15.11.2012 Views

Paulo Zulu - Revista Viverde

Paulo Zulu - Revista Viverde

Paulo Zulu - Revista Viverde

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ano 3 • Edição 11 • agosto/setembro de 2009<br />

Matéria especial<br />

A Amazônia<br />

também é azul<br />

Entrevista especial<br />

<strong>Paulo</strong> <strong>Zulu</strong><br />

Um modelo sustentável<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009


<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009


6<br />

8<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

23<br />

Apoio institucional:<br />

Comitê Brasileiro<br />

Matéria especial<br />

A Amazônia também é azul<br />

Entrevista especial<br />

<strong>Paulo</strong> <strong>Zulu</strong> - Um modelo sustentável<br />

Ecos<br />

Madeira: a matéria-prima do futuro<br />

Ecodesign<br />

Ecofont - pense antes de imprimir<br />

Energia alternativa<br />

Gasogênio - Tecnologia antiga, ideias atuais<br />

Dica da Bia<br />

Estamos de olho<br />

Turismo natural<br />

Capitólio<br />

Quem faz o bem<br />

Se toque! Campanha colar da vida<br />

Paisagismo<br />

Reflorestar é essencial<br />

Empresa e meio ambiente<br />

FIPAN 2009 lança capanha “Recicle o seu óleo”<br />

Bom de Bico<br />

Arara-azul-grande<br />

Minha terra tem poema<br />

Da Natureza ao Romantismo<br />

Naturza Humana<br />

Seu poder de decisão<br />

Educação Ambiental<br />

Caco, o eco-sapo<br />

PatMonsters<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 <strong>Viverde</strong> | agosto/setembro Natureza | Edição 2009 311 | agosto/setembro 2009


Editorial<br />

Quem não mora<br />

à beira-mar só se<br />

lembra dele nas férias,<br />

não é mesmo?<br />

No entanto, o mar<br />

está lá o ano inteiro:<br />

azul, imenso e cheio<br />

de formas de vida. É<br />

sobre um problema<br />

ambiental que afeta o mar que fala Flavia<br />

Ribeiro Pinho, nossa mais recente colaboradora,<br />

em sua matéria sobre “água de<br />

lastro”. Bem-vinda, Flavia!<br />

Ganhou espaço também a poesia. O Prof.<br />

Leo Ricino sempre foi colaborador e agora<br />

assina a coluna “Minha terra tem poema”.<br />

Bem-vindo também, professor!<br />

Na coluna Ecos, do Christian Roiha, você<br />

vai saber por que a madeira pode ser a<br />

matéria-prima do futuro. O Carlos Alves Jr.<br />

nos fala da economia possível na hora de<br />

imprimir, em sua coluna Ecodesign.<br />

Nem tudo que é antigo é velho ou ruim.<br />

Isso nos ensina o Luciano Konzen, quando<br />

revive e explica, em sua coluna Energia<br />

Alternativa, a antiga mas atual tecnologia<br />

do Gasogênio. A Dica da Bia desta edição<br />

também resgata a informação dada na primeira<br />

edição da <strong>Viverde</strong> e continua super<br />

atual. Confira!<br />

A Jessica Kirsner leva você para Capitólio.<br />

Expediente<br />

Diretora Executiva:<br />

Cristina Kirsner<br />

e-mail: cristina@revistaviverde.com.br<br />

Editora Executiva:<br />

Luciana Tierno<br />

e-mail: luciana@revistaviverde.com.br<br />

Jornalista Responsável:<br />

Luciana Tierno<br />

MTB 17.059<br />

Repórteres:<br />

Sandra Leny<br />

e-mail: sandra@revistaviverde.com.br<br />

José Menino de Miranda<br />

jotaeme@revistaviverde.com.br<br />

Revisor:<br />

Leo Ricino<br />

Fotografia:<br />

Mariana Sartori<br />

e-mail: mariana@revistaviverde.com.br<br />

Projeto Gráfico<br />

Extrude Comunicação<br />

Tel.: 11 5531-0218<br />

www.extrude.com.br<br />

Diretor de Arte:<br />

Marco Dantas<br />

e-mail: petit@extrude.com.br<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009<br />

Conhece? Então confira na coluna Turismo<br />

Natural.<br />

A linda arara-azul é o tema do Bom de<br />

Bico, do Fábio Schunk, e a reciclagem do<br />

óleo incentivada pelo Sindipan é o tema<br />

do Empresa e Meio Ambiente.<br />

Quem faz o bem, da Sandra Leny, fala<br />

sobre o “Se Toque”, a ONG que auxilia no<br />

combate ao câncer de mama. No paisagismo,<br />

a Silvia Berlinck fala das conquistas<br />

ambientais quando há união. É disso<br />

também que fala o capitulo do Caco desta<br />

edição.<br />

Aproveito esta oportunidade para informar<br />

que a UNISA estará sediando o<br />

11.º Encontro de Negócios da AESUL, no<br />

Campus I, dia 25/09, das 18 às 23 horas.<br />

Várias empresas estarão presentes para<br />

troca de informações e negócios. Entre<br />

elas, destaco a Escola Profissional Cristo<br />

Mestre, da Ação Social N. Sra. de Fátima,<br />

sediada em Veleiros, que lá estará divulgando<br />

os cursos profissionalizantes gratuitos<br />

e a central de estágios.<br />

Para finalizar, é com alegria que anuncio<br />

a parceria com o Greenpeace, uma das<br />

ONGs mais atuantes e tradicionais do planeta.<br />

Nosso objetivo, assim como o deles,<br />

é a democratização do conhecimento.<br />

Agora aliamos nossos esforços para esse<br />

fim.<br />

Espero que curtam a leitura!<br />

Cristina Kirsner<br />

Gestor Web:<br />

Weslei Nasario<br />

e-mail: weslei@revistaviverde.com.br<br />

Ilustradora:<br />

Fátima Miranda<br />

e-mail: fatima@revistaviverde.com.br<br />

Diagramação:<br />

Helder Girolamo Scantamburlo<br />

Tel.: 11 3586-4823<br />

e-mail: poli@maximarcas.com.br<br />

Consultor Ambiental:<br />

ONG FISCAIS DA NATUREZA<br />

Fone: 11-5660-6229<br />

e-mail: fiscais@fiscaisdanatureza.org.br<br />

Conselho Editorial<br />

Eliane Pinheiro Belfort Mattos<br />

Diretora Títular do CORES - Comitê de<br />

Responsabilidade Social da Fiesp<br />

Haroldo Matos de Lemos<br />

Representante do PNUMA no Brasil<br />

Programa Nações Unidas para<br />

o Meio Ambiente<br />

Angela Rodrigues ALves<br />

Jornalista ambiental<br />

Colaboraram nesta edição:<br />

Bia Maroni<br />

Carlos Alves Jr.<br />

Christian Roiha de Oliveira<br />

Diogo Narita Guerra<br />

Fábio Schunk<br />

Fiscais da Natureza<br />

Gian Paolo Scantamburlo<br />

Jéssica Kirsner<br />

Luciano Konzen<br />

Mirian Araujo<br />

Silvia Berlinck<br />

Thatiane Faria<br />

Flavia Ribeiro Pinho<br />

Leo Ricino<br />

Assessoria de Imprensa:<br />

Tierno Press Assessoria<br />

Tel.: 11 5096-0838<br />

e-mail: imprensa@tiernopress.com.br<br />

www.tiernopress.com.br<br />

Agradecemos aos parceiros abaixo<br />

pela distribuição da <strong>Revista</strong> <strong>Viverde</strong>:<br />

• UNISA • Bar do Oscar<br />

• Cafeteria Latam • Hollys<br />

• Banca Moriyama • Livorno<br />

• Frans Café - Sócrates<br />

• <strong>Revista</strong>ria do Alemão<br />

• Art Barro - Washington Luiz<br />

• <strong>Revista</strong>ria Mont Serrat<br />

• Churrascaria Estância dos Pampas<br />

• Central Comum Rádio Taxi<br />

• Cervix Contabilidade<br />

• SAMOT<br />

Produção Executiva:<br />

Poligraphics Comunicação e Editora<br />

Impressão:<br />

Companygraf<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Viverde</strong><br />

Rua Olávio Vergílio dos Santos, 50<br />

Cep 04775-220 – São <strong>Paulo</strong> – SP<br />

Telefone: 11 5669-1121<br />

www.revistaviverde.com.br<br />

Foto da capa:<br />

Toti Jordan<br />

Contato:<br />

redaçao@revistaviverde.com.br<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Viverde</strong> é uma publicação<br />

educativa, distribuida gratuitamente<br />

e disponibilizada em pdf no site<br />

www.revistaviverde.com.br.<br />

Após a leitura, passe adiante.


<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009


Matéria especial<br />

A Amazônia também é azul<br />

“Ó mar salgado, quanto do teu<br />

sal são lágrimas de Portugal!”<br />

(Mar Português, de Fernando<br />

Pessoa)... Lágrimas de sal, que<br />

atualmente não seriam apenas<br />

portuguesas, mas de todos os<br />

povos do mundo, pelo mal causado<br />

à fauna marinha, pela bioinvasão<br />

por elementos incrustados<br />

nos cascos dos navios, pela contaminação<br />

das águas territoriais<br />

dos países, através dos navios<br />

que viajam pelos oceanos do<br />

mundo.<br />

O assunto, vinte anos atrás, não<br />

suscitava tanta discussão e consideração,<br />

no entanto hoje se nota<br />

um “caminhar” .<br />

Exemplo disso é o que vem ocorrendo<br />

na esfera do Meio Ambiente<br />

Marinho.<br />

Se o termo “planeta-água” se justifica,<br />

por ser a Terra coberta por<br />

oceanos e rios em cerca de 70%,<br />

o Brasil distingue-se dos outros<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009<br />

países por possuir, em linha contínua,<br />

extensos 8 mil quilômetros<br />

de costas. Uma das maiores do<br />

mundo! É uma outra Amazônia.<br />

Uma Amazônia Azul. E a maior<br />

ameaça a ela são as impurezas<br />

jogadas no mar. Dessas impurezas,<br />

a água de lastro dos navios<br />

é a mais perigosa.<br />

Usada em navios como contrapeso<br />

quando eles estão navegando<br />

sem carga, a água de lastro viaja<br />

de um país ao outro, podendo<br />

levar espécies potencialmente<br />

invasoras para um determinado<br />

ecossistema marinho.<br />

Segundo Newton Narciso, presidente<br />

da ONG Água de Lastro<br />

Brasil, “a água dos porões dos<br />

navios, despejada sem critério<br />

nos nossos mares, já causou sérios<br />

transtornos. Um deles, talvez<br />

o mais conhecido e noticiado, foi<br />

provocado pelo mexilhão dourado,<br />

oriundo da China. A espécie<br />

Foto: Instituto àgua de Lastro<br />

Por Flávia Pinho<br />

chegou ao Brasil pela água de<br />

lastro de navios aportados na Argentina.<br />

Subiu pelos rios Paraná<br />

e Paraguai, atingiu áreas do sul<br />

brasileiro e do Pantanal.”<br />

Para evitar problemas como<br />

esse, a Autoridade Marítima Brasileira,<br />

há muito, elaborou norma<br />

interna que obriga os navios que<br />

vêm ao Brasil a cumprir uma série<br />

de diretrizes: é a “NORMAM<br />

20”. Segundo ela, a troca de<br />

água de lastro tem que ser feita a<br />

200 milhas náuticas de terra brasileira<br />

e a uma profundidade de<br />

200 metros. Excepcionalmente,<br />

a distância poderá cair para até<br />

50 milhas se o navio encontrar<br />

alguma dificuldade para cumprir<br />

a regra.<br />

Evidentemente, não é só o Brasil<br />

que se preocupa com o assunto<br />

poluição no mar, prevenção e<br />

meio ambiente marinho. No âmbito<br />

internacional, há um organismo<br />

da ONU especializado neste<br />

assunto. Trata-se da IMO, a Organização<br />

Marítima Internacional<br />

(da sigla inglesa, International


Maritime Organization), da qual<br />

o Brasil faz parte.<br />

A Convenção de Água de Lastro<br />

foi adotada pela IMO em 2004,<br />

no entanto, até hoje ainda não<br />

entrou em vigor. Ela passará a<br />

vigorar quando cerca de 30 países<br />

– desde que esses 30 representem<br />

35% da arqueação bruta<br />

internacional – assinarem o documento.<br />

No Brasil, o processo de<br />

ratificação da Convenção<br />

de Água de Lastro<br />

do MEPC, remetido pela<br />

IMO, aguarda para ser<br />

votado e assinado há 3<br />

anos, tempo que o documento<br />

tramita na Câmara<br />

dos Deputados.<br />

De qualquer forma, sem<br />

ter que aguardar agendas,<br />

a Marinha do Brasil já incorporou,<br />

divulgou e atua<br />

segundo a “NORMAM<br />

20” e tem autoridade<br />

para tal.<br />

A “NORMAM 20”, por sua<br />

vez, segue as instruções<br />

da IMO.<br />

O Brasil tem procurado<br />

contribuir sobremaneira<br />

para a melhoria das<br />

pesquisas, processos e<br />

procedimentos da IMO<br />

relativamente à Gestão<br />

da Água de Lastro. Dos<br />

3 Métodos de Controle<br />

e Gestão de Lastro e Sedimentos<br />

de Navios incorporados pela<br />

IMO, um é brasileiro, de autoria<br />

dos engenheiros da Petrobrás<br />

Cláudio Gonçalves Land e José<br />

M.Pimenta. Trata-se do Método<br />

de Diluição de Água de Lastro.<br />

De acordo com a pesquisa de Pimenta<br />

e Land, o conceito básico<br />

do Método de Diluição envolve o<br />

carregamento de água de lastro<br />

pelo topo do tanque e, simulta-<br />

neamente, a descarga da água de<br />

lastro pelo fundo do tanque com<br />

a mesma vazão. A vantagem é<br />

que se pode efetuar a troca de<br />

lastro em alto mar e, ao mesmo<br />

tempo, manter o nível do tanque<br />

de lastro constante, evitando<br />

uma pressão interna excessiva,<br />

dirimindo riscos de transbordamentos<br />

de água contaminada e<br />

evitando que a tripulação seja ex-<br />

posta a riscos de doenças.<br />

O Método de Diluição de Água<br />

de Lastro é, sem dúvida, um dos<br />

estudos técnicos de visão ambiental<br />

mais completos formulados<br />

pelo Brasil e, com aplausos,<br />

adotados pela IMO. Na última<br />

Reunião do MEPC na IMO em<br />

Londres, a 59.ª, o Brasil, uma<br />

vez mais, esteve brilhantemente<br />

representado por oficiais da Marinha<br />

de Guerra, que se prepara-<br />

ram durante 6 meses para tanto,<br />

por engenheiros da Petrobrás<br />

(inclusive por Cláudio Land), do<br />

Ministério da Ciência e Tecnologia<br />

e por um Diplomata do Ministério<br />

das Relações Exteriores-<br />

MRE. Para o futuro, já se pensa<br />

em tratar a água e não mais em<br />

diluir ou trocar a água de lastro<br />

em alto-mar. De qualquer forma,<br />

quando o assunto é Poluição no<br />

Mar e Prevenção e Meio Ambiente<br />

Marinho, o Brasil já é<br />

campeão e dá consultoria.<br />

Tanto a verdade incoveniente,<br />

de Al Gore, quanto<br />

as “Cartas da Terra”, texto<br />

iniciado na ECO 92, nos<br />

convidam a momentos de<br />

reflexão.<br />

No entanto, em nenhum<br />

dos textos menciona-se clara<br />

e profundamente a respeito<br />

da questão da água<br />

de lastro dos navios e dos<br />

problemas que causam aos<br />

nossos oceanos.<br />

O que se espera é que o<br />

Tratado que substituirá o<br />

Protocolo de Kyoto (o encontro<br />

dos G-20 está agendado<br />

para dezembro em<br />

Copenhage/Dinamarca)<br />

contemple, como deve ser<br />

e com a importância que<br />

merece, o Meio Ambiente<br />

Marinho.<br />

“Mar sonoro, mar sem fundo,<br />

mar sem fim. Tua beleza<br />

aumenta quando estamos<br />

sós, e tão fundo intimamente a<br />

tua voz, segue o mais secreto<br />

bailar no meu sonho, que momentos<br />

há em que suponho,<br />

seres um milagre criado só para<br />

mim”.<br />

(Sophia de Mello Breyner - Antologia<br />

do Mar)<br />

Flávia Pinho é jornalista e colaboradora<br />

da <strong>Revista</strong> <strong>Viverde</strong><br />

flaviapinho@hotmail.com<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009


Entrevista Especial<br />

<strong>Paulo</strong> <strong>Zulu</strong><br />

Um modelo sustentável<br />

Aos 45 anos, o modelo carioca<br />

<strong>Paulo</strong> Cezar Fahlbusch Pires, mais<br />

conhecido por <strong>Zulu</strong>, dá exemplo de<br />

sustentabilidade.<br />

Sua trajetória de sucesso, em nível<br />

mundial, já era evidente desde a<br />

primeira vez em que pisou nas passarelas.<br />

Além do físico indiscutível, <strong>Zulu</strong> demonstrou<br />

que carisma também é<br />

seu ponto forte e conquistou mais<br />

fãs, em sua atuação na novela global<br />

Laços de Família.<br />

Para manter o físico e levar uma<br />

vida saudável, o modelo não abre<br />

mão da prática esportiva. Além de<br />

surfar profissionalmente, <strong>Zulu</strong> também<br />

pratica jiu-ji-tsu, corrida, caçasubmarina,<br />

pesca e alpinismo. A<br />

alimentação é baseada em peixes,<br />

frutos do mar, alimentos integrais,<br />

legumes e verduras. Tudo muito<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009<br />

Foto: Eduardo Lyra<br />

natural e sem agrotóxicos.<br />

Acostumado aos flashes e holofotes,<br />

<strong>Zulu</strong> preferiu adotar um estilo<br />

de vida simples que o permite estar<br />

mais em contato com a natureza,<br />

no litoral Catarinense. Vive com a<br />

esposa e filhos na praia da Guarda<br />

do Embaú, localizada a 50 quilômetros<br />

de Florianópolis<br />

Em entrevista à <strong>Viverde</strong>, o modelo<br />

dá dicas simples de sustentabilidade,<br />

que procura praticar e repassar<br />

aos filhos, como, por exemplo,<br />

plantar sua própria horta e pescar<br />

seu peixe.<br />

VIVERDE: Quando e como começou<br />

sua carreira de modelo?<br />

<strong>Zulu</strong>: Comecei aos 28 anos no<br />

Rio de Janeiro. Depois, fui para Paris,<br />

onde logo fui convidado para<br />

participar de desfiles importantes,<br />

de cliente grandes, como Jean Paul<br />

Gaultier, Issey Myake, entre outros.<br />

VIVERDE: Você também teve a<br />

oportunidade de atuar. Como foi<br />

essa experiência pra você?<br />

<strong>Zulu</strong>: Apesar de curta, foi uma excelente<br />

oportunidade. Gostaria até<br />

que essa experiência se repetisse<br />

por mais vezes.<br />

VIVERDE: Você já foi surfista profissional.<br />

Foi esse contato com o mar<br />

que despertou o seu amor pela natureza?<br />

<strong>Zulu</strong>: Não, antes disso já tinha<br />

uma afinidade enorme, curtia muito<br />

e me sentia muito feliz próximo<br />

a ela.<br />

VIVERDE: Sabemos que você cultiva<br />

sua própria horta e é com ela<br />

que alimenta seus filhos. Como foi<br />

colocar em prática esse estilo de<br />

vida?<br />

<strong>Zulu</strong>: É impressionante o resultado<br />

disso. É nítido no dia a dia da minha<br />

família. Me emociono quando vejo<br />

Foto: Tatiana Rehbein


que consigo repassar esse conceito<br />

aos meus filhos e fico ainda mais<br />

feliz ao perceber que eles curtem<br />

essa prática.<br />

VIVERDE: O que mais te preocupa<br />

em relação ao meio ambiente?<br />

<strong>Zulu</strong>: As próximas gerações não<br />

desfrutarem de coisas essenciais<br />

que usufruímos hoje, como a água<br />

e a natureza.<br />

VIVERDE: Que outras ações ecologicamente<br />

corretas você pratica no<br />

seu dia a dia?<br />

<strong>Zulu</strong>: Minha consciência é interagir<br />

com sustentabilidade, ou seja, não<br />

agredindo aquilo que eu usufruo e<br />

minimizando ao máximo o impacto<br />

de poluentes.<br />

VIVERDE: Você viaja muito a trabalho.<br />

Dos lugares que conheceu,<br />

qual país tem uma maior preocupação<br />

com o meio ambiente e a<br />

saúde de seus habitantes? Algum<br />

exemplo a seguir?<br />

<strong>Zulu</strong>: Acho que a maioria dos países<br />

fala muito e faz pouco. Existem<br />

pessoas que realmente estão preocupadas,<br />

mas pessoas particularmente,<br />

conscientes.<br />

VIVERDE: Se estivesse ao seu alcance,<br />

o que você faria para mudar<br />

o cenário ambiental<br />

brasileiro?<br />

<strong>Zulu</strong>: Conscientizar<br />

as pessoas que sem<br />

a natureza não existe<br />

vida. Nós fazemos<br />

parte de um sistema<br />

biológico perfeito,<br />

somos uma espécie<br />

animal como qualquer<br />

outra. Pena<br />

que a consciência<br />

às vezes atrapalha<br />

para o lado ruim.<br />

VIVERDE: Finalizando, que mensagem<br />

você deixa para os leitores da<br />

<strong>Viverde</strong>?<br />

<strong>Zulu</strong>: Que só a união faz a força,<br />

o amor constrói e temos que pensar<br />

o que vamos deixar para nossos<br />

descendentes, que falamos que<br />

amamos tanto mas não fazemos<br />

nada pelo planeta que eles vão habitar.<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 10 11 | agosto/setembro 2009


Madeira:<br />

a matéria-prima do futuro Por Christian Roiha de Oliveira<br />

Em tempos de aquecimento global e redução<br />

das emissões de gases de efeito estufa,<br />

mais do que nunca, buscam-se alternativas<br />

mais sustentáveis para garantir condições e<br />

qualidade de vida às gerações futuras. Nunca<br />

antes nosso estilo de vida, o desperdício e,<br />

principalmente, o consumo exagerado foi tão<br />

questionado quanto agora. A luz de emergência<br />

já acendeu há muito tempo, defende<br />

alguns dos mais renomados e importantes<br />

cientistas do mundo, e é tempo de revermos<br />

nossos conceitos alertam até os mais pragmáticos.<br />

Contudo, algumas das opções ditas<br />

“ecológicas”, que nos enchem de satisfação<br />

quando compramos, não refletem bem a<br />

verdade.<br />

Geralmente mal vista por ser proveniente de<br />

árvores, a madeira é um bom exemplo dessa<br />

falta de informação, quando na verdade ela<br />

pode ser uma opção plenamente sustentável,<br />

uma vez que proveniente de florestas<br />

manejadas sustentavelmente com práticas<br />

de exploração de baixo impacto. A madeira<br />

em si é formada por cerca de 50% de carbono,<br />

ou seja, metade do peso de qualquer<br />

pedaço seco de madeira é de carbono extraído<br />

da atmosfera. A própria árvore pode ser<br />

considerada uma usina onde se retira o gás<br />

carbônico do ar, água e nutrientes do solo e<br />

os transformam em biomassa. Parte dessa<br />

biomassa pode ser utilizada em forma de<br />

madeira ou papel e o restante em energia ou<br />

mesmo na fertilização do próprio solo. Quando<br />

esta última opção ocorre, grande parte do<br />

carbono da biomassa é incorporada no solo<br />

na forma de húmus, melhorando ainda mais<br />

a capacidade de neutralizar o carbono que<br />

iria voltar para a atmosfera. Assim, uma árvore<br />

sendo cortada para o uso e cedendo<br />

espaço para outra crescer, é a chave para<br />

revertermos o aquecimento global.<br />

Em uma pesquisa realizada pelo Conselho<br />

Cozinha em madeira<br />

Foto: Casabarbacoa, http://casabarbacoa.com/<br />

Canadense de Madeira (CWC – Canadian<br />

Wood Council) em 2004, foi avaliado o ciclo<br />

de vida de alguns materiais através de um<br />

método analítico que segue as diretrizes da<br />

ISO série 14001 e afere quantitativamente<br />

variáveis como energia primária consumida,<br />

potencial de aquecimento global, poluição<br />

do ar e da água, quantidade de matéria-prima<br />

usada e dejetos sólidos gerados em cada<br />

etapa do ciclo de vida do produto, ou seja,<br />

mede o impacto ambiental de todos os produtos,<br />

processos ou atividades desenvolvidas<br />

desde a extração e processamento de matéria-prima<br />

até a industrialização, transporte e<br />

distribuição, uso, manutenção, reciclagem e<br />

deposição final dos materiais.<br />

Na comparação entre edificações similares<br />

construídas com estruturas de materiais diferentes<br />

(madeira, concreto e aço), a pesquisa<br />

canadense mostrou que as edificações feitas<br />

com aço e com concreto embutem, respectivamente,<br />

26% e 57% mais energia; emitem<br />

34% e 81% mais gases de efeito estufa; liberam<br />

24% e 47% mais poluentes no ar;<br />

despejam 4 e 3,5 vezes mais poluentes na<br />

água; usam 11% e 81% mais matéria-prima<br />

em peso; e produzem 8% e 23% mais dejetos<br />

sólidos do que as edificações com madeira.<br />

Quanto à manutenção e operacionalização<br />

de cada edificação num prazo de 20 anos<br />

de uso, a edificação com aço consome 5%<br />

mais energia primária; emite 5% mais gases<br />

de efeito estufa; emite 6% mais poluentes<br />

no ar; despeja 6% mais poluentes na água;<br />

usa 1% mais recursos em peso; e produz<br />

3% mais dejetos sólidos do que a edificação<br />

com madeira. A construção com concreto<br />

consome 1% menos energia primária<br />

e apresenta resultados semelhantes à com<br />

madeira quanto às outras variáveis.<br />

O efeito ambiental total, calculado através da<br />

soma entre efeitos ambientais embutidos e<br />

efeitos ambientais de manutenção, mostra<br />

que, num período de uso de vinte anos, as<br />

edificações feitas com aço e as edificações<br />

com concreto introduzem e consomem,<br />

respectivamente, 12% e 20% mais energia;<br />

emitem 15% e 29% mais gases de efeito<br />

estufa; emitem 10% e 12% mais poluição<br />

no ar; despejam 3 e 2,25 vezes mais poluentes<br />

na água; usam 7% e 50% mais<br />

recursos em peso; e produzem 6% e 16%<br />

mais dejetos sólidos, quando comparadas<br />

às edificações feitas com madeira. Ou seja,<br />

a redução de custos ambientais na casa de<br />

madeira é equivalente a dois anos e meio de<br />

energia operacional e três anos e meio de<br />

emissão de gases que causam aquecimento<br />

global, em comparação ao uso do aço; e é<br />

equivalente a cinco anos e meio de energia<br />

operacional e oito anos e meio de emissão<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009<br />

Foto: Christian Roiha de Oliveira<br />

Estrutura de casa de Madeira na Nova Zelândia<br />

de gases que causam aquecimento global,<br />

em comparação ao uso do concreto. Além<br />

de tudo isso, o material residual da madeira<br />

pode ser usado na geração de energia renovável,<br />

enquanto que concreto vira entulho e<br />

atualmente é jogado em lixões ou abandonado<br />

em locais públicos.<br />

Para que o consumo de madeira cumpra<br />

todos esses requisitos positivos ao meio<br />

ambiente, é fundamental optar pela madeira<br />

certificada, que, por sua vez, garante ótima<br />

procedência e que está sendo realizado<br />

um bom trabalho na floresta, o que evita o<br />

desmatamento. O IBAMA apenas trata da legalidade<br />

da madeira e fiscaliza a exploração<br />

florestal, o que não garante que a madeira<br />

não seja de desmatamento, pois há desmatamento<br />

autorizado. O DOF (Documento<br />

de Origem Florestal) existe para garantir a<br />

legalidade da madeira e deve ser pedido à<br />

loja na ocasião da compra da madeira, mas<br />

não garante que a madeira seja proveniente<br />

de áreas manejadas sustentavelmente. Para<br />

tanto, a madeira deve vir com selo da certificação<br />

FSC (Forest Sterwardship Council),<br />

um selo de certificação florestal conhecida<br />

mundialmente e desconhecida pela maioria<br />

das madeireiras em São <strong>Paulo</strong>. Outro selo<br />

de certificação é o CERFLOR, mais voltado<br />

para florestas plantadas com espécies exóticas<br />

como Pinus e Eucalyptus, dificilmente<br />

encontrado no mercado.<br />

Evitar o consumo de madeira é atestar economicamente<br />

a inutilidade da floresta. Sem<br />

mercado e consumo consciente, a madeira<br />

perde valor e o manejo florestal sustentável<br />

perde preferência na opção de uma atividade<br />

econômica rentável na Amazônia, cedendo<br />

espaço para o desmatamento ilegal, pasto<br />

e uma consequente e imensurável perda<br />

do patrimônio natural e de nossa biodiversidade.<br />

(Fonte: GONZAGA, C.A.M. marketing<br />

verde de produtos florestais: teoria e prática.<br />

FLORESTA, Curitiba, PR, v. 35, n. 2, mai./ago.<br />

2005).<br />

Christian Roiha de Oliveira - Engº Florestal<br />

e-mail: croiha.o@gmail.com


Ecofont - Pense antes de imprimir<br />

“Pense no meio ambiente antes de<br />

imprimir este e-mail”. Frases com<br />

esse tipo de apelo utilizadas nas<br />

assinaturas de e-mails são cada vez<br />

mais comuns e têm por objetivo<br />

conscientizar sobre a real necessidade<br />

de imprimirmos tudo o que<br />

recebemos.<br />

Algumas pessoas realmente imprimem<br />

menos, outras utilizam suas<br />

impressoras em modo rascunho e<br />

ainda há aqueles que diminuem o<br />

corpo da fonte, na esperança de<br />

consumir uma quantidade menor<br />

de papel.<br />

Mas qual será o limite máximo<br />

de redução da fonte, sem que<br />

a deixemos ilegível? A SPRANQ<br />

(http://www.spranq.nl/en/),<br />

agência de comunicação holandesa,<br />

criou a Ecofont, uma fonte desenvolvida<br />

para economizar tinta<br />

durante a impressão. Para se chegar<br />

à fonte ideal, foram testados<br />

vários formatos: bem finos, outline<br />

sem interior, fatiados com traços,<br />

Por Carlos Alves Jr.<br />

estrelas ou retângulos. O melhor<br />

resultado foi um formato sem círculo<br />

nas letras, fonte que gerou uma<br />

economia de 20% no consumo de<br />

tinta.<br />

Agora, pense novamente na quantidade<br />

de coisas que imprimimos.<br />

Quanto papel e tinta jogamos<br />

fora todos os dias? Que tal fazer o<br />

download da Ecofont e começar<br />

a economizar 20% de tinta agora<br />

mesmo? A propósito, a imagem<br />

que ilustra essa coluna utiliza a Ecofont.<br />

A Ecofont pode ser baixada do<br />

site ao lado e usada gratuitamente.<br />

Carlos Alves Jr. é Diretor de Operações<br />

da Extrude Comunicação<br />

Integrada<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009


Energia<br />

Alternativa<br />

Gasogênio - Tecnologia antiga, ideias atuais<br />

Gasogênio é uma tecnologia de geração de<br />

combustíveis baseada na gaseificação de<br />

compostos de origem orgânica. Os gases<br />

gerados podem ser utilizados em motores<br />

de combustão interna, como os de gasolina<br />

e álcool, ou em siderúrgicas e fábricas de<br />

cerâmica.<br />

Os seus sistemas, de maneira geral, realizam<br />

a carbonização controlada em alta pressão<br />

e temperatura, com restrição à presença<br />

de oxigênio, para que não haja a combustão<br />

completa dos gases. Na gaseificação<br />

de madeira, por exemplo, são produzidos<br />

principalmente hidrogênio e monóxido de<br />

carbono, além de pequenas quantidades de<br />

metano e de vapores das resinas.<br />

Essa tecnologia foi criada no ano de 1920<br />

pelo francês Georges Imbert e popularizouse<br />

em 1940, como alternativa para os derivados<br />

do petróleo, em falta por causa dos<br />

efeitos da II Guerra Mundial. Aqui no Brasil,<br />

nesse período, a adaptação chegou a ser<br />

compulsória e o sistema teve sobrevida longa,<br />

até os anos 1970, em decorrência da<br />

grave crise do petróleo que o País enfrentou<br />

naquela década, antes da criação do Proálcool.<br />

O dispositivo, quando instalado em um carro<br />

de passageiros, transformava-o em uma<br />

verdadeira caldeira ambulante, devido ao<br />

tamanho dos queimadores, que precisavam<br />

armazenar grandes quantidades de carvão,<br />

madeira ou serragem, para que o veículo<br />

tivesse autonomia. Esses sistemas de gasogênio<br />

muitas vezes eram de baixa eficiência<br />

e aproveitavam os gases menos nobres disponíveis<br />

nesses materiais, conhecidos como<br />

“gases pobres”.<br />

O principal inconveniente da utilização desses<br />

sistemas em um automóvel, além do<br />

seu tamanho, era a necessidade de aquecer<br />

o sistema por um longo período para que se<br />

iniciasse a geração de gás.<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009<br />

Por Luciano Konzen<br />

Pode parecer que a ideia seja antiga e esteja<br />

fadada a relatos históricos. Contudo,<br />

novos sistemas baseados na tecnologia do<br />

gasogênio são desenvolvidos hoje, visando<br />

à produção de combustíveis líquidos a<br />

partir de qualquer tipo de matéria vegetal.<br />

Isso mesmo, qualquer resíduo, como serragem,<br />

palha de arroz, papel usado, bagaço<br />

de cana, grama de casa, entre outros, pode<br />

ser usado. Em um dos projetos em desenvolvimento,<br />

gera-se o gasogênio, que, na<br />

presença de catalisadores nanoparticulados,<br />

condensa-se na forma de etanol. Com isso,<br />

será possível abastecer qualquer carro bicombustível<br />

com um produto do gasogênio<br />

proveniente da reciclagem, sem que o dono<br />

seja obrigado a instalar uma lareira no párachoque<br />

traseiro.<br />

Pela ampla gama de fontes de matéria, o<br />

gasogênio pode vir a ser uma grande ferramenta<br />

de reciclagem e uma importante fonte<br />

de combustíveis alternativos ao petróleo.<br />

Luciano Konzen é Mestre em Geofísica<br />

pela USP.<br />

Contato: konzen@revistaviverde.com.br


Estamos de olho!<br />

A Dica da Bia desta edição traz<br />

informações sobre um serviço<br />

divulgado aqui há 2 anos, na 1ª<br />

edição da <strong>Viverde</strong>: o Disque Ambiente.<br />

Na época, falei sobre denúncias<br />

em relação à emissão de fumaça<br />

escura por veículos, mas o serviço<br />

não funcionava bem, tanto que<br />

ficou inacessível por um tempo<br />

(pelo menos não conseguia ser<br />

atendida).<br />

O tempo passou,<br />

nós ficamos<br />

de olho e, pelo<br />

jeito, o serviço<br />

melhorou! Segundoinformações<br />

da Secretaria<br />

Estadual do<br />

Meio Ambiente,<br />

responsável por<br />

esse canal com<br />

a população, o<br />

Disque Ambiente<br />

foi aperfeiçoado<br />

e hoje conta com<br />

uma equipe de<br />

25 atendentes,<br />

especialistas na<br />

área ambiental,<br />

que fornecem<br />

informações e recebem<br />

denúncias<br />

ambientais.<br />

O atendimento é<br />

rápido e funciona<br />

24 horas por dia, todos os dias da<br />

semana.<br />

Vamos relembrar então como<br />

você, leitor da <strong>Viverde</strong> e cidadão,<br />

pode participar:<br />

- ao presenciar crimes ambientais,<br />

como desmatamentos, queima-<br />

das, ocupação irregular em área<br />

de proteção, tráfico de animais<br />

silvestres, poluição do ar, solo e<br />

águas, e emergências químicas,<br />

ligue para o Disque Ambiente:<br />

0800-113560 (ligação gratuita);<br />

- dependendo do caso, é importante<br />

ter algumas informações em<br />

mãos:<br />

• para denúncias de emissão de<br />

fumaça por veículos: anotar dia,<br />

horário, endereço, município e a<br />

placa do veículo;<br />

• para denúncias de supressão<br />

(corte) de árvores: anotar endereço,<br />

data e horário (se possível<br />

fotografar);<br />

• para informar sobre poluição<br />

Por Bia Maroni<br />

química (geralmente causada<br />

por empresas e obras): anotar o<br />

endereço onde foi observado o<br />

fato e o tipo de poluição (água,<br />

solo, se por produto químico, se<br />

foi possível identificar cor e cheiro<br />

da substância)<br />

- O atendente registra a denúncia,<br />

que pode ser anônima ou não, e<br />

encaminha para os órgãos responsáveis,<br />

vinculados à Secretaria,<br />

como a Polícia<br />

Militar Ambiental,<br />

a Cetesb (Companhia<br />

Ambiental<br />

do Estado de São<br />

<strong>Paulo</strong>) e o Departamento<br />

Estadual<br />

de Proteção dos<br />

Recursos Naturais<br />

(DEPRN).<br />

- O denunciante<br />

que quiser se<br />

identificar pode<br />

acompanhar o<br />

caso. Ele recebe<br />

em casa uma<br />

correspondência<br />

esclarecendo os<br />

resultados da denúncia.<br />

Faça sua parte,<br />

cuide e fique de<br />

olho também!!<br />

“Cidadão não é<br />

aquele que vive em sociedade: é<br />

aquele que a transforma.” (Augusto<br />

Boal)<br />

Bia Maroni é bióloga, atua na área<br />

de Educação Ambiental e gestão<br />

de projetos socioambientais.<br />

Contato: bia@revistaviverde.com.br<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009


Turismo<br />

Natural<br />

Capitólio,<br />

cidade considerada a Rainha dos Lagos<br />

A 500 km de São <strong>Paulo</strong>, em Minas<br />

Gerais, na rodovia MG-050, encontrase<br />

uma pequena cidade, abundante<br />

em água doce, chamada Capitólio. Explorada<br />

desde 1800 por portugueses,<br />

Capitólio tem se desenvolvido rapidamente,<br />

apesar de o turismo ser ainda<br />

pouco desenvolvido ali.<br />

Toda essa abundância em água foi<br />

criada pela barragem e hidrelétrica de<br />

Furnas, cujo reservatório abriga 1.440<br />

km2 de água doce, em 34 municípios<br />

vizinhos. Isso forma uma quantidade<br />

tal de água que a região é chamada<br />

Morro do Chapeu<br />

por lá de Mar de Minas.<br />

E se não fosse<br />

por ser água doce, o<br />

nome caberia bem,<br />

pois a cor da água,<br />

verde como o mar,<br />

não nega essa semelhança!<br />

Há várias atividades<br />

aquáticas praticadas<br />

nessa região: passeios<br />

de chalana, barco,<br />

jet sky, windsurfe<br />

e até mesmo as escunas,<br />

que levam aos<br />

cânions, formações<br />

rochosas com mais<br />

de 20 metros de altura. Para os adeptos<br />

de trilhas em vegetação cerrada,<br />

existem as cachoeiras, que são de tirar<br />

o fôlego! Águas cristalinas com o<br />

fundo de pedra fazem o cenário ainda<br />

mais perfeito.<br />

Alguns outros pontos turísticos da<br />

cidade também valem a pena ser<br />

vistos, como o mirante no Morro do<br />

Chapéu, um dos pontos mais altos da<br />

cidade, com 1.293 metros de altura.<br />

Flores silvestres em meio à vegetação<br />

rasteira fazem do planalto um local romântico<br />

e muito visitado.<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009<br />

Foto: Jamilton Santos<br />

Por Jéssica Kirsner<br />

Algumas curiosidades deixam Capitólio<br />

ainda mais interessante. A palavra<br />

Capitólio vem do latim Capitolium,<br />

originado de capitis caput, que significa<br />

cabeça, topo. Em sentido figurado,<br />

a palavra Capitólio quer dizer glória,<br />

triunfo, esplendor. Subir ao Capitólio<br />

significa triunfar. Outra característica<br />

interessante é que a Igreja Matriz,<br />

construída em 1947, com arquitetura<br />

contemporânea, anuncia as principais<br />

noticias em alto falante, como se fosse<br />

uma emissora de rádio.<br />

Para tantas atividades e crescimento<br />

sustentável, o município criou um<br />

Conselho Municipal do Patrimônio<br />

Cultural e Ambiental, que regulariza e<br />

monitora todas as atividades da cidade.<br />

Os moradores também fazem a<br />

sua parte e a maioria das cachoeiras,<br />

que se encontram em território privado,<br />

cobram uma taxa para preservação<br />

ambiental.<br />

Toda essa diversidade de paisagens,<br />

fauna e flora está ligada à tradicional<br />

culinária mineira, que, mesmo com<br />

pouca infra-estrutura, atende a todos,<br />

deixando qualquer um com água na<br />

boca. Vale a pena conhecer e é indicado<br />

para todas as idades.


Quem faz o bem<br />

Se toque!<br />

Câncer de mama mata cada vez mais mulheres por falta de informação.<br />

Uma pesquisa realizada em maio deste<br />

ano por uma indústria farmacêutica<br />

aponta que 85% das mulheres se consideram<br />

informadas sobre o câncer de<br />

mama. A pesquisa “Câncer de Mama<br />

– experiências e percepções”<br />

revela também que a maioria<br />

das mulheres, ou seja, 83% das<br />

mulheres com câncer e 93% das<br />

mulheres sadias, tem por hábito<br />

consultar um ginecologista ao<br />

menos uma vez ao ano. Então<br />

por que será que essa é uma doença<br />

que, segundo o Se Toque<br />

– Instituto de Desenvolvimento<br />

Social, mata cada vez mais mulheres<br />

por, principalmente, falta<br />

de informação? Essa mesma pesquisa<br />

mostra que muitas mulheres<br />

não atendem à solicitação do<br />

médico para realizar a mamografia,<br />

principal forma de diagnóstico<br />

precoce da doença. Apenas 29%<br />

das sadias seguem a orientação<br />

do médico realizando o exame, e 33%<br />

fazem ultrassom do seio quando solicitado<br />

pelo médico.<br />

São números preocupantes, no entan-<br />

Por Sandra Leny<br />

to, sabe-se que, apesar de ser o tipo de<br />

câncer que mais causa mortes entre as<br />

mulheres, o câncer de mama não mata,<br />

segundo o Instituto Se Toque. A prevenção<br />

é o melhor caminho.<br />

Para mobilizar, nós mulheres, a<br />

pensarmos melhor sobre esse<br />

problema o Instituto Se Toque<br />

criou a campanha “Colar da<br />

Vida”. O colar contém pérolas<br />

que simbolizam as chances de<br />

cura conforme o tamanho do tumor.<br />

Na pérola de até 1 centímetro<br />

a chance de cura é de 95%,<br />

de 1 a 2 centímetros 85%, de 2<br />

a 3 centímetros 60% e acima de<br />

3 centímetros a chance cai para<br />

30%.<br />

Portanto, mulheres, de acordo<br />

com o Se Toque o Colar da Vida<br />

foi feito para lembrar de se tocar,<br />

todo mês, a qualquer momento.<br />

Para saber mais sobre o Se Toque<br />

e como adquirir o colar acesse<br />

o www.setoque.org.br<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009


Paisagismo Antes<br />

Você já ouviu falar em jardinagem<br />

ecológica ou jardinagem de guerrilha?<br />

São cidadãos que, em grupo<br />

ou mesmo sozinhos, adotam praças<br />

ou terrenos próximos de sua casa,<br />

transformando-os em espaços verdes<br />

para melhorar a qualidade de<br />

vida.<br />

No nosso condomínio – Quintas<br />

Marajoara – através da parceria com<br />

a Subprefeitura de Santo Amaro,<br />

representada pelo Subprefeito, Sr.<br />

Geraldo Mantovani Filho, estamos<br />

implantando um parque numa área<br />

de aproximadamente 2.700 m².<br />

Após algumas visitas ao Viveiro Manequinho<br />

Lopes, no Parque do Ibirapuera,<br />

fui orientada pela Cyra Malta,<br />

diretora da Divisão Técnica de Produção<br />

de Árvores do Departamento<br />

de Parques e Áreas Verdes de São<br />

<strong>Paulo</strong>, de como proceder para a<br />

aquisição das mudas. Ela disse: - “O<br />

mais complicado é a parceria entre<br />

o poder público e o privado. Como<br />

vocês já têm, é simples; contrate o<br />

serviço de um paisagista para fazer<br />

um projeto, que nós, através da<br />

Subprefeitura de Santo Amaro, enviaremos<br />

as mudas das plantas para<br />

o local”.<br />

Entrei em contato com a paisagis-<br />

Reflorestar é essencial<br />

ta Mara Capela e demos algumas<br />

ideias para o projeto. Achamos adequado<br />

o plantio de árvores nativas<br />

visando à formação de um paisagismo<br />

com fins ecológicos, já que<br />

a área era degradada. Além disso,<br />

elas são as mais indicadas, pois se<br />

adaptam facilmente e suas mudas<br />

são mais acessíveis. Colocamos no<br />

projeto um pomar com diversas<br />

espécies de árvores frutíferas, para<br />

podermos saborear seus frutos e<br />

também alimentar os pássaros, que<br />

devolvem a gentileza disseminando<br />

suas sementes.<br />

O nosso projeto foi aprovado e<br />

encaminhado para o Manequinho<br />

Lopes. Fui recebida pelo Sr. Pires,<br />

que fez a gentileza de escolher as<br />

melhores mudas das árvores. As<br />

espécies plantadas são um capítulo<br />

à parte que mostraremos nas próximas<br />

edições.<br />

Mas deixo uma dica da Cyra: - “Se<br />

você adotou um local para cuidar,<br />

verificar a quem pertence a área,<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009<br />

e<br />

Depois<br />

Silvia Berlinck<br />

Jardinista<br />

pois há riscos de fazer uma ação<br />

sem autorização de ninguém. A Prefeitura<br />

pode ter algum projeto engatilhado<br />

para fazer uma praça, ou um<br />

parquinho, e aí, se os técnicos chegarem<br />

e encontrarem um jardim,<br />

não vão saber o que fazer e podem<br />

acabar arrancando tudo. As subprefeituras<br />

estão abertas a parcerias,<br />

pois o poder público não consegue<br />

cuidar de todos os canteiros verdes<br />

da cidade”.<br />

Então, mãos à obra, por uma São<br />

<strong>Paulo</strong> mais bonita, alegre e saudável<br />

para todos!


lança campanha “Recicle o seu óleo”<br />

Expositores da feira aderem à campanha<br />

e estendem a seus clientes.<br />

Muitas empresas de alimentação e até<br />

mesmo as donas de casa ficam sem saber<br />

o que fazer com o óleo de cozinha usado<br />

nas frituras. De acordo com a Sabesp –<br />

Companhia de Saneamento Básico do Estado<br />

de São <strong>Paulo</strong> – cada litro desse óleo<br />

jogado no ralo da pia pode contaminar 20<br />

mil litros de água potável, além de provocar<br />

o entupimento das tubulações na rede<br />

coletora de esgoto, causando grande prejuízo,<br />

tanto a empresa que precisa fazer<br />

a desobstrução quanto para a população,<br />

pois com o refluxo de esgotos podem surgir<br />

problemas de saúde muitos sérios.<br />

Pois bem. Pensando nisso e na melhoria<br />

da qualidade de vida da sociedade, o<br />

Sindicato e Associação dos Industriais de<br />

Panificação e Confeitaria de São <strong>Paulo</strong> e o<br />

Instituto de Desenvolvimento de Panificação<br />

e Confeitaria lançaram a campanha de<br />

coleta de óleo nas panificadoras na FIPAN<br />

2009 – Feira Internacional de Panificação,<br />

Confeitaria e do Varejo Independente. O<br />

objetivo da campanha é diminuir o descarte<br />

inadequado do óleo usado pelas padarias<br />

e também pelas donas de casa.<br />

Foi com o apelo “seja um empresário<br />

consciente” que os panificadores aderiram<br />

à Campanha e estenderam a seus clientes.<br />

“O que fizemos foi, justamente, colo-<br />

Kit promocional com bombona, pote de<br />

coleta de óleo, camisetas e bonés<br />

car a padaria como<br />

um ponto de coleta<br />

do seu cliente também”,<br />

afirma Antero<br />

José Pereira, presidente<br />

do SINDIPAN,<br />

e acrescenta que, há<br />

cerca de 15 anos, as<br />

padarias já fazem a<br />

coleta do seu óleo<br />

usado, e o que estão<br />

fazendo agora é oferecer<br />

essa oportunidade<br />

aos cidadãos,<br />

para que também<br />

utilizem a estrutura<br />

já instalada. Nos<br />

ecopontos são instaladas<br />

bombonas<br />

para receber o óleo, que poderá ser transportado<br />

em potes de plástico de um litro,<br />

vendido nas próprias padarias pelo preço<br />

de custo, R$ 1,50. As bombonas são encaminhadas<br />

a cooperativas de reciclagem,<br />

que transformam o óleo em sabão e biodiesel.<br />

Pelo visto, a Campanha está dando certo.<br />

A padaria Danielle, por exemplo, vendeu<br />

todos os 200 potes confeccionados para<br />

a coleta doméstica em menos de um<br />

mês de campanha. Márcio Ferreira Diniz,<br />

sócio da padaria, diz que seu estabelecimento<br />

gera aproximadamente 100 litros<br />

de resíduos por mês e recebe cerca de<br />

50 litros de óleo usado de seus clientes.<br />

“Devemos nos engajar na Campanha para<br />

que os nossos clientes também possam<br />

se conscientizar ainda mais reciclando seu<br />

óleo”, completa Diniz.<br />

Uma das instituições que coletam o óleo<br />

é a ONG Trevo, que usa o material para a<br />

confecção de produtos de limpeza e biocombustível.<br />

De acordo com o secretário<br />

Marcos <strong>Paulo</strong> Janaudis, todos os meses a<br />

ONG recolhe cerca de 300 toneladas de<br />

óleo, o que, segundo Janaudis, contribui<br />

para a “geração de empregos, prestação<br />

de serviço social e ajuda o meio ambiente<br />

para um futuro melhor, pois se cada um<br />

fizer a sua parte, a qualidade de vida vai<br />

ser bem melhor”.<br />

FIPAN 2009 – Além da fronteira<br />

Não foi somente a reciclagem de óleo<br />

FIPAN 2009<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009<br />

Por Sandra Leny<br />

que a maior feira de panificação da América<br />

Latina apresentou em sua última edição,<br />

no mês de julho. As 55 mil pessoas<br />

que passaram por lá tiveram a oportunidade<br />

de observar a crescente preocupação<br />

com o meio ambiente. Vários expositores<br />

apresentaram suas máquinas e equipamentos<br />

com baixo consumo de energia.<br />

André Rezende, diretor de uma empresa<br />

fabricante de fornos de panificação e para<br />

gastronomia, afirma que seus produtos<br />

já são concebidos com uma grande preocupação<br />

em prol da eficiência energética.<br />

“Eu acho que para nós, fabricantes de<br />

equipamentos, essa é a melhor contribuição<br />

que podemos dar ao meio ambiente,<br />

à preservação dos recursos”, conclui Rezende.<br />

Outro exemplo são as Centrais de<br />

Refrigeração, que, segundo o gerente de<br />

produtos Cristiano Aires, “conseguem, devido<br />

ao sistema de automação e controle,<br />

economias na faixa de 50% a 60% em<br />

termos de refrigeração”.<br />

Quem também está dando uma “forcinha”<br />

para a preservação ambiental é a legislação.<br />

Um expositor da FIPAN, que não<br />

quis se identificar, afirmou que utiliza em<br />

seus produtos gás refrigerante ecológico,<br />

livre de flúor, que não ataca a camada de<br />

ozônio, e não mais o gás freon. Mas não<br />

é para menos, o nosso entrevistado completou:<br />

“não resolvemos utilizar esse gás,<br />

ele é obrigatório por lei”. Seja por iniciativas<br />

como essas apresentadas na FIPAN, seja<br />

por obrigação legal, o planeta agradece!


A arara-azul-grande é uma das aves mais bonitas<br />

do Brasil, possui um porte avantajado e<br />

uma plumagem azul cobalto, ficando praticamente<br />

preta em voo, motivo pelo qual é chamada<br />

de arara-preta em várias regiões do País.<br />

Essa espécie ocorre no Amazonas, Pará, Maranhão,<br />

Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato<br />

Grosso do Sul, Piauí e Bahia. Mas sua principal<br />

área de ocorrência é o Pantanal, onde pode<br />

ser observada facilmente alimentando-se,<br />

reproduzindo-se ou mesmo em voo.<br />

As araras são monogâmicas, ou seja, têm um<br />

só parceiro por toda a vida. Fazem seu ninho<br />

em cavidades localizadas no alto de grandes<br />

árvores, vivas ou mortas. Colocam de 2 a 4<br />

ovos, os filhotes são alimentados pelos pais<br />

e, após saírem do ninho, permanecem com<br />

eles por determinado período de aprendizado<br />

. Muitas vezes é possível detectar um casal<br />

com filhotes em pleno vôo, pois estes são<br />

menores e mais desengonçados que os pais<br />

e sempre voam com eles.<br />

A arara-azul-grande alimenta-se basicamente<br />

dos frutos de algumas palmeiras silvestres,<br />

como o buriti, o acuri e a bocaiuva, que consegue<br />

abrir com seu potente bico. Observar<br />

uma arara abrindo um coquinho, com seus<br />

movimentos sincronizados e precisos, feitos<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009<br />

Por Fabio Schunck<br />

Arara-azul-grande (Anodorhyncus hyacinthinus)<br />

Foto: Fabio Schunck<br />

Casal de arara-azul-grande na entrada do ninho<br />

arara-azul-grande<br />

com um dos pés e o bico, é algo impressionante.<br />

Vive em áreas de floresta, matas de galeria,<br />

cerrados e buritizais. É facilmente detectada<br />

pelo seu poderoso grito, que pode ser escutado<br />

a distância. Em algumas regiões do<br />

Brasil, como o Pantanal, podemos observar a<br />

arara-azul-grande ao lado da arara-canindé e<br />

da arara-vermelha-grande. Essa cena é muito<br />

bonita e barulhenta.<br />

As araras do Brasil são alvo fácil do tráfico de<br />

animais silvestres, pois são muito apreciadas<br />

para cativeiro. Isso gera sérios problemas para<br />

essas espécies, que vão perdendo parte de<br />

suas populações naturais e podem entrar em<br />

extinção.<br />

Outro fator que acelera esse processo é a<br />

degradação dos ambientes naturais, causada<br />

geralmente pelo desmatamento acelerado de<br />

algumas regiões do país, como o cerrado do<br />

planalto central, que está se transformando<br />

em plantação de soja e milho. Esse efeito é<br />

irreversível e devastador para a fauna e flora.<br />

A arara-azul-grande está, no Brasil, na lista de<br />

animais ameaçados de extinção, assim como<br />

muitas outras espécies de aves.<br />

Curiosidade: O Brasil possui 8 espécies<br />

de araras, a arara-azul-grande<br />

(Anodorhynchus hyacinthinus), a arara-azulpequena<br />

(Anodorhynchus glaucus), a araraazul-de-lear<br />

(Anodorhynchus leari), a ararinha-azul<br />

(Cyanopsitta spixii), a arara-canindé<br />

(Ara ararauna), a araracanga (Ara macao), a<br />

arara-vermelha-grande (Ara chloropterus) e a<br />

maracanã-guaçu (Ara severus), que, apesar<br />

de não ser chamada popularmente de arara,<br />

pertence ao mesmo gênero de algumas araras<br />

citadas acima (gênero Ara). Infelizmente duas<br />

dessas espécies já foram extintas da natureza,<br />

a ararinha-azul e a arara-azul-pequena. A<br />

ararinha-azul ainda possui 85 indivíduos em<br />

cativeiro, e há um programa de pesquisa do<br />

IBAMA/ICMBio para conseguir sua reprodução<br />

e devolução à natureza, agora a arara-azul-pequena<br />

já foi totalmente extinta, não existe nenhuma<br />

ave em cativeiro nem imagem dessa<br />

arara viva, pois seu desaparecimento da natureza<br />

deve ter ocorrido no início do século 20.<br />

Fabio Schunck: é biólogo formado pela UNISA - Universidade de Santo Amaro<br />

e trabalha com pesquisas ligadas a ornitologia (estudo das aves) através do<br />

laboratório de ornitologia do Instituto de Biociências e Museu de Zoologia da<br />

USP e com fotografia de natureza. Contato: fabio_schunck@yahoo.com.br<br />

Foto: Fábio Schunck


Da Natureza ao Romantismo Por Prof. Leo Ricino<br />

Os primeiros poetas e prosadores<br />

do Romantismo brasileiro<br />

exploravam o esplendor da<br />

nossa natureza como glorificação<br />

da brasilidade. Era o imediato<br />

pós-independência e se<br />

exaltava a pátria por qualquer<br />

pretexto. O Romantismo, movimento<br />

literário que vigorou no<br />

Brasil, grosso modo, de 1836,<br />

com a publicação do poema<br />

“Suspiros Poéticos e Saudades”,<br />

de Gonçalves de Magalhães, a<br />

1877, com a publicação do romance<br />

“Encarnação”, de José<br />

de Alencar, era nacionalista e<br />

usava a natureza para mostrar<br />

a superioridade brasileira e das<br />

Américas sobre os ex-dominadores<br />

europeus. Tanto que<br />

o romance “Iracema”, de José<br />

de Alencar, é anagrama (escrito<br />

com as mesmas letras) de<br />

América.<br />

Exibia-se, para mostrar nossa<br />

superioridade, uma natureza<br />

exuberante, esplendorosa. Para<br />

aquelas finalidades, isso era válido.<br />

Até que surge um poeta,<br />

Fagundes Varela, cuja poesia<br />

pinta uma natureza mais realista<br />

e minuciosa, citando menos<br />

aquilo a que podemos chamar<br />

de macro-natureza (o mar, as<br />

serras e montanhas, os grandes<br />

rios, etc.) e explorando a<br />

sensibilidade e a sutileza cintilante<br />

da micro-natureza, até<br />

então bem menos prestigiada.<br />

Começa a cantar o sabiá (já<br />

cantado, diga-se, na extraordinária<br />

“Canção do Exílio”, de<br />

Gonçalves Dias), a rola, o vagalume,<br />

a borboleta, as flores e<br />

árvores individualizadas, enfim,<br />

os mais variados aspectos e<br />

nuances da rica natureza brasileira.<br />

Como exemplo, entre tantos<br />

poemas de Fagundes Varela<br />

que cantaram a nossa natureza,<br />

como “O Sabiá”, “Poema”,<br />

etc., escolhemos, para a sensibilidade<br />

de nossos leitores, um<br />

especial:<br />

A FLOR DO MARACUJÁ<br />

Pelas rosas, pelos lírios,<br />

Pelas abelhas, sinhá,<br />

Pelas notas mais chorosas<br />

Do canto do sabiá,<br />

Pelo cálice de angústias<br />

Da flor do maracujá!<br />

Pelo jasmim, pelo goivo,<br />

Pelo agreste manacá,<br />

Pelas gotas de sereno<br />

Nas folhas do gravatá,<br />

Pela coroa de espinhos<br />

Da flor do maracujá!<br />

Pelas tranças da mãe-d’água<br />

Que junto da fonte está,<br />

Pelos colibris que brincam<br />

Nas alvas plumas do ubá,<br />

Pelos cravos desenhados<br />

Na flor do maracujá.<br />

Pelas azuis borboletas<br />

Que descem do Panamá,<br />

Pelos tesouros ocultos<br />

Nas minas do Sincorá,<br />

Pelas chagas roxeadas<br />

Da flor do maracujá!<br />

Pelo mar, pelo deserto,<br />

Pelas montanhas, sinhá!<br />

Pelas florestas imensas<br />

Que falam de Jeová!<br />

Pela lança ensangüentada<br />

Da flor do maracujá!<br />

Por tudo o que o céu revela!<br />

Por tudo o que a terra dá<br />

Eu te juro que minh’alma<br />

Da tua alma escrava está!!...<br />

Guarda contigo este emblema<br />

Da flor do maracujá!<br />

Não se enojem teus ouvidos<br />

De tantas rimas em – a –<br />

Mas ouve meus juramentos,<br />

Meus cantos ouve, sinhá!<br />

Te peço pelos mistérios<br />

Da flor do maracujá!<br />

Por que escolhemos especialmente<br />

esse poema? É simples.<br />

Para os ideais do Romantismo,<br />

não há cenário mais lindo para<br />

o amor do que a própria natureza.<br />

Amor e natureza vivem<br />

juntos no Romantismo. E podemos<br />

concluir com uma singela<br />

pergunta: há realmente<br />

algum outro cenário mais propício<br />

à revelação do amor do<br />

que a linda natureza?<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009


Natureza Humana<br />

Já estamos no segundo semestre e chegou<br />

o momento de parar e avaliar a proposta<br />

feita no começo do ano. Temos de ter coragem<br />

para mudar o que ainda não mudamos<br />

e transformar nossa vida em inspirações.<br />

Sim, porque não podemos controlar os<br />

eventos de nossa vida, mas podemos controlar<br />

nossas reações e nossas ações.<br />

Que tal começar a avaliar e também começar<br />

a mudar aquilo que ainda não conseguiu?<br />

Aquilo que não está lhe fazendo bem e que<br />

o está deixando triste ou de baixo astral?<br />

Não importa o setor, encare-o.<br />

Lembre-se de que é preciso praticar o maior<br />

poder que temos: “tomar decisões!”<br />

Pode parecer difícil tomar decisões e até nos<br />

achamos incapazes, então deixamos para lá<br />

ou negamos que temos esse poder. Admiramos<br />

esse poder nos outros e até pensamos<br />

bem baixinho dentro de nosso íntimo, para<br />

ninguém ouvir: “quanta segurança aquela<br />

Seu poder de<br />

pessoa tem!”.<br />

Então nos escondemos e passamos a não<br />

creditar que somos capazes de decidir algo,<br />

de fazer uma opção. Mas você tem esse poder<br />

sim e só você é capaz de decidir algo<br />

em sua vida, só você sabe o que é bom ou<br />

não para você.<br />

Então comece a praticar esse seu poder.<br />

Acredite, é inofensivo e não dói nada. A<br />

primeira vez é difícil, mas exercite a sua capacidade<br />

e autoconfiança e, a cada decisão<br />

tomada, você ficará mais forte. É como fazer<br />

musculação: a cada exercício, seus músculos<br />

ficam mais fortes e definidos.<br />

Não tenha medo de errar, os erros fazem<br />

parte do nosso crescimento. Aliás, só sabemos<br />

o que é certo porque existe o que<br />

é errado. E nem sempre podemos decidir<br />

pelo certo, mas sempre podemos aprender<br />

a cada atitude.<br />

Não passe a vida se lamentando sobre seus<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009<br />

decisão!<br />

Por Mirian Araújo<br />

erros. Abra os olhos e veja o quanto você<br />

é responsável por bloquear coisas boas de<br />

acontecerem em sua vida.<br />

Avalie agora seus erros, veja o que você<br />

aprendeu com eles e o que você pode usar<br />

para melhorar a sua vida hoje.<br />

“O sucesso resulta do bom julgamento, o<br />

bom julgamento resulta da experiência e,<br />

frequentemente, a experiência resulta do<br />

mau julgamento.” (Anthony Robbins)<br />

Então é preciso comprometer-se com seu<br />

poder de aprendizado, seja ele certo ou<br />

errado, e não ficar se lamentando. Quando<br />

você se sentir por baixo, lembre-se que não<br />

existe fracasso, só resultados. Acredite: Você<br />

pode! Você Consegue!<br />

Abraços<br />

Mirian Araújo é Psicóloga/acupunturista<br />

e Analista Junguiana -<br />

e-mail: liarau@globo.com


Educação<br />

Ambiental<br />

Pietro estava muito ocupado com a volta<br />

às aulas e tantas tarefas a fazer, da<br />

escola e dos cuidados com a horta<br />

e com o jardim da vovó Leda.<br />

Mas, depois da libertação do<br />

pássaro preto, não conseguia<br />

parar de pensar que<br />

havia poucas árvores<br />

naquela rua que pudessem<br />

alimentar<br />

os pássaros que<br />

viviam por lá.<br />

Além disso,<br />

o jardim da<br />

vovó estava<br />

ficando<br />

pequeno<br />

demais para<br />

aquele menino tão cheio de energia. Por isso, no<br />

fim da tarde, convocou seus amigos Caco e Sapiens<br />

para uma reunião de emergência.<br />

- Amigos, estava observando a nossa rua e reparei<br />

que temos muito poucas árvores em nossas calçadas.<br />

Os pássaros não necessitam de frutas? - perguntou<br />

Pietro.<br />

- Sim, claro. De frutas, de insetos, dos ovinhos dos<br />

insetos, de sombra e de lugar para pousar e dormir!<br />

- respondeu Sapiens.<br />

- Entao, precisamos fazer alguma coisa a esse respeito.<br />

Que tal irmos de casa em casa e pedirmos<br />

para cada morador plantar uma árvore bem bonita<br />

em frente a sua casa? - sugeriu Pietro.<br />

- Você pode fazer isso, Pietro, mas nós não. Somos<br />

sapos, lembra? - retrucou Caco.<br />

- Ok, ok, tem razão. Entao vocês me dão apoio<br />

moral tá?<br />

Assim, com tudo ensaiadinho na cabeça, lá foi Pietro<br />

conversar com a primeira vizinha da sua casa.<br />

Tocou a campainha e, quando a dona da casa saiu,<br />

foi logo falando:<br />

Caco, o eco-sapo<br />

- D. América, bom dia! Estou fazendo uma campanha<br />

para aumentar as árvores do nosso bairro. Por<br />

que a senhora não tem nenhuma árvore na sua<br />

calçada?<br />

- Porque... porque.... sei lá! Nunca pensei nisso,<br />

meu filho....já comprei a casa assim....sem árvore<br />

nenhuma - respondeu D. América.<br />

- Mas os pássaros precisam de árvores e nós<br />

também precisamos, porque as árvores fabricam<br />

oxigênio e retiram o gás carbônico<br />

do ar. Além disso, sua casa e nosso bairro<br />

vão ficar muito mais bonitos! - continuou<br />

Pietro.<br />

- É mesmo, pode ser! Sabe que sua<br />

ideia é muito boa? Você precisa de<br />

ajuda, Pietro? Eu posso telefonar<br />

para a Prefeitura, ou para a Secretaria<br />

do Verde e solicitar as mudas para você, o que<br />

acha? - perguntou ela.<br />

- Oba! Claro que vou querer. Se todos ajudarem<br />

como a senhora,<br />

vai ser fácil e nosso<br />

bairro ficará lindo,<br />

florido e mais<br />

fresquinho. Além<br />

disso, os pássaros<br />

terão frutas para<br />

comer<br />

E assim Pietro foi<br />

de casa em casa,<br />

perguntando a todos<br />

os moradores<br />

se eles queriam<br />

plantar uma árvore.<br />

Nem todos<br />

concordavam na<br />

hora. Alguns diziam<br />

que suas<br />

calçadas eram pequenas<br />

demais e<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009


então Pietro respondia que eles poderiam plantar<br />

na divisa, entre uma casa e outra, que não atrapalharia<br />

em nada. Outros diziam que as árvores<br />

fazem sujeira, mas Pietro argumentava que folhas<br />

e flores de árvore não são sujeira, porque se decompõem<br />

rapidamente. Outros ainda diziam que<br />

as raízes estragam as calçadas mas Pietro, sabia<br />

porque tinha ouvido dizer que isso era só questão<br />

de plantar a árvore certa para cada local, então<br />

também não era motivo para recusar.<br />

Assim, indo de porta em porta, foi explicando a<br />

grande importância que as árvores têm para a cidade,<br />

para o clima da região, para a melhoria da<br />

qualidade do ar, para a diminuição do ruído, que<br />

Pietro conseguiu o apoio de quase 80% dos seus<br />

vizinhos. Conseguiu ajuda para solicitar as mudas<br />

e até ajuda para plantar. O que mais o deixou feliz,<br />

no entanto, foi ter conhecido tanta gente bacana<br />

e ter feito tantos novos amigos. Em uma semana,<br />

todos estavam entusiasmados com a ideia do Pietro<br />

e fizeram uma reunião para decidir quais as<br />

árvores mais apropriadas, que não atrapalhariam<br />

a rede elétrica. As calçadas sem fios poderiam receber<br />

árvores de copa alta e as árvores de copa<br />

baixa seriam plantadas nas calçadas com fiação.<br />

Cada morador se comprometeu a cuidar da sua<br />

muda, regando-a enquanto ela criasse raízes.<br />

D. América então ligou para a prefeitura, solicitou<br />

as mudas e ficou surpresa ao saber que a prefeitura<br />

também ajudaria no plantio das árvores. Marcaram<br />

a data da entrega e programaram uma grande<br />

festa.<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009<br />

Pietro, feliz da vida, convidou a vovó Leda, os priminhos,<br />

a mamãe e o papai para participarem do<br />

evento e foi o domingo mais alegre que aquela comunidade<br />

viveu. Quase 100 árvores foram plantadas<br />

e a paisagem se modificou de imediato, com<br />

todo aquele verde novo.<br />

Ao final do dia, Pietro estava exausto e sentou na<br />

calçada para apreciar sua realização.<br />

Os vizinhos também foram chegando:<br />

- Parabéns, Pietro! - diziam alguns<br />

- Sua ideia foi ótima! – diziam outros<br />

- Quando as árvores estiverem grandes, o bairro<br />

ficará lindo e valorizado! - disse alguém.<br />

Pietro ficou orgulhoso de si próprio, enquanto os<br />

vizinhos se despediam e voltavam pras suas casas.<br />

A tardinha foi chegando, trazendo um lindo<br />

pôr de sol. Pietro ja estava se levantando, quando<br />

ouviu um pássaro cantar.<br />

Na frente da casa, na mesma árvore que ele havia<br />

acabado de plantar, estava pousado o pássaro<br />

preto que ele soltara semanas antes.<br />

- Fiz isso por você, amigo! -disse Pietro<br />

O pássaro cantou de novo agradecido e novamente<br />

voou para longe.<br />

Ao ver a liberdade do amigo, Pietro pensou que o<br />

esforço tinha valido a pena!<br />

Continua na próxima edição.<br />

Todos os capitulos anteriores estão disponívies no site:<br />

www.revistaviverde.com.br


Olhamos e não vemos!<br />

Com formas e cores maravilhosas, estes insetos estão<br />

aqui, no nosso jardim.<br />

A Efêmera foi uma das maiores “surpresas” que tive,<br />

por sua postura, por seus detalhes.<br />

O Percevejo (que, normalmente, é repelido por causa<br />

do mau cheiro que pode exalar), parece “carinhoso”<br />

cuidando de seus ovos.<br />

EFÊMERA<br />

ORDEM: Ephemeroptera<br />

FAMÍLIA: Baetidae<br />

São animais longos, de corpo mole e de tamanho<br />

pequeno a médio, podendo atingir até quatro centímetros.<br />

de comprimento. O nome efêmera está relacionado<br />

com o fato do adulto viver apenas poucas<br />

horas, sem se alimentar, dedicadas apenas à reprodução<br />

e à postura dos ovos da geração seguinte.<br />

As efêmeras habitam zonas perto de corpos de água<br />

doce parada ou de curso lento. O grupo é essencial<br />

para a ecologia dos seus habitats dada a importân-<br />

Por Patricia Rodrigues Alves<br />

cia das suas ninfas na cadeia alimentar. Graças à sua<br />

sensibilidade às condições fisico-químicas do meio,<br />

as efêmeras são um dos grupos mais utilizados em<br />

programas de biomonitoramento de qualidade da<br />

água. Sua presença é um indicador de água limpa e<br />

um ambiente saudável. (Fonte: Wikipedia)<br />

PERCEVEJO<br />

ORDEM: Hemiptera<br />

SUB-ORDEM: Heteroptera<br />

FAMÍLIA: Pentatomidae<br />

O termo percevejo-fedorento é a designação comum<br />

a diversas espécies de percevelos pertencentes à família<br />

dos pentatomídeos e coriscídeos. Tais insetos<br />

são encontrados em todo o mundo e são capazes<br />

de emitir um cheiro desagradável para outros animais,<br />

graças às suas glândulas odoríferas. Também<br />

são conhecidos pelos nomes de fede-fede, fedorento,<br />

maria-fedida, percevejo-fedido, percevejo-verde e<br />

piapé. (Fonte: Wikipedia)<br />

Colaboração de Rodrigo Feitosa - Museu de Zoologia<br />

da USP<br />

<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009


<strong>Viverde</strong> Natureza | Edição 11 | agosto/setembro 2009

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!