecilii<strong>da</strong>e Phallotorynus Phallotorynus fasciolatus<br />

Poecilii<strong>da</strong>e Phallotorynus Phallotorynus jucundus<br />

Heptapteri<strong>da</strong>e Pimelodella Pimelodella kronei<br />

Heptapteri<strong>da</strong>e Pimelodella Pimelodella transitoria<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Pseudotocinclus Pseudotocinclus juquiae<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Pseudotocinclus Pseudotocinclus tietensis<br />

Heptapteri<strong>da</strong>e Rhamdiopsis Rhamdiopsis microcephala<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Rineloricaria Rineloricaria kronei<br />

Callichthyi<strong>da</strong>e Scleromystax Scleromystax prionotos<br />

225


ANEXO 1<br />

Peixes<br />

Família Gênero Espécie<br />

Characi<strong>da</strong>e Spintherobolus Spintherobolus broccae<br />

Characi<strong>da</strong>e Spintherobolus Spintherobolus leptoura<br />

Characi<strong>da</strong>e Spintherobolus Spintherobolus papilliferus<br />

Pimelodi<strong>da</strong>e Stein<strong>da</strong>chneridion Stein<strong>da</strong>chneridion <strong>para</strong>hybae<br />

Pimelodi<strong>da</strong>e Stein<strong>da</strong>chneridion Stein<strong>da</strong>chneridion scripta<br />

Apteronoti<strong>da</strong>e Sternarchorhynchus Sternarchorhynchus britskii<br />

Trichomycteri<strong>da</strong>e Trichogenes Trichogenes longipinnis<br />

Trichomycteri<strong>da</strong>e Trichomycterus Trichomycterus paolence<br />

Characi<strong>da</strong>e Aphyocheirodon Aphyocheirodon hemigrammus<br />

Loricarii<strong>da</strong>e Hypostomus Hypostomus fluviatilis<br />

Anostomi<strong>da</strong>e Leporinus Leporinus aguapeiensis<br />

Poecilii<strong>da</strong>e Phalloptychus Phalloptychus januarius<br />

Apteronoti<strong>da</strong>e Tembeassu Tembeassu marauna<br />

Trichomycteri<strong>da</strong>e Trichomycterus Trichomycterus alternatus<br />

Trichomycteri<strong>da</strong>e Trichomycterus Trichomycterus diabolus<br />

Trichomycteri<strong>da</strong>e Trichomycterus Trichomycterus proops<br />

Trichomycteri<strong>da</strong>e Trichomycterus Trichomycterus triguttatus<br />

226


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Lista de<br />

Espécies-Alvo<br />

Répteis<br />

Família Gênero Espécie<br />

Amphisbaeni<strong>da</strong>e Amphisbaena Amphisbaena sanctaeritae<br />

Colubri<strong>da</strong>e Apostolepis Apostolepis goiasensis<br />

Colubri<strong>da</strong>e Atractus Atractus zebrinus<br />

Viperi<strong>da</strong>e Bothrops Bothrops alcatraz<br />

Viperi<strong>da</strong>e Bothrops Bothrops alternatus<br />

Viperi<strong>da</strong>e Bothrops Bothrops cotiara<br />

Viperi<strong>da</strong>e Bothrops Bothrops fonsecai<br />

Viperi<strong>da</strong>e Bothrops Bothrops insularis<br />

Viperi<strong>da</strong>e Bothrops Bothrops itapetiningae<br />

Alligatori<strong>da</strong>e Caiman Caiman latirostris<br />

Gymnophthalmi<strong>da</strong>e Colobo<strong>da</strong>ctylus Colobo<strong>da</strong>ctylus taunayi<br />

Boi<strong>da</strong>e Corallus Corallus cropanii<br />

Colubri<strong>da</strong>e Dipsas Dipsas albifrons<br />

Gymnophthalmi<strong>da</strong>e Hetero<strong>da</strong>ctylus Hetero<strong>da</strong>ctylus imbricatus<br />

Iguani<strong>da</strong>e Hoplocercus Hoplocercus spinosus<br />

Cheli<strong>da</strong>e Hydromedusa Hydromedusa maximiliani<br />

Rhineuri<strong>da</strong>e Leposternon Leposternon microcephalum<br />

Colubri<strong>da</strong>e Liophis Liophis atraventer<br />

Colubri<strong>da</strong>e Phalotris Phalotris multipunctatus<br />

227


CAPÍTULO 1<br />

228


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Introdução<br />

a n e x o<br />

2<br />

Instituições<br />

participantes<br />

Autores dos<br />

Capítulos<br />

229


ANEXO 2<br />

Instituições Participantes<br />

Centro de Estudos Ornitológicos (CEO)<br />

Caixa Postal 6.532, 05402-970, São Paulo, SP<br />

Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA)<br />

Rua Romeu Tórtima, 388, Barão Geraldo, 13084-520, Campinas, SP<br />

Fun<strong>da</strong>ção <strong>para</strong> a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo (FF)<br />

Rua do Horto 931, Horto Florestal, 02377-000, São Paulo, SP<br />

www.fflorestal.sp.gov.br<br />

Instituto Agronômico de Campinas<br />

Av. Barão de Itapura – Caixa Postal 28, 13012-978 Campinas, SP<br />

Instituto de Botânica<br />

Caixa Postal 3005, 01061-970, São Paulo, SP<br />

Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ)<br />

Rod. D. Pedro I, km 47, Caixa Postal 47, 12960-000, Nazaré Paulista, SP<br />

Instituto Florestal (IF)<br />

Rua do Horto 931, Horto Florestal, 02377-000, São Paulo, SP<br />

http://www.iflorestal.sp.gov.br/<br />

Socie<strong>da</strong>de <strong>para</strong> a Conservação <strong>da</strong>s Aves do Brasil/BirdLife International (SAVE Brasil)<br />

Rua Fernão Dias, 219 Cj. 2, Pinheiros, 05427-010, São Paulo, SP<br />

The Nature Conservancy (TNC) -<br />

Alame<strong>da</strong> Julia <strong>da</strong> Costa, 1240, Bigorrilho, 80730-070, Curitiba, PR<br />

Departamento de Ciências Biológicas - Centro de Informática do Campus “Luiz de Queiroz”<br />

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universi<strong>da</strong>de de São Paulo (USP)<br />

Av. Pádua Dias, 11 CP9, Piracicaba SP 13418-900<br />

Departamento de Biologia, Facul<strong>da</strong>de de Filosofia, Ciências e Letras,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo (USP), Campus de Ribeirão Preto<br />

Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo (USP)<br />

Caixa Postal 11.461, 05422-970, São Paulo, SP<br />

Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo (MZUSP)<br />

Av. Nazaré, 481, Ipiranga, 04263-000, São Paulo, SP<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo (USP)<br />

Rua do Matão, Travessa 14, s/n, Ci<strong>da</strong>de Universitária, 05508-090, São Paulo, SP<br />

Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo (USP)<br />

Rua do Matão, 277 - Caixa Postal 11461, 05422-970, Ci<strong>da</strong>de Universitária - Butantã - SP<br />

230


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Instituições<br />

participantes<br />

e Autores dos<br />

Capítulos<br />

Departamento de Biologia, Instituto Básico de Biociências (IBB),<br />

Universi<strong>da</strong>de de Taubaté (UNITAU)<br />

Av. Tiradentes, 500, Jardim <strong>da</strong>s Nações, 12030-180, Taubaté, SP<br />

Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia (IB),<br />

Universi<strong>da</strong>de Estadual de Campinas (UNICAMP)<br />

Ci<strong>da</strong>de Universitária, Barão Geraldo, 13083-970, Campinas, SP<br />

Departamento de Botânica, Instituto de Biologia (IB),<br />

Universi<strong>da</strong>de Estadual de Campinas (UNICAMP)<br />

Ci<strong>da</strong>de Universitária, Barão Geraldo, 13083-970, Campinas, SP<br />

Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista (UNESP), Campus de Assis.<br />

Av. Dom Antonio, 2100 - Parque Universitário, Assis, SP - 19806-900 - CP65<br />

Departamento de Ciências Biológicas, Facul<strong>da</strong>de de Ciências,<br />

Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista (UNESP), Campus de Bauru.<br />

Av. Eng. Luiz Edmundo C. Coube, 14-01, Bauru, SP 17033-360<br />

Instituto de Biociências, Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista (UNESP), Campus de Rio Claro Caixa<br />

Postal 199, Av. 24-A, 1515, 13506-900, Rio Claro, SP<br />

Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE),<br />

Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista (UNESP) Campus de São José do Rio Preto<br />

R. Cristóvão Colombo, nº 2265, Jardim Nazareth, 15054-000, São José do Rio Preto, SP<br />

Departamento de Biologia, Universi<strong>da</strong>de Federal de Alfenas (UNIFAL)<br />

R. Gabriel Monteiro <strong>da</strong> Silva, 714, 37130-000, Alfenas, MG<br />

Universi<strong>da</strong>de Federal de São Carlos (UFSCar), Campus de Sorocaba<br />

Caixa Postal 3.031, 18043-970, Sorocaba, SP<br />

Fun<strong>da</strong>ção Parque Zoológico de São Paulo<br />

Aveni<strong>da</strong> Miguel Stéfano, 4241 - Água Fun<strong>da</strong> - São Paulo - SP - CEP: 04301-905<br />

Centro Nacional de Pre<strong>da</strong>dores - CENAP- Instituto Chico Mendes - ICMBio<br />

Aveni<strong>da</strong> dos Bandeirantes, s/n - Balneário Municipal - Cep: 12941-680 - Atibaia-SP -<br />

Fone: (11) 4411-6744<br />

Associação Pró-Muriqui<br />

info@promuriqui.org.br<br />

Conservação Internacional (CI - Brasil)<br />

Av. Getúlio Vargas, 1300 – 7º an<strong>da</strong>r – Belo Horizonte . MG . Brasil CEP 30112-021<br />

Facul<strong>da</strong>des Metropolitanas de Campinas (METROCAMP) Campus I<br />

Av. Júlio de Mesquita, 840 - Cambuí -Campinas<br />

Instituto Butantan<br />

Av. Dr. Vital Brazil, 1500, 05503-900, São Paulo, SP<br />

231


ANEXO 2<br />

Secretaria de Biodiversi<strong>da</strong>de e Florestas (SBF), Ministério do Meio Ambiente (MMA)<br />

Esplana<strong>da</strong> dos Ministérios, Bloco B, 7 o an<strong>da</strong>r, Gabinete, 70068-900, Brasília DF<br />

Laboratório de Ecologia de Paisagens e Conservação - LEPaC<br />

Instituto de Biociências - Universi<strong>da</strong>de de São Paulo (USP)<br />

Rua do Matão, travessa 14, 321 - Ci<strong>da</strong>de Universitária - 05508- 900 - São Paulo SP<br />

Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA-USP<br />

Av. Centenário, 303 - CP 96 - 13400-970 - Piracicaba, SP<br />

Instituto VIDÁGUA<br />

Av. Cruzeiro do Sul, 26-40, Jardim Carolina, 17032-000, Bauru, SP<br />

Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais - DEPRN<br />

Av. Professor Frederico Hermann Jr., 345 - 05459-900 São Paulo SP<br />

Associação Mico-leão-dourado - AMLD<br />

Caixa Postal 109/968, Casimiro de Abreu, 28960-970 RJ<br />

Universi<strong>da</strong>de de Ribeirão Preto - UNAERP<br />

Av. Costábile Romano, 2201 - Ribeirânia - 14096-900 Ribeirão Preto - SP<br />

Centro Universitário Fiéo - UNIFEO<br />

Av. Franz Voegeli, 300 - 06020-190 Osasco SP<br />

World Wildlife Foun<strong>da</strong>tion - WWF<br />

SHIS EQ QL 6/8 Conjunto E, 71620-430 Brasília DF<br />

232


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Instituições<br />

participantes<br />

e Autores dos<br />

Capítulos<br />

Autores dos<br />

Capítulos<br />

233


ANEXO 2<br />

Autores dos Capítulos<br />

Capítulos Autor Vínculo Institucional e-mail<br />

1 Introdução Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

Departamento de Ciências Biológicas, Escola Superior de<br />

Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

rrr@esalq.usp.br<br />

1 Introdução Vera Lucia Ramos Bononi Instituto de Botânica vbononi@uol.com.br<br />

2 Meio físico e aspectos <strong>da</strong> fragmentação<br />

Recursos Naturais do Estado de São Paulo<br />

2 Meio físico e aspectos <strong>da</strong> fragmentação<br />

Recursos Naturais do Estado de São Paulo<br />

2 Meio físico e aspectos <strong>da</strong> fragmentação<br />

Recursos Naturais do Estado de São Paulo<br />

Marco Aurélio Nalon<br />

Isabel Fernandes de Aguiar<br />

Mattos<br />

Geraldo Antônio Daher Corrêa<br />

Franco<br />

3 UCs em São Paulo Ana Fernandes Xavier<br />

3 UCs em São Paulo Beatriz Morais Bolzani<br />

3 UCs em São Paulo Sílvia Jordão<br />

4 Histórico do Programa BIOTA/FAPESP Carlos Alfredo Joly<br />

4 Histórico do Programa BIOTA/FAPESP Lilian Casatti<br />

4 Historico do Programa BIOTA/FAPESP Maria Cecília Wey de Brito<br />

Seção de Manejo e Inventário Florestal, Divisão de Dasonomia,<br />

Instituto Florestal<br />

Seção de Introdução, Divisão de Dasonomia, Instituto Florestal<br />

Seção de Ecologia Florestal, Divisão de Dasonomia, Instituto<br />

Florestal<br />

Diretoria de Assistência Técnica, Fun<strong>da</strong>ção <strong>para</strong> a Conservação e<br />

a Produção Florestal do Estado de São Paulo<br />

Diretoria de Assistência Técnica, Fun<strong>da</strong>ção <strong>para</strong> a Conservação e<br />

a Produção Florestal do Estado de São Paulo<br />

Diretoria de Assistência Técnica, Fun<strong>da</strong>ção <strong>para</strong> a Conservação e<br />

a Produção Florestal do Estado de São Paulo<br />

Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual de Campinas<br />

Laboratório de Ictiologia, Departamento de Zoologia e Botânica,<br />

Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual Paulista, Campus de São José do Rio Preto<br />

Secretaria de Biodiversi<strong>da</strong>de e Florestas, Ministério do Meio<br />

Ambiente<br />

marconalon@uol.com.br<br />

imattos@iflorestal.sp.gov.br<br />

gfranco@iflorestal.sp.gov.br<br />

anax@fflorestal.sp.gov.br<br />

biabolzani@fflorestal.sp.gov.br<br />

silviajor<strong>da</strong>o2003@yahoo.com.br<br />

cjoly@unicamp.br<br />

lcasatti@ibilce.unesp.br<br />

cecilia.brito@mma.gov.br<br />

4 Histórico do Programa BIOTA/FAPESP Naércio Aquino Menezes Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo naercio@usp.br<br />

4 Histórico do Programa BIOTA/FAPESP Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

4 Histórico do Programa BIOTA/FAPESP Vanderlan S. Bolzani<br />

5 Procedimentos metodológicos Jean Paul Metzger<br />

5 Procedimentos metodológicos Gior<strong>da</strong>no Ciocheti<br />

5 Procedimentos metodológicos Leandro Reverberi Tambosi<br />

5 Procedimentos metodológicos Milton Cézar Ribeiro<br />

Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal, Departamento<br />

de Ciências Biológicas, Escola Superior de Agricultura “Luiz de<br />

Queiroz”, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Departamento de Química Orgânica, Instituto de Química,<br />

Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista, Campus de Araraquara<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

rrr@esalq.usp.br<br />

bolzaniv@mail.iq.unesp.br<br />

jpm@ib.usp.br<br />

gior<strong>da</strong>no@ib.usp.br<br />

letambosi@yahoo.com.br<br />

miltinho_astronauta@yahoo.<br />

com.br<br />

5 Procedimentos metodológicos Adriana Paese Conservação Internacional a.paese@conservation.org.br<br />

5 Procedimentos metodológicos<br />

Christiane Dall’Aglio-<br />

Holvorcem<br />

Consultora – Comissão BIOTA<br />

chrisholvorcem@mpc.com.br<br />

5 Procedimentos metodológicos Adriano Paglia Comservação Internacional a.paglia@conservation.org.br<br />

234


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Instituições<br />

participantes<br />

e Autores dos<br />

Capítulos<br />

5 Procedimentos metodológicos Angélica Midori Sugie<strong>da</strong><br />

5 Procedimentos metodológicos Marco Aurélio Nalon<br />

5 Procedimentos metodológicos Natália Macedo Ivanuskas<br />

5 Procedimentos metodológicos Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

Gerência de Desenvolvimento Sustentável, Diretoria de<br />

Assistência Técnica, Fun<strong>da</strong>ção <strong>para</strong> a Conservação e a Produção<br />

Florestal do Estado de São Paulo<br />

Seção de Manejo e Inventário Florestal, Divisão de Dasonomia,<br />

Instituto Florestal<br />

Seção de Ecologia Florestal, Divisão de Dasonomia, Instituto<br />

Florestal<br />

Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal, Departamento<br />

de Ciências Biológicas, Escola Superior de Agricultura “Luiz de<br />

Queiroz”, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

amidori@fflorestal.sp.gov.br<br />

marconalon@uol.com.br<br />

nivanaus@yahoo.com.br<br />

rrr@esalq.usp.br<br />

6.1 Mamíferos Marica Cecília Martins Kierulff Fun<strong>da</strong>ção Parque Zoológico de São Paulo kierulff@uol.com.br<br />

6.1 Mamíferos Beatriz de Mello Beisiegel<br />

Centro Nacional de Pesquisas <strong>para</strong> a Conservação dos<br />

Pre<strong>da</strong>dores Naturais, Instituto Chico Mendes de Conservação <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

beatriz@usp.br<br />

6.1 Mamíferos Ana Paula Carmignotto Universi<strong>da</strong>de Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba apcarmig@power.ufscar.br<br />

6.1 Mamíferos Daniela Milanelo Coutinho<br />

6.1 Mamíferos Gior<strong>da</strong>no Ciocheti<br />

Fun<strong>da</strong>ção <strong>para</strong> a Conservação e a Produção Florestal do Estado<br />

de São Paulo<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

<strong>da</strong>milanelo@yahoo.com.br<br />

gior<strong>da</strong>no@ib.usp.br<br />

6.1 Mamíferos Eduardo Humberto Ditt Instituto de Pesquisas Ecológicas eduditt@ipe.org.br<br />

6.1 Mamíferos Rafael Ruas Martins Instituto de Pesquisas Ecológicas rafael@ipe.org.br<br />

6.1 Mamíferos Fernando Lima Matos Instituto de Pesquisas Ecológicas phernando@ipe.org.br<br />

6.1 Mamíferos<br />

Alexandre T. Amaral<br />

Nascimento<br />

Instituto de Pesquisas Ecológicas<br />

alexandre@ipe.org.br<br />

6.1 Mamíferos Camila Nali Instituto de Pesquisas Ecológicas camilanali@yahoo.com.br<br />

6.1 Mamíferos Leandro Reverberi Tambosi<br />

6.1 Mamíferos Eleonore Zulnara Freire Setz<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual de Campinas<br />

letambosi@yahoo.com.br<br />

benson@unicamp.br<br />

6.1 Mamíferos Maurício Talebi Gomes Associação Pró-Muriqui talebi40@hotmail.com<br />

6.1 Mamíferos Ronaldo Gonçalvez Morato<br />

6.1 Mamíferos Carlos C. Alberts<br />

6.1 Mamíferos Juliana Vendrami<br />

6.1 Mamíferos Sandra Freitas<br />

Centro Nacional de Pesquisas <strong>para</strong> a Conservação dos<br />

Pre<strong>da</strong>dores Naturais, Instituto Chico Mendes de Conservação <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de<br />

Departamento de Ciências Biológicas, Universi<strong>da</strong>de Estadual<br />

Paulista, Campus de Assis<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

ronaldo@procarnivoros.org.br<br />

calberts@femanet.com.br<br />

juliana.lv@gmail.com<br />

sandra_biousp@yahoo.com.br<br />

6.1 Mamíferos Márcio Port-Carvalho Instituto Florestal portcar@gmail.com<br />

235


ANEXO 2<br />

6.1 Mamíferos Adriano Paglia Conservação Internacional - Brasil a.paglia@conservation.org.br<br />

6.1 Mamíferos Denise de Alemar Gaspar Facul<strong>da</strong>des Metropolitanas de Campinas denise@lexxa.com.br<br />

6.2 Aves Wesley Rodrigues Silva<br />

6.2 Aves Luís Fábio Silveira<br />

Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual de Campinas<br />

Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universi<strong>da</strong>de<br />

de São Paulo e Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

wesley@unicamp.br<br />

lfsilvei@usp.br<br />

6.2 Aves Alexandre Uezu Instituto de Pesquisas Ecológicas aleuezu@usp.br<br />

6.2 Aves Alexsander Zamorano Antunes<br />

6.2 Aves Angélica Midori Sugie<strong>da</strong><br />

Seção de Animais Silvestres, Divisão de Dasonomia, Instituto<br />

Florestal<br />

Gerência de Desenvolvimento Sustentável, Diretoria de<br />

Assistência Técnica, Fun<strong>da</strong>ção <strong>para</strong> a Conservação e a Produção<br />

Florestal do Estado de São Paulo<br />

alexanamrs@terra.com.br<br />

amidori@fflorestal.sp.gov.br<br />

6.2 Aves Érica Hasui Departamento de Biologia, Universi<strong>da</strong>de Federal de Alfenas ericahas@hotmail.com<br />

6.2 Aves Luís Fernando Figueiredo Centro de Estudos Ornitológicos luizfigueiredo@uol.com.br<br />

6.2 Aves Pedro Ferreira Develey<br />

6.3 Herpetofauna Denise de C. Rossa-Feres<br />

6.3 Herpetofauna Márcio Martins<br />

6.3 Herpetofauna<br />

Otavio Augusto Vuolo<br />

Marques<br />

6.3 Herpetofauna Itamar Alves Martins<br />

Socie<strong>da</strong>de <strong>para</strong> a Conservação <strong>da</strong>s Aves do Brasil/BirdLife<br />

International<br />

Departamento de Zoologia e Botânica, Instituto de Biociências,<br />

Letras e Ciências Exatas, Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista, Campus<br />

de São José do Rio Preto<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Laboratório de Herpetologia, Instituto Butantan<br />

Laboratório de Zoologia, Departamento de Biologia, Instituto<br />

Básico de Biociências, Universi<strong>da</strong>de de Taubaté<br />

pedro@savebrasil.org.br<br />

denise@ibilce.unesp.br<br />

jararaca@ib.usp.br<br />

otaviomarques@butantan.gov.br<br />

istama@uol.com.br<br />

6.3 Herpetofauna Ricardo J. Sawaya Laboratório de Herpetologia, Instituto Butantan sawaya@butantan.gov.br<br />

6.3 Herpetofauna<br />

Célio Fernando Baptista<br />

Had<strong>da</strong>d<br />

6.4 Peixes de água doce Lilian Casatti<br />

6.4 Peixes de água doce Francisco Langeani<br />

Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual Paulista, Campus de Rio Claro<br />

Laboratório de Ictiologia, Departamento de Zoologia e Botânica,<br />

Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual Paulista, Campus de São José do Rio Preto<br />

Laboratório de Ictiologia, Departamento de Zoologia e Botânica,<br />

Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual Paulista, Campus de São José do Rio Preto<br />

had<strong>da</strong>d@rc.unesp.br<br />

lcasatti@ibilce.unesp.br<br />

langeani@ibilce.unesp.br<br />

6.4 Peixes de água doce Naércio Aquino Menezes Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo naercio@usp.br<br />

6.4 Peixes de água doce Osvaldo Takeshi Oyakawa Museu de Zoologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo oyakawa@usp.br<br />

6.4 Peixes de água doce<br />

Francisco Manoel de Souza<br />

Braga<br />

6.5 Invertebrados André Victor Lucci Freitas<br />

Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual Paulista, Campus de Rio Claro<br />

Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual de Campinas<br />

fmsbraga@rc.unesp.br<br />

baku@unicamp.br<br />

6.5 Invertebrados Maria Virginia Urso-Guimarães Universi<strong>da</strong>de Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba virginia@power.ufscar.br<br />

6.5 Invertebrados Gustavo M. Accacio Consultor mechanitis@gmail.com<br />

236


<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> Conservação e Restauração <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de no Estado de São Paulo<br />

Instituições<br />

participantes<br />

e Autores dos<br />

Capítulos<br />

6.6 Fanerógamas Gisel<strong>da</strong> Durigan<br />

6.6 Fanerógamas<br />

Maria Candi<strong>da</strong> Henrique<br />

Mamede<br />

6.6 Fanerógamas Natalia Macedo Ivanauskas<br />

Estação Experimental e Ecológica de Assis, Divisão de Florestas e<br />

Estações Experimentais, Instituto Florestal<br />

Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica<br />

Seção de Ecologia Florestal, Divisão de Dasonomia, Instituto<br />

Florestal<br />

gisel<strong>da</strong>@femanet.com.br<br />

mcmamede@gmail.com<br />

nivanaus@yahoo.com.br<br />

6.6 Fanerógamas Marinez Ferreira de Siqueira Centro de Referência em Informação Ambiental marinez@cria.org.br<br />

6.6 Fanerógamas Carlos Alfredo Joly<br />

Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, Universi<strong>da</strong>de<br />

Estadual de Campinas<br />

cjoly@unicamp.br<br />

6.6 Fanerógamas Cláudio de Moura Divisão de Reservas e Parques Estaduais, Instituto Florestal claudio.jureia@iflorestal.sp.gov.br<br />

6.6 Fanerógamas Fábio de Barros Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica fdebarros@terra.com.br<br />

6.6 Fanerógamas Flaviana Maluf de Souza<br />

6.6 Fanerógamas<br />

6.6 Fanerógamas<br />

6.6 Fanerógamas<br />

Francisco Eduardo Silva Pinto<br />

Vilela<br />

Frederico Alexandre Roccia<br />

Dal Pozzo Arzolla<br />

Geraldo Antônio Daher Correa<br />

Franco<br />

Seção de Ecologia Florestal, Divisão de Dasonomia, Instituto<br />

Florestal<br />

Divisão de Reservas e Parques Estaduais, Instituto Florestal<br />

Divisão de Reservas e Parques Estaduais, Instituto Florestal<br />

Seção de Ecologia Florestal, Divisão de Dasonomia, Instituto<br />

Florestal<br />

flavianams@yahoo.com.br<br />

vilela@iflorestal.sp.gov.br<br />

fredericoarzolla@iflorestal.<br />

sp.gov.br<br />

gfranco@iflorestal.sp.gov.br<br />

6.6 Fanerógamas Inês Cordeiro Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica isandona@uol.com.br<br />

6.6 Fanerógamas Ingrid Koch Universi<strong>da</strong>de Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba ingrid@ufscar.br<br />

6.6 Fanerógamas João Batista Baitello<br />

6.6 Fanerógamas Julio Antônio Lombardi<br />

Seção de Madeira e Produtos Florestais, Divisão de Dasonomia,<br />

Instituto Florestal<br />

Instituto de Biociências, Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista, Campus<br />

de Rio Claro<br />

baitello@iflorestal.sp.gov.br<br />

cissus@rc.unesp.br<br />

6.6 Fanerógamas Letícia Ribes de Lima Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica lerilima@hotmail.com<br />

6.6 Fanerógamas Lucia G. Lohmann<br />

Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Universi<strong>da</strong>de<br />

de São Paulo<br />

llohmann@usp.br<br />

6.6 Fanerógamas Luis Carlos Bernacci<br />

Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Jardim Botânico, Instituto<br />

Agronômico de Campinas<br />

bernacci@iac.sp.gov.br<br />

6.6 Fanerógamas Marco Antônio de Assis<br />

Instituto de Biociências, Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista, Campus<br />

de Rio Claro<br />

massis@rc.unesp.br<br />

6.6 Fanerógamas Marcos Pereira Marinho Ai<strong>da</strong>r Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica mai<strong>da</strong>r@uol.com.br<br />

6.6 Fanerógamas<br />

Maria <strong>da</strong>s Graças Lapa<br />

Wanderley<br />

Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica<br />

mglwanderley@hotmail.com<br />

6.6 Fanerógamas Maria Teresa Zugliani Toniato<br />

Estação Experimental e Ecológica de Bauru, Divisão de Florestas e<br />

Estações Experimentais, Instituto Florestal<br />

mate@iflorestal.sp.gov.br<br />

6.6 Fanerógamas Milena Ribeiro The Nature Conservancy mribeiro@tnc.org<br />

6.6 Fanerógamas Milton Groppo<br />

6.6 Fanerógamas Osmar Cavassan<br />

6.6 Fanerógamas Paulo Takeo Sano<br />

Departamento de Biologia, Facul<strong>da</strong>de de Filosofia, Ciências e<br />

Letras, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo, Campus de Ribeirão Preto<br />

Departamento de Ciências Biológicas, Facul<strong>da</strong>de de Ciências,<br />

Universi<strong>da</strong>de Estadual Paulista, Campus de Bauru<br />

Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Universi<strong>da</strong>de<br />

de São Paulo<br />

groppo@ffclrp.usp.br<br />

cavassan@fc.unesp.br<br />

ptsano@usp.br<br />

237


ANEXO 2<br />

6.6 Fanerógamas Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

6.6 Fanerógamas Simey Thury Vieira Fisch<br />

Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal, Departamento<br />

de Ciências Biológicas, Escola Superior de Agricultura “Luiz de<br />

Queiroz”, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Departamento de Biologia, Instituto Básico de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de Taubaté<br />

rrr@esalq.usp.br<br />

simey@unitau.br<br />

6.6 Fanerógamas Suzana Ehlin Martins Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica suzanamartins@uol.com.br<br />

6.7 Criptógamas Jefferson Prado Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica jprado01@uol.com.br<br />

6.7 Criptógamas Marcelo Pinto Marcelli Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica mpmarcelli@msn.com<br />

6.7 Criptógamas<br />

Carlos Eduardo de Mattos<br />

Bicudo<br />

Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica<br />

cbicudo@terra.com.br<br />

6.7 Criptógamas Denise de Campos Bicudo Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica dbicudo@terra.com.br<br />

6.7 Criptógamas Adriana de Mello Gugliotta Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica agugliottaibot@yahoo.com.br<br />

6.7 Criptógamas Olga Yano Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica denilsonfp@yahoo.com.br<br />

6.7 Criptógamas Denilson Fernandes Peralta Divisão de Fitotaxonomia, Instituto de Botânica denilsonfp@yahoo.com.br<br />

6.8 Uso de Índices de Paisagem Jean Paul Metzger<br />

6.8 Uso de Índices de Paisagem Gior<strong>da</strong>no Ciocheti<br />

6.8 Uso de Índices de Paisagem Milton Cézar Ribeiro<br />

6.8 Uso de Índices de Paisagem Leandro Reverberi Tambosi<br />

7.1 Mapas-síntese <strong>da</strong>s diretrizes Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

7.1 Mapas-síntese <strong>da</strong>s diretrizes Jean Paul Metzger<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal, Departamento<br />

de Ciências Biológicas, Escola Superior de Agricultura “Luiz de<br />

Queiroz”, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

Laboratório de Ecologia <strong>da</strong> Paisagem e Conservação,<br />

Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências,<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

jpm@ib.usp.br<br />

gior<strong>da</strong>no@ib.usp.br<br />

miltinho_astronauta@yahoo.<br />

com.br<br />

letambosi@yahoo.com.br<br />

rrr@esalq.usp.br<br />

jpm@ib.usp.br<br />

7.2 Gestão Ambiental Vera Lucia Ramos Bononi Instituto de Botânica vbononi@uol.com.br<br />

7.2 Gestão Ambiental Roberto U. Rezende<br />

7.2 Gestão Ambiental Helena Carrascosa Von Glehn<br />

Departamento de Projetos <strong>da</strong> Paisagem, Secretaria de Meio<br />

Ambiente<br />

Coordenadoria de Licenciamento Ambiental e de Proteção de<br />

Recursos Naturais<br />

robertoresende@sp.gov.bt<br />

sma.hcarrascosa@cetesb.<br />

sp.gov.br<br />

8 Conclusões Vera Lucia Ramos Bononi Instituto de Botânica vbononi@uol.com.br<br />

8 Conclusões Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal, Departamento<br />

de Ciências Biológicas, Escola Superior de Agricultura “Luiz de<br />

Queiroz”, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo<br />

rrr@esalq.usp.br<br />

238


Participantes dos Workshops<br />

Coordenação Geral<br />

Ricardo Ribeiro Rodrigues..................... Coordenação BIOTA (ESALQ-USP)<br />

Carlos Alfredo Joly................................. Coordenação BIOTA (UNICAMP)<br />

Maria Cecília Wey de Brito.................... Coordenação BIOTA (MMA)<br />

Adriana Paese........................................ Conservação Internacional (CI-Brasil)<br />

Jean Paul Metzger.................................. LEPaC – IB/ USP<br />

Lilian Casatti......................................... Coordenação BIOTA (UNESP)<br />

Marco Aurélio Nalon............................. Instituto Florestal<br />

Naércio Menezes.................................. Coordenação BIOTA (MZUSP)<br />

Natália Macedo Ivanauskas................... Instituto Florestal<br />

Vanderlan Bolzani................................. Coordenação BIOTA (UNESP)<br />

Vera Lucia Ramos Bononi...................... Diretora – Instituto de Botânica<br />

Coordenação Técnica Executiva<br />

Christiane Dall’Aglio-Holvorcem (org.).. Consultora – Comissão BIOTA<br />

Adriano Paglia....................................... Conservação Internacional<br />

Angélica Midori Sugie<strong>da</strong>....................... Fun<strong>da</strong>ção Florestal<br />

Gior<strong>da</strong>no Ciocheti................................. LEPaC – IB/USP<br />

Gisel<strong>da</strong> Durigan.................................... Instituto Florestal<br />

Leandro Reverberi Tambosi.................... LEPaC – IB/USP<br />

Letícia Ribes de Lima............................ Instituto de Botânica<br />

Milton Cezar Ribeiro............................. LEPaC – IB/USP<br />

Vânia Regina Pivello............................. LEPaC – IB/USP<br />

Colaboradores<br />

Alexandre Marino................................. CRIA<br />

Alexsander Zamorano Antunes.............. Instituto Florestal<br />

Ana Fernandes Xavier............................ Fun<strong>da</strong>ção Florestal<br />

Ciro Koiti Matsukuma ........................... Instituto Florestal<br />

Daniela Milanelo Coutinho................... Fun<strong>da</strong>ção Florestal<br />

Eduardo Pereira Lustosa......................... Fun<strong>da</strong>ção Florestal<br />

Gerd Sparovek....................................... ESALQ USP<br />

José Salatiel Rodrigues Pires.................. UFSCar – São Carlos<br />

Luiz Antônio Martinelli.......................... CENA USP – Piracicaba<br />

Marinez Siqueira .................................. CRIA<br />

Mônica Pavão ....................................... Instituto Florestal


Organização do Banco de Dados<br />

Adriana Paese (org.)............................... Conservação Internacional<br />

Christiane Dall’Aglio-Holvorcem (org.).. Consultora – Comissão BIOTA<br />

Gior<strong>da</strong>no Ciocheti (org.)........................ LEPaC – IB/USP<br />

Milton Cesar Ribeiro (org.)..................... LEPaC – IB/USP<br />

Marcelo Zacarias <strong>da</strong> Silva (org.)............. CIAGRI – USP<br />

Anderson Luiz dos Santos...................... Bolsista – Instituto de Botânica<br />

Angélica Midori Sugie<strong>da</strong>....................... Fun<strong>da</strong>ção Florestal<br />

Carolina M. Cerisola............................. Estagiária – Instituto Florestal<br />

Daniela Minanelo Coutinho ................. Fun<strong>da</strong>ção Florestal<br />

Jane Delane Verona............................... Bolsista ESALQ – USP<br />

Júlia Câmara de Assis............................. Bolsista LEPaC – IB/USP<br />

Katija Dadoo......................................... Bolsista UNICAMP<br />

Reginaldo Sa<strong>da</strong>o Matsumoto................. Bolsista UNESP – São José do Rio Preto<br />

Rose Pereira Muniz de Souza................ Bolsista ESALQ – USP<br />

Coordenadores Temáticos<br />

Mamíferos<br />

Aves<br />

Herpetofauna<br />

Peixes<br />

Invertebrados<br />

Fanerógamas<br />

Criptógamas<br />

Maria Cecília Martins Kierulff ............... FPZSP<br />

Luís Fábio Silveira.................................. MZUSP<br />

Wesley Rodrigues Silva.......................... UNICAMP<br />

Denise de Cerqueira Rossa-Ferez........... UNESP – São José do Rio Preto<br />

Marcio Martins ..................................... USP – São Paulo<br />

Francisco Langeani Neto........................ UNESP – São José do Rio Preto<br />

Lilian Casatti.......................................... UNESP – São José do Rio Preto<br />

André Victor Lucci Freitas...................... UNICAMP<br />

Gustavo de Mattos Accácio.................... Consultor<br />

Gisel<strong>da</strong> Durigan.................................... Instituto Florestal<br />

Maria Cândi<strong>da</strong> Henrique Mamede......... Instituto de Botânica<br />

Jefferson Prado....................................... Instituto de Botânica<br />

Marcelo Pinto Marcelli.......................... Instituto de Botânica


Ecologia <strong>da</strong> Paisagem<br />

Jean Paul Metzger.................................. LEPaC – IB/USP<br />

Especialistas Temáticos<br />

Mamíferos<br />

Adriano Paglia....................................... Conservação Internacional<br />

Alexandre T. Amaral Nascimento........... IPÊ<br />

Ana Paula Carmignotto.......................... UFSCar – Sorocaba<br />

Beatriz de Mello Beisiegel..................... Instituto Chico Mendes<br />

Carlos C. Alberts.................................... UNESP – Assis<br />

Camila Nali........................................... IPÊ<br />

Daniela Milanelo Coutinho................... Fun<strong>da</strong>ção Florestal<br />

Denise de Alemar Gaspar...................... METROCAMP<br />

Eleonore Zulnara Freire Setz.................. UNICAMP<br />

Fernando Lima Matos............................ IPÊ<br />

Gior<strong>da</strong>no Ciocheti................................. LEPaC – IB/USP<br />

Juliana Vendrami (SIG)........................... LEPaC – IB/USP<br />

Leandro Reverberi Tambosi (SIG)........... LEPaC – IB/USP<br />

Luciano Martins Ver<strong>da</strong>de....................... ESALQ – USP<br />

Márcio Port Carvalho............................. Instituto Florestal<br />

Mario de Vivo........................................ USP – São Paulo<br />

Maurício Talebi Gomes.......................... Associação Pró-Muriqui<br />

Rafael Henrique Ruas Martins................ IPÊ<br />

Rinaldo Campanha................................ Fun<strong>da</strong>ção Florestal<br />

Rodrigo Agostinho................................. Instituto Vidágua<br />

Sandra Freitas (SIG)................................ LEPaC – IB/USP<br />

Aves<br />

Alexandre Uezu..................................... IPÊ<br />

Alexsander Zamorano Antunes.............. Instituto Florestal<br />

Angélica Midori Sugie<strong>da</strong>........................ Fun<strong>da</strong>ção Florestal<br />

Cláudia Terdinan Schaalmann................ DEPRN – Campinas<br />

Erica Hasui............................................ Universi<strong>da</strong>de Federal de Alfenas<br />

Luis Fernando Andrade Figueiredo......... CEO<br />

Maria Cecília Barbosa Toledo................ Universi<strong>da</strong>de de Taubaté<br />

Marina Mitsue Kanashiro (SIG).............. Instituto Florestal<br />

Mônica Pavão (SIG)................................ Instituto Florestal<br />

Pedro Ferreira Develey .......................... BirdLife International<br />

Rafael Sposito (SIG)............................... BirdLife International-CI<br />

Herpetofauna<br />

Cinthia Aguirre Brasileiro....................... UNESP – Rio Claro<br />

Cristiano Campos Nogueira................... Conservação Internacional


Cybele de Oliveira Araujo...................... Instituto Florestal<br />

Cynthia Peralta de Almei<strong>da</strong> Prado.......... UNESP – Rio Claro<br />

Denise Maria Peccinini Seale (in memoriam) USP – São Paulo<br />

Francisco Luis Franco............................. Instituto Butantan<br />

Gláucia Cortez Ramos de Paula ............ Instituto Florestal<br />

Itamar Alves Martins.............................. Universi<strong>da</strong>de de Taubaté<br />

Jorge Jim................................................ UNESP – Botucatu<br />

Otavio Augusto Vuolo Marques.............. Instituto Butantan<br />

Paula H. Valdujo.................................... MMA<br />

Paulo Christiano de Anchietta Garcia..... UMC<br />

Pedro Barbieri ....................................... Instituto Florestal<br />

Radenka F. Batistic................................. Instituto Butantan<br />

Ricardo Sawaya..................................... Instituto Butantan<br />

Sidney T. Rodrigues (SIG)....................... WWF<br />

Peixes<br />

Francisco Manoel de Souza Braga......... UNESP – Rio Claro<br />

Hubert Costa (SIG)................................. Instituto Florestal<br />

Marco Aurélio Nalon (SIG).................... Instituto Florestal<br />

Naércio Menezes................................... USP – São Paulo<br />

Oswaldo Takeshi Oyakawa.................... MZUSP<br />

Invertebrados<br />

Fanerógamas<br />

Fábio de Oliveira Roque........................ USP – Ribeirão Preto<br />

Keith S. Brown Jr.................................... UNICAMP<br />

Maria Vírginia Urso-Guimarães.............. UFSCar – Sorocaba<br />

Thais Olitta Basso (SIG).......................... LEPaC – IB/USP<br />

Vera Lucia Imperatriz Fonseca............... USP – São Paulo<br />

Ana Maria de Godoy Teixeira (SIG) ....... AMDL<br />

Anita Diederichsen (SIG)....................... TNC<br />

Carlos Alfredo Joly................................. UNICAMP<br />

Cláudio de Moura.................................. Instituto Florestal<br />

Fábio de Barros...................................... Instituto de Botânica<br />

Flaviana Maluf de Souza........................ Instituto Florestal<br />

Francisco Eduardo Silva Pinto Vilela...... Instituto Florestal<br />

Frederico Alexandre Arzolla................... Instituto Florestal<br />

Geraldo A.D.C. Franco........................... Instituto Florestal<br />

Inês Cordeiro......................................... Instituto de Botânica<br />

Ingrid Koch............................................ UFSCar – Sorocaba<br />

João Batista Baitello............................... Instituto Florestal<br />

Júlio Antônio Lombardi.......................... UNESP – Rio Claro


Letícia Ribes de Lima............................. Instituto Botânica<br />

Luis Carlos Bernacci.............................. IAC<br />

Marco Antonio de Assis......................... UNESP – Rio Claro<br />

Marcos Pereira Marinho Ai<strong>da</strong>r............... Instituto de Botânica<br />

Maria <strong>da</strong>s Graças Wanderley................. Instituto de Botânica<br />

Maria Teresa Zugliani Toniato................ Instituto Florestal<br />

Marinez Siqueira (SIG)........................... CRIA<br />

Milena Ribeiro (SIG).............................. TNC<br />

Milton Groppo Júnior............................ USP – Ribeirão Preto<br />

Natália Macedo Ivanauskas................... Instituto Florestal<br />

Osmar Cavassan.................................... UNESP – Bauru<br />

Paulo Takeo Sano................................... USP – São Paulo<br />

Ricardo Ribeiro Rodrigues..................... ESALQ – USP<br />

Simey Thury Vieira Fisch........................ Universi<strong>da</strong>de de Taubaté<br />

Suzana Ehlin Martins............................. Instituto de Botânica<br />

Criptógamas<br />

Adriana de Mello Gugliotta................... Instituto de Botânica<br />

Carlos Eduardo de M. Bicudo ............... Instituto de Botânica<br />

Ciro Koiti Matsukuma (SIG).................... Instituto Florestal<br />

Denilson Fernandes Peralta.................... Instituto de Botânica<br />

Denise de Campo Bicudo...................... Instituto de Botânica<br />

Ewerton Talpo (SIG)............................... Instituto Florestal<br />

Olga Yano.............................................. Instituto de Botânica<br />

Ecologia <strong>da</strong> Paisagem<br />

Adriana M. Z. Catojo R. Pires................ UFSCar – São Carlos<br />

Ana Fernandes Xavier............................ Fun<strong>da</strong>ção Florestal<br />

Ana Maria Soares Pereira....................... UNAERP – Ribeirão Preto<br />

Andrea de Castro Panizza...................... UFC<br />

Anita Diederichsen................................ TNC<br />

Carlos A. Scaramuzza............................ WWF<br />

Christiane Dall’Aglio-Holvorcem........... Consultora – Comissão BIOTA<br />

Fernan<strong>da</strong> Padovesi Fonseca.................... UNIFIEO<br />

Gior<strong>da</strong>no Ciocheti................................. LEPaC – IB/USP<br />

João Régis Guillaumon.......................... Instituto Florestal<br />

José Salatiel Rodrigues Pires................... UFSCar – São Carlos<br />

Leandro Reverberi Tambosi.................... LEPaC – IB/USP<br />

Milton Cezar Ribeiro (SIG)..................... LEPaC – IB/USP<br />

Oswaldo José Bruno.............................. Fun<strong>da</strong>ção Florestal<br />

Renata Ramos Mendonça...................... DEPRN – São Paulo<br />

Vânia Pivello......................................... LEPaC – IB/USP


crédito <strong>da</strong>s Imagens<br />

Capas:<br />

Pega<strong>da</strong>s de Panthera onca (Onça-pinta<strong>da</strong>) no Parque Intervales - foto Maurício Simonetti/Pulsar<br />

Parque Estadual Intervales - Marcio Lourenço/Pulsar<br />

Páginas 3 e 245:<br />

Batrachia, Hyla sp. - gravura de Ernst Haeckel<br />

Página 8:<br />

Ascomycetes, Erysiphe sp. - gravura de Ernst Haeckel<br />

Páginas 10-11:<br />

Lepidoptera - foto Clayton F. Lino<br />

Apocynaceae - foto Clayton F. Lino<br />

Página 14<br />

Bromeliaceae - Clayton F. Lino<br />

Páginas 14-15:<br />

Rio Aguapeí - foto Base Aerofotogrametria e Projetos S.A<br />

Página 22<br />

Megalobulimus sp - foto Clayton F. Lino<br />

Páginas 22-23<br />

Parque Estadual <strong>da</strong> Serra do Mar, Núcleo Picinguaba - foto Adriana Mattoso<br />

Página 43<br />

Paisagem paulista sem identificação - foto Walter Dionísio (Chuvisco)<br />

Página 44<br />

Imantodes censhoa - foto Ricardo J. Sawaya<br />

Páginas 44-45<br />

Parque Estadual Turístico Vale do Ribeira - PETAR - foto Clayton F. Lino<br />

Páginas 56-57<br />

Caesalpinia echinata (Pau-brasil) - foto José Jorge Neto<br />

Página 70 (<strong>da</strong> esquer<strong>da</strong> <strong>para</strong> direita)<br />

∙∙<br />

Syrigma sibilatrix (Maria-faceira) e Tamandua tetra<strong>da</strong>ctyla (Tamanduá-mirim) - fotos Angélica<br />

Sugie<strong>da</strong><br />

∙∙<br />

Peltaea polymorpha (Malva-do-Campo) e Arrabi<strong>da</strong>ea sp. - fotos João Baptista Baitello<br />

∙∙<br />

Deuterodon iguape - foto Cezar B. Nolasco<br />

∙∙<br />

Cyathea sp. (Xaxim), Tabebuia sp. (Ipê amarelo), Gonylepdi<strong>da</strong>e (Opilião) sobre Blechnum<br />

serrulatum (Samambaia) Tibouchina sp (Quaresmeira) - fotos Clayton F. Lino<br />

∙∙<br />

Panthera onca (Onça-pinta<strong>da</strong>) - foto Rogério Cunha de Paula<br />

∙∙<br />

Trachycephalus lepidus - foto M. Forlani<br />

Página 71 (<strong>da</strong> esquer<strong>da</strong> <strong>para</strong> direita)<br />

∙∙<br />

Trimezia juncifolia (Ruibarbo-amarelo) - foto João Baptista Baitello<br />

∙∙<br />

Lepidoptera e Ara ararauna (Arara-canindé) - fotos Angélica Sugie<strong>da</strong>


∙∙<br />

∙∙<br />

∙∙<br />

∙∙<br />

∙∙<br />

Lantana camara (Camará) e tronco com líquens - fotos Clayton F. Lino<br />

Kronichthys subteres - foto Cezar B. Nolasco<br />

Cariniana legalis (Jequitibá-rosa) - foto Leandro R. Tambosi<br />

Bothrops insulares (Jararaca-ilhoa) - foto Otávio A. V. Marques<br />

Hypsiboas albomarginatus (Perereca) - foto Ricardo J. Sawaya<br />

Página 72<br />

Chrysocyon brachyurus (Lobo-guará) - foto Rogério Cunha de Paula<br />

Página 77<br />

Rhea americana (Ema) - foto Angélica Sugie<strong>da</strong><br />

Página 82<br />

Diploglossus fasciatus (Lagarta) - Ricardo J. Sawaya<br />

Página 95<br />

Harttia garavelloi - foto Cezar B. Nolasco<br />

Página 99<br />

Actinote quadra (Borboleta) - foto André Victor<br />

Página 104<br />

Tabebuia sp. (Ipê-amarelo) - foto Clayton F. Lino<br />

Página 110<br />

Dicranopteris flexuosa - foto Mateus B. Paciência<br />

Página 122<br />

Paisagem paulista sem identificação - foto Leandro R. Tambosi<br />

Página 130<br />

Stereocycleops parkeri - foto Ricardo J. Sawaya<br />

Páginas 130-131<br />

Tronco com líquens - foto Marcelo Marcelli<br />

Página 132<br />

Hydnopolytorus fimbriatus - foto Marcos Sá<br />

Página 140<br />

Paisagem paulista sem identificação- foto Wan<strong>da</strong> Maldonado<br />

Ouratea spectabilis (Batiputá) - foto João Baptista Baitello<br />

Página 146<br />

Leontopthecus caissara - (Mico-leão-<strong>da</strong>-cara-preta) - foto Alexandre Nascimento<br />

Páginas 146-147<br />

Ninho de pássaro e Lepidoptera Sphingi<strong>da</strong>e - foto Clayton F. Lino<br />

Página 150:<br />

Ammoniti<strong>da</strong>, Ammonites sp. - gravura de Ernst Haeckel<br />

Página 151:<br />

Cyatheaceae - foto Clayton F. Lino


Ficha catalográfica elabora<strong>da</strong> pela Seção<br />

de Biblioteca do Instituto de Botânica<br />

Rodrigues, R.R. ; Bononi, V.L.R., orgs.<br />

<strong>Diretrizes</strong> <strong>para</strong> conservação e restauração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de no<br />

Estadode São Paulo / Ricardo Ribeiro Rodrigues; Vera Lucia Ramos<br />

Bononi -- São Paulo : Instituto de Botânica, 2008.<br />

248p. : il.<br />

ISBN 978-85-7523-022-0<br />

1. Biodiversi<strong>da</strong>de. 2. Meio Ambiente. I. Título<br />

CDU 581.5


diretrizes <strong>para</strong><br />

a conservação e<br />

restauração <strong>da</strong><br />

biodiversi<strong>da</strong>de<br />

no estado de<br />

são paulo<br />

Coordenação Editorial<br />

Mapas e Pre<strong>para</strong>ção de Texto<br />

Revisão de Texto<br />

Projeto Gráfico<br />

Editoração Eletrônica<br />

CTP, Impressão e Acabamento<br />

Ricardo Ribeiro Rodrigues<br />

Vera Bononi<br />

Christiane Dall’Aglio-Holvorcem<br />

Gior<strong>da</strong>no Ciocheti<br />

Cristina Leite<br />

Vera Severo<br />

Visiva Design Gráfico<br />

Imprensa Oficial do Estado de São Paulo<br />

I m p r e s s o s 2 . 0 0 0 v o l u m e s n o o u t o n o d e 2 0 0 8

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